BIO 233 - Agosto 2016

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Agosto de 2016 | Ano XXVII

No 233

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Vocação “O mês de agosto é dedicado a celebrarmos todas as vocações e o principal objetivo é o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional.” FORMAÇÃO PERMANENTE

TESTEMUNHO DA FÉ

PALAVRA DO BISPO

Congresso Eucarístico

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PROGRAME-SE

Confira as atrações para o ComVocação São João Maria Vianney: exemplo A Pastoral da Ecologia e sua de amor e dedicação importância em nossas paróquias 2016 PÁG. 09

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EDITORIAL

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Caro leitor...

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gosto tradicionalmente é consagrado como mês vocacional. Em nosso coração ressoa forte uma voz e surge um apelo interior que nos faz refletir sobre o que somos e o que queremos ser e para onde vamos direcionar a vida. Há muitos caminhos para se escolher, porém, qual levará para ser verdadeiramente uma pessoa feliz? Será que Deus me chama? Como posso descobrir? Certamente “Ele” está chamando! Entretanto, cada um é convidado a seguir um caminho próprio, uma vocação específica. Há quatro grandes chamados na Igreja: vocação leiga, vocação sacerdotal, vocação religiosa e vocação missionária. De fato, a vocação é um ato de alguém afirmar a existência pessoal através da resposta prática de que nela há possibilidade para a missão que lhe é confiada. Neste caso é entendida como projeto existencial de vida que se nutre da fidelidade à missão assumida. Por isso mesmo que a vocação como projeto existencial é a formação numa fidelidade fundamental em nome do amor de Deus e do amor a Deus pelo próprio vocacionado. Com efeito, não é possível o empenho do indivíduo a si e à missão, sem o coração atuar. Portanto, a sensibilidade por uma causa que coincide com a existência da pessoa, só perdura como projeto existencial onde houver paixão; para o discernimento vocacional é preciso o desejo e a vontade de reconfigurar o mundo segundo Cristo. Pois o projeto de vida do vocacionado deve contemplar essa dimensão existencial da própria vocação. Nesta edição queremos apresentar uma reflexão acerca desse itinerário de discernimento, por isso, deixaremos como caminho de oração duas perguntas fundamentais, a saber: o que fazer de minha vida? E o que Deus quer de mim? Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

Seminário São José: Instituição de Ministérios e abertura da Jornada Vocacional

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conteceu em 28 de junho a missa de Abertura da Jornada Vocacional 2016 do Seminário Diocesano São José. A cerimônia foi presidida por Dom João Bosco Barbosa de Sousa, OFM, na Paróquia Santa Isabel, em Osasco. Com grande alegria, a Igreja de Osasco celebrou também, a Instituição dos Ministérios de 11 seminaristas. Este é um passo a mais dado pelos seminaristas rumo à ordenação presbiteral. Receberam o Ministério do Leitorato, os seminaristas do 3º ano de Teologia: Carlos Augusto, Diego Medeiros, José Cosme, Thiago Jordão, Thiago Weslley e Vandilson Pereira. O Ministério do Acolitato foi instituído aos seminaristas do 4º Ano de Teologia: Denis Mendes, Eduardo Sobrinho, Franklin Bruno, Leonardo Souza e Rafael Ferreira. Durante homilia, Dom João recordou com emoção sua caminhada vocacional e partilhou lembranças com os seminaristas, descrevendo o caminho da vocação como “um caminho pontilhado pelo Sangue de Jesus”, o qual deixa marcas profundas que serão lembradas ao longo do exercício do ministério sacerdotal. O bispo encorajou os seminaristas fazendo menção às palavras do Apóstolo Paulo, dizendo que a caminhada será

2º Congresso Missionário Estadual de Seminaristas

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ealizado entre os dias 29 de junho e 03 de julho de 2016, o 2º Congresso Missionário Estadual de Seminaristas do Regional Sul I da CNBB aconteceu na Cidade de Guarulhos, no Santuário Nossa Senhora do Bonsucesso, com a seguinte temática para reflexão: “Formação presbiteral para uma Igreja em saída”, sob o lema: “A partir do testemunho de alegria e de serviço de vocês, façam florescer a civilização do amor”. Foram abordadas nas plenárias as cinco dimensões da formação presbiteral contidas na exortação apostólica: “Pastores Dabo Vobis”, em vista de proporcionar uma Igreja em saída a partir das nossas casas de formação. Por isso, foram apresentadas as seguintes dimensões: comunitária, espiritual, intelectual, humano-afetiva e pastoral, tendo por conferencistas Padre Jaime Patias, secretário da Pontifícia União Missionária, Padre Antônio Ramos do Prado, assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, Padre Leonardo Lucian DallOsto, mestre em Teologia Sistemática pela PUC-RS, e Dom Esmeraldo Barretos de Farias, 2

presidente da Comissão para Ação Missionária da CNBB. Além de promover uma experiência missionária no território da paróquia que nos acolheu, mostrando assim uma ação concreta aos participantes, o congresso ensinou que não basta apenas a teoria, mas que também é necessária a prática missionária na vida do seminarista diocesano, pois quem almeja o sacerdócio não almeja ser sacerdote apenas para a diocese, mas busca estar a serviço da Igreja Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Natália Paula Pereira e Walkyria Aparecida do Rosário Supervisão: Sem. Ricardo Rodrigues Colaboração: Pe. Luiz Rogério Gemi, Pe. Dr. Carlos Eduardo S. Roque, Pe. Romildo I. Lopes, Ir. Letícia M. Pérez, Sem. Eder B. Rodrigues, Sem. Matheus Godoy, Sem. Thiago Wesley de Oliveira, Ariovaldo Lunardi, Carol Gonzaga, Coordenação Diocesana de Catequese, Hamilton A. Lima, Nilza Maria V. Lopes, Regina Lunardi, Rômullo Dawid Silva, Walkyria Aparecida do Rosário.

acompanhada sempre por duas forças antagônicas: a fé e a confiança. Ele alertou, ainda, que o medo faz armar exércitos contra os outros, mas quando nos sentimos amados, de fato, por Deus, perdemos o medo. “Na vida teremos medo e sempre temos medo de algo. Onde existe amor, o medo desaparece”, proferiu Dom João. “Que Deus abençoe nossos seminaristas. Que Deus abençoe mais essa Jornada Vocacional e dê a eles a graça de doar a cada dia a vida, sem reservas, uma doação total. Que a Virgem Maria os ajude. Que a Virgem Maria os proteja”, rezou o bispo. José Cosme, em nome dos seminaristas, agradeceu aos formadores, bispos, padres, seminaristas, e as irmãs religiosas por estarem em constante oração pelas vocações. A Jornada Vocacional será realizada até o mês de agosto, passando por diversas paróquias da diocese. Sem. Matheus Godoy Colaboração: Pascom Diocesana em sua totalidade. Nossa diocese esteve presente neste 2º congresso por meio da participação dos seminaristas Eder Bruno do 1º Ano de Teologia e Samuel Netto do 2º Ano de Filosofia. Sem. Eder B. Rodrigues 1º Ano de Teologia, Seminário São José E-mail: biodiocese@yahoo.com.br Diagramação: Iago Andrade Vieira Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005 Site: http://www.diocesedeosasco. com.br

