47. bio março 1995

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l Ano VI - ns 47 Marรงo - 1995


INFORMANDO JOÃO PAULO II ELEITO "HOMEM DO ANO"

33a ASSEMBLEIA GERAL DA CNBB

A Revista Time, elegeu "Homem do Ano" a João Paulo II. O Papa aparece na capa da revista, em sua edição de 26 de dezembro e, em editorial e matéria de 25 páginas, explica as razões desta escolha. "Em um ano em que tantas pessoas lamentam a deteriorização dos valores morais ou buscam pretextos diante de um mau comportamento, o Papa João Paulo II levou adiante, com determinação, sua visão de uma vida reta e convidou o mundo a fazer o mesmo". Por essa retidão, ele é o "Homem do Ano". O artigo analisa a vida do Papa desde sua juventude, O texto apresenta, as angústias do Papa pela decadência dos valores morais e, sobretudo, sua preocupação com a santidade do ser humano para a qual, diz o artigo, "o Papa é uma força moral".

Acontecerá de 10a 19 de maio próximo, em Itaicí, terá como tema central: Diretrizes Gerais e Ação Pastoral da Igreja no Brasil, com especial enfoque para o jubileu do 3° milénio cristão. Constarão da pauta, também, outros temas. O Presidente da CNBB, Dom Luciano Mendes de Almeida, apresentará relatório sobre o quadriénio, análise de conjuntura, relatório económico. Haverá eleição da Presidência e Comissão Episcopal de Pastoral. Relatório da Comissão Episcopal de Doutrina, informe dos Presidentes dos Organismos Nacionais. O tema do dia de Espiritualidade será: Espiritualidade das Diretrizes e o seguimento de Cristo nos Bispos, sucessores dos apóstolos. O pregador será Dom Marcelo Pinto Carvalheira, Bispo de Guarabira (PB).

PERU E EQUADOR PREOCUPAM O PAPA

ESPOSO E PAI, CATEQUISTA E MÁRTIR

A mensagem enviada pelo Papa aos governantes do Peru e Equador, expressa sua preocupação pela tensão existente entre esses dois Países latino-americanos. João Paulo II pede o imediato cessar fogo e o fim das aíividades militares na região da Cordilheira dos Andes. Lembra que o diálogo é o único meio para solucionar o conflito e chegar a uma justa solução. Por fim, o Papa reza para que os dois povos irmãos cheguem ao entendimento e a uma convivência pacífica sem derramamento de sangue de inocentes.

Peter To Rot, nativo de Papua Nova Guiné, foi beatificado em missa especial celebrada pelo Papa, em sua viagem pastoral à Ásia e Oceania. O beato foi definido pelo Papa como "um catequista comprometido, conhecido por sua bondade, ternura e compaixão". Depois de afirmar que "o martírio tem sido sempre parte da peregrinação do povo de Deus através da história", destacou o testemunho do mártir e os valores da família. Colocando o Beato como modelo de catequistas e dos jovens, o Papa concluiu: "Na história da Igreja local de qualquer país, o primeiro mártir nativo marca, sempre, um novo começo".

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VISITA "AD LIMINA" EPISCOPADO BRASILE

Neste ano de 1995, os Bispos d farão sua visita "Ad Limina", p contrar-se com o Papa João P os diversos Dicastérios da Sa Essa visita é feita a cada cinc Os Bispos apresentam ao Pap responsáveis pelos Dicastérios latório da ação pastoral em su ceses nesse período. As visitas tas em grupos, por Regionais gional Sul 1 (SP) ao qual per Diocese de Osasco, fará a visit a 28 de março. Dom Francisco Bispo Diocesano viajará para R 2 de março, percorrendo ante gares das viagens de São Paul tolo.

NOTÍCIAS DO EPISCOP

D. José Gonzales Alonso, n de dezembro foi nomeado pe João Paulo II, Bispo Auxi Teresina (PI).

D. Juvenal Roriz, CSSR, Bisp rito de Juiz de Fora, veio a fal comunidade dos Redentoris Goiânia, no dia 13 de dezemb

D. Giovani Zerbini, SDB, foi do pelo Santo Padre no dia 1 neiro, Bispo de Guarapuava, (

D. Vito Schlikmann, Bispo Au Florianópolis, (SC) foi nomead 25 de janeiro, por João Paulo

D. Celso Pereira de Almeida, designado Bispo da Diocese d biara, transferido de Porto N no dia 25 de janeiro.

ESTÃO NA CASA DO PAI

Irmão Francisco Da Congregração da Sagrada Família de Bérgamo que por vários anos pertenceu à Comunidade de Jandira, partiu para a Casa do Pai no dia 07 de janeiro. Ana Rita Mendes Dedicada à Pastoral Carcerária. Por 20 anos atuou na dimensão catequética da Diocese e completou o 3° ano de Teologia Pastoral em 1994. Veio a falecer no dia 8 de fevereiro. Luiz Cândido Animador da Pastoral da Juventude muito colaborou para que os jovens encontrassem seu lugar na Igreja. Deus n r.hamnu nn rlia 10 de fevereiro.

