BIO 235 - Outubro 2016

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missão pemba

Outubro de 2016 | Ano XXVII

No 235

a áfrica nos espera

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FORMAÇÃO PERMANENTE

IGREJA EM MISSÃO

OUTUBRO

Mês da Padroeira e Rainha do Brasil

Dia de Finados: a esperança da vida nova em Cristo

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Juventude Missionária: “Sede PALAVRA DO BISPO santo sem deixar de ser jovem” Ano Mariano PÁG. 09

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EDITORIAL

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Caro leitor...

Clero da Diocese participa de retiro espiritual

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esse mês elevamos nossas preces para todas as iniciativas missionárias da nossa Igreja. De maneira especial, conforme orienta e sinaliza nosso 8º Plano de Ação Evangelizadora, destacamos os trabalhos já existentes motivados pelo COMIDI e as diversas expressões missionárias de nossas pastorais, movimentos e associações. Toda obra eclesial está fundamentada em sua consciência missionária e todos devem assumir tal consciência, sendo uma Igreja em saída, que vai ao encontro de todos, sobretudo os que estão nas periferias existenciais.” (8º Plano de Ação Evangelizadora, nº 3.3.1) Com a apresentação do Projeto Pemba, realizado na celebração Eucarística no dia 01 de outubro na Catedral Santo Antônio, pedindo a intercessão de Santa Teresinha, onde, junto com São Francisco Xavier são padroeiros das missões, nossa diocese movida pelo Espírito assume como Igreja irmã a Diocese de Pemba em Moçambique. Certos de que, estamos respondendo ao chamado de “ir e fazer discípulos todos os povos até aos confins do mundo” (cf.: Mt 28, 19-20), ressaltamos como sinal de grande gratidão e agradecimento das abundantes graças que recebemos em nossa Igreja particular, oferecendo nossa ação missionária. Pedindo a proteção de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rainha e padroeira do Brasil, que por ocasião dos 300 anos da aparição de sua imagem no Rio Paraíba, iniciará um Ano Mariano (12 de outubro de 2016 a 11 de outubro de 2017) em todo nosso país, para que possamos com coragem anunciar a Boa-nova de Jesus Cristo presente em nossas vidas. Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogai por nós!!! Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

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Esta pausa, a cada ano, marca a nossa estrada presbiteral, alimenta a nossa alma, nos aproxima como irmãos, coloca-nos diante do espelho da nossa vida, que é Jesus Cristo”. Dom João Bosco.

ntre os dias 29 de agosto a 02 de setembro aconteceu no Espaço Anhanguera Eventos (Centro Santa Fé), em São Paulo, o retiro anual do clero da Diocese de Osasco. Foi uma semana em que os bispos, padres, diáconos e seminaristas do ano pastoral se dedicaram a momentos de reflexão, oração, formação e convivência fraterna. De acordo com Dom João Bosco, o propósito do retiro é sempre de revisitar as motivações mais profundas para o desempenho do ministério ordenado, recuperar as forças, corrigir algum rumo, ir em busca do encanto inicial do chamado feito por Deus, que pode estar menos brilhante devido o pó da estrada, ou meio esquecido por causa das muitas urgências do trabalho cotidiano. O encontro foi assessorado pelo Cardeal Dom Cláudio Hummes, OFM, Arcebispo emérito da Arquidiocese de São Paulo e Prefeito emérito da Congregação para o Clero. Em sua primeira fala, Dom Cláudio partilhou com os participantes do retiro sobre a sua experiência na Comiss Planos Paroquiais de Ação Evangelizadora serão simbolica- são Episcopal para a Amazônia e mente entregues na festa de Cristo Rei. Até o final do mês de ou- afirmou que o maior desafio é “intubro, entretanto, os planos devem ser entregues ao secretariado vestir na preparação dos agentes e de Pastoral para a tabulação dos dados das paróquias. Os coordenadores de missionários, como a formação de pastoral das regiões acompanharão o processo. O Setor de Movimentos e Associações convida a todos para a jornada dos movimentos, associações e novas comunidades no dia 22/10 na Paróquia Boletim Informativo de Osasco São Lucas Evangelista, em Carapicuíba. A Santa Missa será presidida por Dom João às 9h e o pe. Nilso trabalhará o documento da Congregação para Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa a Doutrina da Fé a respeito da relação entre os carismas no serviço da Igreja. de Sousa, OFM O Setor de Pastorais Sociais convida a todos para a Semana de Fé e Com- Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva promisso Social, de 25 a 27 de outubro de 2016, com o tema “Política e Bem Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Comum”. Como de costume, o evento se realizará no Salão de Atos da Cúria Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Natália Paula Pereira e Walkyria Diocesana, iniciando todos os dias às 20h. A Pastoral Familiar lembra a todos da peregrinação das famílias à Porta Aparecida do Rosário Santa no dia 09/10, às 15h, na Catedral Santo Antônio. Todos as pastorais, Supervisão: Sem. Ricardo Rodrigues Colaboração: Pe. Jorge Augusto M. movimentos e associações que desenvolvem trabalhos com as famílias são Alexandre, Frei Patrício Sciadini, Sem. convidados a participar. Vinicius Soares, Pascom Diocesana,

