Boletim Informativo de
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ANO VII - s° 61 JULHO- 1996
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ONTEM HOJE
O evangelizador é a pedra que Jesus conta para construir sua Igreja, para compktar no mundo a missão que Ele iniciou na Calíléia. Receber a confirmação na fé, é receber a confirmação de trabalhar na missão do reino. Ser catequista é ser construtor do Reino.
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evidentes efeitos sociais que já está produzindo. É por isto que o Mercosul precisa entrar na agenda das preocupações da Vida Consagrada. As conclusões do Seminário serão divulgadas especialmente nos órgãos de comunicação das Conferências de Religiosos. Depende de iniciativas da sociedade, e da atuação também da Igreja, fazer com que o Mercosul não se reduza a uma integração meramente económica, inclusive com prejuízo para os mais pobres. No contexto da aproximação entre países, a Vida Consagrada sente o apelo para testemunhar a fraternidade, fomentando uma integração também social, cultural e religiosa entre povos vizinhos.
A Ordem dos Advogados do Brasil lançará, uma ampla campanha nacional pela ética nas eleições, com o objetivo de garantir a lisura do próximo pleito, em outubro. A OAB está convidando outras entidades da sociedade civil a se integrarem a essa campanha. Entre elas estão a CNBB e a Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Para abrir a campanha foi realizada no dia 25 de junho er Porto Alegre, a III Teleconferência Nacional OAB, que teve como tema central a "Ética nas eleições". O debate foi realzado das 18:30 às 21:30, com transmissão direta para todo o País, via Embratel. Os interessados participarar diretamente, formulando perguntas ac debatedores por telefone e fax.
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€V€NTOS MISSIONÁRIOS
l de setembro de 1996 Aparecida - SP "Mãe Aparecida, sem trabalho não há vida". Na 9a Romaria do Trabalhador ouviremos o eco do grito de milhões de empregados, desempregados e sem-terra deste país. Com indignação, sustentados na fé e esperança, denunciarão o modelo excludente pelo qual os dirigentes da nação estão implantando esta forma de modernizar. É um momento de fé unido ao grito dos excluídos que será dado em todos os recantos do país.
A Nunciatura Apostólica comunica que a data da visita do Papa João Paulo II ao Brasil será dias 04 e 05 de outubro de 1997, por ocasião da II Jornada Mundial da Família. O evento se realizará no Rio de Janeiro (RJ) e dele participarão famílias de todo o mundo.
Por iniciativa da Confederação LatinoAmericana de Religiosos (CLAR), foi realizado em Montevideu, de 03 a 06/ 06/96, Seminário com o tema "Mercosul e desafios ã Vida Consagrada". Estavam representados todos os países do Cone Sul, inclusive o Chile que ainda não faz parte do Mercosul. Pela CRB, participou o seu Presidente, Pé. João Roque Rohr, junto com duas Irmãs e dois padres. Dom Demétrio Valentini participou pela CNBB. A partir do conhecimento maior do Mercosul, o Seminário teve por objetivo perceber quais os desafios que esta nova realidade apresenta para a sociedade, para a Igreja, e, em especial, para a Vida Consagrada, tendo em vista os
Dlfí NfíCIONfít Dfí JUV€NJVD€ Já se encontram disponíveis o livreto e o cartaz em preparação ao Dia Nacional da Juventude, a realizar-se no último domingo do mês de outubro próximo. Foi publicado também, o livro "Um Jeito Novo", sobre atuação política dos jovens na construção da cidadania. O material pode ser pedido ao Centro de Capacitação da Juventude: Rua Bispo Eugênio Demazenod, 463 A - São Paulo (SP) - CEP 03206-040. Fone/Fax (011) 917-1425 e 917-1467.
DlfíMUNDIfíi No dia 18 passado foi anunciado pelo Serviço Informativo do Vaticano o tema para o Dia Mundial da Paz, a celebrarse em 1a de janeiro próximo: Oferece o Perdão, recebe a Paz. Um comunicado que acompanha o anúncio do tema afirma que "ao aproximar-se o ano 2.000, já aparecem no horizonte sinais de crescente vontade dos DOVOS
S€MfíNfí NfíOONfíi DfíFfíMlUfí Foi publicado, pela Editora Vozes, o subsídio para a Semana Nacional da Família, que acontecerá de 11 a 18 de agosto de 1996. O tema da Semana é: Família e Política. O texto aborda cinco pontos: 1) O que é Política; 2) Família, primeiro espaço de envolvimento social; 3) A responsabilidade dos i cristãos na Política; 4) O voto consciente; 5) A Família e o senso crítico diante da propaganda eleitoral.
