ANO I - Nº 2 - DEZEMBRO 2017 Foto: arquivo ARFN
Fotos: Carllos Bozelli
Associação Recanto Fazenda Nata
Feira, flores, estradas. É a Nata em ação Dois mil e dezoito promete ser histórico para o Recanto Fazenda Nata. O ano que vem sinaliza melhorias para todos os chacareiros, assim como para os que visitam e trabalham nas chácaras, empresas, restaurantes e áreas de eventos dos empreendimentos aqui instalados. A partir de uma governança comunitária responsável, que cobra o poder público ao mesmo tempo em que realiza parcerias com órgãos governamentais, o recanto tem ganhado melhorias que beneficiam a todos. Vamos terminar 2017 com o moledamento de boa parte das estradas que cortam a antiga Fazenda Nata e são de responsabilidade do município, o que vai imprimir mais comodidade e segurança ao local. Campanha bem sucedida entre os chacareiros permitiu a iluminação do acesso principal – e outra, em andamento, vai pavimentar com paralelepípedos a área entre a Estrada do Limoeiro e a Guarita. E o projeto da nova Feira da Nata promete resgatar um espaço de negócios e confraternização que movimentará todo o Vale do Tibagi. Sigamos em frente, sempre de olho no bem comum.
Um excelente 2018 a todos!
NOVO ESPAÇO – A Feira da Nata, que funcionou entre 2012 e 2013, vai voltar em condições mais adequadas, com a construção de áreas cobertas em um terreno de 2,4 mil m2 às margens da Estrada do Limoeiro. RENDA E EMPREGOS – Chacareiros da Nata, Itaúna e Limoeiro já cultivam plantas tropicais em parceria com a UEL. Projeto da ARFN é o embrião do que pode vir a se tornar um polo de produção de flores. ACESSO FACILITADO – Parceria entre ARFN, prefeitura e chacareiros está promovendo melhorias em boa parte dos 13 km de estradas municipais que cortam o Recanto Fazendo Nata. Obras continuam em 2018.
Feira da Nata vai voltar
Foto: arquivo ARFN
Empreendimento de 2,4 mil m2 vai abrigar 26 boxes e áreas para eventos e exposição de animais
À esquerda, cena da antiga Feira da Nata; à direita, perspectiva da nova versão, que deve ser inaugurada em 2018
VAPT-VUPT
Até meados do ano que vem estará funcionando a nova versão da Feira da Nata, que vai movimentar todo o Vale do Tibagi nas noites de sexta-feira e nas manhãs e tardes de sábado e domingo. A feira será instalada em um terreno de 2,4 mil metros quadrados ao lado da segunda entrada. O terreno margeia a Estrada do Limoeiro por cem metros. Haverá praça de alimentação e áreas – também cobertas – para comércio geral, eventos e exposição de animais, além de sanitários e estacionamento. Este projeto em andamento resgata a feira que funcionou mensalmente em 2012/2013 ao lado do Empório da Nata. É o fruto do trabalho de um grupo de chacareiros que vai propiciar a comercialização de artigos e alimentos
saudáveis, gerando empregos e renda. Inicialmente estão previstos seis boxes de 50 m2 cada na área de alimentação e outros 20 boxes de cerca de 10 m2 para o comércio geral. O terreno foi adquirido pelo chacareiro Norio Imawa, que o cedeu em comodato para a ARFN por 20 anos. Os proprietários de boxes vão arcar com a construção de seu espaço e com o rateio das áreas comuns. “Vamos oferecer à comunidade comida, bebida e produtos de qualidade”, afirma Norio, que encabeça a coordenadoria da ARFN responsável pelo projeto. “Importante ressaltar que, além dos boxes fixos, a área de eventos vai abrigar festas como das Flores, Junina, do Frango Caipira, Japonesa, de Natal e de Ano Novo”, ele acrescenta.
Guarita recebe iluminação
TELEFONES ÚTEIS
A união de chacareiros em torno da ARFN tem resultado em conquistas significativas. Campanha recente da entidade arrecadou recursos que possibilitaram a instalação de um padrão Copel, de postes e lâmpadas para iluminar a região da Guarita, principal acesso à Nata. O sucesso da campanha motivou outra, em seguida, aprovada em assembleia da ARFN e que está em andamento: a arrecadação de recursos para pavimentação do acesso principal. Os 724 metros quadrados entre a Estrada do Limoeiro e a Guarita vão receber paralelepípedos.