Sr. Johannus Heyligers Pai de Pé. André de Vargem Grande, faleceu na Holanda Pé.Josef Janacek Nasceu na antiga Tchecoslováquia a 30 de setembro de 1905. Entrou, para a Ordem dos Consoladores do Sagrado Coração de Jesus. Desejando tornar-se sacerdote, seus superiores o mandaram para a Terra Santa a fim de estudar filosofia e teologia. Aprofundou conhecimentos bíblicos e habilitou-se como músico. Sua ordenação ocorreu na Terra Santa no dia 06 de junho de 1944. Voltando à Tchecoslováquia, exerceu com zelo seu ministério sacerdotal. Como Jesus, o Pé. José também foi per-

seguido por isso veio para o Bra missionário. Exerceu seu minis baixada fluminense, e mais tar do para São Paulo, foi lhe con Paróquia de Sta. Gema Galgan sidente Altino onde foi Pároco anos. Já debilitado pela idade, re se à Casa de Formação São Jos teriormente ao Recanto São onde veio a falecer no dia 11 de ro de 1995, com 89 anos de ida Às famílias enlutadas, toda a riedade da Diocese de Osas orações para que tenham o c e a paz, sabendo que seus en ridos já receberam a recom eterna


.3..-Pásina..:..BIO

CAMINHANDO COM O PASTOR QUARESMA CONVERSÃO FRATERNIDADE A Quaresma é o grande retiro espiritual do povo de Deus. Com piedade e contrição, o povo simples medita a Via Sacra", o caminho do sofrimento de Jesus e se enEmece diante da violência cometida contra o nosso Sal*ador.

A Quaresma exige de nós conversão Diante do sofrimento de Jesus, condenado e escsmecido pelo manto vermelho e pela coroa de espinhos, ic^gado a carregar a cruz, no meio do povo irado e dos se-dados violentos; diante de Jesus crucificado para a nossa redenção é necessário mudar, é urgente converter-nos, A Quaresma, portanto, exige de nós, cristãos, uma -e/isão de vida. O cristão para ser coerente com seu nome cyecisa identificar-se com Jesus. Ser instrumento da presença de Jesus em meio â humanidade para que deste •iodo, Jesus se torne sempre presente, redimindo-nos oe nossos pecados.

humanidade que foi criada para a felicidade. Afastando-nos de Deus, distanciando-nos uns dos outros colaboramos para a ruína e sofrimento de todos os homens.

Jesus Cristo fundamento do nosso "Gesto Concreto" Muitos julgam que o esforço da Igreja do Brasil leva os membros das comunidades cristãs a um ideologismo político, a um compromisso meramente social. Se a experiência de libertação do homem estiver apenas apoiada na dedicação do homem, realmente o "gesto concreto" de fraternidade, proposto pela CNBB, pode tornar-se um mero aparato social. Será um gesto concreto paliativo, paternalista e, por vezes, causa de novas e mais profundas divisões. O "gesto concreto" da Campanha da Fraternidade, embora voltado para o homem, precisa enraizar-se em Deus e na graça da Redenção de Jesus Cristo, alcançada na cruz. Mistério que precisa ser meditado e aprofundado em nossas vidas de cristãos, principalmente neste tempo da Quaresma.

A vida de Jesus foi permanente gesto de amor

Viver o "Gesto Concreto" da CF o ano inteiro

O "gesto concreto" de Jesus foi redimir a humanidade de todo o pecado. Assumiu a natureza humana no seio de Maria Santíssima por obra do Espírito Santo. Fezse obediente até à morte e morte de cruz. Durante três anos, anunciou o Reino de Deus e o manifestou, pregando às multidões, saciando-lhes a fome do corpo e do espírito. Formou uma comunidade de apóstolos e os instruiu. Enviou seus discípulos, dois a dois, às cidades e vilarejos. Curou enfermos. Ressuscitou mortos. Enfrentou a malícia e o ódio dos seus inimigos com a sábia interpretação da Bíblia Sagrada. Generoso e consciente, ofertou na cruz a humanidade que recebera. Ofertou-a em holocausto pleno de redenção, de libertação total de nossos pecados. É este mistério da misericórdia de Deus, o "gesto concreto" do seu infinito amor por nós, suas criaturas. Desejamos que a consideração deste "gesto concreto" de Jesus nos leve, com consciência cristã, nesta Quaresma, ao "gesto concreto" que nos propõe a Campanha da Fraternidade deste ano: "ERAS TU SENHOR?!" + FRANCISCO

