divulgação do fundo documental
OS LIVROS DA BE Tema: HOLOCAUSTO Janeiro 2022
A Rapariga que Roubava Livros Markus Zusak 1ª edição 2008, 468 páginas Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito ativa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adoção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.
A Guerra que Salvou a Minha Vida
Kimberly B.Bradley 1ª edição 2017, 320 páginas Tudo o que Ada conhece do mundo é o pouco que consegue ver a partir da janela. Sempre viveu com a mãe e o irmão mais novo num apartamento minúsculo, de onde está proibida de sair. Ada apenas teve a infelicidade de nascer com um pé aleijado, mas isso é mais do que motivo para a mãe se envergonhar dela, maltratando-a e escondendo-a. Com a aproximação da guerra, todas as crianças de Londres são enviadas para um campo fora da cidade, e Ada aproveita a oportunidade para fugir com o irmão. Os dois são acolhidos por uma família que os ama incondicionalmente, sem distinções nem preconceitos, e Ada pode finalmente aprender a ler, a escrever e a montar a cavalo. Pela primeira vez na vida, faz amigos e percebe o verdadeiro significado da palavra felicidade. Mas tudo pode ser posto em causa quando o passado volta para pôr Ada novamente à prova.
Os meninos de Varsóvia Elisabeth Gifford de 2019 , 312 páginas Profundamente apaixonados e prestes a casar, os estudantes Misha e Sophia fogem da Polónia, procurando escapar à ocupação nazi da capital, Varsóvia. Obrigados a regressar ao gueto, resta-lhes ajudar o mentor de Misha, o Dr. Korczak, a cuidar das 200 crianças que vivem no seu orfanato, conseguindo, assim, sobreviver. Do outro lado do muro, a violência aperta as suas garras em torno deste pequeno oásis de esperança e bondade, criado pelo bom doutor de Varsóvia, e Misha e Sophia são obrigados a separar-se e a enfrentar os seus piores medos sozinhos. Mas, apesar de todos os esforços em preservar alguma humanidade em pleno caos, numa manhã de agosto de 1942, o chamado Pequeno Gueto é cercado pelas tropas das SS, com instruções para encaminhar os seus ocupantes para Treblinka, o campo para onde quem vai nunca volta. O Dr. Korczak não desiste da sua missão e recusa abandonar as crianças e funcionários do orfanato, partindo com eles para o destino final. O gueto de Varsóvia foi habitado por meio milhão de pessoas. Menos de um por cento sobreviveu para contar a sua história. Este romance é inspirado nos relatos reais de Misha e Sophia e na vida de um dos heróis silenciosos da Grande Guerra, o Dr. Janusz Korczak.
A história de Erika
Ruth Vander Zee 1ª edição 2007, 24 páginas Novela gráfica
«Eu nasci em 1944. Não sei o dia. Não sei que nome me deram. Não sei em que cidade nem em que país vim ao mundo. Nem sequer se tive irmãos. O que sei é que quando tinha apenas uns meses fui salva do Holocausto…»
História comovente e chocante, a de Erika, cuja memória inextinguível é a de uma sobrevivente do maior genocídio do século XX. Com este álbum, a Kalandraka pretende consciencializar os seus leitores, por ocasião dos 70 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, para que tal tragédia nunca mais se repita.
Rosa Branca ROBERTO INNOCENTI e CHRISTOPHE GALLAZ 1ª edição 2018, 32 páginas Livro ilustrado para jovens de 12 a 14 anos Rosa Branca é uma menina alemã que presencia a detenção de um rapaz por um grupo de soldados. Seguindo o camião onde o transportam, chega à clareira de uma floresta, e aí descobre muitas crianças prisioneiras e esfomeadas que têm uma estrela cosida na roupa. As suas idas e vindas até ao campo de concentração para lhes levar comida às escondidas tornam-se a partir daí contínuas. Ambientada na Alemanha da Segunda Grande Guerra, o Holocausto serve de pano de fundo a esta obra de Innocenti. Frente à tragédia humanitária e ao belicismo infundado, a figura de Rosa Branca representa a esperança, através dos sentimentos mais puros da infância: bondade, inocência, generosidade e ausência de preconceitos.
