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Leituras 21/22 Read & Stand up
Levanta-te por uma causa!
As novidades literárias da tua biblioteca
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SI’AHL/TED PERRY: Cada pedaço desta terra é sagrado para o meu povo [comentário de Jordi Pigem]
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Si’ahl foi um chefe indígena reconhecido pela sua eloquência e tão respeitado pelos brancos, que atribuíram o seu nome à cidade norteamericana de Seattle. Em 1854 pronunciou um discurso marcante que se perdeu e foi reconstruído muitas vezes. O filósofo especialista em ciência e ecologia Jordi Pigem tentou estabelecer a versão mais fiel, a partir do guião de Ted Perry (com quem contactou). No comentário explica-se a difusão acidentada do discurso, assim como a oralidade dos povos indígenas e a sua maneira de viver a espiritualidade e a ecologia. As ilustrações em preto e turquesa da autoria de Neus Caamaño, muito documentadas e poéticas, dão ainda mais vida a este texto.
MALALA YOUSAFZAI: A minha história é a história de muitas raparigas [comentário de Clara Fons Duocastella] Malala é a pessoa mais jovem de sempre a ser galardoada com o Prémio Nobel. O livro reproduz em inglês e português o seu discurso de aceitação do Prémio Nobel da Paz, que é comentado posteriormente por Clara Fons Duocastella, socióloga especializada em diversidade religiosa e diretora da revista Dialogal. No seu comentário, para além da descrição do episódio que pôs em risco a vida de Malala e da explicação da situação política do Paquistão, também se fala do direito à educação em todo o mundo, dos fundamentalismos e da não-violência. As ilustrações da argentina Yael Frankel, em preto e magenta, têm uma forte carga evocativa e simbólica.
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Com este livro, queremos, de uma vez por todas, igualdade de direitos.
SEVERN CULLIS–SUZUKI: Que as vossas acções reflictam as vossas palavras [comentário de Alex Nogués]
O terceiro título reproduz um breve discurso de uma menina canadiana de 12 anos proferido durante a Cimeira da Terra do Rio de Janeiro (1992): Severn Cullis-Suzuki. O geólogo, naturalista e escritor Alex Nogués assina o comentário a este discurso de cinco minutos «que silenciou o mundo», segundo a imprensa da época. Um grito ecologista cheio de autenticidade (com uma firmeza não menor do que a expressada ultimamente por Greta Thunberg), com o qual se podem identificar muitos jovens de hoje. As ilustrações em preto e verde, de Ana Suárez, estão repletas de frescura e profundidade.
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JOSÉ MUJICA: Sou do Sul, Venho do Sul. Esquina do Atlântico com o Rio de Prata [comentário de Dolors Camats]
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O quarto título da coleção corresponde a um discurso mais longo, proferido na Assembleia-Geral das Nações Unidas em 2013 por José Mujica. Neste caso a edição não é bilingue, mas a versão portuguesa mantém o tom claro, cativante e contundente do ex-presidente do Uruguai. O comentário, redigido por Dolors Camats, ex-deputada do Parlamento da Catalunha, explora os temas-chave deste discurso, como são os desequilíbrios Norte/Sul, a globalização, o consumismo e a liberdade e alegria que nascem de uma vida mais simples. As ilustrações em preto e amarelo, pela mão de Guridi, criam um discurso metafórico muito poderoso.
WANGARI MAATHAI: Plantar árvores, semear ideias [comentário de Laia de Ahumada]
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Wangari Maathai recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo seu papel como líder do Movimento Green Belt, que plantou mais de 30 milhões de árvores e transformou a paisagem e a sociedade do Quénia. O seu contributo foi decisivo para a melhoria da vida das mulheres, bem como na luta pela democracia. Foi a primeira vez que o Nobel da Paz distinguiu uma mulher africana, e foi também a primeira vez que este prémio reconheceu a defesa do meio ambiente como elemento-chave para a paz.
Apresentamos o discurso em edição bilingue, em inglês e português, acompanhado por um comentário aprofundado e ilustrações que recriam a vitalidade desta mulher excecional.
STEVE JOBS: Atrevam-se a seguir a intuição
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[comentário de Fran Pintadera] Neste discurso dirigido aos jovens, o cofundador da Apple e o maior pioneiro do mundo digital, Steve Jobs, reconhece que nunca completou um curso superior e explica aquilo que realmente o ajudou a aprender, a partir de três momentos-chave da sua vida intensa e cheia de contrastes. As suas palavras são um poderoso convite a escutar o coração e seguir a intuição para descobrir o que realmente nos entusiasma.
