174. Bio - Boletim informativo da Diocese de Osasco - Jan/fev/mar 2010

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COMUNICADOS Novos Meios de Comunicação a serviço da Palavra

Comemorações Natálicios - Sacerdotes e Religiosos Pe. Benedito Aparecido Cesário Pe. Mario Scopel, CRL Pe. Marcos Antônio Funchal Pe. Adilson Dias Rampaso Pe. Romildo Isidro Lopes Filho Pe. Odair José Rodrigues Pe. Altamiro Vicente Lazzari, FDP Pe. Thomas Joseph Scott Frei Geraldo Luiz Boletini Pe. Dorival Frreira Leite, CRL Pe. José Eduardo de Oliveira e Silva Pe. Edileis Silva de Araújo Pe. Andrew Joseph Zammit Pe. Ângelo Fornari, CJS Frei Gumercindo R. G. Filho, OCD Pe. José Maria Falco Pe. Antônio Alves Afonso Pe. Atílio de Souza Pe. Pasquale Grossi Pe. Maurício José Pinheiro Pe. Arnaldo Balbino os Santos D. Ercílio Turco Mons. Danilo de Oliveira Ohl Pe. Antônio Carlos de Souza Pe. Agostinho Dinani, CRL Pe. José Cássio Marinho Pe. Pio Milpacher, CJS Pe. Xavier Cutajar

03/01 07/01 09/01 11/01 18/01 25/01 26/01 02/02 02/02 04/02 05/02 05/02 11/02 22/02 22/02 24/02 25/02 26/02 08/03 09/03 11/03 13/03 15/03 22/03 24/03 25/03 27/03 30/03

Profissões Religiosas Ir. Maria Aparecida Delfino, FM Ir. Maria do Carmo Neves de F., FM Ir. Rosa Baggio, ISCJ Ir. Rosárioa Ribeir, JBP Ir. Luiza Rholing, ICJ Ir. Natalina Baggio, IBDP Ir. Enédia Caliman Maria Cândida dos S. Martinelli, ISM Ir. Beatriz Freitas de Mattos, FM Ir. Perpetua da Crus S., IBDP Ir. Maria Verônica da Sta. Face, OCD Ir.Valdirene Pereira dos Santos, FM Ir. Maria Elisabeth da Trindade, OCD Ir. Maria do Carmo Teotônio, ISM Maria da Penha de Souza, ISM Ir. Neusa da Conceição Vale, FMM Ir. Maria Gorete de Souza, FMM Ir. Fátima Aparecida dos S. Peixoto, FM Ir.Vera Lúcia Cameroti, FM Ir. Maria do Carmo Correia e Lima, ISM Ir. Ermelinda Sabadim, PSPC Ir. Marluci Gomes da Silva, IOFN Ir. Agueda Vorini Ir. Conceição das Dores N., JBP Ir. Bernadete Pickler Ir. Elvira Pessin, MC Ir. Almida Maria Moratelli, MC Ir. Cleide Negro, MC Ir. Maria Helenice Silvestre, MC Ir. Maria Lúcia de Souza, CNSEM Ir. Ângela M.Vieira, CFNSM Ir. Cecília Marta, CNSEM Ir. Germana Azevedo, JBP Ir. Joana da Cruz do Imac. Cor., OCD Ir. Marta Izabel de Faria, JBP Ir. Apparecida Gandolfho, JBP Ir. Cáritas Zamonaro, JBP Ir. Margarida Dalle Grave, JBP Ir. Idalina Pereira da Silva, CFNSM Ir. Letícia Lopes, JBP Ir. Ana de Jesus, OCD Ir. Mirani Cassimira Sobrinho, FMM Ir. Gertrudes Duz, JBP Ir. Maria de Deus, CFNSM Ir. Margarida de Jesus, MOP Ir. Zilma de Souza Costa, CFNSM Ir. Rosimeire Ferreira dos Santos Ir. Mary Donzelline, MJC Ir. M. Auxiliadora R. de Oliveira, FMM Ir. Tereza Cursin, MJC Ir. Rita Emília Foggiatto, MAD Ir. Célia Gonçalves Leão, FNSN Ir. Lucia Alves de Almeida, FNSN Ir. Martina Nutambi, IBDP Ir. Julia Zuklinski, CFNSM Ir. Maria Clotilde Galesi, CFNSM Ir. Maria Ângela da Sta. Tererinha, OCD Ir. M. da Cruz da S. Santos, CFNSM Ir. Maria da Imaculada e S. P., OCD Ir.Vanessa Keli de Oliveira Alves Ir. Carmen da Sagrada Família, OCD

