ARTE NORTE-AMERICANA NA FLUL EM TORNO DE JOSEPH CORNELL Na origem desta Exposição concebida em torno da obra de Joseph Cornell está o desafio lançado aos alunos de Arte Norte-Americana, unidade curricular oferecida pela primeira vez no segundo semestre de 2007-2008 pelo Departamento de Estudos Anglísticos e que tive o gosto de orientar. Tratando-se de uma matéria dominada pelas artes visuais, afigurou-se-me pertinente conduzir a avaliação de forma a complementar o exame presencial do fim de semestre por dois exercícios em que os alunos pusessem à prova a sua aptidão no domínio específico da unidade curricular destinada aos alunos do curso de Estudos NorteAmericanos, mas que, graças à interdisciplinaridade que hoje em dia caracteriza a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, despertou interesse em alunos de outros cursos. A adesão ao projecto foi entusiástica, como demonstra a presente mostra de trabalhos. E porque é ela que efectivamente se encontra no centro desta Exposição, a imagem de capa escolhida simboliza justamente a actividade dos autores criando sob inspiração de Joseph Cornell. Entre muitas outras, foi esta a imagem unanimemente escolhida por captar o olhar visionário de Cornell. Falar de unanimidade é também esclarecer que, por trás desta Exposição, está a generosidade de toda uma equipa que trabalhou sem descanso para que o evento acontecesse. Nas menções de agradecimento que se seguem a ordem é arbitrária, pois ser-me-ia difícil hierarquizar a generosidade dos que deram forma concreta ao que começou como uma idealização. Começo por agradecer ao José Alberto Olivença Duarte, Curador da Exposição “ARTE AMERICANA NA FLUL: EM TORNO DE JOSEPH CORNELL”, a ideia de organizar as caixas inspiradas pelas de Cornell numa mostra a exibir na Galeria da Biblioteca Central da FLUL em Dezembro de 2008. Num momento posterior, esta mostra seguirá para o Instituto de Cultura Americana, inaugurando uma nova fase de actividades destinadas a dinamizar os Estudos Americanos sob tutela da Direcção do Instituto, dirigido pela Prof. Doutora Teresa Cid.
Agradeço, muito reconhecida, o apoio do Dr. Pedro Estácio, Chefe de Divisão da Biblioteca da FLUL, que desde a primeira hora incentivou, e mais do que incentivar, acarinhou a ideia, associando assim este Órgão Central da FLUL a uma realização do DEA e do seu Instituto de Cultura Americana, também apoiada pelo Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa. Agradeço, também muito reconhecidamente, a colaboração prestada pela Difusão Cultural da Biblioteca, nomeadamente pela Drª. Maria João Coutinho e pelo Dr. Pedro Coelho bem como pelas colaboradoras voluntárias Ana Cláudia Silva, Ana Araújo, Maria Morais e Patrícia Nicole Cotter. Ao mencionar os seus nomes, quero deixar o meu testemunho de que, sem a sua eficácia aliada à criatividade que sempre distingue realizações da Difusão Cultural, o acontecimento teria tido um alcance muito mais restrito. Por último e não esquecendo que, numa percepção cristã da existência, os últimos serão os primeiros, desejo manifestar aos artistas que integram esta Exposição a minha enorme alegria por eles terem efectivamente ultrapassado as minhas expectativas. Não hesito na designação que dou aos criadores das caixas expostas e seria inadmissível não os referir pelos nomes: Adelaide Cruz, Albertina Alves, Ana Filipa Correia, Carina Sousa, Diana Grade, Elsa Monteiro, Felipa Ferro, Francisco Queirós, Guilherme Silvano, Inês de Castro e Brito Castanheira, Jorge Neves, Natacha Delgado, Marcelo Pimpão, Miguel Bulteau, Nídia Leal, Nuno Marques, Patrícia Paixão, Paulo Luís, Pedro Luz, Renata Coral, Sandro Rolo, Tiago Neves e Vânia Santos produziram obras que nos dão testemunho da sua imaginação criadora. Não me deterei na análise de cada uma delas, porque uma obra da imaginação toca os nossos sentidos e enriquece as nossas emoções, dispensando o argumento crítico. Na sua imensa variedade (não houve uma caixa que repetisse o tema das restantes), elas representam a singularidade do espírito criador e, simultaneamente, a orientação desse espírito para ambientes susceptíveis de o alimentarem. São todos alunos da Faculdade de Letras de Lisboa e a sua originalidade passa também pela escolha de permanecerem numa Instituição que, por se ocupar das Humanidades, lhes abre as portas de domínios afins das suas áreas de estudos.