A Campanha da Fraternidade, realizada no tempo ss Quaresma é o instrumento que a Igreja do Brasil apreserta a todos nós, cristãos, para que aconteça esse gesr xncreto de fraternidade que deve ser uma atitude permanente de compromisso e de solidariedade para com todos os irmãos e irmãs. No tempo da Quaresma, através de orações e de •erexões, aprofundamos o mistério da maldade, da vioSrca, da segregação, da discriminação que envolve a

Em preparação à Visita Pastoral nos Setores, está sendo elaborado um livreto contendo os vários diretórios e demais orientações pastorais já aprovados; o 2° Plano de Pastoral com as prioridades e os Ministérios. O livreto ajudará os agentes aterem uma visão de conjunto das orientações pastorais além de orientar sobre o objetivo geral da Visita Pastoral.

Conversão sincera e permanente Busquemos uma conversão sincera e eficaz para rvermos intensamente os mistérios que celebramos nes•ES quarenta dias da Quaresma. Por sermos fracos e esquecidos, principalmente, de nossos deveres para com •ossos irmãos e irmãs mais abandonados, a Igreja do arasil nos convoca a gestos concretos de fraternidade sue nos levam à conversão. Porém, não somos cristãos acenas na Quaresma. Somos cristãos desde que nos inserimos em Cristo no santo Batismo e entramos na co—'.Cidade dos que crêem no Cristo e testemunham com ategria, com perseverança e com fidelidade em todos os -:-lentos e em todas as circunstâncias da vida.

PREPARANDO A VISITA PASTORAL


B|Q;Pásina-.4.

PARA O que é Campanha da Fraternidade?

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Tema e o Lema - 1995

A Campanha da Fraternidade realizada no Brasil, durante a Quaresma, é um tempo extraordinário de evangelização em nosso país. A Campanha se realiza nas comunidades da Igreja e pretende promover a fraternidade em todos os ambientes sociais. A fraternidade pertence à mensagem central do Evangelho e é o primeiro caminho de conversão para os cristãos. Evangelizar é anunciar que, em Cristo, todos somos chamados a viver como filhos de Deus e irmãos entre nós. Qual seu objetívo? D C A evangelização através da CF se faz, cada ano, a partir de um tema central que toca profundamente a vida das pessoas, a estrutura da sociedade e a própria ação da Igreja. Assim, a CF convida todos a se re-evangelizarem, dando nova dimensão à Páscoa. É uma ajuda para viver o sentido pleno da Quaresma, num processo de conversão que, partindo do coração se expressa na vida de cada dia.

O modelo de desenvolvimento que exclui O capitalismo neoiiberal, progressivamente implantado no Brasil, é incompetente para resolver o drama social que aflige, ameaça e envergonha a sociedade. Esse sistema de desenvolvimento concentra a renda, a terra, os bens, os privilégios e o poder. Produz o endividamento, o desemprego e as desigual-

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dades. Não garante as condições para a vida: alimentação, educação, saúde, chão para morar, saneamento básico, transporte público e acesso à justiça. O lucro é valor absoluto e a medida é o capital e não a pessoa. Uma estrutura que mata A forma como se organiza a economia no mundo exclui os países endividados e menos desenvolvidos. Muitos países

• Ví wSS:"-': O rosto dos idosos 1Í|Ojí Numa sociedade em que produtivo, o idoso sobra. Aposentâocpf; ^S^Wl pela sociedade, com seus salários;;|jj-l minuídos, em outubro de 93 eram' l | |j . fjpe Af^^^p/g dos dòfen milhões e 400 mil. "o ^Tfic^^^íios últímt^iríos e.,§e^Ga;: O rosto dos encarcerados Ia q|l||/|xistam um O sistema penitenciário no Brasil é toas c i í i n a d a s . talmente ineficaz, desumano e com su-

O rosto dos prostituídos São marginalizados pelo seu comportamento e não se julga quem os usa ou obtém lucros com sua aíividade. A violência familiar, a pobreza, os traumas sexuais, o machismo, a falta de educação para o amor levam milhares de jovens e adultos a se prostituírem. Hoje, são 500 mil meninas peias ruas do Brasil.

pobres e, até um continente como a África, praticamente são sobrantes no sistema das nações ricas.