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IGREJA EM AÇÃO

Cidade de Osasco reúne juventude para o “Gente do bem” na mesma data da jornada, e reunirá os jovens das diversas regiões pastorais da Diocese para acompanhar as principais atrações da JMJ e promoverá diversas atividades como Catequese, oração, shows e missa. O projeto “Gente do Bem” é uma iniciativa do Dunga, da Comunidade de Vida Canção Nova, que sentiu a necessidade de envolver os cristãos em atitudes que mudam a sociedade ao seu redor. Uma oportunidade de reunir jovens e adultos e compartilhar da alegria cristã. A estrutura do evento conta com shows, testemunhos, adoração ao Santíssimo, missa, praça de alimentação e espaço kids. De acordo com o Professor Candal, coordenador do evento, o intuito do evento é “orar e agir” por meio da arrecadação de alimento para distribuição às famílias necessitadas, mas com o olhar principal para a evangelização dos jovens. “É mais um evento de contribuição de evangelização da igreja”, diz o coordenador. A entrada foi um quilo de alimento não perecível, que foi revertido ao Fundo Social de Solidariedade da cidade de Osasco. Esta edição contou com a presença das bandas diocesanas

Eliane Neves - T70! Fotografia

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o domingo, 03 de julho, aconteceu na Concha Acústica da Fito, em Osasco, a terceira edição do evento Gente de Bem, promovido pelo Setor Juventude em parceria com a Prefeitura de Osasco. O evento, que já faz parte do calendário oficial do Estado de São Paulo, marcado sempre no primeiro domingo de julho, teve início com a celebração da Santa Missa, presidida por D. João Bosco, bispo diocesano. O grande destaque neste ano foi o envio dos jovens que foram para a Cracóvia, na Polônia, para participar da 31ª Jornada Mundial da Juventude, que ocorreu nos dias 26 a 31 de julho. Além disso, houve a benção aos jovens que ficaram na diocese e que participaram do evento “Cracóvia é aqui”, que aconteceu em Ibiúna

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Arkanjos, Sesmeiro do Rei, Código Divino, além das bandas Five Dons, Via 33 e Cerymonia, e os cantores Denis Nogueira, da Missão Eu vou além, que partilhou seu testemunho de vida, André Leite e Shirley Ferreira. Carol Gonzaga - Pascom Diocesana

Peregrinação dos Catequistas encerra 24ª Semana Catequética

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ças, que aconteceram na sexta-feira. Finalizando a semana catequética, aconteceu a grande peregrinação dos catequistas à Catedral Diocesana de Santo Antônio para que todos pudessem atravessar a Porta Santa da Misericórdia e em seguida participar da Santa Missa, presidida por Dom João Bosco e concelebrada pelo padre Daniel Vitor (Assessor Diocesano da Catequese) e Catequese Diocesana

conteceu entre os dias 10 e 17 de julho a 24ª Semana Bíblico-Catequética, que teve como tema central “A devoção Mariana”. A semana iniciou-se com a oração do santo terço e teve continuidade com os estudos sobre Maria nas Sagradas Escrituras, os dogmas marianos, seus títulos e aparições. Além disso, houve momentos de devoções, missas votivas, teatros e ações de gra-

padres da diocese. Dom João em sua homília enfatizou a importância da missão e vocação do catequista à frente dos trabalhos de evangelização e também da necessidade constante de formação. A peregrinação também foi um momento de ação de graças pelo encerramento do primeiro módulo da Escola Diocesana Discípulos de Emaús, onde foram entregues os certificados de conclusão do primeiro módulo da Escola Catequética aos coordenadores regionais, que representaram os quase 1.500 catequistas que concluíram o curso. Foi uma grande e abençoada semana. A coordenação diocesana agradece a cada um dos catequistas pela sua perseverança, amor e compromisso e deseja que o segundo semestre seja um período de crescimento ainda maior. Muito obrigado a todos! Coordenação Diocesana de Catequese

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PALAVRA DO BISPO

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XVII Congresso Eucarístico A Família cresce ao redor da mesa

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Brasil vai se encontrar ao redor da mesa, nos dias 15 a 21 de agosto, quando acontece o XVII Congresso Eucarístico Nacional, em Belém do Pará. Os olhos se voltam para esta região do Brasil, a Amazônia, para percebermos a sua beleza, sua gente corajosa e sofrida, sua fé e suas carências. No centro da mesa, no altar de Belém, estará o alimento forte e verdadeiro da Eucaristia, o Corpo do Senhor e o seu precioso Sangue. Consagrado e partilhado, este alimento deve comprometer-nos com a causa da evangelização. Vamos, todas as famílias do Brasil, onde quer que estejamos, viver esse acontecimento de graça e comunhão. Os Congressos Eucarísticos acontecem periodicamente, em nível internacional, nacional ou nas igrejas locais com a finalidade de celebrar publicamente o dom da Eucaristia, adorar e glorificar o Santíssimo Sacramento, e também para aprofundar o conhecimento, o estudo e a reflexão teológica sobre o mistério da Eucaristia, tão central na vida da Igreja. A Eucaristia contém, em síntese, ensinava o santo papa João Paulo II, o próprio núcleo do mistério da Igreja, pois o Corpo e o Sangue do Senhor, celebrado e consagrado em cada altar do mundo, realiza, de forma intensa e plena, a promessa de Cristo: “Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20). A Igreja vê na Eucaristia não apenas um dom precioso dado por Cristo, entre tantos outros dons, mas vê nela o grande dom, o dom d’Ele mesmo, Cristo, em sua humanidade sagrada. É o próprio dom da salvação que acontece, não como lembrança de um fato passado, mas como presente vivo e atual da Redenção. Mistério de fé e de comunhão que acolhemos com todo o vigor do nosso entendimento e do nosso coração exclamando: “Todas as vezes que comemos e bebemos o Corpo e Sangue do Senhor, anunciamos sua morte, enquanto esperamos sua vinda!”. A Eucaristia faz a Igreja, cria comunhão e educa para a comunhão. Celebrar, estudar, propor e propagar, fazer crescer a vida eucarística, aparar as deformações que vão se formando ao longo do tempo, nunca é sem propósito. Há muitos recantos por onde essa luz intensa ainda não passou, ou se apagou o seu brilho. Há famílias, mesmo entre os que fazem parte do corpo de Cristo pelo batismo, que não mais dão importância à participação eucarística. No mundo de hoje que oferece tantos atrativos, não poucos trocam a riqueza da Eucaristia por algum brilho efêmero e vazio. O trabalho estafante da semana empurra as pessoas ao refúgio dos sítios e locais de descanso: basta ver como ficam as nossas estradas na ida e na volta dos finais de semana. Pior ain4

da, quando mesmo estando presentes nas celebrações, uma compreensão reduzida e mal evangelizada do sacramento o faz banalizar como mera devoção, sem a percepção de que o mistério da Cruz e da Ressurreição está ali presente, sem compromisso nem consequências na vida dos que comungam, sem saber bem com que e por quê. Há também que se buscar uma unidade e uma dignidade sóbria na celebração eucarística que, muitas vezes, vemos comprometida em situações nas quais a própria norma litúrgica é mal compreendida ou modificada por vaidades pessoais, extravagâncias e mutilações dos ritos prescritos a pretexto de atraente inovação. E sobre a instrumentalização do Santíssimo em sessões de cura, nem é bom falar. É certo que a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II trouxe grandes vantagens para uma participação mais frutuosa dos fiéis no santo sacrifício do altar, já dizia o santo papa João Paulo II, mas também é certo que há grupos que não a entenderam e não a aceitaram e querem a todo custo retornar ao passado privatizando, ao gosto de um grupo restrito, o dom que é de todos. São sombras que precisam ser dissipadas e o Congresso Eucarístico ajuda a esclarecer e iluminar. Convocando os fiéis a partilhar a Eucaristia em tão gran-