06/01 06/01 06/01 06/01 09/01 15/01 16/01 18/01 18/01 21/01 22/01 22/01 23/01 24/01 24/01 24/01 24/01 24/01 24/01 24/01 26/01 26/01 26/01 26/01 29/01 29/01 29/01 29/01 29/01 01/02 01/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 02/02 06/02 06/02 08/02 11/02 11/02 11/02 14/02 23/02 23/02 29/02 02/03 07/03 07/03 19/03 25/03 25/03 25/03

O Pontífice destacou ao anunciar a mensagem para o 44º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Bento XVI convocou toda a Igreja a olhar a Rede Mundial de Computadores com entusiasmo, audácia e exortando os sacerdotes a navegar na Internet, participar de redes de relacionamento e levar a Palavra de Deus ao grande “continente digital”. Ressalvando os limites das novas mídias, na mensagem “O sacerdote e a pastoral no mundo digital: os novos meios a serviço da Palavra”, Bento XVI dá o seu “juízo positivo” do mundo digital. Segundo o presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, dom Cláudio Maria Celli, o papa aconselha os padres a serem partícipes, “dando alma ao fluxo comunicativo da rede e alcançando os não-crentes”.

Inscrições para os prêmios de comunicação da CNBB 2010 Estão abertas as inscrições, de 1º de março a 31 de maio, para concorrer aos prêmios de comunicaçãzo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), edição de 2010. Os interessados podem conferir abaixo os regulamentos e fichas de inscrição. Dividido em quatro categorias, Margarida de Prata para o Cinema, instituído em 1967; Microfone de Prata para o Rádio, 1989; Dom Helder Câmara de Imprensa, 2002; e Clara de Assis para a Televisão, 2005; a premiação é entregue todos os anos com o objetivo de reconhecer a arte e o mérito dos profissionais dos meios de comunicação social, de imprensa, cinema, rádio e televisão que contemplam em suas produções os valores humanos, cristãos e éticos, bem como a linguagem artística e técnica.

Campanhas: SOS Haiti e SOS Chile Teve início a Campanha SOS Chile, lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira. Diferente da recente Campanha SOS Haiti, que tinha o objetivo de arrecadar dinheiro, a Campanha para o Chile vai arrecadar donativos para os atingidos do forte terremoto [magnitude 8,8] que acometeu o país no dia 27 de fevereiro. A carta assinada pelo presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha; e pelo presidente da Cáritas Brasileira, dom Luiz Demétrio Valentini; destaca a catástrofe do Chile como “mais uma oportunidade para sermos solidários com nossos irmãos, vítimas de calamidades que não costumam atingir o povo brasileiro”. Ainda no texto, CNBB e Cáritas expressam solidariedade ao povo chileno, como forma de encorajá-lo a enfrentar esse difícil momento. “Queremos prontamente expressar ao povo chileno nossos sentimentos de solidariedade, como estímulo para que neste momento se sinta encorajado a enfrentar com ânimo e redobrada coragem mais esta catástrofe, semelhante a outras já acontecidas em sua história”. No dia 2 de março, o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha; e o secretário geral, dom Dimas Lara Barbosa, enviaram carta fraternal ao presidente da Conferência Episcopal Chilena. As doações em dinheiro podem ser feitas nas seguintes contas bancárias: • Banco do Brasil: Agência 3475-4 C/C: 24.129 – 6 • Caixa Econômica Federal: Agência 1041, operação 003, C/C: 1108-9 • Banco Bradesco: Agência 606. C/C: 177695-9 • CNPJ da Cáritas Brasileira: 33.654.419/0001-16 Os recursos serão enviados à Cáritas chilena para custear ações de socorro imediato, reconstrução e recuperação das condições de vida do povo chileno

Romaria Diocesana a Aparecida Faz parte dos eventos comemorativos do aniversário da diocese de Osasco a Romaria Diocesana a Aparecida. Neste ano, quando a nossa diocese comemora 21 anos de instalação, toda família diocesana se organizará em Romaria no dia 01 de maio. Procure sua paróquia, organize sua família, pastorais e movimentos e vamos juntos vivermos este momento de unidade da nossa diocese. Janeiro/Março 2010


