tocese de
Boletim Informativo de
osasco
ANO VI l - N ° 63 SETEMBRO-1996
A Bíblia é o livro que nos ilumina e ajuda a ler o que o Espírito Santo fala pela vida, na comunidade.
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INFORMANDO ANUÁRIO ESTATÍSTICO DA IGREJA 1 994 Acaba de ser publicada a última edição do Anuário estatístico da Igreja, com data de 31 de dezembro de 1994. Preparado anualmente pelo Departamento Central de Estatística da Igreja, diz em seu prefácio: "Contém os dados mais significativos sobre a vida e atividade da Igreja no mundo, em 1994" A pesquisa é feita através de questionários enviados às 2.842 Dioceses, das quais 2.696 responderam. Segundo o Anuário, existiam em 1994: 4.257 Bispos; 404.461 sacerdotes; 21.254 Diáconos Permanentes; 59.972 Religiosos leigos; 848.455 Religiosas professas; 31.730 membros de InstituIII CONGRESSO DE ESTUDANTES CATÓLICOS Pelo 39 ano consecutivo o Colégio Santo Américo realizou e foi sede do Congresso de estudantes católicos, que neste ano congregou no dia 10 de agosto mais de 500 alunos de 60 escolas da Grande São Paulo, além de 150 professores e representantes de pais que também participaram das atividades que se estenderam ao longo do dia. Com o tema "Construindo uma cultura de vida" o Congresso apontou a crise de valores e a necessidade de uma opção livre frente a agressão dos ânti-valores da nossa época. Um dos objetivos do Congresso foi o de apoiar o trabalho dos bispos na evangelização da cultura e de responder à problemática social com iniciativas concretas de pastoral urbana.
CRB • Núcleo Osasco Os (as) religiosos (as) estão convidados para o encontro de Espiritualidade e Confraternização, dia 26 de outubro às 9:00h na Casa das Irmãs Pastorinhas, rua Marco Gianini.91Jardim Gilda Maria - Raposo Tavares, Km 17. UM ENFOQUE PASTORAL DA BIOÉTICA Será realizado em Roma, de 1Q a 7 de setembro no Ateneu Pontifício "Regina Apostolorum" Via Aurelia Antica n° 460, um Curso Internacional de Bioética dirigido aos bispos e sacerdotes, devido a complexidade do tema dentro do panorama pastoral de hoje.
tos Seculares; 2.880 Missionários leigos e 427.940 Catequistas em regiões de missão. Existiam 105.817 Instituições Assistenciais, entre hospitais, asilos, orfanatos, leprosários e outras; 173.758 Instituições Educativas, sendo 3.719 Institutos Superiores e Universidades. O Anuário destaca o aumento das vocações sacerdotais no mundo nos últimos 20 anos. Após uma diminuição, em 1975, sucessivamente se verificou um constante aumento. Em 1994, eram 105.075 os seminaristas no mundo. O aumento maior foi na América do Sul: em 1994, o número de seminaristas maiores superava em 253,3% o de 1970.
FALECEU FREI BERNARDO C AN S l Frei Bernardo Cansi- OFM. Cap. céu no dia 31 de agosto depois de ume vida dedicada à catequese. Temos a certeza de que Frei Berna'! : deixou em todo Brasil a grande rrctivação para uma catequese renc.= da, com opção pelo pobre e com c compromisso de uma formação pémanente de fé-vida. Oue ele, agora, junto a Deus poss= motivar mais a catequese brasileira fazendo desse instrumento a necessária transformação da sociedade e atualização da Igreja.
PARABÉNS DOM PAULO Dia 14 de setembro Dom Paulo Evar =to completa seus 75 anos de vida. V zinteiramente dedicada ao Senhor, cor: frade franciscano, como sacerdote, como Bispo e Cardeal, e de modo marcante entregue à defesa do irmão sofrv do, excluído, torturado, desaparecido. A vida de Dom Paulo será escrita petos sofredores de rua, pelos imigrantes pelos refugiados políticos, enfim p:todos aqueles aos quais ele procuro, defender a vida, a dignidade e os dire tos humanos aviltados. A Diocese de Osasco felicita a Dc~ Paulo, desejando-lhe muitos e abe-"çoados anos de vida para que seus •• mãos tenham mais vida. PASTORAL DA SAÚDE A Coordenação Nacional da Pastoral da Saúde promoverá dois eventos em setembro próximo. O primeiro será o Encontro Nacional de Coordenadores ou representantes regionais e diocesanos da Pastoral da Saúde, de 05 a 07/09, no Centro Santa Fé, em São Paulo (SP). Constam da pauta os seguintes temas: 4 Análise do Documento de Quito sobre Pastoral da saúde; * Contribuições da CNBB para a reunião do Departamento de Pastoral Social do Conselho Episcopal Latino-Americano (DEPAS/CELAM); • Troca de experiências na operacio-
nal ização das três dimensões da pastoral comunitária, solidária e políticcinstitucional. O segundo evento será o XVI Congresso de Pastoral da Saúde, abe": a todos os agentes interessados. Se*= de 06 a 08/ 09, nas Faculdades Integradas São Camilo, em São Paulo O tema central será: Juntos faremos acontecer a vida Saúde e Justiça. Terá metodologia participativa cc~ estudo e discussão do video Sai. 37 e Qualidade de Vida, bem como das Conclusões da X Conferência Nac :nal de Saúde.
