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oletitn nfoi mativo de VI - n 49 sasco Ano Maio- 1995 a

gaúífo, do sim, para recuperar os nãos e sempre acolher amor anunciado.

^Xaria do silêncio silêncio em semente para espalhar em nossas terras a palavra de vida. v\aria bela, bela de luz para iluminar os rostos fechados ao sol do menino. ^Xaria de todos os dias, para debulhar mil instantes do dia como contas de um rosário. [X^ria ternura, para os nossos beijos voo de pássaro sobi frontes desertas. Cearia sorriso, para viver em flores, flores acolher p quem passa. ^\aria das lágrimas, lágrimas em rio para irrigar corações secos. _\aria do alto, rão bem colocada, reza por mim tão mal colocado. ^Xaria memória, memória fiel, lembra-te de mim quando os meus pés cheios de terra entrarem na VIDA. Eu te saúdo, £Xaria, Maria Mãe, Maria que eu amo. Assim seja. Michel Quoisí


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INFORMANDO ENCONTRO REGIONAL DE CEBs A Equipe Regional de CEBs já iniciou os preparativos para o próximo encontro estadual. A Equipe Regional vai preparar um dos mais significativos encontros que, debaterá o tema "CEBs, vida e esperança das massas". Será o 11° Encontro Estadual que busca celebrar os passos da caminhada, dificuldades e lutas, conquistas e sonhos. Vai acontecer em Ribeirão Preto, nos dias 16 e 17 de setembro, com possibilidades de reunir cerca de 1.200 delegados de todas as Dioceses de São Paulo. ENCONTRO SETORIAL DE CEBs

O Encontro Setorial de CEBs será: Data: 21 de maio de 1995 Horário: das 8:00 às 17:00 horas Local: Centro de Pastoral (Catedral) Taxa de inscrição: R$ 1,00 Os participantes devem trazer lanche para colocarem comum. SEMANA DE ORAÇÃO PELA UNIDADE DOS CRISTÃOS

Será realizada nos dias 28 de maio a 04 de junho próximo, com o tema: "Koinonia: comunhão com Deus e uns com os outros". Para celebrara Semana, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) elaborou subsídio contendo leituras bíblicas, cantos, reflexões para serem utilizadas cada dia da Semana. O subsídio, com 72 páginas, pode ser solicitado ao CONIC: Rua Senhor dos Passos, 202 - CEP 90020-180 - Porto Alegre (RS). XI ASSEMBLEIA GERAL DA CARITAS Será em Brasília (DF), de 30 de junho a 04 de julho de 1995, e será marcada pela prática da solidariedade e pela vivência da espiritualidade. Será avaliado o Plano Quadrienal 1991-1995 e serão realizadas as eleições para a Diretoria Nacional para o próximo quadriénio. A Assembleia definirá, também, opções e linhas de ação da missão da Caritas. A Comissão Preparatória da Assembleia elaborou um instrumento de trabalho para ajudar os particiantes a se prepararem para o evento.

'CATEQUESE PARA UM MUNDO EM MUDANÇA" É o novo volume da coleção "Estudos da CNBB", n° 73. Acaba de ser lançado porPauIus Editora.O livro apresenta o que foi visto, debatido e estudado no VI Encontro Nacional de Catequese, realizado em Brasília (DF), de 05 a 09 de setembro de 1994. O tema do encontro foi "Catequese para um Mundo em Mudança", que dá título ao livro. As reflexões feitas são fruto de um processo no qual a Dimensão Bíblico-Catequética da CNBB tem buscado, num grande mutirão com as co-

ordenações regionais, estudaras características da moderna sociedade urbana, com os desafios que ela apresenta à educaçãc da fé. Questões muito atuais aparecem nesse texto, construído a partir das inquietações e constatações percebidas na realidade concreta da catequese de hoje Trata-se de material bem fundamentado, que certamente será de utilidade para quem quer fazer uma catequese fiel às exigências do Reino e atenta aos sinais dos tempos.

PASTORAL DA CRIANÇA

PE. JARBAS ASSUME ASSESSORIA NA CNBB

No dia 23 de março, a Pastoral da Criança divulgou o relatório referente às atividades do 4° trimestre de 1994. O relatório informa que a Pastoral da Criança atingiu, nesse período, 27 Estados, 2.109 municípios, 1.557.817 famílias, 105.230 gestantes e 2.179.815 crianças menores de 06 anos, acompanhadas em educação para a saúde e cidadania dentro do contexto familiar e comunitário. O trabalho foi realizado por 67.784 líderes comunitárias voluntárias treinadas, que moram nas mesmas comunidades carentes.