VOZ DO PASTOR

Nova Etapa de Pastoral

Estamos iniciando uma nova etapa em nossos trabalhos pastorais. Será um tempo iluminado pelo Espírito Santo, portanto, cheio de inspiração para analisar nossa realidade pastoral, encontrar caminhos que nos levem a opções pastorais além das atividades de manutenção daquilo que já foi conquistado. Pelo batismo que recebemos e pela fé que vivemos somos Igreja, inseridos em Jesus Cristo de tal modo que o tornamos presente e continuamos sua missão isso exige uma pastoral de conjunto onde todo se sintam co-responsáveis, prontos para pensar e agir eclesialmente, como Corpo de Cristo. A revisão do 6° Plano Diocesano de Pastoral exigirá de todos um olhar realista das atividades realizadas, sem deixar-se levar pelo pessimismo, mas com objetividade avaliar os ganhos obtidos re­ conhecendo que certos projetos devem

ter continuidade para atender às perma­nen­tes necessidades dos ir­mãos. Enquan­to, atendendo aos sinais dos tempos, novas urgências pe­dem de nós ou­tras respostas pas­torais. Vamos elaborar du­­rante este ano o novo Plano Diocesano de Pastoral em um processo par­­ticipativo onde to­da a comunidade é sujeito numa Igre­ja toda ministe­rial. É algo que in­te­res­sa a todos e ninguém pode ficar fo­ra: “uma ação de pasto­ral de conjunto enquanto proces­so que ajuda a Igreja a encarnar-se e inculturar o Evange­lho em seu meio, exige inserção na realidade. Planejar é antes de tudo, não ignorar. É o dialogo, a participação, a convi­ vên­cia, etc., que vão nos fazen­do sintonizar com os “novos sinais dos tempos”, como diz Sto. Domingo é intuir por onde caminhar para chegar ao futuro almejado. Antes de pensar a ação futura, para que ela seja resposta a perguntas reais, o imperativo é situarse em relação às pessoas, à sociedade, à instituição eclesial e outras, às metodologias disponíveis, etc.” (Agenor Brighenti) Contamos com a luz do Espírito Santo que nos dá a graça do discernimento para descobrir a vontade de Deus e as graças necessárias para realizar um bom planejamento pastoral. Por outro lado, unidos, reunimos nossa forças trabalhando juntos a fim de estabelecer as atividades pastorais para os próximos anos. No primeiro semestre deste ano serão nomeados os novos Coordenadores de cada Região Pastoral escolhidos a partir de uma lista tríplice de nomes indi-

cados pelas assembléias regionais, para exercer a seguintes funções: presidir e animar o conselho da região pastoral, participar da reunião mensal dos coordenadores regionais com o bispo para decisão e encaminhamento da pastoral diocesana, manter contato com os pres­ bíteros e animar a pastoral de conjunto nas paróquias e comunidades de sua re­ gião, garantir a comunicação e comu­nhão eclesial, convocar e presidir assembléias regionais e reuniões do conselho regional, presidir celebrações regionais, garantir a realização do plano Diocesano de Pastoral na região, incentivar a formação dos cristãos e distribuir tarefas, etc. No segundo semestre serão indicados os coordenadores e assessores das pastorais diocesanas que receberão o mandato na festa de Cristo Rei, por ocasião da promulgação do 7° Plano Diocesano de Pastoral. O assessor diocesano exerce a importante função de dar fundamentação bíblica e teológica e ajudar na reflexão metodológica em vista da ação pastoral bem como assegurar a pastoral de conjunto e a relação com o plano diocesano de pastoral. O coordenador diocesano de uma pastoral além de animar os agentes orienta e dinamiza os trabalhos para que se atinja o objetivo almejado. Lembramos, também, outros momen­ tos fortes que marcarão a vida de nossa Diocese: a Romaria diocesana a Aparecida, por ocasião dos 21 anos de nossa diocese, o ComVocação que celebra todas as vocações e encerra a semana diocesana da família, a Jornada Missionária, o Fórum Social diocesano, a Assembléia Diocesana, a Semana de fé e compromisso social, o DNJ, o dia nacional do Leigo, etc. Imploramos as luzes do Espírito Santo a fim de que nossa Igreja Particular possa viver intensamente nesse ano a comunhão e a participação na construção do Reino de Deus através da presença e atuação em nossa realidade social Caminhemos juntos fazendo acontecer o Reino de Deus. Dom Ercílio Turco Bispo Diocesano de Osasco

Aniversário Natalício de Dom Ercílio Turco No dia 13 de março nosso querido Pai e Pastor completou mais um ano de vida. Que Deus, rico de misericórdia e bondade, lhe conceda muita saúde, paz, alegria e muitos anos junto a Diocese de Osasco, nos conduzindo e orientando nos caminhos do Senhor. Parabéns!!!