de evento, a Igreja manifesta a sua unidade em Cristo, e ao mesmo tempo a rica diversidade de seus muitos rostos, provenientes de todas as realidades humanas do país, formando uma só família. O rosto da Igreja amazônica se fará brilhante, por ocasião deste Congresso Eucarístico. Serão lembrados os 400 anos da Evangelização da Amazônia, uma igreja heroica, pelas grandes dificuldades enfrentadas desde o início até o presente momento, por missionários que ali investiram toda a sua vida. Igreja de pobres a serviço dos pobres, pontilhada de mártires, que não tiveram medo de enfrentar poderosos interesses econômicos, nem um pouco preocupados por destruir o patrimônio natural da humanidade, nem a vida de povos indígenas e outros pobres, para arrancar seus lucros. O Evangelho ali formou nesses 400 anos um povo corajoso, fiel e santo, que agora nos convida, a todos os brasileiros, a se aproximar de Belém, nome doce do berço natal do Senhor, mas que por etimologia significa

“casa do pão”. A casa do pão, Belém, se faz então mesa Eucarística de toda a família brasileira. Eu estarei presente no Congresso Eucarístico, levando aos presentes uma reflexão sobre a Família e Eucaristia, especialmente com atenção à Exortação Apostólica Amoris Laetitia, onde o Santo Padre chama as famílias a conhecer e a viver a alegria do amor e da comunhão familiar e, explicitamente, menciona a eucaristia vivida em família como centro e fundamento da Igreja doméstica. A propósito da família, muito se discutiu nos dois últimos anos, com dois Sínodos abrangendo um leque muito amplo de situações aflitivas e conflitivas, carentes de misericórdia e acolhida por parte da Igreja. Para muita gente, a questão principal tratada nos Sínodos foi a possibilidade de a comunhão eucarística ser permitida ou não aos casais em união irregular. Em pleno Ano da Misericórdia, um Congresso que quer viver e mostrar o indispensável vigor da Eucaristia, como remédio especialmente aos feridos e enfermos necessitados da força de Cristo, parece inevitável tratar dessa questão. E será tratada, por certo, em conformidade com os ensinamentos da Igreja, porém, como pede o Papa Francisco, com discernimento, delicadeza e paciência. De fato, a Eucaristia tem tudo em comum com o tema da Misericórdia, celebrada neste ano Jubilar. E a Misericórdia tem caminho amplo e necessário no âmbito da família, portadora de um sonho de Deus a ser realizado com paixão, amor e dor. Convido a nossa família diocesana a sentar-se à mesa, nos dias do Congresso, e mesmo depois de realizado o Congresso, contemplando as luzes que dali virão a iluminar o nosso caminho de fé e de comunhão. Dom João Bosco, ofm Bispo Diocesano de Osasco Agosto de 2016


IGREJA EM MISSÃO

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VOCAÇÃO

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Vocação sacerdotal

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stamos no mês de agosto e aqui no Brasil, diferente do que nos ensina o ditado popular, não é o mês do Cachorro louco, mas é aquele que se reveste de um significado todo especial, pois é o Mês Vocacional. No Brasil, desde a 19ª Assembleia Geral da CNBB em 1981, este é um mês dedicado a celebrarmos todas as vocações e o principal objetivo é o de conscientizar as comunidades da responsabilidade que compartilham no processo vocacional. Assim, neste mês a cada semana celebramos uma vocação: • Primeiro domingo: vocação sacerdotal; • Segundo domingo: vocação familiar, dos pais; • Terceiro domingo: vocação à vida consagrada dos religiosos e das religiosas; • Quarto domingo: vocação do laicato na Igreja, ministérios leigos e catequistas. “Quando falamos de vocação ou de cultura vocacional,

quase sempre temos em mente os ministérios ordenados ou a vida consagrada. Na verdade, trata-se de uma compreensão muito mais ampla da questão. Quanto é necessário, por exemplo, que nas diversas dimensões da vida social haja pessoas leigas, comprometidas com a fé, dispostas a cooperar em construir um mundo um pouco melhor para as futuras gerações”, afirmou dom Jaime Spengler presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB em entrevista ao portal A12 a 05/08/2015. Agora imagine que você, caro leitor, seja abordado por um repórter e te questionasse acerca da vocação sacerdotal, o que você diria? Pois bem, é sobre isto que se trata este artigo. Em Mateus 3, 13-19 encontramos o texto bíblico da instituição dos Doze Apóstolos: “Depois subiu à montanha, e chamou a si os que ele queria, e eles foram até ele (…)”. A partir desta perícope de S. Mateus vemos que ninguém simplesmente em um dado momento de sua vida decide ser padre, mas o chamado sacerdotal é um chamado de Deus que em um momento específico na vida de um homem Ele se manifesta. A palavra vocação vem do latim vocare = chamar. Deus põe no coração do jovem este desejo de servi-lo através de uma entrega total, radicalmente, indiviso, “full time” como diz o inglês. Desta forma, observamos que a vocação sacerdotal nasce de um encontro pessoal e transformador com Jesus Cristo. É um encontro transformador, pois a partir daí, o vocacionado sente forte em seu peito esta necessidade de estar junto do Amado a todo instante. Já não consegue mais ver graça em outras coisas que não estejam relacionadas ao Amado; é quando, ao menos em minha experência pessoal, o vocacionado começa a se questionar sobre o sentido de sua vida, de sua existência e lá no fundo percebe que Deus o chama para algo maior, a uma entrega total, pois a pas-

toral no fim de semana, ou, no tempo livre já não o satisfaz. Por fim vem aquela pergunta que a princípio amedronta um pouco: “Será que Deus me quer padre?”. A partir daí o que fazer então? O primeiro passo é procurar o próprio pároco, diretor espiritual ou confessor e abrir o coração para juntos fazerem um processo de discernimento antes de ser encaminhado para o Seminário Diocesano ou Religioso. Antes de tudo é preciso recordar-se, como diria o Frei Jorge Corrêa OCD numa tarde de espiritualidade em nosso Seminário Diocesano: a vocação é o encontro de duas vontades: a de Deus e a do vocacionado. Assim sendo: Deus quer, e eu? Também quero? Estou disposto a trilhar um caminho que no fundo se trata de uma santa viagem junto D´Aquele que me chama? Toda Vocação, e, sobretudo a dos Ministros Ordenados, é um processo de transformação do coração humano para ser semelhante ao de Jesus. Transformar é sacrificar, isto é, tornar-se consagrado, retirado do lugar comum para sacralizar a outros. “É ser como uma vela acesa a iluminar as almas”, como nos ensina Santa Faustina ao falar dos Sacerdotes. Uma vela só tem sua razão de ser, quando acesa. Se consumir e dispor de si por Amor e serviço ao outro é a sua missão, isto é, seu ofício sagrado. Deste modo, ao compreender ainda que brevemente esta fascinante vocação, rezemos para que Deus desperte em nosso meio homens que queiram fazer de suas vidas um Dom e Sacrifício do Amor. Rezemos também pelos que já foram despertados, para que perseverem na Eleição que Deus os fez e assim possam ser uma ponte na qual todos possam fazer uma bonita travessia até o coração de Deus! Pe. Romildo Isidro Lopes Representante dos Presbíteros

