Contos Policiais

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Agrupamento de Escolas Engยบ Fernando Pinto de Oliveira

Contos Policiais 6ยบ1 e 6ยบFarol Ano letivo 2015-16

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SANTA LAGOSTA Estava o detetive Alibi Furado, um homem de quarenta e três anos, alto e magro, careca, de olhos azuis, no seu escritório, quando recebeu uma chamada do Padre Compadre, um homem alto e um pouco cheio. Este repetia, muito aflito, que lhe tinham roubado a estátua da Santa Lagosta à hora da missinha. E o pior é que não havia testemunhas, dizia ele. Nem uma! O detetive, porém, tinha já dois suspeitos: Adelaide Bem e Baile, uma velha chata, bastante religiosa, talvez até demais, que conhecia todos os segredos da igreja, e Fernandino Justino, o melhor amigo do padre, que também sabia todos os segredos, não só da igreja, como do padre. As suspeitas desvaneceram-se quando se descobriu que os dois tinham álibis seguros.

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Foi aí que o detetive começou por suspeitar do padre, talvez por mera intuição. Chamou-o e pediu-lhe que o acompanhasse… - Está preso em nome da lei! – Disse o Alibi Furado, com voz firme. E agora, para os mais astutos detetives amadores, qual foi a prova que incriminou o padre? * * À hora da missa ninguém poderia ter roubado a estátua, pois teria sido visto. O padre teria mentido, porque no final de tudo ficou-se a saber que ele ia ser despedido e, não querendo ficar pobre, roubou a estátua para manter os seus rendimentos.

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ASSALTO À MINA Tudo começou numa sexta-feira treze, à meia-noite, na Mina da cidade do Porto. O mineiro Josefino estava descansado a retirar os diamantes da mina quando, subitamente, é atacado por uma rapariga. Apercebeu-se que teria sotaque carregado, embora falasse um português correto. De repente há menos uma pessoa no mundo! Mas agora vamos conhecer o desenvolvimento desta história e o nosso verdadeiro crime! A detetive Bia XPTO estava desesperada à procura de uma ajudante competente para os seus perigosos casos, quando lhe batem à porta: - Pode entrar! – disse, rapidamente. - Quem é você? 5


- Sou a sua nova ajudante, pois claro! – foi a resposta, muito confiante. - Ah, sim, vamos lá responder a umas perguntas! Nome? - Holmes. - Contratada! - disse a detetive, com um sorriso. - Qual é o caso? - Houve um assassinato e um roubo na mina do Porto e nós fomos destacadas para resolver este crime. NO DIA SEGUINTE… A suspeita foi colocar os diamantes numa loja de antiguidades, a poucos metros do local do crime. Na mina ficou com os sapatos cheios de lama, permitindo assim identificar o número de calçado, pelas pegadas que deixou atrás de si. E, claro, o rasto indicava sem dúvidas para onde tinha ido a seguir! A detetive virou-se para a ajudante: - Descobri um rasto que poderá ser da criminosa! - Mas… tem a certeza? - Não, mas é muito suspeito! - Bem, se fosse a si, não confiava tão facilmente! - Seja como for, agora tenho de ir ao encontro com o rasto! PASSADOS 10 MINUTOS: - Bem, consegue-se detetar que calça 38 e dirige-se à loja de antiguidades! - Vamos entrevistar a dona da loja! - A sério? Eu acho melhor não! - Qual é o problema? Deve ser vergonha de principiante. Por agora passa, mas de futuro… 6


Chegaram à loja de antiguidades e perguntaram pela gerente. Quando finalmente ela decidiu aparecer, com medo das detetives, explicou logo: - É só para avisar que eu não tenho nada a ver com o que vocês vieram cá fazer! Enquanto a Bia XPTO procurava pistas, a Holmes perguntou à gerente: - Qual é o seu nome? -Tânia Maria do Céu Rosa Josefina da Brisa Quente! - Idade? - 35 anos. - Houve algum problema nestes últimos dias? -Chegou aqui uma mulher muito atraente e atarefada, com um saco. Tinha sotaque, mas falava português. O cabelo era castanho e ela era elegante e alta. Sabe, muito parecida consigo! - Não, não é possível haver duas pessoas iguais no mundo, mas agora tenho de ir. Já sei o que precisava de saber, muito obrigada! - Mas… é muito estranho! - O quê? -Aquele mocho está a rodar desde que nós entrámos… - Bom, é uma câmara de vigilância, mas não conte a ninguém! - Podemos ter acesso? - Claro que sim! Depois de ter visto as imagens de sexta feira, a detetive já sabia quem era o culpado e mandou chamar a polícia. 7


- Já descobriu o culpado? - Sim, já! Para além de ter roubado, fingiu ser minha ajudante! Eu percebi logo, pois tinha sotaque e deixou o meu escritório cheio de lama! Como não tinha a certeza, esperei pela confirmação das minhas suspeitas, mas estas imagens não deixam margem para dúvidas de que foi a… Holmes! NO JORNAL DAS OITO… “Mais um incrível caso resolvido pela detetive Bia XPTO! Hoje de manhã a detetive resolveu aquele que é conhecido pelo “crime da mina” e a criminosa, que se dizia chamar Holmes, mas que na verdade se chama Michelle, foi colocada na cadeia. Ela nega ter alguma coisa a ver com o sucedido e chegou mesmo a ameaçar que vingar-se da detetive depois de sair da cadeia, daqui a vinte e oito anos! E assim chegámos ao final do nosso programa de hoje, CRIMES PERIGOSOS. Boa tarde e portem-se bem!”

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O ENFORCAMENTO DO DIA 13 Era uma sexta feira, dia 13, e chovia a potes no parque da cidade. Carolina Rollins estava a treinar para uma maratona, quando subitamente se deparou com uma terrível visão: o seu namorado, enforcado numa árvore! Pregado ao peito, tinha um papel a dizer "EU AVISEI-TE!" e um boneco da forca completo desenhado. Quando o detetive Jack Black chegou ao local do crime encontrou um punhal muito invulgar, com um formato estranho e uma pega de ouro e diamantes. Concluiu de imediato que o assassino teria esfaqueado a vítima e só depois o tinha enforcado, possivelmente já sem vida. O detetive e a sua equipa procederam a várias e prolongadas averiguações, até que detiveram três suspeitos, para interrogatório na esquadra. O primeiro a 9


ser ouvido foi o melhor amigo do falecido, John Fitzpatrick. - Onde estave à data e hora em que o crime ocorreu? - questionou o detetive . - Em casa... a dormir... - respondeu John Fitzpatrick. – Podem perguntar à minha namorada. EX-namorada, já que ela me trocou…! Fez-se silêncio na sala. - Obrigado, pode sair - disse o detetive, levantandose. Depois veio a namorada da vítima. À mesma pergunta, respondeu: - Nesse dia eu… eu… estava a... a… correr, fui eu que o encontrei... – disse, chorosa. - Com efeito! Lamento imenso pela sua perda. Finalmente veio o padrasto. - Ouvi dizer que não tinha uma relação muito chegada com o seu enteado? - Isso não lhe diz respeito!!! - respondeu Richard, levantando a voz. - Caaaalma! Agora... pode dizer-nos onde e com quem estava, no momento do crime? - Estava em casa, com a minha mulher. Tivemos visitas para o jantar. Todos podem confirmá-lo. Jack Black deu por terminado o interrogatório. O detetive, enervado, saiu bruscamente da sala e gritou para o seu ajudante: - Ryan, verifica o número de série do punhal que encontramos e localiza-me a loja onde foi comprado. Depressa! 10


Passadas algumas horas, Ryan telefonou a Jack. Falaram alguns minutos e o detetive saiu da esquadra a correr… e sabem o que é que ele fez? Prendeu o melhor amigo, que acabou por confessar que o rancor que sentia por a vítima lhe ter roubado a namorada era tão grande, que agiu impulsivamente, movido pelo ciúme. E foi assim que Jack Black encerrou mais um caso com sucesso.

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CRIME NO BAR No “Beach Bar”, gerido por Carlota Laranja, uma jovem alta e magra, de cabelos negros e que rondava os vinte e três anos, ocorreu um homicídio. Para resolver o caso, foi contratado o detetive Francisco, mais conhecido por F. F. Resolvecasos, um homem de meia-idade. Numa tarde de verão, muito movimentada, a gerente andava atarefada a servir os clientes, como era habitual. A sua fiel assistente, Catarina, acabara de chegar e começara a servir bebidas, enquanto Carlota Laranja fazia uma curta pausa, para descansar um pouco. Catarina, de compridos cabelos ondulados e com um ar bastante desportivo, servia uma amiga. Ela era loira, de olhos castanhos e chamava-se Leonor. De repente, enquanto Leonor desfrutava do seu batido, Catarina chamou-a e pediu-lhe um favor.

