ANO XXV – Nº 217
Setembro 2014
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“Fé e alegria juvenil” no
Foto: Andre Neves
11° ComVocação, a festa das Vocações
A missa de abertura do Comvocação – Festa em Prol das Vocações Sacerdotais aconteceu no dia 17 de agosto, às 10h, no Ginásio Poliesportivo José Correa em Barueri. Pág. 7
D. Frei João Bosco assume a Cátedra da Diocese de Osasco No primeiro domingo de agosto, 03/08, em que se celebra a vocação sacerdotal, D. Frei João Bosco rea lizou sua primeira missa, como bispo titular, na Catedral de Santo Antonio. Pág.10
A Hora do Voto: Somos corresponsáveis pelo futuro do nosso país
Audiência Pública “Ideologia de Gênero” na Câmara de Osasco
A escolha dos novos governantes, me diante o voto consciente e responsável de cada um de nós, exige que tenhamos muito claro, também enquanto cristãos, a neces sidade de discernimento e prudência. Nem sempre é fácil escolher, mas, das escolhas que fazemos depende o futuro da nossa gente e da nossa vida. Págs. 2 e 3
Na segunda-feira, 19 de agosto, aconteceu na Câmara de vereadores de Osasco, Sala Tiradentes, uma audiência pública convocada pelo Prof. Dr. Candal, assessor do prefeito de Osasco para assuntos da Igreja Católica. Pág. 11
PALAVRA DO PASTOR
A Hora do Voto: Somos corresponsáveis pelo futuro do nosso país disso é a Lei 9840, que se refere à compra de votos, que nasceu na Assembleia dos Bispos, foi assumida por grande número de entidades e movimentos sociais, e está aí gerando frutos bons. Outro exemplo é a Lei da Ficha Limpa, que impede os políticos envolvidos em corrupção de protelar o julgamento de seus crimes e continuar na vida pública. Através dessas leis, milhares de políticos já foram cassados ou impedidos de concorrer em outros pleitos. Estas leis tiveram ampla participação da Igreja, através de milhares de assinaturas.
Foto: RoseMeire Sousa
Em quem vou votar? Quais os critérios?
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escolha dos novos governantes, mediante o voto consciente e responsável de cada um de nós, exige que tenhamos muito claro, também enquanto cristãos, a necessidade de discernimento e prudência. Nem sempre fácil escolher mas, das escolhas que fazemos depende o futuro da nossa gente e da nossa vida. A nossa Igreja não se alia a nenhum partido nem apresenta candidatos. Incentiva, sim, aos cristãos leigos vocacionados para a política que participem da vida partidária e batalhem pela justiça. Igualmente os padres e leigos que exercem ministérios e coordenações, como bons cidadãos podem e devem ter sua posição política, mas nunca se servir da Igreja, do púlpito ou de cargos para
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favorecer esta ou aquela legenda ou candidato. A consciência de cada um deve ser soberana. Não tomamos partido enquanto Igreja, é certo, mas temos que usar os meios possíveis para semear consciência, esclarecer dúvidas e, sobretudo, somar forças para que o processo de escolha dos que representam o povo, nas decisões políticas, possa ser feito com clareza, sem imposições e sem recursos escusos, sem manipulações e sem intenções veladas. Não tomar partido não é o mesmo que “ficar em cima do muro”. Quem não define sua posição com a finalidade de tirar vantagem de todos os lados é desonesto. A Igreja tem posições claras e tem conseguido ajudar o país, sobretudo quanto à lisura dos processos eleitorais. Exemplo
Se o voto é uma escolha pessoal e livre, conforme a consciência de cada um, faz-se necessário oferecer às consciências o conhecimento e os critérios para escolher bem. Permitam-me levantar alguns pontos de reflexão quanto a isso, para que sejam aprofundados nas nossas comunidades, nas famílias, nos locais de trabalho, onde estão presentes os nossos cristãos. 1. Igreja e política Para muita gente essas duas realidades não combinam. Igreja não é lugar de política. Alguns entendem que política é só desonestidade, sujeira, falar disso na Igreja causa arrepios. Essa posição ajuda a quem? Aos maus políticos. É certo que a liturgia, e mesmo as estruturas da Igreja não devem ser instrumentalizadas em hipótese alguma, para favorecer este ou aquele partido. Mas em ambiente adequado, é possível conversar, esclarecer, conscientizar os fiéis, sem impor opiniões. Muita gente vai votar e não sabe ao certo o que faz um deputado, qual a função
de um senador, que obrigações tem o presidente, o governador, o que é democracia representativa, como funciona a vida política. É mais que oportuno esse aprendizado. Um grupo de Fé e Política, numa paróquia, tem sobretudo essa função de disseminar o conhecimento e formar consciências. 2. Candidatos na Igreja Muitos candidatos frequentam a Igreja, outros aparecem em tempos de eleição, nas missas, nas festas, distribuem santinhos, querem falar ao microfone. Há comunidades que até pensam em promover debates. Isso pode? Sim, com critério. O bom candidato não “usa” a Igreja para angariar votos. Debates só podem ser promovidos quando todos os candidatos têm a mesma chance. Quanto a isso, há normas da legislação eleitoral a obedecer. De forma alguma a comunidade pode receber doações de candidatos (a menos que seja anônima). Doações, mesmo em cesta básica, tijolos ou qualquer outra coisa, é crime de compra de votos. Compromete não só quem oferece, mas também a quem recebe. 3. Acompanhar os eleitos Além do momento eleitoral, a Igreja incentiva os cristãos a acompanharem os eleitos,
durante seus mandatos. Sobretudo aqueles que são da própria região. Isso os ajuda a conhecer os anseios e necessidades do povo e evita que se percam pelos caminhos sempre atraentes da corrupção. 4. O que fazer quando se constata a compra de votos e outras fraudes? A lei pune com rigor essa prática, porém muitas vezes é difícil obter provas. Quando um fato assim é constatado, e existem provas, esse fato precisa ser levado ao conhecimento da justiça eleitoral. Cuidado para não difamar, não espalhar boatos, não condenar injustamente a ninguém. No entanto, não podemos nos omitir quando algo prejudica o processo eleitoral limpo. 5. Mas, de fato, em quem votar? Acho mais fácil apontar critérios sobre quem não merece o voto dos cristãos: - em primeiro lugar, não merece voto quem é reconhecidamente desonesto, não importa a sigla partidária. Não merece voto quem promete coisas que não são da sua competência. - a propaganda feita no horário eleitoral obrigatório é uma fonte de informação, mas é preciso comparar o que se apresenta ali com outras fontes de informação.
Publicação do Boletim Informativo da Diocese de Osasco Distribuição Gratuita (12500 Exemplares) Bispo Diocesano: Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa, ofm Coordenação e Editoração: Pe. Valdivino A. Gonçalves Colaboração: Irmã Leticia, Pe. Emerson Pedroso, Pe. Marcio José Pereira, Gil Ortiz, Cristiana Brito, Carol Gonzaga e Rogério Roque Revisão: Fátima Gazeta Editoração Eletrônica: Janio Luiz Malacarne Email: biodiocese@yahoo.com.br Pagina: www.facebook.com/bio.diocesedeosasco Cx. Postal: 56 – CEP: 06001-970 Edições passadas: http://issuu.com/biodiocese Impressão: PAULUS
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PALAVRA DO PASTOR - é bom ficar de olho nos gastos de campanha. Quem gasta muito vai querer tirar de volta o que gastou. - é bom conferir o passado do candidato. Muitos já exerceram diversos mandatos e nada fizeram de bem para o povo. Não merecem ser reeleitos! Também não tem um bom procedimento quem muda muito de partido, conforme as conveniências. Esse não tem propostas claras, mas está ligado só nos seus interesses.