NOTICIAS DO EPISCOPADO Dom José Pedro de Araújo Costa: Bispo emérito de Uberaba faleceu dia 28 de julho em Serro, MG sua cidade natal.
Dom Adriano Hypólito.ofm: Bispo emérito de Nova Iguaçu, c . faleceu no dia 10 de agosto de at=que cardíaco, em Nova Iguaçu.
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CAMINHANDO COM O PASTORA IMPOfíTfíNCIfí
D€ fí€V€fí OS MINIST€fílOS
Aproximando-se a definição do 3? Plano Pastoral da Diocese de Osasco, que será iluminado pelo "Projeto Rumo ao Novo Milênio"é necessário, nestes meses de setembro e de outubro, rever os Ministérios exercidos pelos fiéis leigos e escolher os agentes de pastoral que haverão de acompanhar o Plano de Pastoral nestes quatros anos de duração (1997 - 2000) como Ministros não-ordenados. Como escolher os Ministros nas Comunidades ou Paróquias? Para uma boa revisão dos ministérios é necessário levar em conta a escolha dos ministérios e dos ministros e o seu respectivo envio. O subsídio sobre os Ministérios na Igreja de Osasco orienta para que a escolha dos ministros seja fruto de sério discernimento comunitário e não o resultado de uma simples eleição. Para isto, sugerimos que o Pároco ou o Conselho Pastoral convoque nominalmente os agentes mais comprometidos nos diversos serviços da Comunidade e os reuna em Assembleia Comunitária. Essa Assembleia, depois de uma boa preparação do espírito pela oração, pela reflexão do Santo Evangelho e da realidade humana e social da comunidade e pelo auxílio de vários e necessários exclarecimentos, vai escolher os Ministros e apresentar os seus nomes ao Pároco para que este os confirme nos serviços da Comunidade. Como enviar os ministros? Enviar aqui significa conferir publicamente o mandato de Ministro. Para isto existem na Diocese dois momentos celebrativos. • 13 Momento: Por ocasião da Festa de Cristo Rei - 24 de Novembro - às 16 horas, na Catedral, ao ser proclamado o início do 3? Plano Diocesano de Pastoral, os Ministros escolhidos receberão oficialmente o "Mandato" e serão reconhecidos como Ministros da Diocese de Osasco. •2$ Momento: A partir da Celebração Diocesana, cada Paróquia ou Comunidade deve marcar uma Celebração Comunitária para apresentar os Ministros escolhidos pela comunidade e aí confirmá-los solenemente pelo Pároco. Há "critérios" muito importantes para a escolha dos Ministros. Uns corres-pondem à pessoa que recebe o Ministério, outros correspondem à comunidade que escolhe os seus Ministros. Quanto à pessoa que recebe o Ministério, é necessário que ela seja revestida de: •Vida de fé cristã comprovada.. •Testemunho de participação na Comunidade. *Compromisso de fidelidade à Igreja. *Vida coerente com o Evangelho: * de oração (vida pessoal), * de família (vida familiar), * de cristão no mundo (vida na sociedade). •Conhecimento das tarefas próprias do Ministério para o qual é escolhido. Quanto à Comunidade que escolhe os seus Ministros, é necessário que: •Tenha noção clara a respeito dos objetivos dos ministérios. •Considere a situação social, económica, cultural e religiosa da comunidade. •Conheça a mentalidade dos membros da comunidade, respeitando a prudência dos mais antigos e a criativida-
de dos mais jovens, evitando conflitos e fazendo a comunidade crescer em sua evangelização inculturada. •Descubra sempre novos e autênticos ministérios para que a evangelização alcance maior número de pessoas e atinja todos os ambientes em que se situa a comunidade. Mencionamos aqui os Ministérios não-ordenados na Diocese de Osasco, qualificados em dois grupos: •Grupo 1: Ministros da Celebração da Palavra. Dirigem a Celebração da Palavra, comentando ou partilhando a Palavra de Deus com o Povo de Deus. Ministros do Batismo: Celebram o Batismo e integram a Pastoral do Batismo. Testemunhas Qualificadas do Matrimónio: Devem ser indicados, por escrito, ao Bispo Diocesano e têm seu mandato restrito a um ano. Assistem o matrimónio que é realizado na Comunidade para a qual foi pedido o serviço. Não podem assistir casamento em qualquer outra comunidade ou paróquia da Diocese. •Grupo 2: Ministros a serviço da Celebração da Eucaristia e da Palavra. São escolhidos para auxiliar na distribuição da Eucaristia. Ministros a serviço dos Enfermos. São escolhidos para levar a Eucaristia e a mensagem do Evangelho aos enfermos. •Há outros Ministérios: Ministério da Coordenação: Para os que animam a unidade e incentivam a participação de todos na comunidade. Ministério das Exéquias: Para a celebração da Palavra nos velórios, confortando