Pé. Jarbas Brandini Dutra, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração, diocese de São José do Ric Preto, SP., é o mais novo assessor da CNBB. Pé. Jarbas assume a Dimensão Comunitária e Participativa do Setor de Leigos. Além de prestar assessoria junto á CNBB ele continuará prestando serviço como secretário pastora; do Sub-regional de Ribeirão Preto membro da Comissão Representativa

EDUCAÇÃO PARA A COMUNICAÇÃO

A CNBB publica uma proposta do Setor a Especialização dos que apresentarerr de Comunicação da CNBB para a for- inclinação para a comunicação. Ests mação de nossos seminaristas para a proposta pode ser aproveitada nas CaComunicação: Educação para a Co- sas de Formação de religiosas, nas dimunicação. versas etapas de sua formação. Ne O programa desenvolve um currículo Propedêutico/Juniorato destacamos c mínimo através das etapas da forma- aspecto da Comunicação como relações ção, desde o Propedêutico/ Juniorato, humanas; Filosofia correspondente a cursos de Filosofia e Teologia incluindo formação da consciência crítica; teolca necessária Formação Permanente e gia tem em vista o caráter pastoral. NA CASA DO PAI No dia 6 de abril de 1995 faleceu o Pé. Ari António Camello. Natural do Rio Grande do Sul, nasceu no dia 27 de fevereiro de 1949. Ingressou na Congregação dos Cónegos Regulares Lateranenses. Durante a sua vida sacerdotal, trabalhou com a juventude, foi formador dos seminaristas, professor, pároco e Superior das Comunidades da Congregação. Após uma doença dolorosa enfrentada com paciência e fé, veio a falecer em São Paulo. Foi sepultado em Santa Lúcia do Piai, RS onde moram seus pais.

Tem 5 irmãos entre eles o Pé. José Carlos também da mesma Congregação. Pé. Ari revelou uma personalidade muito rica. Foi um padre dedicado, cheio de vida e de entusiasmo no seu trabalho sacerdotal. Perdemos um amigo, mas ganham; um intercessor!


CAMINHANDO COM O PASTOR

3.-Página :.BIO S;. ..', , - L l. -",,J:

FAMÍLIA SANTUÁRIO DA VIDA O nosso Boletim, este mês nos traz, nas páginas do centro, aigumas reflexões sobre a família. E nós cristãos não podemos falar de família sem nos lembrar da Sagrada Família de Nazaré. Ela, na história dos lomens, foi-se constituindo segundo o projeto de Deus, para que surgisse a "VIDA PLENA", Jesus ^—_ .. ..—-—-—\, o grande e definitivo vencedor da "VIDA PLENA", morte. Jesus Cristo, o Realmente toda a grande e definitivo família é constitui-

com o Evangelho da Vida. O consentimento de Maria, na Anunciação, e a sua maternidade situam-se na própria fonte do misté\a para que a vida rio daquela vida que Cristo veio dar aos homens (Jo 10,10). Através do acolhimento e carinho que Ela prestou à vida do Verbo vencedor da morte. feito carne, a vida do homem foi salva da condenação N •—— * se manifeste entre à morte definitiva e eterna". ;s homens. Vida que já existe na sinceridade e na fide- Defendamos a vida em todas as suas expressões, pois cade do amor entre dois seres que juram amarem-se ela nos mostra a glória de sermos criados "à imagem sara sempre. Vida que maravilhosamente surge com o e semelhança de Deus", o Senhor da Vida. Afastada -.ascimento de novos cristãos e novos cidadãos que toda violência e todos os sinais da morte, convém pu. ~ão renovar a Igreja, fazendo-a, segundo o desígnio rificar continuamente as nossas mentes e os nossos :e Deus: um só Rebanho com um único Pastor, trazen- corações de todo sentimento de inveja, de rancor, de :c à sociedade, não apenas a y ressentimento, de discriminação, que es:>e*3~ça. mas a realidade da sufocam o homem por dentro, levanAtravés do fraternidade. do-o a viver em sepulcros de morte e acolhimento e carinho Convém, portanto, neste mês predispondo-o, continuamente, às que Maria prestou :e "aio, dedicado à Nossa Seações contrárias a vida. à vida do Verbo -rora. ler, meditar e viver os ensiNossa Senhora, Mãe da "VIDA" -2~5"tos da última Encíclica de que é Jesus, nos acolha em seu feito carne, -csso querido pastor, o Papa João regaço de amor e nos purifique a vida do homem - = _ o II "O Evangelho da Vida". E de todos sentimentos e todas foi salva :c-= cerá-la à luz do testemunho de as ações que atentem à vida. V Todo cristão deve ser verda-;= - se expressa o Papa na conclusão de sua deiro discípulo de Jesus, que se proclamou "Eu sou a £•: : :a: "Quem esteve a acolher a "vida" em nome e VIDA", por isso só pode servir e amar às obras que • to de todos foi Maria, a Virgem Mãe, a qual, por geram vida. ".esmo, mantém laços pessoais estreitíssimos + FRANCISCO OCVINGO DO BOM PASTOR Dia 7 de maio

32° Dia Mundial de Oração pelas vocações Tema: a Pastoral da Juventude e a Pastoral Vocacional se completam. - Igreja convida a todos a rezarem pelas vocações religiosas e sacerdotais.