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6. Então, quem escolher? O primeiro critério é a vida passada, os valores que o candidato defende, o compromisso com as causas dos mais necessitados, a coerência pessoal. Os programas partidários deveriam ser um critério claro, porém todos os programas são ótimos. E as coligações às vezes por mero interesse, confundem as propostas. - escolha quem tem propostas claras, efetiva competência e liderança. Escolha quem de-
fende a vida e sua dignidade humana desde a concepção até o seu fim natural, quem defende a família, segundo o plano de Deus. - escolha quem garante a liberdade de educação, o ensino religioso conforme diz a Constituição Federal e o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé. - Busque informação, converse com amigos, com pessoas de sua confiança, mas escolha sem pressão nem compromisso com ninguém. E não mude sua
opinião em razão de pesquisas eleitorais. Elas nem sempre refletem o que você acredita e se identifica. - a democracia é uma prática que se aperfeiçoa aos poucos, a cada eleição, a cada mandato. O fato de haver hoje mais acusações de corrupção pode não significar que hoje é pior que ontem. Pode significar que há mais consciência e mais meios de controle. Participe bem e ajude o futuro de todos ser melhor.
Reforma Política, o que diz a Igreja?
CNBB participou ativamente das campanhas que levaram à aprovação da lei que coíbe a compra de votos, e também da Lei da Ficha Limpa, que combate a corrupção. Agora, independentemente da campanha eleitoral, precisamos dar outro passo importante: a Reforma Política. A CNBB participou de muitos debates com entidades da sociedade civil, que resultaram em um “Projeto Lei de Iniciativa Popular de Reforma Política Democrática” focada em quatro propostas: - a primeira, quanto à proibição de recursos financeiros de empresas para financiar campanhas eleitorais. Todos sabem que quem ajuda um partido político vai cobrar muito mais depois que o candidato for eleito. - a segunda proposta é a votação em dois turnos, elegendo antes os partidos, a partir de suas propostas e, só depois, os nomes para preencher as cadeiras. Isso criará compromissos dos políticos com programas claros e não com os interesses de ocasião. - a terceira proposta fala em alternância entre homens e mulheres nas listas dos candidatos. Atualmente as mulheres não chegam a 10% dos cargos colocados em eleição, e elas têm muito a contribuir. Setembro 2014
- muito cuidado com aqueles candidatos que aparecem na Igreja apenas nas horas de eleição. O fato de alguns candidatos distribuírem material de campanha ao lado de padres e líderes católicos não significa que esses religiosos apoiem esse candidato. - cuidado com as coligações partidárias. No atual sistema, é comum você votar no candidato que você conhece, mas o seu voto engorda a carteira de quem você não quer.
- o último ponto é a regulamentação dos instrumentos de participação popular (Plebiscito, Referendo, Lei de Iniciativa Popular). Esses instrumentos foram previstos na Constituição, porém nunca foram regulamentados por desinteresse dos legisladores. Os quatro pontos citados constam de um abaixo assinado
que pode ser baixado no site do Movimento Contra a Corrupção Eleitoral (MCCE), e as nossas comunidades são convidadas a conhecer e participar, independente das eleições deste ano. O site que expõe esse Projeto tem como endereço: www.reformapoliticademocratica.org.br. Existe ainda outra proposta, de alguns partidos, organi-
zações sindicais e entidades, quanto a um Plebiscito que pede a formação de uma Constituinte encarregada de fazer uma reforma política. A CNBB não é contra essa iniciativa, mas entende que ela atrapalha a proposta já em andamento da Reforma Política acima mencionada. As quatro propostas acima, por não alterar a Constituição, são mais
fáceis de ser encaminhadas e garantem um avanço seguro nas principais questões em discussão. Abraçam o Projeto de Lei Reforma Política Democrática, junto com a CNBB, a Ordem dos Advogados do Brasil, O Movimento Contra a Corrupção Eleitoral e mais de uma centena de organizações da sociedade. Podemos nós também conhecer e participar. Nossa participação de cristãos vai além das eleições. Além de eleger bem, e de acompanhar os eleitos e suas atividades, temos também que cuidar de aprimorar o processo eleitoral, para por fim a essa terrível praga que se chama “corrupção”. Quanto a isso, o Papa Francisco, num de seus pronunciamentos recentes falava das autoridades, do tempo de Jesus, que haviam se distanciado do povo. E se expressou assim: “Pecadores todos nós somos, mas corruptos não!”. Qual a diferença? O Papa mesmo explica: a corrupção acontece quando “o coração fica de tal maneira endurecido, que se torna impossível ouvir a voz do Senhor e se converter”. Sirva esse brado do Papa Francisco para nos colocar a caminho de uma sadia conversão na nossa vida política. Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa Bispo Diocesano de Osasco
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CATEQUESE DO PAPA
A nova aliança consiste em reconhecer-nos em Cristo «Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia». «Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus». «Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus». «Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus». «Bem-aventurados sois vós quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim».
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udiência Geral,quartafeira, 6 de Agosto de 2014. “Prezados irmãos e irmãs, bom dia! as catequeses precedentes vimos que a Igreja constitui um povo, um povo preparado com paciência e amor por Deus e ao qual todos nós somos chamados a pertencer. Hoje, gostaria de pôr em evidência a novidade que caracteriza este povo: trata-se verdadeiramente de um novo povo, que se fundamenta na nova aliança, estipulada pelo Senhor Jesus mediante o dom da sua própria vida. Esta novidade não nega o caminho precedente, nem se lhe opõe, mas, ao contrário, leva-o em frente, completa-o. Existe uma figura muito significativa, que serve de elo de união entre o Antigo e o Novo Testamento: a de João Batista. Para os Evangelhos sinóticos, ele é o «precursor», aquele que prepara a vinda do Senhor, predispondo o povo para a conversão do coração e para o acolhimento da consolação de Deus, já próxima. Segundo o Evangelho de João, é a «testemunha», en-
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quanto nos faz reconhecer em Jesus Aquele que vem do Alto, para perdoar os nossos pecados e para fazer do seu povo a sua esposa, primícias da nova humanidade. Como «precursor» e «testemunha», João Batista desempenha um papel central no contexto da Escritura inteira, enquanto serve de ponte entre a promessa do Antigo Testamento e o seu cumprimento, entre as profecias e a sua realização em Jesus Cristo. Com o seu testemunho, João indica-nos Jesus, convida-nos a segui-lo e diz-nos sem meiostermos que isto exige humildade, arrependimento e conversão: trata-se de um convite à humildade, ao arrependimento e à conversão. Do mesmo modo como Moisés tinha estipulado a aliança com Deus, em virtude da lei recebida no Sinai, assim Jesus, de uma colina à margem do lago da Galileia, confia aos seus discípulos e à multidão um ensinamento novo, que começa com as Bem-Aventuranças. Moisés transmite a Lei no Sinai e Jesus, o novo Moisés,
comunica a Lei naquele monte, à margem do lago da Galileia. As Bem-Aventuranças são o caminho que Deus indica como resposta ao desejo de felicidade, ínsito no homem, e aperfeiçoam os mandamentos da Antiga Aliança. Nós estamos habituados a aprender os dez mandamentos – sem dúvida, todos vós os sabeis, já os aprendestes na catequese – mas não estamos acostumados a repetir as Bem-Aventuranças. Então, procuremos recordálas e gravá-las no nosso coração. Façamos algo: eu vou dizê-las uma após a outra, e vós deveis repeti-las. Concordais? Primeira: «Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus». «Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados» «Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra». «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados».
