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Salgueiro Maia. - O Homem do Tanque da Liberdade de
José Jorge Letria
Esta é a história do capitão que definiu o rumo da Revolução dos Cravos, quando, no dia 25 de Abril de 1974, coordenou em Lisboa as movimentações das forças militares, o levantamento contra a ditadura que governava Portugal há cerca de 50 anos.
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”Era uma vez um capitão que aprendeu a fazer a Guerra, mas preferia a paz para poder ler, viver e ser feliz. Da guerra, sabia tudo ou quase tudo. Noutros tempos teria sido cavaleiro, porque a sua arma era Cavalaria, mas, como os tempos mudam, o seu cavalo passou a ser um tanque de guerra, daqueles possantes que sopram fogo e derrubam casas, quartéis e muralhas, quando é preciso, quando a paz é vencida.”
Azeredo Perdigão - Um encontro feliz de António Torrado
«As biografias são lembretes, estímulos para a memória. Vai-se o homem, fica a história.» E porque há figuras e factos que marcam a história e lhe mudam o rumo esta edição lembra a vida e obra de Azeredo Perdigão e consequentemente de Calouste Gulbenkian, nome maior no apoio ao desenvolvimento científico, artístico e educacional, em Portugal.
Mais do que inegáveis factos históricos a edição é uma narrativa sobre os valores da amizade e da dádiva, enquanto forças motrizes capazes de traçar destinos e mudar o Mundo.
O homem mais feliz do mundo de Eddie Jaku
Eddie Jaku nasceu na Alemanha em 1920 duma família judaica. Sempre se orgulhara de ser alemão, Porém, tudo mudaria em novembro de 1938, quando foi detido, espancado e levado para um campo de concentração por soldados nazis. Nos anos seguintes, Eddie enfrentou os maiores e mais desumanos horrores que alguém pode conceber. Por ter sobrevivido, fez uma promessa: sorrir todos os dias. 75 anos depois, decidiu contar a sua história em homenagem a todos os que pereceram, partilhando o que aprendeu e vivendo em pleno a vida que lhe foi dada. Hoje, acredita que é «o homem mais feliz do mundo». Pelo seu 100. º aniversário, Eddie Jaku dá-nos um testemunho poderoso, desolador mas otimista de como a felicidade pode ser encontrada até no momento mais sombrio da Humanidade.
A História de Uma Serva de Margaret Atwood
Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte -americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril. Defred é uma Serva na Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler.
Quinze anos depois de "A História de Uma Serva", o regime teocrático da República de Gileade mantém-se no poder, mas há sinais de que está a começar a cair por dentro. Neste momento crucial, os percursos de três mulheres radicalmente diferentes cruzam-se com resultados potencialmente explosivos. Duas cresceram em diferentes territórios, separadas por uma fronteira: uma, a filha privilegiada de um Comandante de alta patente, em Gileade, e a outra no Canadá, onde acompanha ativamente os horrores praticados pelo regime do país vizinho. Às vozes destas duas jovens, saídas da primeira geração que cresceu sob a nova ordem, junta-se a voz de uma mulher que é um dos carrascos do regime de Gileade, cujo poder se baseia nos segredos que foi reunindo sem escrúpulos e que usa de forma cruel.
Pardalita de Joana Estrela
Quando Raquel nos começa a contar a sua história, Pardalita já entrou na sua vida. Não de rompante, mas lenta e subtilmente, primeiro nos corredores da escola, depois nos ensaios do teatro. Raquel só a conhece de vista, mas conta os dias para a voltar a encontrar e começa a reparar em pequeníssimas coisas — como a etiqueta da camisola de Pardalita que lhe toca a pele do pescoço. Raquel começa a perguntarse: "Qual é a distância a que se pode estar de alguém sem dar a entender que não se quer distância nenhuma?"