Vida consagrada - chamado de gratuidade

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odos somos chamados ao seguimento de Cristo e pelo batismo nos tornamos filhos de Deus, irmãos e templos vivos do Espírito Santo. Por isso é fundamental viver o nosso batismo sendo coerentes e fiéis ao chamado recebido a ser imitadores de Jesus Cristo no caminho da santidade. Há pessoas que por um chama6

do especial do Pai, guiados pelo Espírito Santo, decidem seguir mais de perto a Jesus Cristo, entregar-se a Deus amado acima de tudo e procurar que toda a vida esteja a serviço do Reino, homens e mulheres que vivem uma forma especial de seguimento a Jesus Cristo. “Todo Chamado de Deus é uma história de amor única e irrepetível.” João Paulo II. É na oração que tudo isso pode ser vivido e alimentado, na oração pessoal e comunitária, como diz o Papa Francisco “as vocações nascem na oração e da oração. É só na oração que podem perseverar e dar fruto”. Além de participar na missão evangelizadora da Igreja, com especial atenção aos que foram os preferidos de Jesus: pobres, enfermos, pequenos. Os que aceitam este convite, não casam, vivem pobremente, e obedecem a regra e constituições próprias do Instituto a que pertencem. Isto é o que se chama na igreja de vida consagrada. A pessoa sente-se chamada, atraída, envolvida pelo amor de Deus que a solicita. A pessoa se dá conta que esse amor é tudo, vale tudo, merece tudo, está acima de tudo. Lembrando que a iniciativa dessa escolha não é da pessoa, mas de Deus, a ponto do consagrado poder dizer como Jeremias: “Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir. Foste mais forte do que eu e me venceste no teu amor!”

(Jr 20,7). E então “se rende”. Entrega-se, deixa-se conduzir, coloca-se ao seu dispor: “Senhor, que queres que eu faça?” Os chamados a vida consagrada vivem os Conselhos Evangélicos por amor ao Reino dos céus. Esses conselhos são pobreza, obediência e castidade, e são conselhos evangélicos porque foram ensinados por Jesus no evangelho e aparecem como convite para seguir mais de perto o caminho que Ele percorreu na sua vida. A pobreza é o desprendimento de todo o criado para utilizá-lo de forma que possa dar maior glória a Deus. A castidade é conseguir que toda nossa pessoa: inteligência, vontade, afetos e corpo estejam dominados por nós mesmos. E a obediência, é submeter nossa vontade a Deus, através dos superiores legítimos, representantes de Cristo para a alma consagrada. Vida Consagrada é, pois, vida no seguimento de Cristo, que implica partilha de sua vida, seus riscos e esperanças, suas preocupações, seu projeto existencial. E isto se consegue vivendo em comunidade sendo “um só coração e uma só alma” (At. 4,32a). Irmã Letícia Perez Missionária de Jesus Sacerdote, MJS Agosto de 2016


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ede santos, assim como o vosso Pai celeste é santo” (Mt 5,48). Todos os filhos de Deus são chamados à vida de santidade, porém cada um recebe uma vocação específica, uns são chamados à vocação sacerdotal, outros à vocação religiosa, outros à vocação matrimonial. Como derramamento do seu amor, Deus criou o homem e a mulher também vocacionados ao amor e à comunhão, cuja maior decorrência é a família, a obra preferida de Deus. A vocação matrimonial está inscrita na natureza humana criada por Deus. Homem e mulher são chamados a estabelecer uma aliança com o Senhor: “Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). O matrimônio é uma resposta de fé e amor ao chamado de Deus aos homens e mulheres – “... um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2,24) - afim de que vivam o amor conjugal como sinal do amor entre Cristo e a Igreja. O amor recíproco entre o homem e a mulher

Vocação matrimonial: um chamado de Deus ao amor e à comunhão transfigura-se em imagem do amor absoluto e imperecível de Deus por seus filhos. Em consequência à vocação matrimonial, homem e mulher exercem suas vocações da paternidade e maternidade, em que colaboram com o Criador na geração dos filhos – “Sede fecundos, multiplicai-vos...” (Gn1,28). Como presente de Deus, a nova vida é acolhida na família. Também colaboram com a sua educação, os pais têm a missão de serem evangelizadores da própria família, e espontaneamente se tornam sinais para que outras famílias se aproximem da pessoa de Jesus Cristo. A maior herança que os pais podem dar aos seus filhos é iniciá-los na vida cristã. Sobre o Batismo, Santo Agostinho afirma que: “as mães que levam seus filhos cooperam no parto santo”. No lar cristão é onde os filhos recebem os primeiros ensinamentos sobre os assuntos da fé e também sobre as virtudes humanas. “Cada família é um tijolo que constrói a sociedade” (Papa Francisco). O sacramento do matrimônio derrama sobre os esposos a graça para se tornarem igreja doméstica e fermento para a nova sociedade, muitas vezes marcada pelo secularismo e indiferentismo religioso. É preciso ajudar os batizados a descobrir o valor e a riqueza do matrimônio. Jesus tem tanto carinho pelo matrimônio que seu primeiro milagre é realizado numa festa de casamento, transformando a água em vinho nas Bodas de Caná. A opção pelo matrimônio demonstra a decisão concreta de transformar dois caminhos em um só, de atravessarem juntos todas as provações e momentos difíceis, de dar um “sim” generoso, incondicional, sem reservas. O propósito de se casar, formando uma nova família, deve ser concluído após um profundo discernimento vocacional, o período do namoro é de fundamental importância para melhor conhecer a quem

Vem de Deus toda vocação

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tence a Deus. Cabe a Igreja, na figura de seu pastor, indicar onde seremos úteis, não de acordo com as nossas vontades e capacidades, mas de acordo com as necessidades. Na medida em que nossa adesão se estabelece, novos vínculos vão se criando, novas tarefas vão surgindo e paulatinamente vamos descobrindo a alegria de viver o EvanArquivo pessoal

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muito comum ouvirmos alguém dizer: “minha vocação é”, ou ainda, “já escolhi minha vocação”. Ledo engano, uma vez que é impossível escolhermos uma vocação. O termo vem do latim: “vocare” que significa “chamar”. Se vocação é um chamado, logo não podemos escolher. Para nós, cristãos, vocação é o chamado que vem do alto, vem de Deus. Ele nos chama, nos capacita. Também não pertence a nós a escolha por este ou aquele serviço, por esta ou aquela pastoral e ou movimento. O nosso sim ao chamado nos leva por um caminho cuja escolha per-

Walkyria (em pé) durante reunião com as lideranças da comunidade Nossa Senhora das Graças

"A família é uma comunidade de amor: conjugal, paterno, materno e filial. É o alicerce e base de tudo".