A concluir, um breve comentário sobre Joseph Cornell em torno do qual se articulam os objectos de uma Exposição que idealmente se constrói como um jogo de caixas chinesas, com aquelas que hoje olhamos a atrair imagens das que as inspiraram e podem ser contempladas na mostra bibliográfica patente ao público. Com efeito, cada caixa de Cornell repete enviesadamente a presença desse artista que faz jus à sua condição de americano, por, na boa tradição da cultura do seu país, ter criado uma obra singular que visivelmente se situa fora das correntes e dos movimentos artísticos dominantes no seu tempo. É habitual pensar Joseph Cornell na transição do Expressionismo Abstracto para a Arte Pop, associando-o a nomes como Jasper Johns e Robert Rauschenberg. A sua criação atravessa de facto o período do século XX que se inicia nos anos trinta e que se estende pela década de setenta, tendo nos seus anos de formação prevalecido a influência do Surrealismo que aflora na arte de Jackson Pollock e de outros expressionistas americanos. Em Cornell, reconhecemos essa influência no modo como reúne objectos que retira do seu contexto habitual e que, inseridos nas suas caixas, adquirem pelo arranjo e pela apresentação uma aura de mistério, ao mesmo tempo que sinalizam a efemeridade da vida moderna. Porém, o afastamento ideológico do Surrealismo e o fascínio por certos aspectos da cultura popular americana — Hollywood, Coney Island, arte folclórica ou artefactos domésticos — antecipam a Arte Pop na sua faceta mais criadora e democrática. ARTE AMERICANA NA FLUL: EM TORNO DE JOSEPH CORNELL procura contextualizar as caixas deste artista por referência aos movimentos dominantes da sua época, pelo que inclui um Programa em Powerpoint que acompanha a mostra bibliográfica acrescentando-lhe um registo sonoro adequado às imagens do Expressionismo Abstracto e da Arte Pop. Nele se pode ouvir música clássica de Elliot Carter, George Crumb, Leonard Bernstein, Steve Reich, Phillip Glass, Stephen Sondheim, o Jazz praticado e cantado nos anos 40 e 50, a música Pop dos anos 60. O enquadramento de Joseph Cornell pelas imagens e sonoridades do seu tempo é o pano de fundo que visa fazer sobressair, a um tempo a cultura que fascinou o artista e a sua singularidade.
As suas caixas são um mundo em miniatura, feito de frágeis objectos. Exprimem a nostalgia melancólica ou a ânsia de capturar a beleza fugidia e evanescente. Representam a digressão pelas relíquias do passado e pelos mercados de objectos em segunda mão. São as viagens que Cornell nunca fez, o “depósito”de afectos tão impossíveis como as cartas que dirigia às estrelas do cinema. Jennifer Jones, Lauren Bacall ou Greta Garbo são ficções da pura feminilidade que preferiu desejar a possuir. A arquitectura minúscula da sua obra não se ajusta a especulações metafísicas, exprimindo antes os devaneios da alma solitária e romântica, que transpõe para o universo dos sonhos. Olhamos essa arquitectura e, penetrando nos sonhos do seu criador, descobrimos, com ele, essa arte imemorial. Lendo a maior parte das descrições que acompanham as caixas desta Exposição, imagino que foi o que aconteceu quando, em torno de Joseph Cornell, os alunos de Arte Norte-Americana descreveram o círculo da sua própria criatividade.