os familiares que passam pela provação da separação pela morte. Desejosos de incentivar uma Igreja verdadeiramente evangelizadora é que nos alegra dar aqui estas orientações tão importantes. Os ministros não-ordenados, juntamente com o bispo, com os sacerdotes, com os religiosos e religiosas, fazem parte destes discípulos privilegiados por um chamado todo especial de Deus a testemunhá-lo, à semelhança de Jesus que veio à terra para servir e não para ser servido Este privilégio, longe de nos envaidecer, deve-nos encher de grande responsabilidade, diante de Deus que nos chama e diante dos irmãos a quem servimos com amor. Esta responsabilidade nós a desempenhamos ao deixar-nos evangelizar, através de preparação contínua e adequada. Para tanto temos o Curso Teológico-Pasíoral em nível diocesano, temos o mês da Bíblia, repleto de reflexões muito importantes para a nossa capacitação de evangelizadores e temos os nossos sacerdotes que se dispõem a nos ajudar com reuniões, até semanais, a nos preparar para tão sublime e importante tarefa: anunciar o Reino de Deus.
+ Francisco
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MISSÃO: FAZER C
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. OUTUBRO.- M€S MiSSIONfífílO Outubro é o mês que a Igreja dedica para refletir e incentivar a vocação missionária. Mas,o que é missão? Como é ser missionário? Para quê? A missão cnstã começa com o próprio Jesus. Ser cristão é assumir o desafio missionário de Jesus até as últimas consequências. Para o cristão, é tudo ou nada! E Jesus, qual foi a tarefa que assumiu e cumpriu? Ele mesmo disse, citando o profeta Isaías: "O Espírito do Senhor está sobre m/m, porque ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos, e para proclamar um ano de graça do Senhor". (Lc 4,18s) Jesus anuncia sua missão em Nazaré, onde foi criado. Essas palavras agradaram muito seus vizinhos e parentes. Mas, Jesus continua: "Sem dúvida, vocês vão querer que eu faça aqui as mesmas maravilhas que fiz em Cafarnaum. Contudo, um profeta nunca é compreendido em sua pátria. Elias, por exemplo, só foi compreendido por uma viúva estrangeira, durante aquela seca de três anos". (Cf. Lc 4,23-26;'IRs 17,7-16) Ser missionário exige um coração livre para
amar e disposição para a justiça. A missão de Jesus não é fazer milagres, mas viver a partilha, como Elias e a viúva estrangeira. Seus conterrâneos não o compreenderam, expulsando-o de seu meio. Os primeiros cristãos compreenderam a verdadeira missão de Jesus. Para eles, qual é a tarefa do cristão? Vamos ver algumas propostas: •expulsar demónios, curar, anunciar o Reino (Lc 9,1-6); •abrir os olhos do povo para uma economia de partilha e igualdade (v.12-17); •deixar projetos vazios e descomprometidos para lutar pela justiça (v.22-25); 'promover a vida mesmo à custa da própria sobrevivência (v.37-45); •viver em contínua conversão, descobrin-
3. MISSIONfífílOS O mês de outubro já começa com festa: em 1g de outubro celebramos a padroeira das missões, Santa Terezinha do Menino Jesus. O penúltimo domingo desse mesmo mês (dia 19) é o Dia Mundial das Missões. Também há as festas dos missionários Francisco de Assis (4), Lucas (18), Paulo da Cruz (19), Simão, Judas (28) e vários outros. a) Terezinha do Menino Jesus: foi uma jovem carmelita. ^^^^^_^^_ Mesmo retirada, colocava a missão da Igreja no centro de sua oração. Sua intercessão foi tão intensa e marcante que acabou sendo proclamada padroeira das missões. b) Francisco de Assis: era um jovem rico, atraente e invejado pela sociedade. Quando ficou consciente do chamado oara "reconstruir a Iqreia" de seu
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tempo, não teve dúvidas. Rompeu com tudo que se interpunha entre si e a missão: o dinheiro, a popularidade, o medo dopai... Até o fim sua vida foi marcada pela fidelidade ao projeto assumido. c) Lucas: um homem instruído, de família influente, que acompanhou Paulo até as prisões romanas pelo nome de Jesus (Cf. 2Tm 4,11). Funda comunidades por onde passa, junto com Paulo em sua Segunda Viagem, pela Grécia. As comunidades fazem uma profunda experiência da pessoa de Jesus, anunciada por ele. Essas experiências foram escritas em dois livros: o Evangelho segundo Lucas e os Atos dos Apóstolos. d) Paulo da Cruz; um jovem muito pobre, de família sofrida. Paulo percebeu logo o chamado para anunciar Cristo Crucificado. Vendo que a missão cristã só tem frutos quando realizada em comunidade, fundou a Congregação dos Padres Passionistas.