Ajudo-vos: [repete com o povo] «Bem-aventurados sois vós quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim». «Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus». Muito bem! Mas façamos algo mais: dou-vos um dever de casa, uma tarefa para fazer em casa. Pegai no Evangelho, aquele que tendes convosco... Recordai que deveis ter sempre convosco um pequeno Evangelho, no bolso, na bolsa, sempre; aquele que tendes em casa. Pegai no Evangelho e, vede que nos primeiros capítulos de Mateus – acho que no capítulo 5 – se encontram as Bem-Aventuranças. E hoje, ou amanhã, lede-as em casa. Fálo-eis? [Todos: Sim!] Para não as esquecer, porque se trata da Lei que Jesus nos concede! Fálo-eis? Obrigado! Nestas palavras encontra-se toda a novidade trazida por Cristo; toda a novidade de Cristo está nestas palavras. Com efeito, as Bem-Aventuranças são o
retrato de Jesus, a sua forma de vida; e constituem o caminho da verdadeira felicidade, que também nós podemos percorrer com a graça que Jesus nos concede. Além da nova Lei, Jesus confia-nos inclusive o «protocolo», de acordo com o qual seremos julgados. No fim do mundo nós seremos julgados. E quais serão as perguntas que nos farão lá? Quais serão as interrogações? Qual é o protocolo segundo o qual o Juiz nos julgará? É aquele que encontramos no capítulo 25 do Evangelho de Mateus. Hoje, tendes a tarefa de ler o capítulo 5 do Evangelho de Mateus, onde se encontram as Bem-Aventuranças; e lereis também o capítulo 25, onde está o protocolo, onde estão as perguntas que nos dirigirão no dia do Juízo. Não teremos títulos, créditos ou privilégios para aduzir. O Senhor reconhecer-nos-á se, por nossa vez, O tivermos reconhecido no pobre, no faminto, no indigente, no marginalizado, nos que sofrem, em quem está sozinho... Este é um dos critérios fundamentais de averiguação da nossa vida cristã, com o qual Jesus nos convida a confrontar-nos cada dia. Leio as Bem-Aventuranças e penso como deve ser a minha vida cristã, e depois faço o exame de consciência com este capítulo 25 de Mateus. Cada dia: fiz isso, fiz aquilo... Isto far-nosá bem! São gestos simples, mas concretos. Caros amigos, a nova aliança consiste precisamente nisto: em reconhecer-nos, em Cristo, contemplados pela misericórdia e pela compaixão de Deus. É isto que enche o nosso coração de alegria, e é isto que faz da nossa vida um testemunho bonito e credível do amor de Deus por todos os irmãos que encontramos todos os dias. Recordai-vos dos vossos deveres! Capítulo 5 e 25 de Mateus. Obrigado!” Setembro 2014
VATICANO
Papa assegura que não há impedimentos para beatificar Dom Romero
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urante a coletiva de imprensa concedida segunda-feira, 18, na viagem de retorno da Coreia a Roma, o Papa Francisco afirmou esperar uma mudança no processo de beatificação de Dom Oscar Romero. “Para mim, Romero é um homem de Deus”, afirmou o Pontí-
fice aos jornalistas no avião. “O processo tem que continuar e o Senhor deverá nos dar um sinal. Os postuladores têm que trabalhar, pois não há impedimento algum”, acrescentou Francisco. Aberto em 1994, o processo de beatificação do arcebispo estava paralisado há tempo, mas com a eleição de Francisco, ganhou um novo ritmo. Hoje, está em estudo na Congregação das Causas dos Santos e aguarda o reconhecimento do martírio ou a atribuição de um milagre. Dom Oscar Romero denunciou a formação de esquadrões
de morte de direita no país e a opressão contra os pobres e desprotegidos. Em seus discursos, costumava pedir o fim da violência política. Foi assassinado no dia 24 de março de 1980, enquanto celebrava missa na capela de um hospital para enfermos de câncer de São Salvador e até hoje, ninguém foi preso pelo crime. Cerca de 75 mil pessoas foram mortas durante a guerra civil de El Salvador, que começou em 1980 e terminou em 1992 com um acordo de paz mediado pelas Nações Unidas. Fonte: Rádio Vaticana
Enviado do Papa ao Iraque, Cardeal Filoni relata dramática situação dos refugiados
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rossegue a missão do enviado especial do Papa ao Iraque, Cardeal Fernando Filoni, entre os refugiados no Curdistão. Eis o relato do Cardeal Fernando Filoni, entrevistado pela Rádio Vaticano: “Na manhã deste sábado encontrei, em Duhok, o governador desta região: falamos amplamente sobre a situação dos refugiados e tomamos conhecimento daquilo que o governo local está fazendo em favor dos vários grupos. De sua parte, naturalmente, há um empenho muito generoso, embora, é claro, a região não disponha dos meios suficientes para enfrentar, por muito tempo, a situação que veio a ser criada: a população quase dobrou em relação à precedente. Portanto, também ele pede que as ajudas cheguem o mais
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rápido possível, sobretudo em relação aos gêneros de primeira necessidade. Fomos visitar, com os outros bispos, o patriarca caldeu e o núncio, os vários acampamentos para refugiados, e fizemos uma visita a Manghes, que é um vilarejo onde há um bom número de católicos caldeus e onde pude ver a situação e falar com as pessoas que estão acolhidas no centro paroquial dali, no qual numerosas famílias se encontram refugiadas. Trata-se de pessoas que fugiram de Qaraqosh, de Bakhdida e de outros vilarejos da Planície do Nínive. Confiam que a Igreja não os abandonará, mas também fazem apelo a fim de que seu grito não seja esquecido em nível internacional. Depois, ali perto, fomos visitar uma escola colocada à disposição pelo município, onde se encontram refugiados yazidis. Ali encontrei uma situação muito, muito dramática: não tanto do ponto de vista logístico, quanto do ponto de vista psicológico e moral. Vi, sobretudo, mulheres e muitas crianças e poucos anciãos... Ao falar comigo, esses anciãos
choravam porque não veem um futuro para sua terra, sua cultura, sua tradição e continuamente nos perguntavam: “O que fizemos de mal para sermos assassinados?” As mulheres encontravam-se numa situação passiva: entre a comoção, o choro e a incapacidade de ter uma reação, abaladas pela dor e pelo sofrimento. As crianças, naturalmente muitas, que nos rodeavam, nos olhavam com aqueles olhos grandes, quase a perguntar-nos: “O que vocês estão fazendo por nós?” Uma situação comovente, de grande sofrimento, creio, partilhada por todos. O fato de assegurar-lhes que o Papa e a Igreja Católica os defende, que fala por eles e que eles têm voz através de nós, deu-lhes um pouco de encorajamento. Ademais, continuam chegando notícias de assassinatos: fala-se de 100 homens que teriam sido mortos, a notícia chegou esta manhã... Estamos procurando verificar. Fala-se de situações desesperadoras em alguns vilarejos, porque o povo não conseguiu fugir.” Fonte: Rádio Vaticana
