ANO XXV – Nº 213
Abril 2014
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Dia 27 de Abril Canonização de João XXIII e João Paulo II
No próximo 27 de abril, o Papa Francisco canonizará na Praça de São Pedro a João Paulo II e João XXIII. Publicamos alguns fatos, textos e orações para a devoção aos futuros santos. Págs. 6 e 7
Entrevista com Diácono Franco Aberlado
Novos Presbíteros são ordenados
Nesta edição • Divulgada a data oficial da JMJ2016
Cracóvia Pág. 8
• Quem foi o padre José de Anchieta?
Pág. 8
• Pe. Pedro celebra Jubileu de prata de ordenação sacerdotal Pág. 9 Em janeiro de 2014 chegou na Diocese de Osasco o diácono Franco Abelardo. Ele está incardinado na Arquidiocese de São Paulo, porém, foi acolhido “ad experimentum’” na diocese. Pág. 5
Aconteceu, dia 22/02 , na Catedral Santo Antonio, pela imposição das mãos de Dom Ercílio Turco e pela oração da Igreja, a ordenação presbiteral dos diáconos Pedro e Paulo. Pág.11
• Juventude se reúne em prol da evange-
lização Pág. 10
PALAVRA DO PASTOR
Espiritualidade Pascal Excepcionalmente não publicamos nesta edição a matéria de Dom Ercílio que se encontra enfermo e a seu pedido publicamos a matéria de Dom Orani sobre a espiritualidade pascal.
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om a celebração do tríduo pascal culminando na vigília do sábado para domingo, nós iniciamos o tempo pascal. Na realidade o evento pascal ilumina e motiva toda a vida cristã. É central em nossa espiritualidade. Por isso mesmo, “fazer Páscoa” anualmente é essencial para o cristão poder viver o seu dia a dia alimentado pela presença do Cristo Vivo e Ressuscitado.O Tríduo Pascal é a celebração da Páscoa sob três dimensões: a da instituição da Eucaristia na Última Ceia, o sacrifício de Cristo na Cruz derramando o seu Sangue Precioso e a Sua presença Ressuscitado anunciando a vida que venceu a morte! Nós iniciamos na quinta-feira santa à noite para concluirmos com a bênção final no sábado santo. E com essa celebração iniciamos a oitava da Páscoa abrindo o tempo pascal. Apesar de Jesus ter, antecipadamente anunciado que seria preciso passar pela paixão antes de entrar em sua glória (cf. Lc 24,26), os discípulos não tinham conseguido assimilar toda a dimensão e o sentido dos fatos ligados à paixão e morte do Mestre. O mistério da morte é sempre difícil de ser compreendido, mesmo quando iluminado pela fé na ressurreição. Era preciso que o Cordeiro de Deus fosse imolado para entrar na glória (cf. Jo 1,29).No querigma anunciado
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por Pedro na manhã de Pentecostes, fica evidente a vontade salvífica do Pai: “Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue pelas mãos dos ímpios, e vós o matastes, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou, libertando-o das angústias da morte, porque não era possível que ela o dominasse” (cf. At 2,23-24). Cristo crucificado torna explícito o simbolismo da serpente de bronze no deserto (cf. Nm 21,4-9): “Quando eu for levantado da terra, atrairei todos a mim” (cf. Jo 12,32). A celebração da Páscoa nos convida a morrermos com Cristo para com Ele entrarmos na vida nova por ele inaugurada (cf. Rm 6,8). O simbolismo nos conduz ao Batismo e à vida batismal, ao êxodo, ao retorno do exílio, a passagem do inverno para a primavera, porém agora atingindo a nova e eterna aliança no sangue de Cristo, vencendo o pecado que causa morte e levando a pessoa humana para a vida divina. A vivência do mistério pascal requer abandonar o velho fermento do pecado, da maldade, ou da iniquidade para nos tornar pães ázimos da sinceridade e da verdade (cf. 1Cor 5,7-8). Só então será possível inaugurar a vida nova com o novo fermento da graça e da fidelidade a Cristo. Com a Páscoa, estamos no centro da espiritualidade cristã. Muitas pessoas pensam neste tempo apenas como se fosse um feriado prolongado! Acabam perdendo a oportunidade de celebrar a Páscoa. Envolvida por esse ambiente consumista, a celebração da Páscoa, infelizmente, não constitui, para muitos cristãos, o acontecimento central de sua vida religiosa. Para tantos outros os eventos celebrados não passam de ritos tradicionais, quando muito acompanhados, mas não vivenciados. Falta-nos a iniciação “aos mistérios” de nossa fé! O respeito ao jejum, abstinência de carne já foi esquecido,
bem como o da contemplação e do silêncio na Sexta-Feira Santa. Nesse mundo plural sabemos que as festas, as orgias continuam como se nada estivesse ocorrendo. E muitos dos que estão nessa vida foram um dia por nós batizados. O mistério pascal constitui o fundamento e o centro, a chave de leitura do culto e da vida cristã. A liturgia, particularmente a Sagrada Eucaristia, é o memorial da morte e ressurreição de Cristo. Quando, na Última Ceia, Jesus conclamou seus discípulos a fazerem o que ele fez – fazei isto em memória de mim – estabeleceu não apenas um rito comemorativo, mas um compromisso de fidelidade. Por isso, aclamamos: “Todas às vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda”. Portanto, a ordem de Jesus “Fazei isto em memória de mim” vai muito além de mera repetição ritual comemorativa da Última Ceia: participamos realmente dos frutos da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Na Eucaristia Jesus se dá como alimento. Ele é o verdadeiro viático, isto é, o alimento da nossa peregrinação em busca do Reino definitivo. Quando celebramos o mistério da entrega total de Cristo por nós, nos comprometemos a dar nossa vida como oferta agradável ao Senhor. O Corpo dado por nós e o sangue por nós derramado selam nosso compromisso pessoal e definitivo de darmos também, nós,, a vida por Cristo e pelos irmãos em vista da transformação da sociedade humana.A páscoa de Cristo deve ser entendida como sinal e antecipação de um mundo novo, povoado por um povo novo num processo de regeneração universal. É o início do “oitavo dia”! Como discípulo de Cristo, o cristão deve ser novo fermento para nova humanidade.