DfíPfíZ e das nações de colocar um fim nas guerras e conflitos e resolver os conflitos pacificamente". Na sua Mensagem, para celebrar o Dia, o Papa exorta "os que sofreram e ainda sofrem por causa da guerra a que perseverem corajosamente no árduo caminho da paz, um caminho que passa necessariamente pelo perdão"
O COMINA programou eventos nacionais que acontecerão em Vitória (ES durante o 13a Congresso Eucarístic: Nacional: 1) Assembleia do COMINA dias 10 e 11/7, com o tema "Igreja Comunidade de esperança a serviço da missão", com assessoria de Do~ Serafim Fernandes de Araújo; 2) Encontro Missionário Nacional, dias 12 e 13/07, com o tema Eucaristia Força da Igreja Missionária, assessorado pçDom Pedro Casaldáliga.
"MISSfíO Dfí FfíMÍUfí CRISTfi NO MUNDO D€ HOJ€" É o título do livro de Dom Hilário Mose'. Bispo de Tubarão (SC), publicado peia Editora Salesiana Dom Bosco. O livre, em forma de perguntas e respostas, é um estudo da Exortação Apostólica Familiaris Consortio, do Papa João Paulo II. Destina-se, especialmente, às Eqpés de Pastoral Familiar e às paróquias que queiram iniciar essa Pastoral.
NOlíOfíS DO €PISCOPfiDO Mons. José Edson Santana de Oliveira, no dia 12/05/96 foi nomeado pele Papa João Paulo II para a nova Diocese de Eunápolis (BA) com territór: desmembrado das Dioceses: Teixeira de Freitas, Caravelas e Itabuna. Mons. Luiz Vlcenzo Bemetti, foi nomeado Bispo Auxiliar da Diocese de Pamas - Francisco Beltrão (PR). Dom Apparecldo José Dias então Bispo da Diocese de Registro (SP), foi transferido em 26/06 para a Diocese de Roraima (RR)
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^(CAMINHANDO COM o PASTOR "fínuncio-vos II um grande júbilo Assim foi anunciado aos pastores o nascimento de Jesus, nosso Salvador.
(te 2, W).
procede e à qual tudo se orienta no mundo e na história.
Assim é anunciado, hoje, a todos os recantos do mundo o "jubileu" desse grande acontecimento pelo "Maria SantísSanto Padre, o Papa João Paulo II, atrasima, filha predestivés de sua Carta Apostónada do Pai, apresenlica "Tertio Millennio tar-se-ã aos olhos de 1997 será dedicado Adveniente" - "Quando já todos os fiéis discípuà reflexão sobre Jesus Cristo, se avizinha o terceiro milos de Jesus como fundamentando o lénio da Era Crista". exemplo perfeito de caráter cristológico amora Deus e ao próNessa C a r t a , o do Jubileu. ximo". O "Magnificar será o grande canto de louvor a iL-t==rrJ PaPa depois de tecer váriDeus, animando-nos ã conversão em favor dos pequeas considerações sobre nos e pobres e à construção de uma nova sociedade, "Jesus Cristo sempre o mesmo, ontem, hoje e semsegundo o desejo de Deus e alicerçada no nascimento, pre" (Hb 13,8); sobre os jubileus e de modo especial na vida e na ressurreição de seu Filho, o Verbo de Deus. sobre ojubileu do ano 2000; e sobre a necessidade de uma devida preparação a esse tão solene evento, conA CNBB em sua última Assembleia - 34fl - acovocando toda a Igreja, em todos os seus nílheu o apelo e a programação do Papa João Paulo II e veis - universal, nacional, diocesano, parono documento n2 56, aprovado nessa Assembleia e quial, comunitário, em movimentos ou em chamado "Rumo ao Novo Milénio", ela dá associações - a unir-se à uma solene e para todas as dioceses, paróquias e co1998 será dedicado à reflexão sobre o frutuosa preparação, traça um programa munidades, orientações práticas de granEspírito Santo e "à para estes "três anos que precedem o de auxílio pastoral e evangelizador. sua presença santi"Jubileu" e também para o próprio ano Da nossa parte, Diocese de Osasco, ficadora no meio da jubilar. encerrando o tempo do seu 2- Plano Diocecomunidade". Assim o ano de 1997 será dedicasano de Pastoral, vamos apressar a elabodo à reflexão sobre Jesus Cristo, fundamentando o caração do 3" Plano. ráter cristològico do Jubileu. Haverá o empenho de Já que temos ã frente esse grande acontecimenaprofundara Fé, no conhecimento da verdadeira identito: "o Jubileu milenar do nascimento de Jesus Cristo", dade de Cristo e na vivência de sua missão, explicitada vamos fazer com