Familia Batista Missionários Leigos de Jesus Sacerdote - Mairinque

se deseja compartilhar a vida e viver a integralidade desse amor. A decisão de unirem-se em matrimônio não deve ser algo precipitado, todavia também não deve ser demasiadamente adiada. Deus, através de Seu Santo Espírito e da intercessão da Sagrada Família de Nazaré, ajude a cada um de seus filhos a discernir sobre o seu chamado. Pe. Luiz Rogério Gemi Pastoral Familiar Diocesana Vigário Paroquial da Catedral Santo Antônio gelho. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na massa”. (LG31) É nesta alegria que servimos, que enfrentamos obstáculos e que muitas vezes abdicamos de estar com a família e com os amigos. É nesta alegria que nos unimos aos irmãos para que o reino de Deus se estabeleça no aqui e a partir do agora. Como leiga, sirvo na Paróquia São Pio X fazendo parte de uma pastoral: Pascom – Pastoral da Comunicação, na qual estou coordenadora, onde acompanho toda a preparação de nossa revista Renovare; no Ministério da Palavra: celebrando nas comunidades e nas casas – em atenção ao 8º Plano Diocesano de Ação Evangelizadora; e na Escola da Palavra: uma equipe que auxilia o padre nas formações e retiros espirituais de nossas comunidades. É importante salientar que nosso servir não se limita a uma pastoral e ou movimento, nossa missão está junto a família, no local de trabalho, nos espaços públicos, ou seja, por onde andarmos, Jesus vai conosco. Ele mesmo nos fez tal promessa: “eis que eu estou com vocês todos os dias, ate o fim do mundo.” (Mt 28, 20b) Walkyria Aparecida do Rosário Pascom, Paróquia São Pio X 7


FORMAÇÃO PERMANENTE

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Pascom São Pedro e São Paulo

Exortação Apostólica Amoris Laetitia Ação Pastoral a ser enfrentada

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esta nossa série de estudo da Exortação Apostólica Amoris laetitia, podemos perceber a importância dos temas abordados. O capítulo II da Exortação aponta as várias realidades e desafios que enfrentamos nas famílias hoje. Tais desafios constituem, para nossas dioceses e paróquias, não uma atitude de “lamentações autodefensivas”, mas deve suscitar em nós uma criatividade pastoral e missionária para anunciarmos o evangelho da família em nossa sociedade. Nesta linha, a Exortação traçará algumas ações no Capítulo VI que refletiremos brevemente neste espaço.

1. Ponto de partida: Centralidade da família na sociedade civil e na Igreja Em nossa ação pastoral, precisamos entender que o bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja (cf. AL 31). De fato, as famílias cristãs são verdadeiras igrejas domésticas e dão testemunho jubiloso do sacramento do matrimônio. Precisamos nos tornar semeadores da boa nova da família. A Igreja deve chegar a todas as famílias, buscando acompanhá-las e ajudá-las a superar as dificuldades. Isto exige da pastoral familiar um verdadeiro empenho evangelizador e catequético do núcleo familiar (cf. AL 200). “A Pastoral familiar deve fazer experimentar que o Evangelho da família é uma resposta às expectativas mais profundas da pessoa humana: a sua dignidade e plena realização na reciprocidade, na comunhão e na fecundidade” (AL 201).

2. A Paróquia: família de famílias A paróquia nesta ação pastoral concreta dará um contributo essencial. Na paróquia são harmonizadas as pequenas comunidades, movimentos e associações. A paróquia deve ser o lugar de acolhida das famílias. Sua estrutura deve buscar ajudar a formar as famílias e acompanhá-las nos momentos alegres e difíceis. Momentos de celebração do matrimônio, mas também dos primeiros anos da vida matrimonial, e nos desafios da vida quotidiana, também no desafio da educação 8

dos filhos, acompanhar as crianças, jovens, idosos, etc... Neste sentido, será necessário que os presbíteros sejam bem formados para acolherem as famílias em suas alegrias e dificuldades. A Exortação chamará a atenção para a formação dos seminaristas em relação ao papel de uma pastoral familiar bem estruturada. A formação dos leigos da pastoral familiar deverá contar com a ajuda de várias outras áreas (psicólogos, médicos, advogados etc.) que possam contribuir no acompanhamento e ajuda às famílias na paróquia.

3. Preparação para a vida matrimonial Diante dos desafios da sociedade atual, a Exortação destaca um caráter preventivo em relação ao matrimônio. Isto significa educar as futuras gerações, e mostrar-lhes a beleza e riqueza do sacramento do matrimônio. Acompanhar os jovens namorados, os noivos, sem esquecer-se de ajudá-los a viver bem o momento da celebração do matrimônio. Será necessário que as paróquias possam traçar estratégias para uma preparação de noivos mais eficaz, com conteúdo e acolhedora. Para isto, temos o subsidio da Pastoral familiar Nacional que oferece roteiros de preparação. Outras paróquias realizam encontro de namorados. Nossa ação pastoral precisa chegar também nas crianças e adolescentes mostrando-lhes o valor de uma família.

4. Acompanhamento de jovens casais nos primeiros anos de vida matrimonial Os primeiros anos de vida matrimonial são decisivos, pois os casais terão de aprender na vida a dois: o diálogo, o afeto, companheirismo, aceitar-se e suportar-se. Aprende-se cada dia, que o amor não é somente sentimento ou atração física. A vida matrimonial deve crescer através de um “sim” dos cônjuges que é um itinerário para o resto da vida. O casal recebeu a graça de Deus para amadurecerem juntos na vida familiar superando obstáculos e dificuldades. Neste acompanhamento dos jovens casais as paróquias podem ter iniciativas diversas. Será necessária a ajuda de casais mais experientes, os movimentos e associações também podem colaborar. Iniciativas como visitas, retiros, tarde de espiritualidade poderiam ajudar. Aconselho aqui um subsidio de um casal de nossa Diocese (André e Rita) que há alguns anos trabalham nesta linha: “Encontro para novos casais” volume I e II, editora Paulinas.

5. Acompanhar as famílias nas situações de feridas e crises Qualquer família pode enfrentar momentos difíceis e de

crise: educação dos filhos, ou a relação do casal, a perda de um ente querido, a cura das feridas e o desafio do perdão, divórcios, famílias com jovens dependentes de droga ou outros vícios, etc.. Existem, às vezes, diversas situações especiais e difíceis. A Exortação é clara na tríplice atitude pastoral de acompanhar, discernir e integrar. Algumas iniciativas neste sentido poderiam auxiliar as pessoas em certas dificuldades com ajudas especializadas. Além da presença do sacerdote que auxilia no aconselhamento, sabemos de iniciativas em paróquias onde existem equipes de aconselhamento de casais. São muitos desafios e precisamos unir nossas forças para acompanhar as famílias feridas e em crise. Neste espaço de estudo das ações pastorais propostas pela Exortação, não esgotamos as iniciativas que podem ser realizadas. São apenas alguns traços principais. Diante de desafios tão grandes que as famílias enfrentam, pedimos ao Espírito Santo, que inspire nossas paróquias a serem dóceis na evangelização das famílias. Muitas iniciativas podem ser realizadas. Mas precisamos unir nossas forças. Teremos em Agosto, a “Semana Nacional da família”, um momento propício para oração e formação das famílias. Pedimos pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que nossa Pastoral familiar possa crescer e amadurecer cada dia neste trabalho árduo e necessário às famílias. Pe. Carlos E. de S. Roque Assessor Diocesano da Pastoral Familiar Doutor em Teologia Espiritual Agosto de 2016