do novos jeitos de ser Igreja (v. 57 • romper quaisquer compromissos :-: os projetos de morte (v. 59-60): •compromisso com o hoje, e * - : • _ com o passado (v. 61-62). A missão do cristão, mais do que *&ar de Jesus, é tornar Jesus preser:» hoje, nas várias situações de injus^ça que vivemos. Jesus se torna presente por me c oe nossas palavras e atitudes. Entre outras, as palavras que revelaSenhor são: os documentos da 0.55. os cantos das comunidades, a catec^ese, a liturgia, o debate ecuménico.. Quanto às atitudes, uma das ~ = ; reveladoras tem sido o compror i^; das pastorais sociais com os excL c :<. especialmente encarcerados, so^r::res da rua, sem-terra, crianças a:>-donadas e doentes.
Discuta com sua família • Escolher um ou mais dos textos; tados para refletir. • Qual é a tarefa que Jesus dá s pessoas que ele convoca? • Quais as consequências conc-r tas que o cumprimento da tare'; provoca, no contexto bíblico? • Quais os pontos de encontro ent-a missão de Jesus, minha missa pessoal e a missão da Igreja?
NOS FfíLfíM
HOJ€
Sua determinação e garra eram :á: fortes que deixaram marcas até r:-e em seus seguidores. e) S/mão e Judas: dois dos apóst: ;i escolhidos por Jesus (Lc 6,12-19; S»mão era do Partido dos Zelotes. c_-r queria restaurar a autonomia da Patestina frente aos romanos. O encc— •: com Jesus deu sentido à sua missào política, aprofundando a opção pé a bertação do povo. Judas era primo de Jesus. Acompanhou Simáo até a 5.ropa Oriental, onde a tradição diz -jr testemunharam a fé pelo martírio. 5_i pregação inspirou até uma carta e; crita muito tempo depois: a Epís:: •=. de São Judas.
Discuta com sua família • Nossa devoção aos santos nos ;e. a. compromisso com a missão deles que é também a nossa? • Em que o testemunho dos $ = -tos nos ajuda a realizar me.-;nossa missão concreta?
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NO ACONTECER 2. €SI*lfílTUftLit>ftl>€ Missão é uma tarefa com a qual nos comprometemos para realizar um objetivo. Não é uma ação qualquer, que se pratica para cassar o tempo ou para ganhar alguma coisa. Quando recebemos uma missão, só nos satisfazemos quando conseguimos atingir o objetivo. Por exemplo: a mãe, quando tem seu filho, recebe junto-a missão de fazer deíe uma pessoa independente. E não vai ficar satisfeita se não cumprir essa tarefa da melhor forma que conseguir. O que desperta a mãe para sua missão é o choro da criança, depois outras expressões como o riso, as palavras, os gestos... O missionário é despertado para sua missão pelo clamor do povo que sofre. Percebe, em seu dia-a-dia, que não é insensível ao sofrimento de 3/4 da humanidade que sobrevive em condições desastrosas. Pergunta a si mesmo: Deus não vai responder a esse chamado angustiado? O compromisso missionário é a resposta rápida e certeira de Deus às súplicas do povo que sofre. Deus está agindo a todo momento, no sentido de curar e libertar seu povo. Contudo, nós somos as mãos e os pés de Deus: sem colaboração, nada acontece. O missionário descobre, na contemplação das atitudes de Jesus e na fiel escuta de suas palavras, seu jeito pessoal de anunciar a libertação. Quem
MISSIONfífílfí
lhe comunica essa capacidade é o próprio Espírito Santo, através de seus dons concretos. É o Senhor que, através de nós, ama e conforta seu povo. Entre os dons do Espírito, precisamos pedir, especialmente, o dom: •de assumir, em nosso trabalho, não nossas necessidades pessoais, mas as necessidades reais do povo; •de buscar forças na alegre esperança do povo, e não na desesperança amargurada de um só indivíduo; •de trabalhar "com" o povo, não "para" ele, entrando em seu ritmo, sem impaciência ou moleza; •de aceitar e desejar inculturar-se sempre mais, assumindo para si toda a vida do povo pobre. "Comei tudo aquilo que
vos puserem à mesa" (Lc 10,7). A missão de anunciar o Reino, revelar Jesus, na prática quer dizer: servir ao povo. Para servir, é preciso conhecer, viver seus problemas e esperanças, mas não tomar seu lugar. Não é preciso passar fome para servir a quem não tem alimento suficiente. O que é preciso é lutar pelo pão de todos. O missionário é como a parteira, que só ajuda a mãe a ter seu filho. A parteira não ajuda nada se começar a sentir as dores do parto, mas ajuda muito se compreender a dor da mãe, ficar a seu lado, oferecer alívio e todo o cuidado necessário. E vai ajudar muito melhor S1V seja tiver passado pela experiência... O missionário cumpre seu papel despertando, estimulando, servindo, reforçando, assessorando, coordenando forças, animando... E não ajuda nada se ficar o tempo todo mandando, arrastando, impondo, produzindo, substituindo...