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um clero para esta região do Brasil, inclusive um clero indígena. Os povos indígenas não são a maioria, porém caracterizam a nossa missão na Amazônia”. Nas demais colocações do retiro, a Exortação Apóstolica Evangelii Gaudium, a Encíclica Laudato Si e o Ano da Misericórdia serviram de reflexão para a missão dos ministros ordenados (bispos, padres e diáconos) nos dias de hoje. “Ser Igreja não significa gerenciar o que temos, mas sair, ser missionário, levar aos homens a luz da fé e a alegria do Evangelho”, ressaltou Dom Claúdio citando o Papa Francisco. Além das meditações, houve também momentos de partilha, missas, oração da liturgia das horas, terço mariano, via-sacra, celebração penitencial, atendimento de confissões e hora santa de adoração eucarística. No encerramento do retiro os padres renovaram as promessas sacerdotais diante do bispo diocesano, e saíram com a certeza de que colherão os frutos desse encontro com Deus e com os irmãos de caminhada. Sem. Ricardo Rodrigues - BIO Pascom São João Batista- Rochdalle, Jefferson Rodrigues. E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Diagramação: Iago Andrade Vieira Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 / (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br Outubro de 2016


PALAVRA DO BISPO

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Deus nos deu de presente a Sua própria Mãe

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imagem peregrina de Aparecida, por onde passa, atrai os fiéis que manifestam visível alegria e confiança em Maria, com cantos, flores, preces, aplausos. Não é raro, diante de Maria, se encontrar alguém com os olhos cheios de lágrimas, por vezes de alegria, mas também grossas lágrimas de dor. Maria é amada por todo o povo católico, e nesses 300 anos, desde que sua imagem foi encontrada no Rio Paraíba, não dá para contar tudo o que aconteceu de milagres, conversões, recuperação da vida e da saúde, da fé e da alegria de viver, só de ouvir testemunhos, só de ver sua imagem, só de ouvir seu nome simples e belo: Aparecida. A origem da devoção mariana de Aparecida é singela: homens pobres, porém cheios de fé, ao encontrar o corpo da imagem, e depois a cabeça, entenderam esse achado como mensagem de Deus. Esse encontro transformou suas vidas, depois a vizinhança, e por fim o Brasil inteiro numa torrente de graças que não parou de crescer. Deus, de fato, age assim por meios simples, e através dos pequenos e humildes. “Em Aparecida – dizia o Papa Francisco em sua primeira visita ao Brasil – Deus ofereceu ao povo brasileiro a sua própria mãe.”