Apresentamos este discurso em edição ilustrada e bilingue, em inglês e em português, com uma análise em profundidade da sua mensagem.
Maus de Art Spiegelman
Maus ("rato", em alemão) é a história de Vladek Spiegelman, judeu polaco sobrevivente de Auschwitz, narrada por si próprio ao filho, o cartoonista Art Spiegelman. A obra é um sucesso estrondoso de público e de crítica. Desde que foi lançada, tem sido objeto de estudos e análises de especialistas de diversas áreas - história, literatura, artes e psicologia. Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazis ganham feições de gatos; os polacos nãojudeus são porcos e os americanos, cães. Este recurso à imagética da fábula, aliado à ausência de cor, reflete o espírito do livro: trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. De vários pontos de vista, uma obra sem equivalente no universo da BD e da literatura em geral, e um relato histórico de valor inestimável.
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O Fruto proibido de Liv Srömquist
Desde os tempos de Adão e Eva que a vulva, a vagina, o clítoris, a menstruação e o orgasmo feminino têm vindo a ser punidos, exaltados, patologizados, politizados, controlados, delimitados. Liv Strömquist mostra-nos como diferentes culturas, ao longo da História, moldaram a saúde das mulheres, os seus direitos e as suas liberdades. Na tradição de cartunistas como Art Spiegelman (Maus), Marjane Satrapi (Persépolis), Alison Bechdel (Dykes to Watch Out For) e Kate Beaton (Hark! A Vagrant), Strömquist usa a novela gráfica como meio artístico para expor verdades desconfortáveis e revelar o quão pouco o mundo muda.
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Heartstopper de Alice Oseman
O primeiro volume da saga best-seller mundial, premiada com o Goodreads Choice Awards 2020 para melhor banda desenhada. Charlie e Nick estão na mesma escola, mas nunca se conheceram... até ao dia em que são obrigados a sentar-se lado a lado. Eles rapidamente se tornam amigos, e Charlie começa a apaixonar-se por Nick, embora ache que não tenha qualquer hipótese. Mas o amor funciona de maneiras surpreendentes e, por vezes, coisas boas estão mesmo ao nosso lado...
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A Quinta dos animais de George Orwell
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As irreverentes e irresistíveis ilustrações de Ralph Steadman conferem um carácter único a esta edição, tornando-a imprescindível a fãs de clássicos da literatura e da obra de George Orwell. Porcos, cavalos, galinhas, cães, ovelhas lutam pela independência e pela liberdade, expulsando da herdade o seu terrível dono. A Quinta do Solar dá lugar à Quinta dos Animais, pautada pela igualdade e isenta de vícios humanos. Certos animais tornam-se mais iguais do que outros e, com o passar do tempo, o ideal de vida pelo qual tanto lutaram reduz-se a uma memória fugidia. Ao mesmo tempo fábula, alegoria sociopolítica e sátira negra sobre a História moderna.
O Prazer de Maria Hesse
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Maria Hesse conta-nos como foi o seu caminho para o despertar da sexualidade, um caminho tortuoso semeado de culpa, vergonha e ignorância, que ultrapassou graças a uma curiosidade insaciável e ao exemplo sábio de mulheres que souberam explorar o mistério e o poder da sensualidade, que enfrentaram os preconceitos do seu tempo, que deram um nome àquilo que não tinha nome e pavimentaram e iluminaram a rota do prazer para que outras a pudessem percorrer mais facilmente. Mulheres de carne e osso ou apenas da ficção, como Lilith, Maria Madalena, Safo, Eve Ensler, Colette, Anaïs Nin, Simone de Beauvoir, Anne Sexton, Mata Hari, Betty Dodson, Marilyn Monroe, Erika Lust e até Daenerys Targaryen. Graças a elas, Hesse desenhou um mapa do prazer feminino para que todas o possamos explorar.
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Heartstopper (vol. 2) de Alice Oseman
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Nick e Charlie são os melhores amigos. Nick sabe que Charlie é gay, e Charlie tem a certeza de que Nick não o é. Mas um beijo espontâneo muda tudo: Charlie pensa que cometeu um erro terrível e Nick está mais confuso do que nunca... Mas o amor funciona de maneiras surpreendentes e Nick começa a ver o mundo de uma nova maneira, descobrindo uma série de coisas... especialmente, sobre si próprio.