Lisboa, 18 de Dezembro de 2008 Teresa Ferreira de Almeida Alves
A CAIXA DE JOSEPH CORNELL EXPOSIÇÃO - PROJECTO DA CADEIRA DE ARTE NORTE-AMERICANA 01| A
Imagem da América na minha adolescência, Adelaide Cruz A visão Americana durante a minha adolescência era imaginada por paisagens de grandes espaços "Farms" & "Cowboys" e momentos de vidas de Hollywood representada nos filmes dos anos 50's & 60's vistos através dos "drive-in". Memória, Albertina Alves Recordações de uma vida. 02|
Cinema, Ana Filipa Correia "Cinema, e tudo o que está relacionado com este, é muito importante na minha vida. Já não passo sem ele e sem os filmes que traz. Um simples filme pode provocar-nos várias emoções, pode fazer-nos rir quando estamos em baixo, pode fazer-nos sonhar, chorar... Esta caixa, para mim, representa aquilo que é o cinema e toda a sua importância." 03|
Faith, Carina Sousa Simboliza o renascer das cinzas e a esperança para o fim das guerras, corrupção e muitos outros males do mundo. 04|
Sonho Adiado, Diana Grade A caixa em questão é sobre um sonho adiado mas que não é recordado com angústia. É uma memória, um sonho para depois, que apesar de ter sido posto de lado é sempre recordado com paixão e é por isso que é ainda e sempre um sonho. Até que um dia, talvez se torne realidade… 05|
Romance, Elsa Monteiro Quando deixei de ser quem era, encontrei-me a mim mesmo. No meio de máscaras e de vidas que não vivia, o romance despertou-me. 06|
Frigorífico 2008, Felipa Ferro A década de 60 em conjunto com a pop-art, mostrava a sociedade em que se vivia. Neste contexto, o frigorifico representa, através da comida, a sociedade que se vive hoje em dia. Uma amostra do que as pessoas, desta sociedade contemporânea, se alimentam. 07|
Sem título, Francisco Queirós A caixa representa o meu crescimento como ser humano, através da arte da animação nipónica. Cada um destes compartimentos identifica uma época concreta da minha vida, tendo sido ela boa ou não tão positiva. Em sucessão, aparece a altura da infância com “Saint Seiya”, talvez o meu primeiro contacto consciente com o Japão, “Dragonball””, a percepção de um gosto e uma realidade que me transcende a mim e ao tempo, “One Piece” que demonstra a nova Face e cultura (talvez até globalização) do Japão e consequentemente da minha pessoa, a “Kinnikuman” que representa o sonho de há muito visitar o Japão, facto que foi consumado e onde este mesmo item foi adquirido. or último, no verso da caixa encontra-se “Tetsuan Atom”, a obra imortal de Osamu Tezuka, sem a qual não existiria a animação japonesa que tanto me influenciou e despertou parra o mundo que quero como meu: o nipónico. 08|
In Love With London, Guilherme Silvano A caixa representa a minha estadia na cidade durante uma semana, em Maio de 2008. Para além da simbologia óbvia inerente a certos objectos nela contidos, pode-se ainda encontrar os bilhetes dos respectivos museus e exposições que visitei assim como as imagens do que mais me atraiu na cidade. 09|
In Love With London, Guilherme Silvano A caixa representa a minha estadia na cidade durante uma semana, em Maio de 2008. Para além da simbologia óbvia inerente a certos objectos nela contidos, pode-se ainda encontrar os bilhetes dos respectivos museus e exposições que visitei assim como as imagens do que mais me atraiu na cidade. 09|
Gato que brincas na rua, Inês de Castro e Brito Castanheira Gato que brincas na rua/ Como se fosse na cama/ Invejo a sorte que é tua/ Porque nem sorte se chama. (Fernando Pessoa) 10|
To Jasper Johns with Love 3, Jorge Neves A caixa, que na sua concepção me deu um enorme prazer, é o resultado do meu fascínio com a forma muito americana – mais descontraída sem ser por isso menos profunda – de brincar com as convenções. É igualmente uma exultação meio whitmaniana da presença cultural e tecnológica biunívoca dos portugueses na América e dos americanos em Portugal. É finalmente uma incursão – saudosista – por grafismos algo editoriais (cores fixas; maiúsculas; silhuetas e simetria) e ainda uma pequena mas muito morosa extravagância, em género de pontilhismo com o escudo da República Portuguesa.” 11|
