Uma Nova História

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CAPÍTULO 1 DESCOBERTA E DECLARAÇÃO Fazia uma tarde quente de verão em Surrey. Na Rua dos Alfeneiros nº 4 um garoto estava em seu quarto deitado olhando para o teto. Tinha cabelos negros e muito bagunçados, era um tanto magro para sua idade, mas o que mais chamava atenção em sua aparência, além dos cabelos, eram seus olhos extremamente verdes. Aquele era Harry Potter, o bruxo mais famoso de seu mundo. Sim, um bruxo. Era famoso por ter derrotado o maior bruxo das trevas de todos os tempos com apenas um ano, Lord Voldemort. Mas, um pouco antes de tentar matar e ser derrotado por Harry Potter, Voldemort assassinou seus pais, Lílian e Tiago Potter, fazendo Harry viver com seus tios que odiavam magia. Harry foi maltratado durante 10 anos, até descobrir sua história e que era um bruxo. Quando ele estava com 14 anos, em seu quarto ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Voldemort conseguira voltar ao seu corpo. Mas não era nisso em que Harry pensava. Ele pensava em seu padrinho, que morrera algumas semanas atrás porque ele havia caído em uma armadilha de Voldemort para ir ao Ministério da Magia. Sirius Black era a pessoa mais próxima de um parente de verdade que Harry tinha, e agora estava morto. "No fim", pensou ele, virando-se para o lado, "todos os que eu amo morrem.” Ele pensava nisso quando a porta de seu quarto abriu-se de supetão e tio Válter passou por ela, com dificuldade por causa de seu tamanho. – Nós vamos viajar de férias e passaremos uma semana fora. - Disse ele, ríspido. - E quando voltarmos não quero ver a casa bagunçada. Entendeu, moleque? – Sim, tio Válter. - Harry disse, cansado. Seu tio bufou e saiu do quarto, batendo a porta. No dia seguinte, depois de Harry preparar uma coisa rápida para comer, ele resolveu arrumar seu quarto para se distrair e não pensar em Sirius. Estava arrumando seu malão quando seus dedos tocaram em uma corrente. Ele franziu as sobrancelhas, pensando: "Desde quando eu tenho uma corrente no malão?" Quando retirou a mão levou um susto. Era um vira-tempo! Mas, de onde ele tinha surgido? Ele ficou pensando até chegar a conclusão de que deveria ter ficado preso nele em uma sala cheia de vira- tempo que havia no Ministério da Magia. Ele resolveu ver se o objeto funcionava e girou a ampulheta três vezes, pretendendo voltar 3 horas no tempo. Ele sentiu uma tontura e tudo ficou escuro. Quando abriu os olhos, instantes depois, estava em seu quarto. Harry achou aquilo muito estranho, porque ele não havia desmaiado três anos atrás, quando ele e Hermione voltaram

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algumas horas no tempo para salvar seu padrinho. Harry deixou de pensar nisso e levantou-se. Onde estava três horas atrás? - Estava preparando algo para comer. Falou em voz baixa. Ele saiu do quarto e desceu as escadas, indo em direção da cozinha para poder espiar a si mesmo. Ele parou estupefato perto da porta. Havia vozes saindo da cozinha! Mas como isso era possível se ele estava sozinho há três horas? Ele pensava nisso quando ouviu outra voz, uma bem familiar. "Impossível!" pensou Harry. Como a voz de tia Guida foi parar ali? O garoto resolveu espiar e levou um susto maior ainda. Seus tios, Petúnia e Válter, e seu primo, Duda, estavam sentados a mesa, junto com tia Guida e ele mesmo, aguentando as implicâncias de tia Guida. Mas era um Harry diferente, mais magro (grande novidade), mais baixo... Um Harry que aparentava ter 13 anos. Assustado, o garoto voltou para seu quarto, sem fazer barulho. Ele sentou-se na cama compreendendo tudo. Aquele era um vira-tempo diferente. Ao invés de voltar horas no tempo, ele voltava anos! Nesse momento, lá embaixo, na cozinha, estava um Harry Potter de treze anos! Ele achou melhor voltar para seu tempo antes que alguém o descobrisse ali. Ele girou três vezes no sentido contrário de antes e logo depois estava em seu quarto, no tempo certo. Ele jogou-se em sua cama e ficou pensando no que descobrira. Ele tinha um viratempo, mas um diferente. O objeto não voltava horas no tempo e sim anos! E se... Não, era impossível! Bom, impossível não era. Se ele conseguiu voltar três horas no tempo, porque não conseguiria voltar vinte anos? Ele poderia salvar seus pais e Sirius. Tinha certeza que poderia contar com seus dois melhores amigos, Rony Weasley e Hermione Granger. Ele sorriu ao pensar em Hermione. A algum tempo descobriu que gostava dela muito mais do que uma simples amiga. Ele amava a garota, mas não se declarava por dois motivos: Sabia que Rony também a amava e não queria magoar seu melhor amigo. E o segundo motivo era que não tinha coragem. É... O menino que sobreviveu a maldição da morte com apenas um ano de idade, o garoto que enfrentou um basilisco e mais de cem dementadores, aquele que duelou com o próprio Voldemort com apenas 14 anos e que algumas semanas atrás enfrentou tudo aquilo no Ministério da Magia, não tinha coragem de se declarar para sua melhor amiga. Mas ele não podia se declarar para Hermione e magoar Rony. Quando olhou para a janela percebeu que já havia anoitecido. No dia seguinte ele mandaria uma carta para Hermione e outra para Rony. A primeira coisa que Harry fez ao acordar foi escrever as cartas para os amigos. Nas cartas ele escreveu que os tios haviam viajado e que queria falar com eles. Algumas horas depois, Edwiges, sua coruja, voltou com a resposta de Hermione. Ela escreveu que iria até a casa dele as 19h00minh. Já Rony não poderia ir porque iria para Romênia

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visitar seu irmão Carlinhos. Harry ficou triste com isso, afinal, o trio sempre fazia suas aventuras juntos. "Pelo menos eu tenho a Mione." pensou ele. As 19h00minh em ponto a campainha tocou. Ansioso, Harry abriu a porta. Quando olhou para a amiga quase não a reconheceu. Os cabelos estavam lisos com cachos bem feitos nas pontas. Seu sorriso estava mais radiante que nunca. Hermione jogou-se nele, em um abraço cheio de saudade. – Harry, como você está? – Agora que você chegou, ótimo. Mas nós não vamos ficar conversando na porta, entre. Ela entrou e Harry levou-a até a sala. – Então, você disse que queria falar comigo e com Rony. Aliás, onde ele está? perguntou Hermione, sentando-se no sofá. Harry sentou-se em outro sofá ao responder: – Ele não vem. Foi à Romênia com a família visitar Carlinhos. – Hum. - foi tudo o que Hermione disse. Depois de um tempo em silêncio, a garota levantou do sofá que estava e sentou-se ao lado de Harry. - É sobre Sirius que você quer falar, Harry? - perguntou ela, cautelosa. Harry suspirou. Não era fácil falar do padrinho. – Não quero falar de Sirius. Na verdade não tem o que falar sobre isso. Sirius está morto e a culpa é minha. Se eu tivesse escutado você, Mione, eu não teria caído na armadilha de Voldemort e Sirius estaria vivo. – Não, Harry, não é culpa sua! A culpa disso tudo é de Voldemort e somente dele. Vendo que o garoto ainda não acreditava ela disse: - Você é um grande bruxo, Harry. Mas Voldemort controla magia das trevas. Era questão de tempo até ele conseguir criar uma ilusão em sua mente. Harry ficou pensando nas palavras da amiga. Depois de um tempo ele disse: – Você tem razão, Mi. Mas se eu tivesse praticado Oclumência nada disso teria acontecido. – Harry... Mas o garoto não deixou a garota continuar: – Mas não é disso que eu quero falar. Até porque eu achei um jeito de salva-lo. – Salva-lo? Harry Sirius está... - ela não conseguiu continuar. – Morto. - completou o garoto. - Mas depois eu conto como, agora preciso lhe contar sobre a profecia. Harry contou-lhe o que a profecia falava: que no fim ele teria que ser ou assassino ou a vítima. Hermione ficou chocada com isso e abraçou o garoto que ela amava secretamente. Harry sentiu-se muito melhor com isso e retribuiu o abraço.

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Depois de um tempo assim, Hermione afastou-se dele e Harry percebeu que ela tinha lágrimas nos olhos. – Não quero que você chore por mim, Mione. "Como não chorar pelo garoto que amo?” ela pensou. – O que disse?- Harry perguntou espantado. Hermione olhou para ele sem entender, até que percebeu que tinha falado em voz alta. Ela empalideceu na hora. – Nada, eu não disse nada! - Ela colocou as mãos no rosto, morrendo de vergonha. – Você disse sim. É verdade? Você me ama? – Claro Harry. Você é meu melhor amigo. Amo tanto você quanto o Rony. - Ela tinha medo de admitir isso, porque, se Harry não a amasse como ela o amava, ela tinha medo de perder sua amizade. Tomando uma coragem que não tinha, Harry disse: – Mione, eu a amo. Mas não como sendo minha melhor amiga e sim como algo muito mais. Eu descobri isso algumas semanas atrás, quando a vi inconsciente no Ministério da Magia. Hermione não podia acreditar no que estava ouvindo. Não podia ser. – Harry... - Mas ele não deixou que ela continuasse: – E se você não me amar como eu a amo, por favor, continue sendo minha melhor amiga. Eu não sei o que faria se... Mas ele não pode continuar porque nesse momento Hermione se jogou em cima de Harry em um abraço reconfortante para ambos. – Seu bobo. Nunca deixaria de ser sua amiga. Mas eu também o amo, Harry Tiago Potter. Ele sorriu e beijou Hermione. Um beijo muito diferente do beijo de Cho Chang. Eles separaram-se sorridentes. – Eu sempre pensei que você gostasse do Rony. - Harry disse, depois de um tempo contemplando o rosto de Hermione. – Eu também. Mas desde que eu percebi que você estava interessado na Chang - ela fez uma careta ao mencionar o nome. - Foi então que eu percebi que o amava de um jeito que eu jamais amaria o Rony. Harry franziu a testa. – Mas você me deu conselhos para conquistar a Cho. – É claro. Antes de tudo, você é meu melhor amigo. Sempre estarei aqui. – Então... - Harry fez uma pausa, depois sorriu e continuou: - você quer namorar comigo? Hermione sorriu. – E você ainda pergunta? É claro que sim!

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Mas então Harry ficou com uma expressão preocupada. – E o Rony? – Harry, já disse que o que eu senti por Rony não era amor. Eu... – Não é disso que eu estou falando, Mi. O Rony a ama e você sabe disso. Ele é meu melhor amigo e não quero magoá-lo. – Quando vamos contar a ele? – Não sei. Eles ficaram em silêncio, até Hermione lembrar: – Harry, você disse que havia um jeito de salvar Sirius. – Não só Sirius como meus pais também. Hermione arregalou os olhos. Antes que ela pudesse falar, Harry contou-lhe a história do vira-tempo. – Já li a respeito disso. Ela sussurrou. Hermione ficou pensativa, então olhou para o garoto com uma expressão assustada. - Você não está pensando em voltar no tempo e impedir a morte de seus pais! Harry deu um sorriso culpado. – Sim. – Harry! Você sabe que é perigoso mexer com o tempo! – Mas... Ela não o deixou continuar: – Mas nada! Eu lhe disse a três anos o que aconteceria se alguém nos visse... – Mas ninguém vai nos ver. Nós vamos voltar 20 anos no passado. Não éramos nascidos naquela época. – Mesmo assim, Harry. É muito perigoso. – Eu sei que é, Mione. Mas nós temos a chance de destruir Voldemort, você sabe que ele não era tão poderoso naquela época como é agora. – Não sei, Harry. Dumbledore não... – Esqueça Dumbledore, Hermione. - Harry a cortou. Ainda estava magoado com o diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. – Harry, o professor Dumbledore fez o que fez pensando no seu bem. – Se ele não tivesse escondido a verdade de mim, Sirius poderia estar vivo. E não é de Dumbledore que estávamos falando. - Ele acrescentou quando Hermione abriu a boca. – Tudo bem. Voltando aquela história maluca de voltar ao passado. E o Rony? Não vai contar para ele? – Como, se ele está na Romênia? É muito arriscado mandar Edwiges. – Você tem razão. Então, chega de conversa e vamos planejar tudo. – Planejar? Então você vai comigo?

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– Se eu não ir você irá sozinho e vai ser um desastre total... Ela não pode continuar porque Harry jogou-se em cima dela e lhe deu um beijo de tirar o fôlego. Só separaram-se para respirar. – Amanhã nós iremos ao Gringotes. Tenho que pegar alguns galeões para quando chegarmos lá. - Disse Harry. – Como faremos quando chegarmos? Harry já havia pensado em tudo e contou para Hermione. Ela achou o plano ainda mais maluco que a idéia de voltar no tempo.

CAPÍTULO 2 ORFANATO D AVIDSON No dia seguinte eles foram até Londres de táxi, parando no bar dos bruxos O caldeirão furado. Nos fundos do bar, Harry pegou a varinha e tocou em uma seqüência de tijolos. Segundos depois, no lugar da parede de tijolos, apareceu um arco para a entrada do Beco Diagonal. Harry foi até o banco dos bruxos, o Gringotes, com Hermione o acompanhando. Lá ele tirou vários galeões, nucles e sicles, e aproveitou para trocar alguns galeões por dinheiro trouxa, o que deu uma boa quantia. Chegaram em casa na hora do almoço e pediram uma pizza. – Hermione, você já pensou em que lugar vamos usar o vira-tempo? - Harry perguntou enquanto secava a louça que a namorada lavava. – Tem que ser em um lugar que já existia 20 anos atrás. – Ministério da Magia? – Muito arriscado entrar lá agora... - Ela ficou pensativa e depois disse: - O Beco Diagonal! É um lugar bruxo, milhares de pessoas aparatam lá e não vão estranhar nós dois aparecermos do nada. – Ainda bem que a minha namorada usa o cérebro por mim e por ela. - Comentou Harry e Hermione riu. – Vamos repassar tudo. - Ela disse, quando os dois estavam sentados na sala. - Vamos hoje à noite e ficamos em um hotel trouxa. Amanhã iremos até um orfanato, também trouxa, e confundiremos todos a pensarem que estamos lá desde bebês. – E depois faremos magia involuntária para Dumbledore nos achar. - Concluiu Harry. – É fácil falar. – Isso não será o mais difícil. – Não vejo nada mais difícil que isso.

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– Como você espera que eu fique frente a frente com meus pais e o resto dos marotos e não poder contar nada? E tem Pettigrew também. Como acha que vou agüentar encarar aquele rato e não fazer nada? – Mas você vai fazer Harry! Você irá salvar eles. O garoto ficou pensativo e depois sorriu. – Você tem razão. Como sempre. Vamos, temos que arrumar as coisas. Harry pegou uma mochila e colocou as poucas roupas que possuía nela, colocou também o maior pedaço do espelho de dois lados que Sirius lhe deu no ano que passou e ele havia quebrado. Ele ainda olhava para o espelho quando Hermione entrou no quarto. – Já terminou?- Ela perguntou. – Sim. - Harry colocou o espelho dentro da mochila e virou-se para a garota. - E você? – Também. Nós vamos agora? Percebendo que ela estava hesitante, Harry aproximou-se e a abraçou. – Vai dar tudo certo. – Espero que sim. – Então vamos para nossa maior aventura. Hermione apenas sorriu. Algum tempo depois, eles estavam no Beco Diagonal, que não estava muito movimentado. Harry e Hermione pararam em uma rua deserta e o garoto tirou o viratempo do bolso, envolvendo seu pescoço com o de Hermione. Harry segurou a ampulheta e olhou para a namorada. – Nós vamos conseguir. - Garantiu ele. – Ainda acho isso uma loucura total. Vamos logo - acrescentou quando ele abriu a boca para retrucar - antes que eu desista dessa maluquice. Harry apenas sorriu e girou a ampulheta 20 vezes. Tudo começou a girar, mas dessa vez ele não ficou inconsciente. Hermione teria caído se Harry não a tivesse a segurado. Depois de alguns segundos voltou a si. – Nossa... - Ela murmurou. – Você se acostuma. - Harry lhe deu um sorriso gentil e ela retribuiu. - Vamos, ainda temos que encontrar um orfanato trouxa. Hermione suspirou e eles saíram do Beco Diagonal, dirigindo-se para Londres. Depois de caminhar muito, acharam o Orfanato Davidson. Harry parou e olhou para o prédio a sua frente. – O que acha?- Ele perguntou a Hermione. Ela pensou um pouco, depois sorriu.

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– Sim, acho que esse está ótimo. Até porque, - ela acrescentou com uma expressão contrariada- eu não agüento mais caminhar! Harry lhe lançou um sorriso maroto e a pegou no colo. Hermione ficou chocada e exclamou: – Harry, o que você está fazendo?! – Ora, você disse que não agüentava mais caminhar. Ele fez uma cara inocente. – Harry Tiago Potter, me ponha no chão agora! – Tá bem, calma. -ele colocou a namorada no chão e continuou:- O que eu menos quero é irritá-la. Hermione apenas revirou os olhos. Eles ficaram em um hotel barato e pela madrugada eles voltaram ao orfanato. Quando Harry pegou sua varinha, Hermione segurou seu braço e sussurrou: – Não podemos fazer magia, Harry! O Ministério iria chegar aqui agora e nosso plano iria por água abaixo! – Você tem razão. - Harry sussurrou de volta. - Mas como vamos entrar? – Vamos ter que escalar o muro. – Não tem outro jeito, não?- o garoto gemeu. – Só se você quiser que descubram nosso plano. Ele não respondeu, somente concordou com um aceno de cabeça. Depois de meia hora e com o corpo todo arranhado, os dois estavam no pátio do orfanato. Os dois aproximaram-se de uma janela e constataram que estava só encostada, Harry abriu-a e ajudou Hermione entrar, entrando logo depois. Foi então que algo ocorreu a Harry. – Mione, - sua voz era um sussurro. – Hum? – Perguntou distraída. – Como vamos confundir todos de que estamos aqui a anos se não podemos usar magia? Hermione sorriu: – Bom, se nós usarmos um feitiço comum sim. Mas, - ela continuou, vendo que Harry estava confuso – se usarmos um feitio que não existia nessa época, não tem como o Ministério nos detectar. – Concluiu sorrindo. O garoto sorriu também e perguntou: – E que feitiço é esse? – Ah, é um que eu li em um livro qualquer. Não aprendemos em Hogwarts, é meio complicado.

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– E você acha que consegue? Não que você não seja ótima e tudo o mais. – Ele acrescentou rapidamente, fazendo Hermione conter um sorriso. – Mas é que nada pode dar errado, já é difícil enganar Dumbledore, imagina se algo não der certo! – Tudo bem, Harry. Eu pratiquei bastante esse feitiço. – Praticou? Quando? – Ano passado, em Hogwarts. Aquela Umbridge estava me dando nos nervos, e eu achei esse feitiço, que ao invés de apagar a memória da pessoa, a altera. – E você iria alterar a memória da Umbridge?! – Espantou-se Harry – É claro que não. – retrucou Hermione. – É que eu estava com raiva daquela megera pela detenção que havia passado para você e pratiquei, mas não pretendia, realmente, usar. – Então vamos logo. Não agüento mais ficar aqui nesse corredor sem fazer nada. Hermione riu baixinho, logo depois ficando séria. – Ok, então. Mas não me distraia, preciso de concentração. Harry não respondeu, só observou enquanto a garota fechou os olhos, pegou a varinha e murmurou alguma coisa que Harry não entendeu. Da varinha dela, uma luz de um azul bem fraquinho saiu, expandindo-se até adentrar em todas as portas do orfanato, envolvendo a todos, crianças, adolescentes, funcionários e por último, a diretora Davidson. – Pronto. – disse Hermione, abrindo os olhos. – Todos acham que eu estou aqui desde que nasci, quando minha mãe morreu ao dar a luz e antes de morrer falou que o seu sobrenome era Granger e que queria que o bebê se chamasse Hermione. – E eu? – Perguntou Harry nervoso. – Você foi encontrado misteriosamente na porta do orfanato quando tinha apenas um ano de idade. Junto havia uma carta falando que seus pais não poderiam ficar com você e dizendo que seu nome era Harry Potter. – Potter? Mas... – É mais fácil assim Harry. É uma mentira a menos para decorar. – Mas eles vão fazer perguntas. E estamos falando de Alvo Dumbledore! – Sim, eles vão fazer perguntas, perguntas essas que você não saberá a resposta. – Como assim? – Harry estava mais confuso que antes. – Ora, Harry! Você foi deixado aqui com apenas um ano! Como saberá quem era a sua família? – Você tem razão. Bom, eu estou exausto, é muita informação para um dia só. Onde eu vou dormir? – Perguntou ele para Hermione. – Por aqui. – Ela saiu andando e Harry seguiu-a. Ela parou em um corredor no quinto andar do prédio. – Aqui é o dormitório dos meninos de 16 a 18 anos. Ali – ela apontou

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para a porta em frente – é o dormitório das garotas de 16 a 18 anos. Portanto, meu dormitório. – Concluiu ela. – Ok. Boa noite, amor. – Disse Harry, dando um beijo levo nos lábios dela. – Boa noite. Harry entrou e constatou que naquele quarto dormiam dez adolescentes, contando com ele. Havia cinco camas de cada lado da parede, cada qual com um pequeno criado-mudo para os garotos guardarem seus pertences. Ele se dirigiu para sua cama e viu na cabeceira três fotos dele e Hermione. Então, como em um flash, as lembranças que ele passou no orfanato vieram a sua cabeça. Ele viu como era ridicularizado pelos outros, porque fazia coisas estranhas acontecerem, como quando estava com raiva e alguma coisa explodia sem ninguém entender como. A única que não zombava dele era Hermione, isso porque aconteciam as mesmas coisas com ela. Então os dois passaram a se ver mais e tornaram-se melhores amigos. Um não era visto sem o outro. Cansados das zombarias, controlaram-se mais e as coisas estranhas pararam de acontecer quando eles tinham quase dez anos. Com quinze anos Harry declarou-se para Hermione e já fazia seis meses que eles estavam namorando. Ele abriu uma gaveta no criado-mudo e viu roupas gastas, mas não pelas crianças serem maltratadas e sim porque o orfanato não tinha muitas verbas. Harry vasculhou sua memória daquela nova vida e percebeu que os professores eram gentis e carinhosos com as crianças e adolescentes. Constatou também que o tempo em que ele não estava com Hermione, que era raro, ele estava com a diretora Davidson, mas não por aprontar nada, já que era um garoto muito quieto e estudioso, mas porque um apreciavam a companhia do outro. Beckie, como Harry a chamava já que o nome dela era Rebeca Davidson, era como uma mãe para o garoto, desde o dia em ela o encontrou na porta do orfanato que o via como um filho, mas ela já estava velha e sofria de asma. Não podia andar sem sua bombinha, porque as crises eram constantes. O garoto decidiu ir dormir e vestiu um pijama verde musgo velho e deitou-se na cama macia, dormindo quase que instantaneamente. CAPÍTULO 3 MAGIA INVOLUNTÁRIA Na manhã seguinte, Harry acordou e notou que era mais de 10h00minh, por isso o dormitório estava vazio. Ele levantou-se, foi para o banheiro fazer sua higiene pessoal e quando voltou para o quarto encontrou Hermione sentada em sua cama. – Bom dia. – Ela o cumprimentou sorrindo. – Bom dia. – Harry respondeu, aproximando-se e beijando de leve os lábios dela. – Nós perdemos o café, mas podemos ir para cozinha se estiver com fome.

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– Ok. – Disse simplesmente Harry. Hermione ia saindo quando ele a segurou pelo braço e disse: - Hei! Não está esquecendo-se de nada não? Ela fingiu pensar ao responder: – Não, acho que não. – E soltou-se e foi até a porta, mas foi impedida de abrir porque Harry apoiou uma mão ao lado de sua cabeça, o que a fez virar-se, cometendo um grande erro, porque logo que ela virou Harry apoiou cada braço ao lado da cabeça dela, na porta, prendendo-a. – Assim você me magoa sabia? – A pergunta dele não passava de um sussurro, o que fez Hermione arrepiar-se toda. Não sabia que Harry podia ser tão sedutor se deixasse a timidez de lado. – É mesmo? – Ela tentou soar firme, mas os dois perceberam o leve tremor na voz dela, o que fez o moreno sorrir mais ainda. Eles estavam adorando aquele joguinho e nenhum queria se render. Hermione, por exemplo, estava louca para separar a mínima distancia que havia entre eles e beijá-lo, mas ela não ia render-se facilmente, acontecia o mesmo no intimo de Harry. – Sim... – Ele murmurou e não agüentando mais, acabou com a distancia que havia entre eles e a beijou. Cada vez em que se beijavam havia algo de novo, como se fosse o primeiro, e não foi diferente dessa vez. Eles separam-se somente porque precisavam de oxigênio. – Ganhei. – Sussurrou Hermione, ofegante. – Ok, mas eu ganhei um beijo seu e isso vale mais. – Você não ganhou um beijo meu. – Ela contestou. – Você o roubou. – Você queria tanto quanto eu. – Defendeu-se Harry. Hermione abriu a boca para retrucar, mas a fechou a boca, sorriu e disse: – Tá bom, ambos saíram perdedores e ganhadores, feliz agora? – Só se você me der um beijo. – Ele falou, com uma cara de cachorro pidão. – Você não tem jeito mesmo. – Riu Hermione e beijou o namorado. Depois de algum tempo o estomago de Harry interrompeu-os, lembrando-o de que estava morrendo de fome. Hermione sorriu e os dois dirigiram-se para a cozinha de mãos dadas. Mas é claro que tudo o que é bom dura pouco. Quando dobraram em um corredor deserto Robert Peterson, um garoto de 17 anos que implicava com Harry desde que ele “estava” no orfanato por causa das coisas estranhas que ele fazia quando criança. – Olha se não é o cicatriz e a sabe-tudo irritante. – Por um momento o garoto lembrou a Harry e Hermione Draco Malfoy. – Da o fora, Peterson. – Disse Harry. – E porque eu faria isso? – Mas antes que um dos dois respondesse, ele continuou. – Sabe, Granger, você pode ser uma CDF e tudo, mas até que é bonitinha. – Hermione

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notou que Harry estava se controlando para não pular em cima do outro, e quando ia interferir, Peterson continuou: - Porque você não larga esse idiota e fica comigo? Eu... – Mas ele não pôde continuar porque nesse momento uma ventania pegou-o de surpresa, e ele ficou mais surpreso ainda ao olhar para as janelas e constatar que todas estavam fechadas. De repente, as luzes piscaram e se apagaram. Os cabelos da nuca de Peterson arrepiaram-se e ele ouviu a voz do garoto Potter: – Você foi longe, Peterson. – A voz do moreno não passava de um sussurro, mas foi o bastante para o outro sair correndo dali. Harry respirou fundo, tentando se acalmar. Logo depois a ventania parou e as luzes ascenderam-se. – Você tá legal? – Perguntou Hermione cautelosa. – Sim. Bom, pelo menos adiantamos as coisas. – Sim, com certeza Dumbledore vai vir fazer uma visitinha para você amanhã. – É melhor nos prepararmos então. E você também. Não se esqueça que amanhã nós dois vamos “descobrir” que somos bruxos. – Você tem razão. – Disse ela hesitante e Harry a abraçou para confortá-la. Eles passaram o resto do dia conversando no pátio. Quando Hermione disse que iria estudar algumas matérias que eles tinham no orfanato, Harry aproveitou e foi conversar com tia Beckie, como ele a chamava. – Harry! – Exclamou a diretora Davidson, surpresa ao ver Harry parado na porta de seu escritório. – Oi, tia Beckie. – Disse, aproximando-se e abraçando a senhora. O resto da tarde se foi e quando Harry olhou para o relógio passava das 17h00minh. Ele despediu-se da senhora e foi atrás da namorada, a encontrando na biblioteca do orfanato. Ele sorriu e juntou-se a ela. Assim passou o tempo, até que os dois foram para o refeitório jantar. Eles precisavam estar muito concentrados, porque o dia seguinte seria O dia. Longe dali, n’O Ministério da Magia, algumas horas antes um funcionário havia detectado o uso de magia por um menor de 17 anos em um orfanato trouxa. Mas o mais estranho é que não havia registros de bruxos que moravam naquela área. Ele concluiu que deveria ter sido de uma criança que estava para completar 11 anos e seus poderes estivessem fora de controle. Mas, com uma pesquisa melhor, notou o tamanho do poder e notou que uma criança de onze anos não poderia realizar tal feito, nem com um treinamento. Ele resolveu procurar seu superior e mostrou o relatório e contou sobre suas conclusões, e esse levou isso para o Ministro da Magia, Cornélio Fudge*. Fudge ficou surpreso com isso e resolveu fazer uma pesquisa mais detalhada e só descobriu o que

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o outro havia descoberto. Curioso, pegou um pergaminho e uma pena e começou a escrever uma carta: Prof. Dumbledore Algo realmente estranho aconteceu está noite, e se não fosse pedir muito, gostaria que o senhor comparecesse ao meu escritório. Estou o aguardando. Esperando que esteja bem, Cornélio Fudge Escrevendo isso, o ministro enrolou o pergaminho na pata de sua coruja e a mandou para Hogwarts. Algumas horas depois Alvo Dumbledore aparatou bem em sua frente, causando um susto no ministro, que estava perdido em pensamentos, e quase caiu da cadeira. – Pelas barbas de Merlin, Dumbledore! Quase me mata do coração! – Desculpe Cornélio. Mas vim assim que recebi a sua coruja. – Ah, sim, a coruja. Bem algo realmente estranho aconteceu hoje, pela manhã, Alvo. – Sim? E o que aconteceu para preocupá-lo tanto, meu caro Ministro? – Perguntou Dumbledore com aquele tom sereno na voz. – Bom, hoje, por volta das – ele mexeu em uns papéis em cima de sua mesa – 10h: 30min um caso de magia por menor foi relatado em um orfanato trouxa no centro de Londres. Achamos que fosse mais um caso de magia despertando em uma criança, mas... – Cornélio deu um suspiro cansado. – Mas...? – encorajou Dumbledore. – Bom, veja você mesmo. – Respondeu, entregando alguns pergaminhos para o diretor de Hogwarts. Dumbledore lia tudo atentamente, e não escondia sua surpresa. – Isso está mais para magia adolescente, do que a magia que desperta em uma criança... – falou o diretor, mais para si mesmo, mas Fudge o escutou. – Foi o que pensamos também, mas se for isso, porque não despertou antes? – É isso o que eu quero saber, meu caro Cornélio. Por favor, eu peço que me deixe cuidar desse caso. – O que você vai fazer? – Perguntou o ministro, desconfiado. – Vou até esse orfanato amanhã. – Ok, não poderia fazer isso mesmo. Tenho assuntos mais importantes para tratar, do que uma simples magia adolescente. – Noticias de Voldemort? – perguntou o diretor ainda distraído, olhando os pergaminhos e só saiu de seus pensamentos ao notar o ofego do ministro. – Cornélio, não acredito que ainda tem medo de um simples nome. – Simples nome?! É o nome dele! – Exclamou Fudge.

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– Não é não. – Retrucou Dumbledore, calmamente e levantou-se de sua cadeira, colocando os pergaminhos na mesa do ministro. – Esse é um nome que ele mesmo criou e você sabe disso. Agora, eu preciso ir. Até mais Cornélio e obrigado por me avisar sobre esse... Caso. Fudge não respondeu, somente acenou com a cabeça, desanimado. Depois que Dumbledore saiu ele olhou para sua mesa e ficou surpreso com a quantidade de papéis que ali se encontrava. Quem disse que era bom ser ministro? Lá se ia outra noite em trabalho. CAPÍTULO 4 ENCONTRO COM D UMBLEDORE Naquela noite Harry quase não dormiu de ansiedade. Ficava pensando se algo desse errado. No encontro com os pais, o padrinho e o rato do Pettigrew. Então, veio na mente do garoto uma coisa que ele deveria ter considerado antes. Nesse tempo seus avós eram vivos. Ele iria conhecer seus avós! Harry estava eufórico com essa possibilidade, mas logo tratou de acalmar-se, seria difícil enganar Dumbledore. Harry começou a pensar em Dumbledore, em tudo o que o diretor omitira dele, e lembrouse das palavras do diretor: “Eu me preocupava demais com você. Preocupava-me mais com a sua felicidade do que com o seu conhecimento da verdade, mais com a sua paz de espírito do que com meu plano, mais com a sua vida do que com as vidas que seriam perdidas se o plano fracassasse. Agi exatamente como Voldemort espera que nós, tolos, que amamos, façamos.” Harry não podia negar que o professor estava arrependido, mas mesmo assim estava magoado, porque se Dumbledore tivesse contado para ele da profecia desde o inicio e de sua ligação com Voldemort, se Dumbledore tivesse lhe contado tudo, Sirius estaria vivo. Mas ele está vivo, corrigiu-se Harry. Por um momento esquecera que estava no passado e que dali a algumas horas, com toda a certeza, Dumbledore lhe procuraria para “contar” que era um bruxo. Olhando para o relógio viu que já eram quase três horas da manhã e tratou logo de dormir. Mas mesmo dormindo tarde ele acordou às 7h: 00min. – Droga. – sussurrou baixinho. – Num domingo acordar essa hora? Ele bufou e tentou dormir de novo, mas meia hora depois desistiu e foi para o banheiro. Depois de fazer sua higiene pessoal e vestir-se, Harry saiu do quarto e foi para o pátio com um livro sobre Química, que era sua matéria trouxa favorita. Mais uma hora se passou, até ele ter a incomoda impressão de que estava sendo observado e erguendo os olhos quase não conseguiu conter a expressão de surpresa. Alvo

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Dumbledore o observava do portão com uma expressão surpresa e curiosa ao mesmo tempo. Controlando-se, Harry fechou o livro, levantou-se e aproximou-se do portão falando: – Posso ajudar o senhor? – sua voz era meramente educada e gentil, escondendo o turbilhão de sentimentos que ele sentia. – Eu gostaria de falar com a diretora Davidson. – respondeu Dumbledore, também escondendo sua surpresa. Aquele garoto era idêntico a um de seus alunos, se não fossem os olhos poderia dizer que eram a mesma pessoa! – Bom, é cedo. Mas eu conheço a tia Beckie e sei que ela acorda praticamente de madrugada. – ele se permitiu dar um sorriso e abriu o portão. – Todos ainda devem estar dormindo, então eu mesmo o levo ao escritório da tia Beckie. – Tia Beckie? – perguntou Dumbledore surpreso, enquanto entrava, pelo jeito não era somente na aparência que aquele garoto era parecido com seu aluno. – A diretora Davidson. – Esclareceu Harry, mas Dumbledore já sabia disso. – Foi ela que me encontrou na porta do orfanato, há 15 anos. – E qual seu nome, meu jovem? – perguntou Dumbledore, gentil. Harry quase vacilou com o tom do diretor, mas controlou-se a tempo. – Harry Potter. – Disse, com firmeza e não demonstrando seus sentimentos. Ele tinha pratica nisso por viver tanto tempo com os Dursley. Ele foi tirado de seus pensamentos quando notou que andava sozinho. Parando e virando-se, percebeu que Dumbledore havia parado alguns passos atrás, totalmente estupefato. – Senhor, o senhor está bem? – perguntou, fingindo que não sabia do motivo de Dumbledore estar daquele jeito. – Como você disse que era seu nome? – Perguntou o diretor, somente para confirmar aquilo que havia escutado. – Harry Potter, mas o que isso tem... – Harry não pode terminar de falar porque nesse momento uma morena vinha em sua direção e estacou no momento que viu Dumbledore. Harry a advertiu com o olhar e ela escondeu sua reação bem a tempo. Dumbledore estava tão distraído olhando para o garoto que nem reparou na entrada de mais uma pessoa naquele corredor, somente saiu dos seus pensamentos quando a garota exclamou: – Harry! Eu estava procurando por você. Onde você se meteu? – Ela fez uma cara falsamente zangada e Harry começou a rir. Dumbledore só observava os dois. O garoto que dizia se chamar Harry Potter aproximou-se e beijou a garota levemente nos lábios e depois disse:

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– Desculpe amor. Mas eu acordei cedo, não consegui dormir e resolvi ler um pouco lá fora. Eu já estava lá a uma hora quando o senhor... Ei, eu ainda não sei seu nome! – Harry disse e no final, virando-se para Dumbledore. – Me chamam de Prof. Dumbledore. – respondeu Dumbledore distante e depois voltando ao normal, dirigindo-se a Hermione. – E a Srta. é...? – Hermione Granger... – Ela ia continuar, mas Harry interrompeu: – Futura Potter. – Disse com um imenso sorriso no rosto, fazendo Hermione revirar os olhos, embora ela achasse aquilo estranho. Harry nunca agia assim. – Mas eu estava levando o professor até a sala da tia Beckie. – Hum. – Foi tudo o que ela disse. – Então – Dumbledore começou a falar enquanto eles caminhavam. – Você está aqui desde pequeno? – Sim. – respondeu Harry. – Quando eu tinha um ano fui encontrado na frente do portão pela diretora. Ela disse que comigo só havia uma carta explicando que meus pais não poderiam me cuidar e sobre meu nome. Mas eu estou bem com isso. O orfanato é como se fosse meu lar. – Então você não sabe nada a respeito de seus pais? – Perguntou o diretor, com cautela. – Não, não sei. E também nem quero saber o porquê de terem me abandonado. – Quem sabe não tinham condições? – especulou Dumbledore, sabendo que isso era impossível, porque os Potter eram muito ricos. Isso, se aquele garoto for mesmo quem ele dizia ser. – Quem sabe não é? – Concordou Harry, parando em frente a uma porta. – Chegamos esse é o escritório da diretora Davidson. – E antes que o professor falasse alguma coisa, ele bateu na porta e depois de um “entre” dito pela diretora, o garoto girou a maçaneta e entrou no escritório. – Oi tia Beckie. – Harry, querido, hoje é domingo. Poderia dormir até mais tarde. – Eu sei, mas não tinha mais sono. Ah, eu encontrei esse senhor que estava querendo falar com a senhora, o professor Dumbledore. A senhora levantou-se com um pouco de dificuldade e cumprimentou o recémchegado. Depois Harry despediu-se e saiu da sala, indo de encontro a Hermione que havia ficado no corredor. Eles olharam-se por uns instantes e saíram dali. Dentro do escritório, a Rebeca Davidson pediu para que Dumbledore sentasse em frente a sua mesa. – Bom, o assunto que me traz aqui é delicado. – Pode falar professor.