BIO

São João Maria Vianney Padroeiro dos padres, exemplo de amor e dedicação a Cristo Bom Pastor, Eterno e Sumo Sacerdote

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papa emérito Bento XVI por ocasião do encerramento do Ano Sacerdotal proferiu na homilia marcantes palavras: “o sacerdócio não é um simples “ofício”, mas sim um sacramento: Deus se vale de um homem com suas limitações para estar, através dele, presente entre os homens e atuar em seu favor. Esta audácia de Deus, que se abandona nas mãos dos seres humanos; que, embora conhecendo nossas debilidades, considera aos homens capazes de atuar e apresentar-se em seu lugar, esta audácia de Deus é realmente a maior grandeza que se oculta na palavra “sacerdócio”. Um dos santos que melhor representam estas belas palavras de Bento XVI é São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars. João Maria Vianney, nasceu no ano de 1786 em Dardilly, na França, em um período de grandes perseguições por parte da Revolução Francesa, dentre elas a limitação da pratica religiosa. Desde pequeno, mesmo sob esse contexto de perseguição contra a Igreja, João Maria sempre teve grande sensibilidade e amor pela vida religiosa. Aos treze anos fez sua primeira comunhão, aos vinte anos, após o fim da Revolução, iniciou seus estudos eclesiásticos e no dia 09 de agosto de 1815 foi ordenado sacerdote. O, então, neossacerdote fora designado para uma cidade chamada Ars, com cerca de 230 habitantes. No caminho para sua nova paróquia, o santo pediu informação a um pequeno pastor, chamado Antônio Grive. E o menino explicou como chegar à cidade. Vianney então disse: “Você me Agosto de 2016

mostrou o caminho de Ars e eu te mostrarei o caminho do céu”. Este ocorrido está registrado, na entrada da cidade, com um monumento de São João Maria apontando para o céu e olhando para o jovem pastor. Ao chegar à Ars, ele se deparou com uma região na qual a religião estava quase extinta e as tabernas e bailes imperavam na rotina dos habitantes. Vianney quando entrou na igreja da cidade, já ciente da situação dos habitantes, proferiu profeticamente as seguintes palavras: “Esta igreja não será capaz de conter as pessoas que virão aqui”. Ele iniciou então uma grande luta espiritual, fazendo jejuns extremos e passando inúmeras horas diante do Santíssimo Sacramento e no confessionário. Esse “método pastoral” foi bem enfatizado pelo Papa São João XXIII em uma encíclica pública por ocasião do centenário da morte do Cura d’Ars, no ano de 1959. Neste escrito, o Papa recorda a memorável resposta de Vianney para um colega padre que se queixava de não conseguir converter as pessoas de sua paróquia. Perante essas queixas, Vianney responde: “Rezaste, chorastes, gemestes, suspirastes. Mas porventura jejuastes, fizestes, dormistes sobre o chão duro, fizestes penitências corporais? Enquanto não o fizerdes, não julgueis que fizestes tudo!” Aos poucos as heroicas ações de Vianney surtiram seu efeito para a conversão dos habitantes de Ars. Sua fama se espalhou por diversas regiões da França, de modo que, a partir de 1835 multidões de católicos viajam para confessar e pedir os conselhos do padre. Neste mês de agosto, período no qual a igreja dedica as vocações, é indispensável lembrar da vida deste grande sacerdote, cuja festa litúrgica é celebrada no dia 04 de agosto. Olhar para a vida do Cura d’Ars é um convite para se encantar por este grande homem que dizia que “o padre só será bem compreendido no Céu. Se o compreendêssemos na terra, morreríamos não de pavor, mas de amor”. Vianney é apontado como padroeiro dos sacerdotes por ter sido este homem completamente fiel e coerente com sua missão vocacional. Admirar o santo sacerdócio do Cura d’Ars é lembrar-se que antes de tudo, ser padre significa sacrificar-se, assim como o Sumo e Eterno Sacerdote, Nosso Senhor Jesus Cristo, um dia o fez. Bem vistas as coisas, o que fez do Cura de Ars um santo, foi o ser enamorado de Cristo – observou Bento XVI . “O verdadeiro segredo do seu sucesso pastoral foi o amor que nutria pelo mistério eucarístico – anunciado, celebrado e vivido – que se tornou em amor pelas ovelhas de Cristo, dos cristãos e das pessoas que procuram a Deus”. Há que não reduzir a figura de São João Maria Vianney a um exemplo, ainda que admirável, da espiritualidade devocionista do século XIX – advertiu o Papa: “É preciso, pelo contrário, captar a força profética que caracterizava a sua personalidade humana e sacerdotal e que é de altíssima atualidade. A 150 anos da morte, o testemunho do Santo Cura de Ars continua a ser um válido ensinamento para os padres e para todos nós”. Bento XVI finaliza: Imitando-o, os padres devem cultivar e fazer crescer, dia após dia, uma íntima união pessoal com Cristo e devem ensinar a todos esta união, esta amizade íntima com Cristo. “Só os enamorados de Cristo

podem tocar o coração das pessoas e abri-las ao amor misericordioso do Senhor”. A vida de São João Maria Vianney é um convite para avançar a águas mais profundas, mesmo com as inúmeras provações que o mundo impõe. Aos jovens que estão pensando e discernindo sua vocação: Coragem! Coloque-se sempre aos pés de Nosso Senhor e com toda a sinceridade de seu coração diga-lhe constantemente: “Meu Senhor, se quiseres me chamas. Se me chamas, eu vou!” Para encerrar, neste mês vocacional, fica o convite para meditar esta exortação do Cura d’Ars: “O sacerdote é o amor do Coração de Jesus. Quando virdes o padre, pensai em Nosso Senhor Jesus Cristo.” Que o exemplo de Vianney possa sempre despertar uma renovação de fervor nos padres e nos jovens chamados ao sacerdócio, para que continuem a ser manifestações do amor de Cristo no mundo. Sem. Thiago Wesley de Oliveira 3º Ano de Teologia – Seminário São José

Seja você também “Um amigo do Seminário” Mitra Diocesana de Osasco CNPJ: 61.378.774/0002-26 Banco Bradesco: Agência 0470 – C/C 3030-9 Banco Itaú: Agência 0001 – C/C 46358-7

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TESTEMUNHO DE FÉ

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Pastoral da Ecologia: fruto da Encíclica “Laudato Si”