À medida que celebramos a vida nova interiorizamos o mistério pascal e nos tornamos templos novos do Senhor. Não nos encontramos com um deus impessoal, genérico, motor imóvel, mas com o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. É preciso subir das coisas inferiores para as superiores, das realidades exteriores às interiores (cf. Cl 3,1-2). A espiritualidade pascal não se restringe ao tempo pascal. Necessariamente se expande por todo o ano litúrgico e se desdobra nas diferentes celebrações do mistério de Cristo, na certeza de que “se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais. A morte não tem mais poder sobre ele. Pois aquele que morreu, morreu para o pecado, uma vez por todas, e aquele que vive, vive para Deus. Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, no Cristo Jesus” (cf. Rm 6,8-11). A espiritualidade pascal nos convoca constantemente renovar a nossa adesão a Cristo morto e ressuscitado por nós: a sua Páscoa é também a nossa Páscoa, porque em Cristo ressuscitado é nos dada a certeza da nossa ressurreição. A notícia da sua ressurreição dos mortos não envelhece e Jesus está sempre vivo; e vivo é o seu Evangelho. “A fé dos cristãos observa Santo Agostinho é a ressurreição de Cristo”. Os Atos dos Apóstolos explicam-no cla-
ramente: “Deus ofereceu a todos um motivo de crédito com o fato de O ter ressuscitado dentre os mortos” (17, 31). A morte do Senhor demonstra o amor imenso com que Ele nos amou até ao sacrifício por nós; mas só a sua ressurreição é “prova certa”, é certeza de que quando Ele afirma é verdade que vale também para nós, para todos os tempos. Ressuscitando-o, o Pai glorificou-o. São Paulo assim escreve na Carta aos Romanos: “Se confessares com a tua boca o Senhor Jesus e creres no teu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (10, 9). A Páscoa é a exaltação ou glorificação do Crucificado. De fato, no Evangelho de João, Jesus exclama: “E quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim” (12, 32; cf. 3, 14; 8, 28). No hino inserido na Carta aos Filipenses, depois de ter descrito a profunda humilhação do Filho de Deus na morte de cruz, Paulo celebra assim a Páscoa: “Por isso é que Deus O exaltou e Lhe deu um nome que está acima de todo o nome, para que ao nome de Jesus, todo o joelho se dobre nos Céus, na Terra e nos Infernos, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor para glória de Deus Pai” (2, 9-11). Que a espiritualidade pascal nos insira na vivência das alegrias do Ressuscitado! Feliz Páscoa! Dom Orani João Tempesta Arcebispo do Rio de Janeiro
Publicação do Boletim Informativo da Diocese de Osasco Distribuição Gratuita (12500 Exemplares) Bispo Diocesano: Dom Ercílio Turco Coordenação e Editoração: Pe. Valdivino A. Gonçalves Colaboração: Irmã Leticia, Pe. Emerson Pedroso, Pe. Marcio José Pereira, Gil Ortiz, Cristiana Brito, Carol Gonzaga e Rogério Roque Revisão: Fátima Gazeta Editoração Eletrônica: Janio Luiz Malacarne Email: biodiocese@yahoo.com.br Pagina: www.facebook.com/bio.diocesedeosasco Cx. Postal: 56 – CEP: 06001-970 Edições passadas: http://issuu.com/biodiocese Impressão: PAULUS
Abril 2014
CATEQUESE DO PAPA FRANCISCO
Sacramento da Unção dos Enfermos
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ueridos irmãos e irmãs, gostaria de falar a vocês do Sacramento da Unção dos Enfermos, que nos permite tocar com a mão a compaixão de Deus pelo homem. No passado, era chamado “Extrema unção”, porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Falar, em vez disso, de “Unção dos enfermos” ajuda-nos a alargar o olhar à experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus. 1. Há um ícone bíblico que exprime em toda a sua profundidade o mistério que transparece na Unção dos enfermos: é a parábola do “bom samaritano”, no Evangelho de Lucas (10, 3035). Toda vez que celebramos tal sacramento, o Senhor Jesus, na pessoa do sacerdote, faz-se próximo a quem sofre e está gravemente doente, ou idoso. Diz a parábola que o bom samaAbril 2014
2. Este mandado é confirmado de modo explícito e preciso na Carta de Tiago, onde recomenda: “Está alguém enfermo? Chame os sacerdotes da Igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o enfermo e o Senhor o restabelecerá. Se ele cometeu pecados, ser-lhes-ão perdoados” (5, 14-15). Trata-se então de uma prática que já estava em vigor no tempo dos apóstolos. Jesus, de fato, ensinou aos seus discípulos a ter a sua mesma predileção pelos doentes e pelos que sofrem e transmitiu a eles a capacidade e a tarefa de continuar difundindo em seu nome e segundo o seu coração alívio e paz, através da graça especial de tal sacramento. Isso, porém, não nos deve levar a uma busca obsessiva pelo milagre ou na presunção de poder obter sempre e seja como for a cura. Mas é a segurança da proximidade de Jesus ao doente e também ao
idoso, porque todo idoso, toda pessoa com mais de 65 anos, pode receber este Sacramento, mediante o qual é o próprio Jesus que se aproxima. 3. Mas quando há um doente às vezes se pensa: “chamemos o sacerdote para que venha”; “Não, pois traz má sorte, não o chamemos”, ou “depois assusta o doente”. Por que se pensa isso? Porque há um pouco a ideia de que depois do sacerdote chegam os ritos funerais. E isto não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso; por isto é tão importante a visita dos sacerdotes aos doentes. É preciso chamar o sacerdote junto ao doente e dizer: “venha, dê-lhe a unção, abençoe-o”. É o próprio Jesus que chega para aliviar o doente, para dar-lhe força, para dar-lhe esperança, para ajudá-lo; também para perdoar-lhe os pecados. E isto é belíssimo! E não é preciso pensar que isto seja um tabu, porque é sempre bonito saber
que no momento da dor e da doença nós não estamos sozinhos: o sacerdote e aqueles que estão presentes durante a Unção dos enfermos representam de fato toda a comunidade cristã que, como um único corpo, se reúne em torno de quem sofre e dos familiares, alimentando nesse a fé e a esperança, e apoiando-lhe com a oração e o calor fraterno. Mas o conforto maior vem do fato de que ao tornar-se presente no Sacramento é o próprio Jesus que nos toma pela mão, acaricia-nos como fazia com os doentes e nos recorda que lhe pertencemos e que nada – nem o mal e a morte – poderá nos separar Dele. Temos este hábito de chamar o sacerdote para que venha aos nossos doentes – não digo doentes de gripe, de três, quatro dias, mas quando é uma doença séria – e também aos nossos idosos e dê a eles este Sacramento, este conforto, esta força de Jesus para seguir adiante? Façamos isso!
ritano cuida do homem sofredor derramando sobre suas feridas óleo e vinho. O óleo nos faz pensar naquele que é abençoado pelo bispo todos os anos, na Missa do Crisma, da QuintaFeira Santa, propriamente em vista da Unção dos enfermos. O vinho, em vez disso, é sinal do amor e da graça de Cristo que surge da doação de sua vida por nós e se exprimem em toda a sua riqueza na vida sacramental da Igreja. Enfim, a pessoa que sofre é confiada a um hospedeiro, a fim de que possa continuar a cuidar dele, sem poupar despesas. Ora, quem é este hospedeiro? É a Igreja, a comunidade cristã, somos nós, aos quais, todos os dias, o Senhor Jesus confia àqueles que estão aflitos, no corpo e no espírito, para que possamos continuar a derramar sobre eles, sem medida, toda a Sua misericórdia e a Sua salvação.
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FORMAÇÃO LITÚRGICA
Relato da Paixão na semana Santa
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onspiração contra Jesus, Última Ceia (Mt 26,1-29). Ao fazer Jesus predizer, bem no início, que o Filho do Homem seria entregue durante a Páscoa (um tipo de quarto anúncio da paixão), Mateus enfatiza a antecipação de Jesus. Na deslealdade de Judas e na unção de Jesus (Mt 26,1-16), o cenário do conluio contra Jesus é situado no palácio do sumo sacerdote Caifás, a fim de preparar o palco para o julgamento judaico, mais tarde. A soma paga (não simplesmente prometida) a Judas é especificada como trinta moedas de prata a fim de ligar-se a Zc 11,12. Os preparativos para a Páscoa (Mt 26,17-19) são narrados brevemente, passando-se diretamente à narrativa da Última Ceia (Mt 26,20-29). Mateus torna específica a identificação daquele que irá entregar Jesus (o que Marcos deixara obscuro). Judas não apenas é nomeado, mas também responde a Jesus chamando-o de “Rabi”, precisamente o título que Jesus proibira em Mt 23,7-8. Mt 26,14-27,66: Domingo de Ramos – Evangelho da Missa
Na celebração do Domingo de Ramos está centralizada na tradição jerosoluminatana da procissão de ramos, proveniente da Festa das Tendas (Sucot), que se torna o pano de fundo para a Entrada Triunfal de Jesus em Jerusalém e a tradição romana que orienta os fiéis com a liturgia da palavra para a celebração da Paixão do Senhor. A primeira parte consta do Evangelho que narra a Entrada de Jesus em Jerusalém (A, B ou C),