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Dumbledore resolveu revelar para a senhora sentada a sua frente do mundo da magia, porque percebera que ela discreta. No inicio ela não acreditou e pensou que fosse uma brincadeira do professor e só depois de ele demonstrar, fazendo algumas canetas flutuarem, é que ela acreditou naquele homem. – Nossa! – ela disse depois de recuperar a fala devido o choque. Então ela ficou séria e disse: - Mas eu não sei o que isso tem haver comigo, professor. – Bom, é que ontem, no Ministério da Magia, foi relatado o uso de magia aqui. – Aqui?! – Espantou-se a senhora. – Sim e nós pensamos que fosse só uma criança despertando seus poderes, mas então reparamos que era um poder superior, como o de um adolescente e eu resolvi vir até aqui para investigar. A principio, eu não contaria para a senhora sobre o nosso mundo, mas mudei de idéia ao conhecer o Sr. Potter. – Harry? O que Harry tem haver com isso? – ela perguntou, temendo a resposta, afinal, ela lembrava-se das coisas estranhas que ele fazia. – Primeiro eu fiquei chocado com a aparência do garoto, porque ele é idêntico a um aluno meu, e depois ele me diz que seu nome é Potter, esse aluno meu se chama Tiago Potter. – Mas Potter é um sobrenome comum. – Não entre os bruxos. A família Potter é uma das mais antigas famílias bruxas. Harry me disse que foi encontrado pela senhora quando tinha apenas um ano de idade? – Sim, e só havia uma carta junto com ele, dizendo que seus pais não poderiam cuidar dele, que sentiriam muito a sua falta. Dizia também que ele chamava-se Harry Potter. – E ele está a todo esse tempo aqui sem ser adotado? – Bem... – Rebeca mexeu-se inquieta na cadeira. – É que ele tem feito coisas estranhas? – Coisas estranhas? – perguntou o diretor, já sabendo a resposta. – Sim. Quando estava irritado fazia coisas explodirem, luzes apagarem sabe coisas desse tipo. – Sei. – Então os garotos do orfanato, por quererem ser adotados falavam mal dele para os casais eu vinham aqui. Harry não falava com ninguém somente com a Srta. Granger, porque ela entendia o que se passava com ele, já que acontecia o mesmo com ela e... – mas ela não continuou porque Dumbledore a interrompeu: – Como? A Srta. Granger também fazia coisas estranhas acontecerem? – Agora, definitivamente ele estava espantado. – Sim. Mas como eu ia dizendo, um não era visto sem o outro. Até que ano passado eles descobriram o que sentiam e começaram a namorar. Boas crianças aquelas...

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Um silencio se fez na sala. A diretora Davidson lembrando-se dos momentos de Harry e Hermione e o professor Dumbledore processava todas aquelas informações. Dois adolescentes bruxos sem saberem o que eram no mesmo local e um deles era um Potter! Então o diretor tomou uma decisão. – Eu vou falar com os Potter. – Como? – A diretora foi tirada de seus pensamentos. – Eu vou falar com os Potter e depois vou trazê-los aqui para falar com Harry. E se os garotos aceitarem vou levá-los para a escola em que eu ensino como controlar seus poderes. – Vendo que a mulher a sua frente parecia receosa, ele continuou – Não se preocupe. Eles ficarão bem. Ela apenas assentiu e o diretor despediu-se saindo da sala dela e indo em direção a saída. Do lado de fora se dirigiu a um beco onde aparatou, aparecendo instantes depois em frente à mansão Potter. CAPÍTULO 5 REVELAÇÕES Dumbledore apareceu em frente a uma imensa mansão, mas ele não prestou atenção a esses detalhes, e mandou um patrono, que tinha a forma de uma fênix, até a casa. Logo em seguida o portão abriu-se e ele entrou, encontrando o elfo domestico dos Potter a sua espera. Ele o levou até a sala de estar onde se encontravam Charles e Helen Potter, seu filho Tiago e o melhor amigo dele, Sirius Black. – Alvo! – Exclamou Charles, surpreso assim como todos os presentes. – Fiquei surpreso quando recebi seu patrono, mas o que o traz aqui? Aconteceu alguma coisa? – Charles, - começou o diretor. – Desculpe vir sem avisar, mas eu preciso falar com você e Helen. Em particular. – Acrescentou, olhando para os garotos, e ainda assim impressionou-se com a semelhança de Tiago com Harry Potter. Logo que o diretor falou aquilo os garotos fecharam a cara, o que fez Dumbledore dar um pequeno sorriso. Tiago e Sirius saíram da sala com uma cara emburrada. – Esses aí não mudam mais. – Comentou Helen, pesarosa. Charles tinha um sorriso maroto no rosto, mostrando de quem Tiago Potter havia herdado seu lado maroto. – Mas o que o preocupa, Alvo? – Perguntou o homem, mais para mudar de assunto, porque havia notado o olhar assassino que sua mulher havia digerido para si. – É uma longa história e começou ontem, quando Cornélio me chamou em seu escritório... - Dumbledore contou tudo a eles. A principio eles ficaram chocados e surpresos, mas depois ficaram ansiosos para conhecer o tal garoto. – Dumbledore, você não acha que pode ser filho de John, acha? – Perguntou Charles, depois de algum tempo de silencio. John era seu irmão mais velho, mas haviam

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perdido o contato há muitos anos. A última noticia que teve do irmão fora que ele estava morando na América, mas não sabia em que lugar. – Não sei Charles. Eu realmente não sei. Mas pode ser. Ele é um autentico Potter isso não a duvida. – Como assim? – perguntou Helen. – Bom, somente vendo-o para vocês saberem. Estava pensando em levá-los ao orfanato amanhã. Tudo bem? – Claro. – Responderam os dois juntos, e Dumbledore já ia saindo quando Charles perguntou: – E Tiago? Não deveria saber? Dumbledore parou para pensar por um minuto e depois respondeu: – Sim, contem a ele. Eu acho que ao Sr. Black também. Afinal, - disse já se virando para a porta – Tiago vai contar tudo para ele depois. – O diretor despediu-se e saiu. Na sala, o casal Potter ficou pensando em tudo o que o diretor falara e depois se dirigiram para o quarto onde os garotos estavam dormindo. Ia ser uma bomba e tanto. Longe dali, no orfanato Davidson, um moreno de olhos verdes com uma estranha cicatriz na testa e uma castanha de olhos da mesma cor, conversavam em baixo de uma árvore. Eram 10h00minh da manhã de segunda-feira e eles faltaram as duas primeiras aulas, já que nenhuma dos dois estava com cabeça para aquilo. – Então? – perguntou Hermione. Harry virou-se para ela. – Então, o que? – Quando você acha que Dumbledore vai voltar? – Não sei. – Harry ficou em silencio por um momento, e o pensamento da noite anterior voltou: A possibilidade de conhecer seus avós. – Você ficou em silêncio de repente. – Comentou Hermione. – O que foi? – Nada. – Respondeu Harry rapidamente. Vendo que não convenceu, decidiu contar para a garota sua aflição. – É que uma coisa não me ocorreu antes, Mione. – O que? – perguntou ela, preocupada. – Nesse tempo, meus avós estão vivos. – a voz dele não passava de um sussurro. Hermione nada disse, até porque isso também passou despercebido para ela. A garota fez Harry deitar com a cabeça em suas pernas e começou a passar as mãos no cabelo dele. – Bom, mas você terá tempo para se preparar, não acha? – Estou com uma leve sensação que não. Eles ficaram por mais um momento assim, até que a professora de história, Prof.ª Daniels, apareceu. – Harry, você poderia me acompanhar até a sala da diretora, por favor?

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Harry e Hermione se entreolharam, depois Harry levantou-se e seguiu a professora. Será que ela estava levando-o para a sala da diretora só porque haviam faltado as duas primeiras aulas? O garoto ia fazendo hipóteses até eles chegarem em frente à porta do escritório. A Professora Daniels bateu na porta e a abriu. – Trouxe o Harry, Rebeca. – Ah, sim. Obrigado, Mary. Harry entrou na sala e parou olhou para todos os presentes. Ele deu graças a Merlin por ter treinado em esconder seus sentimentos, porque naquele exato momento ele estava olhando de Alvo Dumbledore, para um casal que ele sabia serem seus avós somente ao olhar para os cabelos desgrenhados de Charles Potter aos olhos castanhos esverdeados de Helen Potter. Logo atrás deles havia um garoto de cabelos negros ate os ombros e olhos extremamente azuis, Sirius Black, que estava com uma cara surpresa. Harry sentiu um aperto no peito ao olhá-lo. Então Harry dirigiu o olhar para o outro garoto, de cabelos castanhos e muito bagunçados como os seus olhos castanhos esverdeados. Tiago Potter. Seu pai. Esse sim tinha uma expressão estupefata no rosto. Harry olhou para a diretora, esperando uma explicação. Ela suspirou e apontou para a única cadeira vaga, que ficava ao lado de Dumbledore. – Sente-se, Harry. Nós precisamos conversar. – Sobre o que? E como ele, - disse, apontando para Tiago. – pode ser parecido comigo assim? – Como eu disse Harry, é uma longa história. Para começar, eles são seus parentes. Harry olhou para ela, fazendo uma cara de espanto. Até que ele era bom nisso. – Meus o que?! – Foi isso mesmo que você escutou, deixe-me continuar. – falou, quando o garoto abriu a boca, e depois a fechou. – Obrigado. Você se lembra do Prof. Dumbledore? – acrescentou, apontando com a cabeça para o homem. – Sim. Ele veio aqui ontem para falar com a senhora e... – Harry fez uma expressão como se lembrasse de algo. – Esperai ai! O senhor ficou chocado quando eu disse o meu nome. Era por isso, então? – Sim. – respondeu Dumbledore e resolveu contar logo a verdade para o garoto. – Então eu depois que eu falei com a Prof.ª Davidson, eu fui até a casa dos Potter. E não da para não perceber a sua semelhança com eles, não é? Harry olhou de novo para Tiago e seu avô. Ele achava que estava até que se saindo bem. Não eram muitos os que se gabavam de enganar um bruxo como Dumbledore. Ele olhou de novo para o diretor e este continuou: – Estes são Helen e Charles Potter. – Ele apontou para o casal sentado ao seu lado, a mulher lhe deu um sorriso gentil. Já Charles deu um sorriso maroto. – Aquele é o filho

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deles, Tiago – apontou para o outro, que agora tinha uma expressão desconfiada. – E aquele é um amigo... – Como assim, um amigo? – Interrompeu o outro. Todos olharam para ele e ele levantou-se. – Pode deixar caro tio Dumby, que eu mesmo me apresento. – Dumbledore sorriu divertido e assentiu, Helen olhou desconfiada para ele e Tiago e Charles se controlavam para não rir. Sirius virou-se para Harry e disse: – O nosso querido diretor cometeu um pequeno engano, algo raro de acontecer, devo dizer. Eu não sou “um amigo” do Tiago. Eu sou o MELHOR amigo dele, entende? Somos como irmãos. – Almofadinhas, - chamou Tiago. – Você só enrolou e não disse ainda para ele o seu nome. – Ah, tem razão. Perdoe-me. Meu nome é Sirius Black! – e fez uma grande reverencia, Harry sorriu para ele. – Muito prazer, Sr. Black. Sirius fez uma careta ao mencionar seu nome e Harry constatou que desde sempre Sirius não suportava sua família. – Por favor, me chame só de Sirius. – Bom agora vamos a assuntos mais sérios. – Interrompeu Dumbledore, olhando diretamente nos olhos verdes de Harry, que teve que se controlar para não deixar transparecer nada. – Nós achamos que você seja filho de John Potter, que é irmão de Charles. Ele foi morar na América há muitos anos atrás, e ninguém teve noticias dele, a não ser que havia se casado. - Harry ficou pensativo. Aquilo era um problema, Hermione não lhe falara nada disso e porque diabos ninguém havia dito para ele que seu avô tinha um irmão? – Mas o senhor disse que ele estava na América, e se eu não me engano estamos na Inglaterra. Ou ela mudou de lugar e eu não fui avisado? – Contestou Harry, e no final fez piada. Rebeca ergueu as sobrancelhas. Harry era tímido, desde quando ficava fazendo gracinhas? – Gostei dele. – disseram Tiago e Sirius juntos. – Harry deu um autentico sorriso maroto. – Bom, que ele é um Potter não há duvidas. – Comentou Helen. – Sim. – concordou Charles. Dumbledore acenou concordando. – Bem, mas respondendo a sua pergunta, achamos que John e Erica, sua esposa, voltaram para a Inglaterra por algum motivo e… - Mas ele foi interrompido por Harry. – E me deixaram aqui. - Terminou ele. Quando Charles abriu a boa para falar, Harry interrompeu. - Tudo bem, estou acostumado com isso. – Harry, eles estão mortos. - Falou Helen, gentilmente.

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– Mortos? – ele repetiu. – Sim. – confirmou Charles. – Estão mortos a quase 15 anos. – 15 anos? – Eles estavam sendo perseguidos por Comensais da Morte, sabiam que iam morrer e o salvaram. – disse Dumbledore, suavemente. A sala ficou em um silencio tenso, que foi quebrado inesperado por Harry. – Comensais da Morte? Quem são eles? – Todos olharam para Dumbledore, esperando sua resposta. Ele respirou fundo e disse: – Há ainda uma coisa que você não sabe Harry. – Harry olhou para o diretor com uma expressão confusa, mas por dentro estava nervoso se faria a expressão correta. – E o que eu não sei? – Você é um bruxo, Harry. – O garoto olhou espantado para o homem ao seu lado, até porque não esperou que o diretor fosse tão direto. – Eu sou o que? – Um bruxo. E antes que diga que é impossível, por favor, me escute. – Acrescentou rapidamente. – Eu não ia falar isso! – defendeu-se Harry. – Não? – todos pareciam surpresos e Harry esclareceu: – Não, eu ia dizer que o senhor precisa consultar um psiquiatra. – Ele tinha um sorriso inocente no rosto. – Um psico que? – Perguntou Sirius. – Ah, vem me dizer que você não sabe o que é um psiquiatra? De que mundo você é? – zombou Harry. – Quem sabe do mundo dos bruxos? – Tiago defendeu o amigo. Harry olhou para eles, espantado: – É eu acho que não é só o professor que tem que procurar um psiquiatra. – comentou Harry. – Harry escute. – interferiu Rebeca. Harry a olhou, esperando ela continuar. – O que eles dizem é verdade. – O garoto parecia estar mudo de espanto e aproveitando-se disso, ela continuou. – Eu também tive essa reação quando o professor me contou, mas eu vi com meus próprios olhos. – Viu o que? – Isso. – disse Dumbledore e tirou um pedaço de madeira de dentro de suas vestes estranhas, que Harry sabia muito bem que era uma varinha. Ele a apontou para alguns papéis em cima da mesa e fez eles flutuarem. Harry fez a melhor cara de espanto que conseguiu. Depois de alguns minutos ele murmurou: – Estou começando a achar que sou eu que preciso de um psiquiatra.

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– Você se acostuma. – Confortou-o Helen. – Ok, mas ainda não sei quem são esses tais de Comensais da Morte. Dumbledore respirou fundo e começou: – Bem, há alguns anos um bruxo queria dominar o mundo bruxo tanto quanto trouxa. – Trouxa? – estranhou Harry. – É quem não é bruxo. Mas continuando, esse bruxo chamava-se Tom Riddle, mas hoje é conhecido por outro nome, um nome que a maioria tem medo de pronunciar. Lord Voldemort. Os Comensais da Morte são seus seguidores e nós, a Ordem da Fênix lutamos contra eles. Mas ele está ganhando poder, muito poder. E só a um lugar seguro. – Hogwarts! – exclamaram Tiago e Sirius com um imenso sorriso no rosto. – O que é isso? – perguntou Harry interessado, afinal, ele considerava Hogwarts como seu lar. – É a Escola de Magia e Bruxaria onde os jovens aprendem a controlar seus poderes. – Como vocês descobriram sobre mim? – Uma pergunta interessante. O Ministério da Magia detectou o uso de magia por um menor de idade aqui neste orfanato na manhã de sexta-feira, foi por isso que eu vim aqui ontem. Mas é claro que eu não imaginava encontrar um Potter. – Ah, deve ter sido quando o Peterson me irritou. – Ele fechou a cara ao lembrar-se do que o garoto havia dito. – Sim, a magia involuntária costuma acontecer quando estamos irritados, ou com raiva. O que me intriga é você ter despertado somente agora. – Ah, mas quando eu era criança isso acontecia comigo, por isso era ridicularizado pelos outros, menos pela... – ele parou de falar naquele instante, parecendo se lembrar de algo. – Srta. Granger? – o professor completou por ele. – A Hermione também fazia coisas estranhas quando era criança, então quer dizer que... Ela é uma bruxa? – perguntou incerto. – Sim, ela é uma bruxa. – concordou Dumbledore. – Você não se importaria de chamála, Harry? Temos que contar tudo a ela. – Sim. – Harry disse e saiu da sala procurando por Hermione, a encontrando no mesmo local em que a deixou. – Harry! – ela exclamou assim que o viu. – O que a diretor queria? Ele chegou perto dela e lhe contou tudo. Ela ficou receosa por um momento, mas depois seguiu o moreno até a sala da diretora. CAPÍTULO 6

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NOVA CASA Quando Harry havia saído da sala, eles ficaram em silencio. – Como será que ele ganhou aquela cicatriz? – especulou Tiago, para ninguém em particular e todos olharam para o diretor, inclusive Rebeca Davidson. – Tenho varias suposições. – Falou Dumbledore, suspirando. – Mas uma menos provável do que a outra. – A verdade é que ele estava extremamente curioso, porque ele sabia que uma cicatriz como aquela era feita por um feitiço muito poderoso. E ao que parecia, Harry Potter não poderia dar a resposta para essa duvida. – O que vocês acharam dele? – perguntou Sirius, mudando de assunto. – Eu fui com a cara dele, pode até dar um bom maroto... Quer dizer, - corrigiu-se Tiago, ao notar o olhar da mãe. – um bom amigo. – Eu também gostei dele. – disse Helen, ignorando o filho. – Eu senti como se pudesse confiar a minha vida a ele. Charles assentiu com a cabeça, concordando com a esposa. Rebeca interferiu na conversa deles, dizendo: – Harry é um bom garoto, embora às vezes se meta em encrenca pelo fato de os garotos implicarem com ele, mas nada muito serio. Nesse momento alguém bateu na porta, e sem esperar resposta a abriu, revelando Harry e uma garota com uma expressão um tanto surpresa. – Não se preocupe professorº Dumbledore. – disse Harry fazendo Hermione sentar-se na cadeira que antes ele ocupava e ficando ao lado dela, em pé. – Eu poupei o seu trabalho e contei tudo para a Mi. – Tudo, tudo? – perguntou Sirius curioso. – Não. – disse Harry, fazendo Hermione olhar para ele desconfiada, como assim não? Mas Harry continuou, sorrindo maroto para Sirius. – Já ouviu falar em tudo nada? Sirius fechou a cara enquanto Tiago e Charles davam leves risadinhas. – Ah, você poderia ter omitido alguma coisa. – defendeu-se o garoto. – Mas seu eu falei tudo – ele frisou a palavra – acho que quer dizer tudo, não acha meu caro Sirius? Porém, antes que Sirius pudesse retrucar, Charles interrompeu: – Vejo que teremos outro maroto em casa, querida. – Disse, virando-se para a esposa. Ela sorriu, concordando com um aceno de cabeça. – Como assim? – perguntou Harry, espantado. – Ora, não acha que eu deixaria o filho do meu irmão largado a própria sorte, acha? – Mas... – Harry não sabia o que dizer, e olhou para Hermione. Eles não pensaram na possibilidade de separarem-se.

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– É claro que a Srta. Granger poderá vir conosco, isto se ela aceitar é claro. – Acrescentou Helen, ao notar o olhar que o moreno lançou a garota. Hermione olhou para ela espantada. – Eu? – É claro. Vocês não podem entrar em Hogwarts no primeiro ano, então farão uma prova para saber se estão aptos a entrarem no sexto, e para isso vão precisar estudar muito. Irão encontrar todas as informações necessárias na Mansão Potter. – informou Dumbledore. – E para isso acho que o Sr. Potter e o Sr. Black vão poder ajudá-los. Antes que eles pudessem responder, Tiago exclamou, levantando-se de onde estava sentado: – Espere, acabei de ter uma de minhas idéias geniais! – Lá vem. – Sussurrou Helen. Ela desistira de tentar mudar o marido e o filho. Ignorando a mãe, o garoto continuou: – Bom, eles precisam estudar muito. – Começou, apontando para Harry e Hermione, que olhavam para ele desconfiados, afinal, conheciam a fama do maroto. – E eu admito que eu e o Almofadinhas não sejamos o exemplo de estudo, então poderíamos chamar alguém que fosse. – De quem você esta falando, filho? – perguntou Charles, curioso. – Ora de quem mais, a Lilian né! – Harry sentiu um aperto no peito quando ele mencionou o nome da mãe. – Ah, deixa de mentir, Pontas. – Disse Sirius, também se pondo de pé. – Mentir? – Perguntou, virando-se para o amigo. – É, mentir. Como se você quisesse chamar a Lilian só por causa deles. Você quer é importunar ela mais um pouco, isso sim. – Importunar? Eu não a importuno! – Os dois marotos pareciam esquecer que havia mais pessoas na sala. – Ah, não. Você só a chama para sair a cada cinco minutos. – debochou Sirius. – Um dia ela ainda aceita. – Falou Tiago, com confiança na voz. – Oi, tem mais gente aqui. – disse Harry. Os dois olharam para ele e deram um sorriso de desculpas. – Afinal, quem é essa Lilian? – Lilian Evans... – começou Sirius, mas foi cortado por Tiago: – Futura Potter. – Dumbledore achou isso muito familiar, então se lembrou de que foi assim que foi apresentado para a Srta. Granger. – Ah, já entendi. – respondeu Hermione, falando pela primeira vez desde que entrou na sala. – Entendeu o que? – perguntou Sirius confuso. – Que Tiago é apaixonado por essa garota, mas ela não da bola para ele.

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– Que?! Ele não é apaixonado por ela! Somente quer sair com a garota porque ela tornou-se um desafio ao negá-lo, não é Pontas? – Sirius retrucou, e depois se virou para o amigo, esperando que ele confirma-se tudo o que ele havia dito, mas Tiago apenas deu um sorriso culpado. Sirius caiu sentado na cadeira, totalmente chocado. – Eu não acredito... – sussurrou ele. – Ah, para de drama. – disse Tiago, depois se virando para Hermione. – Como é que você sabia? – Ora, até um cego enxerga o jeito em que seus olhos brilham ao falar nela. – Ela tem razão, sabe. – Concordou Helen. – Mas mudando de assunto, vocês aceitam morar com a gente? Harry e Hermione se entreolharam, depois Harry olhou para Rebeca. Ela tinha uma expressão triste no rosto e ele aproximou-se e a abraçou. – Prometo que não vou esquecê-la, Beckie. Mas é o que eu sou, eu preciso ir com eles. – Eu sei querido. Não se preocupe comigo, só estou um pouco triste com a sua partida. Harry assentiu e depois soltou a mulher, que já havia se levantado, dando espaço para Hermione abraçar a senhora. Depois das despedidas e de algumas lagrimas por parte das mulheres, eles saíram. Harry e Hermione foram em direção aos dormitórios pegar suas coisas. Não levariam as roupas, somente coisas pessoais. Depois foram ao encontro dos outros que estavam os esperando no portão. Dando uma última olhada para traz, Harry e Hermione seguiram os outros até um beco próximo dali. Dumbledore pegou uma pedra do chão, sua varinha e sussurrou: – Portus. – Harry lembrou-se que foi esse feitiço que Dumbledore usou semanas atrás para levá-lo ate Hogwarts por uma chave de portal. Quero dizer, corrigiu-se mentalmente, daqui a alguns anos e não semanas atrás. – Isso levará vocês até o destino planejado. – Explicou Dumbledore, tirando Harry de seus pensamentos. Os quatros adolescentes tocaram na pena e rodopiaram no ar, logo depois os adultos aparataram, chegando uns dois segundos antes. Quando Harry e Hermione tocaram na pena, sentiram aquela familiar sensação de puxão, e agradeceram quando caíram sentados ao chão. Só que eles esqueceram-se de um pequeno detalhe quando levantaram-se. Os dois não demonstraram reação nenhuma, como se haviam feito aquilo antes. Ninguém percebeu, a não ser Dumbledore. Ele achou aquilo muito estranho, e sua intuição lhe dizia que aqueles garotos escondiam algo muito importante. Mas ao mesmo tempo, ele não sabia o porquê, somente sabia que podia confiar neles. Deixando isso de lado, acompanhou Helen e Charles ate a porta do Hall, mas olhando de canto para Harry e Hermione, e ficou mais curioso ainda quando eles não esboçaram reação nenhuma ao ver a casa. Dumbledore achou que, como ambos viveram somente naquele orfanato ficariam

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impressionados com o tamanho da casa, mas pelo visto havia se enganado. O que será que eles escondem? Perguntou-se o diretor. Eles entraram e o diretor disse que havia uns assuntos importantes para ele resolver em Hogwarts e retirou-se. Helen mandou que Sirius e Tiago mostrassem o quarto em que cada um iria ficar e retirou-se para a cozinha, e Charles para o escritório. Seguindo o pai e padrinho, Harry escondia todas as emoções que sentia. Estava na casa de seus avós, com seu pai, que por um acaso tinha sua idade. Ele nem sabia o que estava sentindo naquele momento, era um turbilhão de emoções. – Aqui fica o seu quarto Hermione. – disse Tiago, abrindo uma porta e revelando um enorme quarto. – E aquele é o seu, Harry. – ele apontou para uma porta ao lado. – E aquele é o que eu divido com o Almofadinhas. – agora ele apontou para a porta que ficava em frente ao da Hermione. Pelo visto não era por falta de opção que eles dividiam um quarto, e sim para bagunçarem mais. Helen apareceu e disse que mais tarde eles iriam ao Beco Diagonal para comprar roupas novas e uma varinha para cada um deles. Harry e Hermione tiveram que fingir que não sabiam o que era o Beco Diagonal e Sirius explicou para eles. Depois cada um entrou em seus respectivos quartos, para trocarem-se para o almoço. Enquanto Harry estava em baixo do chuveiro, as palavras da avó finalmente penetraram nele. Comprar uma varinha? Como uma varinha vai me escolher se ela já me escolheu? Isso era um problema, e ele teria que falar com Hermione. Saindo do banho e pondo uma roupa que Tiago emprestou para ele, Harry foi até o corredor e bateu na porta do quarto de Hermione. Depois da permissão, ele entrou e fechou a porta atrás de si. – Harry, ainda bem que você apareceu, nós temos um problema. – Eu sei as varinhas. O plano não pode ir por água abaixo agora, Mione. – Eu sei meu amor. Nós vamos pensar em algo. – Ela falou, aproximando-se e abraçando-o para confortá-lo. Então se lembrou de uma coisa que queria perguntar a ele: - Harry, porque você começou a agir como um maroto desde que chegamos aqui. – Ah, é... – ele parecia constrangido. – Eu queria ser aceito pelo meu pai e o Sirius, sabe. Hermione sorriu e beijou carinhosamente os lábios do moreno. – Seu bobo. Eles podem ser marotos, mas estão com o coração no lugar, e não o rejeitariam. Harry sorriu e botou a namorada contra a parede, a beijando com paixão. Hermione não se importou nem um pouquinho e retribuiu ao beijo. Eles ficaram assim por mais um momento, até Tiago bater na porta, dizendo que o almoço estava pronto.

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CAPÍTULO 7 BECO DIAGONAL Pela tarde, por volta das 15h: 00min, Charles explicou para Harry e Hermione tudo sobre o pó de flú, logo depois Sirius entrou na lareira, pegou um pouco de pó e falou: – O Caldeirão Furado. – Depois ele abriu a mão, soltando o pó. Chamas verdes apareceram e alguns segundos depois Sirius não estava mais ali. Harry e Hermione forçaram-se a fazer cara de espanto, embora achassem aquilo muito normal. – O importante é vocês dizerem seu destino com clareza. Tiago vá você agora. – Concluiu Helen, virando-se para o filho. Ele assentiu e fez a mesma coisa que Sirius, desaparecendo logo em seguida. Logo depois foi a vez de Hermione, que fingiu hesitar e então entrou na lareira, fazendo o mesmo que os outros dois garotos. Até que eles estavam se saindo bem como atores, pensou Harry. Foi tirado de seus pensamentos pela voz de seu avô, que não sabia desse pequeno fato. – Sua vez, Harry. – Ele lhe deu um sorriso confiante e Harry retribuiu, mas não pela possibilidade de viajar por lareiras, e sim pelo fato de seu avô estar sorrindo para ele. O garoto entrou na lareira, pegou um pouco de Flú e disse alto e claro: – O Caldeirão Furado. – E soltou o pó, logo as chamas verdes emergiram e ele sentiu aquela sensação horrível, e juntou os cotovelos ao corpo, lembrando-se da primeira vez que usara aquilo. Alguns segundos depois ele caiu em uma lareira totalmente diferente da que acabara de entrar. Levantando e espalmando o pó, ele avistou Hermione com seu pai e seu padrinho, sentada em uma mesa do bar. Ele aproximou-se dos três, mas não pode falar nada porque nesse instante entraram pela porta do bar Charles e Helen Potter. Vendo a cara intrigada de Hermione, Helen explicou: – Aparatamos até um beco aqui perto. Mas vamos logo. – Os garotos assentiram e seguiram o casal, indo até os fundos do bar. Lá, Charles tocou com a varinha em uma seqüencia de tijolos, que logo depois se revelou um arco dando passagem a uma rua muito movimentada. Harry e Hermione obrigaram-se a fazer cara de espanto, embora achassem tudo aquilo muito normal. – Ual! – Sussurraram juntos. Helen deu um sorriso compreensivo a eles. Depois de um tempo em que os quatro explicaram tudo sobre o Beco para eles, Harry e Hermione dirigiram-se à madame Malkin, enquanto os outros iam a livraria comprar os livros que os alunos do sexto ano iriam precisar naquele ano. Madame Malkin tirou as medidas deles e disse que dentro de apenas uma hora as roupas que eles queriam ficariam prontas. Eles surpreenderam-se, afinal haviam pedido os uniformes de Hogwarts,

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trajes a rigor e roupas normais também. Mas lembraram-se que estavam no mundo bruxo. Os dois saíram e Hermione foi logo dizendo: – Vamos, Harry. Essa é a nossa chance de comprarmos nossas varinhas. – Vendo que ele a olhou espantado, ela esclareceu: - Vamos aproveitar que todos estão na livraria e vamos até o Olivaras. – Tem certeza que vai dar certo? – ele parecia apreensivo. – É claro que não. Desde que nós viajamos no tempo eu não tenho mais certeza de nada! Harry não respondeu, somente seguiu a garota até o fabricante de varinhas. – Vamos, temos que ser rápidos. – Hermione entrou na loja e Harry a seguiu. Antes que o artesão de varinhas aparecesse, ela conjurou duas caixinhas, iguais a que Olivaras guardava suas varinhas, e pôs a varinha dela em uma e a de Harry em outra. Depois botou as caixinhas em cima do balcão. Instantes depois Olivaras apareceu. – Bem vindos, meus jovens. Mas... – ele parou e olhou para eles, desconfiado. – Vocês não são um pouco velhos para comprar varinhas? – Bem, é que descobrimos que somos bruxos agora, entende. – Explicou Harry. – Ah! Sim, sim. Bom, então vamos ver as varinhas certas para vocês. Ele começou, já pegando uma caixinha, e dando para Hermione experimentar. Eles ficaram assim por muito tempo, pelo visto o Sr. Olivaras não havia visto em cima do balcão duas caixinhas. Depois de mais uma frustrante tentativa, finalmente ele viu. – Ora, o que isso está fazendo aqui? Hum, - ele respondeu a sua própria pergunta. – Devo ter esquecido de ter guardado. – Então pegou uma caixinha e Harry percebeu que era a que Hermione havia guardado a varinha dela. Olivaras deu para ela experimentar e deu certo. – Sabia que iriamos encontrar uma varinha para a senhorita. Agora para você... – ele virou-se para Harry, e vendo-o pela primeira vez. – Engraçado, alguém já disse que você é a cara de Tiago Potter? Harry quase disse que estava cansado de ouvir aquilo, mas controlou-se a tempo. – Ah, é que somos primos. – O outro abriu a boca para falar, mas nesse instante a porta abriu e Sirius, acompanhado dos Potter entrou. – Aqui estão vocês! – Exclamou Helen. – Estávamos procurando-os. – Nós resolvemos comprar nossas varinhas quando saímos da madame Malkin. Eu já estou com a minha só falta o Harry. – Hermione respondeu. Depois o sr. Olivaras deu a Harry varias varinhas para testar, mas nenhuma funcionava. Então ele pegou a caixinha em cima do balcão e a abriu. Ele ficou surpreso com a varinha que ele viu ali,

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pensava que ela estava guardada. Olivaras ia se dirigir para a prateleira para a qual pensava que a varinha estava, quando parou. – Porque não? – Ele sussurrou, mas todos puderam ouvir. Ninguém entendeu aquilo, somente Harry e Hermione. Olivaras voltou rapidamente, abrindo outra vez a caixinha e pegando a varinha de dentro. – Vamos, experimente essa! Harry pegou sua varinha e sentiu a mesma sensação da primeira vez, aquele calor que ia das suas mãos até o seu peito. Olivaras parecia muito agitado e empolgado. Depois desatou a murmurar: – Curioso muito curioso. – Fazendo a mesma coisa da outra vez, Harry perguntou: – O senhor me desculpe, mas o que é curioso? Olivaras pareceu pensar e então disse: – Veja, não é o bruxo que escolhe a varinha e sim a varinha que escolhe o bruxo. E a fênix, cuja pena da cauda está em sua varinha, produziu mais uma pena, apenas mais uma. O curioso é que o senhor tenha sido destinado a esta varinha. – E por quê? – perguntou Tiago. – Porque a irmã dela causa muito medo hoje em dia, afinal é a varinha d’Aquele-QueNão-Deve-Ser-Nomeado. Os outros arregalaram os olhos, Hermione também, porque Harry não havia contado esse pequeno fato a ela e nem ao Rony. O Sr. Olivaras continuou: – Sim, lembro-me de cada varinha que vendi especialmente aquela. Trinta e quatro centímetros. Acho que podemos esperar grandes feitos do senhor. Afinal, Aquele-QueNão-Deve-Ser-Nomeado realizou e realiza grandes feitos, terríveis, sim, mas grandes. Harry não disse nada, apenas virou-se e saiu da loja. Charles pagou a varinha dos dois e todos o seguiram. Hermione disse que tinham que pegar as roupas na madame Malkin, e Sirius e Tiago foram até lá. Quando voltaram, encontraram todos muito quietos na Florean Fortescue, sorveteria que havia ali. – Harry... – começou Helen. Ele levantou a cabeça. Estivera olhando para seu sorvete que nem havia tocado. Na verdade, o garoto bem sabia que naquele momento não estava fingindo aquela reação. Ele estava assim porque não queria ser comparado a alguém como Voldemort. – Sim? – ele perguntou a avó. – Não deixe que isso acabe com o seu dia. – Eu vou ficar bem. É sério, - ele acrescentou, quando ninguém acreditou nele. – Só fui pego de surpresa, afinal, não é muito legal ser comparado ao assassino de seus pais. – Ele falou isso sem pensar, e nem percebeu o grande furo que deu, porque Dumbledore havia dito a ele que seus pais provavelmente haviam sido assassinados por Comensais da Morte, e não por Voldemort.

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– Mas não foi Voldemort quem matou meu irmão e sua esposa. – Disse Charles. – Dumbledore disse que havia sido Comensais da Morte. Harry percebeu o erro que havia cometido e falou, tentando concertar: – É, mas a mando de quem? De Voldemort. Portanto, ele é o maior culpado. E pelo que eu sei, ele vem aterrorizando a Inglaterra, tanto que são poucos os que usam seu nome. – Sim, você tem razão. – concordou Helen. Tiago e Sirius não falaram nada, mas acenaram com a cabeça, concordando. Hermione estava com um semblante pensativo. Depois disso, o dia passou mais calmo, o clima amenizou. Estava quase anoitecendo quando eles voltaram ao Caldeirão Furado, e mais uma horrível viagem de Pó de Flú, pelo menos para os garotos. Quando chegaram a casa cada um foi para um aposento diferente, Harry e Hermione para seus respectivos quartos. Depois de guardar as roupas em seu armário, Harry jogou-se na cama macia, pensando em tudo o que acontecera até ali. Era uma aventura e tanto. Pena que o Rony não está aqui, ele pensou. Ficou mais um tempo, perdido em memórias, quando foi tirado de seus pensamentos com um Sirius o chamando para jantar. Olhando para o relógio percebeu que passou mais de duas horas ali. Levantou-se, trocou de roupa e desceu. Quando passou pelo corredor, notou um calendário e parou de andar na hora. O dia seguinte seria 31 de julho, ou seja, seu aniversario. Estava tão preocupado com essa história de viagem do tempo e esquecera-se completamente. Ele voltou a caminhar, não tinha tempo para comemorar aniversário. Tinha coisas mais importantes para fazer. Como salvar o mundo, por exemplo, pensou irônico. Afinal, segundo a profecia ele era o único que poderia deter o Lorde das Trevas. Tirou isso da cabeça quando entrou na sala de jantar.

Agora

ele

estava

com

a sua família. CAPÍTULO 8 FELIZ ANIVERSÁRIO!

No dia seguinte, Harry acordou um pouco mais tarde que o normal, por volta das nove horas. Ele sorriu, de bem com a vida e foi para o banheiro fazer sua higiene pessoal. Ele até se arriscou a cantar enquanto tomava banho. Afinal não era todo dia que alguém fazia dezesseis anos, era? Ele saiu do banho, vestiu-se e foi até a cozinha, mas não encontrou ninguém, o que achou estranho. Onde estavam todos? Então Sirius apareceu. – Ah, Harry! Você já acordou? – Como assim, “já acordou”? Já são quase dez horas! – Já? Nossa como o tempo passa, não?

