219 . bio novembro 2014

Page 1

ANO XXV – Nº 219

www.diocesedeosasco.com.br

Novembro 2014

Assembleia Diocesana: A FamÍlia, Uma urgência do 7º Plano de Pastoral

Pág. 6

Palavra do Pastor: É tempo de ouvir a todos e caminhar juntos Pág. 2

Sínodo dos Bispos: O olhar da Igreja está voltado às famílias Págs. 4 e 5

Nossa Senhora Aparecida festejada em toda a Diocese Pág. 7


PALAVRA DO PASTOR

É tempo de ouvir a todos e caminhar juntos período de vigência, por ser menos importante que os temas tratados anteriormente, como a missão permanente, ou a iniciação à vida cristã. Poderia ainda haver alguma preocupação de que, terminando o sétimo plano, virá o oitavo, e os temas desta edição serão naturalmente substituídos por outros. Ainda mais que temos bispo novo, papa novo e o passado fica passado. Quero deixar bem claro que não é assim. Com toda a explosão de novidades representada pelo Papa Francisco, o que se vê, da parte dele, é uma fidelidade e um aprofundamento, muito responsável e corajoso, das trilhas abertas pelo Vaticano II. E nós bispos, na Igreja do Brasil, não propomos outra coisa em nosso planejamento pastoral, senão a coragem de ir fundo no trabalho que vem sendo realizado, dando continuidade aos passos anteriores. As prioridades assumidas no 7º Plano são sementes duradouras, e o tema da Família vai perpassar os próximos anos, sendo aprofundado sem pressa, porém com urgência. Os ecos do Sínodo Dom João Bosco na Assembleia Diocesana

“U

ma Igreja atenta à Família”: esta foi a expressão do 7º Plano Diocesano de Pastoral, da Diocese de Osasco, que animou a reflexão dos agentes de todas as paróquias, reunidos no Ibaté, no início de outubro. Dar corpo e expressão concreta a uma Pastoral Familiar Diocesana, foi o objetivo de duas assembleias, uma realizada no mês de maio, onde muitas ideias foram apresentadas, e outra agora para articular as ações e as forças existentes, dando-lhes uma dimensão mais abrangente e realmente diocesana. O tema da Família se enriqueceu durante este ano com a caminhada sinodal proposta pelo Papa, que

2

envolve uma reflexão corajosa, lúcida, e uma tomada de posição vigorosa de toda a Igreja. De fato, no dia em que nos encontramos na Assembleia diocesana do Ibaté, os bispos representantes de todas as conferências episcopais, peritos em direito canônico, casais dos movimentos familiares, especialistas em família, chegavam de todo o mundo a Roma, para dar início, junto com o Papa Francisco, ao III Sínodo Extraordinário, de 5 a 19 de outubro, com o tema “Os Desafios Pastorais da Família no Contexto da Evangelização”. O caminho sinodal proposto pelo Papa Francisco só irá terminar com o XIV Sínodo Ordinário,

de 4 a 25 de outubro do próximo ano, e o tema já foi definido pelo Papa: “A vocação e a missão da Família na Igreja e no mundo contemporâneo”. Razão pela qual, em nossa Diocese de Osasco, ao dar encaminhamento às propostas de nossa assembleia local, precisamos nos manter antenados com todo esse horizonte de novas perspectivas, que está começando a iluminar o tema. Sem pressa, mas com urgência

O 7º Plano Diocesano está a se encerrar em 2015. Isso poderia sugerir que a prioridade “Família”, tratada este ano, ficou relegada ao final do

Ficamos um pouco atordoados com as notícias que vão chegando das discussões do Sínodo. Como sempre, os meios de comunicação escolhem os seus temas preferenciais e pode ficar a ideia de que só se fala, no Sínodo, sobre homossexuais, comunhão aos divorciados, e alguns comentaristas alegres já emendam ser possível que a Igreja agora aceite discutir o casamento dos padres e a ordenação de mulheres. Com pânico de uns, que ficam horrorizados com esses assuntos, e euforia de outros que acham que a Igreja finalmente está saindo da Idade Média. Dá a impressão que os participantes do Sínodo estão em pé de guerra, para virar a doutrina no avesso. Pura mentira: há consenso sobre os pontos

fundamentais da doutrina. Os fanáticos da ideologia de gênero só conseguem atrapalhar e impedir que os fiéis abram um espaço fraterno de acolhida também para aqueles que não estão de acordo com a doutrina da Igreja. Quando, enfim, fica claro que a doutrina não mudou, passam a dizer que os “conservadores” venceram. Não lhes interessa a verdade do evangelho nem querem qualquer diálogo. Plantam discórdia onde não existe, para colher os objetivos que desejam. Não muda a doutrina, mudam as atitudes

Desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco tem surpreendido o mundo com uma liberdade muito grande de tratar de todos os assuntos, mesmos os mais polêmicos e espinhosos, com coragem e coerência. Em nenhum momento ele sugeriu que a Igreja mudasse uma virgula das questões doutrinárias e das verdades da fé. Abriu um sorriso franco para acolher qualquer pessoa, quebrando preconceitos e protocolos. Mas soube também travar o pé, dizendo um redondo “não” a crimes como o aborto, a corrupção, ou à violência das guerras e o extermínio de minorias, inclusive de cristãos. Aos participantes do Sínodo, ele pediu que discutissem com liberdade todos os temas, sem medo. Deixar alguns assuntos de lado, porque geram polêmica, pode ser uma medida cômoda e segura por um tempo, porém só alimenta as eternas divergências. O que o Papa propõe, me parece sábio: ouvir a todos, e depois caminhar em comunhão. Propõe acolher a todos com caridade, esta é a atitude nova, porém deixando claros os fundamentos da doutrina e do caminho proposto pela Igreja. E quer que tenhamos paciência com certos problemas que são profundos, propondo uma gradualidade na solução, Novembro 2014


PALAVRA DO PASTOR sem exclusões e sem condenações, reafirmando as palavras do Evangelho. O Sínodo e a Pastoral Familiar