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seguido da procissão em honra de Cristo Rei (cf. Sl 118). A segunda parte narra-se o tema do Servo Sofredor na Primeira Leitura (Is 50,4-7), com o Salmo do Abandono na Cruz (Sl 21), a segunda Leitura é o Hino Cristológico de Fl 2,6-11 e a narração da Paixão segundo os Sinóticos (A, B ou C). Prisão, julgamentos judaico e romano, crucifixão, morte (Mt 26,30-27,56). No Getsêmani (Mt 26,30-56), a tendência de Mateus em evitar duplicações leva à omissão da oração de Jesus a fim de que, se fosse possível, aquela hora se afastasse dele (cf Mc 14,35). Mateus preenche também o esquema da oração de Jesus, em três momentos, verbalizando a segunda oração em 26,42 (fazendo eco à oração do Senhor de Mt 6,10). Na prisão (Mt 26,49-50), mais uma vez Judas se dirige a Jesus chamando-o de “Rabi”, e Jesus responde de um modo que mostra sua consciência do que Judas planejara. Visto que Mateus deixa claro (contrastando com Marcos) que foi um dos seguidores de Jesus que cortou a orelha do servo do sumo sacerdote, é moralmente importante que Jesus faça um comentário desfavorável sobre tal violência. Dizer que o Pai teria enviado mais de doze legiões de anjos se Jesus tivesse pedido (Mt 26,53). Tipicamente mateana é a ênfase em Mt 26,54.56 de que, naquilo que estava acontecendo, cumpriam-se as Escrituras, em harmonia com as inúmeras citações de cumprimento ao longo do evangelho. O julgamento judaico: Jesus é condenado pelo Sinédrio e insultado, enquanto Pedro o renega (Mt 26,57-27,1). Mateus inclui o nome do sumo sacerdote Caifás e destaca a iniquidade porque se disse que as autoridades procuraram um falso testemunho desde o início. A indicação de que duas testemunhas se apresentaram e a impossibilidade de qualificar o testemunho delas como falso (contraste com Marcos) indicam que, para Mateus, Jesus realmente disse: “Posso destruir o templo de Deus e edificá-lo depois em
três dias”. Essa afirmação e a nãorejeição do título de “Messias, o Filho de Deus”, constituem a base da acusação de blasfêmia. Mateus realça a ironia da negação de Pedro em conhecer Jesus no exato momento em que este confessa ser o Messias, o Filho de Deus, porque esse foi precisamente o título que Pedro confessou em Mt 16,16. O senso de ordem de Mateus apresenta três personagens diferentes (não duas, como em Marcos) a provocar as três negações de Pedro. O julgamento romano: enquanto Jesus é entregue a Pilatos, Judas procura evitar ser réu de sangue; Pilatos sentencia Jesus, que é, a seguir, escarnecido (Mt 27,2-31a). Nessa seção da narrativa da paixão deparamo-nos com episódios memoráveis, peculiares a Mateus. O fio narrativo permanece o mesmo de Marcos: o interrogatório ante Pilatos, Barrabas, a intervenção dos sumos sacerdotes e das multidões, a flagelação, a entrega para a crucifixão e a zombaria dos soldados romanos. Contudo, o material mateano torna o relato mais vívido e dramatiza a responsabilidade pela morte de Jesus utilizando a imagem do “sangue inocente”. Mt 27,3-10 interrompe o começo do julgamento romano com a história da reação de Judas à decisão dos judeus contra Jesus. Judas não quer ser responsável por sangue inocente (cf. Mt 23,34-35; Dt 21,9; 27,25). Tampouco os sumos sacerdotes o querem, de modo que eles usam as trinta moedas de prata pelas quais Judas vendeu Jesus para comprar o campo do Oleiro (cf. Zc 11,12-13; Jr 19,113; 32,9). O auto-enforcamento de Judas é paralelo ao suicídio de Aquitofel (conselheiro de confiança de Davi que foi ter com o rebelde Absalão, filho de Davi), a única figura do AT que se enforcou (2Sm 17,23). Exatamente como na narrativa da infância em Mateus havia revelações por meio de sonhos e os gentios mostravam-se sensíveis, enquanto as autoridades judaicas não o eram, aqui também a esposa de Pilatos recebe uma revelação onírica de
que Jesus é um justo (Mt 27,19). O título “o Rei dos Judeus” é também partilhado por essa cena e pela narrativa da infância. Pilatos lava as mãos para dar a entender que é inocente do sangue de Jesus; finalmente, porém, “todo o povo” diz: “O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos” (Mt 27,24-25). Não se trata de uma automaldição do povo judeu; é uma fórmula legal pela qual se assume a responsabilidade pela morte de alguém considerado criminoso. Mateus sabe o que o povo ignora, ou seja, que Jesus é inocente; então acredita que a responsabilidade (e punição) pela morte desse justo abateu-se sobre todo o povo judeu posteriormente, quando os romanos destruíram Jerusalém e o templo (daí a referência a “filhos”). A crucifixão e morte (Mt 27,31b-56). Mt 27,36 afirma que os soldados romanos que crucificaram Jesus sentaram-se e vigiaram-no; dessa forma, o centurião romano contava com companheiros (gentios) ao confessar que Jesus era verdadeiramente o Filho de Deus (Mt 27,54). O insulto das autoridades judaicas a Jesus crucificado (Mt 27,41-43) é ampliado para emparelhar-se com as Escrituras (cf. Sl 22,9; Sb 2,1718). As duas bebidas oferecidas a Jesus tornam-se vinho misturado com fel e vinagre (Mt 27,34.48) para equiparar-se ao fel e ao vinagre do Sl 69,22. A adição mateana de maior peso, mais uma vez de tipo vivaz, popular, expande poeticamente o que se passou quando Jesus morreu. Não somente o véu do santuário foi rasgado de cima a baixo, mas também a terra foi sacudida, as rochas fenderam-se, as tumbas abriram-se e muitos corpos de santos, que haviam adormecido, ressurgiram e, depois da ressurreição de Jesus (Mt 27,51-53), saíram dos sepulcros e apareceram na cidade santa. Esse é um modo bíblico de descrever os últimos tempos. Se o nascimento de Jesus foi marcado por um sinal dos céus (o levantar-se de uma estrela), sua morte foi marcada por sinais na terra (um tremor) e sob a terra (túmulos).
Sepultamento, vigilância do túmulo, abertura do túmulo, suborno dos guardas, aparições do ressuscitado (Mt 27,57-28,20). Enquanto o sepultamento, em Marcos, faz parte do relato da crucifixão, em Mateus a sequência é reorganizada para estabelecer uma relação mais direta entre o sepultamento e a ressurreição. Num esquema parecido com o da narrativa da infância, Mateus traz cinco subseções dispostas num padrão que se alterna entre a favor de Jesus, contra Jesus, a favor etc. (cf. Mt 1,18-2,23 e as subseções alternantes de José e Herodes). A narrativa do sepultamento (Mt 27,57-61) esclarece que José de Arimatéia era um homem rico e discípulo de Jesus. O posicionamento da guarda junto ao túmulo (Mt 27,62- 66), específica de Mateus, reflete intenções apologéticas destinadas a refutar a polêmica judaica contra a ressurreição. A cooperação de Pilatos com os sumos sacerdotes e os fariseus, usando soldados para acautelar-se contra a ressurreição/remoção do corpo de Jesus, assemelha-se ao acordo entre Herodes, os sumos sacerdotes e os escribas para mandar matar o menino Jesus (cf. Mt 2,16-18 + 2,4). A subseção intermédia dos cinco relatos, tanto da infância quanto do sepultamento/ressurreição, mostra a intervenção divina para frustrar a trama adversa, pois a história mateana do túmulo vazio (Mt 28,1-10: Vigília Pascal) é significativamente diferente. Houve um terremoto; um anjo desceu e rolou a pedra, enquanto os guardas foram tomados de medo e ficaram como mortos. A mensagem do anjo às mulheres sobre a vitória de Jesus provoca uma reação diferente daquela ante a mensagem em Marcos, pois elas correm com alegria para contar aos discípulos e, de fato, Jesus mesmo aparece-lhes. O modelo alternante das subseções agora volta a atenção para o suborno da guarda (Mt 28,11-15) pelos sumos sacerdotes e a mentira de que os discípulos roubaram o corpo. Fonte: Pe. Dr. Gilvan Leite de Araujo
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ENTREVISTA
Entrevista com o Diácono Permanente Franco Abelardo
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m Janeiro de 2014, chegou na Diocese de Osasco o diá cono Franco Abelardo. Ela está incardinado na Arquidiocese de São Paulo , porém , foi acolhido “ad experimentum’” na diocese . Nesta página ele conta um pouco sua história vocacional. Nascido em 1955, na cidade de São Paulo, filho de italianos que para cá vieram em busca de oportunidades de trabalho. A tradição católica sempre acompanhou a vida de sua família. É engenheiro eletricista formado pela FAAP em 1980. Na época da faculdade, lecionou Matemática e Física para conseguir pagar a Faculdade de Engenharia. Contudo após alguns anos, viveu a crise dos anos 80 e deixou a Engenharia e resolveu adquirir uma loja de material para construção, onde trabalhou por quase vinte anos. Casado com a Judite Teixeira, teve dois filhos: o Franco Teixeira e o Fabrício Teixeira (hoje com 32 e 28 anos). Com a venda da loja e seus filhos encaminhados profissionalmente, realizou um antigo projeto familiar que era o de sair da cidade de São Paulo. Isto realizou após conseguir a aposentadoria e uma razoável estabilidade econômica. E chegou em Carapicuíba! BIO: Conte um pouco a história de sua vocação.