Janeiro/Março 2010


CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2010

Fraternidade e Economia Com um ato solene a ter­ceira Campanha da Fra­ter­nidade Ecumênica foi lançada no dia 10 de setembro, próximo passado, no Rio de Janeiro. O tema da Campanha da Fraternidade 2010 é “Fraternidade e Economia” e o lema é “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24). O tema e o lema foram escolhidos no ano passado depois de muitas reuniões e pesquisas. O evento contou com a participação de várias autoridades eclesiásticas e políticas: O secretário geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa; o presidente do CONIC (Conselho Nacio­nal de Igrejas Cristãs), pastor si­nodal Carlos Augusto Möller; a senadora Marina Silva; o economista e secretário de Economia Solidário do Ministério do Trabalho, professor Paul Singer entre outros. Sob a responsabilida­de do CONIC, a Campanha da Fraternidade de 2010 se­rá ecumênica e estará aberta à participa­ção de todas as denominações cristãs. O objetivo geral da Campanha é “Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão”. Portanto a Campanha da Fra­ ternidade 2010 quer unir as Igrejas Cristãs e, principalmente a nossa sociedade, que é formada por pessoas de boa vontade, na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e trazendo a paz. A Campanha vai nos ajudar a reconhecer nossa omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria. Hoje precisamos combinar eficiência econômica, justiça social e prudência ecológica, percebendo a relação e a importância do meio ambiente nas atividades de desenvolvimento econômico, social e cultural.

O Texto-Base da Campanha insiste que a economia existe para a pessoa e para o bem comum da sociedade, não a pessoa para a economia. O lema da Campanha, a afirmação de Jesus registrada no Evangelho de Mateus: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24) nos propõe uma escolha entre os valores do plano de Deus e a rendição diante do dinheiro, visto como valor absoluto dirigindo a vida (Textobase, p.47). O dinheiro, embora necessário, não pode ser o supremo valor dos nossos atos nem o critério absoluto das decisões dos indivíduos e dos governos. O dinheiro “deve ser usado para servir ao bem comum das pessoas, na partilha e na solidariedade”. Toda a vida econômica deveria ser orientada por princípios éticos. A medida fundamental para qualquer economia é um sistema que deveria criar reais condições de segurança e oportunidades de desenvolvimento da vida de todas as pessoas, desde os mais pobres e vulneráveis. O capitalis-

mo selvagem trabalho no sentido oposto. Não se importa com a destruição da natureza ou com o fato de que está tornando sistêmica a miséria de milhões de famílias. Na história humana, mar­cada por ambições, explorações, injustiças e ganância, a Bíblia se volta decididamente para a defesa dos pobres. No âmbito social, a Bíblia nos mostra profetas acusando reis e gente poderosa que enriquece à custa do povo e não cuida bem daqueles a quem deveriam servir (Is. 3,13-15; Jr 5, 27-29: Ez 34, 2-4 etc.). No âmbito comunitário, a Bíblia fala sobre a diária do trabalhador que deve ser paga no mesmo dia, pois ele precisa disso para viver (Ex 19, 13), e ao socorro que devemos prestar aos pobres (Dt 15, 7-11). No âmbito pessoal somos chamados a evitar corrupção e desonestidade e viver a partilha no amor fraterno. As palavras de João no Evangelho de Lucas (Lc 3, 10-14) nos oferecem uma orientação clara nesta área. (cf. p.48 do TextoBase). O Texto-Base da Campanha deve ser um instrumento à disposição das comunidades cristãs e de todas as pessoas de boa vontade para enfrentar, com consciência crítica, os temas do desenvolvimento e da justiça, da economia e da vida humana no Brasil e no mundo. Precisamos denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar o lucro, sem se importar com a desigualdade, miséria, fome e morte. A Campanha nos convida a lutar pa­ra: incluir a alimentação adequada entre os direitos previstos na Constituição Federal; erradicar o analfabetismo; eliminar o trabalho escravo; combater o trabalho infantil; conseguir uma tributação justa e progressiva; garantir o acesso à água e continuar a luta pela Reforma Agrária. Fonte: CNBB Janeiro/Março 2010