Não há duvida de que essa nova atitude da Igreja diante da realidade das famílias, fomentada pelo Sínodo Extraordinário, deve alimentar a esperança de nossas famílias. E, uma vez que a Diocese de Osasco, em sua assembleia de outubro, detalhou caminhos para ser uma “Igreja atenta à Família” penso que alguns “marcos” devam ser refletidos e decididos em nossos conselhos paroquiais e regionais, nos movimentos familiares e entre os fiéis leigos em todas as nossa igreja: 1. Vamos difundir entre todos os fiéis o princípio de que a Pastoral Familiar não é apenas um grupo encarregado dos assuntos de família, nem se restringe aos movimentos de casais e serviços ligados à família. A Pastoral Familiar diz respeito à vida de todos e envolve a todos os segmentos da vida eclesial. Todos os grupos devem estar envolvidos com ela. Por isso a Paróquia deve convidar para a coordenação dessa Pastoral pessoas que estão bem integradas com a comunidade, mesmo que para isso tenham que deixar outros encargos e serviços. O mesmo vale para as Regiões Pastorais, ao escolher os que farão parte da coordenação diocesana, regional, e assessores eclesiásticos regionais. 2. Cuidem pessoalmente os coordenadores regionais de que nas paróquias haja ao menos dois representantes da Pastoral Familiar, que possam participar das formações e atividades propostas. Estes deverão agir sempre em diálogo e interação com os demais grupos de pastoral, com as associações, movimentos e serviços, em estreito contato com o párocos, com os coordenadores das regiões e com o Bispo. Novembro 2014

3. A equipe diocesana da Pastoral Familiar deverá propor momentos de formação e reflexão acerca do projeto diocesano, acrescentando os resultados do Sínodo Extraordinário e da caminhada posterior. O estudo do Diretório da Pastoral Familiar da CNBB, do Documento 100, nos pontos referentes à Família, dos subsídios como a “Hora da Família” e a “Hora da Vida” e outros, deverá ser feito de modo que seu conteúdo chegue a todos, desde as coordenações, os movimentos, associações, pastorais e todos os interessados. 4. Os Movimentos ligados aos casais e às famílias, para além de suas atividades próprias de sua espiritualidade e atividades internas, juntem-se aos irmãos de outros movimentos e participem dos projetos paroquiais e diocesanos de Pastoral Familiar. É hora de unir, de sair, diz o Papa Francisco, de evitar os isolamentos e formar uma só família, a serviço da vida. 5. Por falar em vida, a Bioética é um nome difícil, parece coisa de profissionais e especialistas e, em certo sentido até é mesmo. Mas seus desdobramentos, no que diz respeito à cultura da morte, são muito próximos de nós. Entre o crime do aborto e a cômoda solução da eutanásia estão as mortes da dependência química, do preconceito, do abuso sexual, da desconstrução de gênero, da violência doméstica, do tráfico humano e outros dramas. Conhecer não só os fenômenos, mas também os fundamentos, apostar na informação correta e na consciência, é o caminho necessário da Pastoral Familiar. 6. Alguns projetos da Pastoral Familiar já foram apresentados na Assembleia diocesana. A nova equipe diocesana irá melhor delineá-los para que se tornem prática comum em todas as paróquias, com urgência. Outros irão surgindo no decorrer do caminho.

7. O Sínodo Extraordinário tratou de inúmeras situações muito presentes em nosso meio. O debate suscitado deve progredir até outubro do próximo ano, gerando novas experiências, reflexões e maturações. Caberá à coordenação do Setor Família examinar cada proposta, trazendo à realidade da Diocese as orientações desse encontro. 8. Um calendário diocesano do Setor Família, contemplando as datas ligadas à Família, não só a Semana Nacional da Família e a Semana Nacional da Vida, mas o dia dos Pais, das mães, dos Avós, o dia dos Namorados, da Juventude, e outros, com subsídios adequados, terá grande importância no envolvimento de toda a comunidade diocesana. 9. O Sínodo retomou a expressão, do Santo Papa João Paulo II, de que a Paróquia é a “família das famílias”. Uma paróquia realiza sua missão quando se faz “próxima das famílias” (Evangelii Gaudium, 28), encontrando formas criativas e corajosas de estar ao lado das famílias em situação de risco e abandono. A Pastoral Familiar, organizando ações que envolvem todos os paroquianos,

terá como metas privilegiadas chegar missionariamente a todos esses irmãos. 10. Por último, gostaria de lembrar que a nossa preocupação com a Família não deve se restringir aos ambientes da Igreja. Deve a nossa ação e comoção chegar à sociedade, por todas as vias. O que fazer para o Evangelho da Família chegar a todos? Jesus falou que devíamos gritar do alto dos telhados. Estaria eu exagerando se recomendasse que, além dos nossos avisos paroquiais, dos blogs e sites, usássemos também a grande imprensa, outdoors, manifestações de rua ou eventos de praça e ginásio? Certo que não, pois a causa da Família bem o merece. Meus caros, o Papa Francisco

diz que prefere uma Igreja que sai às ruas, e corre o risco de se acidentar. Isso é melhor do que a Igreja que fica em casa, segura, porém, doente. Fala que temos de agir com urgência, como se a Igreja fosse um hospital de guerra, que procura tratar dos feridos. São comparações que servem bem para o Setor Família, onde há muitos feridos. Eu não apresentei nesses dez pontos nenhuma receita pronta. Mas espero que sejam sementes que possam germinar e dar fruto.

Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa Bispo Diocesano de Osasco

Publicação do Boletim Informativo da Diocese de Osasco Distribuição Gratuita (12500 Exemplares) Bispo Diocesano: Dom Frei João Bosco Barbosa de Sousa, ofm Coordenação: Pe. Valdivino A. Gonçalves Editoração: Pe. Fernando Ribeiro Colaboração: Irmã Leticia, Pe. Emerson Pedroso, Pe. Marcio José Pereira, Gil Ortiz, Cristiana Brito, Carol Gonzaga e Rogério Roque Revisão: Fátima Gazeta Editoração Eletrônica: Janio Luiz Malacarne Email: biodiocese@yahoo.com.br Pagina: www.facebook.com/bio.diocesedeosasco Cx. Postal: 56 – CEP: 06001-970 Edições passadas: http://issuu.com/biodiocese Impressão: PAULUS

 3


SÍNODO DOS BISPOS

O olhar da Igreja está voltado às famílias

A

o término da III Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, que se realizou no Vaticano, de 5 a 19 de outubro, com o tema “Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização”, os Padres Sinodais escreveram uma mensagem às famílias. Leia, abaixo, a íntegra desta mensagem: Mensagem da III Assem­ bleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos

Nós, Padres Sinodais reunidos em Roma junto ao Santo Padre na Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos, nos dirigimos a todas as famílias dos diversos continentes e, em particular, àquelas que seguem Cristo Caminho, Verdade e Vida. Manifestamos a nossa admiração e gratidão pelo testemunho cotidiano que vocês oferecem a nós e ao mundo com a sua fidelidade, fé, esperança e amor. Também nós, Pastores da Igreja, nascemos e crescemos em uma família com as mais di-

4

versas histórias e acontecimentos. Como sacerdotes e bispos, encontramos e vivemos ao lado de famílias que nos narraram em palavras e nos mostraram em atos uma longa série de esplendores, mas também de cansaços. A própria preparação desta assembleia sinodal, a partir das respostas ao questionário enviado às Igrejas do mundo inteiro, nos permitiu escutar a voz de tantas experiências familiares. O nosso diálogo nos dias do Sínodo nos enriqueceu reciprocamente, ajudando-nos a olhar toda a realidade viva e complexa em que as famílias vivem. A vocês, apresentamos as palavras de Cristo: “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” (Ap 3,20). Como costumava fazer durante os seus percursos ao longo das estradas da Terra Santa, entrando nas casas dos povoados, Jesus continua a passar também hoje pelos caminhos das nossas cidades. Nas

vossas casas se experimentam luzes e sombras, desafios exaltantes mas, às vezes, também provações dramáticas. A escuridão se faz ainda mais densa até se tornar trevas, quando se insinuam no coração da família o mal e o pecado. Existe, antes de tudo, os grandes desafios da fidelidade no amor conjugal, do enfraquecimento da fé e dos valores, do individualismo, do empobrecimento das relações, do stress, de um alvoroço que ignora a reflexão, que também marcam a vida familiar. Se assiste, assim, a não poucas crises matrimoniais enfrentadas, frequentemente, em modo apressado e sem a coragem da paciência, da verificação, do perdão recíproco, da reconciliação e também do sacrifício. Os fracassos dão, assim, origem a novas relações, novos casais, novas uniões e novos matrimônios, criando situações familiares complexas e problemáticas para a escolha cristã. Entre estes desafios queremos evocar também o cansaço da

própria existência. Pensemos ao sofrimento que pode aparecer em um filho portador de deficiência, em uma doença grave, na degeneração neurológica da velhice, na morte de uma pessoa querida. É admirável a fidelidade generosa de muitas famílias que vivem estas provações com coragem, fé e amor, considerando-as não como alguma coisa que é arrancada ou infligida, mas como alguma coisa que é doada a eles e que eles doam, vendo Cristo sofredor naquelas carnes doentes. Pensemos às dificuldades econômicas causadas por sistemas perversos, pelo “fetichismo do dinheiro e na ditadura de uma economia sem rosto e sem um objetivo verdadeiramente humano” (Evangelii Gaudium 55), que humilha a dignidade das pessoas. Pensemos no pai ou na mãe desempregados, impotentes diante das necessidades também primárias de suas famílias, e aos jovens que se encontram diante de dias vazios e sem expectativas, e que podem tornar-se presa dos desvios na droga e na criminalidade. Pensemos também na multidão das famílias pobres, àquelas que se agarram em um barco para atingir uma meta de sobrevivência, às famílias refugiadas que sem esperança migram nos desertos, àquelas perseguidas simplesmente pela sua fé e pelos seus valores espirituais e humanos, àquelas atingidas pela brutalidade das guerras e das opressões. Pensemos também nas mulheres que sofrem violência e são submetidas à exploração, ao tráfico de pessoas, às crianças e jovens vítimas de abusos até mesmo por parte daqueles que deveriam protegê-las e fazê-las crescer na confiança e nos membros de tantas famílias humilhadas e em dificuldade. “A cultura do bem-estar anestesia-nos e (...) todas estas vidas ceifadas

por falta de possibilidades nos parecem um mero espetáculo que não nos incomoda de forma alguma” (Evangelii Gaudium, 54). Fazemos apelo aos governos e às organizações internacionais para promoverem os direitos da família para o bem comum. Cristo quis que a sua Igreja fosse uma casa com a porta sempre aberta na acolhida, sem excluir ninguém. Somos, por isso, agradecidos aos pastores, fiéis e comunidades prontos a acompanhar e a assumir as dilacerações interiores e sociais dos casais e das famílias. Existe, contudo, também a luz que de noite resplandece atrás das janelas nas casas das cidades, nas modestas residências de periferia ou nos povoados e até mesmos nas cabanas: ela brilha e aquece os corpos e almas. Esta luz, na vida nupcial dos cônjuges, se acende com o encontro: é um dom, uma graça que se expressa – como diz o Livro do Gênesis (2,18) – quando os dois vultos estão um diante o outro, em uma “ajuda correspondente”, isto é, igual e recíproca. O amor do homem e da mulher nos ensina que cada um dos dois tem necessidade do outro para ser si mesmo, mesmo permanecendo diferente ao outro na sua identidade, que se abre e se revela no dom mútuo. É isto que manifesta em modo sugestivo a mulher do Cântico dos Cânticos: “O meu amado é para mim e eu sou sua... eu sou do meu amado e meu amado é meu”, (Ct 2,16; 6,3). Para que este encontro seja autêntico, o itinerário inicia com o noivado, tempo de espera e de preparação. Realiza-se em plenitude no Sacramento onde Deus coloca o seu selo, a sua presença e a sua graça. Este caminho conhece também a sexualidade, a ternura, e a beleza, que perduram também além do vigor e do frescor Novembro 2014


SÍNODO DOS BISPOS juvenil. O amor tende pela sua natureza ser para sempre, até dar a vida pela pessoa que se ama (cf. Jo 15,13). Nesta luz, o amor conjugal único e indissolúvel persiste, apesar das tantas dificuldades do limite humano; é um dos milagres mais belos, embora seja também o mais comum. Este amor se difunde por meio da fecundidade e do ‘gerativismo’, que não é somente procriação, mas também dom da vida divina no Batismo, educação e catequese dos filhos. É também capacidade de oferecer vida, afeto, valores, uma experiência possível também a quem não pode gerar. As famílias que vivem esta aventura luminosa tornam-se um testemunho para todos, em particular para os jovens. Durante este caminho, que às vezes é um percurso instável, com cansaços e caídas, se tem sempre a presença e o acompanhamento de Deus. A família de Deus experimenta isto no afeto e no diálogo entre marido e mulher, entre pais e filhos, entre irmãos e irmãs. Depois vive isto ao escutar juntos a Palavra de Deus e na oração comum, um pequeno oásis do espírito a ser criado em qualquer momento a cada dia. Existem, portanto, o empenho cotidiano na educação à fé e à vida boa e bonita do Evangelho, à santidade. Esta tarefa é, frequentemente, partilhada e exercida com grande afeto e dedicação também pelos avôs e avós. Assim, a família se apresenta como autêntica Igreja doméstica, que se alarga à família das famílias que é a comunidade eclesial. Os cônjuges cristãos são, após, chamados a tornarem-se mestres na fé e no amor também para os jovens casais. O vértice que reúne e sintetiza todos os elos da comunhão com Deus e com o próximo é a Eucaristia dominical quando, com toda a Igreja, a família se senta à mesa com o Senhor. Ele Novembro 2014