O caderno do avô Heinrich Conceição Dinis Tomé 1ª edição 2013, 88 páginas Heinrich e Jósef conheceram-se na Polónia. Heinrich tinha chegado há pouco tempo da Alemanha, porque o pai não queria que o filho crescesse num país onde então dominavam o ódio, o preconceito, o abuso do poder e todas as formas de fanatismo. Naquele tempo, o homem que tinha subido ao poder resolveu dominar o mundo e perseguir todos aqueles que considerava serem de raças inferiores como os judeus ou os ciganos, e também todas as pessoas que lhe opusessem resistência. Esse homem chamava- se Adolf Hitler. Esta história, escrita com grande sensibilidade, contanos como Heinrich, e o seu amigo judeu, Jósef, apesar de tudo o que sofreram, conseguiram manter uma amizade que ficou para a vida. A autora mostra-nos ainda como o amor pelos livros e pela leitura, e a capacidade humana de criar beleza são importantes para promover a paz entre os povos.
Anne Frank (Biografia gráfica)
Sid Jacobson e Ernie Colón de 2013, 160 páginas
Esta extraordinária biografia de Anne Frank em formato gráfico visita os mais variados acontecimentos; a vida dos seus pais, o crescimento do nazismo, os anos no anexo secreto e a recuperação e publicação do seu diário. De leitura emocionante e surpreendente esta novela gráfica confronta-nos com o que o ser humano tem de melhor e pior.
O diário de Anne Frank Ari Folman e David Polonsky 1ª edição: 2017,160 páginas Novela gráfica No verão de 1942, com a ocupação nazi da Holanda, Anne Frank e a família são forçados a esconder-se. Durante dois longos anos, vivem com um grupo de outros judeus num pequeno anexo secreto em Amesterdão, temendo diariamente ser descobertos. Anne tinha treze anos quando entrou para o anexo e levou com ela um diário que manteve no decorrer de todo este período, anotando os seus pensamentos mais íntimos, os seus receios e esperanças, e dando conta do dia a dia da vida em reclusão. Em 1947, após o fim da Segunda Guerra Mundial — a que Anne não sobreviveria —, o seu pai publicou este diário, um documento inspirador que é ainda hoje um dos livros mais acarinhados em todo o mundo e uma obra marcante na história do século XX. Lançada mundialmente em celebração do 70.º aniversário de "O Diário de Anne Frank", esta é a sua primeira adaptação para banda desenhada, realizada com a autorização da família e tendo por base os textos originais do diário.
O dia antes da felicidade Erri De Luca 1ª edição 2009, 103 páginas A história de uma criança nascida em Nápoles durante a Segunda Guerra Mundial. O livro segue o seu crescimento, a sua visão da guerra, do sofrimento humano mas também do amor e da possibilidade de alcançar a paz e a felicidade. A história deste livro (contada com uma mágoa doce como a dos contos infantis, como as fábulas) é contada pela voz de um jovem órfão (começa quando ele tem 6 anos e continua durante a sua juventude) mas não é a sua história... É a história de uma época negra do passado recente (Segunda Guerra Mundial), a história de uma luta silenciosa e a história de uma cidade italiana, Nápoles, e da forma determinada com que sobreviveu à escuridão. O dia antes da liberdade de que nos fala o livro não é o dia antes dos primeiros pontapés na bola de um jovem rapaz... É o dia antes da libertação de todos os judeus que tiveram de se esconder e de, certa forma, se anular enquanto indivíduos.
