CATÁLOGO BIBLIOGRÁFICO
+ Ler para
CONTAR O HOLOCAUSTO
3ª e di ç ão 2017
Biblioteca da Escola Secundária de Amares Catálogo bibliográfico – Ler+para Contar o Holocausto Recursos sobre o tema do Holocausto
janeiro de 2017 Nota: Os textos explicativos dos recursos são, essencialmente, os disponibilizados pelas editoras.
DIA INTERNACIONAL EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DO HOLOCAUSTO
Há 72 anos, no dia 27 de janeiro de 1945, as tropas soviéticas libertavam o campo de concentração de Auschwitz-‐Birkenau, o mais terrível e maior campo de extermínio nazi. Instituído através da resolução 60/7 de 01 de novembro de 2005, pela Assembleia-‐Geral da ONU, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto incentiva a sociedade civil a promover a memória do Holocausto para que as gerações futuras não repitam os erros do passado. Nesse mesmo ano, o Parlamento Europeu estabeleceu também o dia 27 de janeiro como o Dia Europeu de Memória do Holocausto. Neste dia recordam-‐se as vítimas do Holocausto, em particular os seis milhões de mortos judeus, para que nunca mais seja possível o horror que aconteceu há 72 anos. Um dia de defesa da memória para que imagens como estas nunca mais se repitam! Nos últimos anos têm sido editadas diversas obras sobre esta temática. Na Biblioteca da ESA verificamos que os títulos disponíveis têm grande procura e esta temática desperta grande interesse entre os leitores, nomeadamente entre os mais jovens. Longe vão os tempos em que o Diário de Anne Franck era a única leitura disponível. Hoje, temos à nossa disposição uma grande variedade de obras que percorrem vários géneros: diários, memórias, romance, história, banda desenhada, entre outros. Este catálogo apresenta os livros e os DVD sobre esta temática – ou com ela relacionados – sistematizando e divulgando a informação na comunidade educativa. O Holocausto é um dos momentos mais negros da História da Humanidade que não podemos nem devemos esquecer. Ignorar ou negar este período tenebroso do século XX é compactuar com o ódio, a intolerância, o preconceito, a discriminação e o racismo que levaram ao genocídio de mais de seis milhões de seres humanos.
+ LER PARA NÃO ESQUECER
L E R+ PA R A C O N TA R O H O L O C A U S T O
LIVROS Ackerman, Diane, O Jardim da Esperança, Editorial Presença, 2008, ISBN: 9789722339780 Quando, no início da Segunda Guerra Mundial, Varsóvia caiu sob o domínio nazi orgulhava-‐se de ter um dos mais famosos jardins zoológicos da Europa, um Éden exuberante que albergava uma profusa colecção de animais exóticos. Mas o terror nazi não irá poupar a paz deste cenário quase perfeito, e no meio de toda a destruição que o atinge só a coragem e a grandeza humana dos Żabiński, o casal de tratadores do zoo, permitirá salvar as vidas não só de animais mas também de centenas de judeus polacos que Jan traz às escondidas do gueto de Varsóvia para o parque. Esta obra é o testemunho poderoso dessa coragem, uma história que celebra, com rara sensibilidade, a beleza, o mistério e a tenacidade do espírito humano e da própria vida. Afonso, Rui, Injustiça. o Caso Sousa Mendes, Editorial Caminho, 1990, ISBN: 9789722104715 Quando a França foi invadida pela Alemanha nazi, em Maio de 1940, o cônsul português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes, viu-‐se perante um doloroso dilema. Deveria cumprir as ordens de Salazar, negando vistos para Portugal aos refugiados ou salvar as suas vidas.Uma das primeiras obras sobre Aristides Sousa Mendes. Anglada, Maria Angels, O Violino de Auschwitz, Dom Quixote, 2011, ISBN: 9789722044875 É Dezembro de 1991 e, num concerto de homenagem a Mozart em Cracóvia, a primeiro violinista impressiona o seu colega de trio com um instrumento rústico e humilde. No dia seguinte, quando ele lhe pergunta como é que ela o obteve, uma notável história se revela: A da vida de Daniel, um luthier, que sobreviveu passando por grandes dificuldades em Auschwitz, como carpinteiro e trabalhando às tardes na fábrica IG Farben. A inesperada relação com o comandante do campo e a posterior encomenda de um violino com as especificações de um Stradivarius tornaram-‐se dois momentos decisivos na vida de Daniel, em Auschwitz, sobretudo após descobrir o segredo por trás dessa tarefa. Antelme, Robert, A Espécie Humana, Verbo, 2006,ISBN: 9789725684955 A Espécie Humana é a única obra do autor. Detido pela Gestapo e deportado em Junho de 1944, recuperaria a sua liberdade um ano mais tarde, em parte graças a François Mitterand, o qual, ao visitar Dachau em representação do Governo francês, reconheceu Antelme, então quase moribundo, e o fez rapidamente repatriar. A história da sua experiência na Alemanha, desde o êxodo que os conduziu de campo em campo escoltados por SS já então muito angustiados com o avanço das tropas aliadas, até à sua chegada a Dachau, e finalmente a libertação.
Assor, Miriam, Aristides de Sousa Mendes -‐ Um Justo Contra a Corrente, Guerra e Paz, 2009, ISBN: 9789898174307 Esta é uma obra de cariz fotobiográfico e documental sobre a vida desta figura ímpar e o sublime acto de humanismo que protagonizou em 1940 salvando mais de 30 000 pessoas da perseguição nazi. Exibir imagens que ilustram a caminhada do homem íntegro e do diplomata exemplar, repor a verdade com o auxílio rigoroso de documentos oficiais provenientes do Arquivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros são os elementos que constituíram o propósito deste livro. Bacon, Josephine, Atlas Ilustrado da Civilização Judaica – 4000 anos de História, Dinalivro, 2003, ISBN: 9789725762462 A obra contém mapas expressamente encomendados, pesquisados com minúcia e repletos de pormenores, que nos dão uma compreensão visual imediata de múltiplos aspectos da história judaica. São páginas de informação factual, que analisam os acontecimentos fundamentais, os movimentos e influências desde os primeiros sinais de sedentarização, passando pelas principais diásporas até aos dias de hoje. Com um capítulo dedicado ao Holocausto. Bassani, Giorgio, O Jardim dos Finzi-‐Contini, Quetzal, 2010, ISBN: 9789725648797 Os Finzi-‐Contini são uma das mais tradicionais e refinadas famílias da intelligentsia judia de Ferrara, nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial. Com o fascismo a apoderar-‐se rapidamente de Itália, os seus domínios em torno da mansão — amplos e murados —são o local de prazer e segurança dos últimos da linhagem. No jardim, as personagens surgem ligadas por um destino comum que as isola do resto do mundo. E o jardim não configura apenas o símbolo de refúgio; é também o derradeiro reduto da resistência contra a barbárie fascista. Mas um clima opressivo pressagia a catástrofe e, surda e implacavelmente, os acontecimentos vão precipitar-‐se. O Verão no jardim afastará temporariamente a treva. E nesse Verão, entre paixões cruzadas, vai nascer um amor não-‐correspondido. O Jardim dos Finzi-‐ Contini, a obra-‐prima de Giorgio Bassani adaptada ao cinema por Vittorio de Sica, é um romance sobre o fim de uma ordem social, que evolui com a lenta cadência da memória. Barnavi, Élie (dir.), História universal dos judeus: da génese ao fim do século XX, Círculo de Leitores, 1992, ISBN: 9724213641 Uma equipa internacional de especialistas, sob a direção de Elie Barnavi, reuniu-‐se para oferecer ao grande público uma história três vezes milenária. A edição deste livro em Portugal constitui também uma homenagem à história e à cultura de uma comunidade que dos confins da memória colectiva ou individual sempre soube aqui permanecer ou regressar. Uma edição com 600 ilustrações e 150 mapas a cores
Berg, Mary, O Diário de Mary Berg; Vogais, 2015, ISBN: 9789898491404 Em 1939, no dia do seu décimo quinto aniversário, enquanto as forças nazis começavam a apertar o cerco sobre Varsóvia, Mary Berg começou a escrever este diário. Nesse momento, ela ainda não sabia que, quatro anos depois, teria preenchido 12 cadernos com as suas memórias do terror nazi, recordando com detalhes vívidos alguns dos mais importantes e dramáticos acontecimentos do século XX. Desde o cerco das forças alemãs a Varsóvia até à final, e brutal, supressão da Insurreição do Gueto, Mary Berg documenta a provação dos refugiados, a luta diária pela sobrevivência, os recrutamentos forçados de judeus, as deportações e o heroísmo dos lutadores da Resistência que se ergueram contra a opressão alemã. Libertada através de uma troca com um prisioneiro dos Aliados, Mary Berg levou consigo os cadernos que escrevera durante quatro anos. Ao fazê-‐lo, deixou-‐nos um dos documentos mais extraordinários da Segunda Guerra Mundial: publicado originalmente em 1945, este diário dramático e impactante foi o primeiro a revelar a verdade sobre o Holocausto, um dos capítulos mais negros da História contemporânea. Berr, Helen, Diário, Dom Quixote, 2008, ISBN: 9789722036955 O Diário de uma jovem judia em Paris sob a ocupação nazi. Em 1942 havia, seguramente, tardes em que a guerra e a Ocupação pareciam longínquas e irreais nestas ruas. Excepto para uma jovem chamada Hélène Berr, que sabia estar no mais fundo da infelicidade e da barbárie: mas era impossível dizê-‐lo aos transeuntes amáveis e indiferentes. Então, escreveu um diário. Teria o pressentimento de que muito mais tarde, no futuro, haveria quem o lesse? Ou recearia que a sua voz fosse abafada como as de milhões de pessoas massacradas sem deixar rasto? No limiar deste livro, devemos agora calar-‐nos, escutar a voz de Hélène e caminhar a seu lado. Uma voz e uma presença que nos acompanharão toda a vida. Boyne, John, O Rapaz do Pijama às Riscas, Edições Asa, 2008, ISBN: 9789724153575 Bruno é um rapaz alemão de nove anos que vive em Berlim com os pais e a irmã mais nova. Certo dia, é-‐lhe comunicado que vão mudar de casa, devido ao emprego do pai. Assim, Bruno inicia uma viagem intensa e inocente no exterior das vedações do campo de concentração, observando os prisioneiros como se fossem famílias todas vestidas com um pijama às riscas. Um dia, Bruno nas suas explorações no terreno onde habita, acaba por encontrar Schmuel, um rapazinho judeu que está do outro lado a vedação e com que trava amizade sem que ninguém saiba.