se doa a todos nós, peregrinos na história em direção à meta do encontro último quando “Cristo será tudo em todos” (Cl 3,11). Por isto, na primeira etapa do nosso caminho sinodal, refletimos sobre o acompanhamento pastoral e sobre o acesso aos sacramentos pelos divorciados recasados. Nós, Padres Sinodais, vos pedimos para caminhar conosco em direção ao próximo Sínodo. Em vocês se confirma a presença da família de Jesus, Maria e José na sua modesta casa. Também nós, unindo-nos à Família de Nazaré, elevamos ao Pai de todos a nossa invocação pelas famílias da terra: Senhor, doa a todas as famílias a presença de esposos fortes e sábios, que sejam vertente de uma família livre e unida. Senhor, doa aos pais a possibilidade de ter uma casa onde viver em paz com a família. Senhor, doa aos filhos a possibilidade de serem sinal de confiança e aos jovens a coragem do compromisso estável e fiel. Senhor, doa a todos a possibilidade de ganhar o pão com as suas próprias mãos, de provar a serenidade do espírito e de manter viva a chama da fé mesmo na escuridão. Senhor, doa a todos a possibilidade de ver florescer uma Igreja sempre mais fiel e credível, uma cidade justa e humana, um mundo que ame a verdade, a justiça e a misericórdia.

uma maioria de dois terços dos 183 padres sinodais presentes; o parágrafo 41 (matrimônios civis e uniões de fato) mereceu 54 votos contra. Em relação ao acesso à Comunhão e à Penitência pelos divorciados em segunda união, tema sobre o qual se gerou divisão entre os participantes, alguns “argumentaram em favor da disciplina atual (que impede o acesso aos sacramentos)” e outros propõem um “acolhimento não-generalizado”. Este foi o ponto em que houve mais votos contra (74), no qual se pede que seja aprofundada a questão, “tendo presente a distinção entre situação objetiva de pecado e circunstâncias atenuantes”. O relatório do Sínodo alude ainda às propostas para tornar mais acessíveis e ágeis, de preferência gratuitos, os procedimentos para o reconhecimento de casos de nulidade matrimonial, realçando que alguns participantes se mostraram contrários a mudanças. Os vários pontos apelam à valorização dos métodos naturais de planejamento natural e da adoção, condenando a mentalidade “antinatalista”; recordam a reflexão

sobre a família nos documentos da Igreja e pedem liberdade de educação para os pais. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, sublinhou que este não é um documento doutrinal e que vai servir de base para a preparação para a assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos, com três semanas de trabalho, em outubro de 2015. Foi o Papa Francisco a encerrar os trabalhos com um discurso em que alertou contra atitudes de rigorismo ou de facilitismo na ação da Igreja. Nesta sua intervenção no Sínodo, o Papa referiu as “tentações” que insidiavam os Padres Sinodais, a começar pela da “rigidez hostil”, ou seja, de quem se quis “fechar no que está escrito, na letra” em vez de se deixar “surpreender por Deus”. “Desde o tempo de Jesus, é a tentação dos zelosos, dos escrupulosos, dos cuidadosos e dos hoje chamados tradicionalistas e também dos intelectualistas”. O Papa advertiu também para a “tentação do facilitismo destrutivo, quem em nome de uma misericórdia enganadora enfaixa as feridas sem primeiro as curar e medicar”. “É a tentação

dos facilitistas, dos medrosos e também dos chamados progressistas e liberais”, realçou. Papa Francisco pediu que a Igreja não transforme “o pão em pedra”, para a atirar contra “os pecadores, fracos e doentes” e alertou para a “tentação de descer de cruz, para contentar as pessoas” em vez de purificar o “espírito mundano”. O debate, assegurou o Papa, decorreu “sem colocar nunca em discussão as verdades fundamentais” do sacramento do Matrimônio: indissolubilidade, unidade, fidelidade e abertura à vida. O dever de cada bispo, como pastor – sublinhou o Papa, dirigindo-se aos Padres sinodais – é o “alimentar o rebanho que o Senhor lhe confiou” acolhendo e indo ao encontro das ovelhas perdidas “com paternidade e misericórdia, sem falsos medos”. E concluiu convidando os Bispos e todos os membros da Igreja universal a prosseguirem o trabalho de discernimento sobre as temáticas abordadas, amadurecendo as decisões que possam vir a ser tomadas na assembleia sinodal de outubro de 2015. Fonte: Rádio Vaticano

Relatório Final do Sínodo

O relatório final do Sínodo de 2014 foi votado ponto a ponto em cada um dos seus 62 números que reuniu 470 propostas dos chamados ‘círculos menores’. As votações sobre cada número foram divulgadas, por decisão do Papa, revelando que os parágrafos 52 (acesso dos divorciados recasados à Comunhão), 53 (comunhão espiritual a divorciados) e 55 (homossexuais) não chegaram a

5


ASSEMBLEIA DIOCESANA

A

Uma urgência do 7º Plano Diocesano de Pastoral

Fotos: RoseMeire Sousa

Igreja de Osasco esteve reunida no dia 4 de outubro na Casa de Retiro Imaculado Coração de Maria em São Roque (Seminário do Ibaté). A Assembleia diocesana que reuniu o bispo, padres, religiosos, seminaristas, membros do Conselho Diosesano de Pastoral, coordenadores diocesanos dos movimentos e leigos engajados em trabalhos relacionados à família em suas paróquias, refletiu uma das urgências do 7º Plano Diocesano de Pastoral: a Família. Aqui, em fotos, alguns momentos especiais que marcaram a Assembleia diocesana.