Estudo 107 da CNBB Cristão leigo e leiga na igreja e na sociedade, sal da terra e luz do mundo Síntese – parte 1 INTRODUÇÃO 1. Por que falar dos leigos: marco histórico-eclesial Encontramo-nos às portas da celebração dos 50 anos de encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II. Esse “novo pentecostes” da Igreja continua vivo e impulsiona os discípulos e discípulas de Jesus Cristo na busca de seus lugares de servidores e servidoras do outro, particularmente do mais necessitado. Dentre essas diretrizes nos é oportuno revisitar e celebrar os 25 anos da Exortação Pós-sinodal Christifideles Laici. As orientações sobre o laicato aí presentes, além de oferecer uma leitura sobre as orientações do Vaticano II a respeito do laicato naquele contexto, retoma e afirma o significado positivo dos fiéis leigos como Povo de Deus: sujeitos ativos na Igreja e no mundo (cf. ChL, n. 42 e 59). Devemos acrescentar também, nessa retomada histórica, o Documento 62 da CNBB que completa 15 anos. 2. O mundo na Igreja e a Igreja no mundo O mundo e também a Igreja modificaram suas fisionomias e dinâmicas no decorrer dos anos que sucederam ao grande evento conciliar. O mundo com o qual dialogou o Concílio, configurado pela chamada modernidade, mostra hoje os frutos dessa época, nos aspectos positivos e negativos. A produção e o consumo, as tecnologias e a comunicação, a cultura e as relações sociais estão planetariamente conectadas. As vidas individual e familiar, assim como a vida das comunidades locais reproduzem cada vez mais em seus valores e práticas os padrões mundiais. A Igreja está inserida nessa realidade como sinal de salvação no mundo (Lumen Gentium) e como servidora da humanidade (Gaudium et Spes). Persiste a dicotomia Igreja-mundo como posicionamento tanto daqueles que dispensam a Igreja na hora de viver como sujeito social e político, quanto dos que dispensam o mundo nas vivências e atuações no interior da Igreja. Assim sendo o leigo já não constitui um segmento ou um mero braço da hierarquia no mundo, como era visto anteriormente, mas um sujeito eclesial que realiza, em sua condição e missão próprias, o tríplice múnus de Jesus Cristo sacerdote, rei e pastor (cf. LG, n. 31.34-36). 3. Povo de Deus em missão: diálogo e serviço A leitura da realidade a partir da fé permanece como um legado fundamental do Concílio. Toda a Igreja é chamada a ler os sinais dos tempos. Esse espírito e “método” conciliares fazem que a Igreja pensada e sugerida pelos padres conciliares permaneça sempre atual, não obstante as mudanças históricas. Com essa regra a Igreja concretiza sua missão na medida em que é empática, acolhedora e solidária com a humanidade, ou seja, com as pessoas e as sociedades concretas. No mundo em transformação, marcado sempre por ambiguidades, a Igreja deve ler permanentemente os sinais dos tempos para poder exercer sua missão como discípula fiel do Senhor da História. Ser discípulo é estar em saída de si mesmo na busca do outro, ensina-nos o Papa Francisco. Tal saída não dissocia o encontro com Cristo e com o outro. Trata-se de uma mesma empatia e de um mesmo encontro que realiza a missão encarnatória da Igreja na história (cf. EG, n. 115). Essa cultura do encontro e da solidariedade constitui o antídoto à cultura individualista hoje reinante, assim como o caminho para a renovação missionária da Igreja com todos os seus sujeitos e estruturas. Com toda a Igreja, o laicato está em saída para a missão evangelizadora. Essa convocação implica conversão e aprendizado; conversão que significa romper com as estruturas que impedem o dinamismo do anúncio, sejam as estruturas internas que nos fecham nos mundanismos da vaidade e da prepotência ou do comodismo e do hedonismo religioso, sejam as estruturas organizacionais que nos consomem em suas regras e nos fecham em grupos de afinidades pouco operantes. Continua...
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VATICANO
Viagem do Papa à Coreia
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Papa encontra a presidente da Coreia Em seu primeiro discurso na Coreia, o Papa Francisco não citou nominalmente a separação das duas Coreias, todavia falou de paz e diálogo. “A paz não é simplesmente ausência de guerra, mas obra da justiça (cf. Is 32, 17). Faço votos de que todos nós possamos dedicar-nos à construção da paz, à oração pela paz, reforçando o nosso compromisso de a realizar”
Encontro com os bispos Coreanos No segundo discurso na Coreia, o Papa Francisco alertou os bispos para que não caiam na tentação do clericalismo, uma vez que os fundadores da Igreja coreana eram leigos. Repetiu que a Igreja deve ser pobre entre os pobres, uma vez que uma Igreja forte, em um país totalmente desenvolvido, não deva levar em consideração o fator econômico.
Missa em Daejeon no Estádio da Copa O Papa Francisco viajou de Seul a Daejeon com o trem bala, no qual foram reservados dois vagões à comitiva papal. Cerca de 50 mil pessoas participaram da Missa, neste dia da Assunção de Nossa Senhora. Entre os participantes, cerca de 40 familiares das vítimas do desastre com a embarcação que naufragou em Sewol em abril.
Cerimônia de beatificação de 124 mártires coreanos: 800 mil acompanham missa A herança do beato Paulo Yun Ji-chung e de seus companheiros – a retidão na busca da verdade, a fidelidade aos princípios da religião que abraçaram e o testemunho de caridade e solidariedade para com todos – que faz parte da história do povo coreano, viu um novo capítulo ser imortalizado.
Encontro com os líderes religiosos “A vida é um caminho, um caminho longo, mas um caminho que não se pode percorrer sozinhos. É preciso caminhar com os irmãos na presença de Deus. Por isso agradeço vosso gesto de caminhar juntos na presença de Deus: é isso que pedira Deus a Abraão. Somos irmãos, reconheçamo-nos como irmãos e caminhemos juntos. O Senhor nos abençoe. Muito obrigado!”
Missa conclusiva da VI Jornada Asiática da Juventude: próxima edição na Indonésia “Jovens da Ásia, vocês são herdeiros de um grande testemunho, de uma preciosa confissão de fé em Cristo. Ele é a luz do mundo, a luz da nossa vida! Cientes da sua vitória sobre a morte, vocês podem enfrentar o desafio de ser seus discípulos, hoje, nas situações de vida em que vivemos e no nosso tempo”.
Batizado do pai de jovem morto na tragédia da balsa Sewol Na manhã de domingo, dia 17/08, na Capela da Nunciatura Apostólica de Seul, o Papa Francisco batizou Lee Ho Jin, cujo nome de batismo escolhido foi Francisco. Lee Ho Jin é pai de um dos jovens mortos no naufrágio da balsa Sewol, em abril passado, tragédia que matou 293 pessoas e deixou 10 desaparecidos.
Missa pela paz e reconciliação na Coreia “Jesus nos pede para acreditar que o perdão é a porta que leva à reconciliação. Quando nos manda perdoar os nossos irmãos, pede-nos que façamos algo totalmente radical, mas nos dá também a graça de cumpri-lo.. (…) A cruz de Cristo revela o poder que Deus tem de superar toda a divisão, curar toda a ferida e restaurar os vínculos originais de amor fraterno”.
Despedida Aproximadamente às 12h30 (hora local) o Papa Francisco chegou ao aeroporto de Gimpo para a cerimônia de despedida com a qual encerrou a sua primeira e histórica viagem à Coréia do Sul, o primeiro país da Ásia visitado pelo Papa.
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COMVOCAÇÃO
Foto: Pe. Andre Neves
Foto: Pe. Vagner Moraes
Ecos do 11º ComVocação – a festa diocesana das vocações
Banda Arkanjos
Missa de abertura: “somos chamados a ser missionários”
Foto: Elaine Neves
Foto: Grasiela Meireles
Dom João Bosco também esteve no Palco do Comvocação2014 saudando aos jovens participantes do evento.
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Irmã Janete testemunha sua vida e sua vocação no Espaço Vox.
Foto: Flaviane Paes
Foto: Aloisio Mauricio
Padre Riomar – Show de mágica
Pela primeira vez Dom João Bosco visita e abençoa a feira vocacional.
Foto: Flaviane Paes
Nandah: “Com minha música pretendo tocar o coração para algo novo na vida do jovem.”
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Foto: Flaviano Paes
Rosa de Saron no palco do 11° ComVocação e seu publico fiel
Banda IAHWEH abre os shows do segundo dia do 11º Comvocação.