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Harry olhou desconfiado para ele. – Onde está todo mundo? – O Tiago tá lá fora com a Hermione e a tia Helen e o tio Charles foram trabalhar. – ele parecia um pouco hesitante no inicio, mas depois ganhou confiança. – O que vocês estão aprontando? – Harry estava mais desconfiado do que nunca. – Nós?! – Sirius se fez de ofendido. – Nós não estamos aprontando nada! Antes que Harry pudesse responder, Tiago e Hermione entraram na cozinha. – Bom dia, Harry. – Disse Tiago, sentando-se e pegando um pedaço de pão. Hermione lhe abraçou e lhe deu um beijo de bom dia. – Bom dia. – Respondeu, deixando as suspeitas de lado, afinal eles estavam agindo normalmente, a não ser Sirius que tinha um sorriso maroto no rosto. Harry esperou, mas Hermione não lhe deu parabéns e nem feliz aniversario. Eu não acredito que ela esqueceu! Pensou Harry, estupefato. – Ah! A ruivinha respondeu minha carta! – disse Tiago, lembrando-se de repente. – Quando você escreveu para ela? – perguntou Sirius, virando-se para o amigo. – Ontem, antes do jantar. E ela respondeu hoje de manhã. Eu perguntei se ela poderia vir aqui para ajudar meu primo e sua namorada e contei toda a história a ela. – E o que ela respondeu? – perguntou Sirius curioso. Harry prestava total atenção a conversa, era da mãe dele que estavam falando. – Bom, depois de me xingar muito e dizer que não é a minha ruivinha e que era pra eu chamá-la de Evans, ela disse que viria hoje a noite pela rede de flú. – Tiago fez uma expressão sonhadora, o que fez Sirius revirar os olhos para o alto. – Ela aceitou assim tão fácil? – estranhou Sirius. – Sim, mas ela deixou claro que viria pelo meu primo. Ah e o Remo também irá vir. – Acrescentou Pontas. – Remo? Quem é Remo? – Perguntou Hermione, fazendo-se de desentendida. – Um amigo nosso, outro maroto. – Maroto? – perguntou Harry. – É, somos quatro. Eu, o Almofadinhas, o Remo, que é conhecido como Aluado e o Pedro, também conhecido como Rabicho. – Harry fez uma careta quando ele mencionou o nome de Pettigrew, mas como o animago estava distraído não percebeu. Mas Sirius Black não estava distraído, e percebeu muito bem a cara do tal primo do Pontas. – Você tá bem, Harry? – perguntou ele, e Harry o olhou, percebendo a expressão desconfiada do padrinho e repreendeu-se internamente pela falha. E ele estava se gabando que era um bom ator!

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– Sim, só tô com um pouco de dor de cabeça. Em que seus pais trabalham? – Perguntou, virando-se para Tiago, mais para mudar de assunto do que curiosidade. Tiago o olhou confuso por um momento pela mudança de assunto tão rápida. – Papai trabalha no Ministério da Magia. Papai é um auror, que é como a polícia trouxa. Mamãe é uma curandeira, trabalha no hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes Mágicos, que é um hospital bruxo. – Legal. – Disse Hermione, e o resto da manhã se passou com Tiago e Sirius contando para os garotos tudo sobre o mundo bruxo, embora Sirius ainda lançasse olhares desconfiados para o moreno de olhos verdes. Pela tarde, Remo Lupin chegou e foi apresentado aos viajantes do tempo, é óbvio que os marotos não sabiam desse detalhe. O que Harry achou estranho foi que não viu nenhum elfo domestico pela casa, e sabia que os Potter tinham vários, Sem contar que Hermione esquecera-se de seu décimo sexto aniversário. Ela sempre mandava cartas e presentes antes, e agora que estavam ali, juntos, ela esquecera-se. Isso o entristecia, e muito. Eram por volta das cinco horas da tarde quando Charles chegou, sozinho. Helen ficaria até mais tarde porque, ao que parecia, Comensais da Morte atacaram um povoado bruxo e havia muitos feridos, isso sem falar nos mortos. Mais ou menos uma hora depois, a campainha tocou. Tiago derrubou o copo que estava segurando e Charles o concertou com um aceno de varinha, enquanto os outros riam. Ele os ignorou e foi até a porta: – Ruivinha! – Exclamou quando a abriu. Lílian fechou a cara na hora. – Já disse que não sou sua ruivinha, Potter. – Está bem, Lily. – ele respondeu todo sorriso para ela. – E é Evans, para você Potter. Sirius apareceu e disse: – Oi Evans. – Por alguma razão Black parecia emburrado com ela, o que a fez o olhar intrigada. – Olá, Black. – Tiago abriu espaço para que a garota entrasse, e fez menção de pegar o malão dela. Depois de hesitar um pouco, ela aceitou. Ela se dirigiu a sala, onde todos se encontravam. – Olá, Srta. Evans. – Disse Charles, ao vê-la. – Boa noite, Sr. Potter. Oi Remo. – Remo era o único maroto que ela considerava como amigo. – Oi, Lily. Charles sorriu e apresentou Harry e Hermione.

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– Esse é meu sobrinho, Harry Potter e sua namorada, Hermione Granger. – O moreno de olhos verdes achou estranho ser apresentado a sua mãe. Hermione, então, estava sendo apresentada para a sua futura sogra! – É um prazer, Srta. Evans. – Disse Harry, beijando a mão dela. Hermione trocou um breve aperto de mãos. – O prazer é meu, Sr. Potter. – Lílian não sabia por que, mas simpatizara com o garoto. – Por favor, me chame de Harry. – A ruiva corou e respondeu: – Só se você me chamar de Lilian. – Era impressionante como Harry era parecido com Tiago, pensou Lilian. Se não fossem os olhos e a cicatriz que ele tinha na testa poderia dizer que eram gêmeos. – Que?! – Tiago tinha acabado de entrar depois de levar o malão da ruiva para o quarto de hóspedes. – Ele pode chamar você de Lilian, eu não? – É que ele não é um idiota como você, Potter. Desculpe, Sr. Potter. – Acrescentou rapidamente, olhando para Charles. Ele apenas abanou a cabeça. – Tudo bem. – Antes que Tiago pudesse retrucar, Helen chegou. Depois o clima melhorou e todos começaram a falar de Hogwarts para Harry e Hermione. Eram por volta das oito horas quando Helen falou que o jantar já deveria estar pronto. Quando entraram na sala de jantar, Harry não acreditou no que viu. A sala estava toda enfeitada e havia uma grande faixa escrita: FELIZ ANIVERSÁRIO, HARRY! Hermione pulou em seu pescoço e disse: – Achou que eu havia esquecido? – ele retribuiu o abraço, sentindo-se o garoto mais feliz do mundo. Era por esse motivo então que Sirius estava agindo daquele jeito pela manhã. O resto da noite foi só alegria, com todos comemorando seus dezesseis anos. Era o aniversário mais feliz que o garoto já havia tido. Os que ele passou com o Weasley eram incríveis, mas nesse ele estava com a sua família! Ele nunca se arrependeria de ter voltado no tempo. Naquela noite todos se esqueceram dos problemas que havia no mundo fora daqueles portões, e entregaram-se a festa. Tiago e Lílian nem brigaram muito, só discutiram um pouco. Harry não via à hora em que ele se acertassem de uma vez. Naquele momento Hermione até se esqueceu que estava irritada com o namorado por ter omitido que a varinha dele tinha o mesmo núcleo que a de Voldemort. CAPÍTULO 9 BRIGAS E EXPRESSO O mês seguinte passou muito rápido na opinião de Harry. Ele e Hermione passavam o dia inteiro estudando, ora com Lílian, ora com os Marotos. Tiago e Sirius mostraram-se excelentes professores, Hermione sempre achou que o único que estudava do grupo

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era Remo. Lílian e Tiago sempre estavam discutindo por bobagens, Sirius não agüentava mais ficar o dia inteiro dentro da biblioteca, cercado por livros. – Olhe pelo lado bom, Almofadinhas. – Remo disse um dia, ao o amigo largar o livro que lia. – Pelo menos você também está estudando. – Sirius apenas revirou os olhos, como se dizendo: “Grande coisa”. Mas com certeza o mais difícil para Harry e Hermione foi fingir que não sabia nada do que estavam estudando. Hermione não cabia em si de felicidade, afinal, estava estudando com uma das alunas mais brilhantes de Hogwarts. Já Harry achava aquilo estressante de mais, principalmente pelo fato de terem que estudar cinco anos em apenas um mês, mas Lílian sempre dava moral para ele continuar, quando ela o via para baixo. Só com as palavras de consolo da mãe, o moreno prosseguia estudando, com um sorriso no rosto, o que não agradava em nada certo moreno de olhos castanho esverdeados. Toda noite, ao se deitar, Harry ficava imaginando como seria sua vida ao lado dos pais, se ele teria irmãos. E sempre sentia uma imensa raiva de Pettigrew e Voldemort, principalmente Voldemort, por terem tirado tudo aquilo dele. Esse tempo que ele passou ao lado das pessoas que mais amava e com os sábios conselhos de Hermione, fizeram-no perceber que o prof. Dumbledore escondera a verdade dele, sobre a profecia, para protegê-lo. Claro que não havia gostado quem gostava de ser enganado? Ele lembrou-se de todos os momentos de sua vida, desde que entrara em Hogwarts. Sempre o diretor estava lá para ajudá-lo, ou somente para ouvi-lo. Mas o que Harry agradecia a Merlin era poder dormir a noite sem sua cicatriz formigar ou doer, e sem pesadelos com Voldemort. Então, sem aviso, o dia 30 chegou. Na manhã seguinte Dumbledore viria até a mansão Potter para aplicar o teste aos viajantes do tempo, e, dependendo do resultado, eles embarcariam no Expresso de Hogwarts dali a dois dias, 1º de setembro. Na hora do jantar, Harry e Hermione estavam anormalmente quietos. Helen, ao perceber o nervosismo dos dois, tenta incentivá-los: – Vocês vão se sair bem. Não precisam se preocupar. – É, eu vi o quanto vocês se esforçaram. – Completou Lílian. Os dois deram sorrisos agradecidos. Tiago, Sirius e Remo também tentaram animá-los, mas nada surtia efeito. Harry estava pensando em um plano B, caso eles não passassem no teste ele contaria para Dumbledore a verdade. Hermione estava confiante, afinal, eles haviam estudado muito para aquele teste. É hoje, foi o primeiro pensamento de Harry, ao abrir os olhos na manhã seguinte. Levantou-se e quando olhou pela janela notou que ainda era escuro e olhando para o relógio percebeu que eram pouco mais de cinco horas da manhã, e, com um suspiro

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resignado, jogou-se na cama novamente. Ficou olhando o teto e pensando como seria se o Rony estivesse ali, até que constatou que não conseguiria mais dormir. Lílian acordou por volta das sete horas, e quando olhou pela janela viu Harry Potter deitado à sombra de uma árvore, olhando para o céu. Ela imaginava o que ele estava sentindo, porque era uma nascida trouxa e nunca imaginou que magia existisse até certo garoto contar a ela sobre o mundo mágico, quando tinha seis anos. Deixando esses pensamentos de lado, a ruiva saiu do quarto, agora pensando no moreno de olhos verdes. Ela sentia que ele escondia algo, algo muito importante. Um dia ela entrou na biblioteca e o encontrou olhando para um livro, mas quando ela aproximouse ele o fechou rapidamente e disse que não era nada de importante, saindo da biblioteca logo depois. Isso havia acontecido no inicio do mês, mas Lílian não havia se esquecido da expressão triste que ele carregava. – Caiu da cama? – Perguntou, parando na frente dele. Harry sentou-se e a convidou para sentar-se ao seu lado. – Não conseguia mais dormir. A ansiedade eu acho. – Você vai se sair bem. Nunca vi ninguém estudar como você e a Hermione estudaram. – Respondeu, fazendo-o deitar-se com a cabeça em suas pernas, e começando a fazer carinho na cabeça do garoto. Eles ficaram um momento em silencio, Harry não cabia em si de felicidade pelo simples gesto de sua mãe. – Porque você não da uma chance para ele? – Ele questionou subitamente – Não entendi. – ela replicou, entendendo muito bem onde ele queria chegar. – Ao Tiago. E não tente negar. – Acrescentou, quando a viu abrir a boca. – Acha que não percebi que você o ama, mas é orgulhosa de mais para admitir? – Tudo bem, eu sou completamente apaixonada por ele. – Então? – Então o que? – Porque ainda não está nos braços dele? – Ora, é óbvio! Não quero ser mais uma da lista dele, e ele é um garoto mimado e arrogante. Você conhece somente esse Tiago Potter estudioso, querendo me impressionar, mas eu conheço o verdadeiro Tiago Potter. – Ele não deve ser tão horrível assim. – Harry tentou aliviar a barra do pai. – Você não tem idéia do que ele e o Black fazem. Eles menosprezam e humilham os outros, só porque acham que são os melhores. – Pelo que eu sei eles fazem essas brincadeiras somente contra os sonserinos. – Não importa se são sonserinos ou grifinórios. Tudo bem que às vezes os sonserinos provocam e coisa parecida, mas têm vezes que o Potter e o Black azaram eles por motivo nenhum. Um bom exemplo disso é o que aconteceu ano passado no fim dos

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N.O.M.S. O Potter e o Black botaram o Sev de cabeça para baixo e o humilharam perante a escola inteira, isso sem o garoto ter feito nada. Harry não replicou, até porque havia visto isso nas lembranças de Snape e não tinha sido nada agradável. Só então se deu conta de como sua mãe havia se referido a Snape. – Sev? – Pensou em voz alta. – Severo Snape. – Respondeu Lílian, retomando ao carinho na cabeça do garoto, que de tão indignada havia parado. – Potter e Black não gostam dele só pelo fato de que ele é sonserino. Mas ele é bem legal. Harry ainda estava assimilando a informação de que sua mãe, pelo visto, era amiga do ranhoso. Quando Harry abriu a boca para contestar, notou alguém que acabava de entrar pelo portão. Era Dumbledore acompanhado de mais uma mulher de meia idade e com aspecto severo, Minerva McGonagall. – Olá, meus queridos. Srta. Evans é um prazer vê-la. Harry e Lílian levantaram-se e cumprimentaram os dois. Então os quatro entraram na casa, e encontraram todos na cozinha. Hermione parecia nervosa, mas Tiago parecia mal-humorado. Depois de todos os cumprimentos, Dumbledore disse: – Bom, Harry, Hermione. Vocês irão fazer o teste com a Professora McGonagall, na biblioteca de não houver problema. Os dois dirigiram-se para lá e logo a Professora conjurou duas mesas e duas cadeiras para os dois, ela sentando-se na mesa que havia na biblioteca. – Bom, podem começar. Os dois começaram a fazer, e não levantaram a cabeça até não terem acabado. Harry acabou antes que Hermione entregou seu pergaminho para a Professora e deixou a sala. – Então? – perguntou Tiago, esquecendo-se do seu mau humor. – Então o que? – Perguntou Harry. – Ora, como então o que?! Como você foi? – Replicou Sirius. – Não sei. – Ele confirmou andando de um lado para o outro. – Tenho certeza que você foi bem. – Assegurou Remo. –Pare de andar para um lado e outro. Está me deixando tonta! – replicou Lílian. – Desculpe. –Ele sentou-se ao lado de Charles, que lhe deu um tapinha no braço, o confortando. Nesse momento Hermione saiu da sala com uma expressão pensativa. – Como você foi? – Harry levantou-se novamente, o que fez Lílian revirar os olhos. – Acho que fui bem, mas não tenho certeza se coloquei todas as características de um lobisomem. – Harry a olhou, incrédulo. Eles conviveram por praticamente dois anos com um lobisomem. Sirius e Tiago começaram a gargalhar e ninguém entendeu o

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porquê, a não ser Harry, Hermione e Remo, esse não gostou nada disso e jogou uma almofada nos dois, para eles calarem a boca. – Essa eu acho que me dei bem. – Disse Harry. Eles ficaram conversando, esperando a professora McGonagall sair da biblioteca com os resultados, o que aconteceu quase uma hora depois. Harry e Hermione postaram-se de pé imediatamente, o que fez os outros olhar ansiosos para a mais velha, inclusive Dumbledore. – Então, professora? – perguntou Hermione aflita. – Meus parabéns, vocês cursaram o sexto ano em Hogwarts. – Depois que ela falou isso todos abraçaram Harry e Hermione, e quando Lílian abraçou o garoto, disse: – Eu falei que vocês iam conseguir, não falei? Eu sempre estou certa no que falo. – Ela brincou, fazendo-se de convencida. – É você disse, mas eu também sempre estou certo no que falo. – Devolveu Harry, fazendo-a lembra-se da conversa que eles tiveram pela manhã. Lílian corou o que não passou despercebido por Tiago, que olhou com uma cara feia para Harry. Mas como estavam todos comemorando, ninguém percebeu. Aquele dia eles passaram relaxados, Sirius não queria ver um livro na frente por pelo menos mais trinta anos. Hermione e Harry ficaram namorando no jardim, Remo estava deitado em sua cama, pensativo. O casal Potter não estava em casa, foram trabalhar. Lílian estava em outra parte do jardim, para não atrapalhar o casal, quando sentiu alguém aproximar-se por trás. Virando o rosto viu Tiago Potter. – Nem adianta Potter. – ela não deu chances para ele falar. – Eu não vou sair com você. – Mas, meu Lírio, porque não? – Ele questionou, sentando-se ao seu lado. – Tenho uma lista imensa de motivos, quer ouvir? E não me chame de Lírio, e nem Lily. É Evans para você, Potter. – Será que você não percebe que eu mudei? – Nossa, e a sua prova disso foi botar Severo de cabeça para baixo e humilhá-lo na frente da escola toda? – Ah, só porque eu e o Sirius fizemos aquela brincadeirinha você faz esse escândalo todo, mas você não fala nada do que eles fazem. Sabia que a turminha dele pratica artes das trevas? E que não escondem que quando saírem de Hogwarts irão se juntar ao cara de cobra? – Cara de cobra? – perguntou ela confusa, esquecendo-se da discussão. – É o apelido carinhoso que o meu pai deu para o idiota do Voldemort. Mas voltando ao assunto principal, não sei como você consegue ser amiguinha dele, quando você foi ajudá-lo, ano passado, lembra-se do que ele a chamou? Ele a chamou de, - ele mesmo

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respondeu, não dando chance para ela falar – de... Por favor, não me faça repetir o que ele disse. Tiago fez uma cara de nojo, sangue-ruim era a pior ofensa para um nascido trouxa. – Mas ele foi provocado por vocês. – Lílian tentava a todo custo defender o amigo, mas no fundo sabia que ainda não o perdoara por tê-la chamado daquele nome. – Ah, claro! – Exclamou Tiago tão alto que Harry e Hermione escutaram e pararam o que estavam fazendo. – o santo ranhoso faz o que faz, mas você acha um jeito de desculpá-lo, de isso e aquilo. Mas agora, quando é o arrogante do Potter – disse, imitando sua voz – não tem desculpa para o que ele fez, não é? Impressioname, Evans – Tiago frisou seu sobrenome – que seja a aluna mais brilhante de Hogwarts. – Ele ia saindo dali, deixando para trás uma Lílian totalmente em choque, quando se lembrou de algo e virou-se. – Ah, e não se preocupe, nunca mais vou encher o seu saco, pedindo para sair comigo, eu desisto de tentar provar para você que a amo, desisto de tentar provar que eu mudei. Faça bom proveito do seboso. Lílian ainda estava ali, totalmente estupefata. Nunca, em todos aqueles anos, Tiago falara daquele jeito com ela! Bom, mas ela conseguira o que queria, ele não ia mais importuná-la, mas então porque ela sentia aquela dor no coração? Deixou as lágrimas caírem sem se importar se Harry e Hermione vissem nada mais importava agora. Seu maldito orgulho acabara com tudo! Ainda abalada, ela levantou-se e saiu correndo dali, trancando-se em seu quarto. Do outro lado do jardim, Harry e Hermione estavam chocados. Harry não acreditava que aquilo estava acontecendo, porque se seus pais não se acertassem, ele simplesmente não nasceria! E de que adiantaria voltar no tempo para destruir Voldemort e ter uma infância feliz, se ele não nascesse. Ele decidiu falar com Tiago, e seguindo o exemplo dele, Hermione foi procurar Lílian. Harry encontrou o pai na biblioteca, depois de tanto procurar. Tiago estava acabado. Apoiado com a cabeça nos braços, ele olhava para o nada. – Eu ouvi o que você disse para a Lily. – Começou Harry, sentando-se ao lado do maroto. Ele nem se mexeu. – O que você está fazendo aqui? – Perguntou ele, grosseiro. Harry não entendeu essa atitude. – Hei o que foi que eu fiz? Só estou tentando ajudar. – Ajudar? – finalmente Tiago olhou para ele. – Você acha que eu não vi você e a Evans lá no jardim, hoje de manhã? Além de ter uma garota super legal como namorada, fica dando em cima das outras.

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– QUE?! – Harry gritou. Não conseguiu se controlar, ele estava dando conselhos para a mãe e ele insinuava que... Bom, isso explicava o mau humor durante a manhã. – Escuta Tiago, não era nada disso que você está pensando... – Ah, não, claro que não. – Tiago o cortou irônico. – Você deitado no colo dela, com ela fazendo carinho na sua cabeça. Tá tentando se explicar pra eu não contar pra Mione, é? – Não, você pode contar o que quiser para a Mione, porque ela sabe que a Lílian é pra mim uma m... Irmã. – Nossa quase disse mãe, não ia pegar bem dizer isso. – E pra sua opinião, nós estávamos conversando sobre o que ela sentia por você, mas se não quiser acreditar problema seu! Harry ia saindo quando Tiago o chamou: – Harry, cara me desculpe. É que eu não estou muito bem. Mas acho que eu fiz o certo. – Fez o certo? – Harry perguntou incrédulo. – Você acabou de jogá-la nos braços do tal ranhoso, e diz que fez a coisa certa?! – Eu não nego que era tudo aquilo que ela falava, sobre arrogante e coisa e tal. Mas eu mudei Harry, não sou mais assim. Eu mudei por ela, droga! E ela não acredita, mas quando se trata do Snape, ela acredita em tudo, até mesmo que ele seja um sonserino bonzinho. – Entenda ela, Tiago. Ela está travando uma batalha com seu orgulho-próprio. – Eu cansei Harry. Se ela quiser, eu estarei aqui, como sempre estive. – E saiu da biblioteca, sem dar chances para Harry falar. – Droga! – murmurou baixinho. Quando saiu da biblioteca esbarrou em Hermione. – Então? – perguntaram os dois juntos. – Nada. – Disse Hermione e pela cara do namorado percebeu que também não havia dado certo. – Agora sabemos de onde você puxou sua teimosia. Na manhã seguinte todos estavam ansiosos para embarcarem no Expresso de Hogwarts, menos Tiago e Lílian. O clima entre os dois não era o dos mais agradáveis. Depois de se despedirem dos mais velhos, eles embarcaram no expresso. Lílian logo se separou deles e foi procurar suas amigas. Os marotos e Harry com Hermione procuravam por uma cabine vazia, até que acharam uma, embora estivesse ocupada por alguém. – Rabicho. – Exclamaram os Marotos. Harry estancou e Hermione lhe cutucou. – Rabicho, - começou Tiago – esse é um primo meu e sua namorada, eles vão cursar o sexto ano com a gente. Harry, Mione, esse é o Rabicho, Pedro Pettigrew, quarto maroto. Harry e Hermione esforçaram-se para cumprimentar aquele rato, sem demonstrar sentimento algum. Logo eles entraram se acomodaram e todos começaram a

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conversar animados, menos três pessoas. Harry e Hermione não falavam nada para não dar na cara a inimizade com Pettigrew. Já Tiago estava calado por causa da briga com Lílian. Remo achou aquilo tudo estranho. Tiago de cabeça baixa tudo bem, afinal, havia brigado com sua ruivinha. Mas e os outros dois? Porque estavam tão quietos? Logo Remo disse para todos vestir-se que estavam chegando a Hogwarts. Hermione saiu da cabine para se vestir e logo depois voltou, encontrando todos com o uniforme da escola. Quando Harry saiu do Expresso, logo reconheceu Hagrid. Felizmente ele e Hermione não precisariam ir para a escola nos barquinhos, como todos os novatos do primeiro ano. Eles encontraram uma carruagem vazia e seguiram para Hogwarts. CAPÍTULO 10 HOGWARTS Poderiam passar-se mil anos, ou for em qualquer época, mas Hogwarts nunca iria mudar. O mesmo castelo totalmente iluminado destacava-se a frente dos garotos. – Bem vindos a Hogwarts. – Disse Tiago para eles. Logo eles viram Lílian se aproximando com mais duas garotas. – Eu vim apresenta as minhas amigas para vocês. – Ela disse, abrindo um sorriso. – Essas são Susan – apontou para uma loira de olhos azuis que sorriu – e essa é a Anne. – Concluiu, apontando para uma morena de olhos cor mel. – É um prazer conhecê-las. – Disseram os dois novatos. Os marotos as cumprimentaram, mas todos ficaram surpresos com a atitude de Tiago. Ele cumprimentou Susan e Anne, com seu típico sorriso charmoso, e quando virou-se para Lílian ficou inexpressivo e somente disse: – Boa noite, Evans. – Logo ele seguiu para a entrada do castelo deixando para trás as garotas completamente chocadas, e uma Lílian arrasada. Harry respirou fundo e disse: – Eu acho que você deveria ir atrás dele. – Que?! – Ela o olhou incrédula, e percebeu que ele tinha o apoio de suas amigas e de Hermione. – Era isso o que eu queria que ele parasse de me encher. Ela saiu dali antes que alguém falasse mais alguma coisa, e Susan suspirou. – Ela é a criatura mais teimosa que eu conheço. – Ou mais cega. – Disse Hermione. – É ela ainda não percebeu que o ama. – Concordou Anne. Eles entraram e separaramse, Anne e Susan entrando no Salão Principal e Harry e Mione indo de encontro a Professora McGonagall. Eles aguardaram junto com as crianças do primeiro ano, depois McGonagall os levou para o Salão, só ficando os dois na sala. Eles estavam extremamente ansiosos, principalmente Harry, que se lembrava muito bem que o chapéu seletor havia cogitado pô-lo na Sonserina em seu primeiro ano. Hermione apertou sua mão e sussurrou:

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– Vai dar tudo certo. Ele não respondeu, até porque McGonagall acabava de entrar. Respirando fundo eles seguiram-na e entraram no Salão Principal. Todos olharam curiosos para eles, e Dumbledore levantou-se, tomando a palavra: – Meus caros alunos, antes de nós iniciarmos esse delicioso banquete, eu gostaria de dizer que neste ano contaremos com a presença de dois novos alunos que cursaram o sexto ano. Eles irão ser selecionados agora. – Ele sentou-se novamente e McGonagall chamou primeiro por Hermione Granger. A garota ficou por um momento sentada e Harry lembrou a amiga ter comentado na AD que o chapéu pensou seriamente em pôla na Corvinal. Logo depois o chapéu anuncia: – GRIFINÓRIA! – Todos aplaudem a garota, que se senta ao lado de Remo, em frente a Sirius e Tiago. – Harry Potter. – Chama a professora e o salão caiu quase que instantaneamente em silencio. Então todos olharam melhor para Harry e viram que ele poderia passar por irmão gêmeo de Tiago Potter, se não fossem os olhos e a estranha cicatriz que ele tinha na testa. Harry adiantou-se incomodado, nunca gostara de chamar a atenção, mas parece que aquilo era impossível. Ele sentou no banquinho e colocou o chapéu. – Hum, o outro viajante do tempo. – começou o chapéu esfarrapado. –Acabei de selecionar sua namorada para a Grifinória, embora ache que ela também ficaria bem na Corvinal. Mas você, eu estou em dúvida. Sonserina seria uma bela escolha. – Sonserina não, por favor. – Harry pensou. – Sonserina não? Você se daria bem lá, ainda mais na sua missão. Não se preocupe, Srta. Granger comentou comigo como é de suma importância que eu não conte para ninguém quem vocês realmente são. Mas voltando ao nosso assunto, já que você não quer a Sonserina, não me resta escolha, a não ser deixá-lo na GRIFINÓRIA! – A última palavra ele falou em voz alta, para o salão inteiro ouvir. A mesa correspondente a da Grifinória fez um estardalhaço só. Era mais um Potter para eles, e todos esperavam que ele fosse como o outro, principalmente as garotas, o que deixou uma Hermione Granger extremamente irritada. Para acabar com aquilo, Harry dirigiu-se até a namorada, sentou-se ao seu lado e a abraçou. Algumas garotas deram um olhar mortal para Mione, que ela retribuiu com um sorrisinho. Dumbledore levantou-se novamente, chamando a atenção de todos: – Bom, agora que todos estão devidamente acomodados, devo dar alguns avisos. Primeiro, a floresta que cerca o castelo é, como diz o nome, Proibida. Alguns devem se lembrar disso. – Disse, olhando para os marotos, especialmente para Tiago e Sirius, que apenas deram um sorriso maroto, fazendo as garotas mais próximas suspirarem e Remo revirar os olhos. – Segundo, o Sr. Filch, nosso zelador, pediu para eu falar que a

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lista de coisas proibidas cresceu um... Pouco. E terceiro aqueles que quiserem jogar Quadribol devem falar com o capitão de cada casa, que irá marcar os treinos. E agora eu vou parar de encher a paciência de você com isso e que se inicie o banquete! Quando ele acabou de falar, as mesas encheram-se de comida. Todos logo se serviram porque estavam morrendo da fome, principalmente Pettigrew. Olhando ao redor, Harry percebeu que Lílian estava sentada com as amigas, mais afastada, brincando com a comida, parecendo desanimada. Ele murmurou no ouvido de Hermione: – Eu já volto. – Aonde você vai? – Ele apenas apontou com a cabeça para Lílian e Hermione acenou, concordando. Harry levantou-se e se sentou ao lado da ruiva. – Sua mãe nunca lhe ensinou que é feio brincar com a comida? – Estou sem fome. – Ela responde desanimada, sem olhar para o moreno. – Me deixa adivinhar o motivo de tudo isso... – Harry fingiu uma expressão pensativa, então falou. – Já sei! Tiago Potter. Ele falou aquilo somente para a mãe escutar. Lílian ergueu a cabeça para ele, com uma expressão irritada. – Isso não é verdade. O que eu sempre quis foi que ele parasse de encher o meu saco. – Sim, isso você já me falou lá fora. – Então? Eu consegui não consegui? – Eu acho que nós precisamos conversar. – Não, o salão está cheio e as paredes têm ouvidos. – Ok. Então vamos para outro lugar. – Ele levantou-se e estendeu a mão para ela, o que chamou a atenção de todos os alunos, inclusive dos professores. Ela olhou para ele confusa, depois aceitou a mão dele, dando um sorriso agradecido. Ela precisava por para fora o que estava sentindo mesmo. Agora sim o Salão Principal estava em choque. Lílian Evans, a monitora certinha saindo de mãos dadas com um garoto, e o pior, um Potter?! – Agora sim que eles vão ficar falando da gente. – Ela disse com um suspiro desanimado enquanto seguia o moreno. – Você se importa? Ela apenas deu de ombros. Antes ela se importava, mas agora nada mais fazia sentido. Eles entraram em uma sala vazia, fechando a porta e Harry conjurou alguns feitiços que impossibilitava alguém de entrar ou escutar a conversa deles. – Feitiços legais. – Ela o elogiou. Harry corou, afinal estava recebendo um elogio de sua mãe. – Ahn, obrigado. Então?

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– Então o que? – Ela desconversou, fugindo do assunto e Harry percebeu muito bem. Ele suspirou, pelo visto aquilo ia ser difícil. – Porque não começamos com você admitindo que ama Tiago? – Mas eu não... – ela parou, percebendo que não adiantaria negar. – Ok, eu o amo incondicionalmente. Pode tirar esse sorrisinho do rosto. – Acrescentou, ao ver Harry abrir um sorriso imenso. – Isso não vai dar em nada. – Ora e porque não? – Você viu como ele falou comigo na casa dele. Ele desistiu. – Lílian não agüentou mais e deixou as lágrimas que ela tanto contera, caírem, livremente pelo seu lindo rosto. Harry a abraçou, deixando-a chorar em seu peito. Ele esperou ela se acalmar e disse: – Ele só está irritado porque você defendeu o Snape. Você sabe o principal motivo para ele odiar o ranhoso? – Porque ele é um sonserino e Tiago um grifinório. – disse Lílian, convicta. Ela tinha certeza que era por isso e surpreendeu-se quando Harry disse: – Não, embora esse seja um forte motivo. Mas o principal é porque ele morre de ciúmes de você, Lírio. Ele morre de ciúmes da ruivinha dele, e sempre você defende o Snape. Lílian ficou pensativa e Harry continuou: - Você ainda duvida que ele ame você? – Ela não respondeu, mas Harry percebeu certa duvida nela, e resolveu acabar com aquela duvida. – Pense em todas as coisas que ele já fez por você. Você me disse que ele só pensava em Quadribol e garotas. Bom, me diga qual foi a última garota que você ficou sabendo que ele saiu. – Foi com a... – Ela parou para pensar, não lembrava mais porque fazia muito tempo que não ficava sabendo disso. – Está vendo? – Harry não deixou que ela continuasse. – Ele parou de sair com garotas só por você. – Ele pode estar saindo escondido. – Ela tentou argumentar. – Ele é um maroto. Se estivesse saindo com alguma garota você iria ficar sabendo por que ela estaria se vangloriando até agora. – Sim, você tem razão. – Ela concordou, a contragosto. – Então pare e pense. Ele mudou por você, Lily. Ela ficou um momento pensativa, Lembrou-se de como Tiago era e depois, quando ele começou a insistir que ele a amava. – Sim, ele mudou. – Ela concordou. – Mas agora não adianta, ele desistiu de mim. A garota estava com uma expressão arrasada, e Harry a abraçou, sussurrando: – Porque você não vai atrás dele? – Que?! – Ela parecia chocada com essa possibilidade. – E se ele não me quiser mais? Se ele estiver saindo com outra e...

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– Para, Lílian. – Harry a cortou, usando seu nome pela primeira vez, o que não passou despercebido por ela. – Você está ficando paranóica. Eu vou lá chamá-lo. – E já ia saindo, mas Lílian o segurou. – Não! Eu ainda não estou pronta. Por favor, Harry. Ele suspirou. – Tudo bem, você tem o tempo que quiser. Mas lembre-se, - acrescentou, retirando os feitiços e abrindo a porta – o Pontas é um maroto, e está cheio de garotas interesseiras neste castelo. Os dois saíram dali, indo em direção ao Salão Principal. Eles pararam em frente às portas e Harry disse: – Tá a fim de brincar? – Como? – Ela olhou para ele, que lhe ofereceu o braço. – Não adianta né? Vocês Potter são todos iguais. Quando eles entraram no salão receberam mais uma vez aquele silêncio, mas logo depois veio os cochichos. Lílian Evans entrava no Salão Principal de braço dado com um Potter, rindo com ele e não dele. Os dois sentaram-se na outra ponta da mesa, perto da mesa dos professores, e ficaram conversando animados. Logo Hermione levantou-se e sentou-se ai lado de Lílian, em frente a Harry. – Então? Qual esse assunto animado de vocês? Lílian parou de rir para responder: – Harry estava me contando o que ele fez com aquele tal de Peterson. – Harry estava meio sem jeito ao responder: – Foi acidental. Nisso Hermione começou a rir também, lembrando-se da cara do garoto trouxa. Logo Anne e Susan se juntaram a eles. No meio da mesa Tiago olhava aquilo sem entender. O que será que seu primo havia conversado com sua ruivinha? Algum tempo depois, no Salão Comunal da Grifinória, Tiago esperou todos irem para seus dormitórios, restando apenas ele e Harry. – O que foi aquilo com você e a ruiv... Evans? – Porque vocês dois são tão teimosos? – Harry perguntou. – Como? – Eu falei com a Lily e ela confessou que estava apaixonada por você. – Sério?! – Os olhos de Tiago estavam brilhando. – Sim. Então, porque não acaba com isso de uma vez e vai falar com ela? – Ora, e porque ela não vem falar comigo? – Porque ela é orgulhosa, acha que se ela for falar com você vai estar se humilhando.

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– Eu não vou falar com ela. – Ele disse decidido. Harry o olhou espantado. – Eu sempre corri atrás dela e só recebi xingamentos. Agora se ela quiser algo que venha atrás de mim. Ele disse isso e subiu as escadas para o dormitório masculino, deixando para trás um Harry completamente espantado. – Droga. Como eu vou nascer se eles não se acertarem? – O que você disse? – Perguntou alguém das sombras. Harry virou-se rápido, não acreditando que havia dado uma mancada daquelas. Remo estava olhando para ele de onde Tiago acabava de desaparecer. Ele aproximou-se de Harry e perguntou, novamente: - O que você disse? – Remo? Eu... Eu... Nada, não disse nada. Só que estava com sono e que amanhã temos que acordar cedo para as aulas, né? Harry ia se afastando, mas Remo segurou seu braço. – Pare Potter! Eu ouvi muito bem o que você disse, mas não entendi. E desde que o conheci sinto que você e Hermione estão escondendo algo e eu quero saber o que é. Ele estava decido, concluiu Harry, suspirando. – Remo, por favor. – Você não vai sair daqui até não me falar quem, realmente, vocês são. O moreno percebeu que não havia saída. – Ok, então. Eu vou contar a verdade para você, mas não aqui. As paredes têm ouvidos. Remo concordou e os dois saíram, com o lobisomem seguindo o outro desconfiado. Até que Remo percebeu que estavam no corredor do sétimo andar. Eles pararam em frente a uma parede, Harry começou a andar na frente da parede, pensando no salão comunal da Grifinória, e Remo estava ao seu lado chocado. Como ele sabia sobre a Sala Precisa? Logo uma porta apareceu onde antes não havia nada. Harry abriu a porta e entrou seguido de Remo, que viu a réplica do Salão que acabaram de sair. Eles sentaram-se em poltronas um de frente para o outro e Harry começou: – Pronto, agora eu vou lhe contar toda a verdade. Só peço que não me interrompa. É muito difícil pra mim. Remo concordou e ele começou a falar. CAPÍTULO 11 FINALMENTE ! Harry respirou fundo. – A história é meio complicada... Acho que devo começar pelo meu nome. – Nome? Quer dizer que Harry Potter não é seu nome verdadeiro? – Sim, mas eu tenho um segundo nome. Meu nome completo é Harry Tiago Potter.

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Houve um momento de silencio na sala. – Tiago? Como Tiago? – Tiago era o nome do meu pai. Eu sou do futuro Remo, eu e a Mione. Eu sou filho de Tiago Potter com Lílian Evans. Agora sim Remo estava chocado. Do futuro? Filho do Pontas e da Lily? – Impossível. – Foi tudo o que conseguiu sussurrar. – Não, não é impossível. Depois de uma decisão minha eu usei isso para voltar no tempo. – Ele disse, mostrando o vira-tempo que ele sempre carregava consigo. – Esperai aí! – Remo se deu conta de uma coisa somente naquele momento. – Quando você disse o seu nome, você disse que Tiago era o nome do seu pai. Como “era”? Não, não pode ser... – ele sussurrou cada vez mais pálido. – Deixe-me contar minha história Remo, depois você pergunta o que quiser. – Ok. Harry respirou fundo, não ia ser fácil. – Como eu disse, sou filho do Pontas com a Lily. Por isso estava fazendo eles se acertarem e disse aquilo na Sala Comunal. Mas é melhor eu contar a história que é longa. Quando minha mãe estava grávida uma profecia foi feita, eu me lembro exatamente palavra por palavra: “Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido do que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...” A profecia se encaixava na situação de duas famílias, os Potter e os Longbottom, porque tanto eu como Neville, filho de Frank e Alice, nascemos no fim de julho de 1981. Quando eu nasci, meus pais esconderam-se comigo em Godric’s Hollow, usando o fiel do segredo. A principio Dumbledore se ofereceu para ser o fiel, mas papai disse que confiaria em Sirius, que era seu melhor amigo, quase como irmão. Mas, no dia em que eles foram realizar o feitiço Sirius disse que era melhor fazer de Pedro Pettigrew como fiel do segredo, porque Voldemort não iria atrás de Pedro. – Harry fez uma pausa para respirar. – É claro que ninguém sabia que Pedro Pettigrew era espião da Ordem da Fênix e um Comensal da Morte. – Harry não pode continuar porque nesse momento Remo se levantou indignado. – Isso não é possível! Pedro é um maroto! – Por favor, Remo, deixe-me continuar a história. É muito difícil pra mim.