Maquininha para mensalidades Foto: Rogério Fischer
Para facilitar o pagamento das mensalidades da ARFN, foi adquirida uma maquininha de cartão de crédito que ficará à disposição dos associados no Empório da Nata. Por ela, é possível o associado quitar a mensalidade de R$ 50 ou a anualidade, de R$ 600, dividida em 12 vezes. A arrecadação ficará depositada em uma conta na Cresol, a cujo extrato todos os associados terão acesso.
EXPEDIENTE
Ambulância/SAMU: 192 Bombeiros/SIATE: 193 Guarda Municipal: 153 COPEL/Acidentes: 0800-5100116 Delegacia da Mulher: 3322-1633 Instituto Ambiental do Paraná (IAP): 3373-8700 Maternidade Municipal: 3339-8090 Polícia Civil: 147
Jornal da Nata é uma publicação bimestral da Associação Recanto Fazenda Nata (ARFN) – Jornalista responsável: Rogério Fischer (MTb 2492/PR) Projeto gráfico e diagramação: Edvaldo Correia – Tiragem: 1,5 mil exemplares – Diretoria da ARFN (gestão 2016-2018): Carlos Scalassara Presidente Edison Norio Iwama Vice-presidente – Decarlos Manfrin Secretário – Djalma Corrêa Tesoureiro – Contato: arfn.associados@gmail.com
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2 JORNAL DA NATA
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Eu vejo flores em você!
Fotos: Carllos Bozelli
Iniciativa histórica de chacareiros transforma Fazenda Nata em polo de produção de flores
Maria Piza, Rosângela Larisca e Íris Micheletti, pioneiras do grupo de flores do Recanto Fazenda Nata
Todo grande empreendimento nasce de um primeiro passo. E este primeiro passo se deu no começo de 2017, quando a associada Maria Piza convidou o professor da UEL Ricardo Faria a falar sobre a sua especialidade – produção de plantas tropicais – em uma das assembleias mensais da ARFN. A intenção era reunir um grupo de chacareiros interessados em cultivar flores. Logo a diretoria da entidade criou a Coordenaria de Flores, encabeçada por Maria Piza. O grupo começou com um número pequeno de chacareiros. Pequeno, porém motivado. O fato é que seis meses depois – e depois de muitas reuniões, visitas à UEL, consultorias do Sebrae e cursos no Sindicato Rural Patronal – o Recanto Fazenda Nata pode ser considerado o embrião de um futuro polo regional de produção de flores que pretende movimentar significativamente a economia de Londrina e cidades da região. O grupo, agora, abriga ao menos 30 pequenos proprietários, da Nata e também da Itaúna, do Limoeiro e outras regiões. E muitos deles já iniciaram o cultivo de helicôneas, gengibre ornamental, bastão do imperador, coração de bananeira e outras espécies, a fim de explorar um nicho de mercado cujo potencial é de centenas de milhares de reais/ano. Mestre e doutor na área de propagação in vitro de orquídeas e flores tropicais,
Ricardo Faria estima que 90% das flores adquiridas por floriculturas de Londrina – assim como de todo o Paraná – vêm de São Paulo, daí o grande potencial de geração de renda e empregos. “Em um estado conhecido pela cultura intensiva de soja e milho, a produção de flores é uma excelente alternativa para as pequenas propriedades”, afirma o professor, que está há 20 anos na UEL. “A união de várias chácaras pode vir a se transformar em uma cooperativa de produção de flores tropicais, que vai se tornar uma fonte de geração de emprego e renda”, ele avalia. “Enquanto universidade pública, nosso compromisso é o de multiplicar os produtores, levando conhecimento para a comunidade e incluindo nossos alunos no acompanhamento de todas as etapas de produção.” A primeira venda de flores do grupo da Fazenda Nata ocorreu no final de novembro. Adalgisa Vieira da Silva recebeu encomenda de 60 unidades de bico-de-papagaio (um tipo de helicônea) de uma floricultura de Londrina. Adalgisa cultiva 300 mudas de diversas espécies obtidas gratuitamente na UEL e planeja designar 5 mil m2 de sua chácara na Estrada Shalom para o cultivo de plantas tropicais. “Tenho a chácara há 15 anos e, nesse período, só tive gastos”, explica ela. “Agora, finalmente, graças a esse projeto, vou ter algum retorno financeiro.”