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Algum tempo depois, já no final da tarde, a gerente retomou o serviço. Entretanto, Catarina preparava três cocktails para celebrarem juntas aquele dia. As três amigas estavam bastante animadas a conversar quando, inesperadamente, Carlota caiu no chão, sem sentidos. Preocupadas e aflitas, apressaram-se a chamar uma ambulância e a polícia. No dia seguinte, as amigas da vítima foram visitála ao hospital. Falaram com o médico que a tinha assistido e perguntaram-lhe como estava Carlota. Atrapalhado, este informou-as da morte da amiga. Quando elas saíram, o médico ficou pensativo e resolveu contactar Francisco, um detetive privado seu amigo, para lhe pedir que investigasse o caso. No dia seguinte, Catarina e a amiga regressaram ao bar. Entretanto, entrou um senhor. Pediu para falar com a responsável e explicou que tinha sido contratado por um médico para investigar um homicídio ali acontecido. Antes de sair, o detetive pediu a Catarina para inspecionar o local do crime. Ao procurar algumas pistas, encontrou uma pinga de um líquido vermelho, que imediatamente despertou a sua atenção. Sem dizer nada, saiu. O médico, que entretanto já tinha recebido a autópsia da morte da Carlota Laranja, chamou todos os colegas e amigos da vítima, assim como o detetive, e divulgou o resultado. Relatou que ocorrera uma intoxicação alimentar, devido a uma porção de um líquido vermelho que julgavam ser veneno. Todos ficaram alarmados. 13


Durante estas explicações, o detetive repara que Catarina, a assistente do “Beach Bar”, entrega uma nota à sua amiga Leonor e que essa nota tem uma mancha vermelha, idêntica à amostra que recolheu no bar. De súbito, vai associando as pistas e lembra-se de, quando falou com Catarina, esta lhe ter afirmado que, desde sempre, gostava de ser gerente do bar. A partir daí, Catarina torna-se a principal suspeita e o detetive precisa de encontrar mais pistas para conseguir desvendar o difícil e misterioso caso. Para isso, pede-lhe que o acompanhe até ao seu gabinete, para a interrogar. No gabinete, Catarina assumiu que foi chantageada por Leonor e mostrou-se muito arrependida. O detetive inspirou fundo e chamou Leonor ao seu gabinete. Esta negou então as acusações da amiga e, para provar a sua inocência, tirou do bolso a nota que lhe fora dada. O detetive ficou por instantes confuso, mas continuou a acreditar que o homicídio fora cometido por Catarina. Inesperadamente, F.F. Resolvecasos lembra-se de que, quando foi ao “Beach Bar”, viu câmaras de segurança. Já no bar, o detetive acede às Câmaras e confirma que Catarina é a culpada do crime e Leonor a sua cúmplice, pois as imagens mostram que, enquanto Leonor distraía a gerente, a sua assistente fazia os cocktails e num deles colocava o líquido vermelho, que se veio a descobrir ser efetivamente veneno. Por tudo isto, Catarina foi condenada a dez e Leonor a cinco anos de prisão. Mas será que as criminosas conseguem escapar desta terrível pena? Descobre no próximo episódio de “F.F. Resolvecasos”. 14


O ROUBO NO BAZAR Numa manhã de primavera, a dona da loja de brinquedos estava a arrumar as estantes e reparou que lhe faltavam alguns artigos, por isso ligou ao detetive FJ Resolve Crimes, em busca de ajuda. Quando ele chegou foram ver as gravações de videovigilância da loja e verificaram que havia três clientes no momento: o Sr. João, acompanhado de uma criança e Madame Pilar. Repararam que o pai do menino se encontrava junto da porta e acabou por sair da loja sem nada nas mãos, enquanto Pilar estava junto às estantes. Pouco depois, a madame despareceu. - Hum… Interrogatório, JÁ! - diz o detetive FJ Resolve Crimes. - Não… a Madame Pilar?! Ela é minha amiga. - D. Alice, lamento, mas tem de ser, se quer ver este caso solucionado e reaver os brinquedos roubados. 15


A senhora aceitou, contrariada, pedindo ao detetive para não estar presente nesse momento. Ele localizou a Madame Pilar e iniciou o interrogatório: - O que estava a fazer hoje de manhã aqui, na loja? - Hum… Estava a procurar um brinquedo. - Mas pelos vistos despareceu sem pagar. - Porque não encontrei o que pretendia. - Está a mentir! - Não estou nada. Não sou mentirosa! - A sua cara diz o contrário. Vamos, confesse! - Pronto! Eu admito. Roubei um brinquedo, mas não foi por mal – começa a chorar. - O meu sobrinho faz anos e eu não tenho dinheiro para lhe comprar uma prendinha. - Mas roubou! Tenho de informar a dona desta loja e depois, consoante o que ela disser, tomo a minha decisão final. O detetive foi então falar com a D. Alice. - Eu não quero que a Pilar seja presa. Sou amiga dela e se, realmente, está com dificuldades… - A lei diz que tem de ser detida. - Eu posso-lhe pedir o dinheiro do brinquedo, ou o brinquedo de volta, e fica tudo resolvido! Estou certa que ela estará arrependida do que fez. - Não sei, mas se formos falar a sério com a Madame Pilar, eu aceito. Foram ambos ter com a senhora. - Madame Pilar, eu e a dona deste estabelecimento estivemos a conversar e decidimos que não vai presa, mas tem de devolver a quantia do brinquedo que roubou. Concorda? 16


- Eu gostava de concordar, mas não tenho dinheiro… posso tentar pagar às prestações. O que diz? - Muito bem, estamos de acordo. E que isto lhe sirva de lição. Traiu a confiança da sua amiga e cometeu um ato muito condenável! - Tem toda a razão. Não vai voltar a acontecer – respondeu a D. Pilar, envergonhada. - Pode pagar 5€ por mês? - Sim, claro! Não quero ficar com dívidas, sobretudo a uma grande amiga. Aqui está. Prometo pagar tudo até ao fim. - Obrigada pela sua ajuda, detetive FJ Resolve Crimes – agradeceu a D. Alice. - De nada, é o meu dever. Agora vou-me embora, tenho muito que fazer. Adeus, D. Alice, e felicidades para o seu negócio - Adeus! Mais uma vez, obrigada por tudo – despediu-se ela. Este foi mais um caso resolvido pelo detetive FJ Resolve Crimes.

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A BEBIDA ENVENENADA Era de noite e a detetive Kate divertia-se numa festa em casa de amigos. De repente, o anfitrião tomba inanimado e o copo com a sua bebida parte-se e espalhase em milhentos pedaços. - Afastem-se todos, sou detetive! - diz Kate. Mas o anfitrião não respira… está morto. Kate põe as suas luvas e tira uma amostra da bebida e do vidro partido e diz a todos que se acalmem. Pede os contactos dos presentes e diz-lhes que, a qualquer momento, podem ser chamados a depor. As amostras são analisadas no laboratório da polícia. Descobre-se que na bebida havia veneno e no vidro apenas impressões digitais da vítima. O assassino deve ter sido cauteloso. 18


A detetive volta à cena do crime para fazer perguntas a algumas testemunhas, mas nenhuma tinha visto nada. Até que se lembrou de procurar pelo empregado do bar, que ninguém tinha visto em outro lugar na festa a não ser no balcão das bebidas. Kate decide então pedir a lista de funcionários da empresa de catering que já servia o anfitrião há bastante tempo. Só encontrou um nome novo, o do homem do bar. Pesquisou qual era a morada dele e perguntou-lhe se tinha feito alguma coisa naquela bebida. Ele respondeu que não, mas como não conseguia mentir muito bem e se atrapalhou todo no seu depoimento, acabou por confessar. Kate, antes de o levar para a esquadra, quis saber porque é que tinha assassinado o dono da festa. Ele explicou que eram irmãos, mas que o mais velho tinha sido sempre o preferido dos pais, tendo por isso herdado toda a sua fortuna e ele quis vingar-se. A detetive Kate é perita em apanhar os ladrões e assassinos e foi o que aconteceu desta vez, como sempre.

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O ENIGMA DO QUADRO ROUBADO Eram dez horas da noite no Museu de Paris, quando foi dado o alarme: Um quadro valiosíssimo tinha sido roubado! O diretor do museu contactou de imediato o detetive GG Ferreira para resolver o caso. Terminadas as primeiras investigações, o detetive GG Ferreira tinha três suspeitos: o primeiro era um homem de barba branca, que trabalhava como funcionário da limpeza; a segunda era uma mulher loira, de olhos azuis; e o terceiro suspeito era um jovem muito gordo, que estava sempre a comer. O interrogatório iniciou-se com o homem da limpeza, para descobrir onde ele tinha estado nesse dia e o que tinha feito. - A essa hora eu estava em casa a ver televisão respondeu o suspeito. - Mas tem alguma prova? - Mmm… não, não havia mais ninguém em casa. 20


- Ok, por agora pode ir, mas vou voltar a contactá-lo. Seguidamente o doutor GG Ferreira interrogou a mulher. - Onde estava ontem, às 10h da noite? - Eu andei a passear pelas ruas, sozinha. Precisava de pensar um bocado. - Pode confirmar o que diz? - Não. Como lhe disse, estava sozinha. Além disso era de noite, não sei se alguém me viu. - Para já pode ir, mas mantenha-se contactável. Por fim, o doutor GG Ferreira foi falar com o homem que estava sempre a comer e fez-lhe a mesma pergunta. - Onde esteve ontem, à hora do assalto ao museu? - Eu estive no cinema e tenho provas. - Ah, sim? E quais são? - Aqui estão os bilhetes de cinema para a sessão das 21.30. - Pode ir embora. Mais tarde, o inspetor voltou ao local do crime e recolheu novos indícios: embora o chão estivesse todo sujo, foi possível recolher algumas impressões digitais que conduziram, depois de analisadas, à solução de mais um estranho crime. “Ok, caso resolvido!” - pensou o astuto detetive. O doutor GG Ferreira descobriu que a mulher tinha roubado o quadro e que o homem da limpeza tinha sido o seu cúmplice.