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A sexta extinção: Uma história não natural de Elizabeth Kolbert
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Ao longo dos últimos quinhentos milhões de anos, o mundo passou por cinco brutais extinções em massa. Dessas, a mais conhecida foi a que eliminou, entre outros os dinossauros. Atualmente, vem sendo monitorizada a sexta extinção, que tem potencial para ser a mais devastadora da história da Terra. Mas, desta vez, nós somos a causa. A jornalista Elizabeth Kolbert explica de que maneira e por que o ser humano alterou a vida no planeta como absolutamente nenhuma outra espécie o fizera até hoje. Ao mesmo tempo, a jornalista traça um panorama de como a extinção tem sido entendida pelo homem nos últimos séculos, (...) e nos convida a repensar uma questão fundamental: o que significa ser humano?
A terra inabitável, Uma história do futuro de David
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Wallace-Well
É pior, muito pior ... O ritmo lento atribuído à mudança climática é um mito; talvez tão pernicioso quanto aquele que nega a sua existência por completo. Mortes por calor, fome, enchentes, queimadas, queda da qualidade do ar, desertificação, colapso económico... Essa é só uma amostra do que está por vir. E a mudança acontecerá muito rápido. Se não revolucionarmos por completo o modo como vivem bilhões de seres humanos, partes extensas do planeta tornar-se-ão inabitáveis, e outras serão inóspitas, ao fim deste século em que vivemos.
Alterações climáticas de Judith A. Curry
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A Terra vive um período de alterações climáticas e de aquecimento global. Sabemos que o comportamento humano e as emissões de CO2 associadas contribuem para esse aquecimento. Mas tanto as alterações climáticas como a sua solução foram ampla e excessivamente simplificadas.
Com clareza e frontalidade, uma cientista opõe-se ao atual consenso, que considera desvirtuar o método científico e ser determinado por razões políticas. Este é um livro que nos alerta para o perigo de agirmos sem conhecimento: podemos provocar uma catástrofe humana, gerando atraso, pobreza e morte.
Aventuras de um jovem naturalista de David Attenborough
Sir David Attenborough, lenda viva e apresentador da série da BBC Planeta Terra, conta-nos nas suas próprias palavras a história dos primórdios da sua carreira como naturalista e personalidade televisiva. Em 1954, David Attenborough, um jovem apresentador de televisão, foi presenteado com uma oportunidade única: viajar pelo mundo em busca de animais raros e desconhecidos para a coleção do Jardim Zoológico de Londres, e filmar a expedição para um novo programa da BBC intitulado Zoo Quest. Esta é a história dessas viagens.
Escrito com a sagacidade e o charme característicos de David Attenborough, este livro não é apenas a história de uma aventura notável. É a história do homem que nos fez apaixonar pelo mundo natural e nos ensinou a importância de o proteger.
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Salvar o Planeta começa ao pequeno-almoço: porque o clima somos nós de Jonathan Safran Foer
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Um apelo urgente e impossível de ignorar que nos força a abrir os olhos e a mente para o estado de emergência climática que vivemos hoje. Jonathan Safran Foer, um dos mais brilhantes, originais e promissores escritores da sua geração, sabe que é da maior gravidade a crise ambiental que vivemos hoje, e que é vital o envolvimento de todos nós na solução deste problema.
Uma vida no nosso Planeta de David Attenbourgh
«Para a vida prosperar neste planeta, tem de existir uma imensa biodiversidade. Só quando milhares de milhões de organismos conseguem tirar o máximo partido de cada recurso e oportunidade que encontram, e só quando milhões de espécies vivem vidas que se interligam de modo a sustentarem-se umas às outras, é que o planeta pode funcionar com eficiência. Quanto maior for a biodiversidade, mais segura será toda a vida na Terra, incluindo para nós próprios. Contudo, o modo como nós, seres humanos, vivemos hoje na Terra está a colocar a biodiversidade em declínio.»