Boyne, John, O Rapaz no cimo da montanha, Edições Asa, 2016, ISBN: 9789892336596 Pierrot é filho de mãe francesa e pai alemão. Quando fica órfão, com apenas sete anos de idade, tem de abandonar Paris para ir viver com uma tia, a única familiar que lhe resta, numa casa nos Alpes Bávaros. Mas não estamos numa época qualquer: decorre o ano de 1936 e a Segunda Guerra Mundial está na iminência de eclodir; nem tão-‐pouco estamos numa casa qualquer: a casa no cimo da montanha, onde a tia trabalha e para onde Pierrot se muda, é nada mais nada menos que a Berghof, a casa-‐refúgio de Adolf Hitler. Facilmente Pierrot se torna menos francês e mais alemão, deixando-‐se seduzir pelo poder da farda e pela força da mensagem nazi. mas… a que custo? E se aconteceu a Pierrot, não poderia também acontecer a cada um de nós? Bradley, Catherine, Hitler, Edições Asa, 1991, ISBN: 9789724109633 Pequena biografia de Hitler, integrada na coleção Figuras Históricas da Segunda Guerra Mundial. Broomby, Rob e Avey, Denis, A Última Testemunha de Auschwitz, Clube do Autor, 2011, ISBN: 9789898452641 Esta é a história verdadeira e impressionante de um soldado britânico que entrou de livre vontade em Buna-‐Monowitz, o campo de concentração conhecido como Auschwitz III, para testemunhar na própria pele os horrores sofridos pelos judeus. Denis Avey era prisioneiro do campo de trabalho E715 e decidiu ir pessoalmente testemunhar a brutalidade aplicada aos prisioneiros judeus, colocando em risco a sua própria vida. Bruchfeld, Stéphane, Levine, Paul A, Contai aos Vossos Filhos...Um livro sobre o Holocausto na Europa, Gótica, 2000, ISBN: 9789727920174 Este livro descreve o que alguns seres humanos são capazes de fazer a outros seres humanos quando os valores democráticos são destruídos e substituídos por uma ideologia que defende a intolerância, o ódio e a violência. O livro apresenta os factos relativos ao Holocausto e tenta explicar como é que o inimaginável se tornou realidade. Uma excelente obra de síntese sobre o Holocausto. Conjunto de 30 exemplares disponível na Biblioteca
Carvalho, Patrícia, Portugueses nos Campos de Concentração Nazis, Vogais, 2015, ISBN: 9789898086730 Toda a verdade sobre os portugueses deportados para os campos de concentração nazis. Portugal adotou uma posição neutral durante a Segunda Guerra Mundial, mas isso não significa que os seus cidadãos se tenham mantido à margem do conflito que devastou a Europa pela segunda vez no mesmo século, depois da guerra de 1914-‐1918. Ao mesmo tempo que, no território nacional, se desenvolviam as contradições de uma política espartilhada entre alguma simpatia por Adolf Hitler e a antiga amizade com Inglaterra, com Salazar a fazer tudo para manter o país fora do conflito, os portugueses que tinham emigrado para França sentiam na pele os efeitos da ocupação, dos bombardeamentos e das prisões. Enquanto Lisboa era solo fértil para os espiões, e os refugiados que conseguiam ultrapassar os entraves da política salazarista aguardavam por um barco que os levaria para outros destinos, havia portugueses a juntarem-‐se à Resistência ou a serem apanhados em buscas a aldeias francesas, que culminavam na detenção de todos os homens que não fossem jovens ou velhos demais para trabalhar a favor do esforço de guerra alemão. Churchill, Winston S., Memórias da II Guerra Mundial, 8 volumes, Expresso, 2015 Enquanto primeiro ministro da Grã-‐Bretanha entre 1940 e 1945, Winston Churchill não só foi o maior líder da II Guerra Mundial mas também a voz desafiadora mais eloquente do mundo livre contra a tirania nazi. Os relatos épicos de Churchill desses tempos, extraordinários pela acutilância, são aqui reunidos num único volume. Esta obra vital e reveladora retém o drama, os detalhes observados em primeira mão e a prosa magistral dos seus clássicos 6 volumes de história, oferecendo uma valiosa perspectiva de eventos fulcrais do século XX. A história de Churchill da II Guerra Mundial é, e será, a obra definitiva. Lúcido, dramático, extraordinário, quer pelo seu fôlego e profundidade, quer pelo seu sentido de envolvimento pessoal, este livro é universalmente reconhecido como uma magistral reconstrução histórica e uma duradoura obra de literatura. Coelho, João Pinto, Perguntem a Sarah Gross, Dom Quixote, 2015, ISBN: 9789722057103 Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador. Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou.
Coquet, Eduarda, Anne Frank uma História Para Hoje, Governo Civil de Braga, 1999, ISBN: 9789729743771 Um trabalho que reúne textos e trabalhos plásticos de alunos de estabelecimentos de ensino do distrito de Braga, com temáticas inspiradas no Diário de Anne Frank. Davidson, Martin, O Perfeito Nazi, Texto Editores, 2011, ISBN: 9789724743356
Döblin, Alfred, Berlim Alexanderplatz, Dom Quixote, 2010, ISBN: 9789722040334 Berlim Alexanderplatz narra a história de Franz Biberkopf, o anti-‐herói berlinense, um assaltante, proeneta e assassino, que depois de cumprir pena na prisão por assassinato, tenta reinserir-‐se na vida agitada da capital alemã. O ressentimento alemão com a derrota na I Guerra vem ao de cima nos anos 20. O Tratado de Versalhes foi sentido como uma punhalada nas costas que levou territórios alemães a passarem para França e ao pagamento de reparações de guerra. Esse ressentimento não passou, e foi um facto no inconsciente colectivo. Berlim Alexanderplatz, um romance de grande fôlego, a obra-‐prima de Alfred Döblin, é porventura o mais importante contributo alemão para o «romance da grande cidade», palco das vivências típicas das sociedades industrializadas do século XX. E é, além disso, uma referência fundamental para os admiradores do romance modernista. Doerry, Martin, O Meu Coração Ferido, Dom Quixote, 2006,ISBN: 9789722027069
Em 1926, aos 20 anos de idade, um dentista chamado Bruno Langbehn afiliou-‐ se no Partido Nazi. Empobrecido e humilhado pela derrota na I Guerra Mundial e brutalizado por uma família de tradição militar, Bruno foi um dos primeiros a afiliar-‐se e acompanhou de perto o crescimento do partido, até este alcançar o poder. Percorrendo as SA, e o SD, eventualmente, a sua lealdade foi recompensada com uma posição nas temidas SS. No final da década de 1970, o seu neto, Martin Davidson, desvenda o segredo que a família guardava desde o final da guerra. Recorrendo a inúmeros documentos, o autor apresenta-‐nos o percurso de Bruno, de adolescente desiludido a oficial das SS e avô misterioso, procurando entender como é que ele e milhões de outros foram seduzidos pelo regime de Hitler, e tenta reconciliar-‐se com essa revelação devastadora.
Lilli Jahn cresceu no seio de uma abastada família judia de Colónia. No princípio dos anos 20 estudava medicina, ia ao teatro e a concertos e discutia apaixonadamente sobre literatura, arte e religião com o seu namorado protestante, Ernst, com o qual se viria a casar. Tiveram cinco filhos, enquanto a sua vida se ia infectando com o veneno da política nazi. Ernst não suportou a pressão externa e divorciou-‐se em 1942, deixando Lilli à mercê do regime. Foi levada para um campo de trabalhos forçados, sendo obrigada a deixar os filhos num país em guerra. O autor é seu neto.
Dougier, Henry, Berlim, 1919-‐1933 -‐ Gigantismo, Crise Social e Vanguarda: a Encarnação Extrema da Modernidade, Terramar, 2000, ISBN: 9789727102631 Berlim, nos tempos da República de Weimar. Apenas catorze anos de democracia, entre o Império dos Hohenzollern e o Império Nazi (o III Reich). Catorze anos de produção de obras de arte, de inovações técnicas e de um fervilhar intelectual verdadeiramente excepcionais, embora tendo como pano de fundo a inflação, e desemprego, as lutas sociais. Uma obra fundamental para compreender o contexto de ascensão do Nazismo na Alemanha. Dwork, Deborah e Pelt, Robert-‐Jan van, Auschwitz, 1270-‐Present, New Haven: Yale Univ. Press, 1997.