6

Novembro 2014


FESTEJOS DE Nossa Senhora Aparecida

Nossa Senhora Aparecida festejada em toda a Diocese

M

uitas paróquias e comunidades são dedicadas a Nossa Senhora Aparecida na Diocese de Osasco. Nas festividades da Padroeira do Brasil, entre carreatas e procissões, Dom João Bosco e Dom Ercílio celebraram solenemente em algumas delas.

As lideranças da Paróquia Nossa Senhora Apa­ recida, Jardim Padroeira – Osasco, acolhem o bispo diocesano, Dom João Bosco, ao lado do pároco, Padre Rodrigo.

12 de outubro: Dom João Bosco celebra a Missa Solene na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Padroeira – Osasco.

Na paróquia São José de Mairinque, Dom João Bosco celebra a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida.

Dom Ercílio Turco celebra a Santa Missa na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Pi­ ratininga – Osasco.

Procissão da Padroeira pelas ruas do Jardim Pira­ tininga, em Osasco.

Na Estrada do Tijuco Preto, procissão home­ nageia Nossa Senhora Aparecida em Vargem Grande Paulista

Carreata em louvor a Nossa Senhora Aparecida, seguida da bênção dos automóveis, em Mai­ rinque

Procissão em Mairinque, Paróquia Nossa Senho­ ra Aparecida

Dom João Bosco celebra o terceiro dia da nove­ na da Padroeira do Brasil no Santuário Nacional de Aparecida

Novembro 2014

7


NOTÍCIAS

Jubileu de Schoenstatt: 100 anos da Aliança de Amor

N

o último 18 de outubro, o movimento de Schoenstatt celebrou os cem anos da sua fundação. O movimento de Shoenstatt foi fundado na Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial, no dia 18 de outubro de 1914, pelo padre José Kentenich junto a um grupo de seminaristas palotinos que selaram uma “Aliança de Amor” com Nossa Senhora, mais tarde venerada sob o título de Mãe, Rainha e Vencedora três vezes Admirável de Schoenstatt, transformando a pequena capelinha próximo ao Seminário em um Santuário. Alguns desses seminaristas foram convocados como soldados

8

para a guerra, onde puderam testemunhar a espiritualidade do movimento nascente. Após a guerra, muitas pessoas chegaram a Schoenstatt atraídas pela espiritualidade que conheceram nos campos de batalha. Começava, assim, a expansão do movimento para além dos muros do Seminário. Mas foi, sobretudo, a partir da Segunda Guerra Mundial que o movimento se expandiu por todo o mundo, quando chegou a América Latina. No Brasil, que foi visitado dez vezes pelo padre José Kentenich, foram construídos até hoje vinte e dois Santuários. Durante uma visita ao Santuário de Santa

Maria/RS em 1948, o fundador do movimento escreveu: “Levem a imagem da Mãe de Deus e deem um lugar de honra nos lares, assim eles hão de se tornar pequenos Santuários nos quais a imagem de graças se manifestará, operando milagres de graças, criando uma Santa Terra das Famílias e formando santos membros da família”. Dois anos depois, o Sr. João Luiz Pozzobon, comerciante e pai de sete filhos, assumiu a tarefa de levar a imagem peregrina da Mãe, Rainha e Vencedora três vezes Admirável às famílias, percorrendo mais de 140.000 Km ao longo de 35 anos de

apostolado diário. Desde de 1959, a presença da imagem de Nossa Senhora se multiplicou por meio das pequenas imagens da “Mãe Peregrina” na forma atual, que visitam mensalmente as famílias. Para a comemoração do jubileu de cem anos foram relizadas duas grandes festas internacionais, uma em Vallendar (Alemanha), onde o movimento teve inicio, no próprio dia 18 de outubro; e outra em Roma com a presença do Papa Francisco no dia 25 de outubro em um encontro com o tema “Maria, Mãe da Igreja Evangelizadora”, que reuniu vários movimentos eclesiais

para fortalecer a unidade entre as diversas correntes de espiritualidade mariana. A comemoração do jubileu se concluiu com a Santa Missa celebrada na Basílica de São Pedro pelo cardeal Francisco Javier Errázuriz, membro da Comunidade dos Padres de Schoenstatt. As comemorações que se espalharam por todo o mundo onde o movimento está presente, também movimentaram as comunidades, paróquias e regiões pastorais da Diocese de Osasco que de diferentes modos, com missas, procissões e orações do rosário, celebraram os cem anos da “Aliança de Amor”.

Santuário Original de Schoenstatt, Vallendar (Alemanha)

Padre José Kentenich, fundador da Obra de Schoenstatt

Diácono João Luiz Pozzobom, iniciador da Campanha da Mãe Peregrina

Mãe, Rainha e Vencedora três vezes Admirável de Schoenstatt

Novembro 2014


NOTÍCIAS

O

Um ano de festa no Carmelo: a Igreja celebra os 500 anos de Santa Teresa, a doutora da oração

Carmelo do Imaculado Coração de Maria e Santa Terezinha do Menino Jesus localizado na cidade de Cotia está em festa. Isto porque no último dia 15 de outubro teve abertura o Ano Jubilar Teresiano celebrando os 500 anos do nascimento da grande reformadora da Ordem Carmelitana, Santa Teresa de Jesus, também conhecida como Santa Teresa d’Ávila. Este ano comemorativo se estenderá até 15 de outubro de 2015. Para a cerimônia oficial de

abertura realizada na cidade natal da santa, o Papa Francisco escreveu uma mensagem ao Bispo de Ávila da qual extraímos as suas primeiras linhas: “Em 28 de março de 1515 nasceu em Ávila uma menina que com o tempo seria conhecida como Santa Teresa de Jesus. Ao aproximar-se o quinto centenário do seu nascimento, volto o olhar àquela cidade para dar graças a Deus pelo dom desta grande mulher e encorajar os fiéis [...] a conhecer a história desta insigne

fundadora, como também a ler os seus livros que, junto às suas filhas nos numerosos conventos carmelitanos espalhados no mundo, continuam a nos dizer quem e como foi Madre Teresa e o que pode ensinar a nós homens e mulheres de hoje”. Em nossa Diocese de Osasco, na cidade de Cotia, as irmãs carmelitas estão presente desde 13 de fevereiro de 1947, quando o convento foi fundado pela Madre Verônica de Nossa Senhora das Dores e da Santa Face. O

Carmelo está situado no alto de uma colina na região central da cidade, cercado pelo silêncio e pela beleza natural que propiciam um ambiente adequado para a vida contemplativa aos moldes do itinerário espiritual proposto por Santa Teresa de Jesus. Na mesma carta endereçada ao Bispo de Ávila, o Papa Francisco prossegue dizendo: “Na escola da santa caminheira aprendemos a ser peregrinos. A imagem do caminho pode sintetizar muito

bem a lição da sua vida e da sua obra. Teresa compreendeu a vida como um caminho de perfeição pelo qual Deus conduz o homem, de morada em morada, até Ele e, ao mesmo tempo, o coloca em direção aos homens. Por quais caminhos quer levar-nos o Senhor, seguindo os passos de Santa Teresa e tomados por sua mão? Gostaria de recordar quatro deles que me fazem muito bem: aqueles da alegria, da oração, da fraternidade e do próprio tempo”.