Foto: Danilo Martins
Foto: Aloisio Mauricio
Cantores de Deus
Show do Pe. Antonio Maria encerra o 11º Comvocação
missa de abertura do Comvocação – Festa em Prol das Vocações Sacerdotais – aconteceu no dia 17 de agosto, às 10h, no Ginásio Poliesportivo José Correa em Barueri. Presidida por Dom João Bosco, concelebrada por Dom Ercílio Turco (bispo emérito) e Dom Bruno (abade dos Cônegos Lateranenses), a missa reuniu padres diocesanos e religiosos, consagrados (as), seminaristas, autoridades políticas e fiéis de todas as regiões pastorais. O bispo manifestou sua alegria em estar celebrando, pela primeira vez, no evento Comvocação e a emoção de retornar ao local onde foi realizada a sua posse canônica, como Bispo da Diocese de Osasco, há quase um mês, no dia 20 de julho. A liturgia da Igreja celebrou neste dia, a Assunção de Nossa Senhora, Mãe de Deus. A partir das leituras, Dom João trouxe à reflexão os temas celebrados: a vocação religiosa, o chamado de Maria e o encerramento da Semana Nacional da Família que teve como tema a“Espiritualidade Cristã na Família: um casamento que dá certo”.O bispo destacou que Maria, elevada ao céu, “chega à realização plena de sua vocação”, e que de igual maneira, todos os cristãos são chamados a escutar a voz de Deus, em meio aos ruídos, e sem medo de assumir sua vocação. Dom João falou ainda sobre a redescoberta da espiritualidade familiar como remédio para que as famílias sejam bem sucedidas e servidoras de Deus. Pediu uma atenção especial às famílias, pois este “é o ninho onde se gesta a vocação”. E completou, “A família não pode só ouvir o chamado, tem que responder pessoalmente, tem que também ir ao encontro dos irmãos”. Aos irmãos de ministério o bispo diz que “é preciso que as nossas comunidades sejam lugares quentes, e eu falo especialmente aos meus irmãos presbíteros, quentes de espiritualidade, de fervor, de alegria, de partilha”. Ao final da celebração Pe. Henrique de Souza, coordenador do evento, fez os agradecimentos e apresentação do projeto. Também o prefeito da cidade, Gil Arantes, reiterou seu compromisso de trabalhar em parceria com a igreja para promover a justiça social. Esta é a 11ª edição do Comvocação, que acontece sempre no terceiro domingo do mês de agosto, mês das vocações. Fonte: Meire Elaine - Pascom Diocesana
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NOTÍCIAS
Decreto concede Indulgências no Ano Jubilar de Dom Bosco
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Penitenciaria Apostólica publicou na segunda-feira, 18/08, o decreto que considera o ano do bicentenário do nascimento de Dom Bosco – de 16 de agosto de 2014 a 16 de agosto de 2015 – como Ano Jubilar, particular situação à qual está ligada a obtenção da indulgência plenária. O decreto refere que “por especialíssimo mandato do Santíssimo Padre Francisco, concede benignamente o Ano Jubilar, com anexa Indulgência Plenária, observadas as condições de confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Santo Padre, se
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Natalícia 03/09
Frei Majorino Pedroso, SSP
93
04/09
Frei Avelino Prescendo, SSP
73
04/09
Pe. Adinael Carlos Miguel
46
04/09
Pe. Mario Nauelpán Lopez, SSP
59
05/09
Pe. Mauro Ferreira
51
06/09
Pe. Eduardo Gonçalves Silva
32
06/09
Frei Ronan S de Almeida - OCD
32
06/09
ir Maria Natividade F. da Silva - PINC
58
07/09
Ir. Vanessa Keli de Oliveira Alves
35
09/09
Pe. Alexandre Santos de Jesus
28
09/09
Ir. Maria Mônica da Eucaristia, Mop
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09/09
Pe. Pedro Rodrigues Lopes
33
11/09
Pe. Fábio Rosário dos Santos
33
16/09
Ir. Maria Shirlei Cristina Scorsato, FDM
33
24/09
Ir. Maria Valéria Riato, FdM
83
25/09
Ir. Maria Eichi da Santa Cruz, MOP
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25/09
Ir. Maria Inácia Ferreira da Silva, FDM
67
27/09
Pe. Henrique Souza da Silva,
32
29/09
Pe. Valdivino Aparecido Gonçalves
53
30/09
Ir. Flor de Maria de Jesus
33
Ordenação sacerdotal 22/09
Pe. José Carlos Camello, CRL
29
27/09
Pe. Valdivino Aparecido Gonçalves
17
Profissão Religiosa 08/09
Pe. Vittorio Saraceno, SSP
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11/09
Pe. Raimundo A da Silva, CRL
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Falecimento 05/09
Mons Danilo de Oliveira, OHL
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Papa escolhe tema para o Dia Mundial da Paz 2015
luta contra a escravidão no mundo contemporâneo é a temática escolhida pelo papa Francisco para reflexão do Dia Mundial da Paz, que será celebrado em 1º de janeiro de 2015. Em um comunicado, o Vaticano também informou o lema “Não mais escravos, mas irmãos”. A proposta é promover ações contra o tráfico de seres humanos.
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participarem piamente a qualquer função sagrada celebrada em honra de São João Bosco ou, ao menos, se detiverem por um razoável espaço de tempo em pias considerações diante de uma relíquia ou imagem sagrada do Santo, concluindo com a Oração do Senhor, o Símbolo da Fé e de invocações a Virgem Maria e a São João Bosco”. Seguidos os preceitos, a indulgência pode ser alcançada tanto pelos membros da Família Salesiana, quanto por todos os fiéis cristãos com espírito penitente e movidos pela caridade, que podem também aplicá-la em sufrágio pelas
almas dos fiéis defuntos que se encontram no Purgatório. A Penitenciaria determina também para isto as datas de 31 de janeiro de 2015, Solenidade de São João Bosco e 16 de agosto, data do bicentenário, e cada vez que, em grupo, fizerem parte de uma sagrada peregrinação aos seguintes locais: a) no Templo consagrado de Deus, existente em honra a São João Bosco em ‘Castelnuovo’ Dom Bosco, sobre o ‘Colle Don Bosco’, situado na cidade natal do santo; b) no Templo dedicado à Bem Aventurada Virgem Maria Auxiliadora em Turim, onde estão depositados os restos mortais do santo, e considerado como centro espiritual de todo Instituto Salesiano. A construção do Santuário – elevado à dignidade de Basílica Menor em 1911 – foi cuidada por São João Bosco. “Os fiéis cristãos impedidos por motivo de idade ou doença grave, poderão igualmente lucrar a Indulgência Plenária se, rejeitando interiormente qualquer pecado, e tendo a intenção de cumprir, quando for possível, as três condições, diante de qualquer imagem de São João Bosco, unirem-se espiritualmente às celebrações ou visitas jubilares, na própria casa ou onde se encontrarem pelo impedimento, recitando as orações acima indicadas, oferecendo os próprios sofrimentos ou desconfortos da própria vida”, conclui o decreto. Fonte: Canção Nova
Datas comemorativas – SETEMBRO
Em várias ocasiões, Francisco classificou esta prática como uma praga do século XXI, convocando especialistas para discutir a questão e elaborar ações de combate ao tráfico humano. De acordo com o texto divulgado pela Santa Sé, a realidade da escravidão não é algo do passado, mas um flagelo social muito presente. “A escravidão tem muitos
rostos abomináveis: o tráfico de seres humanos, o tráfico de imigrantes e a prostituição, a escravidão no trabalho, a exploração do homem pelo homem (...). Os indivíduos e os grupos especulam sobre esta escravidão, beneficiando-se dos conflitos no mundo, do contexto de crise econômica e da corrupção”, afirma o texto. Fonte: CNBB
Setembro 2014
NOTÍCIAS
Foto: Aldo Dias
CNBB é premiada com a Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho
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arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis recebeu, na tarde do dia 11 de agosto, em Brasília (DF), a medalha da Ordem do
O
Mérito Judiciário do Trabalho 2014. A premiação, promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), foi concedida à CNBB pelas ações de relevância nacional desenvolvidas pela entidade, como o trabalho das
Pastorais da Terra e da Criança, e pela realização da Campanha da Fraternidade 2014, que teve como tema “Fraternidade e Tráfico Humano”. O presidente do TST, ministro Barros Levanhagen, entregou a premiação ao cardeal Damasceno e destacou que a homenagem é feita a pessoas que investiram seu tempo na defesa de temas que são “bandeiras do TST”, como o combate às formas de trabalho degradante infantil, por exemplo. “Todos os homenageados representam aquilo que a Ordem do Mérito Judiciário procurou atender, pre-