Auschwitz, 1270 to the Present elucida como é que Auschwitz, a pequena cidade do pré-‐guerra se tornou na mais letal local de assassinato da II guerra. Usando as centenas de projetos arquitectónicos para o acampamento que os alemães , na pressa , se esqueceram de destruir , bem como projetos e trabalhos em arquivos municipais , provinciais e federais , Deborah Dwork e Robert Jan van Pelt mostram que a cidade de Auschwitz e o campo de mesmo nome foram o ponto central de um ambicioso projeto de Himmler para recuperar um imaginário legado alemão dos Cavaleiros Teutônicos e de Frederico, o Grande
Franck, Anne, O Diário de Anne Frank, Livros do Brasil, 1996, ISBN: 9789897110009 Anne era uma rapariga de uma família judaica de Frankfurt que se refugiou na Holanda para escapar às perseguições nazis. Invadido este país, a família esconde-‐se com outras pessoas num "anexo" de uma casa, onde, protegida por gente corajosa e dedicada, consegue viver largo tempo sempre no terror de ser descoberta. Acabou por sê-‐lo. E o diário de Anne foi encontrado por acaso num monte de papéis velhos. Anne veio a morrer no campo de concentração de Bergen-‐Belsen. Vários exemplares disponíveis na Biblioteca Frankl, Viktor E., O Homem em Busca de um Sentido, Lua de papel, 2012, ISBN: 9789892319919 Nos seus momentos de maior sofrimento, no campo de concentração, o jovem psicoterapeuta Viktor E. Frankl entregava-‐se à memória da sua mulher -‐ que estava grávida e, tal como ele, condenada a Auschwitz. Conversava com ela, evocava a sua imagem, e assim se mantinha vivo. Quando finalmente foi libertado, no fim da guerra, a mulher estava morta, tal como os pais e o irmão. No entanto, ele alimentara-‐se de outro sonho enquanto estava preso, e, este sim, viria a realizar-‐se: projetava-‐se no futuro, via-‐se a falar perante um público imaginário, e a explicar o seu método para enfrentar o maior dos horrores. E sobreviver. Viktor E. Frankl sobreviveu. E até morrer, aos 92 anos, divulgou por todo o mundo o método desenvolvido no campo de concentração -‐ a Logoterapia.
Frei, Norbert, O Estado de Hitler -‐ O Poder Nacional-‐Socialista de 1933 a 1945, Editorial Notícias, 2003, ISBN: 9789724614984 O nazismo e a Alemanha hitleriana representam, ainda hoje, um desafio a qualquer historiador. Por um lado, o Holocausto constitui um trauma inapagável na história da humanidade e, em particular, na memória do continente europeu; por outro, há toda uma nova geração de investigadores que está a lançar um olhar diferente sobre os factos, reformulando as suas relações e, em alguns casos, questionando mesmo as formas tradicionais da respectiva avaliação. Gil, Carmen, Chamo-‐me... Anne Frank, Didáctica Editora, 2009, ISBN: 9789726508199 A vida e o Diário de Anne Frank, numa edição da coleção de biografias de personalidades famosas, Chamo-‐me… Haenel, Yannick, Jan Karsky -‐ O Herói Que Tentou Travar o Holocausto, Editorial Teorema, 2010, ISBN: 9789726959205
Haffner, Sebastian, História de um Alemão -‐ Memórias 1914 – 1933, Dom Quixote, 2005, ISBN: 9789722027700 Este livro é considerado por muitos a melhor reflexão sobre a origem, natureza e ascensão ao poder na Alemanha da ideologia nazi. Um notável relato sobre a vida quotidiana na Alemanha durante a ascensão do nazismo. Uma edição póstuma de um livro de memórias de um alemão em tempos difíceis; um testemunho interessante de quem "viveu na carne" vinte anos de história alemã como parte integrante da história de uma vida privada.
Varsóvia, 1942. A Polónia foi devastada pelos nazis e pelos soviéticos. Jan Karski é um mensageiro da Resistência polaca junto do Governo no exílio, em Londres. Encontra dois homens que o conseguem introduzir clandestinamente no gueto de Varsóvia, para que ele possa dizer aos Aliados o que viu e preveni-‐los de que os judeus da Europa estão a ser exterminados. Jan Karski atravessa a Europa em guerra, alerta os ingleses, e tem um encontro com o Presidente Roosevelt na América. Trinta e cinco anos mais tarde, Karski conta a sua missão nessa época em SHOAH, o grande filme de Claude Lanzmann. Impõe-‐se a terrível pergunta: Porque é que os Aliados permitiram o extermínio dos judeus da Europa?
Hansen, Randall, Nein, Hitler!, Clube do Autor, 2015, ISBN: 9789897242298 Nos últimos meses da guerra, Hitler ordenou a mais cruel e gratuita das violências: o envenenamento, bloqueio e destruição de todos os portos da Europa, a destruição de todas as indústrias, serviços públicos e museus da Europa e a obliteração da mais bela cidade do mundo: Paris. Mas uma importante minoria de soldados e civis disse NÃO. Eles escolheram desobedecer, e tudo fizeram para evitar uma inútil, e absolutamente destrutiva, defesa militar das suas cidades. Se falhassem, o preço da desobediência seria a morte. Harwood , Jeremy, Mistérios Inexplicados da II Guerra Mundial, Texto Editores, 2015, ISBN: 9789724750149 Quem incendiou o navio francês Normandie, ancorado em Nova Iorque? O que aconteceu aos tesouros de arte pilhados pelos nazis, por toda a Europa ocupada? Tinha Hitler uma doença incurável? Quão perto esteve o terceiro reich de construir uma bomba atómica? Questões intrigantes como estas fazem parte da história da II Guerra Mundial. Mas, por vezes, há mistérios ainda não totalmente desvendados ou explicados. Mistérios Inexplicados da II Guerra apresenta os mais intrigantes, recorrendo às investigações mais recentes para tentar explicá-‐los. Jeremy Harwood é um dos historiadores mais importantes e com mais livros publicados sobre a 2ª Guerra Mundial. Hillesum, Etty, Diário 1941-‐1943, Assírio & Alvim, 2008, ISBN: 9789723712742 A 9 de Março de 1941, quando Esther (Etty) Hillesum começou a escrever, no primeiro dos oito cadernos de papel quadriculado, o texto que viria a ser o seu "Diário", estava-‐se longe de pensar que começava aí uma das aventuras literárias e espirituais mais significativas do século. Ela tinha vinte sete anos de idade e morreria sem ter feito trinta.
Helm, Sarah, Se Isto é Uma Mulher, Editorial Presença, 2015, ISBN: 9789722356305 Numa manhã soalheira no mês de maio de 1939, um grupo de cerca de oitocentas mulheres foi conduzido em marcha forçada pelos bosques até um local a noventa quilómetros a norte de Berlim. O seu destino era Ravensbrück, um campo de concentração concebido só para mulheres por Heinrich Himmler, o líder da SS e principal arquiteto do genocídio nazi. Durante décadas, a história de Ravensbrück permaneceu oculta atrás da Cortina de Ferro, e ainda hoje continua a ser pouco conhecida. Sarah Helm, num meticuloso trabalho de pesquisa e recolha de informação até então perdida ou de difícil acesso, abre-‐nos finalmente as portas deste lugar sombrio. Através de testemunhos descobertos após a Guerra Fria e de entrevistas com sobreviventes que nunca antes tinham partilhado a sua experiência, a autora dá-‐nos a conhecer, além dos horrores mais impensáveis praticados pelo regime nazi, vários exemplos notáveis da incrível tenacidade do espírito humano.
Iturbe, António, A Bibliotecária de Auschwitz, Editorial Planeta, 2013, ISBN: 9789896574321 Auschwitz-‐Birkenau, o campo do horror, infernal, o mais mortífero e implacável. E uma jovem que teima em devolver a esperança. Sobre a lama negra de Auschwitz, que tudo engole, Fredy Hirsch ergueu uma escola. Num lugar onde os livros são proibidos, a jovem Dita esconde debaixo do vestido os frágeis volumes da biblioteca pública mais pequena, recôndita e clandestina que jamais existiu. No meio do horror, Dita dá-‐nos uma maravilhosa lição de coragem: não se rende e nunca perde a vontade de viver nem de ler porque, mesmo naquele terrível campo de extermínio nazi, «abrir um livro é como entrar para um comboio que nos leva de férias». Keneally, Thomas, A Lista de Schindler, Colecção Mil Folhas, PÚBLICO 64, 2003, ISBN 84-‐96200-‐90-‐6
Kerr, Judith, Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-‐de-‐Rosa, Booksmile, 2015, ISBN: 9789898800381 Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-‐de-‐Rosa é uma das obras mais lidas por jovens de todo o mundo. Considerada um clássico da literatura juvenil, e inspirada na vida da própria autora, fala-‐nos da Segunda Guerra Mundial numa nova perspetiva e até com algum humor. Vive-‐se o ano de 1933. Anna tem apenas nove anos e anda demasiado ocupada com a escola e com os amigos para reparar nos cartazes políticos espalhados pela cidade de Berlim com a suástica nazi e a fotografia de Adolf Hitler, o homem que muito em breve mudaria a face da Europa. Ser judeu, pensa ela, é apenas algo que somos porque os nossos pais e avós são judeus. Mas um dia o pai dela desaparece inexplicavelmente. E, pouco tempo depois, ela e o irmão, Max, são levados pela mãe com todo o sigilo para fora da Alemanha, deixando para trás a sua casa, os amigos e os amados brinquedos. Reunida na Suíça, a família de Anna embarca numa aventura que vai durar anos. Kershaw, Ian, Hitler, um perfil de poder, Editorial Inquérito, 1998, ISBN: 9726703158 Este estudo interpretativo não é apenas uma breve biografia de Hitler. Visa directamente analisar um conjunto de questões acerca do processo de ascensão do nazismo e do exercício do poder. Sendo o horror do Terceiro Reich um dado adquirido, a obra procura analisar as suas causas. O autor procura ainda refutar o mito do génio maníaco que teria sequestrado uma nação supostamente incapaz de lhe resistir.
A história verdadeira deste homem que enfrentou perigos inacreditáveis e sacrificou tudo o que possuía, colocando em jogo a própria liberdade, para salvar mais de mil pessoas. Partindo dos testemunhos dos Schindlerjuden -‐ os judeus de Schindler -‐, Thomas Keneally compôs um romance notável e comovente, que retrata a coragem, a generosidade e a perspicácia de um herói em meio às cinzas do holocausto. Escrito com paixão, mas também com absoluta fidelidade aos fatos, A Lista de Schindler valeu a seu autor o cobiçado Prêmio Booker, da Inglaterra. Levado às telas com grande sucesso por Steven Spielberg, foi eleito o melhor filme de 1993.