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– Ok, desculpe. – Depois disso Harry continuou, contando como na noite de bruxas de 1981 Voldemort invadiu sua casa e matou seus pais, como ele sobreviveu à maldição da morte. Ele contou tudo, não omitiu nada. –... Então eu descobri o vira-tempo quando estava arrumando as minhas coisas e tive essa ideia maluca de voltar no tempo. – Nossa! – Foi tudo o que Remo conseguiu dizer. – Eu sei. – Harry disse, e os dois ficaram em silencio. – Foi por isso que você ficou estranho quando conheceu Rabicho. – Não era uma pergunta. – Você acha que eu não percebi? Você devia disfarçar melhor suas emoções; Harry suspirou e concordou, olhando para o relógio e deu um pulo. – Caramba! – O que foi? – perguntou Remo. – Já são mais de três horas da manhã e amanhã nós temos aula. – É mesmo! É melhor nós irmos então. Quando estavam quase chegando ao retrato da Mulher Gorda, Harry disse: – Remo, por favor, não conte nada ninguém? – Tudo bem. E podem contar comigo para o que precisarem. – Obrigado. – Os dois subiram para o dormitório e encontraram todos dormindo. Harry vestiu seu pijama e caiu na cama, dormindo na hora. No dia seguinte ele acordou com alguém o chamando. – Vamos cicatriz, levanta logo. – O que foi? – ele murmurou, despertando de seu sonho com Hermione. – O que foi?! Nós já estamos atrasados e a primeira aula é com a tia Mimi! Harry levantou de um pulo e se trancou no banheiro, ainda escutando Almofadinhas resmungar. Logo saiu vestido, pegando sua mochila com os livros, saiu junto com Remo. Na sala comunal encontrou apenas Hermione o esperando. Ela adiantou-se e o beijou. Depois o repreendeu: – Porque você demorou tanto? Estamos atrasados. – Desculpa, não dormi direito essa noite. – Tudo bem, vamos logo. Não quero chegar mais atrasada do que já estamos. É, pensou Harry, seguindo a namorada, podia ser em qualquer tempo, mas Hermione continuaria a mesma. Os marotos ensinaram alguns atalhos a eles e chegaram à sala somente cinco minutos atrasados. – Srs. Potter, Black, Lupin e Srta. Granger. Posso saber o motivo do atraso? – Claro, demoramos um tempão para acordar esses dois, tia Mimi. – respondeu Sirius, fazendo cara de inocente e apontando para Remo e Harry que ainda aparentavam ter sono.

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– E o pior de tudo é acordar com um cão latindo na sua cara. – Respondeu Harry de mau humor. Todos riram menos Tiago e Sirius que olharam para ele espantados. Como ele poderia saber? Ou ele falou aquilo só por falar? – Vão logo para seus lugares antes que eu desconte pontos. – Eles logo se sentam, Harry junto com Remo logo na frente e Sirius com Tiago atrás. A professora continuou a aula, falando da importância dos N.I.E.M.s que aconteceriam no ano que vem. Logo a aula realmente começou com ela pedindo para tentarem mudar a cor de seus cabelos. A primeira a conseguir isso foi Lílian, ficando com cabelos castanhos. Logo depois Hermione, ficando ruiva. E Tiago ficou loiro. Harry nem ao menos prestava atenção, estava ainda morrendo de sono. – Sr. Potter, posso saber o motivo para o senhor não estar prestando atenção a minha aula? – Mas tia Mimi, eu já fiz tudo o que a senhora pediu. – Defendeu-se Tiago sem saber o porquê. – Não estava falando do Sr, agora temos dois Potter no castelo. – Ah, é, desculpe. –Desculpe professora. – Disse Harry, saindo do transe em que estava. – Eu me distrai. O que é para eu fazer? – Mudar a cor de seus cabelos. – Ah! – Ele pegou a varinha e sem perguntar como era acenou para a cabeça, ficando loiro como Tiago. Minerva abriu um raro sorriso de orgulho. – Muito bom Sr. Potter. O resto da aula transcorreu normalmente, e na hora do almoço Harry aproveitou e deitou a cabeça no ombro da namorada para poder descansar um pouco. – Posso saber o que o senhor fez ontem à noite para estar dormindo em pé? – Nada, não. Fiquei conversando com o Remo e perdi a hora. – Ele respondeu, sem abrir os olhos e apontando para o amigo que estava dormindo com a cabeça apoiada nos braços. Nesse momento Lílian entrou com Susan e Anne e mais uma garota que Harry nunca havia visto antes, mas que era muito familiar para ele. – Oi pessoal. Harry, Mione, essa é uma amiga nossa que eu não havia apresentado a vocês, Alice. – Harry levantou-se e cumprimentou a garota, percebendo que era a mãe de Neville. Ele havia a achado familiar pela foto que Sirius mostrara da Ordem da Fênix. Hermione também a abraçou. – Ruiva, posso falar com você? – perguntou o moreno para Lílian. Ela fez que sim com a cabeça e o acompanhou para fora do Salão. Eles foram caminhando calmamente para as masmorras, onde era a próxima aula, de Poções. Um tal de Slughorn era professor.

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– Pensou no que eu disse ontem? – perguntou Harry. – Sim. – E? – ele a incentivou. – Eu tenho medo, Harry. Tenho medo de ele me magoar. – Ele não vai fazer isso, e se por um acaso ele fizer, eu quebro a cara dele, pode ser? Ela riu, mas não respondeu, porque nesse momento haviam chegado a frente da sala e havia alguns sonserinos por ali, inclusive Severo Snape. – Olha só se não é a sangue-ruim e o mais novo Potter. – Disse Lúcio Malfoy e Harry impressionou-se com a semelhança dele e do filho, não só fisicamente. Na hora em que Lúcio falou aquilo o sangue de Harry subiu. Ele pegou a varinha rapidamente e a apontou para o loiro. – Eu, se fosse você, calaria a boca, Malfoy. – Harry, não, não vale a pena. – Disse Lílian. – Mas ele te ofendeu. – Ele contestou louco para vingar o filho no pai. – Eu já estou acostumada com isso. Harry não respondeu, e virou-se para entrar na sala, mas Lúcio disse: – Ah, olhem só! O Potter é mandado por uma sangue-ruim. – Todos riram menos Snape que fez uma cara de nojo ao ouvir aquele apelido, mas passou despercebido de todos, menos para Harry. – Agora você foi longe de mais, Malfoy. – Ele apontou a varinha para o loiro e fez um movimento com a mão, deixando os cabelos dele rosa berrante, sombra também rosa nos olhos e um batom vermelho na boca. Todos os grifinórios ali começaram a gargalhar, e alguns sonserinos não agüentaram. Lúcio ficou vermelho de raiva e Harry não perdeu a oportunidade: - Vejo que está colaborando, Malfoy, vermelho combinou direitinho. Nisso os marotos acompanhados das meninas chegaram e ao verem aquilo começaram a gargalhar. – Malfoy, finalmente resolveu sair do armário! Estava achando que não ia se assumir nunca! – Zombou Tiago, no que agora todos caíram na gargalhada, inclusive os sonserinos. Com o barulho Horácio Slughorn saiu de sua sala. – Mas o que está acontecendo aqui? – perguntou irritado, e se segurou para não rir quando olhou para Lúcio Malfoy. – Alguém poderia me explicar isso? – Foi ele professor. Potter fez isso comigo. – Respondeu Lúcio irritado e apontando para Harry, que ainda segurava a varinha apontada para ele. Ele abaixou a mão e ia se defender, mas Lílian foi mais rápida. – É, mas Harry só fez isso porque Malfoy o provocou, professor. – Provocou? Provocou, como?

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– Ele me chamou de Sangue-Ruim. – Ela sussurrou, mas um sussurro audível, que fez Tiago dar um pulo. – Ele o que?! – Ele exclamou olhando raivoso para Malfoy. – Sr, Potter, por favor. Isso é inaceitável, portanto menos 10 pontos para a Sonserina, e menos 10 pontos para a Grifinória, agora entrem, e Sr. Potter, poderia, por favor, retirar a azaração que colocou no Sr. Malfoy? – Mas ele ficou tão bonitinho assim. – Comentou Harry, fazendo os outros rirem. Mas ao ver o olhar do professor fez o contra feitiço, também não verbal. Depois todos entraram na sala e a aula prosseguiu. O professor disse que quem fizesse a melhor poção do Morto-Vivo iria ganhar um frasco de Felix Felicis, a Poção da Sorte. Harry achou a aula do Slughorn melhor que a do Snape, principalmente pelo falo de não ter um morcego gigante pressionando, pensou ele irônico. No fim, as melhores eram da Lílian e do Snape. Mas quando o professor chegou à poção do moreno exclamou surpreso: – Com certeza temos um vencedor! Nunca vi poção mais perfeita! Tome meu jovem. Um frasco de Felix Felicis. – Todos estavam surpresos, até mesmo Harry que pensou que a mãe ganharia aquela poção. Interessante, pensou Harry. Na hora do jantar todos já sabiam sobre o incidente com Lúcio Malfoy, não se comentava outra coisa. – Cara, aquilo que você fez foi digno de maroto. – Falou Sirius. – Concordo com ele. – Acrescentou Remo. – Ora, é claro que foi digno de maroto, afinal, ele é meu primo! – Exclamou Tiago convencido, fazendo algumas garotas suspirarem. Ele lançou o seu famoso sorriso sedutor. Lílian viu e fechou a cara. Harry deu um tapa com um pouco de força a mais do que o necessário na cabeça dele. – Ai! Porque você fez isso? – Perguntou o maroto. Harry nada respondeu, só olhou para ele com uma expressão um tanto brava e saiu do Salão. – O que deu nele? Hermione bufou e seguiu o namorado, o encontrando nos jardins. – Você está legal? – Isso vai ser mais difícil do que eu pensava. – Ele disse, abraçando a garota. – Você já enfrentou tanta coisa, isso vai ser só mais uma aventura. – Uma aventura um tanto maluca, devo dizer. – Ele comentou, Hermione apenas sorriu, depois perguntou: – O que você e o Remo tanto com conversaram ontem que você não conseguiu acordar?

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– Ah! Havia esquecido. Remo sabe quem nós somos. – Hermione fez uma cara chocada e Harry apressou-se em explicar o ocorrido com Tiago e a conversa que teve com Aluado. – Bom, - Ela disse, depois de um tempo em silêncio – pelo menos agora temos um aliado. – Sim. Mas vamos aproveitar que estamos sozinhos aqui. – Ele deu um sorriso malicioso e beijou a namorada. Já haviam passado um mês inteiro que eles estavam em Hogwarts e as coisas continuavam na mesma. Os sonserinos tentando prejudicar os grifinórios, os marotos pregando peças, só que agora com um novo integrante, Harry Potter. Tiago e Lílian também continuavam na mesma, com Lílian tentando criar coragem para falar com o maroto e o maroto se segurando para não ir falar com ela. Uma noite Lílian estava fazendo sua ronda por ser Monitora quando vê algo que não gostaria de ver. Tiago aos beijos com uma garota do sétimo ano da Corvinal. Ela já ia sair sem ser percebida com uma dor no coração, quando repara em algo. Tiago havia se separado bruscamente da garota. – Eu já disse Smith, que eu não quero nada com você! Pare de me importunar. A garota ia responder quando Lílian resolveu se fazer presente, com um brilho no olhar. – O que vocês dois estão fazendo aqui? Já passa do horário de andar pelo castelo. Srta. Smith, eu vou falar com o professor Flitwick, agora pode voltar para seu Salão Comunal. A outra saiu, lançando um olhar assassino para a ruiva. Logo depois Lílian virou-se para Tiago. – E quanto a você, Potter... – Ah, nem vem, Evans. – Ele a cortou, mal humorado. – Eu preferia quando você me chamava de Lírio. – Comentou Lílian. – O que...? – Mas Tiago não foi capaz de terminar de falar, porque Lílian o jogou na parede, colando seus lábios no do garoto. Nem ela sabia como tinha feito aquilo, e já ia se separar do garoto ao ver que ele não retribuía. Mas Tiago, passado o choque não iria deixar uma oportunidade daquelas escapar, e invertendo as posições, colou sua ruiva na parede e a beijou. Eles separam-se para poder respirar, e Tiago sussurrou: Acredita agora que eu a amo? – Sim, e eu tenho uma coisa para dizer também. – O que? – Tiago estava com os olhos brilhando em expectativa, e Lílian resolveu brincar com ele um pouco. – Que você está em detenção por estar nos corredores a essa hora da noite.

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– Como é? – Ele espantou-se, e Lílian deu um sorriso inocente. – E você fará a detenção no sábado, às oito horas da noite, na sala dos troféus. – Mas, Lily... – E fará – ela continuou, como se ele não tivesse interrompido – com uma certa monitora da Grifinória que é loucamente apaixonada por você. – Você vem me joga contra a parede e eu ainda tenho que... – Ele parou se dando conta do que ela havia dito. – O que você disse? Lílian riu e respondeu: – Que eu sou loucamente apaixonada por você, Tiago Potter. Eu o amo. – Finalmente! – Ele sussurrou e selou seus lábios nos dela outra vez. Quando Remo entrou pelo retrato da Mulher Gorda achou o Salão Comunal cheio, afinal amanhã era Sábado e ninguém precisava dormir cedo. Achou seus amigos perto da lareira e foi falar com eles. Eles estavam conversando a uma meia hora quando o Salão Comunal caiu em um silêncio sepulcral, e olhando para o retrato da Mulher Gorda viram Tiago e Lílian entrando de mãos dadas, com um imenso sorriso no rosto. – Sim, é isso mesmo que vocês estão pensando. Eu e a Lílian estamos namorando. – Falou Tiago para o Salão inteiro ouvir, e, naquele silêncio, ouviu-se três vozes: – Aleluia! – Eram Remo, Sirius e Harry. O último tinha um imenso sorriso no rosto, e Remo sabia muito bem o porque. – Calem a boa. – Disse Lílian, extremamente corada, nunca gostara de chamar a atenção. Harry viu os amigos dos pais conversarem, mas estava com o pensamento longe. Parece que a viagem no tempo já estava trazendo as mudanças. Pelo que sabia, seus pais iriam começar a namorar no ano seguinte. Mas as surpresas estavam só começando. Na noite de domingo, todos ainda estavam comentando sobre o namoro do maroto com a monitora, mas também havia um fato estranho: Dumbledore não estava na mesa dos professores na hora do jantar. Foi quando o diretor entrou por uma porta ao lado da mesa dos professores com o Chapéu Seletor na mão. – Eu peço a atenção de vocês por um momento. Uma coisa muito estranha aconteceu hoje. Nós hospedaremos mais um aluno em Hogwarts esse ano, mas não um aluno qualquer, e sim um viajante do tempo. – Harry, Hermione e Remo ficaram pálidos com aquilo. – Ele veio de vinte anos do futuro. – As portas do Salão Principal se abriram e um ruivo entrou um ruivo de olhos azuis. – Eu apresento a todos o Sr. Ronald Weasley! CAPÍTULO 12 DESCOBERTA

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Os burburinhos acompanharam o garoto até ele pôr o Chapéu Seletor na cabeça. Na mesa da Grifinória três bruxos encontravam-se em estado de choque. Principalmente Harry e Hermione. Rony...? Como...? – GRIFINÓRIA! – Anunciou o Chapéu. Rony se adiantou e sentou-se ao lado de Remo, de frente para Harry e Hermione. Logo o Salão voltou ao normal, mas ainda comentando sobre o estranho. – Prazer, eu sou Ronald Weasley, mas podem me chamar de Rony. – Eu sou Tiago Potter, essa é minha namorada, Lílian Evans, aquele é Sirius Black, Pedro Pettigrew, ao seu lado é o Remo Lupin, do outro lado são Susan Mitchell, Anne Willians e Alice Thompson*. Ah, e esse é meu primo, Harry Potter e sua namorada, Hermione Granger. – Tiago apresentou a todos. Rony olhou para Harry e Hermione e eles perceberam um brilho no olhar do garoto. Logo todos começaram a conversar normalmente, menos Sirius, que queria saber tudo sobre o futuro. – Sirius, da pra você parar? – Lílian havia cansado das perguntas do maroto. – Ele não pode contar o futuro. – Ora, e porque não? O que tem de mais nisso? – Você poderia se surpreender com coisas que aconteceram... – Comentou Hermione, em um tom misterioso, ainda olhando para Rony. Todos olharam para ela, pedindo explicações, mas Rony interveio: – Hermione tem razão. Na hora certa vocês saberão o que eu estou fazendo aqui. Logo a conversa voltou a ser animada, mas com um Sirius emburrado que ainda queria saber o que aconteceria no futuro. Quando todos se distraíram com uma piada contada por Sirius, que havia voltado ao seu jeito maroto, Rony falou, só com movendo os lábios: – Sala Comunal, meia noite. – Com um acendo de cabeça, Harry mostrou que entendeu. A meia noite só estava no Salão Comunal Harry, Hermione, Remo e Rony. Este esperava o maroto ir dormir para poder conversar com os amigos, mas depois que Sirius e Tiago subiram, Hermione falou: – Pode falar Rony. Ele olhou para Remo, e Harry explicou que o maroto já sabia quem eles eram. – Mas como você veio parar aqui? – Perguntou Hermione, curiosa. – Dumbledore. Bom, como vocês sabem, eu estava com a minha família na Romênia. Mas o diretor mandou uma carta para mim, dizendo que queria falar comigo o quanto antes. Então nós voltamos para casa, pensando que alguma coisa havia acontecido com você, Harry. O diretor me chamou e disse que vocês haviam voltado no tempo, e que queria que eu voltasse também para ajudá-los no que fosse preciso, porque a gente fazia tudo junto, e blá blá blá...

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– Mas como ele sabia que nós havíamos voltado no tempo? – Perguntou Harry. – E como ele mandou você para cá? – Perguntou Hermione. – Respondendo a pergunta do Harry, eu não sei como ele sabia que vocês haviam voltado no tempo. Quem sabe pelo motivo de você ter mantido seu verdadeiro nome? Agora a pergunta da Mione. O professor apontou a varinha para mim e falou uns negócios muito estranho que eu não entendi. Ah, e é um prazer vê-lo novamente, Prof. Lupin. – Terminou, virando-se para Remo. – Rony, aqui é só Remo, esqueceu? – Repreendeu-o Hermione. – Ah, é. Esqueci. Mas mudando de assunto, que história é essa de vocês estarem namorando? – Bom, acho melhor eu ir dormir. Boa noite. – Disse Remo, percebendo que era sua deixa para se retirar. Depois que ele saiu caiu um silencio incomodo na sala. – Bom, Rony, eu descobri que amo a Mione, e a Mione descobriu que me ama. – Harry estava receoso, não queria perder a amizade de Rony, Hermione pensava a mesma coisa. Mas para a surpresa dos dois, Rony sorriu, levantou-se do sofá e sentou-se entre Harry e Hermione abraçando os dois. – Cara, não posso dizer que fiquei surpreso, mas que eu estou feliz, eu estou. – Como...? – Hermione estava tão chocada que não conseguia articular uma frase coerente. – Mas, você amava a Mione, Rony. – Disse Harry. – Você não está chateado? – Eu pensei que amava a Mione. – Como assim? – Perguntou Hermione mais confusa ainda. – Quando eu estava na Romênia eu percebi que o que eu senti por você foi uma paixãozinha de adolescente, acho que a mesma coisa que o Harry sentiu pela Cho, entende? Você é como se fosse uma irmã pra mim, Mione. Então, - ele continuou agora se virando para Harry – se você magoar ela ou algo do tipo, eu juro que mato você, Potter. – Pode, deixa que eu mesmo faço isso, caso eu a magoe. – Disse Harry, sorrindo para a amada, que retribuiu. Ele empurrou Rony que caiu no chão e tascou aquele beijo nela. – Hey! Da pra para com isso?! Têm inocentes no recinto! – Rony exclamou do chão. Harry e Hermione separam-se ofegantes e Hermione perguntou: – Você inocente, Ronald Weasley? Rony apenas deu um sorrisinho para ela, mas algo ocorreu a Harry e ele resolveu se vinga do amigo por ter o interrompido. – Rony, qual foi o motivo para você ter percebido que não amava a Hermione como pensava?

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Harry tinha um sorriso malicioso nos lábios, e caiu na risada quando seu amigo ficou com as orelhas extremamente vermelhas. – N-Nada. Só percebi... – Ele gaguejou, e Harry agora gargalhava. – Qual é, eu sou seu melhor amigo. Me conta vai. – Insistiu Harry, agora sério. – Tá legal. Eu conheci uma garota. Ela é brasileira e estava visitando a Romênia com a família. O nome dela é Jennifer, e ela é linda. – Rony assumiu um ar sonhador. – Nós conversamos muito, principalmente sobre Quadribol. Ela é apanhadora na escola dela. – E? – Harry insistiu quando Rony fez uma pausa. – E, o que? – Rolou alguns amassos? – perguntou Harry malicioso. – É claro que não, Harry! Eu conheço ela a apenas um mês. – Errado. – Interferiu Hermione, e os dois olharam para ela confusos. – Você vai conhecer ela daqui a vinte anos. Rony bufou: – Vai ser difícil me acostumar com isso. Mas chega de falar de mim. Eu quero saber como vocês vieram parar aqui e o que aconteceu depois. E foi assim que Harry passou mais uma noite mal dormida, mas dessa vez com Hermione junto. Eles contaram tudo para Rony, não omitiram nada. Depois disso todos foram dormir, afinal, o dia seguinte era segunda-feira. E mais uma vez Harry acordou em cima da hora, só que agora não era Remo que o acompanhava, e sim Rony e por incrível que pareça, Hermione. Por sorte eles chegaram à sala no momento que Minerva chegava. Ela lançou um olhar severo a eles, mas Harry lançou um sorriso inocente para ela, entrando na sala junto com Hermione e Rony. O moreno sentou junto com o ruivo e Hermione com a mãe de Neville. Logo a aula começou a transcorrer normalmente. Depois de Transfiguração eles foram para a sala de feitiços, a aula seria com os alunos da Corvinal. Na hora do almoço Sirius ainda tentou arrancar alguma resposta de Rony, mas sem sucesso, já que Harry e Hermione impediam. – Porque vocês estão me impedindo de falar com o ruivo? – Perguntou Sirius, quando perguntou se ele era famoso adulto e Harry interrompeu. – Até parece que vocês se conhecem há muito tempo. Quando ele falou aquilo Harry engasgou com o suco de abóbora, e olhou espantado para Sirius. – Ora, Sirius. Nós conhecemos Rony ontem à noite, como todos vocês. – Hermione defendeu-os. – Sim, só achamos arriscado sabermos do futuro. – Completou Harry, quando se recuperou do choque.

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– Muito estranho isso. – Sirius sussurrou, mas ninguém escutou. Olhando para os lados, Harry percebeu que estavam perto da mesa dos professores, ou seja, perto de Dumbledore. Tomara que ele não tenha escutado isso, pensou o moreno consigo mesmo. Mas estava muito enganado, porque desde o dia em que entrara em Hogwarts, o professor estava de olho nele. Alvo desconfiava que o Potter de olhos verdes e a Granger escondiam algo muito sério. – Algum problema, Alvo? – Perguntou Minerva que estava ao seu lado. – Minerva, como são o Sr. Potter e a Srta. Granger nas aulas? – Ele não respondeu a sua pergunta, não a ouvindo ou fingindo que não ouviu. – Eles são excelentes, Alvo. Já fazem feitiços não verbais, algo que o professor Barnes vai ensinar somente na próxima semana. – O Sr. Potter é muito poderoso. – disse Dumbledore, mais para si mesmo do que para Minerva. – Mas acho que ele não tem ideia dos poderes que tem. - Minerva concordou silenciosamente e olhou para a mesa da Grifinória, onde Potter, Granger e o Weasley conversavam como se conhecessem há muito tempo. Ela percebeu que Dumbledore franziu a testa ao olhar para a mesma direção que ela. – Não é estranho como eles tornaram-se amigos, tão rápido assim? – Ora, Alvo, você sabe que os grifinórios são assim, os adolescentes são assim. Não esqueça que você já foi um. – Ela terminou, sorrindo para seu grande amigo. – Minerva, minha cara, - respondeu o diretor, retribuindo o sorriso – você tem razão. – Sabe, se isso fosse impossível, eu diria que aqueles três se conhecem há muito tempo. – Minerva ainda olhava para os três, mas olhou para Alvo quando este ofegou. – Alvo, está tudo bem? – Amigos há muito tempo... – Ele repetiu sussurrando, reparando melhor no Sr. Potter. Sim, ele era a cópia de Tiago Potter, a não ser a cicatriz na testa e os olhos... Olhos de um verde esmeralda que ele havia visto somente em uma pessoa, Lílian Evans. – Minerva, como você disse que o Sr. Potter é nas suas aulas? – Perguntou o diretor, abruptamente, fazendo a professora de Transfiguração olhar desconfiada para ele. – É um excelente aluno, como eu disse. Ele faz tudo o que eu peço e da forma correta... – Sim, mas como ele faz isso parece familiar para você? – Interrompeu-a Dumbledore. – Familiar? Como assim, Alvo? – Sabemos que fisicamente ele é parecido com Tiago Potter. Mas e nas aulas, como ele age? Minerva pareceu pensar um pouco, então respondeu:

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– Não, nas aulas ele não se parece nem um pouco com Tiago. Eu diria que é mais parecido com... – Ela parou de falar, tentando descobrir com quem o garoto se assemelhava em suas aulas. – Lílian Evans? – perguntou Dumbledore para ela, ainda olhando para os grifinorios que nesse momento se encaminhavam para as masmorras assistir a aula de Poções. – Horácio me disse que o jovem é um ótimo preparador de poções, melhor até que o Sr. Snape. Mas se assemelha a Srta. Evans. – Alvo, aonde você quer chegar com isso tudo? –Você não acha estranho Lílian e Tiago começarem a namorar, sendo que terminaram o ano dizendo que se odiavam? – Ele respondeu com outra pergunta. – Ora, todos sabiam que os dois se amavam. Mas o que você quer dizer com tudo isso? – A semelhança dos dois Potter... – Dumbledore começou, mas foi interrompido por Minerva. – É claro que eles são parecidos, Harry é filho do irmão do Charles, e nós sabemos o quanto aqueles dois eram um a cara do outro. – Sim, sim. – retrucou o diretor impaciente, o que era raro. – Mas você não reparou nos olhos dele? – Os olhos? – Eu vi aquele tom de verde somente em uma pessoa. Minerva pareceu pensar, ficou um bom tempo assim. Enquanto ela pensava, Dumbledore percebeu que o Salão estava quase vazio, a não ser por alguns alunos do sétimo ano que tinham o período seguinte livre, e alguns professores. Ele voltou a si com o ofego de Minerva. – Merlin. – Ela sussurrou. – Harry Potter é filho de Tiago Potter e Lílian Evans. Não é? Ela buscou o olhar de confirmação do diretor, que acenou que sim com a cabeça.

CAPÍTULO 13 CONVERSAS ESCUTADAS Harry seguia os outros para as masmorras assistir a aula de Poções rezando para que Dumbledore não tenha percebido a conversa que eles tiveram com Sirius na hora do almoço. – Olha, se não são os fracassados. – Uma característica voz fria e arrastada falou, tirando Harry de seus devaneios. – É e agora eles têm mais um membro para o clube dos fracassados. – Acrescentou Goyle. Algumas coisas não mudam, pensou Harry.

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– De fracassados aqui eu só estou vendo vocês, Malfoy. – Respondeu Harry cansado, não estava com paciência para aturar sonserinos idiotas. – Sabe, eu acho que você fica mais legal como eu o deixei no primeiro dia. – Os grifinórios gargalharam enquanto Malfoy ficou vermelho de raiva. – Você vai pagar por isso, Potter. – O jeito que ele falou isso lembrou a Harry muito a Draco. Agora entendo o que quer dizer filho de peixe, peixinho é. Pensou Harry, lembrando-se do ditado trouxa. – Já vi esse filme antes. – Comentou despreocupado. Antes que Malfoy respondesse, o professor chegou e eles entraram. A aula prosseguiu normal, mas enquanto Harry preparava sua poção sua mente estava a turbilhão. Pelo visto os capangas de Lúcio Malfoy, pais de Gregório Goyle e Vincent Crabbe, eram mais espertos que os filhos. Não lembrava Goyle ter respondido a uma implicância sua, mas o pai dele sim. Deixando isso de lado, passou a pensar em coisas mais importantes, como o principal motivo deles terem voltado no tempo: deter Lord Voldemort. Mas como ele faria isso se, aparentemente, o cara de cobra era imortal? Ele ficou ainda pensando nisso, quando o sinal bateu. Pegou um frasco, colocou sua poção que nem se lembrava mais qual era dentro, e a entregou para o professor, esperando seus amigos do lado de fora. Eles saíram conversando banalidades, Harry deixou de lado Voldemort por um tempo, afinal ele tinha que aproveitar também. Foi quando deu por falta de algo, seu livro de Poções. – Ei, pessoal, eu já volto. – Ele falou, nesse momento estavam em frente às grandes portas, dava para ouvir o barulho que vinha lá de dentro. O salão já estava cheio. – Aonde você vai? – Perguntou Hermione. – Esqueci meu livro de Poções nas masmorras do Slugh. Vou lá pegar. – Ah, pra que isso? Pega amanhã. – Disse Rony, ele estava morrendo de fome. Isso também não mudava nunca. – São só alguns minutos. – Ele deu um rápido beijo na namorada e saiu, voltando pelo caminho que acabara de sair. Chegando às masmorras, teve uma pequena surpresa. Quem sabe nem tão pequena assim. ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Alvo Dumbledore caminhava despreocupado pelos corredores de Hogwarts. Pelo menos na aparência ele mostrava estar despreocupado, mas na verdade pensava no que acabara descobrir sobre o jovem Sr. Potter e a adorável Srta. Granger. Que ela também era do futuro era óbvio, já que ela acompanhava o Sr. Potter em tudo e parecia o conhecer a longa data. O que mais o intrigava era o fato deles confundirem todas aquelas pessoas do Orfanato Davidson, se eles tivessem usado o Confundusou

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o Confundus Máxima eles teriam sido detectados pelo Ministério, e isso com certeza não ocorreu. Bom, mas isso ele perguntaria mais tarde para eles, agora tinha outro assunto para resolver, um assunto com seu professor de Poções. Constatou que a aula já deveria ter acabado, por isso se dirigiu até as masmorras e entrou na sala, no mesmo momento em que certo moreno de olhos verdes surgia. Ele pareceu não perceber a presença do garoto e pigarreou, chamando a atenção de Horácio, que estava distraído arrumando suas coisas. Tinha ficado para trás para analisar a poção de Harry Potter e mais uma vez havia se surpreendido com as habilidades do garoto. Igualava com a de Lílian Evans. Mas deixando esses pensamentos de lado, Horácio ergueu os olhos para Dumbledore, sabendo o que trazia o diretor ate si. – Alvo, posso ajudar em alguma coisa? – Mesmo assim fez-se de desentendido. – Você sabe muito bem o que me traz aqui, Horácio. – O diretor suspirou. – Nós já conversamos sobre isso, diretor. Eu já lhe entreguei o que queria. – Nós sabemos muito bem que a memória que você me entregou era uma memória alterada, alterada por você mesmo. Horácio é de suma importância que eu saiba o que você conversou com Tom Riddle há trinta anos. – Eu já lhe disse tudo o que tinha para dizer, Alvo. – Você salvaria milhões de vidas... – Você não entende! – Exclamou o mestre de poções, interrompendo o diretor. – Ele viria atrás de mim se eu falasse. – Em Hogwarts você está protegido. Voldemort não poderá lhe tocar enquanto estiver aqui. Horácio deu um leve ofego ao ouvir o nome do Lorde das Trevas, e ficou em silencio. – Não é só por isso. – Ele murmurou, depois de um tempo. – Eu tenho vergonha do que eu disse para ele naquela noite, eu me envergonho disso. – E o que, exatamente, você disse para ele, meu caro amigo? – Não! Eu não posso contar! É horrível! Dizendo isso, o professor saiu da sala, deixando um frustrado Alvo Dumbledore para trás. Logo depois Dumbledore saiu da sala também, dirigindo-se para o Salão Principal. Quando se sentou em se lugar, McGonagall perguntou: – Quando você irá falar com o Potter e a Granger? – Não sei, Minerva. – Ele suspirou e olhou para a mesa da Grifinória, que por acaso era a mais barulhenta. Pelo visto Harry Potter e Ronald Weasley ajudavam os marotos na baderna. – Acho que amanhã, depois das aulas. Tem muitas perguntas que eu quero respostas. Minerva assentiu, e voltou-se para conversar com o Prof. Barnes, de DCAT. Sim, amanhã eu falarei com os três, pensou Dumbledore consigo mesmo.

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¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Harry conseguiu chegar ao Salão Principal alguns minutos antes que o diretor. Quando percebeu que Slughorn iria sair da sala, entrou em uma passagem secreta que daria em um corredor que àquela hora estaria deserto. Chegou sentando-se ao lado da namorada, ofegando tentou acalmar a respiração conseguiu bem na hora que Dumbledore entrou no Salão com uma expressão pensativa. O garoto viu o diretor sentar-se e a professora perguntar algo para. Desviou os olhos e fingiu que ria de alguma piada idiota que Almofadinhas havia contado quando percebeu que o diretor olhou diretamente para a mesa da Grifinória. Somente Hermione e Rony perceberam que a sua risada era falsa, afinal se conheciam a mais de seis anos. Mas Harry resolveu que não contaria aquilo para os amigos aquela noite, porque sabia que ficaria acordado até altas horas e ele precisava dormir. Ele ficou o resto do jantar pensando naquilo, e em algumas ocasiões ele dava gargalhadas e fazia marotices para disfarçar. No dia seguinte, quando acordou percebeu que todos ainda dormiam, menos Remo. Rony então roncava. Se fosse outra ocasião, ele acordaria a todos “suavemente”, mas ele estava muito pensativo e saiu do dormitório. Ficou passeando pelos corredores, era muito cedo para ir ao Salão Principal. Dobrando em um corredor do quarto andar, reparou que havia duas corvinais conversando, e ia sair quando escutou algo que chamou sua atenção: – A Evans vai me pagar por ter roubado Tiago de mim... – Sussurrava uma garota loira de olhos escuros. – O que você vai fazer? – Perguntou a morena que estava com ela. – Ainda não sei, mas que a Evans não vai mais namorar aquele maroto, ah ela não vai! As duas corvinais saíram dali, e nem perceberam que Harry estava escondido atrás de uma armadura. Ele temia que elas fizessem algo contra sua mãe. Ele saiu, e dirigiu-se ao Salão Principal encontrando só alguns estudantes. Ele sentou-se e começou a comer. Estava tomando suco de abóbora quando viu Hermione e Lílian entrarem. – Lírio, posso falar com você? – Ele perguntou apressado quando a ruiva sentou-se a sua frente e Hermione ao seu lado. – Ah, Harry, pode ser mais tarde? Eu preciso falar com a McGonagall a respeito da última aula. – Sobre o que? – Ele perguntou curioso. – Sobre o movimento certo da varinha para realizar o feitiço que ela ensinou. Bom, é melhor eu ir indo se não quiser chegar atrasada para a aula do Prof. Barnes. Antes que alguém falasse alguma coisa, ela saiu apressada com uma torrada na mão.

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– Droga! – Murmurou Harry. – O que aconteceu querido? – Perguntou Hermione docemente. – Eu ouvi duas corvinais no corredor hoje, uma loira que eu não sei o nome queria fazer algo contra Líly por ela estar namorando o Pontas. Eu queria avisá-la agora, mas ela e sua maldita mania de estudar. Sem ofensas, Mi. – Ele falou. Hermione ficou pensativa. – Eu vou tentar falar com ela. – Ela disse por fim. – Mas o que aconteceu ontem quando você foi buscar o seu livro de Poções? – Droga, o livro! – Exclamou Harry, ao se dar conta que não havia pegado seu livro, mais tarde teria que ir ate a sala do Slug. – Ora, não me diga que você não pegou o seu livro, sendo que foi para isso que você foi para lá! – É que eu escutei uma coisa bem estranha... – Harry sussurrou olhando para os lados, vendo se ninguém estava escutando. Certificando-se que não, ele voltou seu olhar para Hermione e contou a ela o que ouviu. Depois disso fez-se um silêncio em que os dois estavam pensativos. – O que será que o professor contou a Riddle? – Perguntou mais a sim mesma do que para o garoto. – Eu não sei, mas devia ser algo sério para o Slugh ter ficado daquele jeito. – Harry, você precisa saber! – Exclamou Hermione de repente. – Como? Você acha que ele falaria para mim se ele não falou nada para o diretor? Muita sorte mesmo para... – Harry se interrompeu, se engasgando com o suco. – Harry? – Hermione perguntou ansiosa. – O que aconteceu? – É claro! – Ele exclamou um pouco alto de mais, fazendo alguns alunos olharem para ele, incluindo dois professore que estavam prestando atenção aos dois. Abaixando a voz, Harry falou para que só a namorada ouvisse. – Eu preciso de sorte, Hermione, sorte! A Felix Felicis que eu ganhei do Slugh no primeiro dia de aula. Para que mais eu vou usá-la? – Mas é claro! Como eu fui esquecê-la? – Nesse momento seus amigos entraram pelo Salão, os marotos pareciam sonolentos. O olhar dele foi para a mesa da Corvinal e encontrou as duas garotas olhando para os marotos. A loira de olhos escuros babava por Tiago, já a outra não desgrudava seus olhos de Sirius. Antes d’eles sentarem-se, Harry levantou-se e olhou para Tiago: – Posso falar com você, Pontas? – Claro primo. – Ele falou, embora estivesse desconfiado com a atitude do garoto. Eles saíram do Salão Principal sob os olhares de todos, e entraram na primeira sala vazia que encontraram.