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O MISTÉRIO DA GALERIA O detetive Maurício Botas foi a uma apresentação numa galeria de arte e viu um quadro que lhe pareceu suspeito! Nesse quadro estava pintada uma mulher, idêntica a uma amiga sua pintora, mas morta. O detetive, intrigado, achou melhor ir a casa da tal pintora, em busca de uma explicação para aquela estranha coincidência. Quando lá chegou, reparou que a porta estava entreaberta, por isso não hesitou em entrar. O seu cão, Migas, foi farejar a área e encontrou um gato debaixo do sofá. Quando o detetive se aproximou o gato, assustado, arranhou-o. No dia seguinte, o detetive Maurício foi interrogar a dona da galeria, a D. Sofia. Enquanto falava com ele reparou que estava arranhada, exatamente da mesma maneira que o gato o tinha arranhado a ele. Decidiu então ouvir o marido da D. Sofia, também dono da galeria, e descobriu que ele tinha uma arma e só ele e a mulher é 22


que tinham acesso ao cofre onde ela estava guardada. O detetive quis ver o cofre, mas o senhor informou-o que a arma tinha desaparecido no dia 25 (o mesmo dia da morte da pintora). Perante isto, o casal tornou-se de imediato suspeito aos olhos do investigador. Este seguiu a sua intuição, procedeu a várias averiguações e chegou rapidamente à solução do misterioso caso. D. Sofia ganhava muito dinheiro com os quadros que a pintora fazia, mas como esta tinha anunciado que queria deixar de pintar para aquela galeria, a dona, num impulso de loucura e vingança, matou-a a sangue-frio, com a cumplicidade do marido, que a ajudou a encobrir o crime. Quando viu que não tinha mais saída, ambos acabaram por confessar e foram severamente punidos pelo tribunal, que lhes deu ordem de prisão por muitos e muitos anos.

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6ยบFarol

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OS GONÇALVES Era uma bela tarde de inverno. A neve branca cobria os telhados das casas da cidade inteira, enquanto o vento soprava ao de leve. A detetive Marta estava no seu gabinete, juntamente com a sua ajudante, Margarida. De repente, recebeu uma chamada: - Alô? - Estou? Olá. É a detetive Marta? - Sim, sou eu mesma. - Sou a Sofia Gonçalves, a filha mais velha de Teodoro Gonçalves, o milionário. - Ah! E…? - Ele morreu! - Acalme-se, diga-me a sua morada e vamos para aí imediatamente!

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Marta anotou o endereço. A jovem detetive era alta, de cabelos compridos e olhos castanhos, emoldurados por um par de originais óculos azuis. Imediatamente avisou a sua ajudante, uma mulher também jovem, com olhos verdes e óculos pretos e brancos. Dirigiram-se rapidamente à mansão e, mal chegaram, foram recebidas por uma rapariga alta de cabelo curto, castanho e encaracolado. Tinha olhos castanhos e vestia um vestido justinho preto, calçava sapatos altos pretos e exibia um anel de diamantes no dedo. - Sofia Gonçalves? – perguntou a detetive Marta. - Sim, a própria. - Explique-nos o que aconteceu e leve-nos ao local do crime - pediu a detetive Margarida. - Claro… Hoje, dia 4 de março, estava eu em casa da minha melhor amiga Gisele, quando me ligaram, mais ou menos às 15h da tarde, a avisar que o meu pai tinha sido assassinado. - E tem ideia de quem lhe ligou? - Sim, foi a nossa governanta. Talvez ela possa darlhes mais informações do que aconteceu. - Ok, sabe onde ela se encontra? - Sim, está ali dentro - indicou Sofia, apontando para o compartimento ao lado. Marta encaminhou-se para a sala, a fim de interrogar a governanta, enquanto Margarida se dirigiu aos quartos para inspecionar. - Boa tarde. Sou a detetive Marta. Deve ser a governanta, certo? Estou aqui a investigar o caso da súbita morte de Teodoro Gonçalves. 26


- Ah, claro! O que pretende de mim, detetive? - Vou apenas fazer algumas perguntas. A Sofia Gonçalves disse que a senhora lhe ligou a informar que ele tinha sido assassinado. É verdade? - Sim. - E como soube de tal? -Eu estava a beber chá na cozinha, quando de repente ouvi tiros. Pareciam vir do quarto do senhor Teodoro e apressei-me a ir até lá. Quando cheguei, encontrei o senhor morto no chão. Liguei de imediato à menina Sofia, já que a menina Juliana tinha acabado de sair. - Juliana? Quem é a Juliana? - Juliana é a irmã da menina Sofia. Ela e o pai discutiram pouco antes de ele ser assassinado, então ela saiu para apanhar um pouco de ar e relaxar. - Hum, interessante! - A detetive tomou algumas notas no seu bloquinho e foi até aos quartos onde se encontrava a sua ajudante. - Margarida, nova pista que talvez possa ajudar a resolver o crime: a Juliana, irmã de Sofia, discutiu com o pai um pouco antes do assassinato. Isso realmente pode ser uma pista! Mas olha o que eu encontrei na mesinha de cabeceira da dita Juliana. “Espero que esteja tudo pronto para o servicinho. Beijinhos da tua amada, Menina Gonçalves.”. - “Menina Gonçalves”?! Pode ter sido qualquer uma delas! - Mas o bilhete estava na mesinha de cabeceira da Juliana!

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- Já temos a suspeita principal, mas ainda não terminámos. Por hoje acabou, voltamos amanhã. No dia seguinte, Marta acordou com uma chamada anónima de uma mulher: Carlos, o mordomo da família Gonçalves, fora encontrado morto no estacionamento do shopping! A detetive ligou imediatamente à sua ajudante e dirigiram-se ambas para a mansão dos Gonçalves. Ao chegarem à porta, tocaram à campainha, e quem atendeu foi Juliana. Enquanto Margarida ia vasculhando a casa à procura de pistas, a detetive Marta ficou a falar com a jovem. - É verdade que discutiu com o seu pai pouco antes de ele ser assassinado? - Sim, é verdade. -E tem a noção de quão suspeito isso é para este caso? - Sim, senhora detetive, mas como sei que não fui eu a assassina, não tenho nenhum problema em admitir que nós só realmente discutimos, porque o meu pai não queria que eu saísse com uma camisola tão curta. Escusado, não acha? - Bom… isso não são assuntos meus. Vendo que aquela conversa não a ia levar a nenhum lado, Marta dirigiu-se ao shopping, de onde tinha vindo a chamada a informar que Carlos tinha sido morto. Pouco tempo depois, chegou a sua ajudante. Começaram ambas a inspecionar o lugar. - Olhe, detetive! - gritou Margarida, perto do corpo da vítima. - Sim? 28


- Encontrei esta maquilhagem, a mesma que estava junto do corpo de Teodoro Gonçalves! - Isso significa que, muito provavelmente, o assassino do mordomo é o mesmo que o de Teodoro! - E é uma mulher! Vamos ver as impressões digitais! Pegaram, rapidamente num pequeno kit de análise a impressões digitais. O resultado surpreendeu ambas: Sofia Gonçalves?! - Rápido! Temos que a interrogar novamente, antes que seja tarde demais! De novo na mansão, chamaram Sofia até à sala e começaram a fazer-lhe algumas perguntas: - Onde se encontrava hoje, às 17h? - Estive em casa da minha melhor amiga, Gisele! - Ah…! E tem como prová-lo? - Sim, pode ligar-lhe! Ligaram, então, a Gisele. - Alô? - Alô, daqui fala a detetive Marta! Pode confirmar que, às 17h de hoje, Sofia Gonçalves esteve em sua casa consigo? - 17h?! Ela esteve realmente cá, mas só chegou às 18h! Desligaram o telefone. - Como pode ver, a sua amiga desmentiu o que disse! - Tudo bem. Mas mesmo que me acusem do crime, nunca conseguirão provar isso perante o tribunal! Ficarei com a herança toda para mim e, agora, não tenho um idiota atrás de mim, apaixonado! É a vossa palavra contra a minha!

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Dito isto, Margarida tira do bolso do casaco um pequeno gravador. - Bem… acho que é a sua palavra contra a sua! Sofia começou a correr e fugiu para o jardim, perseguida pelas duas investigadoras. Felizmente, as detetives conseguiram apanhá-la antes que conseguisse alcançar o portão e escapar no carro estacionado no exterior. Três meses depois, o tribunal condenou-a a uma pesada pena de prisão, por matar o mordomo e o seu próprio pai.