Discuta com sua família «Como cada um sente no coração os apelos do povo que sofre? • Qual a diferença entre trabalhar "para" o povo e "com" o povo? O que é mais fácil? «Quem são os missionários que impulsionaram sua comunidade local? O que a comunidade aprendeu como eles?
. fí MlSSfiO l>fí IGfí€Jfí fíUMO fíO NOVO MILÉNIO
Estamos nos preparando para celebrar o Jubileu dos 2 mil anos da Encarnação do Filho de Deus! Mas, quando
olhamos para o mundo à nossa volta, percebemos, entre outras coisas, que: • Apesar do grande número de cristãos no mundo todo, a injustiça e a fome só vêm aumentando. «O fundamentalismo religioso, que é contrário à uma fé madura e consciente, está ganhando força. • A Palavra de Deus está sendo usada para oprimir ainda mais o povo, especialmente os mais pobres. • A violência contra o pobre continua sendo considerada "normal", enquanto a violência contra os mais ricos é duramente combatida com mais violência. • Os serviços de educação e saúde, duramente conquistados, estão sendo comercializados até pelo próprio Estado. Pensando no momento forte do Jubileu, e na profunda necessidade de jus-
tiça que o mundo vive, a Igreja nos convoca a um grande mutirão de evangelização. Cada cristão é convocado a assumir sua missão em conjunto com toda a Igreja. Para bem articular os esforços missionários de cada comunidade, a CNBB sugeriu o projeto "Rumo ao Novo Milénio", colocado no Documento nQ 56.
Discuta com sua família • Você conhece o projeto de evangelização "Rumo ao Novo Milénio"? Dê uma olhada no Doe. n9 56 da CNBB, para ficar por dentro, e tire as dúvidas com os coordenadores de sua paróquia. • Como sua família pode colocar seu esforço missionário em sintonia com o planejamento da comunidade?
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PASTORAL DA JUVENTUDE^ SOMOS IMfíG€M € S€M€LHfíNÇfi K>€ I>€US Sob este título, Pé. Mário Pizetta, assessor diocesano da Pastoral da Juventude de Osasco, apresenta um livreto com reflexões e dinâmicas para 12 Encontros com os jovens sobre o tema Pessoa Humana. Preocupado em fazer com que os jovens descubram o seu próprio ser como Pessoa Humana, seus valores, seu relacionamento com Deus seu Criador, suas relações homem/mulher, convida os coordenadores de grupos a que aprofundem as pistas sugeridas nos outros livros de autores diversos que ele indica numa relação bibliográfica. Deseja despertar os jovens a reconhecer o valor incomparável da pessoa humana, conforme o n52 da Evangelium Vitae "O homem é chamado a uma plenitude de vida que se estende para muito além das dimensões da sua existência terrena, porque consiste na participação da própria vida de Deus. A sublimidade dessa vocação sobrenatural revela a grandeza e o valor precioso da vida humana, inclusive já na sua fase temporal. Com efeito.a vida temporal é condição basilar, momento inicial e parte integrante do processo global e unitário da existência humana: um processo que, para além de toda a expectativa e merecimento, é iluminado pela promessa e renovado pelo dom da vida divina, que alcançará a sua plena realização na eternidade (cf. Uo 3,1-2). Ao mesmo tempo, porém, o próprio chamamento sobrenatural ressalta a relatividade da vida terrena do homem e da mulher. Na verdade, esta vida não é rea-
lidade "última", mas "penúltima"; trata-se, em todo case :~ uma realidade sagrada que nos é confiada para que guarozmos com sentido de responsabilidade e a levemos à pe™eçáo no amor pelo dom de nós mesmos a Deus e as irmãos'
l>in€ITOS t>O Art. 7- "O paciente tem direito de receber explicações claras sobre o exame a que vai ser submetido e para qual finalidade irá ser coletado o material para exame de laboratório". O médico quando trata de um doente, não toma conta dele como se fosse um ser inconsciente. Ele dá a colaboração ao doente, que quer saber o que tem e como sarar. Assim sendo, cada decisão do médico deve ser levada ao conhecimento do doente. O art.7 fala de "explicações claras", para que o doente entenda o que vai ser feito. Art. 8 - "O paciente tem direito a informações claras, simples e compreensivas, adaptadas à sua condição cultural, sobre as ações diagnosticas e terapêuticas, o que pode decorrer delas, a duração do tratamento, a localização de sua patologia, se existe necessidade de anestesia,, qual o instrumental a ser utilizado e quais regiões do corpo serão afetadas pelos procedimentos". O art. 8 é uma continuação do artigo