Criado numa família católica, sempre mantive os princípios básicos da Igreja em minha vida pessoal e profissional. Hoje percebo a importância do ensinamento de Cristo: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo! Acredito que mesmo com algumas falhas, se-
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gui esse mandamento. A partir da catequese de primeira Eucaristia de nosso primogênito, eu e minha esposa passamos a participar com maior assiduidade às missas e outros eventos na paróquia Santos Apóstolos (região episcopal Brasilândia na arquidiocese de São Paulo). Com o tempo, o Pároco (saudoso Con. Dalto Caran) nos convidou para colaborar na Equipe de Preparação de Noivos. A partir daí, iniciamos a caminhada na comunidade. Com a ajuda de formações, encontros e a participação ativa na Igreja, fui um dos indicados pelo Padre a conhecer um pouco mais sobre a missão do diácono permanente, visto que Dom Cláudio Hummes, restaurou o Diaconato para homens casados na Arquidiocese (ano 2000). Após algumas reuniões e uma entrevista com Dom Gil Antonio Moreira (na época bispo auxiliar e coordenador das vocações), iniciei o Curso Propedêutico. Em 2001, aos 45 anos, iniciei os estudos de Teologia noturno (5 anos) na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (atualmente da PUC). Além da formação acadêmica, iniciamos a Formação Integral na recém inaugurada Escola Diaconal São José, dirigida pelo Padre Fernando Carneiro. Com a conclusão dos estudos e após o exame de Ordem, recebemos a Ordenação no Primeiro Grau da Ordem, pela oração e imposição das mãos de Dom Cláudio. BIO: Qual a diferença entre diácono transitório e diáco no permanente?
O Primeiro Grau da Ordem é um Sacramento e não há distinção para quem o recebe. O chamado Diácono “Transitório” é aquele vocacionado ao Sacerdócio que, após os estudos e a formação integral, exerce por um período esse ministério antes da Ordenação Sacerdotal (Segundo Grau da Ordem). Para o homem casado, o ministério do diaconato será exercido até o fim de sua vida, uma vez que a Tradição da Igreja não admite o sacerdócio para o “homem casado”. Por isso
a denominação de “permanente”, isto é até o fim de sua vida! Com relação ao serviço exercido, não há diferença sacramental ou pastoral. BIO: Quais são as exigências para ser diácono permanente? E em relação aos estudos?
Existem exigências pessoais, familiares, comunitárias e eclesiais para que o candidato seja aprovado a exercer o ministério. O documento “Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil”, doc. Nº96 da CNBB, estabelece nos ítens 135ss., essas condições aos aspirantes ao Diaconato. Algumas das exigências são: idade mínima de 35 anos; casados há pelo menos 5 anos; independência econômico-financeira; situação civil e profissão compatíveis com o ministério; engajamento em pastorais; capacidade de diálogo; etc. Lembramos que, cada diocese poderá estabelecer novas, ou alterar estas condições, em função de suas necessidades pastorais. Acredito que o principal é ser um homem de oração e que esteja disposto, juntamente com a família, a dedicar uma boa parte de sua vida na ajuda ao próximo. É colocar sua vida e seus dons ao serviço do Povo de Deus. Com relação aos estudos, recomenda-se uma formação teológica acadêmica adequada ao convívio com os desafios do mundo moderno e, que seja compatível com a dos padres. Por isso é necessária a formação integral, que desenvolve a espiritualidade do candidato. BIO: É fácil conciliar as obrigações da família com as funções da Igreja, pois, ambas exigem presença?
Não! Realmente não é fácil, mas possível, adequar os compromissos familiares e os eclesiais, e mais, o compromisso profissional! O diácono precisa desde o primeiro momento, ter em mente o equilíbrio entre essas três dimensões. Se uma delas falha, as outras não se desenvolverão a contento e podem comprometer
toda a caminhada vocacional e, infelizmente, até a vida familiar. Após 14 anos de vivência no diaconato (formação 6 anos e o exercício do ministério 8 anos), vimos diversos casos em que, perdido esse equilíbrio, muitos encontraram dificuldades para restabelecê-lo. Bio : Além do ministério próprio do diácono, o que mais ele pode fazer na comunidade? O ministério do diácono é compreendido pela graça sacramental, servem o Povo de Deus na diaconia (serviço) da Liturgia, da Palavra e da Caridade, sempre em comunhão com o Bispo e seu Presbitério (conforme LG, nº29). Além do serviço litúrgico exercendo as funções que lhe competem, o diácono contribui com a evangelização nas celebrações da Palavra, nas exéquias, nos batizados e nos matrimônios. Entretanto, é na vida pastoral da comunidade que o diácono exerce o serviço da Caridade, participando ativamente nos diversos movimentos e pastorais, utilizando seus dons e carismas, principalmente nos ambientes que envolvem a família, o trabalho e a assistência aos mais necessitados. Temos exemplos de diáconos que se identificam com a Pastoral da Saúde, outros com as pastorais sociais (trabalho, educação, universidade, etc.) ou com os movimentos. Já outros que têm experiência administrativa colaboram efetivamente nas paróquias. Todas estas e outras atividades, sempre serão realizadas com o acompanhamento do sacerdote em nível paroquial e/ ou do Bispo, em nível diocesano. BIO: Quem é solteiro pode ser diácono permanente?
De acordo com o documento “SACRUM DIACONATUS ORDINEM” de Paulo VI, publicado em 1967, é permitido aceitar candidatos solteiros ao Diaconato Permanente. Contudo, no decorrer dos anos, os bispos vêm possibilitando esse Ministério apenas aos candidatos casados. A prática tem demonstrado que a vocação diaconal é melhor
exercida por homens casados. Se o jovem sente atração à vida religiosa, recomenda-se o caminho do sacerdócio. BIO: Qual a paróquia em que o senhor está exercendo o diaconato?
Atualmente recebi a provisão, isto é a autorização do uso de ordens, na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Carapicuíba. Contudo, continuo incardinado na Arquidiocese de São Paulo. Tenho muito a agradecer ao Padre Edileis que, num primeiro momento, me acolheu como paroquiano e prontamente me auxiliou e incentivou a obter a permissão para exercer as atividades nesta diocese. Muitos paroquianos também me aceitaram e oraram para que tudo corresse bem. BIO: O senhor é o primeiro diácono permanente da diocese de Osasco! Quais foram suas primeiras impressões de nossa diocese?
Quanto à Diocese de Osasco, tenho participado de missas em diversas paróquias e, tenho notado uma especial atenção dos padres e ministros com relação à Liturgia e à Palavra. Também recebi dos padres uma acolhida fraterna: todos me receberam com atenção e carinho, e espero que na medida do possível contribua com meu trabalho e dedicação à abertura dada ao Ministério do Diácono casado. Vejo um enorme campo de trabalho pastoral, principalmente junto aos menos favorecidos pela sociedade. A Igreja do século XXI decidiu sair ao encontro de todos e toda contribuição, dos leigos (as) e ministros ordenados, será necessária para realizarmos a missão a nós confiada por Cristo. Sinto um grande peso com a responsabilidade de ser o “primeiro servidor ordenado e casado” nesta Diocese. Que Deus me ajude e que a intercessão de Maria, mãe de Deus, Santo Antônio (padroeiro da Diocese), Santa Rita de Cássia, somadas às orações de todos, me ajudem a exercer dignamente meu ministério.
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CANONIZAÇÃO DOS PAPAS
27 de abril: João Paulo II e João XXIII, santos No dia 27 de abril, o Papa Francisco canonizará na Praça de São Pedro a João Paulo II e João XXIII. Publicamos alguns fatos, textos e orações para a devoção aos futuros santos. Fonte: www.opusdei.org.br
Oração para pedir a intercessão de João XXIII
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ou graças a Deus porque desde sempre te escolheu para tão altos mistérios, e te adornou com as virtudes da caridade, pobreza, humildade e obediência. Peço-te que nos alcance a paz para todos os povos, a unidade das igrejas, a caridade para todos os homens. Tu, o Papa Bom, ajuda-nos a viver como verdadeiros filhos de Deus, como fiéis discípulos de Jesus e apóstolos de sua palavra. Peço-te de modo especial por todas as famílias para que sejam santuário de vida e amor, bendize-as e livra-as de todo mal. Intercedei por todos nós em união com nossa Mãe Santíssima. Amém.