que o 39 Plapela Bíblia e celebrada comunitariamente pela Liturgia. no Diocesano de Pastoral O ano de 1998 será dedicado à reflexão sobre o se revista dessa proveito1999 será dedicado Espírito Santo e "ã sua presença santificadora no meio sa programação em favor à reflexão sobre o da evangelização do nosda comunidade dos discípulos de Jesus". A virtude Pai: "que Te conheteologal a aprofundar no conhecimento e na vivência so povo. Jesus entrou em çam a TÍ, por único Deus verdadeiro" será a Esperança: "Porque na esperança é que fomos nossa história para dar a (Jo 17,3). salvos" (Rm 8,24) todos os nossos planos o sentido pleno de nossa ^=ZTI~ O ano de 1999 será dedicado à reflexão sobre o vida e de nossa missão apostólica. Pai: "A vida eterna consiste nisto: que Te conheçam a É pelo conhecimento da pessoa de Jesus Cristo Ti, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17,3). Nesta perspectiva a virtude a ser e pela vivência de sua missão libertadora que também nós, hoje, chegaremos a imitá-lo, no compromisso de aprofundada será o Amor. E, recordando que Jesus veio resgatar todos os irmãos e irmãs que vivem em situa"evangelizar os pobres"(Mt 11,5) é necessário decidirções de injustiça e de discriminação. nos pela opção preferencial pelos pobres e marginalizados, empenhando-nos em favor da justiça e da paz Jesus se fez nosso Irmão para que todos nos num mundo marcado por conflitos e por intoleráveis reconheçamos como irmãos, membros de uma só fadesigualdades sociais e económicas. mília: a Família de Deus. A celebração do "Grande Jubileu" terá como objetivo a glorificação da Santíssima Trindade, da qual tudo
+ FRANCISCO
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VOCAÇÃO: FORMA PESSO m^M
/. VOCAÇÃO HUMANA F CRISTA Pela vocação, Deus nos convoca para uma missão. É um chamado de viva voz, que discernimos no dia-a-dia. Deus nos fala sobre como viver a Vida plenamente (Jo 10,10): - nos acontecimentos e na natureza; - através das pessoas e comunidade; - na Bíblia e nos sacramentos; - na oração e no silêncio... Se não o ouvimos, é porque nosso coração está "surdo" (Mc 7,31-37). Ou então, julgamos que a proposta não é suficientemente boa, e não aderimos a ela (Mt 11,16-17). Por isso, só os pequeninos conseguem entender o que Deus fala e assumir compromisso com seu projeto (Mt 11,25-27).
Ser pessoa: Vocação humana - Deus nos propõe caminhos diferentes, cada um adequado a uma situação ou época da vida. Mas, a primeira vocação de cada ser humano é igual para todos, como vemos em Gn 1,26-31: -> será imagem e semelhança de Deus; •*• viverem comunidade (família); <> ter pão e dignidade. Vocação cristã - é a vivência radical da vocação humana. Somos chamados, a viver nossa própria vida, também a agir em defesa da Vida de todos (Lc 4,40-44). É a mesma vocação de Jesus: servir, para libertar e salvar o povo (Mt 20,28). A resposta à vocação humana fica pela metade, se não respondermos ao convite de Jesus (Lc 6,12-16). A resposta é
comprometer-se com o mundo novo que Jes_= anuncia e já está chegando (Lc 6,17-26). O nascimento é o marco inicial da vocaçãc -_mana, embora a gente já seja pessoa desde : ventre da mãe. Assim, o batismo é o marco - ; ai da vocação cristã, mas sabemos que Cr s:: nos chama antes de sermos pessoa (Jr 1.5 Na Igreja, somos convidados a refletir soc-f nosso chamado para: •> serv/raos pequeninos, marginalizada excluídos da sociedade; dialogar com novas pessoas e novos grupos, que vue~ a esperança de várias formas; <- anunciar Jesus Cristo a todos, pois ele é o Caminho, ê Verdade e a Vida (Jo 14,6); -í* dar testemunho de nossa adesão ao Projeto de Deus e~ Jesus Cristo. Ao aproximar o Terceiro Milénio da Era Cristã, é hora x assumirmos radicalmente o projeto de Jesus Cristo, que tendo nascido há dois mil anos, ainda é o mesmo, onterhoje e sempre (Hb 13,8).
Dicas para orientar o grupo: Quais as condições para cada pessoa viver sua vocaçã: humana? Diante do chamado que Deus faz a toda pessoa humana, para viver com dignidade, qual é a nossa missa: povo chamado a ser cristão?