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Papa Francisco foi de extrema felicidade e inspirado por Deus, quando nos enviou a Carta Encíclica “Laudato Si”, uma carta que, a bem da verdade é dirigida a cada um de nós, porque ele toca o coração de cada ser humano. A “Laudato Si” é um documento, que pela sua importância global, poderia ter sido redigido pela Organização das Nações Unidas (ONU), dizem alguns comentaristas, porque, obviamente, desconhecem a nossa Igreja, principalmente aqueles que dela não participam, imaginando que ela está aflita somente com a “salvação das almas”, quando na verdade a Igreja tem extrema preocupação com o aqui e agora, com a vida de cada ser humano, com a fome, com a sede, com a falta de saúde, de moradia, de justiça e com o ambiente em que vivemos, pelo fato de que a nossa Mãe Terra , a nossa Casa Comum , está dando sinais claros de que está morrendo, “gemendo em dores de parto”, como afirmou São Paulo ao Romanos (cf. 8,22). O Papa Francisco nos anima, afirmando com toda a sabedoria que ainda é possível reverter a situação do Nosso Planeta, basta que cada um de nós faça a sua parte, que tenhamos uma conversão ecológica e ambiental, mudando

nossas atitudes e estilo de vida, dando as mãos e nos unindo uns aos outros, pois, lutando e defendendo as questões ambientais, estaremos igualmente defendendo a dignidade e a vida dos seres humanos, principalmente das gerações futuras, que não podem ser condenadas a conhecer a beleza do nosso planeta apenas por imagens, fotos e filmes. Nossos filhos, netos e bisnetos, têm o direito de beber água pura, de comer alimentos saudáveis, de respirar sem máscaras, de caminhar e sentir a grama fresca em seus pés, de poder olhar o nascer e o pôr do sol por entre as árvores e as flores e de contemplar que tudo isso é a criação que Deus deixou para nós, e que somos responsáveis pelo seu cuidado (Cf. Gn 1, 28-30). É com esse espírito que se destaca a necessidade da criação da Pastoral da Ecologia em nossas paróquias e comunidades, cujos objetivos e atuação, devem estar focados na formação dos fieis para os problemas e soluções ambientais; a realização de ações concretas principalmente quanto aos tratamentos adequados que se deve dar aos detritos empresariais e lixos residenciais; anunciar e denunciar, as necessidades de preservação da natureza sempre em benefício da pessoa humana; trabalhar não só a

O rio Tietê é nosso Manifestação pela revitalização do rio mobiliza Paróquia Nossa Senhora da Escada

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sa Senhora da Escada, de Barueri, realizaram um ato concreto com a manifestação “O rio Tietê é nosso!” pela vida e recuperação do rio que percorre 1.100 quilômetros até o município de Itapura, na divisa com o Mato Grosso do Sul. Hoje o Tiête é um rio morto na Região Metropolitana de São Paulo. Biologicamente falando, isso significa que ele não Pascom Escada

o dia 02 de julho motivados pela Campanha da Fraternidade 2016: “Casa comum, nossa responsabilidade”, fiéis da paróquia Nos-

questão do ambientalismo, mas também o contexto social por traz de toda a interação humana com a natureza, sempre de maneira acolhedora e missionária, incentivando a participação dos fiéis neste projeto, principalmente envolvendo e convidando a participação dos jovens, pois a eles é que pertence o futuro da humanidade. Ariovaldo Lunardi e Regina Lunardi Advogados e teólogos Ministros da Catedral Santo Antônio

apresenta suficiente oxigênio diluído para garantir a existência de um ecossistema. É dever de todos os cidadãos e autoridades trabalhar juntos pela despoluição do rio Tietê e preservação da nossa Casa comum. A manifestação teve a sua concentração na Igreja Nossa Senhora da Aparecida, seguindo pelas ruas do bairro, margeando o rio até a ponte Antônio Macedo Arantes onde foi refletido o Evangelho e alguns pontos da Encíclica Laudato Si, contada a história do rio e apontadas algumas soluções para a sua despoluição, como a reivindicação por um eficaz sistema de coleta e tratamento de esgoto; já que 134 toneladas de lixo são despejadas no rio diariamente. Foram assinados dois manifestos para serem enviados aos Governos Municipal e Estadual. Durante a caminhada as pessoas levaram faixas e placas com o nome das suas famílias e fixavam nos canteiros e na avenida marginal, simbolizando o compromisso da responsabilidade pelo cuidado do Tietê. O rio Tietê nasce em Salesópolis e foi muito utilizado como estrada de acesso por índios, bandeirantes e religiosos, que necessitavam chegar às vilas que cresciam a beira do rio. Em 1700 já havia relatos de exploração de ouro e ferro em São Paulo, causando variações na cor das águas do Tietê. Já na metade do século XVII a exploração da cultura do açúcar provocava o desmatamento das margens do rio. Nos anos de 1900 já existiam mais de 150 empresas jogando lixo no Tietê. Como resultado, em 1970 o índice de oxigênio na água chegou a zero em alguns trechos do rio. A nossa Casa Comum está sendo ameaçada. Não podemos ficar calados. Deus nos convoca para cuidar da sua criação! Hamilton de A. Lima Paróquia Nossa Senhora da Escada

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PAPA

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Catequese do Papa Francisco

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A Ovelha Perdida (Lc 15,1-7) pergunta introduz a parábola: “Qual de vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?” (V. 4). É um paradoxo que leva a duvidar da ação do pastor: é aconselhável deixar noventa e nova por causa de uma ovelha? E não seria no aprisco das ovelhas, mas no deserto. Segundo a tradição bíblica, o deserto é um lugar de morte, onde é difícil encontrar comida e água, sem abrigo e à mercê das feras e ladrões. O que podem fazer noventa e nove ovelhas indefesas? O paradoxo continua, no entanto, dizendo que o pastor, quando encontra a ovelha”, coloca-a em seus ombros, vai para casa, convoca os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo” (v. 6). Parece, portanto, que o pastor não volta para o deserto para recuperar todo o rebanho! Esforçando-se para encontrar aquela ovelha parece esquecer as outras noventa e nove. Mas, na realidade não é assim. O ensinamento que Jesus quer nos dar é que nenhuma ovelha pode ser perdida. O Senhor não pode resignar-se ao fato de que mesmo uma pessoa possa se perder. A ação de Deus é ir sempre em busca dos filhos perdidos e, em seguida, fazer festa e se alegrar com eles por tê-los encontrado. É um desejo ardente: nem mesmo noventa e nove ovelhas podem parar o pastor e mantê-lo fechado no redil. Ele pode raciocinar assim: “Eu faço o orçamento: noventa e nove, eu perdi uma, então não é uma grande perda”. Mas ele vai à procura daquela, porque cada uma é muito importante para ele e aquela é a mais necessitada, a mais abandonada, o mais rejeitada; e ele vai procurá-la. Somos aconselhados: a misericórdia para com os pecadores é o estilo com o qual Deus age e que a misericórdia e Ele é absolutamente fiel. Ninguém e nada pode distraí-lo de sua vontade salvífica. Deus não conhece a nossa cultura atual do descarte, Deus não está envolvido nisso. Deus não descarta ninguém; Deus ama a todos, busca a todos: um por um! Ele não conhece essa palavra: “descartar as pessoas”, porque é todo amor e misericórdia. Imagem da Internet

ueridos irmãos e irmãs, bom dia! Todos nós conhecemos a imagem do Bom Pastor que leva nos ombros a ovelha perdida. Este ícone sempre representou a preocupação de Jesus para com os pecadores e a misericórdia de Deus que não quer perder ninguém. A parábola é contada por Jesus para fazer as pessoas entenderem que sua proximidade com os pecadores não deve escandalizar, mas provocar em todos uma séria reflexão sobre a forma como vivemos a nossa fé. A história tem, de um lado, os pecadores que se aproximam de Jesus para ouvi-lo e, de outro, os doutores da lei, os escribas que se desviam Dele por causa de seu comportamento. Eles desviam porque Jesus se aproximou dos pecadores. Estes eram orgulhosos, soberbos, se achavam justos. Nossa parábola se desenrola em torno de três personagens: o pastor, a ovelha perdida e o resto do rebanho. Mas quem age é só o pastor, não as ovelhas. O pastor, então, é o único protagonista e tudo depende dele. Uma