Kershaw, Ian, Hitler, uma biografia, 8 volumes, Expresso, 2015 Hitler é a aterradora e fascinante narrativa da ascensão de um provinciano rebelde, originário de um canto obscuro da Áustria, a líder de massas com um poder sem paralelo; de como umas ideias mal estruturadas e vis saídas da cabeça de um instável antigo estudante de arte se aglutinaram numa ideologia que durante doze anos ditou o destino de milhões de pessoas; e de como, na sua determinação em impor militarmente a sua vontade e em se esquivar aos seus muitos inimigos, Adolf Hitler iniciou um Armagedão genocida. Nenhum indivíduo pode ser o bode expiatório das vastas forças sociais, tecnológicas, económicas e militares que mudam as nossas sociedades -‐ mas se alguma vez existiu um único indivíduo cujas ideias e personalidade moldaram essas forças e as encarnou, essa pessoa foi Hitler. Esta é a sua história, e Kershaw conta-‐a de uma forma brilhante. Kramer, Clara, Clara -‐ A história da menina que sobreviveu ao holocausto, Edições Asa, 2010, ISBN 9789892310039 Uma história tão tocante quanto O Diário de Anne Frank e A Lista de Schindler. É assim que a imprensa internacional define este livro, baseado no diário que a judia Clara Kramer escreveu em plena Segunda Guerra Mundial, quando tinha apenas 15 anos. Um dia, do nada, a mãe olhou para ela e disse: «Clara, vais escrever um diário.» Seria um registo. Um objectivo. Era uma forma de contra-‐atacar. Laskier, Rutka, O diário de Rutka, Sextante Editora, 2010, ISBN: 978-‐ 989-‐8093-‐38-‐7 Em 1943, Rutka, uma judia de 14 anos, foi levada para Auschwitz, onde morreu. Deixou um diário escondido sob as tábuas da escada, em casa, escrito em 1943. Uma amiga guardou-‐o, até recentemente o divulgar. Acaba de ser publicado em Portugal pela Sextante. Zahava (Laskier) a irmã de Rutka e contou ao P2 a história do diário e a sua descoberta de Rutka. Nascida em 1949, em Israel, Zahava tinha 14 anos quando soube dessa irmã perdida no Holocausto. Letria, José Jorge, Aristides de Sousa Mendes-‐homem de Coragem, Terramar, 2004, ISBN: 9789727103676 Uma recriação ficcional desta personagem, assente numa descrição factual e documental durante o processo narrativo, muitas vezes intersectada por vozes infantis que questionam ou lamentam, fazendo-‐se presença como participantes de uma realidade inóspita e cruel, que importa dar a conhecer aos destinatários preferenciais, implícitos na obra.
Levi, Primo e Benedetti, Leonardo De, Assim Foi Auschwitz, Objectiva, 2015, ISBN: 9789898775696 Chocante pela objectividade e detalhe, tocante pela precoce e indignada lucidez, é um testemunho extraordinário de uma das vozes mais relevantes da antologia de memórias sobre a Segunda Guerra Mundial. Aborda a experiência colectiva do Holocausto, compondo um mosaico de memórias e reflexões de inestimável valor histórico e humano, tão relevantes hoje, 70 anos volvidos sobre o fim da Guerra, como no tempo em que foram escritos Levi, Primo, Os que Sucumbem e os que se Salvam, Editorial Teorema, 2008, ISBN 9789726957515 Quarenta anos depois do clássico Se Isto é Um Homem, Primo Levi, consciente de que o Holocausto corria o risco de, pouco a pouco, ser apagado da memória colectiva, voltou ao tema dos campos de concentração nazis com a apaixonada e apaixonante clareza de toda a sua obra. O resultado, foi este livro de 1986 -‐ um ano antes do seu suicídio -‐ no qual procura respostas para perguntas que nunca deixaram de o obcecar até ao fim. Quais são as estruturas hierárquicas de um sistema autoritário e quais as técnicas para aniquilar a personalidade de um indivíduo? Que relações se criam entre opressores e oprimidos? Quem são os seres que habitam a "zona cinzenta" da colaboração? Como se constrói um monstro? Era possível compreender de dentro a lógica da máquina do extermínio? Era possível revoltar-‐se? Finalmente, como funciona a memória de uma experiência extrema? Questões infelizmente, ainda hoje, bem atuais e a que Primo Levi responde com a sua lucidez extrema e no estilo seco e descarnado que lhe é tão próprio. Os que Sucumbem e os que se Salvam fecha o tríptico iniciado com Se Isto é Um Homem e continuado em A Trégua que constitui, sem dúvida, uma das mais lúcidas e impressionantes visões dos campos de extermínio nazis. Levi, Primo, Se Isto é um Homem, Colecção Mil Folhas, PÚBLICO 15, 2002, ISBN 84-‐8130-‐526-‐X Em 1943, Primo Levi, um jovem membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz no ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-‐se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta.
Levi, Primo, Se Não Agora, Quando?, Editorial Teorema, 2014, ISBN 9789722055192 Primo Levi, prisioneiro em Auschwitz, afasta-‐se do memorialismo mais direto para transformar em matéria romanesca a sua intensa experiência dos dramas da Segunda Guerra Mundial. Em Se não agora, quando? -‐ o seu livro mais extenso e o único a que chamou abertamente de romance -‐ Primo Levi conta-‐nos a história de um bando de judeus que, desgarrando-‐se do Exército Vermelho na Bielorrússia, em 1943, atravessa a Polónia e a Alemanha rumo à Itália. Ao longo dessa caminhada de dois mil quilómetros, as personagens juntam-‐ se à luta da Resistência, vivem o medo, entram em conflito ou solidarizam-‐se entre si, sempre rodeados pela morte, mas sem que Primo Levi renuncie a um humor subtil para caracterizá-‐las. Levi, Primo, O Sistema Periódico, Editorial Teorema, 2012, ISBN 9789726959908 Na véspera de se retirar do universo da química para se dedicar exclusivamente à escrita, Primo Levi oferece-‐nos, através de 21 capítulos, cada um com o nome de um elemento da tabela periódica, um relato da sua vida enquanto cientista e através do qual responde a inúmeras e complexas questões sobre o mundo e sobre si próprio. O Sistema Periódico é, pois, um conjunto de vivências de um químico judeu do Piemonte, combatente antifascista, deportado e escritor, vistas através do caleidoscópio da química. As histórias cobrem a vida do autor, do nascimento à redação deste livro, passando por momentos fulcrais como a infância, a descoberta da vocação e a sua formação como químico, os amores e as amizades, o crescimento do movimento fascista italiano e o aparecimento das leis raciais, a vida na clandestinidade, a prisão e o encarceramento em Auschwitz, e o regresso aos laboratórios do campo de concentração já no pós-‐guerra. Levi, Primo, A trégua, Editorial Teorema, 2013, ISBN 9789726959816
A trégua narra a longa e incrível viagem de volta para casa depois da libertação de Auschwitz e do fim da guerra. Numa Europa semi-‐destruída, o autor e vários companheiros de estrada viajam sem destino pelo Leste até a URSS, entre as ruínas da maior de todas as guerras e o absurdo da burocracia dos vencedores.Primo Levi (Turim, 1919-‐87) inscreveu seu nome entre os maiores escritores do século XX, a partir da experiência de prisioneiro e sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz. A sua prosa literária tem a força expressiva das narrativas em que a voz da testemunha alia-‐se ao trabalho da memória e da recriação da vida nos limites máximos da dor e da destruição.
Levine, Karen, A Mala de Hana -‐ Uma História Verdadeira, Terramar, 2005, ISBN: 9789727103942 A mala de Hana é um retrato singelo, mas mostra como era cruel a vida das crianças submetidas ao Holocausto. A história desenrola-‐se em três continentes durante um período de quase setenta anos. Envolve a experiência de Hana e de sua família na Checoslováquia, nas décadas de 1930 e 40: e uma jovem e um grupo de crianças em Tóquio, no Japão e um homem em Toronto, no Canadá, nos dias de hoje.
