Dia da casa de banho

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Dia da Casa de Banho A ONU alerta para a existência de 2.4 mil milhões de pessoas

que não têm acesso a instalações sanitárias decentes e de outros mil milhões que não têm, de todo, nada: apenas o céu como teto. 19 de novembro


A ONU diz que apesar de haver água potável suficiente no planeta para todos, as "más economias e as deficientes infraestruturas" são responsáveis por milhões de pessoas – a maioria delas crianças – que morrem de doenças ligadas à falta de saneamento básico, falta de condições higiénicas e falta de água potável.

Para marcar o Dia Mundial das Casas de Banho, também chamado da Retrete, da Sanita ou das Instalações Sanitárias, a 19 de Novembro, os fotógrafos da Reuters fotografaram todos os tipos existentes

de W.C. nas cidades, nas vilas e aldeias de todo o mundo.

http://www.sabado.pt/multimedia/fotografias/detalhe/no_dia_mundial_da_casa_de_banho_pense_em_quem_nao_a_tem.html


Urinóis inspirados na capa de um dos discos da banda britânica The Rolling Stones num bar de Paris.

Casa de banho no edifício de acolhimento de imigrantes que pedem asilo em Augsburg, perto de Munique, na Alemanha.

Casas de banho portáteis alinhadas na zona central de Roma, Itália



As Casas de banho no mundo


Casa de banho pública cercada de neve junto ao Laboratório de Física da Estação de Gelo no norte da Baía de Prudhoe, no Alasca, EUA.

Casas de banho públicas em Eidsvolls Plass, Oslo, Noruega

Casa de banho num apartamento em Hong Kong, China


Casa de banho com vista para o Oceano Pacífico no hotel Huntley, em Santa Monica, Califórnia, EUA.

Casa de banho de um bar na favela Turano, Rio de Janeiro, Brasil.

Casa de banho para homens com um espelho de um só lado no bar Streeter's Tavern, em Chicago, Illinois, EUA.


Casa de banho de uma casa privada em Mandalay, Birmânia.

Casa de banho de uma casa particular na Cidade do México, México.

Casa de banho doadas pela Unicef no campo de refugiados sírios em Qab Elias, no vale de Bekaa, no Líbano.


Casa de banho "graffitada" num restaurante em Williamsburg, na zona de Brooklyn, Nova Iorque, EUA

Casa de banho na barbearia Torreto, em Frankfurt, Alemanha

Casa de banho mรณvel estacionada numa estrada de Kathmandu, Nepal


Casa de banho privada da casa da família Llamocca, em Villa Lourdes, nos arredores de Lima, Peru.

Casa de banho pública feminina nos arredores de Argel, Argélia. Casa de banho no campo de uma propriedade privada na cidade de YuzhnoKurilsk, na ilha Kunashir que faz parte do grupo das ilhas Kuril que pertence à Rússia.

Casa de banho pública em Tbilisi, Geórgia.


Casa de banho tradicional no meio de um campo nos arredores de Santiago, capital do Chile.

Casa de banho pública num parque de Londres, Reino Unido.

Cartazes e publicidade para tratamento de doenças sexualmente transmissíveis afixados nas paredes de uma casa de banho pública numa zona residencial para trabalhadores migrantes na aldeia Shigezhuang, em Pequim, na China.


Casas de banho públicas no campo de refugiados Azraq, perto da cidade Al Azraq, na Jordânia.

Casa de banho pública na aldeia de Gatwekera, um bairro de lata de Nairóbi, no Quénia.

Casas de banho temporárias colocadas no bairro Khayelitsha, na Cidade do Cabo, África dos Sul


Casa de banho danificada no meio de destroços na cidade de Douma, no leste de Damasco, Síria

Entrada para uma casa de banho pública em Istambul, Turquia

Entrada para a casa de banho é reflectida no espelho do lobby do Yanggakdo International Hotel em Pyongyang, Coreia do Norte


Fica num jardim no estação ferroviária Itabu, nos arredores de Tóquio, Japão, e é apelidada de "a mais espaçosa casa de banho pública".

Uma casa de banho com chuveiro num hotel abandonado onde milhares de migrantes encontraram abrigo temporário na ilha grega de Kos.

Casa de banho particular numa casa em Lalitpur, Nepal.


Numa rua de Hanói, no Vietname, pode ler-se uma inscrição pintada na parede "Não urinar!"

Uma mulher aguarda pela sua vez para ir à casa de banho na Esfinge das pirâmides de Gizé, nos arredores do Cairo, Egipto.

Casa de banho pública na rua Oscar Freire, em São paulo, Brasil. A instalação foi desenhada por Jade Jagger, a filha do líder dos The Rolling Stones, Mick Jagger.


A primeira luz do amanhecer ilumina o Monte Everest com a lua a brilhar sobre a porta aberta de uma casa de banho na Região Autónoma do Tibete, China.

Uma casa de banho flutua no rio Nun, perto de Yenagoa, no estado nigeriano de Bayelsa, na região do delta.

Uma casa de banho antiga colocada nas traseiras de uma casa particular em Sidney, Austrália.


Uma mulher passa perto da entrada de uma casa de banho num abrigo improvisado em Khan Younis, na Faixa de Gaza.

Casa de banho de um apartamento na zona financeira de Pequim, China.

Casa de banho pĂşblica rodeada de areia no parque White Sands National Monument, perto de Alamogordo, no estado do Novo MĂŠxico, nos EUA.



Evolução da casa de banho


As casas de banho são, hoje, um reduto da privacidade, mas nem sempre foi assim. Por isso, decidimos apresentar alguns aspetos que marcaram a sua evolução tão antiga como a do próprio homem.