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– Pontas, é melhor você e a Lírio tomarem cuidado. – Harry foi direto ao ponto. – Cuidado, porque cuidado? O que esta acontecendo?! Harry suspirou e contou a conversa que ouvira no corredor entre as duas corvinais. – E você já falou pra Lily? – questionou Tiago depois de um tempo. – Não, não consegui. Ela saiu logo depois que entrou, dizendo que tinha que falar com a Minerva. – Obrigado por falar Harry. Te devo uma. – Que isso! Somos uma família, certo? – Questionou, mas não recebeu resposta, pelo menos não verbalmente, pois Tiago o abraçou. Ele podia conhecer o moreno de olhos verdes a apenas alguns meses, mas sentia que podia confiar sua vida ao garoto. – É claro que somos. – Disse, afastando-se de Harry. – Mas é melhor irmos se não quisermos nos atrasar para a aula do Barnes. Os dois não voltaram ao Salão Principal, seguiram direto para a sala de DCAT, eles teriam os dois primeiros períodos com o Prof. Barnes, e depois era Trato das Criaturas Mágicas, com a Professora Grubbly-Plank. Quando deram por si, já estavam se encaminhando para as estufas para a aula de Herbologia. Na hora do jantar, eles deram por falta de Dumbledore e McGonagall e perguntaram-se se algo havia acontecido, se Voldemort resolvera atacar mais uma vez. Então, uma aluna do primeiro ano da Lufa-Lufa entregou um bilhete para Harry. Caro Sr. Potter Desculpe incomodá-lo, mas gostaria que o Sr., o Sr. Weasley e a Srta. Granger comparecessem ao meu escritório logo após o jantar. Quero discutir algo muito importante com os senhores. Espero que estejam desfrutando o jantar, Alvo Dumbledore. PS: Eu adoraria por uma gota de limão na boca agora. O que será que Dumbledore quer? Pensou Harry. E em voz alta disse: – Rony, Hermione. O diretor quer ver a gente depois do jantar. – O que vocês fizeram? – Perguntou Lílian, acabando de chegar. – Onde você estava? – Questionou Tiago. – Resolvi acabar o dever de Poções de uma vez, mas não mudem de assunto. O que vocês três aprontaram para o diretor querer vê-los? – Nada, pelo menos nada que eu me lembre. – Retrucou Rony. – Vai ver ele só quer saber como estamos saindo na escola. – Respondeu Hermione. Depois que os três acabaram de jantar, saíram do Salão e foram para a torre mais alta. Quando estavam na frente da Gárgula, Harry falou:

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– Gota de Limão. – A gárgula saiu da frente e eles subiram. – Dumbledore informou a senha no bilhete. – Acrescentou, ao ver as caras desentendidas dos amigos. Quando bateu na porta Minerva McGnagall atendeu. – Oi professora. O professor Dumbledore queria nos ver? – Sim, Potter, entre. Saindo da frente, ela deu passagem para os três jovens entrarem. – Ah, vejo que já chegaram! – Exclamou Dumbledore, satisfeito. – Como estão indo as aulas para vocês? – Está tudo bem. – Respondeu Harry, desejando que fosse somente aquilo que o diretor queria. – Que bom, então. – Dumbledore fez uma pausa e olhou diretamente para Harry, aquele olhar que Harry conhecia bem, como se ele estivesse vendo sua alma. – E como é a experiência de conviver com seus pais com a mesma idade que a sua? – É difícil, sabe, eu... – Harry parou, finalmente dando-se conta do que o professor havia falado. Dumbledore sorria para os três. CAPÍTULO 14 MAIS BRIGAS – Como... Como o senhor descobriu? – Perguntou Rony surpreso. – Bom, em primeiro lugar o senhor acabou de confirmar, Sr. Weasley. Em segundo, eu achei estranho como vocês três ficaram amigos tão rápidos, e eu sempre suspeitei que o Sr. Potter e a Srta. Granger escondiam algo. Harry suspirou e caiu sentado na cadeira em frente ao diretor. Rony e Mione sentaram-se ao seu lado e a diretora da Grifinória ficou em pé ao lado do diretor. – Quando o senhor descobriu, professor? – Perguntou Harry. – Ontem, na hora do almoço quando o Sr. Black estranhou vocês três terem se dado bem tão logo. – Tinha que ser Almofadinhas. – Sussurrou Rony. – Mas porque vocês três voltaram no tempo? Isso é perigoso, coisas terríveis podem acontecer. – Eu sei, mas na situação em que eu estava era a única coisa que me vinha na cabeça. – E que situação era essa, Harry? – Perguntou Alvo, suavemente, ao garoto a sua frente. – Eu acho que vou ter que contar a história para o senhor entender. Mais uma vez. – Ele disse cansado. Não era fácil relembrar o passado. – Mais uma vez? Como assim mais uma vez? – Quem levantou a duvida do diretor foi Minerva.

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– O Remo acabou descobrindo. Mas é melhor eu contar a história logo. – Depois que todos concordaram, ele respirou fundo e começou a contar sobre a profecia e tudo mais. Quando ele hesitava, Hermione apertava sua mão e Rony transmitia força com o olhar. Eles ficaram em completo silêncio quando ele acabou a narrativa. Dumbledore não conseguia acreditar o quanto aquele garoto havia sofrido na vida. Seus olhos brilhavam, como se ele segurasse as lágrimas. Minerva não ficava para trás também. Quem a veria agora não acreditaria que a severa professora de Transfiguração estava à beira das lagrimas. Quando ele chegou à parte em que chegavam ao Orfanato o diretor interrompeu e Harry agradeceu, não agüentava mais falar. – Mas uma coisa que eu não entendo. Como foi que vocês conseguiram iludir todas aquelas pessoas? O Ministério detecta menores que usam magia, principalmente em lugares em que não há um único bruxo a quilômetros de distancia. – Porque é um feitiço do futuro. – Respondeu Hermione, como se estivesse na aula e o professor tivesse feito uma pergunta qualquer para ela. – Eu sabia que se usássemos o Confundus ou outro mais poderoso, como o Confundus Máxima o Ministério iria descobrir o que estávamos fazendo, mas, se usássemos um feitiço que ainda não havia sido criado não havia possibilidade de o Ministério descobrir. – Estou impressionado, Srta. Granger. – Ih! O senhor não ouviu nada ainda. – Disse Rony. – Têm que ver como ela é no nosso tempo. É conhecida como a Sabe-Tudo Granger. – Cala a boca, Ronald. – Hermione sussurrou. Rony calou a boca na hora, sabia como a amiga ficava quando estava irritada. Harry apenas sorriu, sentira falta daquelas briguinhas idiotas. – Posso continuar a história? – Perguntou Harry, quando Rony resolvera falar alguma coisa. Depois de todos assentirem ele continuou, falando também como adiantara o namoro dos pais. Depois que ele acabou a narrativa, fez-se um silêncio em que todos ficaram pensando naquilo. Até que Harry o quebrou: – Professor? Eu sem querer ouvi o que o senhor e o Prof. Slughorn estavam conversando ontem, depois da aula de poções. Dumbledore olhou para ele atentamente. – Ouviu? – Sim, eu tinha esquecido meu livro de poções e voltei para buscar, foi quando o senhor chegou, e bem... – Harry estava corado e sem jeito. – Tudo bem Harry. Eu sei que você não vai sair por ai falando sobre isso. McGonagall e Rony estavam confusos, do que eles estavam falando? – Eu acho que eu, talvez, consiga essa memória para o senhor.

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– Como? – No primeiro dia de aula eu ganhei a poção Felix Felicis por ter conseguido fazer a Poção do Morto-Vivo. – Sim, eu sei, Horácio me contou em como você era brilhante na aula dele. Harry corou e Rony gargalhou, chamando a atenção de todos. – Deixa o Snape, do nosso tempo, ouvir isso, ele provavelmente se suicidaria. Revirando os olhos, Harry voltou sua atenção para o diretor: – O caso é que eu não usei ainda, poderia tentar para pegar essa tal memória. Nós precisamos destruir Voldemort. – Concluiu Harry. Rony ofegou ao ouvir o nome do cara de cobra. - Ah, qual é Rony! É só um nome idiota. Nem é seu nome verdadeiro. – O Sr. Potter tem razão, há tempos venho dizendo para as pessoas que elas devem parar com essa bobagem de Você-Sabe-Quem. O medo de um nome só aumenta o medo da coisa em si. O que foi? – Acrescentou, quando viu Harry dar um sorrisinho. – Podem passar vinte, cinqüenta, cem anos, mas o senhor continua o mesmo professor. – É mesmo? – Ahan. – Rony e Hermione também concordaram com o amigo. Naquela noite Harry foi dormir tranqüilo, nunca gostou de mentir para Dumbledore. De repente ele não estava mais em sua cama, estava em um lugar frio, úmido. Escutava gritos de dor, e isso o felicitava. Estava sentado em um tipo de trono e a sua frente havia um homem, Walden McNair. – Então, McNair, como estão os planos? – Ele perguntou, mas sua voz não era mais a mesma, ela era fria e cruel. – Tudo dentro do planejado, Milorde. – Ótimo, quero ver aquele velho me impedir. E deu uma risada mais fria e cruel que sua voz, uma risada sem vida. – Harry! Harry! – Ele escutou vozes o chamando e acordou. Tiago estava a sua frente, com uma expressão preocupada. – Você tá legal? – Sim. – Sua voz não era mais que um sussurro. Rony olhou para ele com uma expressão de que sabia o que estava acontecendo. – Eu estou bem, é sério. Depois de muito insistir, e com a ajuda de Rony, foi que cada um voltou para sua cama. Tiago estava muito preocupado com o amigo, ele viu como Harry apertava a cicatriz em forma de raio na testa e gemia. Deixando isso de lado, resolveu levantar, afinal, já estava amanhecendo e não conseguiria mais dormir. Desceu para o Salão Comunal e ficou sentado em uma poltrona na frente da lareira, quando ouviu passos descendo as escadas. Era Lílian, e ela parecia apressada, porque nem vira o namorado. – Lily? – Chamou ele, achando aquela atitude muito estranha.

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– Tiago?! O que você está fazendo aqui há essa hora? – Eu não conseguia dormir então desci... Mas o aonde você vai à uma hora dessas? – Eu... Eu estava indo para a biblioteca, para estudar, sabe... – Ela gaguejou. – Porque você está tão nervosa? – Ele perguntou, levantando-se e indo até a namorada. – Eu não estou nervosa, é impressão sua. – Ele deixou isso de lado, e tentou beijar a namorada, mas esta se afastou. – O que... – Como eu disse Tiago, eu tenho que ir para a biblioteca para estudar. Não posso ficar me distraindo. Dizendo isso ela saiu, deixando para trás um Tiago totalmente confuso. O que estava acontecendo com sua ruivinha. Ele saiu do Salão, disposto a encontrar a namorada na biblioteca. Dobrando em um corredor encontrou duas garotas da grifinória do sétimo ano cochichando, elas não repararam em Tiago, mas esse escutou muito bem o que elas falavam. – Estou te dizendo, foi o que eu vi agora a pouco. – Isso não é possível, Kat, Evans não faria uma coisa assim com o Potter e ela é toda certinha. – Mas eu a vi e o Snape se abraçando e tudo o mais na biblioteca. Deixando as duas para trás, Tiago rumou para a biblioteca furioso. Como Lílian faria uma coisa dessas? Então ele lembrou-se das palavras de Harry. Tentou se acalmar, disse a si mesmo que só iria até a biblioteca para ver com seus próprios olhos que Lílian deveria estar enfurnada de livros estudando. Entrando encontrou a biblioteca vazia, a não ser por madame Pince que estava atrás de sua mesa. Resolveu andar pelas estantes, quando viu uma coisa que o fez estacar. – Sev, por favor... – Lílian falava para ranhoso e abriu um sorriso meigo para ele. – Tudo bem, o que eu não faço por você? – Ele respondeu, mas não era o tom frio que Tiago estava acostumado, e sim um tom carinhoso. – Você sabe que te amo, né? Tiago com certeza preferia receber dez maldições cruciatos a escutar aquilo. – Eu não acredito Lily. – Ele sussurrou, mas foi alto o suficiente para os dois escutarem e se virarem. Lílian se deparou com o olhar de dor de Tiago. – Tiago? O que... Que você está fazendo aqui? – Ah, desculpe, eu não queria interromper os pombinhos, só queria saber por que você estava tão estranha antes, mas agora eu descobri. Você queria se livrar de mim para poder se encontrar de uma vez com seu namoradinho, não é?

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– Tiago, não era isso! Por favor... – Lílian estava anormalmente pálida, e deixava as lágrimas caírem livremente. – A não? E eu por acaso sou cego? Ou surdo?! Nunca mais fale comigo, Evans! Ele saiu dali, deixando para trás uma arrasada Lily e um Snape estático. Tiago rumou para o campo de Quadribol e se sentou nas arquibancadas. Ficou por mais de uma hora assim, sem se mexer, quando resolveu ir para o campo. Estava distraído, quando alguém o chamou. Em sua direção vinha uma loira de olhos escuros que ele sabia pertencer a Corvinal e ter uma quedinha por ele. – Oi. – Disse ele, frio. – Aconteceu alguma coisa? Ele não respondeu, mas sentiu ser observado e viu Lilian vindo à direção deles, ela parou quando viu que ele não estava sozinho. – Não. – Ele respondeu, lançando um sorriso charmoso para a garota que se derreteu. – Não aconteceu nada de importante. – Então, pegando a garota de surpresa, tascou um beijo nela. Lílian correu para fora do campo, e estava quase chegando ao castelo quando esbarrou em alguém. Olhou para frente e percebeu que era Harry. Agarrou o moreno pelo pescoço e chorou, chorou muito. – O que aconteceu, Lírio? – Ele perguntou, espantado com a atitude da mãe. – Tiago, ele me odeia e está beijando uma garota no campo de Quadribol... Harry ficou estático, não seu pai não faria aquilo. – Ele não faria isso... – Ele fez, e a culpa é minha. Ele só queria se vingar de mim. Ele me viu na biblioteca com o Severo e tirou conclusões precipitadas. – O que você estava fazendo na biblioteca com o Snape? – Ele perguntou realmente curioso. – Ele queria conversar comigo, me pediu desculpas pelo jeito que agiu desde que entrou em Hogwarts e tudo o mais. Depois ele revelou que sempre me amou, mas eu disse que amava Tiago e que gostava dele só como amigo, depois ele se conformou, e perguntou o que não faria por mim, então eu disse que o amava, e Tiago ouviu aquilo, mas eu disse que o amava no sentido amizade, Harry, eu nunca... – Shii, eu sei. Se acalme. Eu vou falar com Tiago. – Lílian assentiu e continuou o caminho para o castelo, enquanto Harry seguia para o Campo de Quadribol. Quando chegou lá, seu pai ainda beijava a tal garota, e Harry a reconheceu como sendo a tal que queria separar Lily e Pontas. – Que merda é essa?! - Ele exclamou realmente muito irritado por seu pai ser tão idiota a ponto de cair na lábia da garota. – Nada, de mais, Harry, só estou beijando a minha atual namorada.

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Harry olhou para ele com raiva, e ficou com mais raiva ainda quando viu que a garota lançou a ele um sorrisinho malicioso. – Com licença. – Ele disse para a garota, que saiu de sua frente, dando passagem para ele fazer o que queria fazer. Então pegando a todos de surpresa, deu soco na cara de Tiago. – Isso é para você deixar de ser idiota. Depois ele saiu, estava com a cabeça quente e por onde passava nos corredores velas apagavam. Se não estivesse tão irritado, teria percebido isso, mas não percebeu. Ele entrou no Salão Principal, àquela hora lotado, mas se controlou para não demonstrar seus poderes. Mas todos perceberam que o humor dele não estava muito bem. Logo depois entrou Tiago Potter com a mão sobre o nariz ensangüentado, e todos se perguntaram quem havia batido no maroto, já que ele era um exímio lutador. Para a surpresa geral, ele se dirigiu a Harry, que havia se sentado ao lado da namorada: – Posso saber por que cargas d’água, você quase quebrou o meu nariz?! – Ele exclamou e todos pararam para ver o que estava acontecendo. Harry se levantou e disse: – Se você não sabe Potter, não vou ser quem vou te dizer. Só não se esqueça do que lhe disse ontem e pare de ser idiota. – Você me da um soco no nariz e diz que eu sou idiota?! – Sim. – Respondeu Harry simplesmente. Antes que Tiago pudesse responder ou retrucar, a professora McGonagall apareceu atrás deles. – O que está acontecendo aqui? – Nada, professora. Só um maroto que age impulsivamente e não percebe o que está a sua volta. – Respondeu Harry, ainda olhando para seu pai. Também tinha ficado surpreso com o soco, afinal era seu pai. Mas ele havia ficado com muita raiva disso. – É melhor vocês pararem com isso. Se já tomaram seu café vão para suas aulas. Todos estavam surpresos com aquilo. Harry Potter batendo em Tiago Potter? O que acontecera? Mas logo todos souberam e tiraram suas conclusões. Uma aluna do segundo ano da Sonserina havia visto o que acontecera no Campo de Quadribol. Lílian Evans não foi vista nem nas aulas naquele dia e o humor dos dois Potter era o dos pior, ninguém fazia piadas com eles, nem mesmo os marotos. Harry não falou mais com Tiago e vice-versa. Os dois ainda estavam com a cabeça quente. E foi com esse clima tenso que se passou duas semanas. Harry havia até esquecido que iria tomar a Felix Felicis. Mas resolveu fazer no dia seguinte, que era um sábado. CAPÍTULO 15 H ORCRUX Estava anoitecendo quando Harry foi para seu dormitório, o Salão Comunal estava lotado. Estava meio estranha a situação lá embaixo. Os marotos estavam sentados em

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um lado e as garotas em outro, com Hermione e Rony sentados no meio. Harry estava sentado ao lado da mãe, afagando seus cabelos e lançando olhares assassinos para Tiago, quando se lembrou da Felix Felicis e de Sughorn. Levantando-se, disse para Lílian que iria descansar um pouco. Ela sorriu e deu um beijo na bochecha do moreno de boa noite. Harry sorriu e foi até a namorada beijando-a com paixão, fazendo algumas garotas suspirarem. E aqui estava ele. Pegando seu malão, abriu-o e encontrou a Poção ali, ainda lacrada. Abriu-a e tomou tudo de um gole só. Depois de alguns segundos uma sensação invadiu-o, a sensação de euforia, sentiu que tudo era possível, que poderia fazer qualquer coisa. Ele sorriu, agora parecia que extrair a tal lembrança de Slughorn era a coisa mais fácil do mundo. Foi quando resolveu ir até a cabana de Hagrid. Espera, não! Ele falou para si mesmo, eu preciso ir atrás do Sughorn. Mas a sensação de ir para a cabana do guarda-caça era maior e ganhou. Abrindo a mochila que botara dentro do malão quando fora para a Mansão Potter, encontrou o que precisava. O Mapa do Maroto e a Capa de Invisibilidade. Deixando o Mapa, guardou ele bem fundo no malão, depois levantou-se, vestiu a capa e saiu do dormitório e aproveitou a chance de que um garoto do sétimo ano acabara de entrar e saiu. Quando cegou ao Hall de Entrada, olhou para as escadarias que davam para as masmorras, perguntando-se porque diabos estava indo ver Hagrid se precisava falar com o professor de Poções. Deixando isso para lá, encaminhou-se para fora, e já estava passando pelas estufas quando algo chamou sua atenção. O professor estava conversado com a Prof.ª Sprout sobre algumas plantas e sua propriedades mágicas. Harry esperou a professora sair e quando o professor Sulghorn se encaminhava para o castelo, Harry saiu de baixo da Capa de Invisibilidade. – Boa noite, professor. – Pelas barbas de Merlin, Harry! Quase me mata de susto! – Desculpe, professor, não era a minha intenção. Harry disse, e já ia se encaminhando para a cabana do amigo meio gigante, quando Slughorn falou: – Aonde você vai a uma hora dessa, Harry? – Ah, eu vou visitar Hagrid, ele é um grande amigo. – Mas Harry, não posso deixa-lo ir! É muito perigoso nos tempos de hoje andar a essa hora pelo castelo, aliás, como você saiu do castelo? – Filch deve ter esquecido as portas abertas, ele deve estar mais preocupado com Pirraça. – Tudo bem, Harry, eu o acompanho de volta ao castelo. Vamos.

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– Desculpe, senhor, mas eu prometi que iria visitar Hagrid e eu cumpro o que prometo. – Disse Harry, já se encaminhando para a cabana, e dessa vez não parou quando o professor o chamou. – Harry, não posso permitir que ande sozinho pelos terrenos a uma hora dessas! – Ora, então venha comigo, professor. Assim não estarei sozinho. Slughorn pareceu pensar por um momento e vendo que não tinha opção, seguiu o moreno. Eles andavam em silêncio, Harry agradeceu mentalmente a Felix Felicis. Quando chegaram à cabana Harry bateu na porta. Logo latidos foram ouvido e Harry sorriu ao recordar-se de Canino. Hagrid abriu a porta e exclamou: – Harry, que surpresa! Não esperava por você! Slughorn olhou para Harry, como se perguntando onde estava a promessa que ele havia feito para o meio gigante. Harry deu um sorrisinho inocente, o que o lembrou muito a Tiago Potter quando fazia alguma travessura. – Ah, Horácio, não vi você. Mas o que vocês estão fazendo aqui a essa hora? Aconteceu alguma coisa? – Não. – Respondeu Harry. – Eu resolvi fazer uma visita para você, porque desde que eu cheguei não fiz. Então encontrei o Prof. Slughorn e ele disse que eu não poderia ficar andando por aí a essa hora com o Lorde de bosta atacando, então eu convidei ele para vir também. Algum problema? – Acrescentou, quando viu a cara deles. – Você tem coragem de falar assim do Lorde das Trevas? – Sussurrou Slughorn, entre espantado e encantado. – Voldemort é só um nome que ele criou. Mas, desculpa se estou sendo indelicado, é que está meio frio aqui fora... – Ah, sim! Me desculpem, entrem, entrem. – Exclamou Hagrid, saindo da porta para dar passagem aos dois. Eles entraram e Hagrid ofereceu a eles Uísque de Fogo. – Desculpe, Hagrid, mas eu sou menor de idade, esqueceu? – Ah, sim. Eu devo ter cerveja amanteigada. Pera ai. Ele procurou até que achou. E assim se passou o tempo, Harry bebendo cerveja amanteigada, enquanto os dois bebiam Uísque de Fogo. Eles pareceram não perceber que a garrafa nunca esvaziava, isso porque Harry colocara um feitiço que fazia a garrafa se encher toda vez que estava vazia. Chegou uma hora em que eles estavam cantando sobre um tal de Odo. Então Hagrid tombou a cabeça para trás e começou a roncar. Ficou um silêncio na sala, quebrado pelos roncos de Hagrid. Então Harry resolveu falar: – Sabe porque eu ganhei isso, professor? – Ele retirou a franja da testa e mostrou a cicatriz. Estava tudo bem, a Felix Felicis dizia que no dia seguinte ele não iria lembrar de nada, se é que isso era possível.

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– Como? – Perguntou Horácio, interessado. – Voldemort fez isso. – O mestre de Poções ofegou. – Não diga esse nome... – É só um nome. Mas como eu estava dizendo, ele me fez isso na noite em que matou meus pais, quando eu tinha um ano de idade. Por causa da minha mãe eu estou vivo, porque ela não me entregou a ele, porque ela se negou a entregar seu único filho. Ela implorou para que ele a matasse no meu lugar, seu marido já estava morto no andar de baixo. Então Voldemort a matou, mas não conseguiu me matar, porque o amor da minha mãe era mais poderoso que ele e Voldemort só não morreu naquela noite por um único motivo, motivo esse que eu não sei, nem Dumbledore, mas o senhor sabe. – O que... O diretor mandou você aqui não foi? – Por favor professor. Como o senhor acha que é, toda vez que ficar em frente ao dementador, escutar sua mãe implorando para morrer no lugar de seu filho, chorando pelo marido morto... Ele deixou a frase no ar. – Mas como você já enfrentou um dementador se vivia em um orfanato trouxa? – Isso não importa. O senhor poderia salvar inúmeras vidas, professor, e eu vingaria meus pais. Por favor, me mostre a conversa que o senhor teve com Tom Riddle há trinta anos. – Eu me envergonho... Se eu não tivesse dito aquilo a ele... – Não se envergonhe, professor. Com certeza ele acharia outro meio de descobrir, seja lá o que ele descobriu naquela noite. Depois de um tempo, Slughorn tirou a varinha de dentro de seu casaco, levou-a a cabeça e quando a retirou saiu alguns fios prateados, a lembrança. Pegando um frasquinho, o depositou, ali e entregou ao jovem a sua frente. – Espero que não pense mal de mim depois que vir isso. Não faz ideia de como ele era já naquela época. – Depois caiu com a cabeça na mesa, dormindo também. O efeito da Felix Felicis já estava passando enquanto Harry corria pelos corredores da escola. Parou em frente a gárgula e disse: – Gota de Limão. – Quando a gárgula girou, ele entrou com tudo e nem bateu na porta, já foi entrando. – Professor! – Merlin, Harry. A que devo a honra de sua visita tão tardia? – Eu consegui... – Ele estava ofegante, tentando normalizar a respiração, continuou: Eu consegui a lembrança de Slughorn. – Logo Dumbledore levantou-se e pegou a tão conhecida Penseira. – Deposite a lembrança aqui, Harry. – O garoto fez o que foi pedido e “entrou” na penseira junto com Dumbledore. Harry se curvou rapidamente sobre a penseira e seus

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pés deixaram o chão do escritório... Ele sentiu a escuridão do escritório de Horácio Slughorn de anos atrás. Lá estava o muito mais novo Slughorn, com seu abundante e brilhante cabelo sem cor, e seu enérgico bigode loiro, sentado numa confortável poltrona em seu escritório, seus pés descansando sobre um pufe aveludado, um pequeno copo de vinho em uma mão, e a outra remexendo numa caixa de abacaxis cristalizados.

E

estava

meia

dúzia

de

adolescentes sentados em volta de Slughorn, Tom Riddle entre eles, um anel negro e dourado

brilhando

em

seu

dedo.

Dumbledore apareceu ao redor de Harry quando Riddle perguntou: – Senhor, é verdade que o Professor Merrythought está se aposentando? – Tom, Tom, mesmo se eu soubesse eu não poderia te contar - disse Slughorn, sacudindo seu dedo de modo repreensivo para Riddle, embora pestanejasse ao mesmo tempo. - Eu devo dizer, gostaria de saber onde você ouviu isso, garoto, porque você sabe de muito mais coisas do que metade do corpo docente sabia disso? Riddle sorriu. Os outros garotos soltaram gargalhadas e olharam admirados para ele. – Com sua habilidade sobrenatural de saber coisas que não deveria, e sua atenção às pessoas importantes - a propósito, obrigado pelos abacaxis, você escolheu bem, são meus favoritos (vários alunos gargalharam de novo) - eu espero realmente que você chegue a Ministro da Magia em vinte anos. Quinze, se continuar me mandando abacaxis,

eu

tenho

excelentes

contatos

no

Ministério.

Tom Riddle sorriu levemente enquanto os outros riam de novo. Harry observou que ele não era o mais velho do grupo de garotos, mas todos os outros olhavam para ele como

se

olhassem

para

um

líder.

– Eu não sei em que a política me ajudaria, senhor - ele disse quando as risadas acabaram.

-

Eu

não

tenho

jeito

pra

essas

coisas.

Uma dupla de garotos perto dele riram uns dos outros. Harry teve certeza de que eles gostavam de chamar atenção, indubitavelmente para o que eles sabiam, ou suspeitavam,

a

respeito

de

seu

líder.

– Besteira - disse Slughorn vivamente - não poderia ser mais sincero com você vindo de uma grande descendência bruxa, com habilidades como as suas! Não, você irá longe, Tom, eu nunca errei sobre um estudante até agora. O pequeno relógio de ouro na escrivaninha marcou onze horas atrás de Slughorn, e ele olhou ao redor. – Bom Deus, já é esta hora? É melhor vocês irem, garotos, ou nós teremos problemas. Lestrange, eu quero seu dever amanhã ou você ficará de detenção. O mesmo para

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você,

Avery.

Um por um, os meninos saíram da sala. Slughorn se levantou de sua poltrona e depositou o copo vazio em sua escrivaninha. Um movimento atrás dele o fez olhar em volta:

Riddle

ainda

estava

ali.

– Fique atento, Tom, você não quer ser encontrado fora de sua cama após o horário, –

e

Senhor,

você

eu

Pergunte

queria

é

lhe

então,

monitor...

perguntar

meu

uma

garoto,

coisa... pergunte...

– Senhor, eu queria saber o que você sabe sobre... sobre Horcruxs? Slughorn olhou fixamente para ele, seus dedos grossos estavam pressionando seu copo –

de Um

projeto

vinho para

Defesa

sem Contra

Artes

sentir. das

Trevas,

é?

Mas Harry poderia dizer que Slughorn sabia perfeitamente que isso não tinha nada

a

ver

com

escola.

– Não exatamente, senhor. - disse Riddle. - Eu me deparei com o termo quando lia e não

o

compreendi

totalmente.

– Não... Bem... Você teria um árduo trabalho para encontrar um livro em Hogwarts que lhe desse detalhes sobre Horcruxs, Tom, isso é material muito escuro, muito escuro.

-

disse

Slughorn.

– Mas você obviamente sabe tudo sobre isso, senhor. Quero dizer, um bruxo como o senhor - desculpe, digo, se você não puder me dizer, obviamente - eu só saberia se alguém pudesse me contar, você poderia... Então eu apenas pensei que... Foi muito bem feito, Harry pensou, a hesitação, o tom casual, a bajulação cuidadosa, nada exagerado. Ele, Harry, havia tido muita experiência de tentar tirar informações de pessoas relutantes para não reconhecer um mestre no serviço. Ele poderia dizer que Riddle queria muito a informação, talvez viesse trabalhando para este momento há semanas. – Bem, -disse Slughorn, sem olhar para Riddle, mas brincando com a fita em cima da sua caixa de abacaxis cristalizados - bem, não fará mal lhe dar uma visão geral, naturalmente. Somente para que você entenda o termo. Uma Horcrux é a palavra usada para um objeto onde a pessoa escondeu uma parte de sua alma. – Eu não entendi exatamente como isso funciona, entretanto, senhor. - disse Riddle. Sua voz estava cuidadosamente controlada, Harry podia sentir sua excitação. – Bem, você divide sua alma, você vê - disse Slughorn - e oculta parte dela em um objeto fora do corpo. Então, se seu corpo é atacado ou destruído, ele não pode morrer, pois resta uma parte da alma segura e não danificada. Mas, é claro, a existência

nesta

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forma...


A face de Slughorn se contraiu e Harry se viu lembrando as palavras que havia ouvido de Voldemort no cemitério: "Eu fui tirado do meu corpo, era menos que um espírito, menos que um simples fantasma... mas, ainda assim, eu estava vivo". –...Poucos iriam querê-la, Tom, muito poucos. A morte seria preferível. Mas a ansiedade de Riddle era agora aparente; sua expressão era voraz, ele não poderia esconder

seu

divide sua

Como você

desejo. alma?

– Bem, - disse Slughorn desconfortável - você precisa entender que a alma foi feita para permanecer intacta e inteira. Rachá-la é um ato de violação, é

contra a

natureza. –

Mas

como

se

faz

isso?

– Através de um ato de maldade - um ato supremo de maldade. Cometendo assassinatos. Matar rasga a alma. A intenção do bruxo ao criar uma Horcrux é usar os prejuízos

a

seu

favor.

Ele

encaixaria

Encaixaria?

a

parte

Mas

rasgada... como?

– Há um feitiço, mas não me pergunte, eu não sei! -disse Slughorn balançando sua cabeça como um velho elefante incomodado por mosquitos. - Eu pareço alguém que tentou

isso-

eu

pareço

um

assassino?

– Não, senhor, claro que não, - disse Riddle rapidamente. - Eu sinto muito... Eu não queria

ofendê-lo.

– De modo nenhum, de modo nenhum, não estou ofendido. - disse Slughorn rudemente.- é natural sentir curiosidade sobre essas coisas. Bruxos de um certo tipo foram

sempre

atraídos

por

esse

aspecto

da

magia...

– Sim, senhor, - disse Riddle. - O que eu não entendo, entretanto - apenas por curiosidade- quero dizer, uma Horcrux seria de grande uso? Você poderia dividir sua alma somente uma vez? Não seria melhor, para fazê-lo mais forte, dividir sua alma em mais partes, digo, por exemplo, não é sete o número mágico mais poderoso,

não

é?

– Pelas barbas de Merlin, Tom! – ganiu Slughorn. - Sete! Não é mau o bastante pensar em matar uma pessoa? E em todo caso... Mau o bastante para dividir a alma... mas dividi-la

em

sete

pedaços..."

Slughorn parecia profundamente incomodado agora. Ele estava olhando Riddle como se nunca o tivesse visto claramente antes, e Harry poderia dizer que ele lamentava ter entrado

no

assunto.

– É claro- ele resmungou- isso tudo é uma hipótese, o que estamos discutindo, não é mesmo?

Tudo

acadêmico...

– Sim, é

claro! -

disse Riddle rapidamente

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– Mas reafirmo o que disse Tom... mantenha-se em silêncio sobre isso que discutimos. As pessoas não gostariam de pensar que nós estivemos discutindo sobre Horcrux. É um assunto banido em Hogwarts, você sabe... Dumbledore fica particularmente feroz sobre –

isso... Eu

não

direi

uma

palavra,

senhor.

-

disse

Riddle

E ele saiu, mas não antes que Harry observasse sua face, cheia da mesma felicidade extenuada que o tinha atingido quando ele soube que era um bruxo; esta felicidade não realçou suas características boas, mas o fez, de alguma forma, menos humano. – Obrigado, Harry - disse Dumbledore em voz baixa. - Vamos.Assim os dois saíram da Penseira e ficaram em silencio, absorvendo aquilo. – O senhor acha que ele conseguiu? Quero dizer, criar as Horcrux?

CAPÍTULO 16 O JOVEM TOM RIDDLE – Sim, com certeza sim. – Respondeu Dumbledore. – Você é a prova disso Harry. Na noite em que ele tentou mata-lo era para ele ter morrido, pelo que você me contou, mas sabemos que não foi isso o que aconteceu. – Não. – Respondeu o garoto, pensativo. – Mas sete? – Não sei, deixe-me ver. Uma com certeza é a alma que habita em seu corpo... – Dumbledore se levantou e caminhou até um armário de vidro onde havia inúmeros frascos cheio de alguma coisa prateado. São lembranças, seu tapado, Harry falou mentalmente para si mesmo. – Professor? Isso são lembranças? – Ele encaminhou-se até Dumbledore e parou ao seu lado. – Sim, lembranças que pertencem a um único individuo. – Tom Riddle. – Sussurrou Harry. – Exato essa aqui, por exemplo, - Ele pegou um vidrinho – foi do dia em que eu o conheci. – Ele retirou o frasco do vidro e o levou até sua mesa onde estava a penseira. Harry mergulhou e se viu diante de um prédio, o Orfanato Wool. Então ele viu o diretor chegando, mas era o Dumbledore daquele tempo, com barbas e cabelos acaju com um terno vistoso de cor ameixa. Os dois Dumbledore mais Harry seguiram para dentro do orfanato e Harry viu o diretor do passado conversar com a Sra. Cole, diretora do orfanato. – Boa tarde, meu nome é Alvo Dumbledore. Enviei uma carta pedindo para marcar uma hora, e a senhora gentilmente me convidou para vir aqui hoje.

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A senhora piscou os olhos. Com jeito de quem procurava decidir se Dumbledore não seria uma alucinação, ela disse com voz fraquinha: – Ah, sim. Bem... Bem, então, é melhor vir à minha sala. É... Ela conduziu Dumbledore a uma salinha que aparentemente se dividia em sala e escritório. A mobília era velha e desparelhada. A senhora convidou, então, Dumbledore a sentar numa cadeira bamba e se acomodou à escrivaninha atravancada, observando-o nervosamente. – Estou aqui, conforme disse em minha carta, para discutir sobre o menino Tom Riddle e as providências para o seu futuro. – começou Dumbledore. – O senhor é da família? – perguntou a Sra. Cole. – Não, sou professor. Vim oferecer a Tom uma vaga em minha escola. – E que escola é essa? – Chama-se Hogwarts. – E por que se interessou por Tom? – Acreditamos que tenha qualidades que procuramos. – O senhor quer dizer que ele ganhou uma bolsa? Como pode ter ganhado? Nunca pedimos uma bolsa para ele. – Bem, o nome dele está inscrito em nossa escola desde que nasceu. – Quem o inscreveu? Os pais? Não havia duvidas de que a sra. Cole era uma mulher inconvenientemente astuta. E, pelo visto, Dumbledore teve a mesma opinião, porque Harry o viu tirar discretamente a varinha do bolso do terno de veludo, ao mesmo tempo em que apanhava uma folha de papel em branco da escrivaninha da Sra. Cole. – Veja – disse Dumbledore fazendo um aceno com a varinha e passando o papel à senhora. – Acho que isto esclarecerá tudo. Os olhos da Sra. Cole saíram de foco e tornaram a entrar enquanto examinava, atenta, a folha de papel por um momento. – Parece perfeitamente em ordem – disse calma, devolvendo o papel. Então seu olhar recaiu sobre uma garrafa de gim e dois copos, que com certeza não estavam ali alguns segundos antes. – Ah... O senhor aceita um cálice de gim? – perguntou a mulher em tom alegre. – Muito obrigado. – Aceitou Dumbledore sorridente. Logo se tornou claro que a Sra. Cole não era nenhuma principiante quando se tratava de beber gim. Servindo para ambos uma generosa dose, ela bebeu o seu cálice de um gole. Estalando os lábios sem constrangimento, sorriu para Dumbledore pela primeira vez, e ele não hesitou em aproveitar a vantagem.