Plantas tropicais com hortaliças A produção de flores na Fazenda Nata acabou se entrelaçando com outro projeto surgido com apoio da ARFN: o de cultivo de legumes e verduras orgânicos. Vários chacareiros estão produzindo flores em áreas consorciadas com hortaliças, para terem alternativa de retorno financeiro mais rápido. É o caso da servidora municipal aposentada Maria Piza, que já está colhendo alface nos 500 m2 em que cultiva também leguminosas como cenoura, beterraba e nabo em sua chácara na Itaúna, às margens da Estrada do Limoeiro. É o caso também de Rosângela Larisca e Íris Micheletti, sócias na produção de flores e hortaliças na Fazenda Nata. Rosângela reservou 1,5 mil m2 de sua chácara para o cultivo de flores e mais quatro estufas para tomates, rúcula e beterraba orgânicos. “As flores não requerem muito trabalho. São belíssimas e o custo-benefício é bom, porque gostam de sol pleno, não necessitam de muita irrigação, além de terem durabilidade grande”, diz ela. Íris plantou mudas de bastão do imperador, helicôneas e gengibre ornamental, que pretende comercializar junto a floriculturas e promotores de eventos, além de participar de licitações da Acesf. Ao lado das plantas tropicais, cuja produção ela aguarda para agosto de 2018, Íris cultiva chicória, almeirão, quiabo e ervas aromáticas.
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Estradas ganham moledo
Foto: Carllos Bozelli
Parceria da ARFN com o município garante obras que devem prosseguir até o ano que vem
Rolo compressor em ação na onononononon Estrada Canaã: união entre chacareiros garante melhorias Nonononoonoo ononononononon ononononoo ononononononon onononononon
A última semana de novembro e a primeira quinzena de dezembro foram de grande movimentação no Recanto Fazenda Nata. Patrolas e rolos compressores da prefeitura de Londrina trabalharam intensamente em grande parte dos 13 quilômetros de estradas municipais que cortam o empreendimento. As obras nas estradas da Nata são fruto de parceria entre a ARFN, o município e chacareiros. As melhorias vão facilitar o acesso de moradores, trabalhadores e visitantes. E aumentar a segurança dos proprietários de chácaras. Grande parte das estradas está recebendo moledo, cedido gratuitamente pelo chacareiro Arlindo Martins, conselheiro da ARFN. Donos de chácaras, empresas e entidades instaladas no recanto se cotizaram para bancar os custos com o transporte de material por caminhões. Martins estima que serão retirados entre 400 e 500 caminhões de moledo da sua propriedade. A retirada de moledo foi autorizada pela Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Inicialmente, neste dezembro, o trabalho vai se concentrar na Estrada Canaã – de uso comum de praticamente todos os chacareiros da Nata – e em pontos críticos. “Emergencialmente vamos trabalhar no acesso principal, sem esquecer as demais. Em janeiro, com o conserto de alguns equipamentos e a chegada de novos caminhões para a prefeitura, vamos prosseguir os trabalhos”, afirma o secretário de Agricultura, João Mendonça. O presidente da ARFN, Carlos Scalassara, destaca a importância da parceria com o poder público. “Estaremos sempre cobrando a prefeitura para as obras que são de responsabilidade dela. É imprescindível essa parceria, através da governança comunitária, para que toda a comunidade seja beneficiada.”
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Morro acima
O Morro da Nata está muito melhor, graças à união dos chacareiros. Aquela região, a mais alta da Fazenda Nata, abriga cerca de 60 chacareiros. Muitos deles se uniram para reformar a estrada de acesso ao Morro, que recebeu moledo e, também, ganhou galerias laterais para impedir que a água de chuva volte a provocar estragos. Com isso, os chacareiros esperam ter colocado um fim a um problema histórico do Morro: a dificuldade de acesso, principalmente em dias de chuva forte.