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O ROUBO DAS COXINHAS DE FRANGO No dia 31 de janeiro de 1969 ocorreu o roubo das coxinhas de frango no Burger King… Na hora de fecho do estabelecimento, à meia-noite e meia, o empregado Franganote Pinaculada da Costa Silva, sai e tranca a porta. Passados quinze minutos, o empregado lembra-se de que a sua carteira tinha ficado no restaurante e então decide voltar atrás para a buscar. Quando lá chega, repara que há uma luz acesa e vai ver o que se passa, pois tinha a certeza de ter deixado tudo apagado. Seguindo a luz, chega à arca das coxinhas de frango e vê apenas um telemóvel no seu interior, reparando que as coxinhas tinham desaparecido. 31


Liga à detetive inspetora McMinola, que chega num abrir e fechar de olhos e pergunta: - O que se passa aqui? - As coxinhas de frango desapareceram e há um telemóvel dentro da arca! - Vou chamar a minha parceira! - diz a inspetora McMinola. Chega a senhora Coxa Boa e o empregado explica-lhe a situação e mostra o telemóvel. A senhora Coxa Boa tiralho da mão rapidamente e diz: - Eu fico com isso, posso vir a descobrir alguma coisa! - Na, na, na… Passa o telemóvel para cá! - adianta-se a inspetora McMinola, desconfiada. - Eu trato do assunto! No dia seguinte, a inspetora liga para o empregado Franganote Pinaculada da Costa Silva, a dizer que já sabia quem tinha roubado as coxinhas de frango. - Quem? Quem? - pergunta o empregado. Foi a minha parceira, Senhora Coxa Boa, e os seus cúmplices, Senhor Braço de Ferro e Senhor Pintainho. O erro deles foi terem-se esquecido do telemóvel, na precipitação da fuga. Todo o plano está documentado em muitas conversas e mensagens e não houve dificuldade em os incriminar. E foi assim que a nossa história terminou.

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SERIAL KILLER - Muito bom dia. Acabámos de receber uma informação de última hora: a morte de mais uma mulher no caso "Vida Louca", que está a ser investigado pelo inspetor Ventoinha e a sua ajudante, senhora Tempestade. Infelizmente, o serial killer continua à solta e a polícia não quer revelar mais informações sobre o caso. O inspetor dirigiu-se para a esquadra, onde tinha à espera a sua ajudante, que lhe revelou as informações sobre a vítima. As suas caraterísticas eram semelhantes às das outras vítimas: fumadoras e loiras. Juntos encaminharam-se então para o local do crime, de onde a vítima estava a ser levada para ser autopsiada. Mais uma vez tudo acontecera nas traseiras do bar "Vida Louca". Todas as vítimas já tinham sinais de abusos sexuais, há 33


mais de um mês. Este já era o quarto caso, por isso o bar já estava encerrado há algum tempo. Todos os funcionários do establecimento foram interrogados, mas as pistas eram muito poucas. O inspetor Ventoinha começava a ter algumas suspeitas sobre o dono do bar, visto que, a meio dos interrogatórios, recebia sempre misteriosos telefonemas, que justificava como assuntos relacionados com o estabelecimento, pois este tinha encerrado. Já a sua ajudante suspeitava de uma mulher de um dos funcionários, que tinha raiva de todas as mulheres daquele bar, porque o marido as apreciava muito. No entanto, algo permanecia inexplicável – o facto de todas as vítimas terem as mesmas características. Ao verem que o caso não andava, começaram a investigar a vida dos suspeitos e um deles chamou-lhes a atenção, porque apresentava um passado muito complicado e traumatizante. A sua madrasta, uma mulher loira e fumadora inveterada, tinha matado a sua mãe e tinha-o violado. O inspetor achou muita coincidência e então tentou investigar mais e mais... mas acabou por descobrir que ele tinha recebido apoio psicológico e tinha já adotado uma vida trivial e todos os funcionários do bar o achavam uma pessoa normal e simpática. Depois de muitas horas sem dormir, o inspetor Ventoinha deu permissão ao dono do bar para o abrir. De seguida, foi conversar com a sua ajudante e explicou-lhe o porquê do sucedido. Os dois decidiram que ela se infiltraria e tentariam caracterizá-la o mais parecido possível com as vítimas.

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Nessa mesma noite, a ajudante Tempestade disposse a desempenhar o seu papel, para não dar tempo de o serial killer raptar mais alguém. O tempo passava e não havia sinais do assassino. Então a inspetora decidiu ir às traseiras fumar (na realidade não fumava, mas todas as vitimas o faziam). Momentos depois, um homem estacionou à porta do bar, saiu do carro e parecia procurar algo ou alguém. Na mão, meio escondida, tinha uma seringa para desmaiar a vítima. Assim que viu a inspetora, tentou injetar o conteúdo na "loira fumadora", mas esta tirou a pistola do bolso e apontou-lhe a arma. Do meio da escuridão, apareceram vários polícias, entre eles o inspetor Ventoinha, que gritou "Mãos ao Ar!" Rendido, o ajudante do serial killer entregou-se. Entretanto, o assassino preparava-se para fugir. Estava ele a fazer as malas no escritório por cima do bar, quando foi surpreendido pela visão do seu ajudante algemado e, atrás dele, o glorioso o par de inspetores, satisfeitos por este caso ter chegado ao cabo, mas ao mesmo tempo desgostosos, por o serial killer ter matado tantas pessoas. Mas afinal, quem era este assassino? Era o funcionário do bar que tivera uma infância muito difícil e ainda não ultrapassara o seu trágico passado. Ninguém nunca desconfiara e para os seus conhecidos foi até um espanto, pois o Fernando para os outros revelava-se gentil, embora não muito social, era um homem deveras introvertido. Terá o inspetor Ventoinha posto um ponto final neste caso?

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FAMÍLIA DUVIDOSA Tum… tum… olho pela janela e não vejo ninguém, apenas a chuva que tornava a cena ainda mais assustadora e parecida com todas aqueles filmes de terror que eu tanto vi e revi… Tum... tum… agora eu conseguia imaginar a cara de um terrível assassino que me iria apunhalar e me faria morrer, sem saber o que tinha feito de errado… Tum… tum… tentei aproximar-me da porta de casa, mas o medo fez com que os meus pés se colassem ao chão e eu tivesse de ficar ali parado… Tum... tum… era já a quinta vez que ouvia este som. Durante algum tempo pensei em chamar a polícia, mas percebi que podia ser apenas um ramo de árvore caído devido à tempestade, ou até mesmo a minha imaginação de rapaz de doze anos sozinho em casa. Mesmo sentindo-me aterrorizado, fui-

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me deitar e tentei esperar pela manhã, como os dois olhos bem atentos. Tinham-se passado algumas horas e os meus olhos já não se conseguiam manter abertos mas, sempre que eu os fechava completamente, ouvia o “tum... tum…” na minha cabeça e voltava a abri-los. Era por volta das duas quando finalmente aterrei no sono. De repente, acordei com um barulho muito diferente dos que tinha ouvido antes. Este transmitia mais dor e preocupação na sua melodia e parecia vindo de uma mulher, agora que penso bem… Na altura não consegui distinguir aquele barulho de outro qualquer no meio da tempestade, mas a verdade é que me fez acordar, abrir bem os olhos e conseguir ver o que estava no meu quarto. Destapando um pouco a cabeça coberta de cobertores consegui ver o vulto de alguém. Sempre pensei que nestas alturas a minha reação seria gritar e fugir mas, desta vez, fiquei completamente parado e fingi que não tinha visto nada. Era finalmente de manhã. Esta tinha sido uma má noite e, conhecendo-me bem, sabia que não seria a única noite mal dormida se não descobrisse o que realmente me tinha assustado. Fui lá fora ver se encontrava alguma pista. Desci as escadas, fui até à cozinha e ali estava, com uma cara pálida, a minha mãe, estendida no chão. Não sabia se gritava, se saía de casa… então fiquei ali, perto dela, a chorar... Passou-se algum tempo e a tristeza foi-se transformando em raiva e dúvidas… Pensar que ela teria sido assassinada injustamente ou, ainda pior, ter feito algo de errado que provavelmente eu nunca viria a saber….

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Liguei à polícia, que não tardou a chegar, visto que nesta zona é tudo muito calmo. Espalharam-se pela casa. Uns envolviam o corpo num saco, como se fosse lixo, outros liam e reliam os seus papéis e documentos, à procura de pistas. Eu fiquei a conversar com a agente que estava no comando. - Olá, eu sou a Xerife Teresa. Como te chamas? - Sou o Pedro. - Bem, Pedro… prometo que este caso se vai resolver o mais rápido possível… mas antes tenho de te fazer algumas perguntas. - Ok. - Antes do incidente, notaste alguma coisa estranha aqui em casa, ou até mesmo no comportamento da tua mãe? - Bem, com a minha mãe, nada... - disse eu, com uma voz triste - …mas ontem, antes de me ir deitar, ouvi um barulho estranho, como se alguém estivesse a bater à porta… - E tens a certeza disso? Não podes ter ficado com um bocado de medo e começar a imaginar barulhos? A minha vontade foi de me levantar e sair dali. Tratava-me como se eu tivesse 5 anos mas, mesmo assim, pus um sorriso arrogante na cara e respondi: - Não, pode estar segura que eu já fiquei muitas vezes sozinho em casa e nunca tive medo… Imediatamente me arrependi de ter dito aquilo. - Mas então estás a dizer que a tua mãe passava muito tempo fora de casa? Não leves a mal, estou apenas