Fatos de João XXIII
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uando lançaram o primeiro foguete à Lua com sua alunissagem, os jornais publicaram a notícia com grande impacto e títulos sensacionalistas espetaculares. O Papa João XXIII limitou-se a com entá-lo com seus íntimos, movendo lentamente a cabeça enquanto exclamava várias vezes: “Há tanto que fazer na Terra! Há tanto que fazer!” Contava um bispo francês que, ao final da primeira sessão do concílio, um dia falou com João XXIII sobre o discurso de abertura, e o Papa lhe dizia: “A verdade é que no discurso de abertura que dirigi aos bispos ao começar o concílio, não havia visto tantas coisas como depois, estudandoo, os bispos encontraram. Sem dúvida, agora quando o releio, eu também as encontro...Vê-se que o Espírito Santo é mais esperto que todos nós”. Um dia regressava ao Vatica-
no com seu secretário depois de visitar um asilo de idosos e de terlhes presenteado com algumas lembranças. Ao passar diante de uma casa, o secretário mostrou-a e disse: “Santidade, nesta casa vive o professor Lolli, redator do Observatório Romano. Sua esposa está muito doente. Não poderia enviar-lhe uma bênção?” O Papa contestou: “É difícil mandar uma bênção pelo ar, Dom Loris. Não é melhor levá-la pessoalmente?” E, sem avisar, como tantas vezes fazia, estava batendo à porta do editor do diário para levar-lhe a bênção em pessoa... No princípio de seu pontificado, João XXIII teve que posar para os fotógrafos, para que estes fizessem as fotografias oficiais do novo Papa. Em uma ocasião, imediatamente depois de posar ante as câmaras, recebeu em audiência a monsenhor Fulton
Sheen, que era um bispo muito conhecido nos Estados Unidos, porque pregava na televisão. Ao saudá-lo, João XXIII lhe disse com toda simplicidade: “Olhe, Deus nosso Senhor já sabia muito bem, há setenta e sete anos, que eu haveria de ser Papa. Não poderia fazer-me mais fotogênico?” Contam que em sua primeira noite como Pontífice pediu ao cardeal Nasalli que ficasse para jantar com ele. Porém o purpurado lhe disse que era costume que os papas comessem sozinhos, ao que o recém eleito respondeu: “Tão pouco como Papa vão deixar-me fazer o que me dá na telha!”. O cardeal, aceitando o convite perguntou: “Santidade, posso trazer champanhe?”. João XXIII respondeu: “Sim, por favor, porém não me chame de Santidade, porque cada vez que assim o faz me parece que está me provocando!”.
O “Decálogo da serenidade” de João XXIII 1. Só por hoje, tratarei de viver exclusivamente o dia, sem querer resolver o problema de minha vida de uma vez. 2. Só por hoje, terei o máximo cuidado com meu aspecto; tratarei de ser cortês; de não criticar a ninguém e nem pretender disciplinar a ninguém, senão a mim mesmo. 3. Só por hoje, serei feliz na certeza de que fui criado para a felicidade, não só no outro mun-
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do, mas neste também. 4. Só por hoje, me adaptarei às circunstâncias, sem querer que as circunstâncias se adaptem aos meus desejos. 5. Só por hoje, dedicarei trinta minutos de meu tempo a uma boa leitura recordando que assim como o alimento é necessário para a vida do corpo, a boa leitura, é necessária para minha mente e espírito.
6. Só por hoje, farei uma boa ação a favor de alguém e que somente eu saberei. 7. Só por hoje, farei duas ações positivas que não sejam de meu agrado e procurarei que ninguém saiba. 8. Só por hoje, farei pelo menos uma coisa que não desejo fazer; e se me sentir ofendido em meus sentimentos, procurarei que ninguém saiba.
9. Só por hoje, farei um programa detalhado. Talvez não o cumpra inteiramente, porém o escreverei. E tomarei cuidado de duas calamidades, a pressa e a indecisão. 10. Só por hoje, não terei temores, não terei medo de gozar do que é belo e de crer na bondade. Posso fazer durante um dia o que me desencorajaria se pensasse ter de fazê-lo durante toda a minha vida.
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CANONIZAÇÃO DOS PAPAS
Fatos de João Paulo II
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m sua última celebração do Corpus Christi que presidiu em 2004, o Papa já não podia andar, de forma que teve de fixar sua cadeira à plataforma do veículo colocado para a procissão. Diante dele, sobre o genuflexório, exibia-se o ostensório com o Santíssimo Sacramento. Pouco depois da partida, João Paulo II dirigiu-se a um dos mestres
de cerimônias e lhe perguntou se podia ajoelhar-se. Com delicadeza, este explicou que era demasiado arriscado, dado que o percurso era bastante acidentado e isso diminuía a estabilidade do veículo. Passados alguns minutos o Papa repetiu: “Queria ajoelhar-me”. Responderam-lhe que esperasse que o piso ficasse melhor. Uns
instantes depois disse: “Ai está Jesus, por favor!” Os dois mestres de cerimônia o ajudaram a ajoelhar-se no genuflexório. Como não podia sustentar-se com as pernas, o Papa tentou segurar aferrando-se a borda do carro, porém, quase de imediato, tiveram que sentá-lo novamente na cadeira. Conta o Cardeal Coppa, sobre uma viagem do Papa à República Checa no ano de 1995, quando já começava a usar bengala por causa de sua saúde: “A primeira noite daquela viagem, após voltar do jantar com os bispos, desceu à capela do Santíssimo. As irmãs haviam preparado para ele um grande genuflexório, porém preferiu rezar em um dos bancos habituais. Eu o acompanhava, esperando-o fora da capela. Cheguei em seguida, quando já
estava ajoelhado. Antes de entrar escutei uma música diferente, e quando abri ,silenciosamente a porta, escutei como, ajoelhado no banco, cantava ante o tabernáculo. Nunca esqueci este delicado canto, que era como um colóquio de amor com Cristo...” Um dia, D. Álvaro Del Portillo, Prelado do Opus Dei, esperava para ser recebido em audiência por João Paulo. Ao ouvi-lo chegar, notou que arrastava os pés. O Prelado comentou: “Que cansado estás, Santidade!”. Ao que o Papa replicou de imediato: “Se a estas horas da noite, o Papa não estivesse cansado seria porque hoje não havia cumprido com seu dever”. Em 1994, a revista TIME nomeou João Paulo II como “Homem do ano”. Seu porta-voz mostrou-lhe a capa da revista e
o Papa a devolveu. Seu assessor a mostrou de novo e o Papa de novo a devolveu. “Santidade, não gosta da revista?, perguntou-lhe. “Talvez – disse – é que gosto demais”. Em 2001 o Papa realizou uma viagem histórica à Grécia, onde pode reunir-se com os bispos ortodoxos. Em um dos encontros com o Arcebispo de Atenas, Sua Beatitude Christodoulos, João Paulo comentou que tinha um grande desejo de rezar o Pai Nosso com ele em grego, e ele também quis, e o rezaram juntos em voz alta. Este gesto importante – fazia dez séculos que não acontecia algo assim – não foi de improviso: o Papa, antes da viagem, havia recitado durante vários dias o Pai Nosso em grego, para aprendê-lo.
Frases de João Paulo II
“A
violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.” “Só quem conhece a excelên-
cia do perdão pode julgar o seu semelhante.” “Ser Santo é lutar contra o pecado de todos os Dias” “Não se trata apenas de saber
o que Deus quer de cada um de nós nas várias situações da vida. O individuo deve fazer o que Deus quer”. “O ser humano sem Deus não pode compreender a si mesmo; como, também, não poderá realizar-se sem Deus.” “A vocação do cristão é a santidade, em todo momento da vida. Na primavera da juventude, na plenitude do verão da idade madura, e depois também no outono e no inverno da velhice, e por último, na hora da morte.” “Pouco importam expressões como Sumo Pontífice, Vossa Santidade, Santo Padre. Importa
o que provém da morte e da ressurreição de Cristo.” “Não digam que é vontade de Deus que vocês fiquem em uma situação de pobreza, doença, má habitação. Isso contraria sua dignidade de pessoas humanas. Não digam “é Deus quem quer”. “Quando escutamos peças de músicas que têm algo de sublimeespontâneamente reconhecemos nessas manifestações do gênio humano um luminoso reflexo do espírito de Deus. “O futuro da humanidade passa pela família Só ela salva. “ “Somos peregrinos nessa terra... Não sabemos até quando! Devemos encarar a Vida...Não
com tristeza, mas com seriedade e esperança.” “A liberdade não é somente um direito que se reclama para si próprio: Ela é também um dever que se assume em relação aos outros.” “O homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si próprio um ser incompreensível e a sua vida é destituída de sentido, se não lhe for revelado o amor, se ele não se encontra com o amor, se o não experimenta e se o não torna algo seu próprio, se nele não participa vivamente. No amor o homem reencontra a grandeza, a dignidade e o valor próprios da sua humanidade.”
Oração para pedir a intercessão de João Paulo II
Ó
Trindade Santa, nós Vos damos graças por ter concedido à Igreja o Papa João Paulo II e porque nele refletiste a ternura de Vossa paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor. Ele, confiando totalmente em Vossa infinita misericórdia e na maternal intercessão de Maria, nos mostrou uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade, alto grau da vida cristã ordinária, como caminho para alcançar a comunhão eterna convosco. Concedei-nos por sua intercessão, e se for da Vossa vontade, o favor que imploramos, com a esperança de que seja prontamente incluído no número de teus santos. Amém.
