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moving backwards (no) time les gayrillères pauline boudry e renate lorenz

pauline boudry e renate lorenz

Moving Backwards [Mover-se para trás], 2019

Still de vídeo. Instalação com HD, 23’. Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Latifa Laâbissi, Marbles Jumbo Radio, Nach. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris pauline boudry e renate lorenz (No) Time [(Não) tempo], 2020 Still de vídeo. Instalação com HD e 3 persianas, 18’. Coreografia/performance: Julie Cunningham, Werner Hirsch, Joy Alpuerto Ritter, Aaliyah Thanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects Amsterdam e Marcelle Alix Paris pauline boudry e renate lorenz

Les Gayrillères [As gayrrilheiras], 2022

Still de vídeo. Instalação de vídeo em dois canais (projeção e LED), 18’. Coreografia/performance: Harry Alexander, Julie Cunningham, Werner Hirsch, Nach, Joy Alpuerto

Ritter, Aaliyah Tanisha. Cortesia: Ellen de Bruijne Projects

Amsterdam e Marcelle Alix Paris

Les Gayrillères

pauline boudry e renate lorenz

trabalham em Berlim desde 2007, criando instalações audiovisuais que se inspiram na cultura queer1 e na pista de dança como espaço de experimentação de diferentes temporalidades e desejos. Em seus vídeos, coreógrafas e performers de várias formações dançam enquanto inventam modos de se relacionar e exploram práticas de resistência. Obras como Moving Backwards [Mover-se para trás] (2019) e (No) Time [(Não) tempo] (2020) propõem uma experiência imprevisível de tempo, gerando dúvidas sobre o que é o começo e o fim do vídeo, a entrada e a saída do enquadramento, ou mesmo se as pessoas estão caminhando para a frente ou para trás.

As definições de progresso e retrocesso são desestabilizadas pelas mudanças de ritmos e pausas, desordenando concepções lineares e unidirecionais de tempo.

Na videoinstalação Les Gayrillères [As gayrrilheiras] (2022), performers controlam sua luminosidade com lâmpadas coloridas nas roupas e em várias partes do corpo. Inspirados por As guerrilheiras, romance de Monique Wittig publicado em 1969, os movimentos dessa guerrilha contemporânea poderiam aparecer em clubes noturnos, manifestações de rua e subsolos de museus. Os corpos sabem de seu direito à opacidade, decidindo quando estar em cena ou não.

Frente à tela, também somos convidadas a nos reunir nesta pista de dança e improvisar o estar junto. Como uma recusa a políticas de exclusão e discursos de ódio dirigidos a corpos dissidentes, coreografar arranjos possíveis por meio do prazer e da liberdade.

1/ A palavra queer – que na língua inglesa originalmente significa, de modo pejorativo, estranho, esquisito, peculiar – tem sido adotada nas últimas décadas para abordar questões que, no Brasil, também aparecem circunscritas pelos termos dissidência sexual e diversidade de gênero, principalmente em contextos ligados ao pensamento e aos direitos lgbtqia+. A expressão está em disputa e questionamento por parte de vários agentes que dela se utilizam ou a rejeitam. Um exemplo é o uso do termo “cuir”, derivação latino-americana, que enfatiza questões raciais e de classe em contextos históricos para além da Europa e dos Estados Unidos. [n.e.]

Música em (No) Time: “It's Lover, Love” (Philip Bader Remix). Artistas: Aérea Negrot & Philip Bader. Também disponível em: http://link. bienal.org.br/itslover interioridade negra: notas sobre arquitetura, infraestrutura, justiça ambiental e desenho abstrato torkwase dyson

Untitled (Becoming 01–Becoming 200) [Sem título (Tornando-se 01–Tornando-se 200)], 2016-2021

Guache e caneta sobre papel. Série composta de 200 partes, 30,5 cm × 22,9 cm cada

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