QUARESMA

A caminho da Páscoa Não entenderíamos a Quaresma se não pensássemos na Páscoa. Fazemos um caminho para alcançar uma meta. Sem objetivo o nosso caminhar fica can­ sativo e é arriscado parar no meio, ou procurar atalhos e desvios mais atrativos. O acontecimento da Páscoa é o cen­tro da fé cristã. Doutrinas e normas somente se entendem a partir da novidade da Páscoa de Jesus. A sua morte na cruz e a sua ressurreição foram o primeiro anúncio dos apóstolos após a chegada do Espírito Santo, no dia de Pentecostes. Eles tiveram a coragem de gritar ao mundo o que tinha acontecido. Alguns acreditaram e mudaram de vida porque descobriram um novo sentido para a existência deles. Outros, na liberdade da busca, continuaram por outros caminhos. É justamente para nos ajudar sempre a entender e a acreditar de maneira nova e melhor na Páscoa de Jesus, com mais entusiasmo e alegria, que a Igreja nos convida a viver intensamente o tempo da Quaresma. Quarenta dias para “refazer” um caminho. Para nos deixar questionar novamente pelo evento pascal. Aliás esta é a prova se acreditamos ou não, de verdade, e não somos meros seguidores de um costume herdado, mas talvez nunca questionado, ou nunca escolhido com a seriedade que merece. Começamos a Quaresma com o sinal das cinzas em nossas cabeças. Apesar de querermos esconder a verdade e nos deixarmos seduzir por muitas conversas e propagandas, estamos todos conscien­ tes da nossa realidade mortal. As cinzas nos lembram a precariedade da vida. Não somos tão poderosos como pensa­ mos ser e menos ainda imortais. Por mais que brilhe a nossa estrela, não brilhará para sempre. Contudo não é para ficar tristes e nem desesperados. Um comportamento assim seria a conseqüência lógica de quem não tem fé e não enxerga nada além do túmulo. Ao contrário, tomar consciência da nossa transitoriedade nos obriga e estimula a viver bem a vida dando-lhe um sentido profundo que nos faça, inclusive, ser felizes agora e sempre. Como? No início da Quaresma nos são propostas três “obras” quaresmais: a esmola, o jejum e a oração. Tudo isso feito sem alarde para ser algo de gratuito; feito para agradar a Deus e não aos homens. Se chamarmos atenção, diz o

evangelho, “já recebemos a nossa recompensa”: os aplausos e as manchetes dos homens! A esmola nos obriga a avaliar os nossos relacionamentos com os outros. Podemos usar das nossas capacidades e dos nossos recursos materiais e espirituais para construir fraternidade, como também para explorar, enganar, buscar somente o nosso lucro e interesse. Nesse caso fica claro que a “esmola” deve ser entendida como uma verdadeira ge­ nerosidade, uma atenção aos irmãos po­ bres e sofredores. Sem esse olhar carinhoso e sem essa sensibilidade a nossa vida ficará presa em nós mesmos e em nosso egoísmo. O jejum não tem nada ver com os regimes tão badalados. Ele diz a respeito de nós, da honestidade com a nossa pessoa. É renúncia mesmo; é escolha do que consideramos mais importante na nossa vida deixando de lado o que nos prende e condiciona, sufocando a nossa liberdade de fazer o bem. Para sermos livres precisamos poder escolher, mas não qualquer coisa e de qualquer jeito. Liberdade verdadeira é saber escolher o

bem conscientemente e fadigosamente. Se não sabemos dar um basta a certas situações elas exigirão cada vez mais de nós, e ficaremos cada vez mais “dependentes” delas em lugar de ficarmos mais livres e felizes. Por fim, a oração. Ela diz a respeito do nosso relacionamento com Deus. Afinal quem é Ele para nós? O que representa na nossa vida? Se tivermos medo dele, cumpriremos obrigações e faremos esforços para agradá-lo e conseguir favores. Um Deus “inimigo”, imprevisível e caprichoso, que compete com o homem, não é o Deus de Jesus Cristo. Ao contrario é o Deus-amor que prefere morrer a matar os seus perseguidores. Um Deus que não se defende, porque se entrega até o fim. A oração nos pede mais que palavras, mais que louvores cantados ou gritados, nos pede o silêncio da interiorização, o silêncio do quarto – também da igreja e da liturgia - onde nos colocamos com a nossa pobreza na frente daquele que é o Senhor da vida, porque, com a sua Páscoa venceu, uma vez por todas, a morte. Fonte: CNBB Janeiro/Março 2010