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NOTÍCIAS
Alteração no Episcopado Brasileiro
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papa Francisco nomeou no dia 06/03, dom Antônio Carlos Félix como bispo de Governador Valadares (MG), transferindo-o da diocese de Luz, no mesmo estado. A diocese estava vacante após a renúncia de dom Werner Siebenbrock, por motivos de idade, em conformidade com o Código de Direito Canônico. Já no dia 26 de fevereiro, nomeou o monsenhor José Carlos de Souza Campos como bispo da vacante diocese de Divinópolis (MG).
Após perder a virgindade, e não estar casada, nem mesmo estar mais com a pessoa, ainda posso usar o véu na santa missa, e comungar de joelhos? Este pecado cometido é considerado grave, mortal? Responde: Pe. Cido Pereira Vigário Episcopal para a Pastoral da Comunicação em São Paulo, Diretor do jornal “O São Paulo” e apresentador do programa Bom dia Povo de Deus na rádio católica 9 de Julho.
Divulgada a data oficial da JMJ 2016 Cracóvia
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e 26 a 31 de julho de 2016: é esta a data oficial da Jornada Mundial da Juventude que se realizará em Cracóvia. De
Pergunte ao Padre
20 a 25 de julho, por sua vez, acontecem “As jornadas nas Dioceses”. É o que foi publicado no site oficial da JMJ polonesa (www.krakow2016.com) que traz também um programa em suas linhas gerais. Na terça-feira, 26 de julho, será realizada a cerimônia de abertura, o Festival da juventude. De quarta-feira, 27, a sexta-feira, 29 de julho, as catequeses. Na quinta-feira, dia 28, está prevista a acolhida do Papa, e na sexta-feira à noite (29), haverá a Via Sacra.
Sábado, dia 30, é o dia da vigília, e domingo, 31 de julho, a missa de encerramento com o envio e o anúncio da próxima edição internacional da JMJ. O site informa ainda que nos últimos dois dias, a comissão está trabalhando com a presença de 2 milhões de jovens. 300 mil estão sendo esperados nos “Dias das Dioceses”, ou seja os momentos de estreitar os laços dos jovens do mundo com as 43 Dioceses polonesas. Fonte: Rádio Vaticano
Ter perdido a virgindade faz a jovem apenas perder a graça de Deus, graça que você recupera com uma sincera confissão ditada pelo desejo de uma vida nova. Ter perdido a virgindade não faz a pessoa perder a filiação divina. Ela continua sendo amada por Deus. Deus não desiste de nenhum de seus filhos. Quanto ao uso do véu, quanto ao comungar de joelhos, trata-se de costumes uma vez exigidos pela Igreja e que hoje não são mais exigidos. Se faz bem à pessoa comungar de véu e de joelhos, vá em frente, e ninguém tem o direito de julgar a pessoa conservadora ou não. Embora não signifiquem mais ou menos santidade de vida, embora não signifiquem maior ou menor respeito para Jesus sacramentado. Há pessoas que gostam e se sentem bem usar o véu e comungar de joelhos. O que não se pode é achar que quem não usa o véu e comungue de joelhos sejam mais certos ou mais santos dos que os que não fazem esse gesto. Sabe ..., há uma outra coisa que eu quero dizer a você, para que você oriente outras pessoas também. Muitas meninas, levadas pelos apelos ao sexo tão fortes no mundo de hoje, após perderem a virgindade ficam confusas, ficam envergonhadas, ficam com remorso. Confusão, vergonha, remorso não significa arrependimento. O verdadeiro arrependimento leva a pessoa a voltar-se para Deus e repensar a sua vida. E saiba que Deus não deixa de amar a nenhum de seus filhos. Lembremo-nos do que nos ensina o Papa Francisco: “Deus não se cansa de perdoar”. Nós é que nos cansamos de pedir perdão. Fique com Deus irmãzinha... Faça sua pergunta ao padre: biodiocese@yahoo.com.br
Quem foi o padre José de Anchieta?
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os primeiros dias de abril deste ano, o papa Francisco proclamará “santo” o padre José de Anchieta, um missionário que marcou profundamente o Brasil nos seus inícios. Anchieta nasceu em San Cristobal de la Laguna (Canárias), em 19.03.1534. Desembarcou em Salvador no dia 13 de julho seguinte, ainda noviço e com apenas 19 anos de idade. Após um breve período de adaptação, acompanhou o Padre Nóbrega para a nova missão de Piratininga, onde chegaram em 24 de janeiro de 1554; no dia seguinte, festa litúrgica da Conversão do apóstolo São Paulo, foi celebrada a primeira missa nesta missão, que recebeu o nome de
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São Paulo, em homenagem ao Apóstolo-missionário. No dia 6 de junho de 1566 recebeu, na catedral de Salvador, a ordenação sacerdotal. Tinha então, quase 32 anos de idade. Em 1576, tornou-se o quinto provincial da Companhia de Jesus no Brasil, ocupando esse cargo até 1587. Em 1587, deixando o cargo de superior provincial, respondeu por vários anos, como reitor, pelo colégio de Vitória. Ali começou a sentir mais fortemente a doença que o levaria à morte em 9 de junho de 1597, Seu corpo foi levado para Vitória, para os solenes funerais, durante os quais, ele já foi reconhecido como ”apóstolo do Brasil”.
Presença de Anchieta nas cidades da região
Barueri (Fundado pelo padre José de Anchieta em 11 de novembro de 1560, o aldeamento de Baruery se desenvolveu após a construção da capela de N. Sra. da Escada, que se tornou a padroeira da cidade. Atualmente a cidade de Barueri possui uma Igreja dedicada ao padre José de Anchieta que fica localizada na Avenida Zélia , 713 – Parque dos Camargos e pertence a Paróquia N. Sra. Mãe da Igreja.) Carapicuíba (Foi uma das doze aldeias fundadas pelo padre José de Anchieta (por volta de 1580), quando de sua chegada a São Paulo.)
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NOTÍCIAS
Pe. Pedro celebra Jubileu de prata de ordenação sacerdotal
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o dia 26/01/2014 nossa paróquia, Santo Antônio da Granja Viana, se uniu em oração com o nosso pároco Pe. Pedro, o qual rendeu graças a Deus pelo seu jubileu de prata sacerdotal. Todos emocionados rezaram pelas vocações, e agradeceram a Deus por todos os benfeitos realizados em nossa paróquia na pessoa do Padre Pedro Bortolini, o qual há quatro (04) anos é pastor deste povo. Fonte: Paróquia Santo Antônio - Granja Viana
01/04 02/04 06/04 08/04 10/04 14/04 15/04 17/04 20/04 20/04 21/04 21/04 23/04 26/04 28/04 29/04 26/04 05/04 21/04
Datas comemorativas - ABRIL Natalícia Pe. Aurélio Vieira de Moraes Ir. Maria Fátima Fonseca, FdM Ir. Samantha da Silva Pereira Furtado, ISFB Pe. Flávio Silva dos Anjos Ir. Maria Letícia Francisco da Silva, FdM Ir. Angela de Maria Virgem, FPSS Pe. José Rocha C. Filho, CP Ir. Maria de Deus da Silva, FdM Pe. Francisco Potiguar P. da Silva Pe. Daniel Balzan Pe. Marcos Martiniano da Silva Pe. Severino Ferreira da Silva Pe. Emilson Aparecido Ferreira Ir. Margarita Maria do Coração de Jesus, MOP Mons. Wilhem Paulo Link Frei George Alves da Silva, OCD Profissão religiosa Frei Pedro de Assis Vieira, OCD Ordenação Sacerdotal Pe. Geraldo Mc Cluskey Pe. Paulo Mercieca
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35 65 34 48 49 57 68 46 53 35 30 75 44
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Conheça o Museu da Bíblia de Barueri
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useu da Bíblia (MuBi) é o primeiro do país e um dos maiores do mundo em sua especialidade. As instalações estão numa área de 900 m², integradas a um Centro de Eventos de 5.000 m², o MuBi reúne uma Biblioteca, com mais de 17 mil títulos em mais de mil idiomas da Bíblia Sagrada.