Uma cultura de morte A sociedade capitalista neoliberal promove o materialismo, o individualismo, a competição, facilita a alienação e a corrupção. A cooperação, o espírito comunitário, a solidariedade e o bem comum não são valorizados.

O ROSTO DOS EXCLUÍDOS

O rosto dos Moradores de Rua Eles não têm nome, nem endereço; não Para a sabem o que é futuro; não são produti- além vos. São exluídos porque são pobres, alto .. não têm saúde, inspiram medo, enfei-- ^^pilM^^;^; am a cidade.

perlotação. Em 297 estabelecimentos, há 2,5 preso por vaga.

O tema da CF 95 é: "A FRATERNIDADE E OS EXCLUÍDOS"; e o lema: "ERAS TU, SENHOR?!". O tema e o lema lembram aquela passagem do Evangelho de São Mateus 25,42-46, que ajuda a compreender o nosso trabalho: tive fome e não ME deste de comer; tive sede e não ME deste de beber, era peregrino, e não ME recolheste; nu e não ME vestiste; enfermo e na prisão, e não ME visitaste...

projeto de vida. Há os que se destroem com a droga e os que se enriquecem à ;;:custa do vício alheio.

|i p rosto dos alcoolizados pobres e com grande excomo o nosso, o alcoolismo reuma saída, fácil e barata, para a dura realidade da vida.

dos desempregados o a Organização Internacional y;;|^i|ijabalho, só 30% da população está itKada no mercado formal de íraba|í|;ÍÍos 70% excluídos deie, 30% não , 22% são subempregados, são desempregados.

|p J$ rosto daqueles que não &£' fazem falta lNossas estruturas económicas fabrinormal, ifcp | • • ;S.od- jcam, cada vez mais, um grande númeedade não:;;W|i^ií;espSp • ' p ^|f| xíro de pessoas totalmente dispensáveis. vidade e os impede táJil ! y Somos campeões na má distribuição de sua cidadania. das riquezas: 1% da população usa 14,6% da renda nacional, enquanto os O rosto dps||}r -1||.; A droga atinge ric^sff Jpbí:/' .^pes- 50% mais pobres tiveram que brigar soas a empregam pár|.|ngiípf;;á:fome! para ter aigum acesso a 11, 2% do total para suportar a angúif f|;da falta de um desta mesma renda. 7 milr í p é'


5 - Pápina - BIQ

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O Profeta Miquéias percebe as causas da exclusão no seu tempo e critica as lideranças do povo. Para Miquéias a injustiça que pulveriza o povo consiste em: •O- arrancar a pele e a carne do povo pela violência institucionalizada. •^ comera carne do povo, tratando-o como animal. <0 quebrar os ossos do povo, esmagando-o . o repartir o resto da carne do povo na panela, pela humilhação mais dolorida. (Mq3,1-4) Com essas palavras fortes Miquéias quer nos fazer sentir o que é a lógica da exclusão. O povo de Israel olhou para sua sociedade e fez o que chamamos, na Igreja,

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AS CAUSAS DA EXCLUSÃO

de VER. Não gostaram do que perceberam. Dirigem-se a Deus procurando como AGIR. " ... Ó homem, a você já foi explicado o que é bom e o que Javé quer: praticar o direito, amar a misericórdia, caminhar humildemente com o seu Deus". (Mq 6,8) -O- Praticar o direito refere-se ao conjunto da sociedade, no nível político, económico, cultural. -O- O amar a misericórdia faia da necessidade de uma vida em comunhão que nos apoie para sempre buscarmos a justiça. •O O andar com humildade nos chama à conversão, a sermos íntegros e à responsabilidade pessoal. JESUS E OS INCLUÍDOS

Jesus, no seu ministério, insiste na inclusão dos excluídos e por isso entra em conflito, principalmente com os fariseus: sentar-se à mesa com prostitutas, coletores de impostos e pecadores de todo tipo é característica essencial do ministério de Jesus. O banquete dos fariseus: para os -ariseus a santidade era entendida como seraração do impuro. Sentavam-se à mesma ~iesa só os "puros".

's.

A Campanha da Fraternidade exige conversão diária nesses aspectos. -O- Qual é nossa visão dos excluídos? Temos preconceitos? Temos medo dos moradores de rua? Receio de conviver com os deficientes, dificuldade em nos comunica r com os idosos? -O* O grupo ou comunidade à qual pertencemos tem qualquer prática de exclusão? Como será o processo de conversão do nosso grupo durante esta Quaresma? -O* O que podemos fazer, como Igreja, para ajudar a acabar com as causas da exclusão?