2. A VOCAÇÃO 00 POVO M A Bíblia é a história de um povo chamado a anunciar que: - toda Vida vem de Deus (Gn 2,4b-7); - a terra pertence a Deus (Gn 12,1); - Deus é Libertador (Ex 3,7); - Deus habita entre nós (Jo 1,14). O Povo da Bíblia viveu uma vida como
a nossa. Lutava para ter uma vida digna, em meio à opressão dos outros povos, e percebia que Deus lutava a seu lado (Jz 5,11). O chamado de Deus foi sentido e compreendido por várias pessoas, de quem a própria Bíblia nos fala:
Abraão e Sara
(Gn 12,1-12):
chamados a acreditar na vida;
Moisés
(Ex 3,lss):
chamado a organizar a resistência do povo oprimido;
Josué
(Js 1,1-9):
chamado a ser "firme e corajoso" na luta pela terra;
Gedeão
(Jz 6,11-24):
chamaoo a levar o povo à vitória sobre os fortes;
Rute
(Rt 1,6-17):
chamada a ser solidária até a morte;
BÍBLIA Os exemplos soo inúmeros A gente não se cansa de descobrir, atn vês da Bíblia, Deus chamando home^ e mulheres para assumir missões f_' damentais. A leitura orante da Bíblia nos ajuda abrir bem os olhos e discernir, na rei lidade, o chamado de Deus.
Dicas para orientar o grupo: > Escolher uma das leituras bíblicas indicadas, de acorde com a realidade vivida pelo grupo. Meditar e aprofundar o sertido da Palavra.
Eliseu
(IRs 19,19-21):
chamado a colocar os bens e a própria vida a serviço;
Jeremias
(Jr l.lss):
chamado a questionar os fortes e poderosos;
Ester
(Est 2,lss):
chamada a garantir a sobrevivência de seu povo;
Mana de Nazaré
(Lc 1,27-38):
chamada a ser a "serva do Senhor";
Jesus de Nazaré
(Lc 4,lss):
chamado a realizar o Projeto do Pai em plenitude;
Simão, André, Tiago e João
(Mc 1,16-20):
chamados a testemunhar o Reino chegando;
Samarrtana
(Jo 4,lss):
chamada a "adorar o Pai em espírito e verdade";
Paulo
(At 9,lss):
chamado a anunciar Cristo crucificado;
> Qual tem sido minha missãojurv to ao Povo de Deus e na sociedade?
Lídia
(At 16,11-15):
chamada a acolher e anunciar a Palavra no serviço aos irmãos.
> Que luz a Bíblia traz para a caminhada de nossa comunidade?
1996 - Julho
Em sub-grupos de três ou quatro pessoas, contar: > Como Deus tem me chamado no decorrer de minha vida?
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t RESPONDER O CHAMADO
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3. VOCAÇÕES QUE SURGEM NO ME/O DO f OVO CRISTÃO Cada pessoa recebe um chamado particular e único, da parte de Deus, convocando-a para uma missão. A primeira condição para conseguirmos discernir bem nossa vocação é prestar atenção àquilo que Deus nos diz através dos acontecimentos, dos clamores do povo excluído, enfim, da vida. Cada situação da vida tem uma exigência para nós, vinda da parte de Deus. Contudo há um chamado fundamental, profundo e duradouro que abraça a vida inteira da pessoa - a de seguidor de Jesus Cristo. - Apostolo leigo: homens e mulheres, casados ou solteiros, que revelam a presença do Salvador nos ambientes onde vivem: na família, no trabalho, no trânsito, nas escolas, nos locais de lazer. Servem também à comunidade através dos diversos ministérios. É necessário valorizar e aprofundar a vocação leiga, pois ela é querida por Deus e precisa ser respondida com um "sim" vigoroso e renovado no dta-a-dia. - Vida consagrada: homens e mulheres que buscam uma nova experiência de Deus, através da vida comunitária. Não vivem separados do mundo, mas den-
tro dele, revestidos de uma nova visão das coisas, a partir da pobreza, da obediência e da castidade. A vida religiosa pode ser inserida na1 comunidade e na sociedade, aluando em várias áreas sociais, ou contemplativa, isto é, cultivando a amizade com Deus através da oração e de uma vida retirada. - Ministérios ordenados: homens que se colocam a serviço do povo de Deus, como diáconos, sacerdotes e bispos. O diácono pode ser casado e sua missão é anunciar a Palavra e servir à comunidade. O padre, de acordo com o costume da Igreja, não pode ser casado. Sua missão principal é presidir a mesa da Eucaristia, administrar os sacramentos, anunciar e denunciar, animando a comunidade para viver a partilha em todos os níveis. O bispo é o animador da Igreja particular, isto é, da diocese. Ele coordena o diálogo e a cooperação entre as paróquias de sua diocese. Por isso, o bispo também é chamado pelo povo católico de pastor.