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este ano a posposta de reflexão da Campanha da Fraternidade aborda o tema: “Fraternidade e Tráfico Humano” e lema: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1). Nesta última sexta-feira, 07, às 20 horas, foi realizada a Santa Missa de Abertura da Campanha da Fraternidade de 2014, presidida pelo Monsenhor Claudemir e os padres presentes. Por motivos de saúde debilitada, nosso Pai e Pastor, Dom Ercílio Turco esteve ausente nesta missa, porém pediu que o Monsenhor transmitisse seu forte abraço a todos.Durante a homilia, Monsenhor ressaltou que o tráfico humano é uma realidade existente em todo o mundo, infelizmente em nosso país e até mesmo em algumas localidades do nosso município de Osasco.
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Dividido em dez áreas temáticas é inclusivo e interativo relacionando a Bíblia com a história da escrita, traduções, livros, mídias e curiosidades bíblicas com ação educativa e cultural, contação de histórias, mostras de pergaminhos, papiros, réplica da prensa de Gutenberg, perfumes dos tempos bíblicos,
rolos, códices, roupas típicas e muitas outras novidades da Bíblia. Visite o Museu da Bíblia - Rua pastor Sebastião Davino dos Reis, 672 - Vila Porto - Barueri, ao lado do Hospital Geral – Cep: 06414-007 Tel. 11-41686225 ou 41616176 - email museu@sbb.org.br
Missa de Abertura da Campanha da Fraternidade 2014 E que diante destes fatos precisamos de reflexão, com seriedade, dando testemunho de uma vida em Cristo Jesus e sempre que necessário denunciar as práticas abusivas aos órgãos responsáveis. A forte chuva não intimidou os fiéis que participaram do começo ao fim desta celebração eucarística. E antes mesmo da bênção final, pode-se obter outras orientações do padre Vagner Pacheco. Como o site, e-mail e telefones do disk denúncia www.denuncia.pf.gov. br, denuncia.ddh@dpf.gov.br e os telefone são 100 ou 181. E por fim, padre Vagner pediu colaboração na Coleta Nacional da Solidariedade (doação recolhida na missa do Domingo de Ramos – 13 de abril). Fonte: Débora Mattos
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NOTÍCIAS
Juventude se reúne em prol da evangelização
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ais de 100 jovens de paróquias e movimentos diocesanos reuniram-se durante o domingo, 23 de fevereiro, no salão dos Atos da Cúria para um encontro de formação e partilha sobre os desafios e perspectivas da evangelização da juventude em todas as regiões pastorais da Diocese de Osasco. Pela manhã, Padre José Rocha esteve com os jovens e propôs uma reflexão sobre as bemaventuranças e o ardor missionário da juventude, suscitado a partir de uma experiência com Cristo. Em grupos, os jovens partilharam sobre os desafios enfrentados nas
regiões de trabalho e juntos pontuaram o que é possível ser feito para superá-los. Padre Marcelo Pereira, assessor diocesano do Setor Juventude, explicou que o congresso reflete o momento de executar os trabalhos. “Queremos primeiro conhecer a realidade de nossa juventude, e então agir na evangelização, com atitudes e gestos concretos. A partir das conclusões apontadas no congresso, queremos levar o conteúdo para o conselho de presbíteros para então desenvolvermos um material concreto que funcione como um subsídio para o Setor Juventude Diocesano”. O Congresso encerrou-se com a Santa Missa presidida por Dom Ercílio Turco. O bispo parabenizou a juventude presente pela dedicação nos trabalhos desenvolvidos e pelo compromisso com o evangelho alegre, que reflete a
luz de Cristo. Em homilia, Dom Ercílio ressaltou a busca constante pela santidade. “Quando nos é pedido ‘sede santos’, devemos viver aquilo que Deus é, e Deus é amor. Ser santo é, então, amar! Devemos nos comprometer com o Amor por meio da oração, meditação e do exercício constante da caridade. O amor é animador, libertador e criador. Somos portadores do verdadeiro amor. Vocês são “santuários do Amor”. Dom Ercílio finalizou a homilia enfatizando sua confiança na juventude. “Parabéns pelos grupos de jovens. Desejo que aqueles que encontrarem os grupos de vocês, possam dizer: ‘Vejam como eles se amam!’. Eu confio em vocês. Firmes na fé, sejam fortes no exercício do bem”. O Setor Juventude atua em todas as regiões pastorais da diocese, unindo as diversas expressões dos jovens católicos. Ao longo deste ano estão sendo planejados encontros de formação para lideranças, jornadas regionais, vigílias de oração, semanas de missão e outros eventos para a juventude. Fonte: Natalia Pereira PASCOM Diocesana
Posse dos novos párocos
20/02 - A Paróquia Espírito Santo em Osasco recebeu o seu novo pároco, Pe. Vagner Pacheco de Moraes. A missa de posse foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Ercílio Turco e contou com a participação de padres convidados, amigos, familiares, seminaristas, diácono, autoridade pública e diversas comunidades onde exerceu seu ministério sacerdotal.
28/02 - Aconteceu no dia 28 de fevereiro, na Paróquia São José Operário no Jd. D’Abril, a missa de posse do Padre Alexandre Pessoa Garcia. Estiveram presentes na celebração autoridades, amigos alemães convidados, diversas paróquias, em especial a Paróquia Imaculada Conceição Jd. Dracena,
10 jovens ingressam no Propedêutico
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os dias 24 a 28 de fevereiro os jovens que ingressaram no Propedêutico da nossa Diocese fizeram seu retiro espiritual na Casa de Retiros Imaculado Coração de Maria em Ibaté – São Roque. O Pregador do retiro foi o Pe. Daniel Vitor Cardoso Rodrigues, que ao longo destes dias acompanhou e dirigiu as meditações destes jovens que decidiram dar resposta ao chamado de Deus. Dom Ercílio disse aos jovens “A etapa do Pro-
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pedêutico é um tempo de discernimento, onde se realiza um programa de vida, para dar um rumo, um sentido a vida. E se traçam estratégias, se perguntando, para onde quero levar minha vida? Que preciso para chegar lá?” A Missa de encerramento foi na sexta-feira às 10h30 , presidida por Dom Ercílio e concelebrada pelo Pe. Romildo Isidro Lopes F. – Reitor, Pe. Diego Martins – ViceReitor e Pe. Daniel Vitor. Os Jovens que ingressam ao propedêutico 2014 são: Douglas Henrique Aparecido Augusto Oliveira – Paróquia São Roque de Carapicuíba; Felipe Leonard Ramos de Souza – Paróquia Nossa
Sra. Aparecida – Jd. Piratininga – Osasco; Fernando Roberto da Silva – Paróquia Nossa Sra. das Graças – Jd. Belval – Barueri; Henrique dos Santos – Paróquia São Paulo da Cruz – Jd. Santo Antônio – Osasco; Kennedy Robert Ramos dos Santos – Paróquia São Lucas Evangelista – Carapicuíba; Lucas Queiros de Oliveira – Paróquia São Lucas Evangelista – Carapicuíba; Matheus N. de Godoy – Paróquia Santa Isabel – Osasco; Rafael Pires Dorado dos Santos – Rainha Santa Isabel – Parque Viana – Barueri; Robison José Silveira Fernandez – Área Pastoral Santa Catarina de Alexandria – Mairinque; Samuel Elias – Nossa Senhora Imaculada Conceição – Caucaia do Alto. Fonte: Irmã Letícia, MJS
02/03 - Pe. Adinael é empossado pároco da Paróquia S.Pedro A Paróquia São Pedro da Vila Sulamericana de Carapicuíba recebe seu novo pároco. A missa aconteceu às 8h da manhã na Igreja Matriz.
14/03 - As 19h30, Pe. Marcio José Pereira toma posse da Paróquia Santa Cruz de Barueri. A cerimônia foi presidida pelo Monsenhor Claudemir e contou com a presença de vários padres da região e de fieis vindos das paróquias onde o pe. Marcio trabalhou como seminarista, diácono e sacerdote.