CNBB

Parlamentares destacam o trabalho da CNBB frente ao Projeto Ficha Limpa

Na manhã de 18 de março, na capela Nossa Senhora Aparecida, na sede da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, aconteceu a Missa dos Parlamentares, evento tradicionalmente promovido pela Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB. Estiveram presentes vários Deputados Federais e Senadores, e con-

tou também com a participação do novo subsecretário adjunto geral da CNBB, padre Antônio Silva da Paixão, nomeado pelo secretário geral da Conferência dos Bispos, dom Dimas Lara Barbosa, na quinta-feira, 11, no término da reunião do Conselho Permanente. Na missa foram citados os apóstolos Mateus, Marcos e Lucas, e a vida consagrada de João. “João, além de

uma grande pessoa, serviu como um historiador fiel da vida de Jesus Cristo”, explicou o padre José Ernanne Pinheiro, assessor político da CNBB. Na homilia também houve desta­que para a fé baseada em obras, demonstrando que o ser humano deve-se preo­-cupar em seguir dignamente e eticamente a sua vida, ajudando o próximo, e se preparando para alcançar a glória eterna. “Reafirmamos que a Salvação em Jesus Cristo deve ser amplamente divulgada. Devemos ser propagadores da Palavra e não apenas receptores dela, para que a vida cristã seja vivida de forma plena”, ressaltou padre Ernanne. Os parlamentares destacaram o trabalho da CNBB frente ao projeto Campanha Ficha Limpa, que tramita no Congresso, e destacaram também a sessão solene que acontecerá no dia 23, na Câmara dos Deputados, em celebração ao lançamento da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010.

Nota da CNBB pela morte da Drª Zilda Arns A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB - recebeu, com dor profunda, a notícia da morte da Drª Zilda Arns, médica pediatra, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ocorrida na terça-feira, 12 de janeiro, vítima do trágico terremoto que se abateu sobre o Haiti.Drª Zilda devotou-se, com amor apaixonado, à defesa da vida, da família e, de modo muito especial, ao cuidado das crianças empobrecidas.Cidadã atuante, Drª Zilda conquistou respeito e credibilidade junto à sociedade brasileira e internacional, por suas posições claras e firmes em favor de políticas sociais, especialmente as da saúde. Foi ainda uma das sanitaristas mais respeitadas e comprometidas com o movimento da reforma sanitária brasileira, que culminou com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). A obra fundada por ela, inspirada na fé cristã, haverá de continuar no trabalho abnegado dos mais de 260 mil líderes que, cotidianamente, se dedicam à causa da criança e da pessoa idosa. Em missão no Haiti, a convite da Conferência dos Religiosos e de autoridades civis daquele país, Drª Zilda se despediu, no pleno exercício da causa em que sempre acreditou. Ela buscou realizar na prática a missão de Jesus: ”Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). A CNBB agradece a Deus por ter tido, em seus quadros, esta personalidade tão virtuosa que muito dignificou a Igreja no Brasil. A CNBB se une ao querido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, irmão da Drª Zilda, aos outros irmãos, filhos, netos, demais familiares e amigos, na prece solidária e na certeza de que a ela será dado gozar as alegrias eternas, reservadas para todos que, nesta vida, souberam amar a Deus servindo os irmãos.

Janeiro/Março 2010


SEMANA SANTA

Liturgia da Semana Santa Na Semana Santa, celebramos os acon­ tecimentos finais da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. No Domingo de Ramos, a Igreja come­ mora a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém para realizar o seu ministério pascal. Aqueles que reconhecem em Je­sus o enviado do Pai, o proclamam Ven­­cedor e os que negaram aceitá-lo, pensam em condená-lo. Os ramos que carregamos testemunham que nós aceitamos este senhorio e, se os guardarmos durante todo o ano, é sinal e lembrete de que devemos ser sempre fiéis ao nosso compromisso de fé pelo exemplo de vi­ da guiada pelo evangelho. Na Quinta-feira Santa, o Bispo celebra com o seu presbitério e são abençoados os santos óleos dos Enfermos, dos Catecúmenos e do Crisma, sinal de comunhão dos presbíteros a serem fiéis ao seu ministério e convida-os a renovarem publicamente as Promessas Sacerdotais. Na Ceia, Cristo celebrou com seus discípulos e anunciou o sacrifício novo, em que Ele, estava oferecendo a sua própria vida. Mandou que seus seguidores perpetuassem, pelo ritual da Ceia fraterna, a memória do que Ele próprio fez. Além das Instituições da Eucaristia e do Sacerdócio, Cristo nos deixou o Mandamento do Amor, lavando os pés dos discípulos disse: “ Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, vós também façais” ( Jo 13,15) . Lavar os pés é servir com amor ao irmão sem olhar se ele é maior ou menor. É atender às necessidades. É cumprir o dever imposto pela delicadeza. Após a comunhão, a Santíssima Eucaristia é le­vada solenemente a uma capela previamente preparada e diante da qual os fiéis passarão momento de oração. Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, o silêncio, o jejum e a revisão da vida marcam este dia em que comemoramos a Paixão e a Morte de nosso Salvador. Neste dia não celebramos o sacrifício eucarístico (a Missa). Por isso, na quinta-feira Santa, são consagradas mais hóstias a fim de que possamos comungar na celebração da Paixão do Senhor. Às 15h, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tardias, procede-se à celebração em Paixão do Senhor que conta de três partes: Liturgia da Palavra, adoração da Cruz e Comunhão Eucarística.