Lewis, Helen, Tempo Para Falar, Editorial Planeta, 2013, ISBN: 9789896572877 A crítica não ficou indiferente a um testemunho pungente que nos toca o coração. «Em Tempo para Falar, Helen Lewis traça-‐nos um mapa do Inferno e, ao fazê-‐lo, oferece-‐nos uma obra de arte sem mácula. Nunca põe um pé em falso ao guiar-‐nos através de uma paisagem de pesadelo. A sua voz não se altera, o seu estilo permanece simples. Uma forma modesta de se exprimir que esconde a angústia da recordação.» Michael Longley «O que distingue este livro de todos os relatos em primeira mão do Holocausto é a capacidade evidenciada por Lewis para descobrir traços de humanidade, onde, com toda a justiça, não tinha razões para os ver… recusa-‐se a desumanizar mesmo aqueles que tentaram arrancar-‐lhe tudo quanto tinha de humano -‐ um feito raro para qualquer pessoa na sua situação.» Guardian Littell, Jonathan, As Benevolentes, Dom Quixote, 2007, ISBN: 9789722033046 As Benevolentes são as memórias de Maximilien Aue, um ex-‐oficial nazi, alemão de origens francesas que participa em momentos sombrios da recente história mundial: a execução dos judeus, as batalhas na frente de Estalinegrado, a organização dos campos de concentração, até a derrocada final da Alemanha. Uma confissão sem arrependimento das desumanidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial, que provoca uma reflexão original e desafiadora das razões que levam o homem a cometer o mal. Losa, Ilse, Caminhos sem Destino, Edições Afrontamento, 1991, ISBN: 9789723602562 A publicação em volume dos contos e novelas de Ilse Losa coloca os leitores ante a visão completa da vertente menos conhecida da sua obra ficcional. Neste livro, particularmente no primeiro conto, O concerto, passam as imagens dos tempos cruéis que a autora viveu. Losa, Ilse, O Mundo Em Que Vivi, Edições Afrontamento, 2000, ISBN: 9789723605358 Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-‐nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Grande Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento da influência e vitória dos Nazistas) que por fim a obrigam ao exílio mesmo na eminência de um destino trágico num campo de concentração. Conjunto PNL – 16 exemplares
Losa, Ilse, Sob Céus Estranhos, Edições Afrontamento, 1987, ISBN: 9789723601718 Este livro condensa todas as questões intrínsecas à temática da autora, mas destaca-‐se por ser uma obra de particular maturidade, como se retomasse os textos prévios de Ilse Losa, mas o recontasse de forma tão mais desenvolta e polida que se nos assomam completamente novos. O protagonista da trama, Joseph “José” Berger é um alemão refugiado no Porto. Ao longo do livro a história de José é contada, respeitando mais um tempo emocional do que um tempo cronológico. Lourie, Richard, Uma Tulipa Para Anne Frank, Livros Quetzal, 2005, ISBN: 9789725646465 Na Amsterdão dos nossos dias, um homem recua no tempo e confia um segredo de infância a uma prostituta. Na Holanda, em plena Segunda Guerra Mundial, os tanques substituíram as bicicletas e as crianças tornaram-‐se adultos antes de tempo. Joop passa os seus dias a fazer pequenos trabalhos para ajudar a subsistência da família e para conseguir o reconhecimento dos pais. Nas estrelas amarelas que os judeus são obrigados a usar, lê-‐se "Jood". Quase "Joop". É durante este período que os destinos de Anne Frank e de Joop vão cruzar-‐se. Louro, Sónia, O Cônsul Desobediente, Saída de emergência, 2009, ISBN: 9789896371623 Há pessoas que passam no mundo como cometas brilhantes, e as suas existências nunca serão esquecidas. Aristides de Sousa Mendes foi uma dessas pessoas. Cônsul brilhante, marido feliz, pai orgulhoso, teve a sua vida destruída quando, para salvar 30.000 vidas, ousou desafiar as ordens de Salazar. Esta é a história de um grande português. De um herói com uma coragem sem limites. Só é possível compreender o seu feito se nos colocarmos no seu lugar: destruiríamos a nossa vida e a da nossa família em nome da caridade e do amor ao próximo? Até ao seu derradeiro fôlego, Aristides nunca se arrependeu. Martel, Yann, Beatriz e Virgílio, Editorial Presença, 2010, ISBN: 9789722343855 Henry, um escritor reconhecido, decide escrever um livro, meio ficção e meio ensaio, como forma de abordar todos os aspectos de um mesmo tema. Completamente desencorajado pelos seus editores, desiste do projecto e vai viver para outra cidade. Aí, contudo, continua a receber cartas de leitores e, um dia, um taxidermista escreve-‐lhe a pedir ajuda. Henry apercebe-‐se então de que estão ambos a tentar escrever sobre o mesmo tema. Este livro é uma das mais fortes alegorias sobre o Holocausto.
Matos, Mário e Grossegesse, Orlando, Zonas de Contacto: Estado Novo/III Reich, TDP Edições, 2011, ISBN: 9789898313096 Apesar de o regime salazarista ter fomentado a auto-‐imagem de um Portugal «orgulhosamente só» e de um país de «brandos costumes» adverso aos ventos extremistas que sopravam do resto da Europa, posicionamento que durante a II Guerra Mundial se configuraria sob a forma de uma ambígua «neutralidade não beligerante», é inquestionável que no auge do(s) fascismo(s) europeu(s) o jovem Estado Novo manteve intensas relações quer com as democracias ocidentais quer com os países com governos de cunho nazi-‐fascista. Neste contexto, os multifacetados contactos entre o Estado Novo e o Terceiro Reich, sobretudo durante os anos anteriores à guerra em que se assistiu a uma fascização dos respectivos regimes assente em diversas «afinidades electivas» ao nível ideológico, mas também durante o próprio período do conflito bélico, constituem, porém, um capítulo da história portuguesa e alemã ainda relativamente pouco conhecido do público em geral. Mayo, Jonathan e Craigie, Emma, O Último Dia de Hitler, Self, 2015, ISBN 9789898781482 30 de abril de 1945, a Alemanha está imersa em caos... As tropas russas marcham por Berlim. Em todo o país, as pessoas estão em polvorosa – sobreviventes de campos de concentração, prisioneiros das tropas Aliadas, nazis fugitivos –, e a população civil está a ficar sem comida numa rapidez desoladora. O homem que orquestrou esse pesadelo está no seu bunker no subsolo da capital alemã, ocupando-‐se de suas despedidas. Esta é a história fascinante das horas finais de Hitler, contadas pelo prisma daqueles que estavam com ele na fortificação, dos que lutaram nas ruas da Alemanha e daqueles que transitavam pelos corredores do poder em Washington, Londres e Moscovo. 30 de abril de 1945 foi um dia com o qual milhões de pessoas sonharam, e pelo qual milhões de pessoas morreram. Mieszkowska, Anna, A História de Irena Sendler -‐ A mãe das crianças do Holocausto, Livros do Brasil, 2011, ISBN: 9789897110269 Durante a ocupação nazi, na Segunda Guerra Mundial, Irena Sendler dedicou a sua vida a salvar judeus e foi capaz de encontrar dentro de si uma energia extraordinária e imaginação para as salvar, revelando ainda um espantoso talento organizativo. Ela, que trabalhava como assistente social, organizou então juntamente com as suas colaboradoras a saída de cerca de 2.500 crianças do Gueto de Varsóvia, para o seio de famílias católicas, orfanatos, conventos ou fábricas. Milgram, Avraham, Rozett, Robert, O Holocausto – As perguntas mais frequentes, Yad Vashem, 2005 Neste livro é dada resposta a um conjunto de questões mais frequentes acerca do Holocausto. Numa edição em colaboração com o Parlamento Israelita, o Knesset, são dadas respostas acessíveis para o público em geral.
Morgenshṭern, Noʻomi, Je voulais voler comme un papillon, Yad Vashem, 1998. Este livro está escrito na primeira pessoa e conta as memórias de uma criança durante o Holocausto. Hanna Gotfrit narra a sua infância na Polónia e como sua vida mudou drasticamente quando os nazis ocuparam o seu país. Hanna conta a sua história com uma família polaca corajosa, que recolheu Hanna e a sua mãe nos dois últimos anos da guerra. Versão francesa Mucznik, Ester, Auschwitz, Um Dia de Cada Vez, A esfera dos livros, 2015, ISBN: 9789896266332 A capacidade de sobrevivência do ser humano é notável e, por mais terrível que fosse a existência em Auschwitz, todos os dias se lutava para sobreviver apesar de a morte estar ao virar de cada esquina. O campo de concentração de Auschwitz é sinónimo do mal absoluto preconizado pelo nazismo. Foi ali que judeus e ciganos serviram de cobaias às diabólicas experiências médicas, que acima de um milhão de seres humanos foram gaseados e que mais de 200 mil homens, mulheres e crianças morreram de fome, frio e doença, de exaustão e brutalidade, ou simplesmente de solidão e desesperança. No entanto muitos presos resistiam à total desumanização esforçando-‐se por manter alguma dignidade. Cuidar da higiene, ler, escrever, desenhar, ajudar alguém a sobreviver ou até a morrer eram actos que atribuíam condição humana a quem parecia ter desistido de viver. Mucznik, Ester (Coord.), Estrelas da Memória, Diário de Notícias, 2005, ISBN: 9728933002 O livro é um cruzamento de memórias, um testemunho de sobrevivência, segundo a editora. Reúne, na primeira parte, os testemunhos de crianças que estiveram escondidas durante a guerra, arrancadas pela força às suas raízes. Já numa segunda parte, adianta a editora, a história que se conta é a de sobreviventes e refugiados que encontraram em Portugal o seu porto de abrigo. E a última parte pertence às comunidades de descendentes portugueses engolidas pela voragem nazi, ante a indiferença oficial da época. Overy, Richard, Os ditadores, Bertrand Editora, 2010, ISBN: 9789722514408 A Alemanha de Hitler e a Rússia de Estaline. Pela primeira vez uma análise profunda dos dois regimes e das suas populações. Richard Overy tenta responder a algumas questões. Como foram possíveis essas ditaduras? Como funcionaram? Qual era o laço que unia de modo tão poderoso o ditador e o seu povo? Overy apresenta um relato vivido e notável referente às diferentes maneiras como Estaline e Hitler chegaram ao poder, e abusaram e dominaram os seus respectivos povos.
Rajchman, Chil, Sou o Último Judeu -‐ Treblinka (1942 -‐ 1943), Editorial Teorema, 2009, ISBN: 9789726958734 Chil Rajchman tinha 28 anos quando foi deportado para Treblinka, em Outubro de 1942. Separado dos seus companheiros à saída do comboio, escapou às câmaras de gás tornando-‐se sucessivamente funcionário na triagem de vestuário, cabeleireiro, transportador de cadáveres ou «dentista». Em 2 de Agosto de 1943, participou no levantamento do campo e evadiu-‐se. Após várias semanas de errância, Chil Rajchman escondeu-‐se em casa de um amigo perto de Varsóvia. A guerra ainda não acabou. Num caderno, contou os seus dez meses no inferno. Na Libertação, ele foi um dos 57 sobreviventes entre os 750.000 judeus enviados para Treblinka para aí serem gaseados. Nenhum outro campo foi tão longe na racionalização do extermínio em massa. Rosenberg; Otto, A Lente de Aumento -‐ Os Ciganos no Holocausto, Âncora Editora, 2001, ISBN: 9789727800476 Este livro relata o testemunho, raríssimo, de um extermínio esquecido, o dos ciganos no holocausto, com a narrativa singela de um sinti sobrevivente. A política racial dos nazis leva à construção de um campo de concentração em Marzahn, onde são internados milhares de ciganos e onde se realizam experiências para verificar a sua presumível nocividade. O autor foi o único sobrevivente da sua família, passando por vários campos de concentração. Sebald, W.G., Austerlitz, Quetzal, 2012, ISBN: 9789897220517 Austerlitz é uma narrativa notável, tão curiosa quanto despretensiosa, que nos dá a conhecer Jacques Austerlitz, numa espécie de monólogo meditativo interior, ao longo de um passeio pelas costas de East Anglia. Com este retrato comovente de um emigrante em busca das suas origens, Sebald descreve um universo peculiar, se bem que reconhecível, que resulta do encontro entre a história pessoal e as particularidades do passeio; tendo a grandeza de tocar questões fundamentais como o tempo, a memória e a experiência humana. Sebald explora temas como a perda, o desolamento e a inquietude mental. Mistura géneros como as memórias, a história, a literatura de viagem e o ensaio. O desafio de provocar angústia desvelando lentamente um monte de cacos do Holocausto. Sebald, W.G., Os Emigrantes, Quetzal, 2013, ISBN: 9789897220784 Enquanto narra e documenta a vida e as vicissitudes de quatro judeus expulsos das suas terras -‐ e num tempo em que se cultiva o esquecimento -‐, W.G. Sebald reaviva a memória de um período da História recente europeia, cujos acontecimentos determinaram dramaticamente o destino individual. Mas, se por um lado Os Emigrantes, é uma evocação do exílio e da perda, por outro, é também a de um tempo reencontrado, nas viagens que esses homens empreenderam -‐ no imo e no Mundo -‐ em busca de si e de um lugar para viver, e o seu triunfo sobre a dor da separação e da morte. Deambulando entre a realidade e a fantasia, a investigação e a ficção, W.G. Sebald segue e relata estas figuras em profundidade e detalhe, na sua prosa atmosférica, evanescente, magnífica.