Um ano todo dedicado à Maria Pensando em agradecer a Deus por tantas graças recebidas pelo povo brasileiro e para fazer crescer ainda mais o amor à Maria Santíssima, os bispos do Brasil aprovaram a proclamação de um ANO NACIONAL MARIANO que será celebrado desde o dia 12 de outubro de 2016 até o dia 11 de outubro de 2017. Maria, de fato, nos oferece um caminho direto de acesso a Cristo, nosso Senhor, e sua vida está inteiramente voltada para o mistério mais importante da nossa fé, o mistério da Encarnação. Ela nos oferece atitudes humanas a imitar e nos coloca em plena sintonia com o ensinamento, a paixão e a ressurreição de seu Filho, nosso Redentor. É certeza: vivendo bem o Ano Mariano, terminaremos o ano mais cristãos. Maria é ainda modelo da Mãe Igreja, que Outubro de 2016

Pascom Diocesana

reúne seus filhos, intercede e protege, incentiva e ilumina os passos de todos nós. Este ano de Maria começa quase ao mesmo tempo em que encerramos o Ano da Misericórdia, e tem muito sentido esta continuidade, pois ela é a Mãe de Misericórdia, como rezamos em sua bela oração.

O exemplo de Maria nos comove e sugere gestos concretos Para marcar este Ano Mariano, sugiro a você, leitor, escolher alguns gestos simples, mas bem concretos, para que se tornem hábitos em sua vida cristã. Por exemplo: a recitação da Oração do “Angelus” com as três Ave-Marias. Costuma ser recitada esta oração a cada dia, nos horários de 6h e 18h, e se quiser também às 12h e até mesmo à meia noite, para quem dorme tarde. É uma maneira de santificar o dia todo com a memória da vinda do Senhor. Outra prática riquíssima: o Rosário, que é uma verdadeira bíblia de bolso. Escolher uma hora determinada e rezar em família, ou chamar os vizinhos. Combinar com aqueles que rezam juntos a iniciativa de visitar os doentes; dedicar-se a leitura mais constante da Bíblia, acompanhar alguém no caminho da fé. São coisas simples, podem ser tornar constantes, e em tudo agradar a nossa Santa Mãe.

Aparecida, lição de Deus Quando veio a primeira vez ao Brasil como Papa, Francisco se encontrou com os bispos, no Rio de Janeiro. O Papa falou com muito carinho a respeito de Nossa Senhora Aparecida. Eu estava bem em frente, na segunda fila, e deixei o gravador do celular ligado para guardar suas palavras. Recordo destes pontos que me ficaram como lição:

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. Ela veio encontrar-se com os pobres – O Papa Francisco começou dizendo que, em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria mãe. Mas deixou também uma lição sobre Ele mesmo,

sua maneira de agir. Deus escolheu aqueles pobres pescadores porque Ele age sempre assim: escolhe os pequenos, os pobres. Ainda hoje é assim. Quando olhamos para aquela multidão de gente que, em romaria, se encontra em Aparecida são, a grande maioria, pobres. Levam consigo suas carências e sofrimentos. Ou o agradecimento por momentos difíceis vividos. As muitas fotos e relatos contam histórias de superação. “Deus sacia de bens os famintos e despede os ricos sem nada”, dizia Maria (Lc 1, 53). Você, enfrenta dificuldades? Busque a Deus, busque a Maria. Confie, peça. Compartilhe com os mais necessitados aquilo que você tem. Aquilo que é compartilhado é multiplicado.

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. Um barco simples, redes rompidas – O Papa mencionou a precariedade de recursos dos pescadores. Um barco pequeno, frágil, inadequado. Redes já antigas, quem sabe danificadas, insuficientes. O Papa comparou com a Igreja, pois os apóstolos do tempo de Jesus eram pescadores. Também eles tinham poucos recursos. Jesus os escolheu assim e os fez capazes de ir pelo mundo. A Igreja também é assim. Não devemos imaginar que a evangelização mais eficiente é aquela que se faz com grandes recursos, ostentação e conforto. “Não leveis bolsa, nem sacola, nem calçado...” (Lc 10,4). Era assim que Jesus ensinava

aos setenta e dois discípulos que enviou a pregar. Nossas comunidades são pobres, lutam para conseguir um espaço, é difícil concluir uma construção, angariam pequenos recursos de muitos para os necessitados, para realizar a missão. E assim as comunidades vão crescendo.