miando pessoas que investiram seu tempo em causas maiores”, disse o magistrado. Dom Damasceno, em seu agradecimento pelo reconhecimento do Tribunal, lembrou-se das Campanhas da Fraternidade, realizadas pela CNBB todos os anos com temáticas de relevância social. Sobre a edição de 2014, com o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”, o cardeal considera a iniciativa importante para “defender a dignidade da pessoa humana e seus direitos, pois o tráfico é uma das formas de crime mais horrendas”, alerta. “Nossa missão é, sobretudo, religiosa e espiritual, mas sabemos que, da evangelização, faz parte a promoção da pessoa humana e de seus direitos”. Além da CNBB, a organização
não-governamental Movimento Humanos Direitos também recebeu a premiação na modalidade instituições. Outras 67 pessoas, entre autoridades dos três Poderes, magistrados, advogados, empresários, professores e profissionais da área de cultura e do esporte foram contemplados com a comenda. De acordo com o TST, a Ordem do Mérito existe desde 1970 e é concedida em graus diferentes, que vão do Grã-Cruz (máximo) até o de Cavaleiro (primeiro grau). A lista completa com os homenageados pode ser conferida no site do Tribunal. Com informações da Secretaria de Comunicação Social do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Fonte: CNBB
“Cenário político do país fica mais pobre”, afirma cardeal Damasceno
arcebispo de Aparecida (SP) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno Assis, assinou, na tarde do dia 13 de agosto, uma nota de condolências por ocasião do falecimento do candidato à presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Edu-
ardo Henrique Acioly Campos, e demais tripulantes da aeronave que caiu em Santos (SP). Para o cardeal, “esse acontecimento trágico torna mais pobre o cenário político do País” No dia 12 de junho, quando era précandidato à presidência, Eduardo Campos visitou a sede da CNBB, em Brasília, e recebeu da pre-
sidência o subsídio “Pensando o Brasil – desafios diante das eleições 2014”. Na ocasião, Campos considerou os assuntos apresentados pelo episcopado “importantes”. “Com certeza vão contribuir para a reflexão que nós estamos fazendo e para o nosso programa de governo”, sinalizou.
Congresso da Pastoral Familiar encerra com mensagem de esperança
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1º Congresso Latino-Americano da Pastoral Familiar, no Panamá, encerrou-se no sábado, dia 9 de agosto, com mensagem de valorização da missão do matrimônio, da família e da vida. No texto divulgado pelo Departamento de Família, Vida e Juventude do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam), o Congresso foi avaliado positivamente pelos participantes, como sendo uma oportunidade de revi-
Setembro 2014
são do caminho pastoral e definição de estratégias para enfrentar os desafios que são apresentados “a realidade das famílias latinoamericanas e caribenhas”. Na mensagem foi lembrada a situação de violência enfrentada pelas famílias no Iraque, no desejo de paz e justiça para o povo daquele país. “Sim, queridas famílias, é possível ser um bem para a humanidade, já que a família é o coração da pessoa humana, o ver-
dadeiro tesouro da humanidade”, expressaram os congressistas que também demonstram comunhão ao papa Francisco. O evento teve início dia 4 e reuniu mais de 350 participantes para debater o tema “Família e desenvolvimento social para a vida completa e comunhão missionária”. Delegados da Pastoral Familiar e da Pastoral Juvenil do Brasil, Argentina Colômbia, México, Venezuela, Costa Rica,
Honduras e República Dominicana refletiram sobre a missão da família no contexto atual. No Congresso, o bispo de Camaçari (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Carlos Petrini, apresentou o tema “Desafios da Pastoral Familiar para a vida plena e a comunhão missionária”. Fonte: CNBB
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NOTÍCIAS
Foto: Irmã Letícia
Encontro da Pastoral da Saúde reúne lideranças da diocese
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o dia 16 de agosto no Centro Mariápolis, aconteceu o Encontro Diocesano da Pastoral da Saúde, reunindo lideranças de
toda a diocese coordenados pelo Pe. Alexandre Douglas Crispim. O encontro foi assessorado pelo Padre Augusto Antônio Mezzomo, da Ordem dos Ministros dos Enfermos (camilianos) com o tema “Humanização Hospitalar”. A missa foi presidida por D. Ercílio Turco, Bispo Emérito e concelebrada pelo Pe. Márcio Messias Cardozo, Pe. Gilmar Raimundo de Santana, Pe. Dionísio Foltran Zamunes, (redentorista), Pe. Au-
gusto Antônio e Pe. Alexandre Douglas Crispim. Na sua homilia D. Ercílio disse: “Vocês são de um valor inestimável, pois saem para cuidar da pessoa humana” .“Deus não deseja ninguém desfigurado e, sim, que a pessoa transfigure Deus”. E continuou “A Pastoral da Saúde é uma ação evangelizadora, pois, vai anunciar o valor da vida, vai resgatar a pessoa, onde a vida está escravizada, fazendo
presente a misericórdia de Jesus, desdobrando-se sobre o doente de modo solidário, comunitário. É importante prolongar a misericórdia de Jesus, ele que exerce a libertação em todos os sentidos, exercendo uma misericórdia que humaniza”. E concluiu “Agradeço todo o trabalho bonito que já realizaram, Deus dê perseverança e fidelidade no chamado”. No período da tarde, Dom João Bosco, nosso Bispo Diocesano chegou
para conhecer, cumprimentar, estimular e abençoar a todos os membros da Pastoral da Saúde. Em um momento descontraído D. João abriu o espaço para que as lideranças falassem e também fizessem perguntas, propiciando assim um momento de diálogo e aproximação. “Os enfermos são as pupilas do coração de Jesus, e o que fizermos por eles faremos o próprio Deus” São Camilo de Lellis
Foto: São Roque Noticias
Milhares de pessoas acompanham procissão de São Roque
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ilhares de fiéis participaram da procissão do padroeiro São Roque, pelas ruas centrais da
cidade, na tarde do sábado, 16 de agosto, aniversário do município. A procissão começou pouco depois das 17 horas e seguiu pelas principais ruas da cidade. O Bispo diocesano, Dom João Bosco, esteve em São Roque na manhã deste sábado, 16, presidiu a Missa Campal na Praça da Matriz de São Roque, mas não ficou para a procissão. Diversos padres de paróquias da região participaram
do cortejo no período da tarde. O pároco, Pe. Daniel Balzan e o vigário paroquial, Frei Salinho, conduziram o cortejo. Durante o percurso uma multidão lotou as ruas. Na volta à Igreja a praça ficou tomada pelos devotos. O padre Daniel anunciou o nome dos novos festeiros e, após as orações, a imagem de São Roque foi colocada para dentro da igreja para a visitação
da multidão. Logo após, choveu na cidade, o que não ocorria há anos no dia 16 de agosto. Durante alguns minutos da procissão também choveu, mas pouco, e em nada atrapalhou o evento. Os casais Alexandre Teixeira de Carvalho e Silvana Scopel e Rubens do Prado e Ester Maria do Prado são os novos festeiros de São Roque responsáveis por organizar as “Festas de Agosto”
de 2015. Eles foram anunciados no início da noite deste sábado, 16, após a procissão de São Roque. Na Praça da Matriz, em frente a milhares de pessoas, o Padre Daniel Balzan divulgou os nomes dos festeiros que começaram o trabalho já no sábado. Eles devem organizar uma série de jantares e eventos até o início das festividades do ano que vem. Fonte: São Roque Noticias
Foto: Cristiana Brito
D. Frei João Bosco assume a Cátedra da Diocese de Osasco
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o primeiro domingo de agosto, 03/08, em que se celebra a vocação sacerdotal D. Frei João Bosco realizou sua primeira missa, como bispo titular, na Catedral de Santo Antonio, com a presença marcante dos padres da diocese de Osasco, além de religiosos, e seminaristas. No inicio da celebração, o Monsenhor Claudemir acolheu o novo bispo, agradecendo-o pela responsabilidade assumida de ensinar, santificar o povo e governar a diocese. O Prefeito de Osasco, Jorge Lapas esteve presente acompanhado
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de outras autoridades, e entregou ao bispo diocesano a chave da cidade “Eu tenho a chave (da cidade) não só para apresentar diante das pessoas, mas sobretudo por causa dos corações abertos”, disse o bispo. O bispo agradeceu a acolhida recebida em Barueri, na celebração da posse “Hoje se completa esta acolhida, através desse gesto simbólico de assumir a Cátedra. Ela simboliza a função do bispo: ser mestre, catedrático. Catedral é a igreja onde está a Cátedra, onde o bispo, a partir dessa Cátedra, irá guiar o povo de Deus.