Schlink, Bernhard, O Leitor, Edições Asa, 2007, ISBN: 9789724120096 Michael Berg, um adolescente nos anos 60, é iniciado no amor por Hanna Schmitz, uma mulher madura, bela, sensual e autoritária. Ele tem 15 anos, ela 36. Um dia, Hanna desaparece de repente da vida de Michael. Michael só a encontrará muitos anos mais tarde, envolvida num processo de acusação a ex-‐guardas dos campos de concentração nazis. Inicia-‐se então uma reflexão metódica e dolorosa sobre a legitimidade de uma geração, a braços com a vergonha, julgar a geração anterior, responsável por vários crimes. Spiegelman, Art, Maus, Bertrand, 2014, ISBN: 9789722528047
Maus ("rato", em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polaco sobrevivente de Auschwitz, narrada por si próprio ao filho, o cartoonista Art Spiegelman. O livro é considerado um clássico contemporâneo da BD. Foi publicado em duas partes: a primeira em 1986 e a segunda em 1991. No ano seguinte, o livro ganhou o prestigioso Prémio Pulitzer de literatura. A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas -‐ história, literatura, artes e psicologia. Com uma nova tradução, o livro é agora relançado com as duas partes reunidas num só volume. Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazis ganham feições de gatos; os polacos não-‐ judeus são porcos e os americanos, cães. Este recurso à imagética da fábula, aliado à ausência de cor, reflete o espírito do livro: trata-‐se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações.
Stoessinger, Caroline, Alice: Lições de vida, fé e coragem da mais antiga sobrevivente do Holocausto, Matéria-‐Prima, 2012, ISBN: 9789898461469
Tomé, Conceição Dinis, O Caderno do Avô Heinrich, Editorial Presença, ISBN: 9789722351300
Este livro conta a história de Alice Herz-‐Sommer, actualmente a mais idosa sobrevivente do Holocausto.Alice nasce em 1903, em Praga. Toda a sua infância e juventude são influenciadas pela riquíssima cultura de língua alemã e checa da Europa Central da época: Kafka, Max Brod, Stefan Zweig, Thomas Mann, Rilke ou Mahler fazem parte da sua vida. Influenciada pela mãe, inicia ainda criança a sua carreira de pianista e professora que a irá tornar famosa. Todos os seus sonhos foram cortados com o eclodir da Segunda Guerra Mundial. Alice vê-‐se num gueto com o seu filho e vive uma nova e dura realidade à qual, graças à música, consegue escapar.
Heinrich e Jósef conheceram-‐se na Polónia. Heinrich tinha chegado há pouco tempo da Alemanha, porque o pai não queria que o filho crescesse num país onde então dominavam o ódio, o preconceito, o abuso do poder e todas as formas de fanatismo.Naquele tempo, o homem que tinha subido ao poder resolveu dominar o mundo e perseguir todos aqueles que considerava serem de raças inferiores como os judeus ou os ciganos, e também todas as pessoas que lhe opusessem resistência. Esse homem chamava-‐ se Adolf Hitler. Esta história, escrita com grande sensibilidade, conta-‐nos como Heinrich, e o seu amigo judeu, Jósef, apesar de tudo o que sofreram, conseguiram manter uma amizade que ficou para a vida.
Voorhoeve, Rian, Rol, Ruud Van, Anne Frank -‐ Uma Vida, Campo das Letras, 1994, ISBN: 9789728146009 Em 6 de Julho de 1942, Anne Frank e a sua família passaram à clandestinidade para fugir à barbárie. Da sua luta, ficaram, além do Diário de uma adolescente, centenas de fotografias e diversos documentos conservados milagrosamente. Reunidos nesta obra pela Fundação Anne Frank, eles testemunham, juntamente com largos extractos do Diário, uma época de crimes terríveis contra a humanidade que ninguém tem direito o de ignorar. Wachsmann, Nikolaus, KL, Dom Quixote, 2015, ISBN: 9789722057998 KL, Konzentrationslager, designa o sistema dos campos de concentração nazis. É também o título da primeira história geral desta realidade trágica que importa conhecer. Nesta notável obra de referência histórica, Nikolaus Wachsmann oferece o primeiro relato, sem precedentes, dos campos de concentração nazis, desde a sua concepção, em 1933, até ao seu encerramento, na primavera de 1945. O Terceiro Reich é o período mais estudado da História, e no entanto faltava até agora escrever uma história geral do amplo sistema de campos de concentração, bem como das experiências quotidianas dos seus habitantes – perpetradores, vítimas, e todos aqueles que viviam naquela área que Primo Levi designou como «zona cinzenta». Com KL – Uma História dos Campos de Concentração Nazis Wachsmann preenche esta lacuna evidente no nosso entendimento do passado. Ele não sintetiza apenas o trabalho académico de uma geração, uma parte importante do qual desconhecida até agora fora da Alemanha, como também faz revelações surpreendentes, baseadas em muitos anos de pesquisa arquivística, sobre o funcionamento e a extensão do sistema de campos. Ao examinar, em detalhe, a vida e a morte dentro dos campos, e ao adoptar uma abordagem mais panorâmica para mostrar que o sistema era moldado pela evolução das várias forças políticas, legais, sociais, económicas e militares, Wachsmann produz uma imagem unificada do regime nazi e dos seus campos de concentração nunca antes vista. Uma obra de grande ambição e importância, KL está destinada a tornar-‐se um clássico da história do século xx. Weiss, Helga, O Diário de Helga -‐ A vida num campo de concentração pelos olhos de uma jovem, Bertrand Editora, 2013, ISBN: 9789722526661 Em 1938, quando começa a escrever o seu diário, Helga tem oito anos. Juntamente com o pai, a mãe e os 45 000 judeus que vivem em Praga, sofre com a invasão e o regime nazi: o pai é impedido de trabalhar, as escolas estão-‐ lhe vedadas, eles veem-‐se confinados ao seu apartamento. Depois têm início as deportações, e os seus amigos e familiares começam a desaparecer. Em 1941, Helga e os pais são enviados para o campo de concentração de Terezín, onde vivem três anos. Helga regista o seu dia a dia — as condições duras, as doenças e o sofrimento, bem como os momentos de amizade, criatividade e esperança —, até que, em 1944, são enviados para Auschwitz. Helga deixa o diário com o tio que o esconde numa parede, para o preservar.
Welch, David, Hitler -‐ Perfil de um Ditador, Edições 70, 2002, ISBN 972-‐ 44-‐1127-‐3
Numa obra que pretende esclarecer o papel de Hitler na ascensão e queda do III Reich e um contributo para o complexo debate historiográfico que envolve a figura de Hitler, o autor analisa a personalidade do Führer, as suas ideias e a natureza do seu poder. Qual o verdadeiro envolvimento de Hitler no processo de tomada de decisões? Seria ele um ditador omnipresente e omnisciente, ou seriam muitas das decisões tomadas por subordinados que alegavam agir em seu nome do? Eis algumas das perguntas, a que o autor tenta responder.
Wiesel, Elie, Noite, Texto Editora, 2003, ISBN: 9789724723716 O livro narra a história de um jovem judeu que, como tantos outros, é levado para um campo de concentração, tornando-‐se testemunha de todo o horror do Holocausto e assiste, impotente, à morte da família. Ao longo da narrativa, o leitor é testemunha assombrada da morte da sua inocência e da morte da sua fé. Um relato pessoal e impressionante de uma aterradora realidade ainda (demasiado) próxima. Willmott, H. P., Messenger, Charles, Cross, Robin, II Guerra Mundial, Livraria Civilização Editora, 2009, ISBN: 9789895507702 Uma obra de enquadramento. Ao longo de centenas de páginas, diversos mapas revelam as situações estratégicas e tácticas de ambos os lados da barricada. As descrições dos combates reconstituem na mente do leitor as terríveis realidades vividas nas batalhas, bem como em todos os combates terrestres marítimos e aéreos -‐ tudo na sua mais profunda crueza e intensidade. Um capítulo sobre o Holocausto. Woodhouse, Patrick, Etty Hillesum, Edições Paulinas, 2011, ISBN: 9789896731731 A 9 de março de 1941, uma judia holandesa de 27 anos de idade, chamada Etty Hillesum -‐ que vivia na cidade de Amesterdão, ocupada pelo inimigo -‐ escreveu a sua primeira entrada num diário, que se tornou um dos mais notáveis documentos surgidos do Holocausto nazi. Ao longo dos seguintes dois anos e meio, uma jovem mulher insegura, caótica e perturbada foi transformada numa pessoa que inspirava todos aqueles com quem partilhava o sofrimento do campo de trânsito de Westerbork e com quem viria a perecer em Auschwitz. Zee, Ruth Vander, A História de Erika, Kalandraka, 2008, ISBN: 9789728781804 "Nasci em 1944. Não sei a data exacta do meu nascimento. Não sei que nome me puseram. Não sei em que cidade ou em que país vim ao mundo. Também não sei se tive irmãos. O que sei com certeza, é que quando tinha apenas uns meses me salvei do Holocausto…" As ilustrações de Roberto Innocenti reforçam os profundos sentimentos que transmite a autora. O seu estilo é absolutamente realista, como fotogramas de um filme: pinta com uma paleta de cinzentos as imagens evocativas da história e reserva a cor para cenas pontuais, jogando com o passado e com o presente.