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a querer saber mais sobre os seus hábitos de vida, para poder ajudar na investigação. - Não posso dizer muito tempo, só o necessário. olá Todos os dias saía bem cedo. Quando eu acordava ela não costumava estar em casa. Depois, quando eu regressava, perto das seis horas da tarde, ela já estava e às vezes, depois de jantar, ia até à casa da avó ver como ela estava. Notou-se, pela cara da inspetora, que não tinha achado nada de mais essa rotina da mãe, o que me fez um pouco feliz no meio daquela tragédia tremenda. Assim, pelo menos, vou-me certificar de que ninguém fica com uma má imagem dela. Depois disso a conversa acabou e fomos até casa da avó que, pelo que se sabia, tinha sido a última pessoa a estar com a sua filha. A avó vivia num palacete, dinheiro era o que não lhe faltava, mas só ela o via e contava. Desde sempre tive a ideia de que ela era uma mulher invejosa, eu e a mãe vivíamos muito modestamente. A minha tia nem tanto, visto que vivia sozinha, mas tenho a certeza de que se ela tivesse mais posses a sua roupa não seria da feira. Ao entrarmos, o empregado que nos recebeu apontou para um enorme corredor cheio de portas. - Quarta porta à direita - disse ele e, num piscar de olhos, desapareceu. Encontrámos a avó e a tia sentadas num pequeno sofá. Uma bordava, outra via pela milésima vez uma revista de moda de há dois anos atrás. A xerife contou as más notícias. A avó começou a chorar e a tia agarrou-se a

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ela, o que fez com que não pudesse ver se ela estava a chorar ou não. - Na noite passada só estava cá eu e a tua mãe - disse a avó - ela ajudou-me com a casa, lavou a louça, depois fez-me companhia a ver a novela e foi-se embora. - Eu estive em casa com o meu namorado interrompeu a tia. A inspetora fez uma cara pensativa e perguntou quem é que tinha a cópia da chave de casa. - Só a mãe e a avó… - Bem, nos últimos tempos em ando um pouco distraída, é da idade, por isso não sei onde está a minha chave. A xerife foi-se embora e eu fui para o pequeno quarto do segundo andar, onde costumo ficar quando passo lá a noite. Estava muito confuso, não sabia quem poderia ter feito tal coisa à mãe. Então, embora só fossem sete da tarde, fui-me deitar e descansar o que não descansara na noite anterior. Quando acordei era já de madrugada, o sol estava quase a nascer. Sem fazer nenhum barulho saí de casa e fui até à esquadra ver se tinham encontrado novas pistas. A maioria dos inspetores estava a ver TV e a fechar um pouco os olhos, nenhum reparou que eu tinha entrado. Estava um pouco perdido, mas de repente ouvi uma voz a chamar-me. Era a agente Teresa, agora um pouco mais sorridente do que na última noite. - Ainda bem que estás aqui, podemos aproveitar para falar um pouco? - Ahh… claro - disse eu, receoso. 40


- Sabes, ontem, depois de te ter levado a casa da tua avó, passei em tua casa para ver se encontrava alguma coisa e reparei numas chaves. Não a quero acusar de nada, mas não sei se te lembras que ela disse que tinha perdido as suas. - Mas… tem a certeza que não se está a precipitar? - Eu prometi-te que resolveria este caso o mais rápido possível e é o que estou a fazer. Durante algum tempo vais ter de ficar com a tua tia Sofia, mas só enquanto trato deste problema. Não tive remédio se não aceitar aquela decisão por isso, nessa mesma manhã, fiz as minhas malas e fui viver com a tia. Antes de adormecer pensei em como poderia ser isto verdade. A ideia de a minha avó assassinar a minha mãe não fazia muito sentido, visto que o único motivo seria dinheiro e heranças, mas como ela já não vai cá estar quando a herança for distribuída… Não consegui adormecer e então fui à cozinha buscar um copo de água, quando ouvi alguém a falar ao telefone. O que ouvi foi a conversa mais desprevenida que alguém teve, só a minha tia, para se esquecer de que eu estava em casa com ela. Passou-se uma semana e o dia do julgamento chegou. Todos entrámos na sala no maior silêncio. Primeiro falou a minha avó e depois as testemunhas. Quase se esqueciam de mim, mas para o fim tive a possibilidade de falar e dar uma volta a esta história muito mal contada:

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- Sei que muitos acham que sou apenas uma criança triste e confusa, devido a esta grande tragédia, mas devo informar que tenho algumas explicações a dar. Há uma semana a testemunha D. Sofia esqueceu-se que o seu sobrinho, neste caso eu, estava com ela, o que me permitiu ouvir uma conversa muito interessante entre ela e seu namorado. Nem todos aqui presentes têm uma ideia clara do que aconteceu na noite do assassinato e devo confessar que, há uma semana, eu também não. Era perto das dez horas quando um barulho estranho se fez ouvir à minha porta. Eu tinha todas as janelas fechadas e a minha querida tia bateu de leve, para se certificar que ninguém estava em casa. Não respondi e fui para a cama, o que a fez achar que estaria à vontade para esperar a minha mãe, com o seu parceiro de crime e namorado. Perto das três da manhã, a hora a que habitualmente ela chega a casa quando vai tratar da avó, ouvi um grito que me fez acordar. Estava com muito sono e na altura ignorei, depois olhei em volta do meu quarto e vi uma sombra humana que se afastava rapidamente de mim. Dois dias mais tarde a inspetora Teresa encontrou as chaves que a tia Sofia teria roubado da avó e deixado cair quando saiu de minha casa com o seu namorado. E tudo isto foi descoberto pelo simples erro de te esqueceres da minha existência, tia! - Menino! Que mentiras são essas? Não se faz isto a ninguém!! - gritou ela. - Bem, para quem não acreditar, tenho a gravação de toda a conversa.

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Assim, depois de todos ouvirem a gravação e de muitos berros da minha tia, a audiência acabou e finalmente o caso estava resolvido. Ambos foram presos e eu fiquei a viver com a avó… embora nada fizesse com que a mãe voltasse, pode ajudar. Quem sabe se um dia serei inspetor?

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ENIGMA NOTURNO Numa noite calma e serena, na Nazaré, precisamente às trê horas da manhã, tocou o telefone em casa de B. F. Descobre Tudo. Ele levantou-se atordoado: “Mas quem será…?” Afinal era só da central, a participar um desaparecimento. Largou apressadamente o telefone e correu para o quarto do filho, B. F. Júnior. Quando chegou a casa da vítima, com o seu chapéu a dizer detetive e a sua barbicha, deparou-se com uma mulher, a quem perguntou: - Boa noite. Peço-lhe que se identifique, por favor. - Chamo-me Raquel. Marina desapareceu e eu sou a irmã dela. - E então, o que aconteceu? 44


- Não sei… Não estava em casa. - Pode-me dizer onde e com quem estava? - Claro, estava a jantar num restaurante chinês com o Arthur, o ex-namorado da minha querida irmã - diz ela, com um ar triste. - Posso entrar entrevistar o resto da família? - Com certeza. Entre, por favor. Enquanto isso, o B. F. Júnior foi falar com a sua amiga, a filha da vítima. - Olá, Manu. Então, estás melhor? - Olá, Júnior. Vais-me ajudar a descobrir onde está a minha mãe? - Claro, conta comigo. - O teu pai onde está? - Está a interrogar as testemunhas. - Já sabes onde a minha tia foi? - Não, mas acho que o meu pai já a interrogou, posso ir perguntar-lhe. Já agora porquê? - Ela estava meio contente, anda estranha. Anda muito feliz para uma pessoa que andava sempre triste. - Achas que foi ela…? De repente, ouviu-se alguém a bater à porta. Truz. Truz… - Júnior, chega cá, por favor… - pediu B. F. Descobre Tudo. - Ok, pai, já vou. - Olha, quero pedir-te que interrogues a tua amiga. Se fores tu, ela vai abrir-se mais facilmente, percebes? - Paaai! Ela pode estar a ouvir! Mas aqui entre nós, sim, quero ser eu a falar com ela. 45


Manu, a ouvir tudo por entre a porta entreaberta, afastou-se e sentou-se na cama, pois sabia que Júnior ia entrar. - Manu, gostava que me esclarecesses alguns pontos, que nos podem ajudar a descobrir o paradeiro da tua mãe. Nisto passaram-se três horas, já era de manhã quando todos foram dormir. Voltaram ao caso ao início da tarde. Nesse dia o B. F. Descobre Tudo foi para a central ler os interrogatórios, e reparou em algo estranho: a D. Raquel tinha dito-lhe que jantara com o ex-namorado da vítima, mas disse à família que tinha ido passear à beira-mar com o Josef e o Sandro. Nesse momento recebe um telefonema: - Estou? - Inspetor, quando acordei, reparei que no chão do meu quarto estava… uma carta anónima! – exclamou Raquel, assustada. - Mantenha a calma. Eu vou já para aí. O inspetor deu ordens aos seus colaboradores para analisarem provas e álibis. No chão do quarto encontraram uma poça de sangue e a tal carta com um código. O código era estranho. Eram números, só e apenas números. A carta dizia: Raquel, eu tenho a sua irmã. A localização dela é: 5-13 19-21-1 3-1-19-1 14-1 3-1-22-5 Espero que a encontre. “ANÓNIMO” 46


- Temos que desvendar o código. - Como será? – perguntou o B. F. Júnior. - Não faço a mínima ideia, filho. Foram ambos para casa e estiveram a noite toda a pensar qual seria a chave do código. Até que o inspetor descobriu. - Boa!!! – gritou ele, bem alto, acordando B. F. Júnior. - Pai, o que foi? - Desculpa ter-te acordado, mas consegui quebrar o código. - Qual é a chave? - Cada número corresponde a uma letra. - Como, por exemplo, 1 corresponde a A? - Sim. Rapidamente puderam ler a mensagem: “Em sua casa na cave” Eles foram a correr para a cave e de facto lá estava ela, amarrada e com a boca tapada. Só que ainda faltava uma coisa. Quem erao raptor? - D. Marina? – perguntou B. F. Descobre Tudo, enquanto a libertava. - Sim, sou eu e sei quem me prendeu aqui. - Quem foi? - Foram dois homens, a mando da minha irmã – afirmou a vítima. - Eu? – Era a voz de Raquel, à entrada da porta – Como? - Sr. Inspetor, foi ela, os dois homens confessaramme quem lhes encomendou o trabalho.