Ratos na história: instrumentos e obsolência, Marcelo Pimpão A construção central – o rato e a armadilha – é a forma que quis dar a perceber a noção de ultrapassagem de instrumentos antigos. Em linhas menos concretas e mais idealizadas: a armadilha existe, o isco também, basta que se reúnam condições para o interveniente despoletar a acção – a dinâmica da evolução tecnológica e inovação. Com a armadilha, esperei salientar o peso da inovação tecnológica, da perspectiva de tempo e do seu dinamismo. O queijo, que foi feito com uma esponja, daria corpo à utilidade, ao tempo útil, ou de vida, que por sua vez o rato carrega consigo após accionar a armadilha. Em si, o rato representa o instrumento que acaba de se tornar obsoleto, e está preso às armas do passado, preso pela inovação tecnológica que o criou, utilizou, e o seleccionou. A caixa forrada com papel autocolante com o padrão de madeira, simboliza a tradição, a consciência do lugar comum dentro do universo de instrumentos tecnológicos; dá-nos também a noção de casa e de um ambiente privado, restrito. 12|
Clockworks of the Mind, Miguel Bulteau A mente como um engenho accionado pela acção desconhecida de algo exterior ao ser. O subconsciente aleatório e o incontrolável que, por serem maquinais, se tornam incansavelmente obsessivos. 13|
Feminino Plural, Natacha Delgado “A caixa que elaborei visa representar o feminino nas suas múltiplas expressões, contigentes e culturais, não negligenciando, contudo, a apreensão da sua significação universal - o que pretendi pelo especial relevo que ofereci à figura central da imagem da mulher na praia, imagem isenta da conotação cultural patenteada nas outras figuras. A ideia que procurei transmitir é que algo de comum subjaz às roupagens múltiplas que pelas diferentes culturas o feminino assume.” 14|
Estado Primavera, Nídia Leal As flores como é sabido, são símbolo de fertilidade e esperança. É neste sentido que esta caixa, afigura o renascer dos Estado Unidos da América e na grande potência que se tornou após o fim da Segunda Guerra Mundial. As flores aqui representadas, podem também ilustrar a memória de todos os soldados americanos que perderam as suas vidas na Grande Guerra. Muitos foram os artistas que se dedicaram à representação das flores na arte, (Rachel Ruysch, Georg Dionysius, Jan Van Os, etc.. ), no entanto, muitos são os que continuam a afirmar que as flores são demasiado decorativas e deviam permanecer onde elas pertencem, nos jardins. Com o decorrer do tempo, as flores ganharam mais apreço, as cores, as formas e as metáforas construídas a partir destas, foram exploradas intensamente até que mereceram atenção nos E.U.A. de artistas como Georgia O'Keeffe (dando atributos humanos ás flores) e Ellsworth Kelly, fazendo com que a sua profusão acontece-se rapidamente. A escolha do título, está relacionada com a Primavera que é a estação do renascer das flores e a palavra “estado” está associada não só ao próprio estado da Primavera mas também representa cada estado por si só dos Estados Unidos da América. 15|
It's Sharkey's Night Tonight, Nuno Marques Esta caixa representa a esquizofrenia que se instala na luta entre o indivíduo e a ideia mítica de nação. 16|
Faunia Farley, Patrícia Paixão Esta caixa foi inspirada no livro A Mancha Humana, de Philip Roth. Tendo-o lido há pouco tempo, e ainda ecoando na minha cabeça, achei que poderia ser a escolha ideal para preencher o espaço da caixa. As frases das duas páginas coladas no fundo da caixa referemse (na minha opinião) a uma das cenas mais marcantes do livro, quando Faunia, uma das personagens principais, irá ter com a “sua” gralha, o Príncipe, a uma loja. A gralha aparece no livro quase como uma personagem, ou pelo menos, como um elemento de importância metafórica e simbólica, e embora a sua “relação” seja mais visível com Fania Farley, acho que também será simbólica na história de Coleman Silk (a personagem principal). Na casca da árvore encontra-se uma estrofe da música “Shiny Things”, de Tom Waits, do álbum Orphans (“Leave me alone you big ol’Moon/ The light you cast is just a liar/ You’re like the crows, ‘cos if it glows/ You’re dressed to go, you guessed I know/ You’ll always cling to shiny things”). 17|