Quando Hitler roubou o coelho cor-de-rosa
Judith Kern de 2015, 256 páginas Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-Rosa é uma das obras mais lidas por jovens de todo o mundo. Considerada um clássico da literatura juvenil, e inspirada na vida da própria autora, fala-nos da Segunda Guerra Mundial numa nova perspetiva e até com algum humor. Vive-se o ano de 1933. Anna tem apenas nove anos e anda demasiado ocupada com a escola e com os amigos para reparar nos cartazes políticos espalhados pela cidade de Berlim com a suástica nazi e a fotografia de Adolf Hitler, o homem que muito em breve mudaria a face da Europa. Ser judeu, pensa ela, é apenas algo que somos porque os nossos pais e avós são judeus. Mas um dia o pai dela desaparece inexplicavelmente. E, pouco tempo depois, ela e o irmão, Max, são levados pela mãe com todo o sigilo para fora da Alemanha, deixando para trás a sua casa, os amigos e os amados brinquedos. Reunida na Suíça, a família de Anna embarca numa aventura que vai durar anos.
Os rapazes que desafiaram Hitler Phillip Hoose de 2020, 232 páginas O relato verdadeiro dos jovens dinamarqueses que se atreveram a enfrentar a máquina de guerra nazi. No início da Segunda Guerra Mundial, a Dinamarca não resistiu à ocupação alemã. Profundamente envergonhado com os líderes do seu país, Knud Pedersen, um jovem de quinze anos, decidiu, com o irmão e um grupo de colegas de escola, tomar medidas contra os nazis, caso os adultos não avançassem. Designando o seu clube secreto em homenagem ao tenaz líder britânico, estes jovens patriotas cometeram inúmeros atos de sabotagem no âmbito do Clube Churchill, enfurecendo os alemães, que acabariam por conseguir lançar-lhes a mão e prendê-los. No entanto, os esforços dos jovens não haviam sido em vão: os seus feitos, e a sua posterior detenção, ajudaram a espoletar uma resistência dinamarquesa em pleno nos derradeiros anos da guerra. Intercalando a narrativa com relatos do próprio Knud Pedersen, Phillip Hoose envolve-nos na impressionante história destes jovens heróis de guerra que se recusaram a desistir sem dar luta.
Toda a Luz que Não Podemos Ver Anthony Doerr 1ª edição: 2014, 520 páginas Marie-Laure é uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris. Quando as tropas de Hitler ocupam a França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo, levando com eles uma joia valiosíssima do museu, que carrega uma maldição. Werner Pfenning é um órfão alemão com um fascínio por rádios, talento que não passou despercebido à temida escola militar da Juventude Hitleriana. Seguindo o exército alemão por uma Europa em guerra, Werner chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure, numa comovente combinação de amizade, inocência e humanidade num tempo de ódio e de trevas.
Um dia
Morris Gleitzman 1ª edição 2009, 160 páginas «Toda a gente merece ter alguma coisa boa na vida, pelo menos uma vez.» A vida de Felix Salinger não é nada fácil. Ele é judeu e vive num orfanato na Polónia dos anos 40, em plena Segunda Guerra Mundial. Felix gosta de ler, escrever e contar histórias. Até que um dia, decide fugir para procurar os pais. A determinação, inteligência e imaginação de Felix vão ajudá-lo a lidar com situações muito difíceis, no meio de nazis e cidadãos apavorados, e a encontrar pessoas maravilhosas, como a pequena Zelda e o velho Barney. Contada na primeira pessoa, por uma criança cheia de sonhos e muito inocente, esta emocionante história aborda a infância, a solidariedade, a amizade, a coragem e a esperança no meio do drama da guerra.
O mundo em que vivi Ilse Losa 1ª edição: 1949, 196 páginas
«Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Grande Guerra Mundial, até ao avolumar de crises (inflação, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento da influência e vitória dos Nazis) que por fim a obrigam ao exílio mesmo na iminência de um destino trágico num campo de concentração...»