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O Número das Estrelas de Lois Lowry
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Estamos em 1943. Para Annemarie, a vida em Copenhaga passa se entre a casa e a escola, dificultada pela escassez de comida e pela presença constante de soldados nazis nas ruas. A coragem parece uma virtude distante, apenas ao alcance dos cavaleiros das histórias de príncipes e princesas que Annemarie conta à irmã Kirsti, antes de ela adormecer. Vista pelos olhos de uma menina de 10 anos, esta é uma história baseada em factos reais que conta os esforços da Resistência dinamarquesa para salvar todos os judeus do país perto de 700 mil pessoas , fazendo-os atravessar o mar até à Suécia. Um livro recheado de esperança e heroísmo, que nos mostra como a solidariedade é possível, mesmo em tempos de guerra e horror.
O Nosso Planeta: O único lugar onde todos nos sentimos em casa de Matt Whyman
Baseado na série de grande êxito da Netflix (2019), O Nosso Planeta é uma gloriosa celebração visual do mundo. Descobre como os diversos habitats se relacionam entre si para criar o único lugar onde nos sentimos em casa: o nosso planeta.
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Tudo o que não vemos de Ziya Tong
"Fomos educados para acreditar que tudo aquilo que vemos é real. Ziya Tong, o rosto dos mais importantes programas científicos do Canadá, começa este livro a falar sobre os limites físicos da visão, para nos provar que apenas vemos uma parcela ínfima da realidade. E a partir daí, desvenda-nos os ângulos mortos, sociais e culturais, que nos impedem de ver o mundo como ele é. Desde logo, a comida. Afastámo -nos de tal modo da origem dos alimentos que já não sabemos o que comemos. Olhamos para uma posta de salmão de aquacultura sem imaginar que aquela bonita cor é dada por um corante feito à base de petroquímicos. (…) Começamos a perceber até que ponto andamos às cegas - e como este livro nos abre os olhos."
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A guerra que salvou a minha vida de Kimberly Brubaker Bradley
Um livro emocionante e arrebatador para ler com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos. Tudo o que Ada conhece do mundo é o pouco que consegue ver a partir da janela. Ela teve a infelicidade de nascer com um pé aleijado, mas isso é mais do que motivo para a mãe se envergonhar dela, maltratando-a e escondendo-a. Com a aproximação da guerra, todas as crianças de Londres são enviadas para um campo fora da cidade, e Ada aproveita a oportunidade para fugir com o irmão. Os dois são acolhidos por uma família que os ama incondicionalmente, sem distinções nem preconceitos, e a menina pode finalmente aprender a ler, a escrever e a montar a cavalo. Uma história das inúmeras batalhas que temos de travar para conquistarmos o nosso lugar no mundo.
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Incrível Evolução de Anna Claybourne
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"O que faz de um peixe um peixe? Porque têm as girafas pescoços tão compridos? Qual a relação entre os seres vivos, desde plantas, tigres e cogumelos a libelinhas, polvos e seres humanos? A resposta a estas e muitas outras perguntas sobre a vida na Terra está na evolução. Este livro explora o que é a evolução, como funciona e quem descobriu os seus segredos. Mostra a viagem da vida, desde as primeiríssimas formas de vida simples! O tema é fascinante, os conteúdos foram alvo de uma cuidada revisão científica e a linguagem é acessível aos mais novos.
Os tempos de ódio de Rosa Montero
"Independente, pouco sociável, intuitiva e poderosa, a detetive replicante Bruna Husky tem apenas um ponto vulnerável: o seu enorme coração. Dilacerada pelo súbito e inexplicável desaparecimento do homem que ama, o inspetor Paul Lizard, a replicante enceta uma investigação desesperada e em contrarrelógio que a conduz até uma colónia remota dos Novos Antigos, uma seita que nega a tecnologia, e às origens de uma trama sombria de luta pelo poder, que remonta ao século XVI. Enquanto isso, a situação no mundo é cada vez mais tumultuosa, a tensão popular aumenta e a guerra civil parece inevitável. Numa história que é, no essencial, um retrato preciso e deslumbrante dos tempos em que vivemos, Bruna terá de enfrentar o seu maior medo: a morte.”
Gosto, logo existo de Isabel Meira
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Redes sociais, jornalismo e um estranho vírus chamado fake news
Quando nasceste já estava tudo ligado e nem te parece possível que o mundo funcione de outra forma. No entanto, a internet mudou muita coisa, incluindo o jornalismo. Através da internet, apareceram gigantes invisíveis como a Google e o Facebook que transformaram a nossa forma de aceder à informação. Nas redes sociais, as notícias parecem supersónicas e as visualizações, os likes e as partilhas podem chegar aos milhões. O problema é que os rumores, os boatos e as mentiras também. Vivemos numa enorme bolha de likes e partilhas. Mas será que conhecemos bem as regras do jogo?