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– Eu estava imaginando se a senhora não poderia me contar alguma coisa da história de Tom Riddle? Creio que ele nasceu aqui no orfanato, não? – Certo – ela confirmou, servindo-se de mais gim. – Lembro muito claramente, porque estava começando a trabalhar aqui. Era véspera de Ano-Novo, fazia muito frio, nevava. Uma noite tempestuosa. E essa moça, que não era muito mais velha do que eu, chegou com dificuldade à nossa porta. Bem, ela não foi a primeira. Nós a acolhemos e ela teve o bebê em menos de uma hora. E na hora seguinte morreu. A Sra. Cole acenou a cabeça solenemente e tomou mais um gole de gim. – Ela disse alguma coisa ates de morrer? – Perguntou Dumbledore. – Alguma coisa sobre o pai do garoto, por exemplo? – Por acaso, disse – confirmou a Sra. Cole, que parecia estar se divertindo, com o gim na mão e uma plateia ansiosa para ouvir sua história. – Lembro que ela me disse: “Espero que ele pareça com o pai”, e não vou mentir, a moça tinha razão em desejar isso, porque ela nenhuma beleza... e então me falou que o bebê deveria receber o nome de Tom em homenagem ao pai e Servolo em homenagem ao pai dela... é eu sei, é um nome engraçado, não é? Ficamos imaginando que tivesse vindo de um circo... e ela disse que o sobrenome do garoto era Riddle. E sem dizer mais nada, morreu pouco depois, Bem, demos ao bebê o nome que a mãe tinha pedido, parecia tão importante para a coitada, mas nunca nenhum Tom nem Servolo nem Riddle veio procurar a criança, nem família nenhuma apareceu, então ele ficou no orfanato e está aqui desde aquela época. A Sra. Cole serviu-se, quase sem se dar conta, de mais uma saudável dose de gim. Duas manchas rosadas apareceram nas maçãs de seu rosto. E então ela continuou: – É um garoto engraçado. – Sei – disse Dumbledore. – Achei que fosse. – Foi um bebê engraçado também. Quase nunca chorava, sabe. Depois, quando foi crescendo ficou... Esquisito. – Esquisito, como? – perguntou Dumbledore gentilmente. – Bem, ele... - Mas a Sra. Cole se calou, e não houve nada confuso ou vago sobre o olhar inquisitorial que ela atirou em Dumbledore em cima do copo de gim dele. – O senhor diz que ele tem vaga garantida na sua escola? – Certamente. - Disse Dumbledore. – E nada que eu disser que pode mudar isso? – Nada. – O senhor o levará seja qual for a informação que lhe dê? – Seja qual for a informação – Respondeu Dumbledore solenemente

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Ela o encarou, decidindo se confiaria nele ou não. Aparentemente ela decidiu que confiaria, pois ela disse apressada: – Ele mete medo às outras crianças. – A senhora quer dizer que ele as intimida? – Acho que deve intimidar. - Disse a Sra. Cole, franzindo ligeiramente a testa. - Mas é muito difícil pegá-lo em flagrante. Tem havido incidentes... bem desagradáveis... Dumbledore não a pressionou, embora Harry percebesse que estava interessado. A mulher tomou mais um gole de Gim e suas bochechas rosadas ficaram ainda mais rosadas. – O coelho de Carlinhos Stubbs... Bem, o Tom disse que não fez nada e não vejo como ele poderia ter feito, mas o bicho não se enforcou nas traves do teto sozinho, não é? – Eu diria que não.- Dumbledore disse baixinho. – Mas o diabo é saber como foi que ele subiu lá no alto para fazer isso. O que eu sei é que Tom e Carlinhos tinham discutido no dia anterior. - A Sra. Cole tomou mais um gole de gim que dessa vez escorreu um pouco pelo pescoço –No passeio de verã... saímos com eles, sabe, uma vez por ano, vamos ao campo ou a praia. Bem, Amada Benson e Dênis Bishop nunca tiveram muita certeza, e só o que conseguimos extrair deles foi que tinham ido a uma caverna com Tom Riddle. Ele jurou que só foram explorar o lugar, mas alguma coisa aconteceu lá dentro, tenho certeza. E, bem, têm acontecido muitas coisas, coisas engraçadas... - Ela tornou a encarar Dumbledore, e, embora seu rosto estivesse corado, o olhar era firme. - Acho que muita pouca gente vai lamentar ver esse garoto pelas costas. – Estou certo de que a senhora compreende que não vamos mantê-lo na escola o não inteiro, não?- Lembrou Dumbledore. - Ele terá de voltar aqui, no mínimo, a cada verão. – Ah, bem, isso é menos ruim do que levar uma pancada no nariz com um ferro enferrujado.- Respondeu a mulher com um leve soluço. Ela se levantou e Harry ficou impressionado de ver que estava bem firme, embora dois terços do gim tivessem desaparecido. - Presumo que o senhor gostaria de ver o garoto, não? – Muito. - Disse Dumbledore se erguendo. A Sra. Cole saiu com o diretor da sala, subiu os degraus de pedra, dando instruções e advertências aos ajudantes e crianças pelos quais ela passou. Todos os órfãos, Harry notou, estavam todos usando o mesmo tipo de bata acinzentada. Eles pareciam razoavelmente bem cuidados, mas não havia como negar que este era um lugar sinistro para educar uma criança. – É aqui. - Disse a Sra. Cole, quando eles viraram e pararam ao lado de fora da primeira porta em um longo corredor. Ela bateu duas vezes e entrou. - Tom? Você tem uma

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visita. Este é Sr. Dumberton, desculpe, Dunderbore. Ele veio lhe falar... Bem, eu o deixarei fazer isto. Harry e os dois Dumbledore entraram no quarto, e a Sra. Cole fechou a porta. Era um quarto vazio e pequeno com nada mais que um guarda roupa velho e uma cama de armar de ferro. Um garoto estava sentando em cima dos cobertores cinzentos, as pernas esticadas à frente, segurando um livro. Ele era bonito alto para onze anos, cabelos escuros e rosto pálido. Os olhos dele estreitaram ligeiramente com o aparecimento excêntrico de Dumbledore. Houve o silêncio por um momento. – Como vai, Tom? - Perguntou Dumbledore adiantando-se e estendendo a mão a ele. O garoto hesitou, aceitou a mão e se cumprimentaram. Dumbledore puxou uma cadeira de madeira dura ao lado de Riddle, fazendo-os parecer um paciente e a sua visita em um hospital. – Sou o Professor Dumbledore. – Professor?- Repetiu Riddle. Ele parecia cauteloso. - É como um “doutor”? Por que está aqui? Ela trouxe o senhor para me examinar? O garoto apontava para a porta pela qual Sra. Cole acara de sair. – Não, não. - Respondeu Dumbledore, sorrindo. – Não acredito no senhor. Ela quer que me examine, não é? Fale a verdade! O garoto disse as três últimas palavras com uma força tão altissonante, que era quase assustadora. Era uma ordem, e, pelo jeito, ele já a dera muitas vezes antes. Seus olhos tinham se esbugalhado e fixavam, sérios, Dumbledore, cuja única reação foi continuar sorrindo agradavelmente. Decorridos alguns segundos, Riddle parou de encarar o professor, embora parecesse ainda mais desconfiado. – Quem é o senhor? – Eu já lhe disse. Meu nome é Dumbledore, e trabalho em uma escola chamada Hogwarts. Vim lhe oferecer uma vaga em minha escola, sua nova escola, se quiser ir. A reação de Riddle ao ouvir isso foi surpreendente. Ele pulou da cama, e se afastou de Dumbledore, furioso. – O senhor não me engana. O hospício é de lá que o senhor você é. "Professor", claro, pois eu não vou, entende? Aquela gata velha, ela sim deveria estar no hospício. Nunca fiz nada a Amadinha ou Dênis Bishop, e o senhor pode perguntar, eles dirão ao senhor! – Eu não sou do hospício. - Disse Dumbledore pacientemente. - Sou professor e, se você se sentar e se acalmar, posso lhe falar sobre Hogwarts. É claro que se você prefere não ir, ninguém irá força-lo. – Gostaria de ver alguém tentar. - Desdenhou Riddle.

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– Hogwarts - continuou Dumbledore, como se não tivesse ouvido as últimas palavras do garoto. - é uma escola para pessoas com talentos especiais. – Eu não sou louco! – Sei que não é. Hogwarts não é uma escola para loucos. É uma escola de magia. Fez-se silêncio. Riddle congelara, seu rosto vazio de expressão, mas o olhar correndo de um olho de Dumbledore para outro, como se tentasse apanhar um deles mentindo. – Magia? - repetiu em um sussurro. – Exato. – É... É magia, o que eu sei fazer? – O que é que você sabe fazer? – Muita coisa. - sussurrou. Um rubor de excitação subiu do seu pescoço para as faces encovadas; parecia febril. Posso fazer coisas se mexerem sem tocar nelas. Sei fazer animais me obedecerem, sem os treinar. Eu posso fazer coisas ruins acontecer às pessoas que me aborrecem. Sei fazer coisas ruins acontecerem a quem me aborrece. Sei fazer as pessoas sentirem dor, se quiser. - Suas pernas tremiam. Ele se adiantou cambaleando e tornou a se sentar na cama, olhando para as mãos, a cabeça baixa como se rezasse. - Eu sabia que era diferente. - murmurou para os seus dedos trêmulos. - Sabia que era especial. Sempre soube que havia alguma coisa. – Bem, você estava certo.- disse Dumbledore, que já não sorria, mas observava Riddle com atenção. - Você é um bruxo. Riddle ergueu a cabeça. Seu rosto estava se transfigurou: havia nele uma felicidade irreprimível, mas por alguma razão isso não o tornava mais bonito; pelo contrário, sua feições finas pareciam mais brutas, sua expressão quase bestial. – O senhor também é um bruxo? – Sou. – Prove. – replicou Riddle imediatamente, no mesmo tom de comando que usara quando dissera “fale a verdade”. Dumbledore ergueu as sobrancelhas. – Se, como imagino, você estiver aceitando a vaga em Hogwarts. – Claro que estou! – Então, vai se dirigir a mim, chamando-me de "Professor" ou de "Senhor". As feições de Riddle endureceram por um momento passageiro antes que ele dissesse, em um tom irreconhecível educado. – Eu sinto muito, senhor. Eu quis dizer... Por favor, Professor, você poderia mostrar para mim? Dumbledore tirou a varinha do bolso interior da jaqueta do terno dele, apontou para o guarda roupa no canto e acenou com a varinha. O guarda roupa explodiu em chamas.

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Mas quando Riddle avançou para Dumbledore, as chamas desapareceram e deixaram o guarda roupa completamente intacto. Riddle olhou do guarda roupa para Dumbledore; então, com uma expressão cobiçosa, ele apontou à varinha. – Onde eu posso arranjar uma dessas? – Tudo a seu tempo. - Dumbledore disse. - Eu penso que há algo tentando sair de seu guarda roupa. E, seguramente, uns ruídos baixos poderiam ser ouvidos de dentro dele. Pela primeira vez, Riddle olhou assustado. – Abra a porta. - ordenou Dumbledore. Riddle hesitou, então cruzou o quarto e abriu a porta de guarda roupa. Na prateleira mais alta, sobre um monte de roupas velhas, uma caixinha sacudia e chocalhava como se contivesse ratinhos frenéticos. – Tire-a daí. - disse Dumbledore. Riddle tirou a caixa que tremia. Pareceu nervoso. – Tem alguma coisa nesta caixa que você não deveria ter?- Perguntou Dumbledore. Riddle lançou a Dumbledore um longo, claro e calculista olhar. – Sim, eu acho que sim, senhor. - Ele disse finalmente, numa voz inexpressiva. – Abra-a. - Dumbledore disse. Riddle tirou a tampa e virou o conteúdo sobre a cama dele sem os olhar. Harry, que tinha esperado algo muito mais excitante, viu uma bagunça de objetos pequenos comuns: um ioiô, um dedal prateado, e uma gaita-de-boca oxidada. Uma vez livre da caixa, eles deixaram de tremer e ainda se deitaram nos cobertores finos. – Você os devolverá aos donos deles com suas desculpas. - Dumbledore disse calmamente, tornando a guardar a varinha no paletó. - Saberei se fez isso. – E alertou: - Em Hogwarts, não toleramos roubos. Riddle não parecia nem remotamente envergonhado; ele ainda estava encarando Dumbledore friamente. Afinal ele disse em uma voz monótona. – Sim, senhor. – Em Hogwarts – continuou Dumbledore. -, ensinamos não apenas a usar magia, mas a controlá-la. Você tem usado os seu poderes, decerto sem saber, de um modo que não é ensinado nem tolerado em nossa escola. Você não é o primeiro nem será o último a deixar que a sua magia fuja ao seu controle. Mas é preciso que saiba que Hogwarts pode expulsar os estudantes, e o Ministério de Magia, sim, há um Ministério, ainda castigará mais severamente os transgressores da lei. Todos os bruxos menores têm que aceitar que, entrando em nosso mundo, eles se submetem nossas leis. – Sim, senhor. - repetiu o garoto.

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Era impossível saber o que ele estava pensando; manteve o rosto impassível quando ele repôs, no pequeno esconderijo, os objetos roubados na caixa de papelão. Quando ele tinha terminado, ele virou-se para Dumbledore e disse com atrevimento: – Não tenho dinheiro. – Isso é facilmente remediável. - Dumbledore disse, tirando uma bolsa de couro do bolso. - Há um fundo em Hogwarts para os que precisam de ajuda para comprar livros e uniformes. Você talvez tenha que comprar alguns de seus livros de feitiços e os outros de segunda mão, mas... – Onde se compram livros de feitiços?- Interrompeu Riddle que tinha guardado a bolsa de dinheiro pesada sem agradecer Dumbledore e estava examinando um galeão de ouro. – No Beco Diagonal. Trouxe sua lista de livros e material escolar. Posso lhe ajudar a achar tudo... – O senhor vai me acompanhar?- Perguntou Riddle erguendo a cabeça. – Certamente, se você... – Não preciso do senhor.- retrucou Riddle. – Estou acostumado a fazer tudo sozinho. Ando por toda Londres desacompanhado. Como se chega a esse beco Diagonal... Senhor?- Ele adicionou, ao surpreender o olhar de Dumbledore. Dumbledore entregou a Riddle o envelope com sua lista de materiais e depois dizer exatamente como chegar do Orfanato ao Caldeirão Furado, acrescentou:. – Você o verá, embora à sua volta os trouxas, as pessoas que não são bruxas, não o vejam. Pergunte por Tom o dono do bar, é fácil lembrar, porque tem o mesmo nome que você... Riddle fez um movimento de irritação, como se tentasse espantar uma mosca insistente. – Você não gosta do nome “Tom”? – Tem muita gente com esse nome. - Murmurou. Então, como se ele não conseguisse se conter,como se a pergunta escapasse de sua boca involuntariamente: - Meu pai era bruxo? Ele se chamava Tom Riddle também, me falaram. – Receio não saber dizer. - respondeu Dumbledore em tom gentil – Minha mãe não deve ter sido bruxa, ou não teria morrido.- Disse Riddle mais para ele mesmo do que pra Dumbledore. – Deve ter sido ele. Muito bem, depois de comprar o que preciso, quando eu vou para essa tal Hogwarts? – Todos os detalhes estão no segundo pedaço de pergaminho em seu envelope. informou Dumbledore. - Você embarcará na Estação de King's Cross no dia primeiro de setembro. Há um bilhete de trem aí dentro.

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Riddle assentiu. Dumbledore pôs-se de pé e estendeu-lhe a mão de novo. Segurando-a Riddle disse-lhe: – Posso falar com as cobras. Descobri isso quando fui ao campo, nos passeios, elas me acham, sussurram pra mim. Isso é normal para um bruxo? Harry entendeu que ele evitara mencionar o mais estranho dos seus poderes até aquele momento, coma intenção de impressionar. – Não é normal. - respondeu Dumbledore, após breve hesitação. - Mas há ocorrências. Seu tom era displicente, mas os olhos estudaram curiosos o rosto de Riddle. Eles ficaram durante um momento, homem e menino, encarando um ao outro. Então o aperto de mão se desfez; Dumbledore estava à porta. – Adeus, Tom. Nos veremos em Hogwarts. Harry e Dumbledore saíram da penseira, do mesmo jeito que antes, cada qual com seu pensamento. – Ele já gostava de provocar dor desde criança. – Harry comentou, mas para si mesmo do que para o diretor. – Sim. Tenho muitas outras lembranças dele, e... – Dumbledore parou o que estava falando e ficou contemplando a parede atrás de Harry. – Professor? – o garoto o chamou. – Acho que sei qual podem ser algumas das sete horcruxes. – Quais? – Perguntou Harry ansioso. – Eu tenho uma lembrança que eu peguei de uma elfo-domestico, chamada Hóquei. Nela mostra quando sua senhora, Hepzibá Smith, mostrando uma relíquia muito importante para Tom, quando este trabalhava na Borgin & Burkes, na verdade, duas relíquias... – E quais eram? – Perguntou Harry ansioso, deixando de lado por enquanto de que Voldemort trablhou na Borgin & Burkes. – A taça de Helga Hufflepuff e o medalhão de Salazar Slytherin. Hepzibá era descendente de Helga. – E como ela tinha o medalhão? Voldemort é o descendente de Slytherin... – Vamos ter que voltar no tempo para entender... A mãe de Tom chamava-se Mérope, tinha um irmão, Morfino, e o pai que chamava-se Servolo, como sabemos. Mérope apaixonou-se por um trouxa, Tom Riddle e queria se casar com ele. Mas seu pai nunca iria deixar isso acontecer, já que se orgulhava de ser um sangue-puro e desdente de um dos quatro grandes. Então Mérope deu uma poção do amor para o jovem Riddle e fugiu com ele, eles se casaram. Depois de um tempo ela decidiu parar de dar a poção do amor para o marido e contou que era uma bruxa. Ele ficou assustado e indignado. Expulsou a moça de casa, e, para piorar a situação, Mérope descobriu que estava

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grávida. Sem ter o que comer, vendeu a única relíquia que possuía o Medalhão de Salazar, para o Sr. Burkes a um preço muito baixo. Nós sabemos como acabou a história de Mérope. Então Hepzibá comprou o medalhão. – Ok, então duas Horcruxes poderiam ser o medalhão e a taça... e as outras? – Na lembrança que você conseguiu de Horácio, acho que encontrei mais uma... – Qual? – Perguntou Harry confuso, não se lembrava disso. – Lembra quando pousamos no escritório do professor Slughorn? Você não prestou atenção no anel que Tom usava? Harry ficou com uma expressão pensativa, tentando lembrar-se e então a imagem do anel de pedra negra veio a sua cabeça. – Que anel era aquele? – Servolo Gaunt gabava-se de ser descendente não só de Salazar, mas dos Peverell também. Naquele anel está gravado o símbolo dos Peverell. Dumbledore ficou pensativo outra vez, e Harry resolveu ignorar por enquanto quem eram os Peverell. – Então o senhor acha que essas três relíquias poderiam ser Horcruxes... – Sim, e acho que algo relacionado a Corvinal e Grifinória também. Pelo menos sabemos que o bem mais importante de Godrico Gryffindor ele não tem. – Ah, sabemos? – Harry não estava entendo aquilo. Dumbledore apontou para a parede atrás de si, onde uma espada brilhava, a espada de Gryffindor. – Então ele não conseguiu nada de Godrico? – Harry bocejou, estava difícil pensar com todo aquele sono. Olhando para seu relógio, percebeu que eram quase cinco horas da manhã, e gemeu ao lembra-se que teria que ir para as aulas daqui a três horas. – É melhor você ir dormir, Harry. Se eu tiver mais alguma informação eu falo para você. – Dumbledore disse gentilmente. – Ok, boa noite professor. – Boa noite. Ah, Harry. – Ele o chamou quando já estava na porta, o garoto virou-se. – Sim? – Não precisa ir às aulas amanhã de manhã, vá só depois do almoço. Eu avisarei os professores, você precisa descansar. – Obrigado, professor; - Harry lhe sorriu, agradecido, saindo da sala. Quando chegou ao dormitório masculino na Grifinória, jogou-se na cama sem nem tirar os tênis, caindo no sono na hora. CAPÍTULO 17 ATAQUE FRACASSADO

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– Harry! Acorde! – Eles podiam estar gritando, mas Harry ouvia aquelas vozes de muito longe. – Vamos, se não vamos chegar atrasados para a aula e o Flitwick vai nos matar. – Mais cinco minutos, tia Petúnia. – murmurou Harry, virando-se para o lado. – Tia Petúnia? Quem é Tia Petúnia? – Harry ouviu outra voz, uma voz doce e meiga. – O que você está fazendo aqui, Evans? Isso é um dormitório de garotos. – Disse outra voz, dessa vez mal humorada. – Com certeza não vim por você, Potter. – A voz doce e meiga agora estava fria como gelo. – Vim ver porque um dos meus melhores amigos não acordou ainda. – Impossível ficar dormindo com essa discussão toda. – Ouviu-se mais uma voz, só que essa era sonolenta e vinha da cama. Harry ainda não abrira os olhos, mas demostrou estar acordado quando falou aquilo. – Harry, o que aconteceu? Você nunca dormiu tanto assim? – Perguntou uma voz suave, como uma musica aos ouvidos do garoto. Era aquelavoz. – Hermione! – Ele exclamou, e, aproveitando que a namorada estava debruçada sobre a cama, pegou ela e fez a garota deitar-se com ele. – Harry, pare com isso! – Hermione estava vermelha como os cabelos de Rony, e os marotos não paravam de rir. – Ai! – Ele gritou quando recebeu um tapa na cabeça da garota, enquanto ela se levantava. – Mas Harry, quem é Petúnia? – Todos se calaram querendo saber a resposta, menos Remo, Rony e Mione que sabia muito bem quem era. – Petúnia? Que Petúnia? – Ele tentou enrolar. – Quando tentamos acorda-lo você disse: “Mais cinco minutos, tia Petúnia.” – Explicou Almofadinhas. – Ah... É... – Petúnia é uma das professoras do orfanato. – Respondeu Hermione, salvando a pele do namorado. – Engraçado. – Comentou Lílian. – Não tem nada de engraçado aqui, Evans. – Retrucou Tiago com um olhar assassino para a garota. – Petúnia é o nome da minha irmã. – Ele fingiu não escutar o que Tiago havia dito. – Aquela que você não se da muito bem? – Questionou Sirius curioso. – É a única que eu tenho, Sirius. Mas o que vocês estão fazendo aqui? Se não chegarmos à sala em dez min. o professor nos mata! – Ela exclamou, lembrando-se da aula. Harry ia levantar-se quando lembrou que o diretor havia o liberado das aulas da manhã, então deitou a cabeça no travesseiro de volta.

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– O que você pensa que está fazendo, Harry Potter! – Exclamou Hermione ao ver o garoto simplesmente deitar de volta. – Não vou para as aulas da manhã, Mi. Não estou me sentindo muito bem. – O que não era de todo mentira, porque sua cicatriz começara a doer levemente. – O que você tem? – Ela perguntou preocupada, sentando-se na cama do moreno. – Dor de cabeça. – Ele disse, rezando para que eles saíssem logo, estava começando a ficar pior. – Dor de cabeça? – Ela estava visivelmente desconfiada, Harry sabia que ela suspeitava de sua cicatriz. – Sim, amor só dor de cabeça. – Ele a tranquilizou. – Lírio, você poderia me emprestar depois suas anotações? – Ele perguntou, virando-se para mãe que assentiu também preocupada. – Porque você pediu para a Evans fazer isso? – Tiago sabia que não tinha sentido sentir aquele ciúme de Harry, mas... – Porque vocês são marotos, todos sabem que os marotos não prestam atenção nas aulas. – Sua namorada presta. – Replicou o maroto, frisando a palavra namorada. Harry sorriu ao perceber isso. – Sim, mas ela vai estar preocupada comigo, porque eu a conheço e quem melhor que a monitora certinha de Hogwarts para me emprestar as anotações? – Ele brincou e se desviou de um travesseiro que Lilly jogou em sua direção. – Vamos pessoal, deixem ele descansar. – Hermione disse, saindo depois de dar um longo beijo no garoto. Depois que eles saíram, Harry se permitiu dar um gemido de dor. Ele estava feliz, muito feliz. A única coisa que escutou antes de apagar por causa da dor e do cansaço por ter ficado até tarde com o professor Dumbledore, foi: Está chegando a hora! Acordou o que pareceu para ele segundos depois, mas olhando para o relógio percebeu que foi uma hora depois. Levantou-se e pareceu que sua cabeça iria explodir, aquela sensação de felicidade ainda continuava presente e Harry sabia muito bem que não era ele que estava sentindo aquilo, mas sim Voldemort. Pensou se contaria para os outros, mas resolveu não preocupa-los com aquela bobagem. Lembre-se o que aconteceu com Sirius, disse a si mesmo. Resolveu ir até a enfermaria pedir para madame Pomfrey alguma poção para aquela dor de cabeça, afinal não poderia assistir nem as aulas da tarde assim. – Madame Pomfrey? –Perguntou, assim que abriu as pesadas portas. A enfermeira logo apareceu:

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– Aconteceu alguma coisa? O que você tem? – Ela reparou em seu rosto pálido e na expressão de dor. – É só uma dor de cabeça idiota. Mas se ela continuar não tem como eu assistir as aulas da tarde. – E nem ir ao passeio de a Hogsmeade amanhã. – Ela concluiu. – Passeio a Hogsmeade? Eu não sabia. – Sim, sim. Você não deve ter visto os anúncios. – Ela comentou enquanto procurava uma poção. – Ah, aqui está! Vamos tome isso, garoto. Ela lhe entregou um frasco e ele tomou tudo de um gole só, fazendo uma careta pelo gosto horrível. – Obrigado, eu acho que vou dar uma volta lá fora. Harry estava andando pela orla da Floresta Proibida quando viu uma coruja extremamente branca voando e ele logo pensou que fosse Edwiges, mas então se lembrou de que havia libertado ela ainda na casa dos tios. Ela fazia falta, era sua companheira. Ele ficou o resto da manhã na beira do lago negro, pensando em sua vida. Perto do meio dia dirigiu-se ao Salão Principal, que estava lotado. Localizou seus amigos e foi até eles. – Como você está? – Perguntaram Lilly e Hermione juntas quando ele sentou-se entre as duas. – Agora que estou entre as garotas mais lindas desse castelo, ótimo. – Ele respondeu com um imenso sorriso, fazendo as duas corarem. – Estamos falando sério, Harry. – Contrapôs Hermione. – Eu estou bem, pela manhã eu pedi uma poção para madame Pomfrey e agora estou melhor. E que história é essa que amanhã tem passeio a Hogsmeade e ninguém me conta nada? – Esquecemos. – Disse Remo. – Mas você vai adorar Hogsmeade... E o resto do almoço foi eles explicando para o trio novato sobre Hogsmead, como se eles não soubesse de nada. E o dia passou com tanta harmonia que Harry se esqueceu de cicatriz, Horcrux e o mais importante, Voldemort. No dia seguinte todos acordaram animados com a perspectiva de irem a Hogsmeade. Todos estavam no Três Vassouras tomando cerveja amanteigada quando tudo começou. Um barulho de explosão foi ouvido, gritos para todo lado, e de repente, um frio avassalador. Sentiram-se como se nunca mais fosse ser felizes. Harry não pensou duas vezes, se levantou pegando a varinha e saiu do bar, acompanhado dos amigos que estavam surpresos com aquela atitude. Quando Harry viu os dementadores, ouviu aquela voz doce e meiga cheia de desespero.

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– O Harry não, por favor, me leve no lugar dele... – NÃO! – Gritou Harry apontando a varinha para onde estavam aquelas criaturas,pensando no dia em que conhecera seus pais e seus avós, pensou em Hermione e uma grande emoção tomou conta dele: -Expecto Patronum! – Um cervo prateado saiu de sua varinha, e para a surpresa de todos espantou os dementadores, que com certeza eram mais que cem. Sentiu-se cansado, mas ficou estático quando ouviu vários CRAKS e Comensais da Morte apareceram por ali, comandados por MacNair. Harry o reconheceu por ser o carrasco que queria matar Bicuço, o hipogrifo de Hagrid. Pela surpresa e choque, ninguém reparou que o patrono do garoto não sumiu, em vez disso saiu pela direção oposta à deles. Não demorou muito e aurores do Ministério apareceram no centro de Hogsmeade, que era o local onde os Comensais apareceram. – Como um mero adolescente como você conseguiu afastar mais de cento e cinquenta dementadores sozinho? – Perguntou uma voz fria, Rodolfo Lestrange. Harry se perguntou quando ele e Belatriz se casariam, ela havia se formado em Hogwarts ano passado, pelo que foi informado. – Digamos que

eu não seja um “mero adolescente”. – Harry falou, fingindo

pensar no que o outro falara. Ele percebeu que os marotos e as meninas estavam surpresas por ele saber o feitiço do patrono. – Quem é você? – Perguntou MacNair interessado. Seu Lord adoraria todo aquele poder, isso que o garoto era só um adolescente, imagina com um treinamento adequado... – Eu sou Harry Potter. – O moleque o tirou de seus pensamentos. Potter? – Ouvi falar que um Potter havia aparecido. – Comentou ele despreocupadamente. Parecia que os dois estavam conversando sobre o tempo. – Com certeza fui eu. Mas deve ser duro a vida de Comensal da Morte, sabe. – Harry falou de repente. – Ora, e por quê? – Ficar fazendo tudo o que um idiota com mania de grandeza quer. – Ele percebeu como todos ficaram espantados quando disse aquilo, e continuou: - Imagina se eu me humilharia a ponto de beijar as vestes de um idiota que ainda por cima tem cara de cobra. – Como você ousa insultar nosso Lord, seu mestiço imundo! – Gritou um comensal que Harry não conhecia, deve ter morrido mais para frente, pensou despreocupado. – Não me diga que ele contou para vocês que é Sangue-Puro?! Credo, além de ter cara de cobra, ser um idiota, e ter mania de grandeza, é mentiroso! - Harry balançou a cabeça de um lado para o outro, como se estivesse decepcionado. Os aurores estavam

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impressionados com aquele garoto. – Vem me dizer que Voldemort – ofegos – nunca contou para vocês que é um mestiço? – Mentira! – Berrou outro comensal que Harry não conhecia. – Sabia que o nome verdadeiro dele é Tom Servolo Riddle? A mãe dele era bruxa, mas o pai não... Todos estavam chocados, como aquele garoto podia ofender o Lord das Trevas e ainda falar seu nome. E como ele parecia conhecer tanto o Lord Negro? – Você vai pagar por essa difamação, moleque! – Outro comensal gritou, mas esse Harry reconheceu, embora ele estivesse mascarado. Era Avery. – Crucio! O garoto não teve tempo de se desviar e a maldição o atingiu em cheio. Ele arquejou e caiu de joelhos, mais nada. Não daria o gostinho para eles o verem gritar e aquela maldição não era tão poderosa quando a de Voldemort, e essa Harry já experimentou. “Porque esses idiotas gostam tanto da maldição cruciatos?” Perguntou-se enquanto sentia os efeitos da maldição irem passando. Então se levantou e lançou um sorriso maroto para Avery. – Acho que não funcionou como você queria. – Ora, seu... Avada... – Eu se fosse você não faria isso. – Disse uma voz atrás deles. – Dumbledore! – Exclamaram os comensais, como se fossem um só. – Mas eu enviei uma coruja dizendo que precisavam do senhor no Ministério! – Exclamou MacNair. – Ah, então foi você... – Comentou despreocupadamente e dirigindo-se até Harry e pondo uma mão em seu ombro. – Bom, quando cheguei ao ministério estava claro que o lugar que eu deveria estar era o que eu havia acabado de sair, então eu recebi um belíssimo patrono do jovem senhor Potter dizendo que Hogsmeade estava sendo atacada. – Foi por isso que eu estava distraindo vocês. Se vocês falassem menos e agissem mais, com certeza quando o professor Dumbledore chegasse seria tarde para ele fazer alguma coisa. – Harry explicou como se tentasse fazer uma criança entender que 2+2=4. Os comensais ficaram furiosos por terem sido humilhados por um simples adolescente e acharam melhor sair dali, nunca iriam ganhar uma batalha com Dumbledore e aquele garoto que aparentava ser muito poderoso. Virando-se para os amigos Harry percebeu que teria que dar uma explicação e Rony lhe lançou um olhar compreensivo. Mas Dumbledore percebeu e disse para Harry: – Sr. Potter, adoraria conversar com o senhor em meu escritório, em Hogwarts.

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– Opa, não se contraria o maior bruxo de todos os tempos, não é mesmo? Fui! – E aparatou para o escritório de Dumbledore, deixando a todos chocados, até mesmo o diretor. Como ele aparatara ainda mais em Hogwarts? Quando Dumbledore chegou Harry estava sentado calmamente na cadeira em frente a sua escrivaninha. – Desde quando você aparata ainda mais em Hogwarts? - Harry levou um susto com a voz do professor e com um pulo caiu da cadeira. – Desculpe, não era minha intenção assusta-lo. – Tudo bem, eu estava distraído. Mas eu não sabia que conseguia aparatar em Hogwarts, era nisso que eu estava pensando agora. Mas não é isso o que me preocupa, o que eu vou dizer para os marotos e as meninas? Como eu vou explicar conhecer tão bem Voldemort e saber fazer um patrono – Fácil, diga a verdade. – Como?! – Harry olhou para o diretor como se ele tivesse ficado louco. – Sim, mas não hoje. Não diga nada ainda até seus pais terem se reconciliado. Apenas diga que eu disse que você irá contar a verdade para eles, mas não hoje. Você terá problemas com o Sr. Back, mas fique firme. – Ok, então. E sobre as Horcruxes, achou alguma coisa? – Não, ainda não... – De repente Dumbledore parecia cansado. Harry suspirou. – Bem, eu vou indo então, tenho uma ruiva para enfrentar. Dizendo isso saiu do escritório, e um pouco depois do garoto fechar a porta Dumbledore ouviu um característico som de aparatação. CAPÍTULO 18 ENFIM A VERDADE Tiago andava pelos corredores do castelo sozinho, sabia que seus amigos iam fazer inúmeras perguntas a seu primo, mas só pela noite. Ele sentia falta da sua ruivinha, se não fosse aquele ranhoso... – Potter. – Tiago foi tirado de seus pensamento justamente pela pessoa que estava desferindo xingamentos mentalmente. – O que foi, Ranhoso? Não estou com vontade de te humilhar agora, até porque eu não tenho plateia. – Respondeu mal humorado, virando-se para o sonserino. – Eu só quero falar com você... – ele hesitou por um momento – sobre a Lilly. Tiago ficou estático, como aquele seboso ousava chamar a sua ruivinha de Lilly? Respirando fundo disse:

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– Não me interessa o que você tem a dizer sobre a Evans, espero que vocês sejam felizes juntos. – Dizer aquilo doeu e ele se virou para sair quando a voz de Snape o parou: – Não é nada disso que você está pensando, Potter. Será que você é tão idiota a ponto de não enxergar o que está a sua frente? – Escuta aqui, Ranhoso... – Não, Potter, escute você! Aquele dia na biblioteca, Lilly realmente disse que me ama, mas é um amor de irmão para irmão, seu imbecil. Você acha que eu não gostaria que ela me amasse como você está pensando? Eu adoraria porque eu sempre amei aquela garota, e naquele dia eu falei isso para ela e sabe o que ela me disse, Potter? Que me amava como um irmão, não poderia me amar do jeito que eu a amava porque ama você. E o que você faz?! Beija outra garota na frente dela somente para se vingar de algo que não havia acontecido! E o soco que você recebeu de seu primo não vai ser nada comparado com o que você receberá de mim se eu ver a Lilly chorando mais uma vez por sua causa. Depois daquele desabafo, Severo saiu dali e não percebeu que outro moreno estava no local, este escondido por sua capa da invisibilidade com um enorme sorriso no rosto. Então esse era o motivo por Dumbledore do futuro confiar tanto no seboso do futuro. Se bem que desde que eu cheguei tudo mudou, ele pensou. Tiago ainda estava estático no lugar, desde o inicio do discurso do seu maior inimigo. Porque acreditaria naquele idiota? Ele só quer se vingar dos anos em que nós aprontamos com ele. Eram esses os pensamentos do maroto enquanto se dirigia para o Salão Comunal da Grifinória. Quando passou pelo retrato da Mulher Gorda não ficou surpreso em encontrar o salão cheio, todos comentavam o que havia acontecido em Hogsmeade, mas com certeza não era nisso em que Tiago pensava. Até tinha esquecido o fato do patrono de seu primo ser um cervo, já que essa era sua forma animaga. – Ei, Pontas, você está bem? – Perguntou Pedro quando ele se juntou aos amigos, mas Tiago estava tão distraído que nem escutou Rabicho. – Terra chamando Tiago Potter. – Dessa vez quem tentou foi Alice, mas nada. – TIAGO CHARLES POTTER! – Sirius gritou tão alto que o salão silenciou e olhou para eles. – Posso saber por que você fez isso seu idiota?! – Exclamou o maroto levantando, porque com o susto havia ido ao chão. – Porque você não escutou o Rabicho e nem a Alice e nós queremos saber por que você estava tão distraído. – Respondeu Remo pelo amigo segurando a risada.

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– Por nada. – Disse saindo dali e indo para o dormitório masculino. Jogou-se em sua cama e ficou pensando no que Snape havia lhe dito. – Não posso confiar nele. – Murmurou para si mesmo. – Ele é o ranhoso, o ranhoso. – Repetia para si mesmo, tentando se convencer. – As pessoas mudam, sabe. – Disse uma voz vinda da cama ao lado, virando-se Tiago viu Harry, olhando para o teto tão pensativo quanto ele. – Do que você está falando? – Sobre o Snape. Ele realmente ama a Lírio. Você deveria escutar o que ele falou. – Como você sabe o que ele me falou, só estava eu no corredor e... – Ele parou ao ver o sorriso maroto no rosto do garoto. – Quem realmente é você? – Tiago lembrou-se do patrono que ele conjurara mais cedo. – Está se perguntando por meu patrono ser a sua forma animaga? – O que... Como...? – Tiago não conseguia formular nenhuma frase. – Sim, eu sei o real significado dos apelidos: Almofadinhas pode se transformar em um enorme cão negro, Rabicho em um rato, você em um cervo e Aluado é um lobisomem. – Como você sabe? – Isso é uma longa história, - Tiago preparou-se para ouvir. – que não deve ser contada agora. Acrescentou o moreno de olhos verdes, e Tiago achou melhor não discutir, ele contaria na hora certa. Naquele dia ninguém mais viu Harry Potter, o que irritava seus amigos que queriam tirar satisfações com ele. Eram mais de meia noite quando desistiram e foram deitarse, e o que os marotos encontraram no dormitório masculino da Grifinória? Um Harry Potter completamente adormecido em sua cama. – Eu não acredito! – Disse Sirius. – Nós ficamos esse tempo todo lá em baixo esperando ele e ele estava aqui o tempo todo! Sirius foi para acordar o moreno quando alguém segurou seu braço, o impedindo. – O deixe dormir, Almofadinhas. – Era Tiago que não havia saído de sua cama até aquele momento. – Mas, Pontas... – Não, ele estava cansado. Lembre-se: ele enfrentou mais de cem dementadores sozinho. Sirius bufou, mas concordou. Rabicho ainda queria acordar aquele que tinha tirado o seu lugar, como ele pensava, mas recebeu um olhar de Tiago que dizia que se fizesse aquilo ele não gostaria nem um pouco. Pedro foi deitar-se carrancudo. Alheio a tudo o que acontecia a sua volta, Harry dormia tranquilamente até que ouviu a voz de Rony ao longe...