O fabricante de bonecas de Cracóvia R.M.Romero 1ª edição 2017, 288 páginas Há guerra. Há dor. Mas há magia e há esperança. Cracóvia, Polónia, 1939. Por magia, uma boneca chamada Karolina adquire vida numa loja de brinquedos e torna-se amiga do amável e discreto fabricante de bonecas, que é também o proprietário da loja. Quando a ocupação nazi se abate sobre a cidade, Karolina e o Fabricante de Bonecas têm de recorrer à magia para salvar, custe o que custar, os seus amigos judeus dos perigos iminentes que pairam sobre eles. Reunindo uma atmosfera de magia, história, tradições e cultura local, O Fabricante de Bonecas de Cracóvia fala-nos sobre como encontrar esperança e amizade nos lugares mais tenebrosos.
O rapaz do caixote de madeira Elisabeth B. Leyson , Leon Leyson , Marilyn J. Harran 1ª edição 2013, 188 páginas Leon Leyson tinha apenas dez anos quando os nazis invadiram a Polónia em 1939 e a sua família foi forçada a viver no gueto de Cracóvia. Neste seu livro de memórias, Leon começa por nos descrever uma infância feliz, na sua aldeia natal e felizmente para a família, o seu caminho cruzar-se-ia com o de Oskar Schindler que os incluiu na célebre lista dos trabalhadores da sua fábrica. Na altura com apenas 13 anos, Leon era tão pequeno que tinha de subir para cima de um caixote de madeira para chegar aos comandos das máquinas. Ao longo desta história, que reproduz com autenticidade o ponto de vista de uma criança, Leon Leyson deixa-nos entrever, no meio do horror que todos os dias enfrentavam, a coragem, a astúcia e o amor que foram necessários para poderem sobreviver. O Rapaz do Caixote de Madeira é uma extraordinária lição sobre os mais nobres valores humanos.
Os Loucos da Rua Mazur João Pinto Coelho 1ª edição: 2018, 315 páginas Paris, 2001. Yankel, um livreiro cego recebe a visita de Eryk, seu grande amigo de infância. Eryk é hoje um escritor famoso, mas está doente e não quer morrer sem escrever o livro que irá redimi-lo. Para tal empreitada, Eryk precisa da memória de seu amigo judeu, que sempre viu muito para além de sua cegueira. Ao longo de vários meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne – a editora que não diz tudo o que sabe –, se esclarecerá a história de uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era. Nas páginas de Os loucos da rua Mazur fica claro que o Mal está onde menos se espera e que a escrita de um romance pode se tornar um verdadeiro ajuste de contas com o passado. Um livro que toca mais uma vez no drama do Holocausto, deixando claro o quanto a humanidade é por vezes incapaz e cega, ao não perceber a proximidade da barbárie e do Mal.
Perguntem a Sarah Gross João Pinto Coelho 1ª edição: 2015, 448 páginas Em 1968, Kimberly Parker, uma jovem professora de Literatura, atravessa os Estados Unidos para ir ensinar no colégio mais elitista da Nova Inglaterra, dirigido por uma mulher carismática e misteriosa chamada Sarah Gross. Foge de um segredo terrível e procura em St. Oswald’s a paz possível com a companhia da exuberante Miranda, o encanto e a sensibilidade de Clement e sobretudo a cumplicidade de Sarah. Mas a verdade persegue Kimberly até ali e, no dia em que toma a decisão que a poderia salvar, uma tragédia abala inesperadamente a instituição centenária, abrindo as portas a um passado avassalador. Nos corredores da universidade ou no apertado gueto de Cracóvia; à sombra dos choupos de Birkenau ou pelas ruas de Auschwitz quando ainda era uma cidade feliz, Kimberly mergulha numa história brutal de dor e sobrevivência para a qual ninguém a preparou. Rigoroso, imaginativo e profundamente cinematográfico, com diálogos magistrais e personagens inesquecíveis, Perguntem a Sarah Gross é um romance trepidante que nos dá a conhecer a cidade que se tornou o mais famoso campo de extermínio da História.
Temos ainda 1 exemplar de cada...
E ainda... LEVI, Primo. 2013. Se Isto é um Homem. (velhinho) - Uma história para hoje Anne Frank (Anne Frank House) biografia e contexto histórico/fotografias - O Mundo de Anne Frank (Anne Frank House) - biografia e contexto histórico, em inglês e português/fotografias