AGRADECIMENTO Profundamente confortado com 35 demonstrações de carinho e amizade que recebi dos meus irmãos no episcopado, do meu presbitério, das religiosas, de modo especial as contemplativas, dos meus seminaristas e de muitos membros das queridas comunidades, através de cartas, cartões, telegramas, telefonemas, delicados presentes e principalmente das fervorosas orações, senti que minha Igreja me sustentou no momento de muito sofrimento. Jesus Crucificado permitiu que eu

vivesse uma Paixão dolorosa, acompanhando a liturgia da Semana Santa, mas, que com a sua graça eu pudesse celebrar uma Páscoa na alegria de uma melhora de saúde. Serelalnda eubmetldoa uma cirurgia no princípio do mês de maio, por Isso espero contar com as preces de todos meus queridos Irmãos e amigos. Que as alegrias da Ressurreição do Senhor permaneçam com todos. Com fraterno abraço e benção espiritual, agradeço a todos de coração. + Francisco Maio - 1995


PATERNIDADE E MA' l- PROJETO CONJUGAL Por que construir um projeto? Para um homem e uma mulher construírem sua vida conjugal torna-se essencial ter um projeto, saber as etapas que vão passar (sozinhos e com os filhos), os valores que vão viver, transmitir e defender, o estilo de vida que vão assumir, que atitudes vão ter diante do trabalho profissional.

O projeto conjugal O projeto conjugal é construído, necessariamente, aos poucos, pela vida em comum de um homem e de uma mulher que se amam e que têm princípios e convicções em comum. De sonhos da época de namoro ou noivado, quando ainda predominam dois projetos de vida, duas heranças e modelos culturais, a vida a dois exige um diálogo profundo para estruturar um conjunto de ideias, crenças e valores que vão formar a bagagem cultural e vital do novo casal e da nova família. Assumir e construir um projeto conjugal é criar um novo estilo de vida, novos gostos, uma nova relação de parentesco, uma nova maneira de ver as coisas e o mundo, uma nova atitude diante do trabalho como fator gerador de riquezas e de possibilidades de aumentar os níveis de bem-estar

de todos, um jeito próprio de organizar uma casa. O projeto conjugal comporta algumas exigências: 4- o casal precisa ser cada vez mais casal, plenamente humano e cristão, que vive em plenitude seu matrimónio, seu pacto conjugal; o casal precisa ser fecundo, viver o amor gratuito e total entre si e aberto à transmissão da vida. •& o casal precisa ser responsável social e pastoralmente. Ele não pode viver somente para st e para sua família, mas ser aberto aos outros. ^ o casal precisa promover a unidade e a comunhão de outros casais e famílias, pela vivência, testemunho e transmissão de valores evangélicos.

Criar uma nova imagem do casal Em nossos dias, são muitos os problemas conjugais e familiares. Eles resultam, em grande parte, falta de preparação para a nova vida conjugal e familiar. Da falta de valores fundamentais que devem ser assumidos por duas pessoas quando decidem se casar, da falta de um projeto conjugal e familiar a construir.

2. PROJETO ESPIRITUAL Um projeto espiritual para o casal e para a família lhes dá forças e os une cada vez mais. Cristo nos dá um bom exemplo de planejamento quando, em Mateus 7,24-27, fala da casa feita sobre a rocha e da casa feita na areia. A rocha é a Palavra de Deus.

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Condições necessárias para um projeto conjugal Como pressuposto do projeto da família, vem o projeto espiritual do casal. Inicialmente, o projeto não pode ser só do marido ou só da mulher, há que ser

dos dois. Para montá-lo, existem dois p ré-requisitos fundamentais, já que o trabalho vai será dois: a) Diálogo conjugal O casal que dialoga, que conversa entre si e sobre si, tem mais facilidade em montar qualquer projeto de vida e torná-lo realidade. Dialogar é ser capaz de falar, ser capaz de ouvir. b) Oração conjugal O casal que ora, invoca para si a participação de um terceiro: Cristo. Com Ele as dificuldades são mais suportáveis, o diálogo mais fácil, o amor uma realidade muito forte. •$• Busca contínua da salvação. Cada um deve buscar sua própria salvação; na busca a dois, o apoio mútuo torna o caminho mais fácil. Oração. A oração é a vitamina da vida espiritual. É também o alicerce da casa feita sobre a rocha.