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- Por acaso… - começou o inspetor, mas foi interrompido pela vítima. - Não é por acaso, é a verdade! - D. Raquel, está detida para averiguações. Polícia, prenda de imediato os cúmplices desta senhora. - Com todo o prazer. - Sem esquecer o ex-namorado da D. Marina. - Afinal, quem tenho que prender? - Ora, tem que prender a irmã da vítima, o seu exnamorado, o Josef e o Paulo. Acho que já entendi o plano dos quatro. Em breve teremos a confirmação de como tudo se passou. E foi assim que tudo acabou bem. Quanto à filha da vítima e ao B. F. Júnior… eles começaram a namorar, pois quando ele foi dizer à sua amiga que a mãe estava salva, ela não resistiu e beijou-o.

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O JOGO DO RAPTO No dia 24 de abril, dia dum jogo do Benfica vs. F.C. Porto, uma inocente rapariga chamada Amanda, muito pálida e sardenta, de cabelo loiro e baixa, foi assistir à partida. Naquele dia, estava com uma saia azul com uma risca branca, uma camisola e um cachecol do Porto. Era uma grande fã do clube! No intervalo, saiu do estádio às 22h para ir à casa de banho, quando um homem com uma máscara preta, que impedia o reconhecimento da sua identidade, lhe tapou a boca, arrastando-a para um carro de Fórmula 1, possivelmente o mesmo que dias atrás tinha sido roubado ao nacionalmente famoso vencedor de rali, Johnny. Este tinha observado tudo, pois andava a tentar descobrir o 49


ladrão do seu carro e seguia esta pista. Johnny ligou imediatamente à polícia, que interveio de imediato neste misterioso rapto. No dia seguinte, já tinham três suspeitos para interrogar, em quer se incluíam Mr. Mouro, pois era do clube adversário e já tinha cometido outros raptos; Alex, ex-namorado da vítima, porque tinham-se separado e este, querendo voltar a conquistá-la, perseguia-a; e finalmente Diogo, o fiel membro da claque benfiquista, que terminara um namoro com a Amanda por serem de claques opostas e que hoje a quer longe dele. Depois de interrogados os suspeitos ainda não se descobrira o culpado, pois todos apresentavam álibis que não indicavam estarem perto de Amanda na altura em que o crime ocorrera. Apenas as marcas do possível carro do Johnny poderiam ser um indício. Decidiram interrogálo porque ele era uma possível testemunha, mas a única coisa que descobriram foi que o carro tinha sido roubado pelo raptor. Como já estava tarde foram até à casa do detetive Dr. Urban, que estava precisamente a assistir na televisão a uma ameaça em direto do homem da máscara. Este dizia: - Ou me dão um milhão de euros, ou nunca mais verão a Amanda! O detetive e os seus companheiros repetiram o vídeo vezes sem conta, para tentar perceber o local onde a vítima estaria escondida. Acabaram por descobrir que era no armazém abandonado do falecido Joaquim, onde foram na manhã seguinte, sem aviso, pois alguém podia informar o criminoso. 50


Chegados lá, abriram a porta lentamente. Não havia vivalma, mas no entanto encontraram quatro objetos: um cachecol do Benfica, possivelmente do raptor, por isso, menos um suspeito na lista, ou seja, Alex, porque era do F.C.P., uma máscara preta, o colar de prata e o telemóvel de Amanda. Bem, tudo indicava de que tinha estado ali. Cá fora, nas traseiras, viam-se as marcas contínuas do carro de rali. O Dr. Urban chamou os companheiros e juntos seguiram as marcas, que os levaram até um bosque, mas onde não encontraram nada. Sentiam-se desanimados, até que o Dr. Urban, quando já vinham embora, viu no chão, meio escondido no meio de umas folhas, um bilhete de cinema que lhe despertou a atenção. Era para uma sessão de cinema, no passado dia 23 de abril. Não deu importância ao facto naquele momento, mas mesmo assim guardou o bilhete no bolso. Foram até à esquadra e sentaram-se a descansar um pouco. Na TV anunciaram uma reportagem sobre o rapto de Amanda, mas nesse momento o Dr. Urban foi ao WC. Os companheiros, quando ele regressou, voltaram o programa atrás para ele ver. Chegou a parte do rapto e o jornalista falou que no dia 24 de abril uma linda jovem chamada Amanda tinha sido raptada. Foi então que se fez luz no pensamento do inspetor! Diogo dissera que na noite do rapto tinha estado no cinema, o que constituía o seu álibi, mas agora o inspetor olhava incrédulo para o bilhete que guardara no bolso. Lá estava a data, bem visível: 23 de abril, a véspera do crime. Seria muita coincidência!

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Bom, o culpado já tinha sido descoberto, mas agora faltava a vítima, era necessário encontrá-la. Seguindo a pista do bilhete, voltaram ao bosque para passarem a área a pente fino. Subitamente, o Dr. Urban tropeçou numa pega de uma cave e decidiu abrir. O que viu foi de pasmar: Amanda estava lá dentro! Ele entrou e desamarrou-a mas de seguida, juntamente com mais quatro dos seus homens, fecharam novamente a porta do alçapão e esconderam-se no escuro, certos de que o criminoso em breve havia de ali aparecer. E estavam absolutamente certos. Pouco tempo depois sentiram passos na folhagem exterior. Quando o raptor desceu, os homens algemaram-no e o Dr. Urban disse-lhe que teria de o acompanhar até à prisão. O Diogo foi direitinho para o xadrez, a Amanda ficou em paz e acabou tudo bem. Mas a melhor parte foi que o Porto ganhou 5-2 ao Benfica!

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O SEQUESTRO DO REI Era de tarde e eu estava a arrumar o escritório, quando de repente uma pessoa bateu à porta. Parecia muito preocupada, como se uma grande desgraça tivesse ocorrido. Depois de acalmar, começou a falar: - O senhor tem de me ajudar, pois houve um rapto que poderá destruir nossa monarquia. - E então, de quem se trata, concretamente? -Trata-se do Rei, sequestrado na sua casa. - De que país? – Perguntei eu. - Da Maurislândia. - Bem, para começarmos preciso que me mostre o local do crime. No dia seguinte embarcámos no meu jato privado rumo à Maurislândia. O caos tomara conta da cidade! O 53


povo sentia-se muito nervoso e inquieto quanto ao futuro do país. - Onde poderá estar o nosso monarca? - Vamos descobrir quem foi, nem que nos custe a própria vida! Comecei por interrogar a corte: - Quem é você e onde esteve no dia do sequestro? - Joaquim, e estive sempre aqui, no castelo. E assim foi, durante longas horas, com a corte inteira. No fim, todos tinham um álibi aceitável, exceto uma pessoa, o Bobo, pois ele odiava o Rei, o que lhe dava mais razões para concretizar esse ato. O segundo passo foi interrogar o príncipe. Ele chorava. - Suponho que seja o príncipe – disse-lhe eu, brandamente. - Sim, sou eu. - Conte-me o que aconteceu no dia do sequestro. - O meu pai acordou de manhã, cerca das sete horas, e foi logo para a sala do trono. Durante o dia recebeu muitas visitas da rainha, minha mãe, do bobo enraivecido e revoltado, do cozinheiro e alguns pedidos dos súbditos. À noite, como em todos os sábados, fez uma festa com alguma gente do povo, os mais ricos, e todos os pertencentes à corte. - Diga-me mais uma coisa, caso o seu pai morra é você o herdeiro? - Haaaaaaa… sim, acho que sim. - Tudo certo e muito obrigado. Seguidamente quis interrogar o general. 54


- Como são os horários dos guardas? Ele respondeu-me que a segurança do reino funcionava por turnos de duas em duas horas. Foi aí que pensei “Nessa hora deve ter decorrido o sequestro.” No final da manhã saí do palácio para almoçar e conhecer melhor o ambiente e as gentes. No caminho encontrei uma senhora elegante com um vestido muito caro, de cor vermelho sangue. Assim que me viu veio logo ter comigo e começou a falar: - É você o detetive? - Sim, sou eu, minha senhora. Porque pergunta? - Não me reconhece? Sou eu a rainha deste povo, a rainha Elizabeth, esposa de rei sequestrado. - Desculpe, majestade, mas é a primeira vez que venho a este país. - Não tem importância, detetive, agora apenas quero saber se já tem ideia de quem sequestrou o meu amado marido. - Não, mas para já tenho três hipóteses: o bobo, o príncipe e o senhor que me informou sobre o caso. - Eu tenho a certeza de que foi o bobo - resmungou ela, entre dentes - pois ele desejava a morte do rei! - Tomarei isso em consideração, majestade. Nesta altura eu já quase tinha a certeza de que não era o bobo, mas deixei-a falar. Entretanto passaram-se dois meses desde que encontrei uma arma ensanguentada no quarto do bobo; passaram-se dois meses desde que disse à realeza que o bobo era o culpado e passaram-se dois meses desde que recebeu a sentença de ser decapitado. 55


No dia da sua execução a praça estava cheia. Todos vaiavam o bobo e lhe perguntar onde é que estava o rei, mas ele não respondia. No último momento, antes de a guilhotina ser solta, eu interrompi: - Não foi o bobo, mas sim o príncipe! Toda a gente entrou em choque. - Foi o príncipe, pois era ele o sucessor legítimo e seria o herdeiro do trono, assim que o seu pai fosse declarado morto. - Mas apenas uma pista não chega. Queremos mais provas! - exclamava o povo. - Pois não... - Fui eu - admitiu o príncipe. Todo o mundo ficou boquiaberto com a confissão do príncipe. - Ele está no quarto de banho número 17 feminino. - Eu sempre soube porque no quarto do rei tinha escrito o número 1000-7 e se tirarmos os zeros fica 17. O Rei regressou ao trono e o príncipe foi decapitado.