- Vida missionária: O grande desafio para a Igreja hoje talvez não esteja fora, mais dentro dela mesma: viver de tal modo o Evangelho que ele seja uma mensagem atraente para homens e mulheres de hoje. Que essa mensagem seja autêntica, fiel à doutrina, responda às grandes interrogações do mundo de hoje e que seja acreditável, pelo anúncio do Evangelho fundamental na vivência e testemunho. "O Reino de Deus já chegou, convertei-vos e crede no Evangelho" (Mc 1,15). Para aqueles que estão afastados da comunidade eclesial ou não conhecem Jesus Cristo há a missão "ad gentes"
Dicas para orientar o grupo Além dessas vocações, que outras existem na área das profissões, do estudo, da política, das organizações? Citar e procurar descobrir de que forma Deus é revelado por meio delas. Como ajudar a cada pessoa da comunidade a discernir sua vocação?
CHAMADOS A VIVER NA JUSTIÇA E NA PAZ Há vocações ainda pouco valorizadas no mundo cristão. Embora a Igreja esteja nos levando a descobri-las, há muita resistência em aceitá-las como chamado de Deus. Como exemplo, podemos citar as vocações para: - A participação política: A Campanha da Fraternidade 1996 procurou despertar o povo cristão para a necessidade de evangelizar a política. Contudo, há ainda muito preconceito. Para alguns políticos, a política não é uma questão de bem comum, mas de garantir privilégios pessoais. Há pessoas que são chamadas desde a juventude para participar ativamente na política partidária, de acordo com as exigências cristãs. Mas, nem sempre têm coragem de assumir tal chamado, pois o compromis-
so que vem daí é para a vida toda! É preciso que tenham apoio da comunidade para assumirem tal missão. A pessoa, por seu lado, precisa aprofundar o sentido de seu "sim", numa intensa vida de oração e de meditação comunitária da Palavra de Deus. É importante, também, que esteja discernindo juntamente com a comunidade/povo, sobre o projeto político no qual se engajará. A opção mais profunda, que é pela Vida e por Jesus Cristo, deve iluminar a opção pelo projeto ou partido político. - As opções profissionais: Muitas das injustiças que vemos, acontecem porque a estrutura social garante espaço para elas. O cristão, ao fazer sua opção profissional, deve refletir se ela ajuda a transformar o mundo, ou colabora para perpetuar a injustiça?
Contudo, hoje em dia é muito difícil falar em vocação profissional. Uma grande maioria das pessoas está fazendo, não o que seu coração indica, mas aquilo que sobra para fazer. Muitos não têm sequer o privilégio de um emprego, quanto mais de uma carreira profissional! Deus não nos chama para "tarefas impossíveis". Ao contrário, está sempre nos chamando para tornar possível aquilo que nós consideramos impossível. Muitas vezes, somos chamados, não a seguir uma carreira tranquila e estável, mas a garantir que todos tenham trabalho e pão, isto é, vida em plenitude.
Dicas para orientar o grupo > Como a comunidade ajuda seus membros a discernirem sua vocação profissional? > Como a comunidade pode lutar para que ninguém seja excluído do mundo do trabalho? > Descobrir novas formas de trabalho e também valorizar as tradicionais (participação sindical, greves, mobilizações, cooperativas, microempresas, etc.). Julho - 1996
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LIDARIEDADE Telegrama do Santo Padre
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Mensagem de Solidariedade
O Papa João Paulo II, através da Secretaria de Estado, enviou a Dom Francisco Manuel Vieira, Bispo de Osasco (SP), a seguinte mensagem por ocasião do acidente em que faleceram mais de 41 pessoas: "O Santo Padre João Paulo II, recebida triste notícia da trágica explosão que destruiu um centro comercial em Osasco e causou numerosas vítimas, oferece sufrágios pelo eterno descanso dos falecidos e eleva fervorosas preces para que o Senhor conceda seu consolo aos atingidos pelo evento, e inspire em todos sentimentos de solidariedade e de ajuda fraterna. Da mesma forma, peço a Vossa Excelência que transmita os sentimentos de pesar de Sua Santidade aos familiares e exprima aos feridos sua paterna solicitude e sentimentos de proximidade espiritual, ao conceder de coração sua confortadora bênção apostólica em sinal de benevolência a toda esta querida comunidade de Osasco".