Participação nos sacramentos. A frequência aos sacramentos faz parte da vida do cristão. A Eucaristia é o Pão da Vida e sem ele vem a pior das fomes: a fome dos que não tem Deus dentro de si. Leitura da Palavra de Deus. No texto de Mateus, Cristo diz expressamente que a escuta de sua palavra é a rocha sobre a qual foi construída a casa capaz de suportar ventos, tempestades e torrentes. Participação comunitária. A participação em uma comunidade religiosa, como a paróquia, o engajamento em uma pastoral, em um movimento da Igreja são partes importantes num projeto espiritual. Prática da caridade. A famosa Carta de São Tiago nos diz que não existe fé sem obras. As chaves do céu são encontradas no amor ao próximo e na prática da caridade. Espiritualidade familiar. Não basta ao casal ter ele sua vida espiritual se a família não estiver incluída. A vida espiritual dos filhos deve ser a primeira preocupação de um pai e de uma mãe.


DADE RESPONSÁVEIS 3. FAMÍLIA: COMUNIDADE DE VIDA E DE AMOR Assim, graças a este amor que existe na família, esta se tornou célula básica Deus criou o ser humano, da Igreja. Chama-se mesmo Igreja dorr : j-o homem e mulher e, desta ma- méstica. neira, "inventou"a família. Quando o Quando este amor está aceso e vivo f*t>o desceu à terra quis nascer no cono coração dos membros da família, -açâo de uma família. Foi numa festa esta não conhecerá problemas e difi:-= casamento que deu início à sua vida culdades intransponíveis. :.: za. Somente o amor que vem do atto é que I-:- o Senhor o homem e a mulher à dará contributo no sentido de que a fa•5-3 imagem e semelhança". Basta mília não se feche em si mesma, não se «rã afirmação para explicar o que vem "aburguese", mas se abra à sociedade. = >e- a família no pensamento de Deus. Somente o Amor que vem de Deus poZ*~~s que é Amor, projetou a família derá fazer com que todos compreenx - : jma comunidade de amor: amor dam o profundo sentido da paternida-.real. paterno, materno e filial. de e maternidade responsáveis. Um amor que vem de Deus

Um amor que se constrói O amor na família não se consolida automaticamente depois do "sim". Ele se constrói: tem uma infância, uma adolescência e uma maturidade. Há um caminho a ser percorrido até que surja o amor pleno. No início da vida de família o afeto natural pode sustentar a união entre o casal. Com o tempo isto não basta. Se os dois não quiserem permanecer na mediocridade da vida cotidiana, deverão amar-se na qualidade do amor de Jesus, isto é, aceitando o outro como ele é não como gostaria que fosse.

4. FAMÍLIA: ESPAÇO DE CRESCIMENTO DA PESSOA -uando uma família, a começar pelo -•ai e pela mãe, tenta viver o manda-^ento novo de Jesus, o mandamento 3o amor recíproco, conseguirá ser espaço onde cada um cresce e se realiza 3omo pessoa. Crescer no amor Se os pais estão unidos em nome de Jesus, não se apresentam a si mesmo como "modelo", mas o modelo é Crisr: Tal modelo nunca desilude. Sua =-:cridade não oprime. Ao contrário, i -ca a progredir e liberta. H-5-do os cônjuges tomam a decisão :-r se amarem reciprocamente, e de

fato assim se amam, os filhos são colocados diante de suas próprias responsabilidades, autonomia e maturidade. Quando um filho é pequeno, os pais deverão se interessar pelo que se passa em seu íntimo, o que aliás, é sempre um mistério. Trata-se de uma atitude de empatia: sentir com e!e medo, alegria, encanto, limites e surpresas.

Crescer no diálogo À medida que o filho cresce, vai crescendo a importância do diálogo entre pais e filhos, e vive-versa. O melhor modo para deixar que os filhos sejam verdadeiramente livres é de que os pais

estejam sempre procurando se empenhar em serem livres, eles próprios antes de tudo. Cada filho é um projeto único e original. A criação continua. Os filhos são hoje essa criação continuada. A vida dos filhos e suas opções estão estritamente entrelaçadas com a vida dos pais. Esta participação na vida dos filhos por vezes se transforma em sofrimento, por outro lado também é explosão de alegria. O crescimento, tanto dos pais como dos filhos, passa através da dor e do amor, do perdão, dos riscos e da certeza.