Miguel Ângelo, Paulo Luís A partir das premissas propostas, e de acordo com os trabalhos de Joseph Cornell, construí uma caixa à qual chamei “Miguel Ângelo”. A caixa foi concebida a partir de imagens do seu mais famoso trabalho, os frescos da capela sistina, um dos trabalhos mais extraordinários de toda a arte ocidental. 18|
Duality, Pedro Luz I am a fair man. I am a vindictive man. My emotions balance from bright white to shades of black. My spirit depends on how you flip me, for I am a two-sided coin. I can be the life of a party, but I can dive switfly into deep sadness. I am duality. Even my idols are charged with duplicity; they're light and darkness, good and evil, rise and fall. Who am I? 19|
Song of Innocence, Renata Coral A caixa foi concebida a partir dos quatro primeiros versos do poema Auguries of Innocence, de William Blake: ‘To see a World in a Grain of Sand/ And a Heaven in a Wild Flower/ Hold Infinity in the palm of your hand/ And Eternity in a hour.’ A caixa apresenta quatro divisões, as ilustrações dos versos seleccionados. Desta forma, concretiza-se literalmente o poema visual, como proposto por Cornell, nas suas caixas – mundo simbólico; espaço de criatividade, de evasão, sonho e poesia. 20|
Corfebol, Sandro Rolo Caixa representativa do desporto praticado em Portugal denominado Corfebol. Mais que um desporto é um meio de convívio, confraternização, amizade e também um escape para os frequentes desequilíbrios entre o indivíduo e a sociedade. 21|
Quente e Frio, Vânia Santos A minha caixa era de madeira e tinha Vânia assinado por dentro. Por dentro tem 1 dos lados a vermelho e outro a azul ,e tem alguns objectos como um isqueiro e uma caneta. O título pode ser "quente e frio", caracterizando estes opostos e tendo referências a fases da minha vida. 22|
Natureza Morta, Tiago Neves Esta caixa pretende ilustrar como a civilização, que nasceu a partir da Natureza, está esmagando-a, destruindo-a a pouco e pouco. 23|
A Biblioteca, Equipa da Biblioteca/Eventos Culturais Se a biblioteca é, como pretende Borges, um modelo do Universo, tentemos transformá-la num universo à medida do Homem e, volto a recordar, à medida do Homem quer também dizer alegre, com a possibilidade de se tomar um café com a possibilidade de dois estudantes numa tarde se sentarem num maple, não digo de se entregarem a um amplexo indecente, mas de consumarem parte do seu flirt na biblioteca, enquanto retiram ou voltam a pôr nas estantes alguns livros de interesse científico, isto é, uma biblioteca onde nos apeteça ir, e que se vá transformando gradualmente numa grande máquina de tempos livres, como é o Museum of Modern Art, onde se vai ao cinema, se passeia no jardim, se vêem as esculturas e se toma uma refeição completa. (Umberto Eco, A Biblioteca, trad. Maria Luísa Freitas, Lisboa, Difel, 1993, pp. 44-45) 24|
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SIGLAS UTILIZADAS [B.F.L.U.L.-C.A.M.] – Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa - Cultura Americana [B.T.A.] - Biblioteca Pessoal da Professora Doutora Teresa Alves
Referências Bibliográficas de acordo com a Norma Portuguesa 405
Catálogo da Exposição Arte Americana na FLUL: em torno de Joseph Cornell
1 - ADLER, Ad – Departed angels: Jack Kerouac: the lost paintings. New York: Thunder’s Mouth Press, 2004. [B.T.A.] 2 - The American dream: the 50s. Virginia: Time-Life Books, 1998. [B.T.A.] 3 - The American New Wave: 1958-1967. New York: Walker Art Center, 1982. [B.T.A.]
4 - Andy Warhol: photography. Pittsburgh: Stemmle, 1999. [B.T.A.] 5 - Andy Warhol: a retrospective. New York: The Museum of Modern Art, 1989. [B.T.A.] 6 - BAAL-TESHUVA, Jacob – Mark Rothko: 1903-1970: pintura como drama. Lisboa: Público, 2004. [B.T.A.] 7 - BASTIAN, Heiner – Andy Warhol: retrospective. Berlin: Tate Publishing, 2002. [B.T.A.] 8 - BERNSTEIN, Leonard – The joy of music. New York: Simon and Schuster, 1959. [B.T.A.] 9 - BRIGGS, John – Leonard Bernstein: the man, his work and his world. Cleveland: The World Publ., 1961. [B.T.A.] 10 - CAGE, John – Silence: lectures and writings. Middletown: Wesleyan University Press, 1961. [B.T.A.]