Zimler, Richard, Os Anagramas de Varsóvia, Oceanos, 2009, ISBN: 9789892305837 Um romance policial arrepiante e soberbamente escrito passado no gueto judaico de Varsóvia. Narrado por um homem que por todas as razões devia estar morto e que pode estar a mentir sobre a sua identidade… No Outono de 1940, os nazis encerraram quatrocentos mil judeus numa pequena área da capital da Polónia, criando uma ilha urbana cortada do mundo exterior. Erik, um velho psiquiatra, é forçado a mudar-‐se para um minúsculo apartamento com a sobrinha e o seu adorado sobrinho-‐neto de nove anos, Adam. Zimler, Richard, A sétima porta, Oceanos, 2007, ISBN: 9789724153001 Berlim, década de Trinta. Isaac Zarco, está convencido que o pacto entre Hitler e Estaline -‐ para além de outros «sinais» -‐ anuncia que uma profecia apocalíptica feita por um seu antepassado está prestes a concretizar-‐se. Acredita também que, se conseguir descodificar esses textos cabalísticos medievais, pode salvar o mundo. Passado durante a subida ao poder de Hitler e a guerra que os nazis moveram contra os deficientes, a história junta a jovem Sophie Riedesel com um grupo clandestino de activistas judeus e antigos fenómenos de circo liderados por Isaac Zarco. Zusak, Markus, A Rapariga que Roubava Livros, Editorial Presença, 2008, ISBN: 9789722339070 Qualquer coisa era melhor do que ser judeu. E assim Liesel era feliz na Alemanha nazi. Max, o judeu, é o perseguido. Mas este livro não é apenas mais um a denunciar o holocausto; oferece-‐nos a perspetiva do povo alemão; ou melhor, dos pobres que Hitler também fabricou; é o desmistificar de uma ideia feita que ainda tem adeptos hoje em dia: de que Hitler enriqueceu a Alemanha. Nada de mais errado. A Alemanha de Hitler não era a Alemanha da riqueza; era a da inveja e da loucura que levou ao anti-‐semitismo e ao imperialismo absurdo.
DVD
Anne Frank Realização: Robert Dornhelm; Com Ben Kingsley, Hannah Taylor-‐Gordo, 190m, 2002 Baseado no aclamado livro de Melissa Müller, ANNE FRANK leva-‐nos para além da história conhecida e descreve-‐nos o verdadeiro retrato de Anne antes e depois de se refugiar. Conheça a alegre e popular rapariga antes da guerra e testemunhe os desafios das corajosas pessoas que arriscaram as suas vidas tentando mantê-‐la a salvo. O filme explora também o mistério que ainda permanece acerca de quem denunciou a família Frank. Aristides de Sousa Mendes -‐ O Cônsul de Bordéus Realização: João Correa, Francisco Manso; com Vítor Norte, Carlos Paulo, João Monteiro; 90 m; 2012.
Com a invasão de França pelas tropas nazis, dezenas de milhares de refugiados começam a formar-‐se junto do consulado português em Bordéus, na esperança de aí obterem um visto para Portugal. Obrigado a respeitar a circular de Salazar que determinava a proibição expressa de concessão de vistos a quaisquer refugiados judeus, Sousa Mendes viveu, então, um terrível dilema: se concedesse vistos, arriscava a carreira diplomática e o sustento da sua família; se não o fizesse, todos aqueles milhares de pessoas teriam como destino os campos de concentração nazis.Aristides de Sousa Mendes – O Cônsul de Bordéus, revisita a extraordinária história do “justo” português que salvou mais de 30.000 vidas durante a Segunda Guerra Mundial e desvenda a consciência e coragem de um homem que ousou desafiar Salazar inscrevendo o seu nome na história da humanidade.
AUSCHWITZ: os nazis e a solução final Produção: Laurence Rees, BBC, 2005 3 discos -‐ Disco 1: O Início da Surpresa ; Ordens e Inciativas; Disco 2: Fábricas de morte; Corrupção; Disco 3: Matança desenfreada ; Libertação e vingança ; Entrevista de Laurence Rees Exodus Realização: Otto Preminger; com Paul Newman, Eva Marie Saint; 208 m; 1960 Inspirado no best-‐seller de Leon Uris, esta crónica do renascimento de um povo e do estabelecimento de uma nação é uma experiência muito especial em termos de drama humano. Um líder da resistência israelita, consegue levar 600 judeus dos campos de detenção de Chipre, conduzindo-‐os, apesar das dificuldades e obstáculos a um grande cargueiro com destino à Palestina.
Fritz Bauer: Agenda Secreta Realização: Lars Kraume, com Rüdiger Klink, Burghart Klaußner, Andrej Kaminsky; 105 m; 2016. No final dos anos 1950, Fritz Bauer foi o juiz e advogado que conseguiu levar antigos nazis como Adolf Eichmann à justiça, tendo ajudado na captura e tratado do julgamento e condenação de um dos principais arquitectos do Holocausto, que estava na altura a viver na Argentina. Este thriller de Lars Kraume, que venceu o Prémio do Público no Festival de Locarno, foca-‐se nessa demanda por levar Eichmann a julgamento em Israel. Isto além das adversidades por que Bauer, que aqui é interpretado por Burghart Klaußner, passou numa Alemanha ainda não completamente livre da mentalidade nazi, em que ainda havia muitos simpatizantes dessa ideologia até em cargos públicos. E, por ter recorrido a alianças com a Mossad para conseguir levar o tenente-‐coronel à justiça, acabou por ser visto por muitos como um traidor à pátria. Fuga na Escuridão Realização: Agnieszka Holland , com Robert Wieckiewicz, Benno Fürmann; 138 m; 2012. Em 1943, Leopold Socha, um trabalhador dos esgotos e também ladrão pouco conhecido em Lvov, uma cidade polaca ocupada pelos nazis, encontra-‐se um dia com um grupo de judeus que estão a tratar de impedir a matança que se vai realizar no gueto. Socha aceita escondê-‐los no labirinto de túneis e câmaras que forma o sistema de esgotos da cidade. Mas o que começou por ser um pequeno e simples acordo económico, vai-‐se convertendo numa inesperada aliança entre Socha e os judeus. E esta experiência vai marcar para sempre a consciência de Socha. Uma extraordinária história de sobrevivência de homens, mulheres e crianças, que conseguiram evitar a morte certa durante mais de um ano de intenso e ameaçador perigo. Hannah Arendt Realização: Margarethe von Trotta, com Barbara Sukowa, Axel Milberg, Janet McTeer; 109 m; 2012. Após assistir ao julgamento do nazi Adolf Eichmann, a filósofa política Hannah Arendt atreve-‐se a escrever sobre o Holocausto em termos inauditos. O seu trabalho provoca imediatamente escândalo mas Arendt mantém-‐se firme ao ser atacada tanto por inimigos, quanto por amigos. Um retrato do génio que abalou o mundo com a sua tese sobre a “banalidade do mal”. Hitler -‐ A Ascenção do Mal Realização: Christian Duguay; Com Robert Carlyle, Stockard Channing, 178m; 2003 Hitler: A Ascensão do Mal começa por fazer o retrato da mente jovem e em desenvolvimento de um louco embrionário, acompanhando-‐o nos seus anos de formação e em como evolui no homem que explorou a nação, que apelou por um líder que pudessem seguir. Motivado pela raiva e distorcido pelo ego, Hitler luta num mundo que acredita dever-‐ lhe algo, seduzindo a Alemanha numa dança macabra de rendição e controlo.
O homem decente Realização: Vanessa Lapa, Público, 92 m, 2014 Através de cartas, fotografias e diários encontrados na casa de família dos Himmler em 1945, o filme retrata a vida e a mente do “Arquitecto da Solução Final”, Heinrich Himmler. Himmler escreve: “na vida, é preciso ser decente, corajoso e ter bom coração”. Como é que alguém pode ser um herói aos seus próprios olhos e um assassino aos olhos do mundo? Um retrato único de umas das figuras mais proeminentes do Terceiro Reich: o Reichsfuhrer SS: Heinrich Himmler. A Lista de Schindler Realização: Steven Spielberg; com Liam Neeson, Ben Kingsley, Caroline Goodall; 187 m; 1993
O filme mostra a vida real do industrial checo Oskar Schindler. Ao comprar em 1939 uma fábrica de produtos de esmalte quase falida na Polónia dominada pela Alemanha de Hitler, usou as suas boas relações com altos funcionários nazis, para recrutar trabalhadores entre prisioneiros judeus do gueto da Cracóvia, passando a fornecer produtos para o exército alemão. Quando os nazis iniciam a "solução final", Schindler intercede junto ao comandante, subornando outros oficiais e garantindo tratamento diferenciado para seus operários, salvando-‐os dos campos de extermínio.