precedente e é regido pelo mesmo princípio, atingindo várias atividades médicas. Quero frisar a importância de esclarecer ao paciente a extensão e o tipo da anestesia, porque ela tem efeitos colaterais imprevisíveis, que deixam o paciente inquieto. Art. 9 - "O paciente tem direito a ser esclarecido se o tratamento ou o diagnóstico é experimental ou faz parte de pesquisa, e se os benefícios a serem obtidos são proporcionais aos riscos e se existe probabilidade de alteração das condições de dor, sofrimento e desenvolvimento da sua patologia". Este artigo é um sinal de alerta. Há tratamentos tradicionais, aprovados pela classe médica, e tratamentos ainda em fase de experimentação. É claro que o progresso na medicina decorre de estudos e tentativas. Mas não se pode usar o ser humano como cobaia. É por isso que o paciente deve ser esclarecido sobre as novas terapias. As circunstâncias devem sugerir a conveniência de usá-las.
C/Al £>€US CH€IO Jesus com o povo de seu tempc *:• humano, livre, justo e compreens .: para com os que sofriam dores físicas e morais. Nas fontes bíblicas, a doença surge como uma espécie de mal que não tem origem apenas no indivíduo mas também na sociedade. E as realizadas por Jesus Cristo, por de uma bionergia singular, não sãc e> efusivamente para mostrar poder, h; cam que Jesus superou as leis soe a : e os preconceitos reintegrando os cc siderados "impuros" na comunidade Isso significa que a comunidade crr.a não deve ser vista como reunião de" c _ros", mas de seres humanos que superam suas fraquezas na ajuda fraterna. O tempo de Jesus não permitia exp caçoes científicas. Hoje perceber:! que, além das fraquezas pessoais, exste a irresponsabilidade política de n^çsa sociedade, que não apenas proc_: doenças e doentes, como os ma-têm, para o lucro dos laboratórios. A presença dos cristãos em hospitais e casas deve ser mais ativa.constituinoc um caminho para uma Igreja humana, solidária, universal, cristã.
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ASSEMBLEIA MISSIONÁRIAliQ °
Estiveram reunidos nos dias 23, 24, e 25 de agosto na Paróquia de São José e Santa Terezinha na cidade de Bragança Paulista, participando da 8ê Assembleia Missionária Estadual e do Congresso Missionário da Diocese de Bragança Paulista com o tema: "Igreja Particular Sujeito da Missão", reunidos em número de 264 membros da Igreja do Regional Sul I. Dom Bruno Gamberini, Bispo de Bragança Paulista e Dom Pedro Fré, Bispo de Barretes presidiram a celebração de abertura com a entronização da imagem de Nossa Senhora Aparecida e orações missionárias. Pé. Júlio, de São Carlos, centrou sua mensagem sobre: "O Espírito Santo é o protagonista da Missão" Dom Fré fez a colocação sobre o tema: "A ótica missionária da Igreja para o terceiro milénio", baseando-se nos documentos 54 e 56 da CNBB, TMA e Conclusões do COMLA V. Enfatizou também, que cada missionário deverá sair da Assembleia ungido para a missão e, dizendo a cada momento: "Eu estou celebrando o ano da graça do Senhor". Da discussão em grupos, concluiu-se que o ardor missionário deve estar presente nas pastorais, que deverão trabalhar de forma integrada, com o objetivo único de evangelizar. As paróquias da cidade de Bragança Paulista fizeram a apresentação das coreografias dos cinco continentes e Pé. Constanzo Donegana (PIME), fez uma colocação só-
bre o tema central da Assembleia "Igreja Particular Sujeito da Missão", onde ressaltou, que a Igreja Particular é a comunidade construída sobre as diferenças, e que a Igreja Universal deve ser a comunhão de todas as Igrejas. Dom Eduardo, Bispo de Piracicaba, reafirmou o desejo do Papa, de que a Igreja entre para o Terceiro Milénio mais missionária. Ressaltou também que ser missionário é formar novos discípulos. Houve um grande momento de espiritualidade e emoção, com a reza do terço missionário nas diversas línguas. Pé. Darci Dutra, de Taubaté, convidou os membros da assembleia • a agir, tendo uma atitude de vida e esperança para a humanidade. No final foram feitas algumas sugestões,como: a criação de COMIPAs, formação missionária para o clero, implantação da infância missionária e a necessidade de um enfoque maior para a "missão ad-gentes". Foi ressaltado que para caminhar "Rumo ao Terceiro Milénio" dentro do espírito de unidade e missão é necessário caminhar juntos, tendo os mesmos objetivos dentro das diversas realidades. A Celebração Eucarística, presidida por Dom Gilberto Pereira Lopes, Arcebispo de Campinas e concelebrada pelos demais Bispos e Sacerdotes presentes encerrou a Assembleia e o Congresso com a cerimónia do Envio dos Missionários.