ABRA SEU CORAÇÃO "

'Alguém corre risco de vida e devemos soenrrer. O socorro imediato é aquela atenção que -ao podemos deixar sara amanhã", *O cristão deve assumir o anúncio do Deus da VIDA, 3on todas as suas consequências: o rrstão é aquele que tem a prática dos que se põem ao lado da VIDA defendendo-a quando aneaçada e desenvolvendo novas práticas ae solidariedade. A atitude fundamental do srscão é de sempre beneficiar aquele que -s 5 precisa. Quem tiver algum posto na sosecade usará de sua influência para atender anmeiro quem mais precisa. Tomará decisões aue irão contemplar principalmente, as ne:f ?= cJades do povo sofrido".

Jesus senta-se à mesa com todos: como os rabinos, Jesus ensinava à mesa e usava o banquete como símbolo do futuro. Mas a prática de Jesus à mesa mostra que Ele não aceita a ideia de separação como santidade. A ceia de Jesus: Para Jesus a ceia é a celebração da volta dos excluídos. O evangelho é a boa nova de que os excluídos serão incluídos e o cristianismo é a religião da salvação pela inclusão.

SUA COMUNIDADE DEVE SER UM CENTRO DE MISERICÓRDIA

-v* Abra espaços para Centros de Convivência com idosos, drogados, leprosos, portadores de HIV, menores que sustentam sua família. ^X Mantenha Casas de acolhimento para sofredores de rua. <* Promova o acolhimento aos alcoólicos Anónimos e Neuróticos Anónimos. •$• Incentive os ministérios da Visitação, da Acolhida, da Consolação. ^ Desenvolva programas do tipo "Família acolhe Família". -O- Aproveite, integralmente, nos períodos da manhã, tarde e noite os espaços da comunidade, para acolher os excluídos e suas entidades. ^ Verifique se o seu Município está cumprindo o Estatuto da Criança e do Ado'escente.

• Organize, na comunidade, a coleta da Campanha da Fraternidade. Será o GESTO CONCRETO da sua comunidade, sinal da conversão quaresmal. GESTO CONCRETO

"A fé sem obras é morta", diz São Tiago. A contribuição económica na CF é resultado da nossa vivência quaresmal. Nós não estaremos dando o que nos sobra, mas aquilo de que temos necessidade. Não pode ser esmola, mas contribuição única, no ano, para a ação pastoral da Igreja no Brasil. A contribuição económica é fruto de nossa corresponsabilidade eclesiai. Sê generoso e alegre na sua oferta.


BIQ-Páoina-6

CATEQUESE EM DESTAQUE CATEQUESE E OS EXCLUÍDOS: PISTAS PARA AGIR O objetivo da catequese é conscientizar as pessoas sobre o Projeío de Deus, que é dar vida plena a todos os seus filhos. Essa conscientização deve acontecer continuamente dentro do grupo de catequistas, na comunidade cristã e na sociedade, para que esse Projeto de Vida seja concretizado logo! Mas, como fazer isso agora, dentro do tema da CF-95? a) Excluídos da catequese? Existe isso? Refletir com o grupo de catequistas: <* há pessoas na comunidade local que não têm recebido formação em nenhum nível? <* quais as necessidades dessas pessoas? (formação bíblica, litúrgica, humana...); *> o que pode ser feito para atender essas necessidades? b) Excluídos da comunidade? Como assim? Refletir com o grupo de catequistas: <* as famílias que vivem na área da comunidade conhecem as pastorais que são desenvolvidas ali? Sabem que podem (e devem) participar? *> como conscientizar a comunidade de que é preciso organizar a Pastoral da Acolhida?

<* como conscientizar a comunidade da importância Unidade? *> a comunidade está sendo um sinal do Reino pa bairro ou cidade onde está implantada?

c) Excluídos da sociedade? O que temos a ver com e Refietir com o grupo de catequistas: *** no seu bairro ou cidade, que pessoas estão se excluídas da vida económica, social e política? *> quais são as causas dessa exclusão? Procurar conhe las a fundo, evitando cair nas armadilhas que os M de Comunicação têm apresentado hoje em dia; *> o que a comunidade cristã pode fazer para comb as causas da exclusão e acolher os excluídos, ajud do-os em suas dificuldades económicas, sociais, ticas e religiosas?

Para que a Verdade apareça, os catequistas têm procurá-la, estudando o material da CF-95, lendo jorna revistas, conversando e trabalhando em equipe.Conhe sempre mais a Bíblia, que nos apresenta o Deus da V sempre ao lado do mais fraco, do excluído. Que o Deus Bíblia guie nossos corações e esforços no sentido de mover a Vida para Todos!