Santa Teresa de Jesus, Doutora da Igreja

Êxtase de Santa Teresa, obra prima de Bernini (Igre­ ja Santa Maria della Vittoria, Roma)

Vista panorâmica de Ávila (Espanha)

Carmelo de Cotia

Carmelo de Cotia

Irmãs do Carmelo do Imaculado Coração de Ma­ ria e Santa Terezinha do Menino Jesus, em Cotia

Novembro 2014

9


NOTÍCIAS

Beatificado o “Papa da Humanae Vitae”

A

Santa Missa de conclusão da III Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Família, celebrada pelo Papa Francisco no último dia 19 de outubro, que também contou com a presença do Papa emérito Bento XVI, foi o momento oportuno para a beatificação do Papa Paulo VI que, além de ser o “Papa do Concílio Vaticano II” por ter sido ele a promulgar todos os documentos conciliares, também é o “Papa da Humanae Vitae”, a carta encíclica sobre a regulação

da natalidade e que descreve a postura da Igreja em relação ao aborto e à vida sexual humana, servindo de base para os posteriores documentos pontifícios sobre família, ética conjugal e bioética. O Papa Francisco já havia promulgado no dia 6 de maio deste ano, o decreto que reconhece o milagre atribuído à intercessão do Papa Paulo VI (Giovanni Battista Montini). O milagre está relacionado à cura de um bebê, ocorrida em 2001 nos Estados Unidos. A mãe do bebê, durante a gravidez, descobriu um grave problema cerebral. Os médicos lhe aconselharam o aborto, fato rejeitado pela jovem que optou em continuar a gravidez e pediu a intercessão de Paulo VI. Segundo o postulador da causa de beatificação, padre Antonio Marrazzo, a criança nasceu sem problemas e os médicos consideraram seu nascimento um feito verdadeiramente extraordinário e sobrenatural. Giovanni Battista Montini nas-

ceu em 26 de setembro de 1897, em Concesio (Itália), Foi eleito o 261º sucessor de São Pedro em 21 de junho de 1963 e governou a Igreja por quinze anos até a sua morte em 6 de agosto de 1978, em Castelgandolfo (Itália). No seu pontificado deu continuidade ao Concílio Vaticano II, iniciado por seu predecessor, o Papa João XXIII. Paulo VI interpretou o papel do Papa sempre mais envolvido na realidade social do povo, com quem amava ter um relacionamento direto. As suas saídas do Vaticano e as suas viagens internacionais (foi o primeiro Papa a viajar de avião) a muitos países do mundo são o testemunho deste novo modo de entender a missão salvífica universal da Igreja e do Papa. Seus temas recorrentes eram a paz entre os povos e a justiça social. Dedicou muitos esforços aos temas do ecumenismo, das relações com as outras religiões, do fenômeno do ateísmo e da reforma interna da Igreja.

Madre Assunta Marchetti foi beatificada em São Paulo

A

A co-fundadora das missionárias de São Carlos Borromeu, também conhecidas como Irmãs Carlistas ou Scalabrinianas, Madre Assunta Marchetti, foi beatificada no dia 25 de outubro, durante cerimônia na catedral metropolitana de São Paulo. A missa de beatificação foi presidida pelo prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Ângelo Amato, e concelebrada pelo arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer, com a presença de bispos, sacerdotes e religiosos. Diversos grupos de pe-

10

regrinos de diferentes lugares do Brasil participaram da cerimônia. Para Dom Odilo, a beatificação de Madre Assunta é motivo de alegria não apenas para os membros da Congregação, mas para toda a Igreja: “Os cristãos beatificados ou canonizados são o belo fruto da missão e da vida da Igreja; eles realizaram de maneira extraordinária a vocação à santidade, que é de todos; são os grandes cristãos, os católicos exemplares, em cuja vida o Evangelho produziu frutos abundantes”. Amor ao próximo

Madre Assunta nasceu na Itália em 15 de agosto de 1871, em Lombrici, município de Camaiore. Foi na cidade de São Paulo que ela viveu grande parte de sua vida, dedicando-se a uma intensa

Datas comemorativas NOVEMBRO 01/11 04/11 09/11 09/11 10/11 11/11 16/11 16/11 16/11 19/11 22/11 23/11 24/11 26/11 29/11 30/11

Natalícia Carlos Bozza - CJS Pe. João Carlos dos Santos - CSF Pe. Dr. Gilvan Leite de Araújo Pe. Sebastião Correia Pe. Hélio Pedro de Souza Pe. Marcos de Oliveira Galdino Pe. Antônio Machado Ferreira Ir.Maria Cleonice Pereira - ISFB Pe. Nilso Aparecido Motta Pe. Leonildo P. dos Santos Pe. Pedro Bortolini - FDP Dom Bruno Giuliane - CRL Pe. Geraldo Augusto de Oliveira Ir. Rosa Bágio - ICJ Pe. Antônio Carlos Ribeiro Pe. André Heyligers

08/11 11/11 15/11 15/11 15/11 15/11 15/11 15/11 15/11 15/11 15/11 16/11 16/11 17/11 18/11 20/11 22/11 22/11 22/11 22/11 23/11

Ordenação Sacerdotal Pe. Raimundo Aristide da Silva, crl Pe. Alberto Ferreira - CRL Pe. Marcelo Pereira da Silva Pe. Marcos Antonio Funchal Pe. Adilson Dias Rampaso Pe. Nilso Aparecido Motta Pe. Osmar Alves Souza Pe. Rogério Lemos Pe. Sebastião Correia Pe. Flavio Soares Lopes Pe. Sérgio Luis Medeiros Pe. Antônio Carlos Ribeiro Pe. Fabio Augusto Trigo Pe. Odair José Rodrigues Pe. Paulo Ferreira Pimentel Pe. Arnaldo Balbino dos Santos Pe. Adinael Carlos Miguel Pe. Antônio Machado Ferreira Pe. Benedito Aparecido Cesário Pe. Marcos de Oliveira Galdino Pe. Luiz Gonzaga de Santana