A liturgia deste dia nos fará ver mais as exigências de uma vida de amor conforme o ensinamento de Cristo. A Liturgia da Palavra é encerrada com a oração universal. Terminada a oração universal, faz-se a solene adoração da Santa Cruz. Evidentemente a adoração não dirige à Cruz (objeto), mas à pessoa de Cristo, Salvador do mundo. Na terceira parte desta celebração da Paixão do Senhor temos a comunhão que nos coloca em contato com a presença do Cristo, vivo e glorioso. Comun­ gar, neste dia, é saber lutar, aceitar e vencer com coragem. É contar sempre com a ajuda de Deus presente e Salvador, do Cristo novo e ressuscitado, em todas as ocasiões de nossa vida, certos da vitória, se colaborarmos com Deus, a exemplo do Filho de Deus. No Sábado Santo, a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, mediante sua Paixão e Morte, e abstendo-se do sacrifício da Missa, até que, após a solene Vigília em que espera a Ressurreição, se entregue ás alegrias da Páscoa que transbordarão por cinquenta dias. Nesta Noite Santa, estamos acordados para celebrar a ressurreição de Jesus, que se torna o Senhor do Universo pela sua vitória sobre a morte. Abençoaremos o Fogo, luz que ilumina e nos faz ver o sinal do Cristo que se disse e é a “verdadeira luz do mundo”. Nesta noite a luz renasce para guiar os nossos passos. Quando estivermos atravessando as lutas da vida e até mesmo da morte,

lembremo-nos da vitória de Cristo e reanimemos nossa esperança. Ele está vivo e permanece vencedor do pecado através dos séculos. Cada vez que, entrando na Igreja, virmos o Círio Pascal aceso solenemente ou de modo mais simples – como velas juntos ao altar – lembremo-nos do Cristo Ressuscitado. Após a bênção do fogo novo, o Círio é introduzido na igreja e colocado junto à estante donde se faz a proclamação da Páscoa. Terminada as leituras e o anúncio do Evangelho, faz-se a homilia e procede-se à Liturgia batismal. Cristo, com a sua ressurreição inaugura uma vida nova e se torna fonte de vida para todos os homens, que crendo recebam o batismo. A água em que se mergulha o Círio aceso é sinal da luz que deve guiar a vida daqueles que professam sua fé em Cristo e aceitam viver como filhos da Igreja. Na Ressurreição do Senhor, festa máxima do cristianismo, celebramos a vitória de Cristo,Senhor do universo e salvação de todos os homens. A glória de Cristo é também penhor de nossa vitória, se O seguimos. Vivamos como ressuscitados em Cristo, para darmos testemunho desta realidade. A salvação será plena na glória da ressurreição, mas o reino de Deus já está presente e se manifesta pela Igreja fiel aos ensinamentos de Jesus de Nazaré. Unidos a Cristo, podemos dizer: Ressuscitei! Fonte: CNBB

Janeiro/Março 2010


ANO SACERDOTAL

Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote (primeiras impressões de ser padre)

Em todo tempo e lugar Deus concede aos seus graças necessárias para salvação e santificação. Quer por sinais e acontecimentos, quer suscitando profetas (batizados) e sacerdotes cuja missão não é outra senão do anuncio do Evangelho. Isso para dizer que mesmo vivendo num período de crise, catástrofes e materialismo (não podeis servir a Deus e ao dinheiro) a face de Deus continua voltada para nós providenciando meios eficazes para que sua graça nos alcance. E somos provas vivas alcançadas pela misericórdia de Deus. De modo particular chamo atenção para o fato de ter sido ordenado presbítero no ano sacerdotal, onde a Igreja propõe para todos os padres uma redescoberta de sua vocação. Diz uma das orações do rito de ordenação não descuides do dom de Deus, dito de outro modo somos sacerdotes das coisas de Deus, dos mistérios de Cristo e isto não pode ser descuidado.