O Mundo em guerra Documentário – 11 DVD; Thames Televison; Ed Público; 2011. O Mundo em Guerra” é um documento imprescindível para se compreender as causas e as consequências de um conflito que provocou mais de 50 milhões de mortes entre Setembro de 1939 e Agosto de 1945. O DVD 6 tem um episódio dedicado ao Holocausto. Mulher de Ouro Realização: Simon Curtis; com Helen Mirren, Ryan Reynolds, Daniel Brühl; 109 min, 2015. Passaram-‐se quase seis décadas desde que Maria Altmann, de origem judia, foi obrigada a sair de Viena para escapar à invasão nazi. Agora, decidida a recuperar o "Retrato de Adele Bloch-‐Bauer I", o famoso quadro de Gustav Klimt que foi confiscado à sua família pelo exército alemão, ela deixa Los Angeles e regressa, pela primeira vez, à cidade onde nasceu. Para a ajudar na longa batalha judicial que a espera – e que vai implicar um confronto com o Estado austríaco e o Supremo Tribunal dos EUA –, apenas poderá contar com Randol Schoenberg, um jovem advogado corajoso mas com pouca experiência. Com realização de Simon Curtis e argumento de Alexi Kaye Campbell, inspira-‐se na verdadeira história de Maria Altmann (1916-‐2011) e na sua longa luta para recuperar o património perdido durante a Segunda Grande Guerra.
A Noite Cairá Realização: André Singer, Público, 75m, 2014 A 15 de Abril de 1945, as tropas britânicas libertaram o campo de concentração de Bergen-‐Belsen. Uma equipa de filmagens filmou as pilhas de cadáveres e os sobreviventes, provas irrefutáveis dos crimes cometidos pelo regime Nazi. O produtor Sidney Bernstein planeava usá-‐ las num filme e convidou Alfred Hitchcock para o montar. Mas, depois do fim da Guerra, as forças de ocupação mudaram a sua política e em vez de confrontar a Alemanha com a culpa, preferiram instalar a confiança para tornar possível a reconstrução do pós-‐Guerra. E estas imagens de horror indizível foram confinadas aos arquivos. A Noite Cairá segue as pisadas deste filme inacabado conhecido como o “Hitchcock perdido”. O outro lado do Holocausto Realização: Lionel Chetwynd; com William Hurt, Julia Ormond; 116m, 2001. 1938. Pessoas em debandada procuram refúgio nas ruas de Berlim. Vândalos nazis destroem as lojas e cânticos anti-‐semitas misturam-‐se com os gritos febris de "Heil Hitler". No meio deste caos encontra-‐se um jornalista americano, que testemunha em primeira mão uma guerra que prevê ser "uma tragédia de proporções inimagináveis". Mas em Nova Iorque, ninguém acredita nele. O destino dos judeus europeus é acompanhado com apatia e incompreensão. Mas nada o detém e ele vai salvar milhares de judeus. O Pianista Realização: Roman Polansky; com Adrien Brody, Maureen Lipman; 142 m; 2002 Esta aclamada adaptação é a dramática história da luta pela sobrevivência de um homem que, conseguindo fugir do gueto de Varsóvia e após a deportação de toda a sua família para os campos de concentração alemães, aprende a sobreviver em permanente fuga. Sobrevivendo à guerra numa Varsóvia em escombros, Szpilman voltou por fim a tocar o seu amado piano, que lhe garantiu a sanidade mental e a força necessária para que permanecesse vivo depois de tanto sofrimento. A Queda -‐ Hitler e o Fim do Terceiro Reich Realização: Oliver Hirschbiegel; Bruno Ganz, Alexandra Maria Lara; 149 m; 2005. Berlim, 20 de Abril de 1945, dia do seu aniversário, Hitler encontra-‐se refugiado num bunker e faz os seus últimos preparativos. Na superfície, os constantes bombardeamentos da artilharia russa anunciam a chegada do inimigo. A capital alemã encontra-‐se reduzida a escombros e os combates de rua iniciam-‐se. Apesar do esforço dos poucos soldados, ajudados pelas milícias populares e por crianças da Juventude Hitleriana, a derrota é inevitável.
A Rapariga que Roubava Livros Realização: Brian Percival,; com Sophie Nélisse, Geoffrey Rush; 120+10m; 2013. Baseado no romance de Markus Zusak que decorre durante a Segunda Guerra Mundial na Alemanha e conta-‐nos a história de Liesel Meminger, uma rapariga adoptada que vive nos arredores de Munique. Liesel cria um sentido para a sua vida roubando algo a que não consegue resistir -‐ livros. Com a ajuda do seu pai adoptivo que toca acordeão, Liesel aprende a ler e, durante os bombardeamentos, compartilha os livros roubados com os seus vizinhos e com o judeu escondido na sua cave, antes de este ser deslocado para Dachau. O Rapaz do Pijama às Riscas Realização: Mark Herman; com Asa Butterfield, Sheila Hancock, Vera Farmiga; 93m, 2008 Baseado no livro com o mesmo título. Durante a Segunda Guerra Mundial, uma família alemã muda-‐se de Berlim para Auschwitz, quando o patriarca é ordenado por Hitler em pessoa para trabalhar no campo de concentração. Assim, Bruno, um rapaz de 9 anos e o filho do oficial, começa uma amizade com um menino judeu da mesma idade, preso no campo. O Senhor Batignole Realização: Gerar Junot; com Gerar Junot, Jules Sitruk; 100m; 2008. Paris, Verão de 1942. A França está sob ocupação nazi. Edmond, um talhante cujo futuro genro é um ativo colaboracionista, inadvertidamente toma parte na deportação dos seus vizinhos judeus. Quando Simon, o filho do vizinho, aparece à porta daquela que fora a sua casa, descobre que agora moram lá Edmond e a família. Sentindo-‐se culpado e apenas procurando evitar problemas com as autoridades alemãs, Edmond esconde o rapaz a quem depressa se juntam dois primos, também órfãos de guerra. O Seu Nome era Sarah Realização: Gilles Paquet-‐Brenner; com Aidan Quinn Dominique Frot Frédéric Pierrot; 106m; 2010. Julia Jarmond, uma jornalista americana casada com um francês, é contratada para escrever um artigo sobre o caso Vel d'Hiv, que teve lugar em Paris, em 1942, e depara-‐se com um segredo de família que a vai ligar para sempre ao destino de uma jovem judia, Sarah. Julia descobre que o apartamento para qual se pretende mudar com o marido Bertrand foi adquirido pela família dele quando os seus ocupantes judeus foram desalojados e deportados há 60 anos atrás. Decide então deslindar o que aconteceu com os antigos ocupantes: Wladyslaw e Rywka Starzynski, os pais de Sarah, então com 10 anos, e de Michel, com quatro..
O triunfo da vontade Realização: Leni Riefenstahl; 114m, 1935; ed. 2010. Do género documentário, o filme foi encomendado à cineasta pelo próprio Hitler, e cobre os acontecimentos ocorridos durante o Sexto Congresso de Nuremberg, realizado no ano de 1934. É um dos filmes de propaganda política e apologético mais conhecido da história do cinema. Hitler, ao assumir o governo, apontou Leni Riefenstahl como sua cineasta de confiança, e encomendou este filme, pois não gostara dos documentários feitos pelas pessoas do partido até então.
O Último dos Injustos Realização: Claude Lanzmann; Parte 1 -‐ 117 min; 2013 Parte 2 -‐ 92 min; 2013
1975. Em Roma, Claude Lanzmann filma filme Benjamin Murmelstein, o último Presidente do Conselho Judeu do gueto de Theresienstadt, o único que sobreviveu à Guerra. Rabino em Viena, Murmelstein, depois da anexação da Áustria pela Alemanha em 1938, lutou com unhas e dentes com Eichmann, semana após semana, durante sete anos, conseguindo fazer com 121 mil judeus emigrassem e evitando a liquidação do gueto. 2012. Claude Lanzmann com 87 anos, sem mascarar a passagem do tempo, mas mostrando a permanência dos lugares, recupera estas entrevistas em Roma, regressando a Theresienstadt, a cidade “dada aos judeus por Hitler”, gueto modelo, gueto-‐mentira eleito por Adolf Eichmann para enganar o mundo. Descobrimos a personalidade extraordinária de Benjamin Murmelstein : dotado de uma inteligência fascinante e de uma coragem certa, memória incomparável, formidável contador de hitórias, irónico, sarcástico e verdadeiro. Através estas 3 épocas, de Nisko a Theresienstadt e de Viena a Roma, o filme revela como nunca antes a génese da solução final, desmascara o verdadeiro rosto de Eichmann e desvenda as contradições do Conselho Judeu.
Os últimos dias Realização: James Moll; 83m; 1998. Cinco judeus húngaros, agora cidadãos dos Estados Unidos, contam as suas histórias. Histórias anteriores a 1944, de quando os nazis começaram a exterminar os judeus húngaros, acerca dos meses nos campos de concentração e visitando as suas casas da infância mais de 50 anos mais tarde. Muitos dos depoimentos são pequenos detalhes pessoais cheios de memórias e intensidade. Uns e os Outros -‐ Les Uns et Les Autres -‐ Realização: Claude Lelouch; com Robert Hossein, Nicole Garcia, Francis Lai; 177m; 1981. 45 anos de sangue, de lágrimas, de depressão e de esperança, com uma evidência matemática: para ir de um momento de felicidade para outro é preciso passar sempre pela casa 'angústia'. Em Uns e os Outros, não há bons nem maus, só dias bons e dias maus. Em Uns e os Outros, é sobretudo o espectáculo que conduz a dança. Só ele, por enquanto, tem todas as virtudes necessárias para nos fazer sonhar e acreditar num mundo melhor.
A Vida é Bela Realização: Roberto Benigni; com Roberto Benigni, Nicoletta Braschi; 111 m; 1997. "A Vida é Bela" é uma deliciosa fábula, e um hino à vida dos duros tempos da Europa da Segunda Guerra Mundial, onde o protagonista Guido, um homem inocente, terá que utilizar a sua imaginação e força de vontade para salvar as vidas daqueles que ama. Romântico, hilariante, surpreendente e comovedor, este filme é um dos mais belos momentos de cinema! Vencedor de mais de 40 prémios internacionais
Biblioteca da Escola Secundária de Amares Catálogo bibliográfico – Ler+para Contar o Holocausto
janeiro de 2017