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– Vou tentar afastar umas pedras... Para você poder passar na volta... – Gina! – Era a sua voz dessa vez. – Por favor não esteja morta... Acorde. – Ela não vai acordar... – O que você quer dizer com “ela não vai acordar”? Ela não está...? – Ainda está viva, mas por um fio... Silêncio, Harry não estava escutando mais nada, então: – Que lhe interessa como escapei? Voldemort foi depois de seu tempo... – Voldemort – aquela voz que falou que Gina não iria acordar – é o meu passado, presente e futuro, Harry Potter... Então ele viu as palavras: TOM SERVOLO RIDDLE. E depois... EIS LORD VOLDEMORT... – Não é... – Não é o que? – Não é o maior bruxo do mundo... O maior bruxo do mundo é Alvo Dumbledore... Então um canto foi ouvido e uma fênix apareceu carregando um velho chapéu. Harry não conseguia ver o lugar onde estavam, mas pela conversa ele sabia. Depois ele ouviu um silvo, língua de cobra, e um basilisco apareceu... Harry não conseguia raciocinar, aquilo era tão familiar... – NÃO! DEIXE O PÁSSARO! O GAROTO ESTÁ ATRÁS DE VOCÊ! VOCÊ AINDA PODE FAREJA-LO! Aquele grito tirou o garoto de seus pensamentos. Então ele viu tudo a sua frente... O basilisco o atacando... Gina inconsciente... E Riddle, Tom Riddle... A espada de Gryffindor... O diário que ele destruiu. Então Harry acordou. Não entendia porque foi sonhar com a Câmara Secreta agora, a não ser que... – O diário! – Ele exclamou tão alto que acordou seus amigos. – Que foi? Onde é o ataque?! – Perguntou Sirius caindo da cama, se Harry não estivesse tão concentrado teria rido da cara do padrinho. – Harry? – Perguntou Rony sonolento. – Você está bem? – O diário, como eu não pensei nisso antes?! Ninguém estava entendendo nada. – Que diário? – Perguntou o ruivo, agora mais desperto. Olhando para fora viu que estava amanhecendo, deveriam ser quase seis horas. – O diário que fez a Gina abrir a Câmara Secreta no nosso segundo ano. É claro, tudo faz sentido agora. – Quem é Gina? – Perguntou Sirius. Remo lançava olhares para os dois calarem a boca, mas esses não viam. – Minha irmã. – Respondeu Rony sem pensar. – Mas o que tem o diário de Riddle? Você o destruiu, lembra?

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– Sim, sim. Eu preciso falar com Dumbledore. – Disse o moreno pulando da cama, só então se dando conta dos outros marotos. – Nós contamos tudo para vocês quando eu voltar, ok? – Mas... – Sirius não acabou de formular sua frase porque Harry já havia aparatado, aparecendo em frente à porta do escritório do diretor. – Entre. – Harry ouviu quando bateu, e não esperou segunda ordem, entrando apressado no escritório. – Harry! – Professor, eu acho que sei qual é a outra horcrux! O diário de Tom Riddle que eu destruí no meu segundo ano. – Harry me de as lembranças daquele dia, eu preciso analisa-las. Harry assentiu e assim o fez, tirando sua varinha que havia pegado as pressas e apontando para a têmpora, retirando a memória daquele dia. – Ah, e tem um probleminha, professor. Eu acordei os marotos sem querer e estava falando com Rony sobre o diário e Gina... – Tiago e Lílian ainda não se reconciliaram? – Não, mas está há um passo disso. Snape conversou com meu pai e ele ficou bastante pensativo. – Acho que você deveria contar a história a eles, Harry. – Tudo bem. Alguma noticia sobre as horcuxes? – Depois que eu verificar isso eu o chamo, certo? – Ok. – Harry aparatou diretamente no dormitório masculino, lugar onde se encontravam também as garotas. – O que todo mundo está fazendo aqui? – Ele perguntou sentado na cama de Sirius que deu um pulo e se estatelou no chão, atraindo a gargalhada de todos. – Seu idiota! Quer me matar de susto?! – Desculpe, Almofadinhas, mas eu não pude perder a oportunidade. – Ah, chega disso e conta logo o que nós queremos saber! – Cortou Susan. – Ok, ok. – Olhando ao redor reparou que estava faltando alguém. – Cadê o Rabicho? – Ele aproveitou que você o acordou para ir à cozinha comer. – Informou Remo com um rosnado, o que surpreendeu a todos. – Aluado, o que...? – Começou Pontas, mas Harry o interrompeu. – Remo, acho que está na hora de contar seu segredo a todos, não acha? Ele pareceu inseguro, mas recebeu olhar de força do filho de seus melhores amigos e respirando fundo falou de um golpe só: – Eu sou um lobisomem. – Todos olharam chocados para ele, principalmente Sirius. – Pera ai! Você contou a verdade para Harry?!

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– Não, ele já sabia. - Quem respondeu não foi Remo e sim Tiago. Sirius olhou para ele esperando uma explicação. – Ontem vocês viram que eu não estava muito legal quando saí do Salão Comunal e vim para cá. Quando cheguei aqui encontrei Harry e ele sabia por que eu estava daquele jeito, então eu achei estranho o patrono dele, mas não disse em voz alta, mas Harry percebeu e ele falou: “Está se perguntando por meu patrono ser a sua forma animaga?”. – Forma animaga?! – Espantou-se Lílian. – Você está querendo dizer que é um animago ilegal? – Ela parecia cética e Tiago se transformou em cervo bem na frente de todos. Antes que mais alguém falasse alguma coisa, Remo começou a contar a sua história e de que como seus amigos haviam se transformado em animagos para ajudalo. – E como você sabia que nós éramos animagos e Aluado um lobisomem? – Isso ele explica depois, o que eu quero saber o que foi aquela conversa que você teve com Rony. – Disse Tiago e todos concordaram, pelo jeito os marotos haviam contado para as meninas sobre aquilo. – E quem é Gina? – Eu já disse que é a minha irmã. – Interrompeu Rony. – E como ele sabe disso? – Perguntou Anne. – Porque eu conheço os Weasley há muito tempo. – Respondeu Harry. – E como você pode conhecer a família dele, se ele é do futuro? – Questionou Sirius. Harry deu um sorriso maroto para ele. – Como você acha, meu caro Sirius? – Ora, e eu que sei? – Só se você fosse também do futuro... – Sussurrou Lílian, deixando a frase morrer. – Isso é impossível! – Exclamou Tiago. – Você é o meu primo, filho do tio John e da tia Erica! – Eu nem sabia que vovô tinha um irmão quando eu vim para cá. – Comentou Harry despreocupado. – Vovô? – Tiago sussurrou. – Meu nome completo é Harry Tiago Potter, e sim, eu sou do futuro, como o ruivo ali. – Falou, apontando para Rony. – Por isso que nós agíamos como se nos conhecêssemos há muito tempo, porque nós realmente somos amigos há muito tempo. Fez-se um silêncio no quarto, quebrado por Tiago. – Quem é a sua mãe? – E você ainda pergunta? Porque você acha que eu estava fazendo de tudo para juntar você e a Lilly? Eu ainda quero nascer! – Harry brincou, olhando para os pais.

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– Eu sou sua... Mãe? – A ruiva falou num fio de voz. Harry assentiu com a cabeça e Lílian virou-se para Hermione. – E você sabia que ele era do futuro? – Ora, é claro, sendo que eu também sou! – Ela disse indo até a cama de Sirius onde o namorado estava e sentou-se ao seu lado. – Isso é tudo muito confuso. E porque você não parece estar surpreso, Remo? – Perguntou Alice. – Porque eu já sabia. Descobri logo que chegamos à escola. – Tá, tá, muito legal, mas agora eu quero que me responda uma pergunta muito importante. – Falou Sirius, olhando diretamente para Harry. – Como eu sou no futuro? – Concluiu com um sorriso charmoso. – Você é... Ótimo. – Disse Harry hesitante. Ainda doía pensar nele morrendo. – Por que eu não senti muita confiança nessa resposta? – Isso não interessa! – Cortou-o Susan. – O que eu quero saber é como nós somos? – Apontou para Alice e Anne. – Desculpe, Susan. – Disse Harry. – mas nós não conhecemos vocês. – Mas nós somos amigos do Neville. – Acrescentou Rony. – Neville, quem é Neville? – Perguntou Anne. – Neville Longbotton. – Esclareceu Hermione. – É um ótimo amigo, muito leal. – Longbotton? Por acaso ele é filho do Frank? – Perguntou Alice ansiosa. Ela sempre tivera uma queda pelo setimanista da Grifinória. – Sim. – Disse Harry. Ele viu o olhar de tristeza dela e acrescentou. – E seu também. – Como? Acho que eu não escutei direito. – Alice, você vai se casar com Frank. – Hermione esclareceu. Ela estava em estado de choque, mas com um imenso sorriso no rosto. – E eu? Eu sou um bom pai? – Tiago perguntou hesitante. Harry olhou para ele com uma expressão que eles não souberam descrever, parecia dor. Mas por quê? – Foi o melhor. – Ele sussurrou, Hermione apertou a sua mão com força. – O que foi? Porque você está com essa cara? O que aconteceu? – Tiago estava desesperado, queria saber o que aconteceu. – Vocês... vocês... – Harry não conseguia, falar para Remo ou para Dumbledore já era dolorido, para seus pais era muito pior. – Remo? – Tiago virou-se para o amigo que também tinha uma expressão de dor. – Eu vou morrer, não vou? – Ele virou-se novamente para o filho, que assentiu de cabeça baixa. – Como? – Voldemort. – Foi tudo o que ele sussurrou. – Quantas vezes vou ter que dizer para não falar esse nome? – Perguntou Rony que ofegara como a maioria ao ouvir aquilo.

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– Mas você e a Lilly vão ficar bem, não vão? – Tiago nem dera bola para o que o ruivo falara. – Espere. – Sussurrou Lílian que tinha as lágrimas correndo pelo rosto. – Outro dia, quando fomos acordar você, você disse tia Petúnia. Ela não era uma professora do orfanato, né? É a minha irmã? – Sim. – E porque você pediria para ela deixa-lo dormir mais cinco minutos? – Porque eu estou acostumado a ela me acordar pela manhã. Ouço a voz dela todas as manhãs por quinze anos. – O que aconteceu com a gente? – perguntou Tiago, esquecendo-se de sua briga com Lilian e a abraçando. – Vocês foram mortos por Voldemort quando eu tinha um ano de idade. É por isso que eu tenho essa cicatriz na testa. Porque Voldemort tentou me matar, mas não conseguiu. Eu vou contar tudo a vocês. Ele respirou fundo e começou a contar aquela história pela terceira vez, esperando ser a última. Foi interrompido quando revelou sobre Rabicho, mas continuou a falar, sendo interrompido novamente por Sirius quando falou que Snape era seu professor de Poções. – O que Dumbledore tem na cabeça para nomear o ranhoso para professor?! Depois disso Harry continuou contando até sobre as horcruxes, isso Rony e Hermione não sabiam, por isso prestaram atenção também. – Foi por isso que eu acordei hoje apressado. Porque eu sonhei com aquele dia na Câmara Secreta e pensei se o diário poderia ser uma horcrux. – E o que o diretor falou? – Perguntou Hermione ansiosa. – Ele ficou com as minhas lembranças para analisa-las. Eles ficaram em silencio, então Tiago levantou-se e abraçou o filho, dizendo: – Eu não vou deixar você passar por tudo o que passou, eu prometo. Harry apenas sorriu retribuindo ao abraço. Lilian juntou-se a eles. Depois Tiago se afastou e falou para sua futura esposa. – Lilly, você me perdoa por ter sido um idiota ciumento que age por impulso? Ela assentiu, se jogando nos braços dele. Harry suspirou, chamando a atenção de todos e fez um ar dramático. – Graças a Merlin, eu vou nascer. Todos desataram a rir, descendo para o Salão Comunal e logo estavam nos terrenos de Hogwarts fazendo guerra de bola de neve. CAPÍTULO 19 BASILISCO

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– Ei, pessoal, vocês querem passar o natal lá em casa? – Perguntou Tiago duas semanas depois quando eles estavam jantando no Salão Principal. – Não vai dar Tiago. – Respondeu Alice. – Prometi que passaria o natal com a mãe do Frank. – Eles tinham começado a namorar há três dias, para felicidade da garota. – Eu também não. É tradição lá em casa passar com a família reunida e a Anne vai também. – Disse Susan. – Tudo bem. E você, Remo? – Claro que irei! – Ótimo! Que pena que as garotas não vão... – Posso saber por que você convidou somente as garotas e o Remo? E eu? – Indignouse Sirius. – E desde quando eu preciso te convidar, pulguento? Você praticamente mora lá em casa! Só falta mudar seu nome para Potter. – O que eu adoraria. – Respondeu ele. – Mas você não convidou nem mesmo a sua futura esposa e seu filho. – Quem disse que eu não convidei a Lilly? Fiz isso ontem à noite e o Harry e a Mione estão morando lá esqueceu? E o Rony entra no pacote. Foi nesse clima de brincadeira que uma aluna do terceiro ano da Grifinória os encontrou, ela entregou um pedaço de pergaminho para Harry. Ele logo reconheceu a letra do diretor. – Pessoal, eu já volto. O professor quer me ver. – Disse para todos que assentiram. – Depois você nos conta se ele descobriu mais alguma coisa. – Falou Lílian. Harry concordou e foi até o escritório do professor. – O senhor descobriu alguma coisa? – Foi logo perguntando, depois de cumprimentar Dumbledore. – Acho que o diário é uma horcrux sim. – Então já sabemos da taça, o medalhão, o anel e o diário... Ainda faltam três. – Disse o garoto contando mentalmente. – Eu andei pesquisando e fiquei sabendo que o diadema de Ravenclaw está perdido há séculos. – Diadema de Ravenclaw? O senhor acha que Voldemort está com ele? – Acho que sim porque ele queria criar suas horcruxes em objetos preciosos... – Então faltam dois. – Eu acho que Nagini, sua cobra, poderia ser uma. E ela é o símbolo de Slytherin, uma horcrux perfeita. – Nagini? Horcrux podem ser feitas em animais? – Não é aconselhável, já que todos ser vivo um dia irá morrer.

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Harry pensou nas palavras do diretor. Sim, um dia todos tem que morrer, inclusive o tão temível, que se diz imortal, Lord Voldemort. – Ok, então achamos seis e não sete. Ah, esqueci. O senhor disse que a sétima é a que habita o corpo dele, não é? – Sim, a sétima é sua própria alma. Pela lembrança que você me deu, Harry, o diário se encontrava com Lúcio Malfoy? – Sim, mas o Malfoy ainda está em Hogwarts, estou certo que Voldemort não daria um bem tão precioso quanto a sua alma para alguém como um reles estudante. – Sim, por isso acho que o diário está na Mansão Malfoy, com o pai de Lúcio. O problema será pega-lo. – Fácil, é só eu aparatar lá. Se eu consigo em Hogwarts vou conseguir na Mansão também. Alias, professor, o senhor sabe por que eu consigo aparatar no castelo? Dumbledore ficou pensativo por um momento, então disse: – Você é poderoso, Harry, mais do que imagina. E não se esqueça de que na noite que Voldemort tentou mata-lo transferiu alguns poderes para você, como a habilidade de falar com as cobras por exemplo. Harry ficou pensativo, depois perguntou mudando de assunto: – Como se destrói uma horcrux, senhor? – É muito difícil, mas há duas maneiras. A primeira é quem criou tal coisa, no nosso caso Voldemort, sentir remorso de tudo o que fez, das almas que destruiu para criar aquela Horcrux. – Não vejo Voldemort com tal sentimento... – Não, por isso precisamos ir direto à segunda maneira, que foi por qual você destruiu o diário no seu tempo. – Como? – Perguntou o garoto confuso. – Com a presa de basilisco. – Continuo sem entender. – A segunda maneira de se destruir uma Horcrux é com algo praticamente indestrutível, veneno de basilisco. O veneno dessa serpente mata em poucos segundos e não tem antidoto, a não ser... – Lágrima de fênix. – Harry completou. – Ótimo, e onde se compra veneno de basilisco? – Acredita-se que os basilisco foram praticamente extintos, não se encontra eles em lugar algum. Não tem nenhum lugar em que vendam veneno de basiliso, Harry. – Nem na travessa do tranco? – Não, o único jeito é matar aquele que está aqui na escola. Você poderia vir comigo para abrir a câmara, já que tem que ser um ofidioglota e eu cuido do basilisco...

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– Não. – Harry o interrompeu. – Eu matei aquele basilisco antes, eu vou mata-lo agora. – Mas, Harry! Isso é muito perigoso e... – Quando eu o matei antes eu tinha apenas doze anos, professor, e não tinha todos esses poderes que eu tenho agora. Semana passada eu consegui levantar meu travesseiro sem usar magia, embora tenha dormido o dia inteiro depois de cansaço... – Harry, eu não estou duvidando da sua capacidade, mas eu me preocupo com você... – Eu vou ficar bem, senhor, é sério. Eu já enfrentei coisa bem pior que um basilisco. Quando posso ir? Dumbledore suspirou derrotado, quando ia aprender que não se discutia com um Potter, ele sempre acabava ganhando. – Temos que prepara-lo primeiro. Você gostaria de falar para seus amigos aonde vai enquanto eu preparo tudo? – O senhor enlouqueceu?! Como se eu fosse chegar para minha mãe e dizer: “Oi, mãe, eu vou enfrentar um basilisco na Câmara Secreta, mas não precisa se preocupar, ok?” Ou para a Mione: “Meu amor, eu vou lá da um pulinho na Câmara Secreta matar uma cobrinha, não precisa se preocupar...” Daí sim que eu não saio vivo para derrotar cobra nenhuma e muito menos Voldemort. – Ok, Harry e já entendi. – Disse o professor dando uma leve risadinha. Ele levantou-se e pegou a espada de Godric Gryffindor. – Você vai precisar disso e da Fawkes também, se não me engano. E sua varinha, é claro. – Lá vou eu. – Falou o moreno pegando a espada e esperou até que Fawkes estivesse em seu ombro para aparatar diretamente na Câmara Secreta. – Boa sorte, Harry. – Falou o diretor para o nada. O garoto ia precisar. Harry Potter apareceu diretamente na Câmara, não estava com vontade de ouvir Murta se lamentar de sua morte. Olhando para a estatua de Slytherin se perguntou como chamaria o basilisco. É, não tem jeito, teria que fazer como Riddle do seu tempo fez: – Fale comigo, Slytherin, o maior dos Quatro. O rosto da estatua se mexeu, a boca abriu-se e logo um buraco negro estava ali. – Quem ousa interromper o meu sono? Vai pagar caro por isso. – Uma voz sibilante falou e Harry sabia que era o basilisco. Então o garoto teve uma ideia, quem sabe nem precisaria lutar com a serpente. Curvando-se, fez uma reverencia respeitosa para a criatura. – Desculpe incomoda-lo, mas eu preciso de sua ajuda. – E porque eu ajudaria alguém que pertence à casa do inimigo do meu mestre? – Sibilou a enorme serpente, furiosa. – Como sabe que eu sou grifinório?

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– Está escrito na sua cara, e nesse momento eu estou entrando em sua mente. Estou vendo que é do futuro e que me matou, então, porque eu o ajudaria? - Harry estava surpreso, uma cobra poderia entrar na mente de uma pessoa? – Não me ofenda, humano, eu não sou uma cobra. Sou um basilisco e pertenci a Salazar Slytherin! Você tem medo de mim, se não olharia para meus olhos. De fato, desde o momento em que o basilisco aparecera ele estava olhando para o chão. – Se e eu estivesse com medo não teria vindo até aqui para pedir sua ajuda, seu eu estivesse com medo não estaria me humilhando, porque eu não me curvo nem a Voldemort e estou fazendo isso a uma cobra! – Sibilou Harry furiosamente, tinha perdido a paciência. – Como você ousa, humano? Você não tem medo de morrer? – Já estive perto da morte tantas vezes que não tenho mais medo dela. Quando eu morrer quero morrer como alguém digno. Não quero ser lembrado por ter seguido um mestiço que acha que é puro sangue, não quero implorar pela morte. Quando ela chegar, vai ser bem vinda, eu a estarei esperando de braços abertos. – Você é corajoso, mas não tem chance contra alguém poderoso como o Lord das Trevas. Eu não posso ajuda-lo porque eu sirvo a ele. – Ele só está usando você. Está o mantendo escondido aqui para quando precisar. – Não ouse falar assim do descendente do meu mestre, garoto insolente! Pegando Harry de surpresa, o basilisco o atacou. Graças aos seus reflexos de Quadribol conseguiu se esquivar. Fawkes, que estivara esse tempo todo observando os silvos de Harry e da serpente, resolveu agir. Voando até a cabeça da criatura perfurou os dois olhos da serpente, o fazendo silvar furioso. Aproveitando que o basilisco estava sego e com dor, o garoto pegou a espada da bainha improvisada que havia feito quando saíra do escritório do diretor e perfurou a enorme cobra. Ela gritou impropérios em língua de cobra e lançou-se para Harry. Ele somente teve tempo de levantar a espada que perfurou o céu da boca do basilisco, fazendo ele cambalear. Ignorando a dor no braço onde estava enterrada uma presa, ele adiantou-se e cortou a cabeça do animal fora. Depois sim ele permitiu-se cair arquejando de dor. – Fawkes... – Ele murmurou sem forças. Então viu a fênix vindo em sua direção. Ela logo soltou duas enormes lágrimas prateadas no braço do garoto, que viu o ferimento se fechar. – Obrigado Fawkes, outra vez você me salvou. Harry se levantou e pegou sua varinha, conjurando alguns frasquinhos para por o veneno. Pegou também algumas presas da serpente, era sempre bom ter. Depois aparatou com a fênix diretamente do escritório do diretor, que estava andando de um lado para o outro preocupado com o menino.

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– Harry! Você está bem? – Sim, professor, eu estou bem. Mas não posso dizer o mesmo do basilisco. Eu até tentei fazer uma aliança com ele, sabe, mas ele era leal de mais com Voldemort. – Você pode me contar isso tudo outra hora. Você precisa descansar, está caindo em pé, garoto! De fato, Harry estava muito cansado. Despedindo-se do diretor ele saiu do escritório indo em direção ao sétimo andar, para a Sala Precisa, não querendo enfrentar seus amigos naquele momento. – Ei, Potter! – Uma voz o tirou de seus pensamentos, uma voz que ele tanto odiara. – O que foi, Rabicho? – Ele perguntou cansado. Se fosse por ele ou pelos marotos, aquele rato já estaria morto, mas Dumbledore havia dito para manterem as aparências, não tinham provas contra ele. – O que você falou para os marotos de mim, hein? – Como? – Harry estava tão cansado que nem raciocinava direito, e Pettigrew percebeu isso. – Desde aquele dia que você acordou todo mundo eles não têm falado comigo, nem eles e nem as garotas. Eles estão estranhos comigo desde que você chegou. – Até que você não é tão burro como pensei. Acontece que todos já sabem com quem você anda, pena que não podemos provar. – O garoto nem demostrou surpresa, e se Harry não estivesse com tanto sono teria estranhado. - Agora, tenho mais o que fazer. – Bocejando, Harry virou-se para sair. Com certeza seu maior erro. Aproveitando que o outro estava cansado e de costas, Rabicho atacou. – Petrificus Totalus.– Harry foi petrificado, e Rabicho falou olhando para seus olhos, única parte do corpo que ele conseguia mexer: - Acha que eu não sei que você é do futuro? Acontece que eu ouvi tudo o que vocês disseram, estava escutando atrás da porta. E o Lord das Trevas já sabe disso também. Sabia que ele quer vê-lo? Eu vou levar você até ele e vou ser reconhecido entre os comensais, não importa se só tenho dezesseis anos. Vamos, Potter. A morte o está esperando. A única coisa que Harry conseguiu pensar foi: Estou ferrado! CAPÍTULO 20 D ESABAFO DE UMA COMENSAL Rabicho usou um feitiço para fazer Harry flutuar e jogou a capa de invisibilidade por cima do moreno que se perguntou onde diabos ele havia conseguido a capa. – Você deve estar se perguntando onde eu consegui a capa, não? Simples, peguei nas coisas do Tiago. Sempre achei que ele devia pôr um feitiço de proteção no seu malão, mas quem escuta o idiota do Pedro? Sempre o mais fraco, mas acabou, Potter! Nunca mais serei o mais fraco. O Lord das Trevas vai me dar poder, sim muito poder...

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Sussurrando aquelas palavras, Rabicho caminhou em direção à saída do castelo. Quando estavam em frente às grandes portas, uma voz interrompeu o garoto: – Sr. Pettigrew, o que faz aqui à uma hora dessas? – Era Dumbledore, Harry queria gritar, mas não podia e o diretor também não podia vê-lo, porque estava com a capa. Maldita capa! Ele pensou, odiando pela primeira vez na vida aquela capa. – Professor Dumbledore? Eu... Eu estava indo para a torre da Grifinória. O diretor olhou desconfiado para ele, e o rato engoliu em seco. – Dez pontos a menos para a Grifinória por estar nos corredores à uma hora dessas, agora volte para a torre, e não desvie o caminho. Rabicho não teve escolha a não ser voltar para a Torre da Grifinória, praguejando contra Dumbledore. Harry sentiu que o efeito do feitiço estava passando, e pelo visto Rabicho também, porque ele pegou a varinha e apontando para Harry sussurrou o mais baixo possível: – Petrificus Totalus. – Mais uma vez Harry paralisou completamente. Droga, se não tivesse tão cansado por causa do basilisco não teria recebido aquela feitiço de primeiro ano. Idiota! Quando o retrato da mulher gorda girou depois de Rabicho dar a senha, Harry viu seus amigos virarem os rostos esperançosos, mas fizeram uma careta ao ver Rabicho. Pelo jeito eles estavam o esperando. Só havia eles no local àquela hora. – Boa noite, pessoal. – Cumprimentou Rabicho na maior cara de pau, como se ele não soubesse que todos sabiam quem ele era, e como se Harry não estivesse ali, petrificado ao seu lado. Eu ainda mato esse rato! – Oi, Pedro. – Falou Hermione, já que os outros estavam com vontade de fazer outra coisa com ele, e com certeza não era conversar. – Você por acaso viu Harry? – Quem? Ah, o Potter! – Ele pensou um pouco e sorrindo por dentro, disse: - Na verdade vi sim, há uma meia hora atrás. – Onde? – Perguntou a garota ansiosa, esquecendo-se por um momento que todos queriam matar aquele traidor. – Bom, eu estava na cozinha jantando, sabe. E vi-o passar por lá, mas acho que ele não me viu, estava bem distraído. – Distraído, distraído como? – Com uma garota. Se não me engano é do sétimo ano da Corvinal. E vou dizer, maior gata. Bom, estou morrendo de sono, boa noite. – Quando virou as costas, tinha um sorriso perverso no rosto. Hermione estava pálida, Harry não faria aquilo! Harry tentava falar, mas não conseguia. Rabicho entrou no dormitório e trancou a porta com um feitiço. Tirando a capa de Harry falou:

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– Eu vou retirar o feitiço de você, eu sei que pode aparatar nos terrenos da escola e você irá aparatar onde eu disse, entendeu? Finite Encatatem! Harry sentiu a circulação voltar para o corpo e a primeira coisa que disse foi: – Nunca! – Colabore, Harry, você não quer que nada de ruim aconteça a Hermione, não é? Ou a seu padrinho? Ou quem sabe ainda seus pais? – Você não pode fazer nada contra eles... – Eu não, mas há muitos comensais da morte aqui no castelo, sabia? - Harry empalideceu. – Imagina se, acidentalmente, alguma coisa caísse no suco de abóbora deles? Ou se estivessem em um corredor deserto e encontrarem um bando de sonserinos, você sabe como é a rivalidade entre as casas Harry... O cretino estava sendo irônico, controlando-se o moreno falou: – Aonde você quer que eu aparate? Rabicho percebeu que ele parecia mais cansado que antes, mas ignorou, dizendo: – Ótimo, que bom que está colaborando. Aparate no cemitério de Liggle Hangleton, você sabe onde fica? Com um suspiro derrotado e acenando com a cabeça, Harry pegou o braço de Rabicho com nojo e aparatou dali, no instante em que a porta se abria e os marotos entravam, acompanhados das garotas que tinham esperanças de que Harry estivesse ali. – Harry não faria isso, eu tenho certeza! – Exclamou Lílian abraçada a Hermione que chorava silenciosamente. – Então onde ele está, Lilly, onde?! – A garota estava desesperada para acreditar na ruiva, mas sabia que tinha alguma coisa errada. – Isso não estava aqui antes. – Comentou Tiago, chamando a atenção de todos. Acompanhando o olhar do maroto eles viram a capa de invisibilidade no chão. – É a sua ou a do Pontas Jr. – Perguntou Sirius. Estava chamando Harry assim desde que descobrira que ele era filho de seu quase irmão. – É a minha. – Disse Tiago, depois de ver que a sua capa não estavam em seu malão. – Mas como ela foi parar ali...? – Ei, Rabicho não tinha subido para o dormitório? – Perguntou Susan, só naquele momento dando por falta do ex-maroto. – Verdade... O que é isso? – Tiago se interrompeu e perguntou, ao ver um pedaço de pergaminho em sua cama com algumas palavras: Subestimei Rabicho, ele me pegou e vai me levar para Voldemort, me levará para... – Levará para onde?! – Exclamou Hermione. – Não sei, o bilhete acaba aqui. Precisamos ver Dumbledore.

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Dumbledore estava em sua sala pensativo. Sentira algo estranho quando vira Pettigrew, sabia que o grifinório não estava indo para a torre da Grifinória. – Mas para onde ele iria ha uma hora dessas? Já passam da meia noite, tem algo errado nessa história... – Não pôde terminar seu pensamento porque os marotos acompanhados das meninas invadiram seu escritório. – O que aconteceu, garotos? – Harry, professor, Harry está em perigo! – Exclamaram Lílian e Hermione juntas. – Acalmem-se e me contem o que aconteceu. – Remo narrou os fatos para o diretor, já que seus amigos não estavam com condições para isso. Até mesmo Sirius, ele nunca havia viso o maroto tão preocupado antes. Terminou a narrativa mostrando o bilhete para Dumbledore que o analisou atentamente. – Onde estariam? – Perguntou para si mesmo. – É isso o que nós queremos saber, professor. – Disse Tiago angustiado. Prometera que não deixaria que mais nada de ruim acontecesse ao filho e não tinha nem se passado um mês e aquilo acontecia. – Eu acho melhor vocês retornarem para seus dormitórios descansar. Qualquer coisa eu aviso vocês. Meio contrariados eles saíram dali, indo para a torre da Grifinória. Muito longe dali, dois jovens apareceram em um cemitério. Harry estava exausto, só um maluco para criar aquele bilhete com magia sem varinha e depois aparatar. Mas ficou tão exausto que não conseguiu completar o bilhete. Pelo menos agora a Mione sabe que eu não estava traindo ela, ele pensou com ironia. – Bom, você facilitou muito as coisas. – A voz do rato traidor o tirou de seus pensamentos. Harry lhe lançou um olhar assassino. – Pena que o Lord das Trevas não esteja aqui agora, tinha coisas mais importantes para fazer, então...Estupefaça! Depois disso a escuridão envolveu o garoto. Acordou o que pareciam ser horas depois em um lugar escuro e frio, uma cela. Levantando-se sentiu o cansaço começar a diminuir. Depois de alguns segundos lembrou-se de tudo o que acontecera, o professor Dumbledore, Basilisco, Rabicho, Little Hangleton... Escutou passos e logo depois sua cela foi aberta. Rodolfo Lestrange estava a sua frente. – Então nos vemos outra vez? Sua situação não está muito boa agora, não é mesmo moleque? – Pode-se dizer que não. – Replicou Harry de mau humor. – Porque tão mal humorado, Potter? – Você veio aqui só pra me encher o saco ou para algo importante? – Mais respeito para com seus superiores, garoto. – Ok, quando eu vir algum eu faço isso.

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– Olha aqui... – Rodolfo! – Uma voz o chamou, interrompendo o que ele iria dizer. Harry conhecia muito bem essa voz. Belatriz Lestrange, ou melhor, Black, entrou na cela. – O que você está fazendo? – Bella, eu estava só cumprimentando nosso convidado. – Ele lhe lançou um sorriso charmoso que ela fez questão de ignorar. – É melhor você ir, Rodolfo. Lembre-se que o Lord disse que não queria ninguém falando com o garoto. – Ele assentiu e saiu. Belatriz lançou um olhar de completo nojo para ele. Harry ergueu as sobrancelhas. – Você não gosta dele. – Não era uma pergunta. – Acho que isso não é da sua conta, é Potter? – Porque você os aguenta, Bella? – Como? – Belatriz foi pega de surpresa. – Está na cara que você os detesta. Tem apenas dezenove anos e é obrigada a se casar com um cara que tem idade para ser seu pai... Belatriz olhava para ele espantada. – Como você sabe? – Você acabou de confirmar. Mas porque, Bella? Porque se tornar algo que não quer? – Você não entenderia... – Pelo menos tente. – Toda a minha família é formada de Comensais da Morte e quando Sirius se rebelou e foi parar na Grifinória internamente eu fiquei feliz que alguém tenha tomado uma atitude, feliz por saber que meu primo não era como a escória do resto da família... – Então porque você se tornou como eles se tinha vergonha? – Não sei, eu simplesmente não sei. Talvez eu não tenha a coragem que meu primo tem... – Você é corajosa Bella. Diga-me, se tivesse como, você gostaria que essa tatuagem horrível saísse de seu braço? Ela olhou para o braço e pensou em tudo o que jogara fora por causa de Voldemort, inclusive o homem que amava. Então tomou uma decisão: – Sim, é o que eu mais gostaria. Mas isso é impossível, o Lord das Trevas enfeitiçou para que nunca mais seja removida. Ser comensal é para a vida toda. Harry sorriu e pegou o braço da outra, levantando a manga do vestido negro. Então apontou a mão para a marca e se concentrou. Logo uma luz branca saiu de sua mão e foi para a marca, sugando-a e depois desapareceu. Belatriz olhou para onde antes havia a marca negra, não havia nada, somente a pele pálida do seu braço. Harry cambaleou, aquilo o deixara extremamente fraco. Bella o segurou e o sentou no chão.

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– Como você fez isso? Nem mesmo Dumbledore conseguiu. – Dumbledore tentou? – Eu pedi a sua ajuda logo depois que eu me formei, nunca quis seguir os Comensais. – Então você está do nosso lado, agora? Ela sorriu, assentindo. Mas virou-se quanto escutou passos pelo corredor. – Ah, você está aqui, Bella. – Falou uma voz mais fria que gelo e cruel, muito cruel. – Milorde. – Disse se curvando, odiava ter que fazer isso. – O senhor voltou mais cedo. – Sim, consegui resolver todos os meus... Problemas. Só falta esse aqui. Pode sair Bella, eu cuido dele. O seu noivo estava a procurando. Belatriz fez uma careta, mas só Harry percebeu já que Voldemort olhava atentamente para o garoto. Ela ainda olhou mais uma vez para o moreno antes de sair. – Então você é aquele que enfrentou meus Comensais da Morte em Hogsmeade, Harry Potter. – Eu? ‘Magina, é impressão sua. – Replicou o outro irônico. Não estava na cara que ele era Harry Potter?! – Vejo que tem a petulância característica dos Potter. Mas me diga, meu jovem, como eu sou no futuro? – Ah, não mudou muito, não... – Não? – Nadinha, continua o mesmo idiota de sempre. – Ora seu... Crucio! Dessa vez não teve como não gritar, embora não fosse poderosa como a maldição Cruciatus que recebeu no cemitério com catorze anos, ainda assim era horrível. Parecia que centenas de facas o perfuravam, estava ficando rouco de tanto gritar quando Voldemort parou a maldição. – Isso doeu, não doeu, Potter? Então, que tal você me dizer o que acontecerá daqui a alguns anos? – Rabicho não lhe contou? Pensei que ele havia contado tudo o que escutara. – Harry sussurrou, a maldição retirara o resto das forças que tinha por ter feito magia sem varinha, ainda mais para retirar a marca negra de Belatriz. – Ah, contou, mas ele não ouviu muito. Só até a parte em que eu matei seus pais e falhei em mata-lo. – Ele não ouviu o resto? – Não, parece que alguns estudantes estavam por perto e estranharam-no ali, escutando atrás da porta. - Pelo menos o rato não ouvira sobre as horcruxes. – Então, garoto, vai me contar por bem ou por mal como você sobreviveu?

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– Eu sobrevivi por que... – Ele fez uma pausa e sorriu sarcástico. – porque você é um idiota e não consegue nem matar um bebê. Isso lhe rendeu mais um cruciatus, e foi bem dolorido, a qualquer momento ele cairia desacordado no chão sem forças, mas não daria esse gostinho a Voldemort. – Não brinque comigo, moleque. Essa profecia, o que ela falava? – E porque eu lhe contaria? – Porque se não eu vou tortura-lo mais até você enlouquecer, ou pior, morrer. – Já estive na frente da morte por tantas vezes que eu não a temo mais. – É mesmo? Eu adoraria ficar conversando aqui com você, mas eu tenho um ataque em Hogsmeade para preparar. – Hogsmeade?! – Daqui a duas semanas os alunos terão permissão para visitar o povoado novamente. Então eu vou me certificar que eu não caia quando tente matar você. – O que você irá fazer? – Simples, matarei Tiago Potter e Lílian Evans. Assim você não nascerá e profecia nenhuma vai ser criada, então todos estarão sob o meu domínio. Gargalhando insanamente, Voldemort saiu dali trancando a sela. Harry estava branco feito uma vela. Não se arriscara tanto a ponto de perder tudo agora. Não mesmo! CAPÍTULO 21 FUGA Já fazia mais de uma semana que estava ali e Harry podia simplesmente aparatar, mas não tinha a oportunidade perfeita, ele era vigiado por Comensais da Morte vinte e quatro horas por dia. E também havia Belatriz, não podia deixar ela ali com aquelas cobras, sentira que ela contara a verdade naquele dia. E o pior de tudo era que o ataque seria dali a três dias e ele ainda estava preso naquele maldito lugar. Em Hogwarts as coisas não iam muito bem, todos ficaram sabendo que Pedro Pettigrew levara Harry Potter para Você-Sabe-Quem. Os piores com certeza eram os marotos e as garotas que andavam com eles. Os adolescentes eram visto cabisbaixos, tristes. Mas Dumbledore raramente era visto em sua cadeira no Salão Principal, ninguém sabia o que ele estava fazendo, nem mesmo Minerva McGonagall. O que ninguém sabia era que o diretor resolvera pesquisar mais sobre as Horcruxes e achara o anel dos Peverell das ruinas da casa dos Gaunt. O medalhão de Slytherin acabou achando em uma caverna por pura intuição. Mas parava aí. Ele já derramara o veneno de basilisco de um dos frasquinhos que Harry lhe entregara momentos antes de ser sequestrado. Faltava o diário que tinha certeza estar na Mansão Malfoy, o diadema de Ravenclaw que não fazia ideia de onde poderia estar, Nagini e a taça de

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Hufflepuff suspeitava estar em Gringotes no cofre dos Black, que eram a família mais fiel ao Lord das Trevas que ele conhecia. Daqui a três dias haveria o passeio a Hogsmeade e ele esperava que os amigos de Harry se distraíssem, eles andavam tão tristonhos desde o sumiço do mais novo maroto. Suspirando, Dumbledore tentou encontrar onde estaria o diadema. – O que você está fazendo aqui, Black? – O tom arrogante do Comensal que fazia sua vigilância o tirou de seus pensamentos. – Eu acho que isso não é da sua conta, Reynolds. – Disse uma voz feminina conseguindo ser mais arrogante ainda. Belatriz. – Mas para sua informação, o Lord das Trevas me autorizou torturar nosso convidado, já que ele não quer cooperar. Você pode ir comer um lanchinho enquanto isso. Ele concordou, não ousaria questionar uma das preferidas do Lord das Trevas. – Bella, o que você está fazendo aqui? – Harry sussurrou assim que ela fechou a porta e lançou feitiços para ninguém ouvir o que eles diriam ali. – O Lord das Trevas está desconfiado de mim. Todas as vezes que ele chama os comensais da morte eu chego atrasada, porque ele faz isso pela marca negra. Pelo menos ele não percebeu que a que eu tenho no meu braço é um reles feitiço de ilusão. – Podemos aparatar. – Sugeriu o moreno. – Ficou maluco? Acha que ele não colou feitiço anti-aparatação pelo lugar todo? – Ora, se eu consigo aparatar em Hogwarts porque não conseguiria aqui? – Você consegue aparatar em Hogwarts? – Ela espantou-se. – Então porque não aparatou para fora daqui ainda? – Porque esse seu disfarce não vai durar para sempre, e eu quero ajuda-la. – Ok, podemos ir daqui a algumas horas, todos estarão distraídos que não darão por nossa... – Distraídos? – Ele a interrompeu. – Porque distraídos? – Mais tarde o Lord das Trevas vai promover um ataque a Hogsmeade, Harry. Ele ficou surpreso, já fazia duas semanas que estrava ali? Não parecia. – Nós temos que impedir! Ele quer matar meus pais! – Seus pais? Pensei que fosse órfão... – É uma longa história, mas resumindo, eu sou do futuro e filho de Tiago Potter e Lílian Evans, meus pais morreram quando eu tinha um ano. Voldemort os matou, mas quando tentou me matar algo deu errado, eu sobrevivi e sai só com essa cicatriz na testa. O resto eu te conto outro dia, agora precisamos sair daqui! Saindo da surpresa de saber que ele era do futuro, Belatriz concordou. – Você não se cansaria muito se aparatasse comigo junto?