27 36 12 12 10 10 10 10 10 12 10 11 11 13 29 14 15 15 15 15 29

24/11 28/11 30/11

Profissão religiosa Dom Bruno Giuliane - CRL Pe. Liberalino Vieira Neto - CRL Ir. Deolino Francisco Guzi - MI

62 03 16

ação caritativa voltada sobretudo aos imigrantes, aos doentes e às crianças órfãs ou em situação de pobreza. “Atuou longamente no Orfanato Cristóvão Colombo da Vila Prudente, perto da igreja de São Carlos Borromeu. Com as companheiras e a mãe, consolidou a Congregação das Missionárias Scalabrinianas, que continuaram o seu ideal de dedicação aos migrantes e aos pobres. A Congregação hoje está presente em vários Estados do Brasil e também em outros países”, comenta dom Odilo. Em 1895, madre Assunta veio ao Brasil, acompanhando sua

62 47 46 47 39 44 51 37 40 56 83 73 76 38 63

mãe e seu irmão, o jovem padre José Marchetti, junto com algumas companheiras, que também nutriam o desejo missionário de acompanhar os imigrantes italianos no Brasil. Passou breves períodos no interior do Estado de São Paulo e no Rio Grande do Sul. Para dom Odilo, o testemunho dos santos edifica a Igreja. “Eles enfrentaram os problemas e as contradições do seu tempo, foram fiéis a Cristo e à Igreja, cristãos exemplares e cidadãos dignos. Os santos enobrecem nossa comunidade; estão perto de Deus e continuam perto de nós”, afirma. Fonte: CNBB

Novembro 2014


NOTÍCIAS

Assembleia das Igrejas Particulares propõe uma “Igreja em saída” com ênfase no papel do laicato na atuação evangelizadora

Dom João Bosco, Geni, João Luiz, Dalva, Padre Edileis e Dom Ercílio representaram a Diocese de Osasco na Assembleia das Igrejas

A

36ª edição da Assembleia das Igrejas Particulares do Regional Sul 1 (São Paulo) da CNBB, reuniu em Itaici, Indaiatuba-SP, próximo à Campinas, de 17 a 19 de outubro, representantes das 47 arquidioceses e dioceses do Estado de São Paulo, com a missão de estudar o tema “Vocação e Missão dos cristãos leigos numa Paróquia Missio-

A

Câmara Municipal de Cara­ picuíba promoveu, na sextafeira, 10 de outubro, Sessão So­lene de entrega do título de Cidadão Carapicuibano ao bispo Dom Ercílio Turco. A homenagem havia sido proposta pelo vereador Marciano Fernandes Silva, que justificou a entrega do título como uma retribuição pelo importante trabalho social que o bispo já realizou na cidade. “O município reconhece hoje toda a contribuição dada pelo Dom Ercílio Turco nos últimos anos, no que se refere à construção de uma sociedade mais

Novembro 2014

nária”. Dom Odilo Scherer, chamado a Roma para o Sínodo extraordinário, deixou a condução do encontro a dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto e vice-presidente do Regional, e a dom Tarcísio Scaramussa, sdb, secretário do Regional. Da Diocese de Osasco participaram Pe. Edileis Silva de Araújo, coordenador diocesano

de pastoral, os leigos João Luiz, Dalva Maria de Almeida (do Secretariado Diocesano de Pastoral) e Geni Alves S. Souza (executiva da Região Pastoral Cotia) além dos bispos Dom João Bosco e dom Ercílio Turco. Dom Júlio Akamine, bispo auxiliar de São Paulo, abriu a reflexão mostrando o caminho feito pelo laicato desde o Con-

cílio Vaticano II, e comparou com um rio, que começa numa pequena nascente, forma depois um riacho, vai recebendo outros afluentes, até formar um caudaloso rio. Os textos do Concilio Vaticano II, a exortação Christifideles Laici, e também textos recentes, como Aparecida, as Diretrizes da CNBB, Documento 100 e 107, foram iluminando o tema. Foram formados dezesseis pequenos grupos, para que os textos fossem bem debatidos. E depois de duas sessões de grupos surgiram as pistas de ação para atuação dos leigos numa paróquia missionária. Coube a Dom Júlio Akamine fazer uma síntese das pistas. Comparou o movimento missionário com as batidas do coração: “sístole” e “diástole”. O primeiro movimento contrai o coração e manda sangue para todo o corpo. O segundo movimento abre espaço e acolhe o sangue para novo envio... Mais que um resumo, a síntese de Dom Júlio trouxe uma visão completa, uma iluminação, muito positiva, do caminho a seguir. Uma Igreja “em saída” e ao mesmo tempo “acolhedora”: duas

palavras que resumem e abrem espaço para as iniciativas que virão. Foi ressaltada a necessidade de um novo PAMP (Programa de Ação Missionária Permanente) para todo o Regional. A presença de Dom Roque Paloschi, bispo de Roraima, lembrou a necessidade da ação missionária representada pelo Projeto “Igrejas-irmãs Sul 1 - Norte 1” A Assembleia das Igrejas não tem força de tomar decisões, ela é antes uma instância de comunhão, e deve motivar as dioceses com boas sugestões para o caminho feito em comum. Podemos mesmo trazer para a nossa vida diocesana sugestões para a presença dos leigos na sociedade, que surgiram na Assembleia das Igrejas, tais como a participação nos Conselhos paritários, a evangelização de grupos profissionais, o mundo da Educação, a política, a saúde, o cuidado com a natureza, a defesa da vida ameaçada e vulnerável, e muitas outras áreas importantes da vida de hoje. Dom Frei João Bosco Barbosa de Souza Bispo Diocesano

Dom Ercílio Turco recebe título de “Cidadão Carapicuibano” igualitária. Poderia citar vários motivos para a concessão deste título. A criação de diversas escolas diocesanas é apenas um deles. Também é importante mencionar a criação da Pastoral das Pessoas com Deficiência, em outubro de 2012, na Paróquia Cristo Ressuscitado, no Jardim Novo Horizonte. Carapicuíba é também a sua casa, bispo, e o senhor será sempre muito bemvindo entre nós”, comentou Marciano. Durante a cerimônia, acompanhada pelas comunidades católicas do município, Dom Ercílio

manifestou sua satisfação pelo título recebido. “Foi uma grata surpresa receber esta homenagem. Em Carapicuíba, caminhei pelo Centro, pelos bairros, estive nas comunidades mais carentes, enfim, procurei conhecer de perto a realidade do povo. Foram 12 anos de convivência, por isso, me sinto integrado à cidade. Represento hoje a Igreja de Cristo e ofereço este título aos padres e fiéis que formam comigo um só corpo. E, quando a cabeça recebe um título, todo o corpo sai honrado”, afirmou.