Este livro acredita que é importante fazer perguntas e que as respostas não estão todas no Google.
Não me Khalo de Bruna de Lara
Este livro tem a sua semente num Hashtag, #Meu Amigo Secreto, cuja intenção era chamar a atenção sobre o machismo daquelas pessoas mais próximas de nós: colegas de trabalho, namorados, amigos, chefes e serviu para muitas mulheres partilharem os seus relatos gerando numerosas interações. Em doze capítulos, elaborados sobre sólidas pesquisas estatística e bibliográficas, analisam temas como a construção da feminilidade, as mulheres negras, o empoderamento, a sexualidade, a desmistificação da maternidade, a cultura da violação ou os padrões de beleza. Não Me Kahlo é um coletivo feminista presente nas redes sociais e no sitewww.naomekahlo.com e agrega pessoas com interesse em aprofundar estudos, partilhar relatos e promover ações para os direitos das mulheres serem uma realidade... real.
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Maurice de E.M. Forster
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Da adolescência aos anos da universidade, em Cambridge, e à vida profissional na firma do seu pai, Maurice Hall representa o papel do homem inglês convencional. Mas por baixo da fachada de conformidade, Maurice sonha poder libertar-se das amarras da sociedade e assumir a sua verdadeira identidade. O primeiro amor de Maurice, Clive Durham, apresenta-o aos gregos antigos e à beleza da atração pelo mesmo sexo. Para Clive, a relação entre os dois é uma forma elevada do “amor”, uma relação puramente platónica, sem espaço para intimidade física.
Quando Clive casa com uma mulher, Maurice fica devastado. Incapaz de seguir o mesmo percurso, procura um hipnotista que o possa “curar” da homossexualidade. Neste confronto entre solidão, vergonha e busca pela felicidade, Maurice acaba por se revoltar contra as regras tácitas da sociedade em que vive.
Influência de Maria Gonçalves
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Tornar-se um influenciador digital não é tarefa fácil, pelo menos quando se quer ser bem-sucedido. Mas Maria Gonçalves, a primeira blog coach portuguesa, tem todas as informações pertinentes para que a tua paixão se transforme num negócio rentável. Só tens de seguir este guia, juntar-lhe muita dedicação e dar o melhor de ti.
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Carta à minha filha de Maya Angelou
Maya Angelou tinha 17 anos quando, de uma relação fortuita e infeliz, nasceu o seu primeiro e único filho. Foi a maior dádiva de uma relação sem amor, mas teria muitas outras ao longo de uma vida extraordinária.
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E teria muitas filhas também: as milhares de mulheres de todo o mundo que nela encontraram uma referência, uma permanente fonte de inspiração. Uma delas chamava-se Oprah Winfrey. Reuniu aqui, em 28 textos, que sintetizam décadas de experiência - e a sabedoria acumulada ao longo delas. Numa voz sempre poética, terna e calorosa, a autora fala de si, da sua infância e adolescência, e de um caminho onde todos os obstáculos foram sendo superados. Nesta pequena obra, onde cada palavra conta, devolve-nos as suas memórias, a sua relação com o mundo, discute o papel da raça e do racismo, do medo, do amor, do papel da mulher.
Garra de Cecília Ahern
A obra contém 30 contos, sendo a esmagadora maioria protagonizada por mulheres que encontram, dentro de si, forças para enfrentarem os problemas com que se deparam. Muitas leitoras – e talvez leitores – sentirão empatia, mas o feminismo que aqui se encontra é relativamente ligeiro. Não atinge as raízes da desigualdade estrutural que continua a afetar grande parte da humanidade, nem se debruça sobre alguns temas mais complexos. Garra são 30 histórias interligadas, que capturam as diferentes facetas da vida das mulheres. Divertidas, comoventes, surreais e instigantes, as histórias capturam os momentos em que as personagens são dominadas pela culpa, a confusão, a frustração, a intimidação, a exaustão - aqueles momentos em que sentem a necessidade de mostrar a garra.