5. FAMÍLIA E ACOLHIDA DA VIDA Quando se fala em acolhida da vida na família, pensa-se logo no acolhimento dos filhos. Sem deixar de lado esta ideia da acolhida da vida dos filhos, a família é toda ela espaço de vida.

Célula vital da Igreja e do mundo *C -^atrimônlo é um grande sacramen•c ue consagra, em certo sentido, o tomem e a mulher, como colaboradora do Criador na obra da transmissão x ^da humana". I =—:' é que sustenta e plenifica a «•ao do casal. A doação sem medi-

das de um para o outro suscita a presença de Deus transformando o ambiente num lugar de acolhida. Deus está presente nas pequenas coisas do dia-a-dia familiar. A família que cultiva a vida é portadora de vida. Uma sociedade que precisa de vida Na família se aprende a viver. A família deve viverde tal maneira que seus membros aprendam a cuidar e a responsabilizar-se pelas crianças, pelos outros em geral, mas particularmente pelos mais abandonados e também pelos idosos. Nas famílias que vivem amor há sempre lugar para atenções com respeito aos mais necessitados. Estes serão compreendidos e amados. Assim acolhidos ganham coragem de viver e descobrem sentido de vida.

A vida antes de tudo Será fundamental um profundo respeito por toda vida. A criança que foi concebida precisa nascer e ser acolhida na terra dos homens. O egoísmo comete o crime do aborto. A criança que vai crescendo precisa estar envolta numa atmosfera de vida. Seus sonhos, seus anelos, suas aspirações mais profundas precisam desabrochar. Teimosa ou dócil, normal ou deficiente, seguindo o caminho do bem ou tendo entrado no caminho das drogas todos precisam ser colocados diante da vida que se mistura com amor, acolhimento, solidariedade, carinho, aceitação das diferenças. Será preciso que o egoísmo ceda lugar à generosidade e que os pais acolham a chegada dos filhos, nunca lançando mão do aborto que mata a vida inocente e tíra da face da terra uma vida que poderia mudar o curso da história. Maio - 1995


PARABÉNS, JOO Dia 18 de maio de 1995, o Papa João Paulo II comemorará seu 75° aniversário. Para esta data jubilar a CNBB publicou um subsídio sobre a vida e o ministério de João Paulo II, do qual apresentamos alguns dados biográficos, para que nós, conhecendo um pouco a vida do Pastor da Igreja mais o amemos e respeitemos, unindo-nos às orações da Igreja Universal pelo seu aniversário natalício.

Data de nascimento 18 de maio de 1920. Batizado Karol (Carlos) Joseph, em 20 de julho do mesmo ano. Chamado pelo diminutivo Lolek ou Lolus (Carlinhos).

Família

PAULO II

gio local. Karol foi escolhido para saudálo. Impressionado pelas palavras de Karol, Dom Sapihea perguntou se não havia pensado em tornar-se padre. Disse que não, pois desejava prosseguir seus estudos de língua e literatura polonesa na universidade. O Arcebispo concluiu: é pena. Este rapaz irá muito longe. Quando, em 1944, Varsóvia se rebelou contra a invasão dos nazistas, estes acabaram concentrando todo seu furor contra Cracóvia. Obispo de Cracóvia acabou escondendo Karol no porão do Arcebispado, onde passou cinco meses sem ver o sol. Foi em 1944, no dia 12 de fevereiro, como operário e seminarista clandestino, que Karol sofreu um acidente que quase lhe roubou a vida. Ao retornar da usina, foi atropelado por um caminhão alemão. O diagnóstico médico acusou comoção cerebral com grandes ferimentos na cabeça. Mas, um mês depois, saiu curado do hospital.

O pai também se chamava Karol. Foi oficial do exército austríaco até a recuperação da independência da Polónia, em 1918. Faleceu durante a segunda guerra mundial, aos 62 anos. A mãe chamava-se Emília Kaczorowska. Faleceu quando Karol tinha apenas Ordenação e ministério presbítera! 9 anos, em 1929. O irmão, Edmond, formou-se em medicina. Morreu em 1932, vítima de epidemia de escarlatina. A O arcebispo de Cracóvia, Dom Sapihea, ordenou Karol irmã morreu com apenas alguns dias de vida, em 1914. presbítero no dia 1° de novembro de 1946. Como padre Karol foi o único sobrevivente. Aos 21 anos, ficou sem pais jovem, cheio de vida, estudava e pregava, organizava grupos de jovens e escrevia peças de teatro e poesias, passae sem irmãos. va horas no confessionário e cantava nos corais. Em 1947, Terra Natal o Arcebispo Sapihea enviou Pé. Karol a Roma. Lá, por dois anos, estudou no Angelicum, universidade eclesiástiWadovice, a 30 Km de Cracóvia, considerada capital religica dirigida pelos dominicanos. Aí, em 1948, obteve seu osa da Polónia. Tinha em torno de nove mil habitantes em doutorado em filosofia e moral, com tese sobre a ética em 1920, dos quais, dois mil, mais ou menos, eram judeus. Um São João da Cruz. dos grandes amigos de Karol foi um judeu.