CECAD PROMOVE A ESCOLA CATEQUETICA DIOCESANA - ECO Com o objetivo de oferecer aos catequistas da Diocese formação metodológica, o CECAD está organizando a Escola Catequética de Osasco - ECO, que iniciará suas atividades em março. A decisão foi tomada na última reunião de coordenadores diocesanos de catequese, na sede do CECAD, dia 18 de fevereiro. Para participar dessa primeira etapa da ECO, as equipes de coordenação setorial estão selecionando catequistas que tenham um mínimo de três anos de caminhada e estejam disponíveis a partilhar a formação recebida com os setores e paróquias. As vagas serão limitadas a 35 participantes, dis-

tribuídas entres os setores Santo António, Bonfim, Carapicuiba e Barueri. Os setores Cotia e São Roque terão a Escola Catequética em um núcleo especial, devido as grandes distâncias. A ECO pretende ser uma incentivadora das Escolas Catequéticas de nível setorial e paroquial, onde são formados os catequistas iniciantes. A ECO tem como objetivo, também, aprofundar a formação junto à coordenação diocesana, o que já vem acontecendo aos terceiros sábados. Por isso, não haverá mais a reunião de coordenadores no terceiro sábado, pois o CECAD atenderá a ECO como prioridade. As aulas da ECO estão programa-

FORMAÇÃO CONTINUA DOS CATEQUISTAS Caderno catequético n° 4

(TEOLOGIA l ((((UTURC!*!))) [FORMÃÇÃOMUMÃNÃ/I [

ESPIRITUALIDADE

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A Coordenação da Catequese elaborou este Caderno para à formação dos catequistas, publicado pela Editora Paulus. Nele encontram-se a metodologia catequética e abundantes pistas para a elaboração de programas que ajudam a formação e o crescimento da fé dos catequistas. Estes poderão desenvolver conteúdos doutrinais, bíblicos, pedagógicos e psico-sociais, bem como assumir a missão de catequista com mais clareza e segurança, inseridos na Pastoral Orgânica da Igreja.

das para todo primeiro e terceiro sá do de cada mês em Osasco e em C No programa, estão a Pessoa do c quista, a Comunidade catequizado a Metodologia a ser usada nos enc tros catequéticos das comunidades. esses os três aspectos que se aprofundados no decorrer do curso

Está sendo estudada a possibil de de o mesmo curso acontecer uma noite durante a semana. Essa ternativa será concretizada à me que houver interesse e disponibilid por parte dos catequistas. O CEC pede que os catequistas interessa se manifestem, junto às equipes coordenação dos setores.

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It [ RENOVAÇÃO CARISMÁTICA | H l i í 11g -k, _3_ O DOCUMENTO DOS BISPOS ORIENTA QUANTO À PRÁTICA DA RCC E RECONHECE SUA CONTRIBUIÇÃO À IGREJA NO BRASIL. O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, divulgou um documento com orientações Pastorais sobre a Renovação Carismática Católica. A palavra dos bispos era ansiosamente aguardada, principalmente pelos membros da RCC em todo o país. Os bispos insistem para que a RCC assuma as diretrizes e orientações pastorais da CNBB. Explicam que "a Coordenação Nacional da RCC terá um bispo designado pela CNBB, como seu Assistente Espiritual, que lhe dará acompanhamento e ajudará nas questões de caráter nacional, zelando pela reta aplicação destas orientações pastorais, sem prejuízo da autoridade de cada bispo diocesano". Além disso, o documento orienta para que os membros da RCC participem de encontros, cursos, círculos bíblicos e outras atividades pastorais e de formação, bem como de momentos fortes da vida eclesial, tais como a Campanha da Fraternidade, Mês da Bíblia, Mês Missionário e outros. A RCC, por sua vez, deve ter legitimamente reconhecidos seus encontros e reuniões específicas, com sua espiritualidade e métodos próprios, dentro da doutrina da fé e em comunhão com a Igreja Católica. Para evitar desvios, os bispos dizem que as tarefas de coordenação, animação de grupos e evangelização devem ser confiadas a pessoas adequadamente preparadas e de comprovada vivência cristã. Quanto à leitura e interpretação da Bíblia, não se podem utilizartextos ou palavras, sem referência ao contexto e ao conjunto da Bíblia. O documento alerta, ainda, para os riscos do fundamentalismo e do intimismo, O primeiro é o risco de fixar-se apenas no que as palavras dizem sem respeitar o contexto nem a contribuição das ciências bíblicas e segundo é o de interpretar a Bíblia de modo subjetivo. Com relação a algumas questões bastante específicas da RCC, destacam-se alguns trechos do documento