SOMOS MISSÃO
e o pão repartido
fí MiSSfíO FOfíTfíL€C€ fí VIDfí Da mesma forma que é dando a fé que ela se fortalece, assim também a missão reforça a vida consagrada, dá-lhe novo entusiasmo e novas motivações, estimula a sua fidelidade. Esta constatação é corroborada por inúmeros exemplos de Institutos que ao dedicarem-se às missões estrangeiras, aprofundaram o próprio carisma específico e conheceram um crescimento imprevisto. Foi a experiência de tantos religiosos que no empenho da missão "ad gentes" descobriu toda a fecundidade e as exigências da evangelização dos pobres. Como recordava a Encíclica missionária Redemptoris missio, todos os carismas da vida consagrada encontram espaço de crescimento e são uma resposta aos desafios que aií se apresentam. A inserção noutro contexto, as
exigências de sacrifício e de inculturação tormam-se estimulantes para um crescimento pessoa! e comunitário. Tal investigação revela-se vantajosa também para as próprias pessoas consagradas: na verdade, os valores descobertos nas diversas civilizações podem levá-las a aumentar o seu empenho de contemplação e oração, a praticar mais intensamente a partilha comunitária e a hospitalidade, a cultivar com maior diligência a atenção à pessoa e o respeito pela natureza. A experiência dos missionários dá testemunho disto: graças à missão eles cresceram humana e espiritualmente. A vida consagrada, portadora por natureza de valores evangélicos pode por sua vez oferecer, nos lugares onde é vivida com autenticidade, uma contribuição original para os desafios da in-
CONSfíGftfíDfí culturação. Uma autêntica inculturaçáo ajudará, por sua vez, as pessoas consagradas a viverem o radicalismo evangélico, segundo o carisma do próprio Instituto e a índole do povo com que entram em contato. Deste fecundo relacionamento, brotam estilos de vida e métodos pastorais que poderão revelar-se uma autêntica riqueza para o Instituto inteiro, se forem coerentes com o carisma da fundação e com a ação unificadora do Espírito Santo. Como afirmava a Encíclica missionária, a missão com efeito, é não só um dar, mas também um receber; ela solicita a santidade também para o despojamento e a dedicação. Sobressai assim o caráter de universalidade e comunhão, que é próprio dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica.