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Catálogo da Exposição Arte Americana na FLUL: em torno de Joseph Cornell
11 - CHAVE, Anna C. – Mark Rothko: subjects in abstraction. New Haven: Yale University Press, 1989. [B.T.A.] 12 - Cindy Sherman: retrospective. London: Thames and Hudson, 1997. Catálogo da Exposição organizada pelos Museus de Arte Contemporânea de Los Angeles e Chicago, 1997. [B.T.A.] 13 - The converge of birds: original fiction and poetry inspired by the work of Joseph Cornell. London: Hamish Hamilton, 2006. [B.T.A.] 14 - CRAVEN, Wayne – American art: history and culture. New York: Harry N. Abrams, 1994. [COTA FLUL-CAM: 7(73) CRA,W-CAM] 15 - Film posters of the 50s: the essential movies of the decade. Köln: Taschen, 2005. [B.T.A.] 16 - FRANK, Robert – The Americans. New York: Scalo, 1958. [B.T.A.] 17 - GOTTFRIED, Martin – Stephen Sondheim. New York: Harry N. Abrams, 1993. [B.T.A.] 18 - HARTIGAM, Linda Roscoe – Joseph Cornel: navigating the imagination. New Haven: Yale University, 2007. [B.T.A.] 19 - HUNTER, Sam – Tom Wesselmann. New York: Ed. Polígrafa, 1994. [B.T.A.]
20 - In/Sights: self-portraits by women. Boston: David R. Godine, 1978. [B.T.A.]
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Catálogo da Exposição Arte Americana na FLUL: em torno de Joseph Cornell
21 - John Cage: composed in America - Chicago: The University of Chicago Press, 1994. [B.T.A.] 22 - LADER, Melvin P. - Arshile Gorky. New York: Abbeville Press, 1985. [B.T.A.] 23 - LANDAU, Ellen G - Jackson Pollock. New York : Harry N. Abrams, 1989. [COTA FLUL-CAM: 75(73) POL,J/LAN,E - CAM] 24 - LUCIE-SMITH, Edward – Movements in art: since 1945: issues and concepts. London: Thames and Hudson, 1995. [B.T.A.] 25 - McDARRAH, Fred W. - Kerouac and friends: a beat generation album. New York: Thunder’s Mouth Press, 2002. [B.T.A.] 26 - MORRIS, Catherine – The essential: Cindy Sherman. New York: Harry N. Abrams, 1999. [B.T.A.] 27 - PARKS, Gordon – Half past Autumn: a restrospective. Boston: Bulfinch Press Book, 1997. [B.T.A.] 28 - PHILLIPS, Lisa – Beat culture and the new America: 1950-1965. New York: Whitney Museum of American Art, 1995. [B.T.A.] 29 - The Pop ‘60s: travessia transatlântica. Belém: Centro Cultural de Belém, 1997. Catálogo da Exposição realizada no C.C.B. em Set./Nov. de 1997. [B.T.A.]
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Catálogo da Exposição Arte Americana na FLUL: em torno de Joseph Cornell
30 - SCHAFFNER, Ingrid – The essential: Andy Warhol. New York: Harry N. Abrams, 1999. [B.T.A.] 31 - SCHAFFNER, Ingrid – The essential: Joseph Cornell. New York: Wonderland Press, 2003. [B.T.A.]
32 - Seeing Jazz: artists and writers on Jazz. San Francisco: Chronicle Books, 1997. [B.T.A.] 33 - SEITZ, William C. – Abstract Expressionist painting in America. Cambridge: Harvard University Press, 1983. [COTA FLUL-CAM: 75(73) SEI,W-CAM] 34 - SHERMAN, Cindy – Untitled film stills. New York: Rizzoli, 1990. [B.T.A.] 35 – SIMIC, Charles – Dime-store alchemy: the art of Joseph Cornell. New York: Random House, 2006. 36 - STEINER, Rochelle – Cindy Sherman: catalogue. London: Serpentine Gallery, 2003.
[B.T.A.] 37 - WALDMAN, Diane – Mark Rothko in New York. New York: Guggenheim Museum, 1994. [B.T.A.] 38 - WARHOL, Andy – The philosophy of Andy Warhol: from A to B and back again. New York: Harcourt, 1975. [B.T.A.]
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Catálogo da Exposição Arte Americana na FLUL: em torno de Joseph Cornell
39 - WATSON, Steven – The birth of the Beat generation: visionaries, rebels, and hipsters, 1944-1960. New York: Pantheon Books, 1995. [B.T.A.] 40 - VARNEDOE, Kirk – Jackson Pollock. New York: The Museum of Modern Art, 1999. [B.T.A.]
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FICHA TÉCNICA Organização Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa Departamento de Estudos Anglísticos Instituto de Cultura Americana Biblioteca da FLUL Comissão Executiva Curador – José Alberto Duarte Maria João Coutinho Pedro Coelho Ana Cláudia Silva Ana Araújo Maria Novais Patrícia Nicole Cotter