Dom Francisco divulgou ao Povo de Deus a seguinte mensag A Diocese de Osasco, sensibilizada pelo luto e pelo sofrim to de tantas famílias, por ocasião do terrível acidente acon eido em nossa cidade de Osasco, deseja confortar a tod com as palavras de Jesus, nosso Salvador: "Eu sou a Ress reição e a Vida; quem acredita em mlm, mesmo que mor viverá" (Jo 11,25). A Palavra de Deus alenta nossa vida humana tão frági passageira e a conduz à Vida por excelência, na eternidad A solidariedade e a dedicação de tantos em momento t difícil dignifica nossa cidade de Osasco e a mostra ao Bras ao mundo como sinal de esperança de novos dias e de no sociedade, construída pela participação de todos os cidadã Santo António, padroeiro da cidade, alcance de Deus melhores bênçãos para todos os que se assemelharam samaritano do Evangelho de Lucas (Lc 10,30-37).
| A Diocese, no dia seguinte ao acidente, Festa do padroeiro, Santo António, celebrou missa em Intenção das vítimas, e participou, também, de um culto ecuménico na mesma intenção. A Diocese recebeu telefonemas e inúmeras mensagens de solidariedade, das Dioceses, da CNBB, da Comissão de Direitos Humanos da Camará dos Deputados, de religiosas e leigos.
OS O art. 22 da Cartilha dos Direitos do Paciente afirma: "O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome. Não deve ser chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas". A doença torna frágil uma pessoa, mas não diminui sua dignidade. Não é a cor, a cultura, a doença que identifica o doente. Nem que a doença desfigure seu rosto, ou a enfermaria tenha vários doentes, sua personalidade permanece inalterada. Quem geme, ou dorme, ou precisa de uma injeção não é o doente número tal.... ou o paciente da
UTVRGIfl € CfíT€QU€S€ Nos dias 13 e 14 de julho, das 9 às 16:30h acontecerá o Encontro de Liturgia e Catequese no Colégio da Misericórdia. Ir. Lourdes Pessini da Comissão de Liturgia do Regional Sul 4, será a assessora do Encontro.
9° €NCONTfiO INT€fí€a6SlfíL São Luis do Maranhão vai sediar o 9e Encontro Intereclesial de CEBs nos dias 15 a 19 de julho de 1997 que tem como tema "CEBs vida e esperança nas massas". Todas as Comunidades Eclesiais se preparam para este grande evento, refletindo o seu importante papel de fermento na grande massa do Povo de Deus. 1996 - Julho
DO perna quebrada, ou a mulher gorda....: é sempre uma pessoa que tem uma identidade. Sempre que o paciente for chamado pelo nome, ele lembrará com gratidão esta gentileza. Art. 32 "O paciente tem direito a receber do funcionário adequado, presente no local, auxílio imediato e oportuno para a melhoria de seu conforto e bem-estar". É claro que no hospital, como em qualquer lugar de trabalho, há diversidade de funções, mas o hospital é um lugar de emergência. O paciente não pode ser programado como uma máquina. A qualquer hora surge uma necessidade ou complicação que causam dor ou mal
estar ao doente. Os funcionários d vem responder a estes apelos, po estão a serviço dos pacientes. O tigo bem relembra as condições dê te serviço, quando fala de funcion rio adequado, de funcionário prese te, de atendimento imediato, e op tuno. Se estes são os direitos d paciente, tornam-se deveres dos fu cionários, que devem ter uma prep ração psicológica apropriada, pa não mostrar contrariedade, cansaç ou revolta pelos seus próprios p blemas. Os profissionais da saú devem ser pessoas vocacionadas p esse trabalho tão humanitário, que d nifica a pessoa que a exerce.
O F€NÔM€NO fí€UG/OSO
£KM3s) Ser Católico AO meio do pluralismo religioso CMMHNOS CHTtOWCTKOI IT 7
A Diocese de Osasco acaba de publicar o nfl 7 da Coleção Cadernos Catequéticos sobre O Fenómeno Religioso e as orientações aos catequistas de como "Ser católico no meio do pluralismo religioso". Este livreto, explica Dom Francisco em sua apresentação, deseja esclarecer que a missão do catequista não é a de simplesmente transmitir a doutrina, mas de capacitar-se, cada vez mais e melhor para ajudar o aprofundamento da fé dos catequizandos que vivem numa realidade cultural, social, económica, política e religiosa, muitas vezes, contraditória à proposta do plano de Deus.
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^ASSEMBLEIA PE PASTORAL Com a participação de 180 pessoas, realizou-se a Assembleia Diocesana, no dia 22 de junho das 8:30 às 13:30 h no Colégio Nossa Senhora da Misericórdia. Atendendo à convocação feita por Dom Francisco, os presentes representavam os diversos segmentos da Igreja Particular de Osasco. Após a oração inicial conduzida por Pé, Bruno e Resilda, Dom Francisco acolheu a todos anunciando o grande acontecimento do 22 Jubileu da Era Cristã.
Objetivos da Assembleia:
Plano e o que ajudou, ou impediu a caminhada quanto à sua execução.