Ter sido ordenado num contexto de valorização da vocação sacerdotal foi algo providencial de Deus, pois vivemos numa situação justamente de desvalorização das coisas sagradas, da vida e da criação. Quando se formado numa perspectiva positiva você encara a vida com outros olhos, os desafios são enfrentados de frente porque o seu referencial é a fidelidade de Cristo sacerdote, uma vida de oblação, de perene entrega ao Pai que aceita com gratuidade a oferta do seu Filho. Quando acordei na manhã após minha ordenação para celebrar a santa mis­sa, lembrei justamente da Sagrada Escri­ tura de modo particular da carta aos Hebreus que me diz Tu és sacerdote para sempre, essa frase ecoou dentro de mim de tal forma que o sacramento que me in­fundiu a graça sacerdotal está operando com toda a sua força. Rezei o santo sacrifício com todo ardor do meu co­­ração e continuo a rezar porque não

sou outra coisa senão sacerdote do altíssimo. As minhas impressões foram as melhores, a acolhida no presbitério, nas pa­ róquias e no cotidiano tem sido muito significativas. A diversidade de dons e carismas são evidentes nessa diocese; que pena que alguns não vêem isso co­ mo riqueza e ao invés de se colocar a serviço perde tempo se perguntando se esse é maior ou menor, mais importante ou menos importante. Como nos diz São Paulo somos um corpo, embora te­nhamos muitos membros e um não po­ de dizer para o outro que não precisa de você porque pertencemos a um mesmo corpo (1 Cor 12, 12-26). Que Deus permita a mim indigno ser­vo ser fiel nas alegrias e desafios do mú­ nus sacerdotal, para que o seu povo continue experimentando Deus por meio do sacerdócio, cuja finalidade é santificar, governar e reger. Pe. Flavio Silva dos Anjos

No Ano Sacerdotal, Dom Ercilio ordena novos sacerdotes No dia 06 de fevereiro de 2010, na Catedral Santo Antonio em Osasco, Dom Ercílio Turco, ordenou 5 sacerdotes para a diocese de Osasco. Com a presença dos fiéis de várias paróquias de nossa diocese, Dom Ercílio presidiu a Eucaristia, na qual ordenou os 5 novos sacerdotes. Rezemos para que os neo sacerdotes exerçam com fidelidade o ministério sacerdotal a eles confiados. Os 5 novos sacerdotes foram nomeados vigários paroquiais: • Pe. Alan Ramos do Nascimento – Área Pastoral São Vito – Osasco – Região Santo Antonio • Pe. Alexandre de Oliveira – Paróquia São Judas Tadeu – Itapevi – ­Região Barueri • Pe. Flávio Silva dos Anjos – Paróquia Nossa Senhora das Graças – Osasco – Região Santo Antonio • Pe. Helio Pedro de Souza – Paróquia Nossa Senhora das Graças – ­Vargem Grande Paulista – Região Cotia • Pe. Jorge Augusto M. Alexandre – Nossa Senhora de Nazaré – Osasco – Região Santo Antonio No dia 27 de fevereiro foram ordenados por Dom Ercílio Turco, 2 diáconos para o serviço da Igreja. São eles: Diácono Ely Rosa, nomeado para exercer o Ministério Diaconal na Catedral de Santo Antônio em Osasco e o Diácono Ewerton Leandro Queiroz Silveira, nomeada para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Jd. Piratininga em Osasco.

Publicação do Boletim informativo da Diocese de Osasco – Distribuição Gratuita – 9100 Exemplares Bispo Diocesano: Dom Ercílio Turco – Coordenação PASCOM: Pe. Adilson Dias Rampaso Coordenação, Editoração e Revisão: Pe. Reginaldo Machado Hilário – Editoração Eletrônica: Janio Luiz Malacarne Capa: Janio Luiz Malacarne – Colaboração: Ir. Maria da Paz Fone: (11) 3683-4522 – Fax: (11) 3683-7071 – Email: bio@diocesedeosasco.com.br – Cx. Postal: 56 – CEP: 06001-970 – Impressão: PAULUS

Janeiro/Março 2010


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