infância e Juventude

Nomeação e ministério episcopal

Em 1938, afim de que Karol pudesse continuar os estudos, o pai mudou-se com ele para Cracóvia. Passaram a morar num apartamento pequeno e modesto. Karol inscreveu-se na Faculdade de Letras da Universidade e também na "Escola de arte dramática". Passou a frequentar sua nova paróquia, dirigida pelos salesianos, que tinha Santo Estanislau Kostka como padroeiro. Abalada pelas múltiplas dificuldades da guerra, a saúde do pai declinou rapidamente, vindo a falecer em 1941. Para fugir à perseguição do nazismo, Karol empregou-se na usina química Solvay. Inicialmente, o trabalho de Karol era numa pedreira, depois foi transferido para a usina propriamente dita. Pelo teatro e por outras articulações, Karol colaborou intensamente na resistência dos poloneses contra os invasores nazistas. Para despistar a polícia e não ser preso, precisou deslocar-se diversas vezes de um lugar para outro.

No dia 04 de julho de 1958, quando tinha 12 anos de padre e 38 de idade, Pé. Karol foi nomeado bispo auxiliar de Cracóvia, sendo consagrado no dia 28 de setembro. Escolheu como lema "Totus Tuus", em louvor à Virgem Maria. No dia 13 de janeiro de 1964, foi nomeado Arcebispo de Cracóvia. Bispo conciliar, participou da comissão de redação do documento "Gaudium et Spes" (Alegria e Esperança) sobre a Igreja no mundo de hoje. Pronunciou-se com frequência nos debates conciliares, acentuando a abertura e a prontidão da Igreja para o diálogo com os homens em qualquer situação, a dedicação permanente e prioritária à evangelização em linguagem própria dos tempos atuais. Em 26 de junho de 1967, foi nomeado Cardeal pelo Papa Paulo VI.

Vocação e Preparação ao Sacerdócio Deus sempre surpreende. No caso de Karol, serviu-se de um alfaiate do quarteirão onde morava para despertar nele a vocação sacerdotal. Em outubro de 1942, Karol entrou no seminário clandestino criado pelo Arcebispo de Cracóvia, Dom Adam Stefam Sapihea. Curiosamente, anos antes, Karol havia dito ao Arcebispo que não queria ser padre. O Arcebispo estava em visita a Wadovice. Foi visitar o colé1995 - Maio

Eleição e ministério papal

No dia 16 de outubro de 1978, o Cardeal Karol Wojtyla foi eleito Papa, assumindo o nome de João Paulo II. Sucedeu a João Paulo l, falecido no dia 28 de setembro de 1978, que por apenas 33 dias dirigira a Igreja, sucedendo a Paulo VI, falecido no dia 06 de agosto do mesmo ano. Foi primeiro Papa polonês da história da Igreja, o primeiro não italiano desde 1522 e o mais jovem (58 anos) desde 1846. Sua entronização solene no ministério petrino foi em 22 de outubro de 1978.


7 - Páqina - BIO

A MULHER NA EMIGRAÇÃO So Ano Internacional da Mulher, o Santo Padre en sua mensagem para o Dia Mundial do Migrante, escolheu como tema: "A mulher na emigração". O espaço crescente que a mulher foi conquistando no mundo do trabalho, teve como consequência o seu interesse cada vez maior nos problemas liga3cs às migrações. Basta pensar, antes de mais, nas mufieres que vivem o rompimento dos afetos, por terem deixado a própria família no país ou no estado de origem. O Concílio Vaticano II já recomendava: "Ao regulamentar a migração sal.e-se sempre a convivência doméstica* (Apostolícam actuositatem, 11). São se pode ignorar que, na situação de emigração, o peso da família vem *-equeníemente recair, em boa parte, sobre a mulher. C papa dirige um convite às ComuniSades cristãs, junto das quais chegam os migrantes, para que com o seu aco-