Batismo no Espírito Será melhor evitar o uso dessa expressão ambígua, por sugerir uma espécie de sacramento. Poderão ser usados termos como "efusão" ou "derramamento do Espírito Santo". Dons e Carismas O grande dom é a caridade. Os carismas devem ser recebidos com gratidão e consolação. E não devem sertenerariamente pedidos nem se ter a presunção de possuí-

los (cf. LG 12). "Haja muito discernimento na identificação de carismas e dons extraordinários. Diante das pessoas que tenham carismas especiais, o juízo sobre sua autenticidade compete aos pastores da igreja."

Dom da Cura "O Senhor dá a algumas pessoas um carisma especial de cura, para manifestara força da graça do Ressuscitado." Ao implorar a cura não se adote qualquer atitude que possa resvalar para um espírito milagreiro e mágico, estranho à prática da Igreja Católica. O Óleo dos Enfermos não deve ser usado fora da celebração do Sacramento.

Orar e falar em línguas "O destinatário do orar em línguas é o próprio Deus, por ser uma atitude da pessoa absorvida em conversa particular com Deus. O destinatário do falar em línguas é a comunidade. O apóstolo Paulo ensina: "Numa assembleia prefiro dizer cinco palavras com a minha inteligência para instruir também aos outros, a dizer dez mil palavras em línguas" (1 Cor 14,19). Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido. Não se incentive a chamada oração em línguas porque nunca se fala em línguas sem que haja intérprete."

Dom da profecia Na Bíblia, profeta é o que fala em nome de Deus. "É um dom para o bem da comunidade e não tem em vista adivinhações futuras". Haja grande discernimento quanto ao dom da profecia, eliminando qualquer dependência mágica e até supersticiosa. Em Assembleias, grupos de oração, retiros e outras reuniões evite-se a prática do assim chamado "repouso no Espírito". Essa prática exige maior aprofundamento, estudo e discernimento.

Poder do mal e exorcismo "Nem tudo se pode atribuir ao demónio, esquecendo-se o jogo das causas segundas e outros fatores psicológicos e até patológicos. Quanto ao "poder do mal", não se exagere a sua importância. E não se presuma ter o poder de "expulsar" demónios. O exorcismo só pode ser exercido de acordo com o que estabelece o Código de Direito Canónico (Can. 1172). Por isso, seja afastada a prática, onde houver, do Exorcismo exercido por conta própria".

A CARITAS DIOCESANA AGRADECE DOAÇÃO AOS DESABRIGADOS As chuvas que caíram, sobre a grande São Paulo fizeram com que inúmeras íamílias ficassem em situação precária, ac perder suas moradias e alojamentos. 3-ande parte delas foi abrigada em essotas, barracões, e centro esportivos das ^feituras e outros locais. Os municíncs de Itapevi e Cotia chegaram a derrear estado de emergência. Os demais --•••cípios, como Carapicuiba e Jandi-=. também sofreram as consequências 3e Deslizamentos e enchentes. ~'£^te da situação, a Diocese de Osas-

co, através da Caritas, solicitou a todas as comunidades a realização de uma coleta no dia 19-02-95, como também doação em géneros não perecíveis. A resposta a este apelo não se fez esperar. Houve uma pronta e generosa demonstração de solidariedade e fé, testemunhando a fraterna caridade e dedicado amor que a Igreja manifesta às pessoas e famílias, especialmente as mais pobres. Foram doados centenas de quilos de alimentos, uma quantidade considerá-

vel de roupas, colchões, colchonetes e até móveis e utensílios domésticos. As doações em dinheiro foram encaminhadas ao serviço-emergência Caritas, para contribuir com o projeto de reconstrução dos lares afetados. Em vista do empenho e esforço realizado por todas as comunidades, em aliviar o sofrimento das famílias desabrigadas, a Caritas Diocesana de Osasco quer agradecer tão nobre e expressivo gesto. Deus lhes pague!


NOTICIAS DIOCESANAS PLANEJAMENTO DAS COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

x.

CONVITE AOS RELIGIOSOS

EQUIPE DIOCESANA DE CEB's

COORDENAÇÃO

CRB - OSASCO

As reuniões da Equipe Diocesana de CEB's destinam-se à formação e informação dos agentes, para que possam colaborar na animação de suas próprias comunidades, no setor e na diocese.