11


VARIEDADES

Festa de Cristo Rei entra no calendário oficial de Barueri

N

o último dia 4 de outubro foi publicado no Diário Oficial de Barueri a lei nº 2.367, de 2 de outubro de 2014, que institui no calendário

municipal de eventos a Festa de Cristo Rei, realizada anualmente pela Diocese de Osasco no final do mês de novembro. O projeto de lei foi apresentado pelos vereadores Silvio Macedo, Celso Calegare, Miguel de Lima e Carlinhos do Açougue e, no dia 23 de setembro, foi votado na Câmara Municipal de Barueri. O projeto contou com a aprovação de todos os vereadores por tratar-se de um evento já tradicional no município. A festa de Cristo Rei de 2014 será celebrada no dia 23 de novembro , às 15h , no Ginásio José Correia de Barueri.

Calendário Pastoral – NOVEMBRO 2014 01 S

Solenidade de Todos os Santos 9h – Reunião Diocesana da Pastoral Carcerária – C. Pastoral 9h – Reunião da Jornada Missionária das CEBs – N. Sra. Monte Serrate – Cotia 9h – Conselho Diocesano de Pastoral – Centro Pastoral 15h – Reunião Diocesana da Past. Fé e Política – C. Pastoral

02

D

Comemoração de todos os Fiéis Defuntos

03

S

Semana de Formação dos Ministros Extraordinários – Regiões

04 T

Semana de Formação dos Ministros Extraordinários – Regiões 9h – Reunião dos Padres Coordenadores – Cúria Diocesana

05

Q

Semana de Formação dos Ministros Extraordinários – Regiões

06 Q

Semana de Formação dos Ministros Extraordinários – Regiões 9h – Conselho de Presbíteros – Cúria Diocesana

07

Semana de Formação dos Ministros Extraordinários – Regiões

S

08 S

PASCOM - Encontro de Comunicação – Região São Roque 8 às 12h – Reunião da Comissão Bíblico Catequética – CECAD 9h – Reunião Preparatória para novos Alunos do CTP (2015) – Todos os Centros

09 D

Festa – Dedicação da Basílica do Latrão (Catedral Roma) IV Firmes na Fé – Parque Chucre – Carapicuíba XI Concentração Diocesana do Ap. Oração – Cotolengo – Cotia

10

20h – Formação Reg. Bonfim dos Ministros Extraordinários – Paróquia Cristo Rei

S

11 T

15 S

13º EDIAM – Encontro Diocesano da Infância e Adolescência Missionária 9h – Reunião do COMIDI – Centro Pastoral

16 D

33º Domingo do Tempo Comum 8h – Retiro p/ Agentes da Past. da Saúde da Região Carapicuíba – Recanto São Camilo 9h – Reunião das Comunidades Kolping - COHAB – Carapicuíba 15h – Conselho Regional Barueri – N. Sra. Medianeira – Itapevi

17

20h – Formação Reg. Bonfim dos Ministros Extraordinários – Paróquia São João Batista

S

18 T 19

Q

20

Q

9h – Secretariado de Pastoral – Cúria Diocesana 9h – Reunião da Cáritas Diocesana – Cúria Diocesana 9h – Reunião dos Padres da Reg. Cotia – Paróquia N. Sra. do Monte Serrate 20h – Conselho da Reg. Bonfim – Paróquia S. João Batista

9h – Reunião dos Padres Reg. Carapicuíba – N. Sra. Aparecida

21 S

9h – Reunião do CADO – Cúria Diocesana 15h – Reunião Diocesana do Ap. da Oração – Centro Pastoral

22 S

Reunião de Setor – Pastoral da Criança Assembleia Anual da IAM – Local a Definir 9h – Conselho de Pastoral Reg. Carapicuíba – N. Sra. Aparecida 9h – Reunião do Fórum Social Diocesano – Centro Pastoral 9h – Reunião Diocesana da Past. da Saúde – Barueri 14h – Capacitação p/ Agentes da Past. da Saúde – Reg. Barueri – Paróquia Santa Cruz

23 D

Solenidade – Cristo Rei do Universo 15h – Missa Diocesana de Cristo Rei – Barueri – SP

24 S

Confraternização dos Bispos da Província Eclesiástica 20h – Formação Reg. Bonfim dos Ministros Extraordinários – Paróquia N. Sra. dos Remédios

25

T

Formação Permanente do Clero

15h – Reunião dos Formadores do Seminário – Sem. S. José 19h30 – Semana Diocesana de Fé e Compromisso Social – Salão de Atos da Cúria 20h – Reunião Preparatória para novos Alunos do CTP (2015) – Osasco

12 Q

19h30 – Semana Diocesana de Fé e Compromisso Social – Salão de Atos da Cúria 19h30 – Reunião Diocesana da Comissão de Bioética – CDBDV – Centro Pastoral

13 Q

09h – Reunião dos Padres da Reg. Bonfim – Paróquia S. João Batista 14h30 – Reunião Diocesana da Equipe das CEBs – C. Pastoral 19h30 – Semana Diocesana de Fé e Compromisso Social – Salão de Atos da Cúria

26

Q

Formação Permanente do Clero

27

Q

Formação Permanente do Clero

14 S

Reunião do Conselho da RCC – Escritório 9h – Reunião dos Padres da Reg. Sto. Antônio – Santa Isabel 9h – Reunião dos Padres da Reg. Barueri – Paróquia Nossa Senhora de Fátima 10h – Reunião dos Padres da Região S. Roque – local a definir

29 S

9h – Celebração de Encerramento do 3º Ano dos Alunos do CTP em todos os Centros

30 D

1º Domingo do Advento 08h – Encontro da Assembleia Popular: Mutirão por um novo Brasil – Centro Pastoral 15h – Missa de Envio: Agentes da Pastoral da Saúde – Reg. Cotia

12

Novembro 2014


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.