O rebanho do Senhor está sempre a caminho: ele não possui o Senhor. Não podemos nos iludir que iremos aprisioná-lo em nossos planos e estratégias. O pastor será encontrado onde está a ovelha perdida. O Senhor, então, deve ser procurado onde Ele quer nos encontrar, não onde pretendemos encontrá-lo! De nenhum outro modo você pode recobrar o rebanho senão seguindo o caminho traçado pela misericórdia do pastor. Enquanto procura a ovelha perdida, ele faz com que as noventa e nove participem da reunificação do rebanho. Então não só a ovelha carregada no ombro, mas todo o rebanho vai seguir o pastor à sua casa para comemorar com os “amigos e vizinhos.” Devemos refletir muitas vezes nesta parábola, porque na comunidade cristã há sempre alguém que está faltando, que se foi, deixando o lugar vazio. Às vezes isso é difícil e nos leva a crer que é uma perda inevitável, uma doença incurável. E então corremos o perigo de nos fecharmos em um redil, onde haverá não o cheiro das ovelhas, mas cheiro de mofo! E os cristãos? Nós não devemos ser fechados, porque vamos ter o cheiro de coisas fechadas. Nunca! Você tem que sair e não se fechar em si mesmos, em pequenas comunidades, nas paróquias, considerando-se “os justos”. Isso acontece quando falta o impulso missionário que nos leva ao encontro dos outros. Na visão de Jesus não existem, definitivamente, ovelhas perdidas, mas ovelhas que serão encontradas. Isso devemos compreender bem: para Deus ninguém está perdido para sempre. Nunca! Até o último momento, Deus nos procura. Lembre do bom ladrão; mas apenas na visão de Jesus ninguém está perdido para sempre. A perspectiva, portanto, é dinâmica, aberta, estimulante e criativa. Ele exorta-nos a sair em busca de um caminho de fraternidade. Nenhuma distância pode manter o pastor longe; e nenhum rebanho pode desistir de um irmão. Encontrar aquele que estava perdido é a alegria do pastor e de Deus, mas também a alegria de todo o rebanho! Somos todos ovelhas encontradas e recolhidas pela misericórdia do Senhor, chamados a reunir juntamente com Ele todo o rebanho! Fonte: CNBB

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PROGRAME-SE

BIO

ComVocação confirma as atrações de 2016

Agenda Diocesana

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os dias 20 e 21 de agosto na Arena Concha Acústica em Osasco, acontece o 13º ComVocação, maior evento realizado na Diocese de Osasco com o objetivo de despertar as vocações e de conseguir recursos para a formação dos futuros padres do Seminário São José. A edição deste ano começará com a oração do Terço às 13h do sábado na Concha, feito pelo Apostolado da Oração e também pelo Terço dos Homens. No sábado sobe ao Palco do evento o Pe. Nilso Motta, Cantores de Deus e Rosa de Saron. Padre Marcos Roberto, conhecido como o “Pe. Elvis” celebrará Santa Missa clamando a Misericórdia de Deus às 15h30. No domingo é a vez da cantora Ziza Fernandes, Lírios do Vale, Colo de Deus e Arkanjos. Às 9h a Pastoral Familiar rezará o Santo Terço e em seguida haverá a Santa Missa diocesana presidida por Dom Ercílio Turco. Encerrando a Festa, Pe. Antônio Maria conduzirá a Adoração a Jesus Sacramentado. O Espaço Vox traz no primeiro dia o workshop com “O Canto do Salmo”, Som e Vida e a banda Canthares. No domingo, Daiane Diniz, Raquel Mendes, Marília Mello e Colo de Deus. A entrada para participar é 1Kg de alimento não perecível e para chegar no local terá ônibus saindo da estação Osasco da CPTM. Mais informações no site comvocacao.org. A 13ª edição celebra o Jubileu dos Sacerdotes e dos Jovens do Ano da Misericórdia. O ComVocação conta ainda

13/08 • 09h - Encontrão e Reunião do COMIDI Centro Pastoral 14/08 a 21/08 • Semana Nacional da Família 15/08 a 21/08 • Congresso Eucarístico Nacional 19/08 • 19h30 - Hora Santa pelas Famílias - Catedral Santo Antônio

com uma ampla praça de alimentação, espaço para crianças, missas, confissões, aconselhamentos espirituais, atividades sociais e prática de esportes radicais. Não deixe de visitar a Feira Vocacional, onde várias congregações apresentam os seus carismas e missões. Rômullo Dawid Silva ComVocação Press

36º Encontro Estadual Missionário

"Missão e Misericórdia o novo rosto da Igreja"

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COMIRE Sul 1 (Conselho Missionário Regional Sul 1- CNBB) realizará o 36º Encontro Estadual Missionário nos dias 26, 27 e 28 de agosto de 2016. O evento será no Santuário da Trindade 12

na Cidade de Jales/SP e terá como tema “Missão e Misericórdia o novo rosto da Igreja” e como lema “Sede misericordiosos como o Pai” (Lc 6,36). O encontro é destinado aos coordenadores diocesanos de pastorais, COMIDIs, I.A.M, J.M, COMISEs, O.C.M, diáconos permanente, institutos e organismos missionários. O objetivo central é repensar a prática missionária a partir das dioceses e irradiar o entusiasmo da missão para as paróquias e comunidades. Estão disponíveis 06 (seis) vagas por diocese, sendo 2 (duas) para seminaristas. O investimento é de R$ 160,00 por pessoa. O pagamento das inscrições poderá ser feito no local do encontro ou via boleto bancário com data limite até 15 de agosto. As fichas de inscrições devem ser preenchidas e devolvidas até o dia 10 de agosto pelo e-mail comiresul1@gmail.com ou pelo Correio: COMIRE SUL 1 - Rua Barão de Itaúna. 237 - Lapa - CEP: 05078-080 São Paulo (SP). Maiores informações: (11) 3831-6186 | comire@cnbbsull.org.br. Colaboração: Nilza Maria de Vito Lopes Coordenadora do COMIRE - Sub Regional SP2

20/08 e 21/08 • 13º ComVocação “Jubileu dos Sacerdotes e Jovens” - Arena Concha Acústica da Fito em Osasco 23/08 • Festa de Santa Rosa de Lima - Padroeira da América Latina 25/08 a 28/08 • Congresso Continental da Misericórdia 28/08 • SAV - Encontro na Região São Roque 29/08 a 02/09 • Retiro do Clero 03/09 • 09h - Encontro de Espiritualidade para psicólogos e assistentes sociais - Centro Pastoral • Das 08h às 12h30 Formação diocesana de Liturgia - Colégio Misericórdia 08/09 • Festa da Natividade de Nossa Senhora 10/09 • 08h - Formação Missionária - Região Barueri 14/09 • Festa da Exaltação da Santa Cruz

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