lhimento cordial e fraterno recebam "as de serviço à causa da evangelização. famílias dos emigrantes que devem Segui, com coragem e confiança, quanencontrarem toda a parte, na Igreja, a to vos sugerem o amor e o sentido de responsabilidade, para adquirirdes sua pátria. É este um dever conatural à Igreja, sendo como é sinal de unida- consciência sempre maior da vossa de na diversidade" (Familiaris consortio, vocação de esposas e de mães". 77). Maria que, sustentada pela fé no cumO Papa diz: "Penso em vós, mães, que primento das promessas do Senhor, viveu sempre atenta a colher nos aconarca is com as dificuldades quotidianas, sustentadas pelo amor para com os tecimentos os sinais da realização da vossos entes queridos. Penso em vós, Palavra do Senhor, acompanhe e ilumulheres jovens que vos encaminhais mine o vosso itinerário de mulheres, para um novo Pais ou Estado, desejomães e esposas emigrantes. Ela, que na peregrinação da fé fez a sas de melhorar a vossa condição e a das vossas famílias, erguendo-as das experiência também do exílio, fortifique penúrias económicas. Sustenta-vos a em vós o desejo do bem, vos sustente na esperança e vos revigore na caridaconfiança de conduzir a existência em contextos, onde maiores recursos ma- de. Confiando à Mãe de Deus, a Virteriais, espirituais e culturais vos per- gem do caminho, os vossos empenhes mitam aíuar com mais liberdade e rese as vossas esperanças, abençoo-vos ponsabilidade as vossas opções de de coração, juntamente com as vossas vida. famílias e com quantos, em qualquer Penso em vós, mulheres cristãs, que parte, trabalham em favor de um vosna emigração podeis prestar um gran- so acolhimento respeitoso e fraterno.

VAI SENHORA "Nas mãos da Senhora, a terra germina tão fértil semente, raiz de mulher. As flores do campo se chamam "Marias", Maria das Dores, Manas das Graças. Mulheres do Norte, da peie morena mulheres sem sorte da terra da seca. A sede e a fome e os pés descalços retratam o povo que vive a sofrer. Padece a senhora que planta seus sonhos no solo da vida, ó triste erosão. Semeia fartura colhendo a fome. Da terra tão seca pobreza se viu. Destino marcado, sofrida labuta miséria separa as filhas da terra. Da terra que morre, mulher sobrevive e busca a sorte em outro lugar". Grupo Mandacaru

COMLA 5 ? C-r^gresso Missionário Latino-Ame- = - : :CMLA) já está acontecendo em - : : • :s :aíses da América Latina e Cvtoe O momento alto de comunhão, zsLtz: -eflexão e celebração aconteOE--= oe 18 a 23 de julho de 1995, em r-r - -:-z:nte (MG). Nesses dias serão «T'-cãs e aprofundadas as contribuiães :_-e os três mil delegados, repreE-- = " f 5 :as Igrejas locais, Instituições • T — = - s~os Missionários e Pastorais - -~~za Latina e Caribe apresenta•ãc sccre o tema do COMLA 5: "O Evanpitv nas Culturas-caminho de Vida

e Esperança". A programação do Congresso, prevê painéis, trabalhos em grupos, mini-plenários, momentos culturais, celebração eucarística. Tudo isso partindo das experiências e contribuições apresentadas pelos congressistas. Entre as presenças internacionais constará a de um Legado Pontifício, que além de uma conferência, transmitirá aos participantes a mensagem do Papa João Paulo II dirigida especialmente aos congressistas. O Congresso será encerrado, num grande estádio de futebol, com a Celebração do Envio.

ÁFRICA E ÁSIA PRESENTES NO COMLA - 5 Para refletir sobre o tema "Evangelho e Culturas na Missão Além-Fronteiras", já está confirmada a participação de um grupo da delegação colombiana, que apresentará a sua experiência missionária na África. Participação também do congresso dois bispos de cada país, representando as conferências episcopais de Angola, Moçambique e Guiné. E também uma delegação do México apresentará no Congresso a sua experiência missionária na Ásia.


O NASCIMENTO DA IGREJA PENTECOSTES (4 de junho). No Pentecostes, todos nascemos e renascemos continuamente. Nascemos para a vida no Espírito e renascemos para o projeto de Deus, procurando falar a linguagem do Espírito para o mundo de hoje. No Evangelho de Jo 20,19-23 a comunidade recebe o mesmo Espírito que animou Jesus. João e Lucas têm perspectivas diferentes, nos evangelhos, quanto a Pentecostes. Para João, ele acontece no próprio dia da ressurreição de Jesus, ao passo que Lucas faz coincidir a vinda do Espírito Santo com a festa judaica de Pentecostes, cinquenta dias após a Páscoa. Embora as perspectivas sejam diferentes, a finalidade é a mesma, pois ambos mostram que o Espírito que sustentou a luta de Jesus para realizar o projeto de Deus é o mesmo Espírito que anima agora as lutas da comunidade cristã. Criação da comunidade messiânica (Jo20,19-21a) O texto inicia a cena no tempo. É a tarde do domingo da Páscoa. Para os judeus, já havia iniciado um novo dia. Para João, contudo, é ainda o dia da ressurreição, a nova era inaugurada pela vitória de Jesus sobre a morte. De fato, tudo o que acontece depois da ressurreição de Jesus se insere num "dia pascal" que não tem fim. É a