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MISTÉRIO EM LONDRES Londres, 1890. A noite envolvia todas as esquinas, bairros e ruas. Todas as casas. Estava uma noite escura, principalmente para ele. Os seus olhos eram quase pretos e os cabelos igualmente negros, mas muito bonitos. Chamava-se David Williams. David deambulava perdido nos seus pensamentos, acabando por parar num beco sem saída. Assustado, tentou voltar atrás mas, repentinamente, sentiu uma dor aguda no pescoço. Sem conseguir sentir as pernas, caiu desamparado. Dois dias se passaram e a notícia de que o corpo de David tinha sido encontrado a 600km de sua casa, em Edimburgo, espalhou-se. Dois investigadores, King e Doyle, foram destacados para investigar o caso. 57


- Temos de encontrar mais pistas! – Afirmou Brian King. - Completamente de acordo – disse Harry Doyle. A médica-legista informou que David foi morto entre a meia noite e as cinco horas da manhã. - King! Veja! Encontrei algo! – exclamou Doyle. – Uma pegada. - Muito bem, Doyle! Vou mandar investigar, começando pela casa da família da vítima. David vivia com os dois filhos gémeos, Mark e Jonathan, e a mulher, Carla. A sua esposa encontrava-se desempregada e o único dinheiro que lhe restava era o que tinha herdado do marido. Os dois inspetores, depois de recebidos pela viúva, colocaram-lhe algumas questões: - Sabe alguém que poderá ter morto o seu marido? - Muita gente – respondeu Carla. - Como assim, “muita gente”? – perguntou Doyle. - Sabe, o emprego do meu marido... era um pouco... como é que eu digo isto... – Carla mostrava-se um pouco reticente. - Qual era o emprego do seu marido, mesmo? - Ele fazia parte de um jornal que contava os segredos do Estado. - A sério? Em que jornal? - No Washington-London Journal. - Ele estava a trabalhar em quê, neste momento? - Não sei, mas era uma coisa muito importante. Ele disse que iríamos começar a ver o mundo de outra maneira. Ele tinha um ajudante, chamado Nathan Hart. - Muito obrigado. Doyle, vamos embora! 58


- Estou a ir, chefe. Entretanto, quando chegaram à esquadra, receberam uma chamada da médica-legista, que lhes disse que a arma do crime era uma espada de 35 cm. - Uma espada?! – admirou-se Doyle. - Ouviu bem. Uma espada, de 35cm – confirmou King. - Achas que teve a ver com o trabalho em que estava envolvido? - Não sei, mas agora vamos falar com o ajudante dele. Os dois investigadores dirigiram-se a casa de Nathan Hart. Quando lá chegaram, bateram à porta mas ninguém atendeu, portanto tiveram que a arrombar. Encontraram tudo desarrumado e sem sinal de Nathan. Procurando por pistas, Doyle decidiu investigar uma gaveta trancada com um aloquete. Quando finalmente a abriu descobriu um recibo de um bilhete de barco para Nova Iorque. Entraram no carro e foram para o Porto de Felixstowe, a grande velocidade. Uma vez chegados, viram imediatamente Nathan, que estava num dos primeiros lugares da fila para embarcar. Detiveram-no e levaram-no para interrogatório. - Porque razão estava a fugir? – inquiriu King. - Porque eles vêm atrás de mim. - Eles, quem? – quis saber Doyle. - O governo. Eles mataram o David, e agora querem matar-me a mim.

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- Sabe o que é que eu acho? Eu acho que o senhor está a inventar esta história e matou o David para ficar com o lugar dele – replicou King. - O David era o meu melhor amigo, eu nunca o mataria! A história bate certo – disse Doyle, sussurrando no ouvido de King. Saíram da sala, com King concordando com Doyle mas, por precaução, deixaram Nathan passar a noite na esquadra. Foram para casa, muito cansados, depois de um longo dia de trabalho. No dia seguinte, quando iam falar com Nathan, encontraram-no morto na cela, da mesma maneira que David. - Vamos falar com o ministro da defesa, ele não nos vai dizer nada, mas vale a pena tentar – decidiu King. Já no Ministério da Defesa falaram com o secretáriogeral mas, como seria de esperar, ele não avançou nada de novo. King e Doyle, desesperados e sem saberem para que lado se virar, lembraram-se de um suspeito: - Doyle, já sei quem pode ter sido!!! Quem é que vive à custa da morte do David Wiliams?! A mulher dele, a Carla! - Boa! - Vamos interrogá-la para descobrirmos tudo!!! Passado algum tempo, quando já Carla estava na esquadra para ser interrogada: - Olá, Carla – cumprimentou King. - Olá, Mr. King, já têm novidades sobre o caso? - Por acaso temos... 60


- Va lá, diga-me quais são!! - A novidade é que.... O telefone de King tocou e Doyle, pensando que era o dele, atendeu. - Estou... - Olá, King, o caso está a andar? - Ahh? - O caso! Tens conseguido incriminar alguém, sem sermos nós apanhados? - Nós? - Sim, os serviços secretos... o sítio onde trabalhas, na realidade. Doyle desligou o telemóvel. - Quem era, Doyle? – perguntou King, curioso. - Eram uns amigos... teus. - Meus???? - Sim, quer dizer, mais exatamente... uns colegas de trabalho. - Uns colegas de trabalho??! - pKing, já assustado. - King, descobri tudo, diz a verdade!! - O quê??? - Sim, os serviços secretos, acabei de descobrir tudo! - Mas... mas... mas... - Mas nada, foste apanhado!!!!! King tentou fugir, mas já era velho, então Doyle apanhou-o com facilidade. King e o comandante desta missão, o ministro da defesa, foram presos. E Doyle? Passou a ser o detetive principal de Londres, evidentemente!

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UM CASO COMPLICADO Numa noite chuvosa de outono, ouvi o telefone a tocar. Atendi, era um homem de meia-idade. O seu nome - Trevor Olsen; Idade - 42 anos. Eu e o meu parceiro percebemos que algo de mal tinha acontecido. Ah, já me esquecia de dizer. O meu nome é Emily Molgren, tenho 31 anos e o meu parceiro chama-se John Waterson e tem 33 anos. John apesar do seu ar forte, tem um coração bastante doce e é um bom amigo. Agora, voltando ao caso: De início não acharam muita piada a uma mulher detetive, mas logo se acostumaram à ideia. Quando chegámos ao local do crime – bastante violento, por sinal - a vítima estava claramente em estado de choque. Uma mulher, Samantha Grecchi, de 24 anos, 62


que apresentava vários hematomas na cabeça e facadas na zona do tórax. Para além disso, um quadro valioso, já há muito tempo na família Olsen, desaparecera, e a mulher e filhos de Trevor tinham sido raptados. - Boa noite. O meu nome é Detetive Molgren – apresentei-me. - Boa noite – respondeu, abalado – espero que seja boa detetive, porque a situação é grave. Não podiam ter mandado um detetive de jeito? - Porquê? Por acaso, já me viu a trabalhar em algum caso? - Não mas… podiam ter enviado UM detetive. - Pronto, não comecemos mal. Vamos ao que interessa… - Bom, a minha mulher e filhos foram raptados, a sua ama está morta na minha carpete, um quadro valiosíssimo de família foi roubado… Enfim, só desastres! - Suspeita de alguém? - Por acaso… bem, é difícil dizer, mas… eu traía a minha mulher com a ama, a Samantha. - E de quem suspeita afinal, pinga-amor? - Do namorado da Samantha, o Rodrick Cooper. Dirigimo-nos a casa de Rodrick. Não viemos, eu e o John, de certeza em boa altura. Ele estava com uma rapariga, aparentemente a sua nova namorada. - Você é Rodrick Cooper, suponho? - questionei-o eu. - Sim. O que se passa? - É namorado da Samanta Grecchi? - O quê??? - berrou a rapariga ao lado dele. - Tens namorada e não ME disseste??!! 63


- Calma, babe… - NÃO!!! Não tenho calma!!! Para mim já chega!! ESTÁ TUDO ACABADO!!! – gritou desvairada, dandolhe um valente estalo e saindo porta fora. - Boa, agora por sua causa tenho de ir arranjar outra babe… mas para já, quem é você? - Emily Molgren, detetive privada. - O que é que eu fiz, desta vez? - Vai saber. Acompanhe-me à esquadra. Já na esquadra. - Chegámos. - Ainda bem. - Agora vai responder-me: matou a sua namorada, roubou os patrões dela, e raptou a patroa e os seus filhos, James e Giselle Olsen? - Posso ser ladrão, mas não sou raptor, nem assassino. - Explique-se. - OK. Na noite anterior fui a casa dos Olsen, mas juro que não fiz mais nada a não ser roubar o quadro… - Como sabia que valia assim tanto? - A Sam disse-me. Não pense que ela era boazinha, ela era do pior, até se metei com o ricaço do Olsen! Ela era uma falsificadora de obras de arte e assim ganhávamos, os dois juntos, um montão de massa. Mas como se diz, o dinheiro não dura para sempre, portanto arranjámos outros trabalhos. Eu sou mecânico e ela ERA uma ama. - Bom, isso explica bastante. - Agora já sei, vão prender-me. - UAU, como será que adivinhou? 64