Eu assumo essa Cátedra hoje com verdadeira humildade lembrando que ali se sentaram D. Ercílio e D. Francisco”, salientou. Na homilia D. Frei João Bosco salientou todas as vocações, em especial a dos padres. Citando o Evangelho do dia, da multiplicação dos pães e peixes, pedindo a eles que se doem inteiros para o serviço da comunidade “Nós temos tão pouco, cinco pães e dois peixes era tudo o que eles tinham, o importante aqui não é a quantidade, mas é o tudo, eles deram tudo o que tinham, embora insuficientes nós podemos fazer a mesma coisa. Se eu como bispo não tenho muito a oferecer a vocês, o que eu posso prometer é que eu vou oferecer o meu tudo: a minha vida, o meu tempo, o meu afeto, a minha história, aquilo que eu aprendi, aquilo que sou como Frade Menor, como pároco que eu fui durante tantos anos em muitos lugares, como bispo nos últimos
sete anos, é tudo o que tenho, eu vou oferecer este tudo. E assim também eu posso pedir a vocês, queridos irmãos presbíteros e diácono aqui presentes, estejam dispostos a oferecer o que são para alimentar o povo de Deus. Dêem vós mesmos, as suas pessoas em alimento para este povo”, disse. O bispo ainda pediu aos padres um olhar de compaixão para com o povo e que não entreguem a eles alimento estragado “Não importa o quanto vocês tenham, tenham o mesmo olhar de compaixão que Jesus teve da multidão, este deve ser o olhar do presbítero, do ministro ordenado com relação ao sofrimento do seu povo. O tudo de Jesus estava naquele olhar, por isso ele multiplicou, e ele manifestou isso na cruz, essa é nossa forma. Como é triste para um pastor de uma comunidade que entrega-se ao trabalho pastoral mas só em parte, como guardando para si alguma coisa,
como se fosse um funcionário da igreja algumas horas por dia, não é assim o presbítero, ele não oferece misericórdia a conta gotas, ele não reserva pra si uma parte, muito menos deixar estragar uma parte de si mesmo para servir de alimento”, pede o bispo. A missa foi composta por muita simbologia, na acolhida ao terceiro bispo da diocese: nas ofertas, foram entregues a Cátedra, representando o bispo no serviço do amor e da verdade, crianças vestidas de pastores, demonstrando o pastoreio, a natureza da missão do bispo, e como santificador, foi entregue a cruz, símbolo da santidade. No final da celebração foram ofertadas ao bispo, sementes para mostrar a diocese terra fértil, o girassol, para recorrermos a luz de Deus e a imagem do padroeiro, Santo Antonio, entregue por uma família. Fonte: Carol Gonzaga
Setembro 2014
NOTÍCIAS
Dom João Bosco se encontra com Prefeito de Barueri
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o dia 14 de agosto, Dom João Bosco esteve na Prefeitura Municipal de Barueri, onde pode agradecer ao prefeito Gil Arantes pela acolhida que recebeu da cidade de Barueri por ocasião de sua posse como Bispo Diocesano.
O prefeito disse que foi uma honra para cidade de Barueri receber esta celebração e que ficou admirado por ver a beleza da mesma e a alegria de todo o povo ali presente. Na conversa, Dom João disse que ficou impressionado pela recepção calorosa que recebera de todos da Diocese de Osasco e que ainda não tinha passado por uma experiência desta. Também foram tratados vários assuntos tais como: a importância
da Igreja Católica na Cidade de Barueri, o trabalho pastoral dos padres na cidade; as parcerias entre a Igreja Católica e o Município nas ações sociais e na promoção dos valores fundamentais da pessoa humana: vida e família. No final Dom João Bosco colocou-se à disposição em colaborar com a prefeitura naquilo que for possível como Igreja e, por sua vez, o prefeito Gil agradeceu a visita e também colocou-se a
disposição para o diálogo e colaboração. Acompanharam a Dom João nesta visita o Pe. Valdivino – coordenador a região pastoral de Barueri e pároco da Paróquia Rainha Santa Isabel e Pe. Marcos Galdino, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e que também foram responsáveis por duas das várias comissões formadas para preparar a posse de Dom João.
Padre Marcos Antônio Funchal é declarado Cidadão Osasquense
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Câmara Municipal de Osasco, sob iniciativa do Vereador De Paula, realizou Sessão Solene para entrega de Título de Cidadão Osasquense ao Padre Marcos Antônio Funchal. O evento aconte-
ceu na noite da sexta-feira, 15/08, no Salão Paroquial da Igreja São José, que fica na Vl. Ayrosa. Nascido em Assis/SP, o padre é desde 2002 o pároco da Paróquia São José, onde tem assistido espiritualmente os fiéis dos bairros Vl. São José, Vl. Ayrosa e Jd. Mutinga. A Mesa dos Trabalhos foi presidida pelo Vereador Toniolo, secretariada pelo Vereador Sebas-
tião Bognar e composta, também, pelo Vereador Francisco de Paula Oliveira Leite (autor-proponente), pelo Monsenhor Claudemir José dos Santos (Vigário Geral, representando o Bispo Dom Frei João Bosco – Diocese de Osasco), pelo Prof. João Candal de Lima (Assessor de Assuntos Religiosos da Prefeitura de Osasco, representando o Prefeito Jorge Lapas) e pelo homenageado.