Quanto à elaboração Houve ampla participação porque o processo foi aberto e democrático. Faltou uma maior compreensão do processo devido a várias circunstâncias. Pode-se dizer que foi notório o crescimento do l2 para o 22 Plano de Pastoral.
Quanto ã execução •* Pontos que marcaram positivamente a caminhada:
^ Dar início ao processo participativo na elaboração do 39 Plano Diocesano de Pastoral, fazendo-o coincidir com a preparação e solene celebração do "Jubileu Milenar do Nascimento de Jesus".
Houve um crescimento na consciência, de que pertencem a uma Igreja particular e com ela se comprometem no exercício dos diversos ministérios.
*b Marcar os eventos previstos já para este ano -1996 - no Documento "Rumo ao Novo Milénio".
Surgiram projetos que permaneceram, como: CEBs, Fé e Política, Formação Teológica.
^ Como garantir a animação e a coordenação de todo processo, estabelecido pelo "3S Plano Diocesano de Pastoral"a ser definido e exercido, no decurso de sua vigência.
Sugestões: Criar uma coordenação para assessorar as prioridades assumidas pela Assembleia.
A Assembleia foi coordenada por Dom Francisco e Pé. André Zammit. A reflexão sobre a Memória da preparação e elaboração do 1a e 2Q plano de pastoral foi orientada pelo Padre Cláudio Gabriel dos Santos. Verificou-se o crescimento do processo participativo quanto à preparação e elaboração. A execução do Plano, porém, apresentou dificuldades por falta de um assessoramento permanente. Em grupos a Assembleia refletiu sobre que contribuição os Setores e Pastorais deram à elaboração do l2 e 22
Conclusões 1a Para o 3a Plano de Pastoral não haverá definição de "prioridades"em nível diocesano. A grande motivação será o "Projeto Rumo ao novo milénio" em sintonia com toda a programação da CNBB. 2a Foi aprovada a constituição de uma "Comissão Central", formada pelo Bispo Diocesano, por um Coordenador de Pastoral, por um Representante dos Presbíteros, por um religioso(a) do núcleo da CRB, e por dois leigos representando as quatro exigências da evangelização: serviço, diálogo, anúncio e testemunho e mais dois leigos que representem o aspecto celebrativo de todo o processo. 3a Foi aprovada a constituição de cinco "Comissões Específicas": l-Comissão do Testemunho da Comunhão e Unidade, com membros das dimensões comunitário-participativa, bíblico-catequétíca e litúrgica; 2 - Comissão do Serviço e participação na sociedade. com membros da dimensão sócio-transformadora;
Reformular o Curso de Teologia para leigos, ajustando-o a seus objetivos iniciais. •> Pontos que impediram maior crescimento: As prioridades caminham, de certa forma, isoladamente sem maior articulação com outras Equipes pastorais, e nem sempre são compreendidas porque não correspondem à realidade regional. Dom Francisco expôs a seguir o projeto da CNBB para toda a Igreja no Brasil "Rumo ao Novo Milénio". O 32 plano de pastoral deve estar em sintonia com as propostas deste Documento.
Díoce: 3 -Comissão do Diálogo, com membros da dimensão ecuménica e de diálogo religioso; 4 -Comissão do anúncio, com membros da dimensão missionária; 5 -Comissão Celebrativa, entrosada com as demais Comissões mas especialmente com a Comissão do Testemunho. 4a Nas Regiões Pastorais, nos Setores, nas Paróquias e Comunidades devem ser revistos os diversos ministérios: de coordenação, da palavra, da eucaristia, testemunhas qualificadas, da saúde e outros. Esta revisão deve encerrar-se com a escolha dos novos ou confirmados ministros até o dia ls de novembro deste ano. Assim no dia da Festa de Cristo Rei, dia 24 de novembro, solenemente será dado o mandato a todos aqueles que acompanharão o 32 Plano de Pastoral "Rumo ao Novo Milénio", comprometidos com o anúncio proclamado há 2.000 anos: "Nasceu-nos um Salvador" (Lc 2,11). Julho - 1996
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GRITO DOS EXCLUIDOSU Como em 1995, no dia Sete de Setembro deste ano vai acontecer O GRITO DOS EXCLUÍDOS. O dia da Romaria dos Trabalhadores ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida será neste ano também o dia de se erguer em todo o Brasil o grito de alerta contra a exclusão social, o clamor do povo que busca caminhos de sobrevivência, o grito que a todos convoca para que em nossa Pátria a Justiça e a Paz possam se abraçar de verdade.
tração das riquezas nas mãos de minorias privilegiadas. Fazer do Santuário de Aparecida o local de convergência do Grito é um valioso componente do esforço de simbolizar a mensagem que queremos transmitir, e que precisa ser identificada de maneira visual pelos Meios de Comunicação Social: Maria caminha com os excluídos. Com isto estamos também colaborando para fortalecer o valor simbólico que o Santuário de Aparecida tem no Brasil.