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TERRAS PA IGREJA] "Preocupada com a grave situação fundiária em nosso país, e desejosa de prestar sua colaboração aos atuais propósitos para se implementar a reforma agrária no Brasil, a Direçáo da CNBB comunica e esclarece: • a Igreja católica reafirma sua constante disposição de colaborar para que se realize efetivamente a reforma agrária no Brasil; * a CNBB empenhar-se-á para que todas as terras sob a responsabilidade de instituições católicas cumpram sua função social, de acordo com a
Doutrina Social da Igreja e como preceitua a Constituição; • com esse objetivo, está realizando uma pesquisa junto a todas as circunscrições eclesiásticas e congregações religiosas, para conferir, com exatidão, qual a verdadeira situação das terras pertencentes à Igreja; • terminada a pesquisa, colocará todos os dados à disposição do Incra, e os divulgará, para conhecimento público; • a CNBB não hesitará em comparar os resultados de sua pesquisa com os
O fí€SGfíT€ t>O HOM€M Escreve Dom Luciano Mendes de Almeida: entre as metas nacionais mais urgentes encontra-se, sem dúvida, a promoção das famílias que habitam e trabalham nas zonas rurais. A história do êxodo rural nos últimos decénios atesta o drama de milhões de famílias, expostas a violência e sofrimentos indizíveis, que nos obrigam a unir esforços em bem do homem do campo. A política agrícola, não pode ser considerada apenas sob a perspectiva da produção de alimentos, com descaso pela situação dos trabalhadores rurais. Há valores que devem ser assegurados. O ambiente rural facilita a convivência familiar, o contato com a natureza, a aproximação entre as gerações, a partilha no trabalho e nos momentos de lazer e descanso. Na
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atual fase do desenvolvimento nacional são muitas famílias que lutam por conseguir o uso e propnedade da terra, na qual possam morar e encontrar honesto sustento, de acordo com suas inclinações e capacitação nos trabalhos. São muitos os grupos de acampados que esperam o assentamento que lhes é devido. Em 1995 houve 554 conflitos pela posse de terra e no primeiro semestre deste ano a violência no campo já fez 33 vítimas. É chegada, portanto, a hora de uma ação política, inteligente e conjunta da sociedade brasileira para criar, sem violência, condições de redistribuição da terra. A promoção do homem do campo, além dos incentivos económicos indispensáveis para a aquisição de instrumentos,
dados existentes no Incra, em vista ~T projetos concretos de reforma agrána. • ao mesmo tempo, a CNBB enfatiza a urgência de superar situações 2e confronto e de violência por parte cê todos os envolvidos na questão. Para isso, são indispensáveis me: das efetivas de reforma agrária p;parte do governo. Não será a modesta contribuição que a Igreja pode dar com suas terras nem só com outras contribuições i anunciadas, que se fará a reforma agrária de que o Brasil precisa".
CfíMPO sementes, melhoria do solo, irrigação, etc. requer ainda três iniciativas indispe-sáveis por parte do governo e da sociedade. 1. educação - onde o ensino base: formaria pessoas capacitadas para a:_ar no meio rural, valorizando para issc as escolas famílias agrícolas (EFAs). 2. atendimento à saúde com medica comunitária preventiva. 3. programas de governo nos Estaca e municípios para apoio aos projetos de camponeses e pequenos produtores. E assim, a caridade cristã no Brás passa necessariamente pelo resgate da dignidade dos trabalhadores rurais, salvaguardando a vontade c! ador, que destinou as riquezas da • reza para o bem de toda humanidade.
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01 - D - 223 DOMINGO TEMPO COMUM - R Juventude Região Pastoral S. Roque - 9 às 17h 03- T - Coordenadores Diocesanos de Pastoral - CEO -9h Conselho da Região Pastoral Sto António -20h 05- Q - PP Região Pastoral Carapicuíba - 14:30h 06- S - Conselho da Região Pastoral Carapicuíba - 20h 07- S - DIA DA INDEPENDÊNCIA 08- D - 23« DOMINGO TEMPO COMUM NATIVIDADE DE NOSSA SENHORA - Pastoral Vocacional - Região Pastoral Cotia 11- Q - PP. Região Pastoral Cotia - 9h 12- Q - PP Região Pastoral Sto. António - 9h - PR Região Pastoral Bonfim - PP Região Pastoral Barueri 13- S - Reunião do Regional SP II - Sto Amaro - 9h - Reunião da Diretoria da Caritas Diocesana - 9h 14- S - EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ 15- D - 24^ DOMINGO TEMPO COMUM - Eco - Região Past. S. Roque - 14h 17- T - Conselho de presbíteros - Sem. S. José - 9h - Conselho do Setor N.Sra. das Graças - 20h
19- Q - Cons. Past. Setores S. Família e Imaculada - ZI 20- S - Comissão Dioc. de Administração - CEO -9h - Assembleia Igrejas Reg. Sul 1 - Itaici - até dia 22 - Ministérios Região Pastoral S. Roque - 20 às 22- Prioridade Moradia - N. Sra. Ap. - Carapicuíba • 20" 21-S -Equipe Diocesana Prioridade: "Saúde" - Escola Catequética - ECO - Osasco - 9 às 16h 22- D - 25« DOMINGO TEMPO COMUM - Past. Familiar r. Past. S. Roque - V Aguiar -14 às " 23- S - Reciclagem - Planejamento/Pastoral Ibaté -15h até o dia 26 26- Q - Reciclagem-Planejamento/Pastoral Ibate - término 12h 27-S - Conselho da Região Pastoral Cotia - 20h - Cons. Região Past. S. Roque - Igreja S. Benec-:: 29- D - 262 DOMINGO TEMPO COMUM - DIA DA BIBL-i - Encontro das CEBs - Reg. Past. Carapicuíba • =• - Moradia - Região Pastoral São Roque - Capea São José 14h -Celebração do DIA DA BÍBLIA - Região Pastor Carapicuíba - N. Sra. Aparecida - 16h