Setor Carapicuiba - Pé. Cláudio Gabriel dos Santos, Maria Madalena Marcolino, Verónica Barroso Gois; Setor Santo António - José Ponteies da Silva, João Roberto da Costa, Una de Sá Aguiar;

Ir. Bernadete de Lourdes da Silva co munica aos religiosos(as) a progr mação para 1995.Temas:

Setor Bonfim - Raimunda Evanilda Araújo; Setor Barueri - Manoel António dos Santos e José Fernandes da Silva.

Data: 18/03/95 Horário: 8:30 às 12:00 Local: Casa de Formação D. Orion

Local: Centro Diocesano de Pastoral Horário: Das 14:30 às 17:00 horas 04/02: Reunião de Planejamento 25/03: Histórico das CEB's no Brasil e na Diocese de Osasco 29/04: Seminário sobre CEB's e Exclusão Social 03/06: CEB's, seitas e movimentos 19/08: As prioridades pastorais e a pastoral urbana 30/09 e 04/11: a definir

Representantes da Diocese no Sub Regional SP-2 Manoel António dos Santos, Comunidade N. Sra. de Fátima (Jandira) João Roberto da Costa, Comunidade Bom Jesus Crucificado - Osasco.

ENCONTROS E CELEBRAÇÕES 11/02: Assembleia Diocesana sobre a Campanha da Fraternidade -1995 Local: Centro Diocesano de Pastoral das 8:30 às 12:30 horas. 21/22/23 de abril: Seminário Estadual das CEB's em Tupã (SP) 01 de maio: Dia do Trabalhador- Celebração na Catedral 21/05: Encontro de CEB's - Setor Santo António

15/06: Festa de Corpus Christi: Celebração nos Setores 15/16/17 de setembro: Encontro Regional Sul 1, em Ribeirão Preto 24 de setembro: Encontro das CEB's do Setor Carapicuiba 21 de outubro: Assembleia Diocesana - Centro Pastoral 01/02/03 de dezembro: Retiro Diocesano das CEB's - Ibaté - São Roque

Sínodo da Vida Consagrada

Ética e Vida Religiosa Data: 17/05/95 Horário: 14:30 às 17:00 Local: Padres Paulinos Congresso Missionário Latino Americano

Data: 19/08/95 Horário: 15:00 Local: Colégio N. Sra. da Misericórd Espiritualidade, Avaliação, Confraternização Data: 28/10/95 Horário: 9:00 Local: Irmãs Pastorinhas.

Caminhemos juntos e testemunhe mos Jesus - o Senhor da Vida - qu sempre se identificou e se solida zou com os Excluídos.

CALENDÁRIO PASTORAL MARÇO - 1995 01 -Q 02 -Q 03 -S 05 -D 07 -T 08 -Q 09 -Q 10 -S 11 -S 12 -D -

CINZAS Núcleos: Sagrada Família e Espírito Santo - 20 h INÍCIO DA VISITA "AD LIMINA" ABERTURA DA CF95 - CATEDRAL - 20 h 1° DOMINGO DA QUARESMA Conselho de Pastoral - Setor Santo António - 20 h PP. Setor Barueri - 8:30 h PP. Setor Cotia - 9 h PP. Setor Santo António - 9 h PR Setor Bonfim - 9 h Reunião do Setor Carapicuiba - 20 h DIA DA MULHER- Setor Carapicuiba Coord. Comunidades - S. Bonfim, Remédios - 8:30 h 2° DOMINGO DA QUARESMA ENCONTRO DIOC. LITURGIA - C. PASTORAL Coord. Comunidades - S. Bonfim, Piratininga 14:30 h 14 -T - Núcleo Novo Osasco - 20 h

15 -Q 16 -Q 18 - S -

PP. Setor São Roque - 9 h PP. Setor Carapicuiba -14:30 h Agentes de Pastoral - Setor Santo António - 20 Equipe Dioc.de Catequese-CECAD-8:30 h Min. do Batismo e Testemunhas Qualif.- S. Bonfi Remédios-8:30 h 1 9 - 0 - 3 ° DOMINGO DA QUARESMA - Min. do Batismo e Testemunhas Qualif. - S. Bonfi Piratininga-14:30 h 20 -S - FESTA DE SÃO JOSÉ 25 -S - ANUNCIAÇÃO DO SENHOR - Equipe Diocesana Catequese - V.Grande -14 h 26 -D - 4° DOMINGO DA QUARESMA - Pastoral da Família - Setor São Roque -14 h 28 -T - Conselho de Presbíteros - Sem.São José - 9 h 31 -S - Comissão Dioc. Administração - CEO - 8:30 h - Conselho de Pastoral - Setor Cotia - 20 h - Conselho de Pastoral - Setor São Roque - 20 h


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