Deus desencadeou a libertação de Is rael da escravidão do Egito. Foi precis primeiro que o povo gritasse.
Foi após o grito lançado em unís sono pelo povo que por sete vezes ro deou Jericó, que as muralhas caíram todos puderam entrar na cidade. (J 6,16)
O Grito é feito junto com a Romaria dos Trabalhadores, que neste ano se realiza pela nona vez. Não é mera coincidência. Juntar o Grito dos Excluídos com a Romaria dos Trabalhadores é sinalizar o que a Doutrina Social da Igreja vem dizendo: o trabalho é a chave principal da questão social. É indicar a importância central do trabalho como caminho para superar a exclusão, e urgir que ele seja regulamentado prioritariamente em vista deste objetivo.
Foi com o sonoro grito que Dav se lançou contra Golias, para derrota sua empáfia (l Sam 17,20). O neolib ralismo, com sua pretensão de impor verdade única de um sitema económ co excludente, é mais arrogante que Golias da história bíblica. Como o pe queno Davi, os excluídos se sentem an mados a enfrentá-lo em nome do S& nhor, com a força que brota de sua in dignação e confiados na promessa de vida que Deus confirma para seu povo E foi para a defesa da vida que Jesu armou sua tenda entre nós (Jo 10,10) Outro motivo nos anima a continua neste ano o Grito dos Excluídos: a pre paração do Jubileu do Ano 2000, em comunhão com toda a Igreja.
É por isto que neste ano o Grito vai apontar com força a realidade do desemprego em nosso país. Assim fazendo, recolhe a angústia crescente que as pesquisas mostram: o povo tem medo de perder o seu trabalho. A preocupação pelo emprego não pode ser explorada por uma economia que exaspera a competividade na busca do lucro a qualquer custo. Com espírito solidário, precisamos democratizar o trabalho para que ele seja colocado a serviço da vida de todos, e não como o componente mais fácil para aumentar a concen-
Na Sagrada Escritura o Jubileu trazia a grande proposta de restaura no país as condições de vida para to dos, com o perdão das dívidas e a ga rantia da liberdade. O Grito dos Exclu dos quer se colocar em sintonia com esta grande proposta que a Igreja no incentiva a assumir. Ele quer assinala a direção prática para que a celebra ção deste grande Jubileu se traduza entre nós na concretização de uma so ciedade justa e fraterna, onde todos possam trabalhar com responsabilida de e viver com dignidade.
É a própria Palavra revelada que nos lembra a importância do grito para desencadear a ação salvífica de Deus: "Ouvi o clamor do povo, e desci para libertá-lo". Ele nos dá a garantia de contar com sua força ao empenhar nossa colaboração para construir uma "sociedade justa e solidária". Foi assim que
^.TOÍ <&»^\1 CfíLeNDfífílO PfíSTOfífíL - JULHO - 1990 Xof 02 - T - Encerramento da Visita Pastoral - Região Pastoral Santo António - 20 h 07 - D - 14a DOMINGO - TEMPO COMUM 1 3B Congresso Eucarístico Nac. - Vitória até dia 1 4 10 - Q - Semana Catequética - Região Pastoral Cotia - Vargem Grande - 20 h - até dia 12 13-8- Encontro de Liturgia e Catequese - Colégio Misericórdia - das 9 às 1 6:30 h - até dia 14 14 -D 158 DOMINGO - TEMPO COMUM Encerramento do 13e Congresso Eucarístico Past. Vocacional - Região Pastoral Cotia Retiro para Ministros da Celebração da Palavra Regiões Pastorais de Sto. António e Bonfim - Centro de Pastoral - das 9 às 1 6 h
15 -S - Semana Catequética - Região Pastoral Sto. António - Catedral - 20 h - até dia 17 17 -Q - Semana Catequética - Região Pastoral Bonfim 20 h -até dia 19 20 -S - Semana Catequética - Região Pastoral S. Roque - ás 9 e às 1 5 h - e dia 21 às 9 h 21 -D - 16fi DOMINGO DO TEMPO COMUM 22 -S - Semana Catequética - Região Pastoral Carapicuiba - N. Sra. Aparecida - 20 h - até dia 24 26 -S - Comissão Dioc. de Administração - CEO • 8:30 h 28 -D - 17a DOMINGO DO TEMPO COMUM - Abertura da Visita Pastoral - Reg. Pastoral Baruer 29 -S - Semana Catequética - Região Pastoral Barueri Paróquia Cristo Rei - 20 h - até dia 31