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17ª Bienal de Arquitetura de Veneza – Participação brasileira

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Créditos

Créditos

17ª mostra internacional de arquitetura – la biennale di venezia título da exposição no pavilhão do brasil: utopias da vida comum

20/5 – 21/11 2021

121

mil visitantes

164

dias de exposição

Comissário

José Olympio da Veiga Pereira, Presidente da Fundação Bienal de São Paulo

Curadores

Arquitetos Associados (Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff) e Henrique Penha

Participantes

Aiano Bemfica, Cris Araújo, edinho vieira; Alexandre Delijaicov | grupo de Pesquisa Metrópole Fluvial – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Amir Admoni; gustavo Minas; Joana França; Leonardo Finotti; Luiza Baldan

Realização

Fundação Bienal de São Paulo, Ministério do Turismo, por meio da Secretaria especial da Cultura, Ministério das Relações exteriores, embaixada do Brasil em Roma

A Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza foi criada em 1980 como mais um braço da Biennale di Venezia, fundada no final do século 19 como a primeira mostra internacional recorrente de arte contemporânea. Desde 1996, a Mostra de Arquitetura intercala-se à exposição de arte no calendário da Biennale. Foi nesse mesmo ano que a Fundação Bienal de São Paulo tornou-se encarregada de selecionar os curadores e produzir as exposições de arquitetura, em parceria com o Governo Federal, responsabilidade que mantém até hoje em reconhecimento à excelência de seus projetos e aos bons resultados alcançados nesse trabalho conjunto.

Com curadoria do estúdio colaborativo Arquitetos Associados (composto pelos arquitetos e urbanistas Alexandre Brasil, André Luiz Prado, Bruno Santa Cecília, Carlos Alberto Maciel e Paula Zasnicoff) e do designer visual Henrique Penha, utopias da vida comum partiu do mapeamento da presença das utopias em solo brasileiro, desde a cosmovisão guarani da Terra sem Males até a contemporaneidade, destacando alguns momentos singulares em que ideias transformadoras promoveram ou têm o potencial de promover mudanças significativas no modo como a arquitetura e a cidade podem fomentar novas alternativas para a vida comum.

utopias da vida comum contou com dois núcleos, expostos nas duas salas que constituem o Pavilhão do Brasil. A sala menor abrigou o núcleo Futuros do passado, dedicado a dois projetos icônicos da arquitetura moderna e às utopias que os orientaram, realizados entre o fim do estado Novo e os anos JK (1946 e 1961). A sala grande recebeu Futuros do presente, onde foram exibidos dois vídeos comissionados especialmente para a Bienal de veneza e que refletem de forma utópica sobre a ocupação das metrópoles contemporâneas.

imagens: vistas do Pavilhão do Brasil durante a 17ª Mostra Internacional de Arquitetura de veneza, 2021

Futuros do passado trouxe o então inovador Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (zona norte do Rio de Janeiro), de 1947, interpretado a partir das lentes da artista visual Luiza Baldan. O núcleo contou também com o ensaio do fotógrafo gustavo Minas sobre o cotidiano da Plataforma Rodoviária de Brasília (1957), de Lucio Costa, obra singular construída no encontro dos dois eixos em forma de cruz que constituem o Plano Piloto da capital federal. Completaram o conjunto os registros arquitetônicos de Leonardo Finotti e Joana França. Buscou-se, com essas imagens, não apenas apresentar a arquitetura das obras, mas também a maneira como foram ocupadas, como uma justaposição das ideias que orientaram os projetos dessas duas construções à realidade de suas ocupações.

A grande sala do Pavilhão do Brasil recebeu o núcleo Futuros do presente, no qual foram apresentados dois vídeos inéditos que assinalaram novas formas de convivência e interação do homem com o espaço. O primeiro deles, dos diretores Aiano Bemfica, Cris Araújo e edinho vieira, apresentou as possibilidades de reapropriação de edifícios nos centros de grandes metrópoles. O segundo vídeo, do diretor Amir Admoni, fez uma interpretação poética da ideia de apropriação dos rios e de suas margens concebida pelo projeto Metrópole Fluvial – proposto em 2010 para a cidade de São Paulo pelo grupo de pesquisa de mesmo nome da Universidade de São Paulo –, que questiona o modelo de transporte rodoviário adotado para a metrópole e aponta novas alternativas para a vida cotidiana.

Comunicação

Para além do Pavilhão

Simultaneamente à pré-abertura da exposição em Veneza no dia 20 de maio de 2021 – e com posterior transmissão pelo canal Arte 1 –, a Fundação Bienal realizou um evento de apresentação online de utopias da vida comum em seu canal no YouTube para difundir os conteúdos da exposição para além do público local. Com 1737 visualizações ao vivo, o encontro foi apresentado por Gisele Kato, editora-chefe do Arte 1, e contou com participação dos curadores da mostra, além de falas prégravadas de José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal, e de Mario Frias, Secretário Especial da Cultura – pasta do governo Federal que, sob o Ministério do Turismo, realizou a exposição conjuntamente com o Ministério das Relações exteriores. O evento contou ainda com entradas de vídeos realizados no Pavilhão do Brasil e trechos das obras em vídeo da exposição. O registro do encontro está disponível no canal da Bienal no YouTube.

Publicação Com projeto gráfi co realizado pelo estúdio Guayabo, o catálogo digital utopias da vida comum permite que o público se aproxime dos conteúdos da representação nacional na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza. Mimetizando os núcleos do espaço expositivo – Futuros do passado e Futuros do presente – o catálogo também é dividido em duas partes, sendo composto por textos inéditos de mais de vinte autores, dentre eles os próprios curadores, os artistas da mostra e os diretores dos fi lmes comissionados para a exposição. Instagram Pela primeira vez, a Bienal criou sua própria fanpage no Instagram para abarcar a participação nacional brasileira em Veneza. O perfi l @utopiasdavidacomum foi ativado semanalmente entre maio e novembro de 2021, trazendo projetos arquitetônicos que inspiraram a mostra, os arquitetos, fotógrafos e cineastas participantes, e leituras sobre outros pavilhões presentes na 17ª Bienal de Veneza.

utopias da vida comum 17,5 × 21 cm (digital) 276 páginas

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