vitória definitiva da vida sobre a morte. A referência à tarde de domingo reflete a práxis cristã de se reunir para celebrar a memória da morte e ressurreição de Jesus. As portas fechadas mostram um aspecto negativo (o medo dos discípulos) e um aspecto positivo (o novo estado de Jesus ressuscitado, para quem não há barreiras). Jesus se apresenta no meio da comunidade (ele é o centro e a razão de ser da comunidade) e saúda os discípulos com a saudação da plenitude dos bens messiânicos: "A paz esteja com vocês!" (shalom). É a mesma saudação de quando Jesus se despediu (Jo 14,27). Por sua morte e ressurreição ele se tornou o vencedor do mundo e da morte. E por isso pode comunicar a paz, a plenitude dos bens. É, por-

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tanto, a saudação do vencedor que da traz em si os sinais da vitória mãos e no lado (v.20). É a saudação Cordeiro, do qual a comunidade alimentar-se. Os discípulos estão de portas fec das. São uma comundiade me sã, pois ainda não possuem o pírito de Jesus. O medo é um f que lhes bloqueia a tarefa de te munhar o Cristo ressuscitado. sus, presente nessa comunida transforma totalmente a situa capacitando-os a serem os anun dores da vitória de Jesus sobre os m nismos de morte. A reação da comunidade é a ale (16,20) que ninguém, de agora em d te, poderá suprimir (16,22). A comunidade continua a missão Jesus(Jo21b-23) Fortificada pela presença de Jesu comunidade está pronta para a mes missão que ele recebeu: "Como o me enviou, assim também eu en vocês"(v. 21 b). Quem vai garantir a m são da comunidade será o Espírito S to. Para João, o Pentecostes acont aqui, na tarde do dia da ressurreiç "Tendo falado isso, Jesus soprou so eles, dizendo: Recebam o Espí Santo!"(v. 22). O sopro de Jesus nova criação e remete ao que Javé quando criou o ser humano (cf. Gn. É o sopro da vida nova. Aqui nasc comunidade messiânica.

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MAIO - 1995 01 - S02 - T04 - Q05 - S07 - D10 - Q11 -Q13 - S14 - D-

São José Operário - Dia do Trabalhador 6° Aniversário de Instalação da Dioc. de Osasco Coordenadores Pastoral - CEO - 9 h Conselho de Pastoral - Setor Santo António - 20 h Núcleo Sagrada Família e Núcleo Esp. Santo - 20 h Reunião do Setor Carapicuiba - 20 h 4° DOMINGO DA PÁSCOA Pastoral da Moradia - Setor São Roque - 14 h Início da Assembleia da CNBB - Itaici até dia 19 PP. Setor Barueri - 8:30 h PP. Setor São Roque - 9 h PP. Setor Cotia - 9 h PP. Setor Santo António - 9 h PP. Setor Bomfim - 9 h Avaliação da CF-95 - nível setorial 5° DOMINGO DA PÁSCOA DIA DAS MÃES Pastoral Vocacional - Setor São Roque - 14 h

16 - T- Núcleo Novo Osasco 18 - Q- PP. Setor Carapicuiba - 14:30 h - Agentes de Pastoral - S. Sío. António - 20 h 19 - S- Término da Assembleia da CNBB - Itaici 20 - S- Equipe Dioc. de Catequese - CECAD - ECO - 8:3 - Avaliação da CF-95 - nível diocesano - Finanças - Setor Bonfim - Remédios - 8:30 h 21 - D- 6° DOMINGO DA PÁSCOA - INÍCIO DA VISITA PASTORAL EM COTIA - Finanças - Setor Bonfim - Piratininga - 14:30 h - Escola Catequética (ECO) - Setor S. Roque - 1 - Escola Catequética (ECO) - Setor Cotia - 14:3 23 - T- Comissão Dioc. de Administração - CEO - 8:30 26 - S- Conselho de Pastoral - Setor Cotia - 20 h - Conselho de Pastoral - Setor São Roque - 20 h - Avaliação da CF-95 - Itaici - até dia 28 à tarde 28 - D- Ascensão do Senhor 31 - Q- Pastoral da criança e adolecente - Catedral - 2


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