Após uma prece inicial feita pelo próprio Padre Marcos Antônio Funchal, ocuparam a Tribuna o Vereador De Paula, Vereador Sebastião Bognar, Monsenhor Claudemir José dos Santos, Professor João Candal e, por fim, o Padre Marcos Antônio Funchal, que ficou agradecido e honrado com a homenagem. Fonte: Maurício Viel Fotos: Eudes de Souza
Foto: Cristiana Brito
Audiência Pública “Ideologia de Gênero” na Câmara de Osasco
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o dia 19 de agosto, aconteceu na Câmara de Vereadores de Osasco, Sala Tiradentes, uma audiência pública convocada pelo Prof. Dr. Candal, assessor do prefeito de Osasco para assuntos da Igreja Católica. O tema foi desenvolvido pelo Prof. Felipe Nery, Presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica, e pelo padre Prof. Dr. Pe. José Eduardo, especialista
Setembro 2014
em Teologia Moral pela Universidade de Santa Cruz (Roma). O objetivo desta audiência foi trazer informações à população sobre a “Ideologia de Gênero”, a fim de esclarecer como se concebeu e se desenvolveu esta teoria e como esta afeta e destrói a instituição familiar. Aberta a Audiência pelo Prof. Dr. Candal, o Prof. Felipe Nery desenvolveu a primeira parte do conteúdo, elucidando o conceito de “gênero” e mostrando como este foi “raptado” de seu verdadeiro sentido. Para o Prof. Felipe Nery, a ideologia cria uma distorção da própria realidade em que vivemos, apresentada em
discursos persuasivos. A segunda parte do tema foi tratada pelo Pe. Dr. José Eduardo, que elucidou, de modo científico, como esta ideologia se desenvolveu e quais mecanismos são construídos pelos ideólogos para a desconstrução da família. Começando por Marx, através do livro “Sobre a origem da família, da propriedade privada e do estado”, obra inacabada em razão de sua morte, mas terminada por seu continuador, Engels, Pe. José Eduardo mostrou como a ideologia se desenvolveu contra a estrutura familiar, a fim de destruí-la, como a ideologia de gênero foi “desenhada” pelos ideólogos e como a família é o maior obstáculo para a revolução social de cunho socialista e comunista, na compreensão destes mesmos autores. Traçou brilhantemente, através
dos escritos de Marx, Engels, Korsh, Horkheimer, Althusser, Derrida, Foucault, Kate Millett, Shulamith Firestone, John Money e Judith Butler, um raciocínio no qual for emergindo claramente a compreensão de como a dissolução da família é pressuposta pelo ideal revolucionário como finalidade necessária, mediante uma estratégia linguística, que encontrou na expressão “gênero” um instrumento de imperceptível penetração e eficácia. Pe José Eduardo terminou seu discurso dizendo que não se utilizou de nenhum material religioso, nem de documentos da Igreja, nem da Bíblia, mas tão somente dos documentos dos próprios ideólogos. “Num Estado laico, não interessa a religião de cada um, interessa a natureza dos argumentos, e aqui estamos utilizando
argumentos racionais”. “A família não surgiu como resultado de nenhum lobby político, da criação de nenhuma autoridade humana sobre a terra, por força de nenhum decreto. A família é resultado de uma história milenar de tentativa e erro, na qual espontaneamente se foi plasmando no interior das sociedades, sem faltarem deficiências, o modelo que temos aí, hoje. Portanto, quem deu a estes senhores o direito de quererem destruir as nossas famílias, de conspirarem contra a sociedade, dissolvendo-a? Quem deu a eles o direito de criarem uma família artificial, de laboratório? Ninguém! Eles se arrogaram este direito”, concluiu. A vereadora Mazé terminou a audiência prometendo realizar outra, para expor o tema sob outra ótica. Fonte: Pe. Emerson Pedroso
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VARIEDADES
Mês da Bíblia 2014: Evangelho de Mateus
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este ano de 2014, vamos ler o Evangelho de Mateus. O lema para o Mês da Bíblia, desta vez, é “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizandoos em nome do Pai, e do filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que eu ordenei a vocês!” (Mt 28,19-20) Acolhemos o Evangelho de Mateus como a Nova Lei de Deus que Jesus nos trouxe. Mateus a redigiu na forma de cinco livros, como se fosse um novo Pentateuco. Os livros querem nos inserir na nova e eterna aliança realizada por Jesus, que disse: “Não pensem que eu vim abolir a lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento” (Mt 5,17). Queremos aprofundar esta proposta como a formação necessária para nós que queremos seguir Jesus, sendo suas/ seus discípulas/os e missionárias/os.
Calendário Pastoral – SETEMBRO 2014
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01
S
Retiro do Clero - Itaici
02
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Retiro do Clero – Itaici
03 Q
Retiro do Clero – Itaici 19h30 – Reunião Diocesana da Comissão de Bioética – CDBDV – Centro Pastoral
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Q
Retiro do Clero – Itaici
05
S
Retiro do Clero - Itaici
06 S
PASCOM Diocesana – Reunião às 9h00 – Centro Pastoral 8 às 12h00 – Reunião da Comissão Bíblico Catequética – CECAD 9h – Reunião Diocesana da Pastoral Carcerária – C. Pastoral 9h – Reunião da Jornada Missionária das CEBs – N. Sra. Monte Serrate – Cotia 15h – Reunião Diocesana da Pastoral Afro Brasileira – C. Pastoral 15h – Reunião Diocesana da Past. Fé e Política – C. Pastoral
07
23º Domingo do Tempo Comum
D
08 S
Festa – Natividade de Nossa Senhora 20h – Formação Reg. Bonfim dos Ministros Extraordinários – Paróquia Cristo Rei
09 T
9h – Reunião dos Padres Coordenadores – Cúria Diocesana 15h – Reunião dos Formadores do Seminário – Sem. S. José
11 Q
9h – Conselho de Presbíteros – Cúria Diocesana 09h – Reunião dos Padres da Reg. Bonfim – Paróquia N. Sra. dos Remédios
12 S
Reunião do Conselho da RCC – Escritório 9h – Reunião dos Padres da Reg. Sto. Antônio – Im. Conceição 9h – Reunião dos Padres da Reg. Barueri – Paróquia Cristo Rei 10h – Reunião dos Padres da Região S. Roque – local a definir
13 S
8h – Encontro Interdiocesano da SAV – Diocese de S. Miguel 8h – Pastoral da Acolhida – 2ª Formação – Centro Pastoral 8h30 – Reunião Diocesana da IAM – Centro Pastoral
14 D 15 S
16 T
9h – Secretariado de Pastoral – Cúria Diocesana 9h – Reunião da Cáritas Diocesana – Cúria Diocesana 9h – Reunião dos Padres da Reg. Cotia – Paróquia São Pio X 20h – Conselho da Reg. Bonfim – Paróquia S. João Batista
18 Q
9h – Reunião dos Padres Reg. Carapicuíba – N. Sra. Aparecida 20h – Reunião do Setor Past. e Ação Missionária – C. Pastoral
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9h – Reunião do CADO – Cúria Diocesana
S
19 à 21
Retiro para os Alunos do 3º Ano do CTP – Ibaté
20 S
PASCOM – ENCOM Diocesano – Local a Definir Reunião de Setor – Pastoral da Criança 9h – Reunião Diocesana da Past. da Saúde – Carapicuíba/Cotia 14h – Capacitação p/ Agentes da Past. da Saúde – Reg. Sto. Antônio – Centro Pastoral
21 D
25º Domingo do Tempo Comum Missa de Aniversário da Pastoral da Criança – Local a definir 8 às 16h – Encontro Pastoral da Reg. S. Roque – Local a definir 8h às 17h – Reg. Sto. Antônio – Retiro Ministros Extraordinários 9h– Reunião das Comunidades Kolping - COHAB – Carapicuíba 15h – Conselho Regional Barueri – N. Sra. Medianeira – Jandira
22
S
9h – Reunião dos Bispos da Província – Casa São Paulo
27 S
9h – Conselho de Pastoral Reg. Carapicuíba – N. Sra. Aparecida 9h – Reunião do Fórum Social Diocesano – Centro Pastoral 14h – Capacitação p/ Agentes da Past. da Saúde – Reg. Barueri – Paróquia N. Sra. Medianeira de Todas as Graças
28 D
26º Domingo do Tempo Comum RCC – Cenáculo Diocesano – Barueri 8h – Encontro da Assembleia Popular: Mutirão por um novo Brasil – Centro Pastoral
Festa – Exaltação da Santa Cruz Formação Regional do Setor Juventude – Regiões Pastorais
29 S
Festa – Miguel, Gabriel e Rafael, Arcanjos 20h – Formação Reg. Bonfim dos Ministros Extraordinários – Paróquia N. Sra. dos Remédios
20h – Formação Reg. Bonfim dos Ministros Extraordinários – Paróquia São João Batista
30 T
São Jerônimo – Dia da Bíblia 8h – Encontros dos Propedeutas – Diocese de Mogi
Setembro 2014