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O guardião de livros de Cristina Norton
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Uma escrava muda conta um segredo guardado durante 200 anos; um escravo apaixona-se por quem não deve; uma carioca leva um português a descobrir as delícias do sexo; um cientista judeu, a quem são confiados dois livros raros, naufraga nas ilhas Malvinas. Estas são algumas das personagens deste romance, que nos narra a vida de Luís Joaquim dos Santos Marrocos, um bibliotecário hipocondríaco que atravessa o Atlântico rumo ao Brasil acompanhado por 76 caixotes: no seu interior seguia a Real Biblioteca do Palácio de Ajuda, inicialmente esquecida no cais de Belém aquando da saída apressada da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. A chegada ao Rio de Janeiro não foi fácil, mas tudo mudou quando conheceu Ana de Souza Murça. A autora descrevenos uma vida rica em acontecimentos inesperados, onde a ironia se mistura com momentos comoventes.
Piadas secas, Infrassecas e Ultrassecas sobre
Ciência de João Barbosa
«O que é que tem e o que é que não tem piada? As piadas secas estão ali na fronteira entre um e outro território. O que é seco para uns será molhado para outros. O avaliador do humor é quem ouve a piada e não quem a conta. Por mim, sorri e cheguei várias vezes a rir a bandeiras despregadas ao ler o manuscrito deste livro (quem estava perto terá pensado que eu estava a ficar maluco…). […]De uma coisa estou certo, porque é ciência: se sorrirem ou rirem, será decerto bom para a vossa saúde.» Carlos Fiolhais, in Prefácio
O Antropoceno - Uma Crítica: Ensaios sobre um planeta dominado pelos humanos de John Green
O Antropoceno é o período de tempo que corresponde à era geológica que vivemos atualmente. A humanidade tem vindo a reconfigurar o planeta, bem como a sua biodiversidade, e John Green faz uma análise crítica dessa intervenção, usando para isso uma escala de cinco estrelas.
Nesta notável coletânea de ensaios, que surgiram a partir do seu revolucionário podcast, o autor bestseller fala-nos dos seus temas mais queridos. Desde obras de arte famosas ao cometa Halley, do ar condicionado aos gansos do Canadá ou à Internet, nada lhe escapa. Divertidas e sofisticadas, as suas opiniões registam as contradições da condição humana. Enquanto espécie, somos a um tempo demasiado poderosos e desprovidos de poder, paradoxo que se evidenciou durante a recente pandemia.
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Para cima de puta de Cristina Ferreira
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"Um livro com conteúdo chocante. Na Internet e nas redes sociais, a maldade grassa, o fel destila. Assusta-me perceber que há gente que se alimenta disso, que julga e agride os outros com facilidade e sem pudor. Este livro é sobre a violência e sobre a necessidade urgente de mudar. Com ele, pretendo confrontar-nos com a impunidade das agressões que, nas redes sociais, se dirigem não interessa a quem ou com que consequências. É verdade, este livro é uma provocação, uma chamada de atenção, um testemunho. Um dia alguém pegará neste livro e conseguirá entender como eram as redes sociais nesta década do século XXI. Talvez encontre algumas pistas. Sou uma profissional da área da comunicação e chego a muita gente. Quero usar essa influência para tentar criar reflexão e discussão em torno de algo que não me afeta só a mim, de algo que me parece que faz de nós, enquanto sociedade, gente menor do que poderíamos ser.
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Trinkets de Kirsten Smith
O livro que serviu de inspiração para a série original da Netflix, estreada em Junho. Com humor e sagacidade, a partir de múltiplas perspetivas, esta história conta como três raparigas de diferentes origens e vivências na escola secundária, que se encontram na mesma reunião de Cleptómanos Anónimos e que deveriam estar a aprender os passos para a reabilitação, acabam por aprender as regras da amizade.
A civilização do peixe-vermelho de Bruno Patino
Os engenheiros da Google calcularam o tempo de atenção do peixe -vermelho: 8 segundos. E o das gerações submetidas aos ecrãs: 9 segundos! O que são hoje vinte e quatro horas da vida de cada vez mais pessoas? Cinco horas a olhar para o smartphone. Centenas de mensagens, solicitações, informações, rumores, fotografias, vídeos. o dispositivo chama-nos, alicia-nos, apodera-se de nós.
Incapazes de esperar ou de pensar, afogados no oceano das redes sociais e da internet, sob o controlo de algoritmos e de robôs. A dependência digital é um modelo de negócio inesperado ... Diga não à dependência e à vigilância do seu cérebro pelas maiores multinacionais do planeta. Recupere o controlo da sua vida, a sua liberdade.