Na antiguidade Na antiguidade os banhos e os hábitos com a higiene eram muito comuns no Egito e na China. Os egípcios, em torno de 2.500 a.C., já construíam banheiras dentro das pirâmides. Mais do que limpar o corpo, eles presumiam, que a água purificava a

alma. Banheira do tempo de Ramsés III


Os gregos e romanos valorizavam a higiene, sendo os percursores do sistema hidráulico, que canalizava águas pluviais e fluviais para as termas e para as residências. Os banhos públicos eram

abundantes e funcionavam como um ponto de encontro em que aconteciam reuniões que impulsionavam tanto a política como as artes e as ciências.


Latrina pĂşblica em Ostia, Via della Forica


Idade Média A igreja, enquanto poder político e cultural absoluto, abominava os banhos, apelidando-os de “orgias pecaminosas”.

Assim, os antigos aquedutos e redes de esgotos vão desaparecendo, dando lugar a um período de imundice com consequências desastrosas para a Europa, pois a total ausência de higiene por parte da população foi a principal causa das constantes epidemias.


De um modo geral, funcionava o sistema do “água vai!” para avisar os transeuntes sobre as necessidades fisiológicas que eram despejadas pelas janelas.

Mesmo

nos

castelos,

as

latrinas

consistiam em quartos escuros com um

buraco e um assento de madeira, porque se acreditava, que no claro as moscas

e

demais

insetos

se

aproximavam e transmitiam doenças.


Os banhos eram quase inexistentes. Nas famílias pobres, quando eles tinham lugar, a água servia para banhar a família inteira numa tina.

Primeiro os homens, depois os filhos e por último as mulheres.

No século XIV, época da peste negra, acreditava-se que a imersão em água, principalmente quente, provocava abertura dos poros e facilitava o surgimento de doenças. A parte mais limpa do corpo humano costumava ser os pés, pois as pessoas limpavam somente mãos, rosto e pés. Nos raros momentos em que o banho acontecia, era realizado sem retirar a roupa do corpo. Era comum as camas e casas serem infestadas de percevejos, piolhos e outros insetos.


Sanita de Harrington, 1596

O vaso sanitário, ou sanita, só foi inventado em 1596, pelo inglês John Harrington, afilhado da rainha Elizabeth I. Porém, a descarga hídrica só foi acrescentada em 1778, pelo engenheiro inglês Joseph Bramah. Muitos anos mais tarde, ainda estaria presente somente nas casas mais abastadas. Antes disso, as necessidades fisiológicas eram eliminadas em penicos ou vasilhas, e somente depois de bem cheias, eram deitadas fora pela janela. As casas da Europa,

naquele tempo, tinham extremo mau cheiro devido a isso, e à própria ausência de limpeza no ambiente e asseio das pessoas.


Século XVII Durante o século XVII os banhos continuaram a ser olhados como algo perigoso, desaconselhado a pessoas doentes, que sofressem de gota, obesos, doentes de nervos, e em algumas ocasiões. Foi uma época em que, para disfarçar o cheiro das classes altas, os melhores perfumes eram usados e a indústria cosmética teve um enorme avanço. O rei francês Luís XIV ficou conhecido por ter tomado banho apenas em duas ocasiões da sua vida: quando nasceu e quando casou.

A roupa não era lavada, apenas sacudida e carregada de perfume e as mãos eram lavadas apenas de três em três dias. Lavar a cara estava fora de questão, para não estragar a pele que se podia desgastar com lavagens frequentes e a sujidade era escondida com enormes doses de maquilhagem, renovada todos os dias.


Século XVIII Começa a notar-se o retomar das questões de saúde pública, facto que se reflete na higiene pessoal. No final do século XVIII, os arquitetos passam a incorporar as casa de banho como uma das comodidades da casa.

Século XIX Os

sistemas

canalização novamente

mesmo

que

de

começam a

funcionar,

de

forma

incipiente. Os banhos eram dados em tinas e a higiene

diária ocorria por meio do famoso gomil em toucadores.


O papel higiénico passou a ser comercializado no final do século XIX. Antes a higiene íntima era realizada por meio de lavagens em bacias, o conhecido bidé, de origem francesa. Um milagre em termos de higiene pelo que vimos até agora. Ainda hoje, em regiões mais pobres, as pessoas utilizam o que houver por perto para essa indispensável limpeza, como panos e até mesmo folhas.

Publicidade ao sabonete Pears, 1880


Século XX A água canalizada e o saneamento básico, juntamente com as mudanças culturais, desenvolvem uma sociedade mais saudável e voltada para a limpeza, beleza e bem-estar. Tomar banho passa a ser uma tarefa diária e prazerosa. A casa de banho de hoje é um lugar cada vez mais asséptico. Cujo conforto e grau de sofisticação, em restaurantes ou discotecas, é sinal de prestígio. Diz-me que casa de banho tens, dir-te-ei quem és...



FICHA TÉCNICA Fontes consultadas: •

http://www.sanitana.com/pt/decordesign.php?area=05

http://www.mulherportuguesa.com/beleza/banho-e-massagem/a-historia-do-banho/

http://historiadomundo.uol.com.br/curiosidades/historia-do-banho.htm

http://tejogandoareal.tumblr.com/post/128714886624/o-passado-obscuro-da-higiene-humana

Pesquisa, seleção, organização, grafismo, paginação, publicação digital: • Biblioteca da Escola Secundária D. Sancho II, Elvas AGRUPAMENTO DE ESCOLAS N.º3 DE ELVAS ANO LETIVO DE 2016-2017


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