Mais tarde, fui interrogar Trevor. - Ora muito bem, vejamos: se traía a sua mulher, quer dizer que, basicamente, já não gostava dela. - Não é bem isso. Um dia a Amy e os meus filhos chegaram a casa e a Samantha e eu fomos apanhados numa relação patrão-funcionária… huhumm… anormal, não sei se me compreende. - Perfeitamente. Tinha um caso com Samantha. - Sim, e quando a Amy se apercebeu do que estava a acontecer, ameaçou matá-la e fugir com os nossos filhos para a casa dos pais dela, em Miami E NUNCA MAIS VOLTAR! E foi aí que percebi tudo. A Amy tinha matado a Samantha e fingido ter sido raptada, para depois desaparecer com os filhos. Quando John e eu fomos a Miami, prendemos Amy e devolvemos a Giselle e o James ao pai. MAIS UM CASO RESOLVIDO PELA DETETIVE EMILY MOLGREN E O SEU PARCEIRO, JOHN WATERSON.

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UM CRIME TRAIÇOEIRO Numa noite escura e fria de inverno, por volta da uma hora da manhã do dia 19 de janeiro, estava uma rapariga a caminhar à beira da estrada, a caminho de casa. Chamava-se Topanga Azará e tinha longos cabelos loiros. Era morena, alta e devia ter entre os 16 e os 17 anos. De repente, um carro cinzento de marca Peugeot parou à beira dela. A janela do carro abriu segundos depois e de lá espreitou um rapaz que, com uma voz grossa, lhe perguntou se queria boleia. A menina não hesitou e entrou no carro mas, quando se sentou, ele colocou-lhe um saco na cabeça e amarrou-lhe as mãos. Levou-a para o cinema, onde a prendeu numa sala, aproveitando o facto de não haver filmes àquela hora. Quando havia sessão, escondia-a no estúdio de gravação. 66


No dia seguinte, o gerente do estabelecimento, que fora colocar um filme na caixa dos discos, encontrou a rapariga morta e contactou a polícia. Minutos depois um senhor, que vestia um conjunto castanho e uma gabardine, entrou. Na cabeça, usava um chapéu e na boca trazia um cachimbo. O seu nome era Bourbon Moita, e tinha um parceiro, um pastor alemão, com uma coleira, onde estava escrito Boimoi. Chegou à beira de um colega, que examinava o corpo, e perguntou: - A que horas se deu a morte? - Bom, a morte deve-se ter dado pelas quatro horas da manhã. A vítima chama-se Topanga Azará. O Sr. Gustav Peterson, um dos gerentes do cinema, encontra-se na sala dos funcionários, à espera de prestar declarações. Foi ele que nos contactou. - Obrigado. E já agora, diz-me: como é que ela morreu? - Estamos a investigar ainda as causas da morte. O detetive dirigiu-se para a sala onde estava o Sr. Gustav, sempre acompanhado pelo seu fiel companheiro. - Bom dia. Sou o detetive Bourbon Moita. Posso-lhe fazer algumas perguntas? Teve como resposta um breve aceno. - Então, como descobriu a rapariga? - Es-ta-va a p-pôr um dis-dis-disco, quando a-a vi... - Acalme-se, por favor, e diga-nos: em que estado estava a rapariga?

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- A rapariga estava deitada no chão... Havia sangue por todo o lado... O seu coração... estava como que... furado... - esclareceu o homem, tentando relaxar. - Obrigado pelas declarações. O detetive saiu da sala, que pouco depois foi invadida pelos médicos de um hospital próximo, que levaram o paciente numa maca. Voltando para o local do crime, recebeu a notícia: os pais da vítima estavam já na esquadra, prontos para um interrogatório. - Nada de suspeito, até agora - declarou Bourbon Moita para a sua colega de trabalho, Sofia. -Têm álibi? - Sim. - Enquanto tu estavas lá dentro, eu fiz umas pesquisas. Tentei procurar ligações entre a vítima e outras pessoas. Todos gostavam dela, portanto tentei relacionar os pais. Pelos vistos, o pai da Topanga, tem bastantes inimigos, sendo um empresário rico. Um deles é William da Cunha, pai do namorado da nossa Topanga. - E, por acaso, podias procurar o motivo dessas brigas, enquanto eu vou a um sítio? - Claro, mas não te demores! - Desliguem os vossos telemóveis. É proibido filmar ou fotografar. Mantenham a sala limpa. Esperemos que gostem do filme. - Há tanto tempo! - exclamou o detetive. - Amigo! Que bom ver-te! O que te traz por cá? Vem sentar-te comigo. - Não estranhes a pergunta, mas onde estiveste hoje, por volta das quatro horas da manhã? 68


- Estive com o meu colega Bernie, a preparar o cinema para abrir. Porquê? - Nada, coisas minhas... E o teu filho? - O Max?! Tem uma nova namorada! No outro dia levou-a lá a casa... Não vais acreditar! É filha do parvo do empresário! Mas isso é passado! - Desculpa, mas estou atrasado para uma reunião mentiu o detetive. - Verifiquei as câmaras de tráfego do caminho que a Topanga percorre para chegar a casa. Um Peugeot cinzento levou-a. A matrícula corresponde ao nosso suspeito. Também descobri que o problema entre eles foi contrabando. - Ele tem álibi...Não pode ser... Só se... O Max!!! - É claro! Mas, espera um momento... Se ele só estiver a fazer isto pelo pai, para chantagear o empresário, a próxima vítima é a MÃE!!! - Eu vou a casa do empresário... Tu é melhor ficares aqui. O detetive, munido de reforços, parou o carro diante da casa. Sussurrou aos colegas para se prepararem, pois teriam de arrombar a porta. Revistaram a casa e Boimoi, de repente, farejou algo. O sofá havia sido perfurado por um laser e o furo era bastante semelhante ao da vítima. Voltaram para a esquadra. - Isto está a ficar melhor do que eu pensava...Voltámos ao zero!... - Não desanimes! Encontrei o carro na Rua Almeirim Alves Silva, à frente de um armazém abandonado.

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Em bicos de pés, muito silenciosamente, o detetive, o seu cão e a sua colega viravam esquinas, em busca das vozes e dos pedidos de socorro que ecoavam pelos canos do armazém. Mas, antes de poderem chegar ao sítio tão esperado, entraram numa sala, onde encontraram as munições dos dispositivos usados para o homicídio de Topanga. Ergueram as armas e, de repente, gritaram: “Polícia”! - Max, porque estás a fazer isso? - perguntou o detetive, reparando numa caixa de medicamentos. - Cale-se! Vocês sabem o que é traição? - Os polícias entreolharam-se, não percebendo bem. - Ela traiu-me e pagou por isso! - Estás doente, tens de nos deixar ajudar-te. - Ninguém me pode ajudar! - Isso é mentira! Larga a arma e verás! Sentindo-se esgotado e incapaz de lutar mais, o rapaz deixou-se cair no chão e tudo se resolveu. Esperemos que tenham gostado do nosso conto… e até ao próximo!

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FIM

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CONTOS POLICIAIS foi escrito nas aulas de português, pelos alunos das turmas 6º1 e 6º Farol, em trabalho de grupo.

6º1 – Ana Carolina Pinto, António Ferreira, Beatriz Magalhães, Beatriz Kerrigan, Carlota Pinto, Catarina Oliveira, Daniela Afonso, Diana Afonso, Francisca Assunção, Francisco Mendonça, Francisco Fernandes, Francisco Lobo, Guilherme Carvalho, Inês Santos, João Marinheiro, João Gonçalo Gaspar, Leonor Araújo, Manuel Costa, Margarida Cardoso, Margarida Ferreira, Maria João Leite, Maria Miguel Martins, Matilde Meireles, Matilde Rangel, Matilde Cardoso, Miriam Lage, Nisa Oliveira, Pedro Manuel Ambrósio, Pedro Monteiro e Rita Macedo.

6ºFarol – Ana Margarida Leite, Beatriz Barbosa, Bruna Mendes, Bruna Coelho, Carolina Rocha, Catarina Sousa, Filipa Fidalgo, Filipe Camacho, Francisca Salgueiro, Francisca Pinto, Francisco Alves, Henrique Gonçalves, Hugo Escaleira, Inês Costa, Inês Carvalho, Inês Laranjeira, Jerónimo Lopes, Joana Rodrigues, João Fogageiro, Leonor Pereira, Maria Silva, Maria Inês Oliveira, Mariana Moita, Martim Silva, Matilde António, Nicolau Barbosa, Ricardo Ferreira, Sara Santos, Sebastião Silva e Vitória Coutinho.

Professora responsável: Isabel Neto (texto) Professoras colaboradoras: Graça Pinto e Cristina Albuquerque (capa)

junho 2016

Agrupamento de Escolas Engº Fernando Pinto de Oliveira

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