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NOTÍCIAS
Novos Presbíteros são ordenados Assim como Pedro recebeu o mandato de Jesus para exercer a sua missão na comunhão com Ele, assim também Pedro, o papa passa através dos bispos essa autoridade serviço, essa autoridade de criar a comunidade, a comunhão. Todos unidos em Cristo no magistério do serviço, vivendo na comunhão com o bispo, na comunhão com o papa, na comunhão com Jesus Cristo. Por isso a festa da Cátedra de São Pedro, é uma festa de unidade. E ordenação presbiteral é uma festa da comunhão, é uma festa da unidade. E nós agradecemos a Deus a ordenação sacerdotal do Pedro e Paulo, neste sentido da festa da Cátedra de São Pedro.” Após a homilia, seguiuse com os ritos da Celebração
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conteceu, dia 22/02 , na Catedral Santo Antonio, pela imposição das mãos de Dom Ercílio Turco e pela oração da Igreja, a ordenação presbiteral dos diáconos Pedro e Paulo. “O Senhor fez por mim maravilhas, e santo é o Seu nome” (Lc 1,49) e “Por tudo daí graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito, em Cristo Jesus” (1Ts 5,18), com estes lemas, em uma cerimônia cercada de emoção e beleza, com uma assembleia orante e atenta, realizou-se a ordenação presbiteral de Paulo R. Silva Couto e Pedro Rodrigues Lopes pela imposição das mãos de Dom Ercílio Turco, bispo de Osasco, e pela oração da Igreja. Dom Ercílio destacou em sua homilia a alegria desta ordenação
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er discípulo e missionário de Jesus Cristo, para que nele todos os povos tenham vida. O 1º encontro diocesano do COMIDI, aconteceu no Colégio Nossa Senhora da Misericórdia em Osasco, no dia 15/03/2014 das 8 às 15 hs e encerrando com a Santa Missa. Teve como assessor o do Pe. Doutor José Carlos Pereira, passionista, e foi refletido o estudo da CNBB nº 104, como tema:
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Presbiteral. Era notório a cada instante a emoção e a felicidade desses jovens que aguardavam ansiosos o momento mais sublime dessa caminhada. Nesse momento conseguimos mergulhar e compreender como é bom fazer parte dessa Igreja instituída pelo próprio Cristo na pessoa de Pedro. Todo o nosso clero, seguindo nosso pastor maior, nosso bispo Dom Ercílio, impuseram as mãos sobre os então diáconos, em sinal de oração e comunhão, pedindo as bênçãos e graças de Deus para esses novos sacerdotes. E foi com grande alegria e com uma calorosa salva de palmas que todos os presentes acolheram os neo sacerdotes, Padre Pedro e Padre Paulo. Fonte: RoseMeire Sousa
na Festa da Cátedra de São Pedro: “Hoje celebramos a Festa da Cátedra de São Pedro que manifesta a autoridade de Pedro e também o seu magistério: ensinar e comunicar Jesus para todo mundo. É uma festa muito bonita que vocês estão sendo ordenados, lembra a primeira autoridade de Pedro: ‘Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja, apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas’. E Jesus passa assim o seu ministério de pastor, de sacerdote e de profeta. Ele passa a Pedro, que depois passou a outros. Como é bonito celebrar esta festa de uma autoridade serviço. De uma autoridade serviço da palavra, serviço do pastoreio e serviço também da santificação dos irmãos.
1º encontro diocesano do COMIDI “Paróquia missionária” e lema : “Comunidade de comunidades”, a fim de acompanhar a Igreja do Brasil que esta voltada para a formação e renovação das paróquias e dioceses . O encontro foi dirigido à todos os Padres, seminaristas, Leigos, religiosos (as), COMIPA, COMIR , COMIDI. obedecendo ao mandamento de Jesus Cristo que disse: “Ide pelo mundo e anunciar o evangelho à toda criatura.”
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VARIEDADES
Campanha da Fraternidade 2014
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lgumas características do tráfico humano:
– Crime organizado – desenvolveu ampla estrutura e sofisticado serviço-meio para facilitar suas diversas atividades. Existem fornecedores de documentos falsos, serviços jurídicos, lavagem de dinheiro, transportadores, entre outros. – As rotas – A Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual Comercial no Brasil (PESTRAF), já em 2003, havia mapeado 241 rotas nacionais e internacionais que saem do interior dos Estados em direção aos grandes centros urbanos ou às regiões de fronteira As rotas do tráfico humano no Brasil estão assim distribuídas: Norte: 76; Nordeste: 69; Sudoeste: 35; Centro-Oeste: 33; Sul: 28.
– A invisibilidade – A invisibilidade do crime do tráfico humano é uma das características que dificultam o seu enfrentamento. Há um pequeno número de denúncia da parte das vítimas. – O aliciamento e a coação – A pessoa é abordada com uma oferta de trabalho irrecusável. A vítima é conduzida a um lugar distante, onde é submetida a práticas contra a sua vontade. Além disso, é impedida de retornar e, em muitos casos, até de sair do local em que é explorada . – O perfil dos aliciadores – Os aliciadores são, muitas vezes, pessoas que pertencem ao rol de amizades das vítimas ou de familiares. – Apresentam boa escolaridade ou alto poder de convencimento. Alguns se apresentam como trabalhadores ou proprietários de casas de shows, bares, agências de encontros, de matrimônios ou de modelos.
– O perfil dos aliciadores - As propostas de emprego geram na vítima expectativa de melhoria da qualidade de vida. – No caso do trabalho escravo, o “gato” ocupa o lugar de aliciador, em alguns casos, velando a identidade dos proprietários. – As vítimas – As vítimas do tráfico humano encontram-se em situação de vulnerabilidade social. – Entre essas situações podemos destacar as das mulheres exploradas para o mercado sexual. – Mas também crianças, adolescentes, jovens e homens são visados. – O tráfico humano, em muitos casos, age junto a pessoas próximas das vítimas traficadas, com ameaças ou represálias. Essas são chamadas vítimas indiretas. Fonte: Manual da CF 2014
Calendário Pastoral – abril 2014 01
T
9h – Reunião dos Padres Coordenadores – Cúria Diocesana
02 Q
19h30 – Reunião Diocesana da Comissão de Bioética – CDBDV – Centro Pastoral
03
9h – Conselho de Presbíteros- Cúria Diocesana
Q
05 S
8 às 12h – Reunião da Comissão Bíblico Catequética – CECAD 9h – Reunião Diocesana da Pastoral Carcerária – C. Pastoral 9h – Reunião da Jornada Missionária das CEBs – N. Sra. Monte Serrate – Cotia 15h – Visita Missionária Past. Afro Brasileira – N. Sra. da Escada 15h – Reunião Diocesana da Past. Fé e Política – C. Pastoral
08 T
9h – Secretariado de Pastoral – Cúria Diocesana 15h – Reunião dos Formadores do Seminário – Sem. S. José
09
20h – Reunião do Setor Past. e Ação Missionária – C. Pastoral
Q
10 Q
9h – Reunião dos Padres Reg. Carapicuíba – N. Sra. Aparecida 9h – Reunião dos Padres da Reg. Bonfim – Paróquia N. Sra.Aparecida (Vl. Piauí) 20h – Conselho Reg. Cotia – Paróquia N. Sra. do Monte Serrate
11 S
9h – Reunião dos Padres da Reg. Sto. Antônio – N. Sra. Graças 9h – Reunião dos Padres da Reg. Barueri – Paróquia Nossa Senhora das Graças – Belval 10h – Reunião dos Padres da Região S. Roque – local a definir
12
S
14h – Reunião Diocesana do Setor Juventude – CECAD
13
D
Domingo de Ramos da Paixão do Senhor (Coleta da Cf-2014)
15 T Terça-feira da Semana Santa 9h – Reunião da Cáritas Diocesana – Cúria Diocesana
12
9h – Reunião dos Padres da Reg. Cotia – Par. Im. Conceição 20h – Conselho da Reg. Bonfim – Paróquia S. João Batista
16 Q
Quarta-feira da Semana Santa 20h – Missa do Crisma (Santos Óleos) – Catedral
18
S Sexta-feira da Paixão do Senhor (Coleta p/ os lugares santos)
19 S Sábado Santo 9h – R eunião Diocesana da Past. da Saúde – São Roque 14h30 – Reunião Diocesana da Equipe das CEBs – C. Pastoral 20
D
Domingo da Páscoa na Ressurreição do Senhor
21 S
20h – Conselho de Pastoral da Reg. S. Roque – N. Sra. Aparecida – Mairinque
25
9h – Reunião do CADO – Cúria Diocesana
S
26 S
8h – Encontro dos Seminaristas Filósofos – Diocese de Santos 9h – Conselho de Pastoral Reg. Carapicuíba – N. Sra. Aparecida 9h – Reunião do Fórum Social Diocesano – Centro Pastoral 15h – Reunião Diocesana da IAM – Centro Pastoral
27 D
2º Domingo da Páscoa – Domingo da Divina Misericórdia 8h – Encontro da Assembleia Popular: Mutirão por um novo Brasil – Centro Pastoral 8 às 16h – 7º Encontro Diocesano de Espiritualidade para Coordenadores de Catequese – Local a Definir 15h – Celebração Regional de Páscoa – Barueri – Ginásio de Esportes do Jd. Belval
30
52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil – Aparecida – SP
Q
Abril 2014