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– Sim, mas é preciso. Não posso deixar Voldemort matar meus pais e aqueles que eu amo. Eu voltei no tempo justamente para impedir isso. Espera, eu tive uma ideia! Você disse que eles estavam distraídos com o ataque, certo? – Ela concordou e ele continuou: - Os Malfoy estão aqui ou na mansão deles? – Aqui, o pai do namoradinho da minha irmã vai participar do ataque. – Bella, você conhece a mansão Malfoy? – Como a palma da minha mão. Quantas vezes fiquei hospedada lá, mas porque? – Alguma vez você viu um diário, ou um livro desse aspecto? – Não, mas na casa tem um lugar secreto que o Sr. Malfoy ficou furioso quando Lúcio levou a mim e minha irmã lá. Ele disse que estava protegendo algo de suma importância para o Lord das Trevas, mas o que tem isso? – Preciso de algo que está lá, algo que é crucial para destruir Voldemort. Eu aparatarei perto da casa dele e você me dará a descrição do lugar para eu aparatar lá dentro, ok? Ela assentiu e pegando seu braço Harry aparatou em uma mata aos arredores da Mansão Malfoy. Depois de alguns minutos, quando Bella lhe descreveu o lugar detalhadamente, ele aparatou de novo, aparecendo dessa vez em uma Câmara. Eles se dividiram para procurar o maldito diário, quando ele o viu em uma redoma de vidro, flutuando. Ele apontou a mão e retirou os feitiços negros que continham para protegêlo, mas eram tantos e muito poderosos que ele desmaiou de cansaço. Acordou algumas horas depois em uma cama macia, como sentira falta daquilo. Abrindo os olhos viu Belatriz ao seu lado. – O que aconteceu? – Você usou muita energia para retirar os feitiços negros do livro e acabou perdendo os sentidos. – Então foi tudo por nada? Não conseguimos pegar o diário? – Claro que sim! Eu retirei daquela redoma quando você desmaiou. – Ela entrgou o livro para ele. - Agora precisamos ir a Hogsmeade. – Que horas são e onde estamos? – Estamos em um hotel aos redores de Londres e já passam das três. – Droga! Espero que não seja tarde. – Acho que não, ao contrario você já teria sumido. Ele assentiu saltando da cama, como gostaria de ficar nela por mais algum tempo. Bella segurou em seu braço e eles aparataram em um beco qualquer. O caos era total, lojas explodiam sob as gargalhadas dos Comensais, mas o pânico maior era verem o próprio Lord Voldemort ali, em carne e osso. Logo o bruxo com cara ofídica localizou seu alvo e sorriu suavemente para Lilian e Tiago que olhavam aquilo espantados.

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– Olá Potter. Por onde anda seu “primo”? – Ele frisou a palavra primo e todos perceberam isso, mas não entenderam porque, a não ser, é claro, os marotos. – O que você fez com ele? – Tiago encontrou sua voz, a fúria falando mais alto que o medo. – Ah, não se preocupe, ele está vivo, por enquanto. Não sabe como ele suplicou pela morte quando eu o torturei. – Disse, acariciando a cabeça da enorme cobra que se enrolava em seu ombro, Nagini. As pessoas ofegaram quando disse aquilo, tendo pena do garoto. – Sua mãe nunca lhe ensinou a não contar mentiras, Riddle? – Perguntou uma voz vinda do outro lado da vila. Para surpresa de todos Harry Potter estava escorado em uma parede e ao seu lado ninguém menos do que Belatriz Black. – Ah, esqueci. Você viveu em um orfanato. – Como você conseguiu escapar?! – Voldemort estava furioso e todos perceberam isso. Nesse momento Dumbledore chegou com a Ordem da Fênix e os aurores. – Digamos que tive ajuda. – Ele sorriu para Belatriz que deu uma risadinha abafada pela mão. – Não, Bella não me trairia. – Se não se importa, Riddle, só meus amigos me chamam assim e você com certeza não é um deles. Agora sim todos estavam chocados. Belatriz Black falando assim com o Lord das Trevas?! – Até que ser preso por você teve seus benefícios, né Riddle? – Harry retrucou. – Quando eu poderia imaginar que Belatriz Black poderia ser uma aliada? Estou chocado até agora! – Ele fez uma expressão dramática que fez Bella rir novamente. – Não exagere, Harry. Há algum tempo que eu havia percebido que virar Comensal da Morte não me levaria a lugar nenhum. – Impossível, eu mesmo enfeiticei a marca negra no seu braço para que ninguém me traísse. Caso isso acontecesse eu saberia! – Marca, que marca? – Belatriz se fez de desentendida. – Não sei de que marca você está falando... – A que está no seu braço esquerdo, Belatriz! – Ele parecia furioso e vendo isso ela sorriu. Tirando o braço de trás das costas ela arregaçou a manga e mostrou seu braço. Todos se surpreenderam a não verem nada ali, ninguém mais que Voldemort. – Como disse, não tem marca negra nenhuma em meu braço. – Ela se divertia com essa situação. – Mas isso não é possível...

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– Digamos que eu tenha dado uma ajudinha... – Comentou Harry chamando a atenção de todos para si. – Garoto petulante. – Sibilou uma voz que ninguém entendeu o que disse, somente Harry e Voldemort. – Diga para sua cobrinha de nada que eu vou mostrar a ela quem é petulante. – Você entendeu o que Nagini disse? – Se surpreendeu o outro. – Ora, é claro! Não te contei que sou ofidioglota? Nagini, Nagini, que decepção. Pensei que você fosse mais esperta do que se deixar levar por esse idiota. – Ele falou as ultimas palavras em língua de cobra, surpreendendo a todos mais uma vez. Inconscientemente a cobra deslizou dos ombros de seu mestre. Estava hipnotizada pelos olhos daquele garoto. Sem que ninguém percebesse, Harry pegou a varinha de Belatriz que estava na mão dela. Ainda estaca fraco por ter feito aqueles feitiços sem varinha e não queria mostras a todos que podia fazer feitiços sem varinha. Apontou a varinha para a cobra que pareceu acordar de seu transe e gritou: “Reducto!” ao mesmo tempo em que Voldemort gritava “NÃO”. O feitiço acertou bem na cabeça da cobra que explodiu com tamanha a força do moreno. – Você irá pagar por isso Potter! Avada Kedrava! – O feitiço verde foi de encontro ao garoto que pulou para o lado bem na hora. A maldição explodiu a parede atrás de si. Voldemort iria tentar outra vez, mas Dumbledore saiu do choque e se pôs na frente do moreno e de Belatriz. – Já chega, Tom. Vendo que não tinha chances contra Dumbledore ele ordenou para que seus Comensais debandassem e falou, antes de aparatar: – Isso não vai ficar assim. – Caramba! Esse aí não muda nunca. – Comentou Harry despreocupadamente, sem se importar. Quando percebeu que o diretor olhava Belatriz com uma sobrancelha erguida falou: - Professor, Belatriz me ajudou a fugir daquele lugar horrível e se não fosse por ela eu não teria conseguido pegar... Aquilo. – Aquilo...? Ah! – Os olhos do diretor brilharam quando ele entendeu, e todos se perguntaram o que era “aquilo”. – Sr. Potter, Srta. Black, os senhores poderiam me esperar na minha sala? Tenho algumas coisas a fazer aqui ainda. – Sem problema. – Falou o moreno, pegando o braço de Belatriz e aparatou, depois de lançar um sorriso tranquilizante na direção de seus amigos. Quando chegou lá, começou a contar sua história para Bella e ela ficou chocada com o mal que causara, mas Harry a tranquilizou, dizendo que aquilo não iria mais acontecer e tudo o mais. Contou também sobre as Horcruxes e como o diário era uma. Estavam em completo

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silencio, pensando em tudo o que fora dito quando a porta se abriu e por ela entrou Dumbledore acompanhado dos marotos. – Harry! – Hermione jogou-se em seus braços, seguida de Lílian. Depois de abraçar todo mundo ele contou o que havia acontecido, desde o basilisco até agora. – Porque você resolveu se rebelar só agora? Porque não fez que nem eu? – Perguntou Sirius desconfiado para a prima. Todos olharam para ela que suspirou e contemplou o campo de Quadribol encoberto pela neve através da janela. – Porque que não tinha sua coragem, Sirius. Eu era uma covarde, tinha medo do que eles poderiam fazer para mim. Eu perdi tudo quando recebi aquela maldita marca e me arrependi na hora de ter feito aquilo. Eu até procurei o professor Dumbledore na época. – Ela revelou, todos olharam para o diretor. – Sim, me lembro bem. Mas você não quis que eu acolhesse você, queria apenas que eu livrasse-a da marca em seu braço. – Não poderia passar o resto da vida me escondendo, um dia Voldemort me rastrearia. Mas quando Harry ofereceu essa chance para mim, não pude recusar, quero recuperar o que perdi. – Porque acreditaríamos em você? – Sirius ainda não se conformara, afinal se o passado não tivesse sido alterado ela iria mata-lo! – Não sei e não os julgaria se não acreditassem, mas acho que confrontar como confrontei Voldemort hoje ajudaria. – Acredito na Srta. Black. – Falou Dumbledore surpreendo a todos. Logo todos se conformaram e acreditaram nela, Hermione e Rony a muito custo, porque sabia o que ela havia feito no futuro deles. – Mas mudando de assunto, você conseguiu o diário, Harry? – Sim, esta aqui. – Disse, retirando o diário de seu bolso onde também saiu à varinha de Belatriz. – Opa, acho que isso é seu. – Ele devolveu a varinha a ela. Dumbledore pegou o diário e abriu bem no centro. Abriu um dos frasquinhos e derramou algumas gotas. Logo um buraco surgiu, e, fechando o livro novamente ele derramou o liquido na capa, destruindo a Horcrux que havia ali. – Agora só faltam o diadema perdido e a taça. – O senhor encontrou as outras? – Então é por isso que o senhor não era visto na escola! – Exclamaram Hermione e Lílian juntas. Dumbledore meramente sorriu e acenou com a cabeça. – Bom, o senhor sabe onde está a taça? – Acredito que esteja no cofre dos Black, em Hogwarts.

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Harry assentiu e aparatou, surpreendendo a todos. Ele apareceu no meio de um monte de outro e joias. Não ligando para isso encontrou o que procurava em uma prateleira no alto do cofre. Fez a mesma coisa que havia feito com o diário, mas dessa vez não desmaiou, estava se acostumando com aquilo. Ele somente cambaleou um pouco e pegou a taça, aparecendo no escritório do diretor de Hogwarts, que fez a mesma coisa que fez com o diário, o destruindo. – Acho que precisamos encontrar um lugar seguro para a Srta. Black ficar. Vou providenciar isso. Acho melhor vocês irem descansar. Todos concordaram e antes de sair, Harry falou: – Se cuida, Bella. Coitado do Rodolfo vai ficar sem sua noivinha. Ela fechou a cara na hora e Harry gargalhou, se juntando aos amigos que tinham um trilhão de perguntas para fazer a ele. Suspirando, Harry falou: – No dormitório masculino. – E aparatou, para a fúria dos outros. CAPÍTULO 22 PLANOS Quando eles chegaram ao dormitório masculino da Grifinória encontraram Harry deitado em sua cama olhando para o teto. Hermione sentou-se na cama dele enquanto os outros se sentavam as camas ao lado do moreno. Harry se sentou e abraçou a namorada: – Senti sua falta. – Ela sussurrou, escondendo o rosto no peito dele. – Eu também. – Tá, estou até emocionado aqui, mas será que da pra você fala de uma vez por todas o que aconteceu? O que foi? – Acrescentou, quando recebeu sete olhares furiosos. – Você não tem jeito mesmo, né Black?! – Anne ralhou com ele, furiosa. – Já que o meu caro padrinho está tão apressadinho, eu vou contar o que vocês querem saber. – O que aconteceu com a Lestrange, quer dizer, a Black, para ela mudar de lado? – Começou Rony, nunca esqueceria o que aquela mulher havia feito e vira o quanto o amigo sofrera quando Sirius morrera. – Ela perdeu tudo por causa de Voldemort, percebeu que perderia a sanidade também se ficaria ao seu lado. E ela perdeu o homem que amava. – Como é? E quem é esse cara? – Sirius questionou curioso e desconfiado. – Não sei, ela não me contou. Só disse que conquistaria o amor dele novamente. Eles ficaram em silencio pensando em tudo o que havia acontecido até que Lilian exclamou:

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– Muito bem, agora devemos deixar o Harry descansar. – Ele lançou um sorriso agradecido a ela e todos saíram. Logo que Harry caiu nos travesseiros apagou. Estava em uma sala ricamente mobiliada e parecia furioso. Como aquele garoto sabia que Nagini era uma Horcrux? Ou ele não sabia? Ele poderia ter agido por puro instinto, matando a cobra. Mas era bom averiguar. Mando Orion Black até seu cofre em Gringotes ver se a taça estava segura, ele iria atrás das outras pessoalmente. Depois de duas horas estava de volta a Little Hangleton, mais furioso que antes. Como aquele moleque descobrira seu segrdo?! Com a ajuda daquele velho, só podia. Só lhe restava mais uma Horcrux e ele teria que pega-la, mas como entraria em Hogwarts sem ser visto? Não arriscaria pedir para mais ninguém, por causa daqueles incompetentes duas de suas Horcrux estavam, provavelmente, destruídas. Mas ninguém conseguiria achar onde ele a escondeu, não, era impossível alguém encontra-la. Harry acordou com a cicatriz em brasa. Em Hogwarts? Onde ele poderia ter escondido o diadema no castelo? Pense Harry... Se você quisesse esconder alguma coisa na escola, onde esconderia? Para ninguém achar? – Droga! Não adianta, não consigo pensar com essa dor na cicatriz! – Ele se levantou e saiu do dormitório. Àquela hora todos estariam no Salão Principal jantando, então foi para os jardins. Sentou-se em frente ao lago negro e tentou se acalmar. Onde eu esconderia uma maldita Horcrux? Com certeza em um lugar que ninguém mais soubesse, mas onde?! Riddle era sonserino, poderia ter escondido no Salão Comunal da Sonserina? Não, algum aluno poderia achar. Então, onde? Então a luz se fez na cabeça de Harry. (N/A: Eu sei, bem tosco, mas...) – A Sala Precisa! Porque não pensei nisso antes?! – Ele saiu correndo dali e, literalmente, atropelando os estudantes que via no caminho. Chegando em frente a uma parede do sétimo andar começou a andar três vez em frente a ela pensando: “ Preciso de um lugar para esconder coisas, preciso de um lugar para esconder coisas...” Quando parou e olhou para a parede havia uma grande porta ali. Ele entrou e depois que passou por ela a porta sumiu. Quando entrou Harry encontrou um lugar totalmente bagunçado, repleto por prateleiras cheia de livros e outras coisas. Tentou lembrar-se do aspecto que tinha o diadema, Dumbledore lhe mostrara. Parecia com uma coroa e tinha a águia que era símbolo da casa Corvinal. Ficou horas procurando até que o encontrou em cima de um esqueleto. Ele o pegou e saiu correndo dali, aparatando direto para o escritório do diretor e o encontrando vazio. Claro, ele devia estar no Salão Principal. Harry resolveu esperar. Depois de algum tempo, diga-se de passagem, bastante tempo, a porta abriu-se e Dumbledore entrou, se surpreendendo ao encontrar Harry sentado em frente a sua escrivaninha, parecendo impaciente. – Professor, finalmente!

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– Harry, aconteceu alguma coisa? – O diretor se sentou em sua cadeira à frente da escrivaninha. – Sim, eu encontrei a outra Horcrux. Na verdade ela estava aqui o tempo todo, na Sala Precisa. – Sala Precisa? Harry explicou para ele o que era a sala. – Então, professor, é esse o tal diadema? – Ele mostrou o objeto ao diretor que sorriu e assentiu. Depois pegou a tiara e derramou mais um daqueles frascos de veneno de Basilisco. – Agora Voldemort é tão mortal quanto qualquer um de nós. – Ele já sabe que destruímos suas Horcruxes, e devo dizer, ele não está nada feliz. – Acho que não. – Dumbledore sorriu e depois suspirou. – A hora da batalha final está chegando... Muito próxima... – É... Agora será mais fácil já que Voldemort é novamente mortal. Eles ficaram em silencio por um momento, até que Dumbledore falou: – Acho que é melhor você ir, Harry. Deve descansar, afinal passou por duas semanas terríveis. Ah, antes que eu me esqueça, como você conseguiu retirar a Marca Negra do braço de Belatriz? – Não faço a mínima ideia. – O garoto respondeu sincero. – Eu só queria que a Marca desaparecesse e apontei a minha mão para o braço dela, pensando com todas as minhas forças para isso acontecer e uma luz branca apareceu, sugando a Marca Negra. – Interessante. Como eu disse, Harry, você é mais poderoso do que imagina. Vai precisar disso contra Voldemort. – Ah, professor, antes que eu me esqueça, o senhor sabe onde Belatriz está? – Sim, sim. Está na Itália. – Itália?! O que ela foi fazer lá? – Lembra que ela disse que queria reconquistar um amor que havia perdido por ter se aliado aos Comensais da Morte? Pois bem, - ele continuou quando Harry assentiu – ele se chama Pietro e é italiano. Parece que eles se conheceram quando o garoto veio passar um verão na Inglaterra com a família, é um ano mais velho que Belatriz. – Caramba. – Harry sussurrou, realmente não esperava por aquilo. – Parece que você ficou surpreso. Pensei que ela tinha contado para você sobre isso. – Sim, ela falou que queria encontrar um antigo amor, mas eu não esperava que fosse um italiano e sim... Ah, esquece. É melhor deixar para lá. Vou seguir o conselho do senhor e ir descansar. Minha cama nunca foi tão bem vinda antes. Dumbledore apenas riu, acenando com a cabeça em concordância. Harry se despediu e saiu, pensando em sua cama.

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¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Alguns corredores longe dali, Anne Willians andava pensativa. Sabia que estava fora do horário que permitia andar pelo castelo à noite, mas não se importava. Ela percebera o olhar de preocupação que Black lançava a sua prima mais cedo no escritório do diretor. Há muito tempo que era apaixonada por aquele maroto, mas ele só pensava em Quadribol e garotas. Se bem que esse ano ainda não o vira com nenhuma garota, mas ele podia ficar com elas escondido, mas não era do tipo dele. Chegara à conclusão que Sirius estava apaixonado pela prima, não havia outro motivo para ele lançar aqueles olhares para a outra. Estava tão perdida em pensamentos que não olhava por onde andava e acabou esbarrando em alguém, justamente em Sirius. – Me desculpe, Sirius, eu estava distraída. – É eu percebi. Você está bem, Anne? Parece preocupada... – Estou bem, só processando os recém acontecidos. – Sim, sobre a Bella... Anne viu que ele esboçou um sorriso doce ao mencionar a prima e isso foi uma sensação horrível. – Você gosta dela? – No mesmo instante em que sussurrou aquilo se arrependeu e corou. – Claro que eu gosto dela, não sabe como foi doloroso para mim quando ela se tornou uma Comensal... – Ele parou de falar quando notou os olhos da garota cheio de lágrimas. – Aconteceu alguma coisa, Anne? – Não, e me solte, Black! – Ela praticamente cuspiu seu sobrenome e se soltou do maroto, que só naquele instante percebeu que ainda a segurava para não cair quando se esbarraram. Ela já ia sair correndo quando Sirius percebeu porque ela estava daquele jeito. Segurando ela novamente, ele sussurrou: – Você está com ciúmes da Bella? – Até parece, Black! Eu com ciúmes da... – Ela não pôde terminar a frase porque Sirius a beijou. No inicio ela tentou afasta-lo, mas como não conseguiu, acabou retribuindo. Depois de um tempo eles se separaram para respirarem. – Eu gosto sim da Bella, mas porque ela é minha prima, quando era criança ela era minha melhor amiga, como irmãos. Mas tudo mudou quando entrei para a Grifinória, por isso me preocupo com ela, Anne. Porque Bella é como minha irmã mais velha. Meu coração pertence a outra garota. – É mesmo? E quem seria essa garota? – Perguntou, mesmo não querendo saber a resposta. – Você, bobinha. Há algum tempo que descobri que sou apaixonado por você, Anne. Você aceita namorar esse humilde maroto?

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– De humilde você não tem nada, né Sirius! Mas eu aceito sim, há muito tempo que sou apaixonada por você, Six. As noticias corriam rápido em Hogwarts, porque no dia seguinte todo o castelo sabia que Sirius Black e Anne Willians estavam namorando. – Ô castelinho mais fofoqueiro, hein. – Comentou Susan no Salão Principal na hora do almoço. – É Susan, agora só falta você. – Disse Harry sorrindo. – Eu o que? – ela perguntou enquanto passava manteiga em sua torrada. – Ora, só há um maroto sobrando, eu se fosse você seria rápida. Remo engasgou com o suco de abóbora e a torrada que Susan ia por na boca caiu. – Ficou maluco?! Eu Remo somos somente amigos! – Remo concordou com a cabeça, ainda tossindo. – Tá, sei. – Concordou Harry cético e depois abaixou a cabeça bem na hora. Susan lhe jogara um pedaço de bacon que foi parar na mesa da Sonserina, na cabeça de Crabbe. – Boa mira. Ela sorriu agradecendo e depois disse: – Na verdade é péssima mira. Era para acertar em você. – Ai, assim magoa, Susy. Todos riram, menos Harry que fingiu uma expressão magoada, fazendo os outros rirem mais ainda. Foi quando ele sentiu sua cicatriz arder. – Ai! – Ele murmurou, levando a mão a testa e massageando a cicatriz que ficava ali. – Harry? – Hermione o olhou, preocupada. – O que foi? – Cicatriz. – Foi tudo o que disse e saiu dali. Hermione logo tratou ir atrás do namorado e o encontrou entrando na Sala Precisa. – Droga! Como eu vou entrar? – Ela tentou passar três vezes na frente da parede pensando no lugar onde Harry estava, mas não conseguiu nada e resolveu espera-lo. No lado de dentro, Harry sabia que Hermione iria atrás dele, então enfeitiçou a porta para que ninguém entrasse depois dele. Jogou-se no sofá que havia ali bem no momento que via aquela sala ricamente mobiliada novamente. Mas agora havia muitos Comensais da Morte. – Meus amigos, - ele começou a falar naquela característica voz fria e cruel – a hora de dominar o mundo bruxo tanto quanto trouxa está chegando. Dumbledore não vai conseguir nos impedir! - Os Comensais riram. Voldemort se virou para Orion Black, sua esposa e seu filho, Régulo. – E vocês três terão a chance de se vingarem dos dois traidores que pertencem a sua família. – Com certeza, milorde. – Respondeu Orion. Régulo não acreditava que o pai estava fazendo aquilo. Sirius e Belatriz eram da família, por Merlin!

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– Atacaremos no Natal, quando os alunos estiverem no Expresso de Hogwarts. Impossível aquele velho insano proteger todas suas preciosas crianças! Agora os comensais gargalhavam, então Voldemort sentiu uma onda de ódio. Olhando pela sala percebeu que seus Comensais continuavam gargalhando. De quem seria aquilo? Harry abriu os olhos, exausto. Quase que Voldemort percebera que ele estava em sua mente. Ele precisava avisar Dumbledore, os alunos sairiam para o feriado de Natal no dia seguinte. Abrindo a porta se deparou com Hermione ao lado de fora, batendo o pé impaciente. – Harry! O que... – Voldemort vai atacar o expresso de Hogwarts amanhã. Preciso avisar o diretor! Os dois saíram dali correndo em direção ao escritório do diretor. Mais um pouco e eu me mudo para cá, pensou Harry com ironia. Depois que passou pela gárgula de pedra nem bateu na porta e já entrou, encontrando o professor conversando com McGonagall. – Professor, desculpe... – Ele curvou-se e pôs as mãos nos joelhos para recuperar o folego. – Harry, Hermione, o que aconteceu? – Voldemort, ele vai atacar o expresso amanhã. – Como?! – Exclamou Minerva. – Então é melhor cancelarmos isso, Alvo. – Não posso fazer isso, Minerva, as crianças esperam ansiosas o Natal para encontrar com a família. Vamos reforçar a segurança no trem. Falarei com o ministro também. Harry, você ficará responsável, junto com Hermione e Ronald, pela segurança de seus pais e seus amigos, entendeu? Harry assentiu e saiu dali com Hermione, precisavam falar com os outros. Acharam todos em frente ao lago e logo começaram a fazer perguntas. Harry respirou fundo e contou o que havia acontecido e o que o diretor lhe dissera. – Então, por favor, não façam nenhuma besteira amanhã. Como, por exemplo, irem atrás dos Comensais da Morte na batalha. – Meus pais e meu irmão vão estar lá, não vão? – Sussurrou Sirius com preocupação. – Sim, Almofadinhas, eles vão. – Susan apertou a mão do namorado, transmitindo forças. No dia seguinte todos acharam estranho os marotos e as meninas estarem preocupados, o que será que estava acontecendo? Harry então estava uma pilha de nervos, sentia que o fim da profecia estava chegando, só não sabia para qual lado. Quando estavam na metade do caminho o cenário lá fora era um enorme campo, o trem parou bruscamente, os fazendo caírem no chão. Olhando pela janela, Harry viu

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centenas de Comensais da Morte com ninguém menos do que Lord Voldemort à frente. – Chegou a hora. – Foi tudo o que o moreno disse. CAPÍTULO 23 NÃO É UM ADEUS ... Do lado de fora com certeza havia mais de cem Comensais da Morte, liderados por Voldemort. Logo os aurores do Ministério e a Ordem da Fênix, liderada por Dumbledore, também chegaram. – Desista, Tom, você nunca conseguirá ganhar essa guerra. – Falou o diretor de Hogwarts. – Isso é o que veremos. – Logo após essas palavras a batalha começou, Voldemort somente observava, protegido por seus melhores Comensais. Não poderia arriscar agora que era mortal novamente. Dentro do trem, os alunos estavam desesperados e na cabine dos marotos Harry se obrigara a trancar a porta com magia. Sirius, seu pai e Remo queriam ir de qualquer jeito lá para fora. – Dumbledore me mandou proteger vocês, e é isso o que eu vou fazer! Vocês acham que eu não queria estar lá fora acabando com aqueles desgraçados? Rony e Hermione tentavam ajuda-lo, mas estava se tornando inútil. Então um feitiço acertou a janela deles, a espatifando. Percebendo a oportunidade, Sirius e Tiago pularam juntos. – Que idiotas! – Rony gritou irritado, pulando atrás dos dois. Remo os seguiu, também louco por sangue, o lobo rugindo dentro de si. Harry olhou para as garotas que estavam ali. – Nem comece, não vamos ficar aqui dentro sem fazer nada! – Exclamou Susan e pulou pela janela também, sendo seguida por Anne. – Não se preocupe, tudo acabará bem, meu filho. – Lílian o beijou no rosto e também saiu. Aquela era a primeira vez que sua mãe o chamava de filho. Harry estava nas nuvens. Ele se virou para Hermione que tinha um sorriso compreensivo no rosto. – Por favor, cuide delas, principalmente da minha mãe. – Ela assentiu e saiu, depois de dar um demorado beijo nele. Respirando fundo, Harry também saiu, encontrando um campo antes verde, agora repleto de sangue, tanto dos aurores e membros da Ordem da Fênix como do lado dos Comensais. Olhando ao redor localizou Voldemort, fortemente escoltado, mais ao longe, somente observando a batalha. Seus olhares se encontraram, verdes e vermelhos. Sim, a profecia realmente iria se cumprir, ali e hoje, mas quem saberia quais as consequências? Qual lado cairia? O do bem ou o do mal? Desviando os olhos de seu inimigo ele focou-se na batalha. Com um feitiço avançado que aprendera ele acabaria com a metade daqueles inúteis, mas não faria isso por dois

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motivos. Primeiro, poderia acertar aurores ou membros da Ordem, e, segundo, ele ficaria fraco, ainda não tinha muito controle com seus poderes. Suspirando resignado, ele pegou sua varinha e começou o duelo. Duelava e observava Voldemort ao mesmo tempo. Estava duelando com quatro Comensais ao mesmo tempo quando viu seu pai e seu padrinho mais ao longe, duelando lado a lado. Então, no meio daquilo tudo, duas pessoas apareceram. Belatriz e um homem muito atraente, loiro de olhos azuis. Deve ser o tal Pietro, pensou Harry. Bella encontrou seu olhar e sorriu para ele que retribuiu. Então ele observou que Voldemort se movera e olhando para ele percebeu que caminhava em sua direção. Acabando com o Comensal que restara, se virou para encarar ele. Parecia que todos sentiram o ódio que emanava dos dois, porque os dois lados, tanto o da luz como o das trevas, pararam de duelar para observar. Tiago encontrou Lilian e a abraçou pelos ombros, Sirius fez o mesmo com Anne e Remo, meio sem jeito, abraçou Susan. Rony e Hermione permaneceram ali, lado a lado, torcendo por seu amigo. – Riddle, nos vemos outra vez. – Como se atreve a me chamar assim, garoto? – É o seu nome, gosto de chamar as pessoas pelo nome delas, overdadeiro. – Você é muito irritante, sabia? – Já me disseram isso antes. – Harry comentou, com um sorriso sarcástico no rosto. – Mas, me diga, como é a sensação de ser mortal como qualquer pessoa? – Foi você que destruiu minhas Horcruxes. – Não, foi Morgana. – Harry continuava com a ironia, o que estavam irritando cada vez mais o outro. – Você não tem medo da morte, não é? – Como eu disse para você antes, estive muitas vezes diante da morte, tantas vezes que eu até perdi a conta. Porque eu a temeria agora? Os dois se encaravam atentamente, esquecendo-se por completo da multidão que os assistia. Voldemort se perguntava como aquele garoto poderia ter sobrevivido com apenas um ano de idade, e Harry se perguntava como Riddle podia ser tão... Idiota. Sempre cometia os mesmos erros, sempre subestimava seu oponente, nunca passaria por sua cabeça que um adolescente de apenas dezesseis anos pudesse derrota-lo. – Você é corajoso, Potter. – O bruxo disse por fim. – Muito corajoso. Daria um valioso Comensal da Morte. Harry riu, na verdade gargalhou, surpreendendo a todos. Aquele garoto era maluco ou o que?! – Eu me aliar a você, Riddle?! Bateu com a cabeça foi? – Dizem que a esperança é a última que morre, não é?

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– Sim, e a sua esperança de ter ficado bonito já deve ter morrido, não? – Debochou o garoto. Aquilo foi o estopim para Voldemort, que berrou: – Avada Kedrava! – Harry não esperava pela maldição, e nada lhe veio à mente, a não ser: – Expeliarmus! – A Maldição da Morte se chocou com o raio vermelho, por um momento, então aquilo começou a forçar na direção de Harry, e ele se lembrou do seu quarto ano e do cemitério. Ele fez força com a mente e o raio vermelho começou a ganhar lugar e ir em direção a Voldemort que fez uma expressão surpresa, tentando forçar a luz verde, mas era tarde de mais. O raio vermelho, assim como a sua própria Maldição, o atingiu no peito. Seu corpo caíra lentamente para trás, Voldemort estava morto. Harry também caiu e a escuridão o envolveu, forçara de mais naquele simples feitiço de desarmar. – Ele não acorda nunca. – Ouviu uma voz sussurrada e aflita. Sua mãe. – Calma, Srta. Evans, ele usou muita magia. – Reconheceria aquela voz calma e serena em qualquer lugar, Dumbledore. – Será que ele está bem? – Perguntou Sirius. – Destrua o maior bruxo das trevas de todos os tempos e eu lhe direi como se sentirá. – Murmurou uma voz fraca da cama. Harry estava abrindo os olhos naquele instante e Hermione e Lilian se jogaram em cima dele o abraçando. – Você está bem? – Sua namorada estava preocupada e ele sorriu, tranquilizando ela. – Sim, há quanto tempo estou aqui? – Seis dias. – Respondeu Remo, abraçado a Susan. – Seis dias?! E o que aconteceu desde que eu estou aqui? – Os Comensais da Morte que sobreviveram foram para Azkaban, menos o irmão do Sr. Black, porque ele mostrou que estava arrependido de ter se tornado um Comensal. A Srta. Black, futura Campanaro, estava muito preocupada com você e... – Dumbledore foi interrompido por Harry. – Futura Campanaro? – Minha prima vai se casar daqui a dois meses, ela está bem feliz com isso. – Comentou Sirius despreocupadamente. – Fico feliz por ela. Então Régulo tomou jeito? – É, um pouco antes de você e do cara de cobra se enfrentarem ele salvou a minha vida, para a fúria do meu pai. – E vocês dois? – Harry lançou um sorriso malicioso para Remo e Susan. – Remo me pediu em namoro no mesmo dia que você derrotou Voldemort. – Revelou Susan feliz.

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– Cadê aquele “somos apenas amigos” agora? – Ah, cala a boca. – Retrucou Remo. – E Snape nunca se juntou aos Comensais? – Não. – Dessa vez quem falou foi o diretor de Hogwarts. – Ele até lutou ao nosso lado na Batalha. Estava no trem para visitar uma tia dele, passa os feriados lá desde que a mãe morreu. – Então tudo acabou bem? Eu vou poder nascer tranquilamente... Ai! – Ele exclamou quando recebeu um tapa na cabeça de sua mãe. – Isso é jeito de falar, menino?! – Lílian estava corada e sem jeito, mas Tiago tinha um sorriso que iluminaria o mais profundo túnel. Todos riram da cara dos três. – Só quero ver como vai ser no futuro, você com a influencia do Tiago e do Sirius. Merlin é melhor eu ver se eles têm vaga aqui no St. Mungus para quando eu enlouquecer. Só nesse instante Harry reparou que estava no hospital para bruxos. O restante da tarde passou com esse clima de alegria. Quando estava quase anoitecendo a porta se abriu e Charles com Helen entrou. – Vovó, vovô! Como é bom ver vocês! – Eles fizeram uma careta ao serem chamados de avós, mas o mais engraçado foi Lílian ter ficado da cor dos cabelos mais uma vez. – Não acho que vou me acostumar com isso. Ter um neto da idade do meu filho. – Falou Helen, se aproximando e beijando o rosto de Harry. Dumbledore havia lhes contado a verdade logo depois da batalha. No dia seguinte Harry teve permissão para sair, e passou o resto do Natal com sua família, e isso incluía Remo, Susan, Anne, Sirius, Rony e, é claro, Hermione. Quando era o dia do embarque para Hogwarts, Hermione disse, para a surpresa de todos: – Acho melhor voltarmos para o nosso tempo. Já fizemos o que tínhamos que fazer aqui. – A Mione tem razão. – Rony concordou com ela. Harry estava em silencio, e por fim disse: – Sim, temos que voltar. Já brincamos de mais com o tempo. – Sabia decisão, meus jovens. – Falou uma voz vinda da porta. Dumbledore tinha acabado de entrar. Harry tirou o vira-tempo de seu pescoço, que havia permanecido ali durante todo aquele tempo. Ele olhou para todos, abraçou Anne e Susan e falou: – Foi um prazer conhecer vocês, garotas. Espero que cuidem bem desses marotos. Elas assentiram com lágrimas nos olhos. Ele se encaminhou até Remo: – Você foi o melhor professor de DCAT que eu já tive, Remo. Obrigado por tudo o que fez por mim.

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Ele olhou para o padrinho e o abraçou emocionado, Sirius retribuiu. Depois Harry se despediu de seus avós. Quando olhou para os pais viu lágrimas escorrendo pelas faces deles. Aproximou-se e os abraçou forte, deixando as lagrimas escorrerem livremente. – Sabe que não é um adeus, não sabe? – Sussurrou Lílian. Ele assentiu e sorriu, depois abraçou o professor, que também tinhas as lágrimas escorrendo e se perdendo em sua longa barba prateada. Vendo que Rony e Hermione já haviam se despedido de todos, envolveu a corrente em volta do pescoço dos três e girou a ampulheta no sentido horário vinte vezes. Depois, eles sumiram dali, deixando para trás adultos e adolescentes emocionados. Alguns anos depois, Tiago e Lílian se casaram, Tiago se tornou um Auror reconhecido, o mais jovem de todos, e Lílian se formara como curandeira e agora trabalhava no St. Mungus. Potter era um nome famoso, afinal, fora um deles que acabara com o maior bruxo das trevas de todos os tempos. Um ano depois que se casaram, Lílian teve uma noticia, estava gravida. Pela data, sabia que era Harry que estava a caminho. Susan também estava gravida, mas está já estava de seis meses. No dia 31 de julho Harry nasceu, mas para a surpresa de todos, não sozinho. Elizabeth Lílian Potter resolvera vir junto. Era impressionante como eles eram iguais, com os cabelos arrepiados do pai, embora o de Lizzie, como Harry a chamaria mais tarde, não era bagunçado como o do irmão. Os característicos olhos verdes esmeralda da mãe e o mais importante: Nenhuma cicatriz em forma de raio na testa de Harry. Três meses antes havia nascido Bryan Lupin, para a felicidade de todos. Então, quando Harry, Lizzie e Bryan tinham dois anos, Katherine Potter nasceu, dois meses antes que Mary Black. A felicidade deles estava completa, aquele futuro que Harry conhecera não existia mais, eles tinham filhos preciosos que logo entrariam para Hogwarts para formar os “Novos Marotos”. Não havia nenhum Voldemort para atormenta-los, tudo estava bem.

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