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. A pesca sem resultados – Na história de Aparecida, acentua o Papa Francisco, houve primeiro o insucesso, o cansaço, muito esforço, mas as redes continuavam vazias. Parece o mesmo que aconteceu com os apóstolos, quando Pedro dizia a Jesus: “Senhor, trabalhamos a noite toda e nada pescamos” (Lc 5,5). Em nossa vida muitas vezes não é mesmo assim? Buscamos soluções para os nossos problemas, mas parece não ter saída. A Deus nada é impossível, dizia o Anjo a Maria, quando Isabel, estéril, engravidou. Pedro lança novamente a rede e ela vem cheia de peixes. O maior exemplo disso é o próprio Cristo que passa pela morte cruel, pelo fracasso da cruz, porém sua morte se torna vitória, se faz ressurreição. É preciso perseverar no bem. O mal, que parece vencer, tem os seus dias contados. Aquilo que parece insucesso, acaba por mostrar o seu fruto, a abundância de vida. Maria testemunha essa verdade dizendo que Deus faz maravilhas naquele que crê em sua promessa. 3


PALAVRA DO BISPO

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. Maria chega de surpresa – No momento estabelecido por Deus, Ele se manifesta. Deus sempre surpreende, põe à prova a paciência, a perseverança, a humildade de quem espera por sua intervenção. Vem trazendo consigo o seu mistério. Os pescadores de Aparecida entenderam que estavam diante de uma revelação de Deus. Uma imagem de barro pequena, escurecida pelas águas e pelo tempo que ali permaneceu. Uma imagem da Imaculada Conceição. Ainda não era dogma proclamado como verdade de fé. Mas já estava presente no coração do povo cristão. Os teólogos discutiam como era possível que Maria fosse imaculada, ou seja, não tivesse o pecado original quando nasceu, uma vez que todos os seres humanos eram marcados pelo pecado de Adão. Surpresa: Deus antecipou a ela a graça da redenção, já prevendo a salvação trazida ao mundo por seu filho divino. O coração de Deus encontra caminho lá onde a nossa inteligência não chega.

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. Primeiro o corpo, depois a cabeça – Diz a história a imagem de Aparecida não veio às redes de uma só vez. Veio primeiro o corpo, depois a cabeça. O Papa Francisco explica assim: Deus não se revela de uma vez, mas aos poucos. Há aqui uma lição que deve ser aprendida: não se pode desprezar a revelação de Deus, mesmo que incompleta. Maria não compreendeu bem a mensagem do anjo Gabriel. Como vai acontecer isso? Ela é convidada a guardar esse mistério incompreendido, na confiança de quem o apresenta. Ela confia e “guarda todas as coisas no seu coração” (Lc 2, 19). Nós hoje temos muita pressa, queremos saber tudo muito rápido e por isso rapidamente rejeitamos aquilo que não nos parece útil, prático ou lógico. Com isso jogamos fora a chance de Deus nos surpreender com um caminho que não havíamos suspeitado. Só depois, os pescadores juntaram as partes do mistério de Aparecida. Só depois entenderam o seu significado pleno, quando suas vidas começaram a se transformar.

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. Os pedaços do mistério – Aquilo que era dividido, diz o Papa Francisco, se torna unidade. Ele lembra que o 4

BIO Brasil, naquela época estava dividido pelo muro vergonhoso da escravatura. Nossa Senhora Aparecida se apresenta de face negra, primeiro dividida, depois unida nas mãos dos pescadores. Que grande lição! E que força para que o Brasil se livrasse dessa terrível chaga da escravidão. Mas o preconceito de cor ainda não foi vencido. Os pobres de hoje continuam a realidade dos escravos de ontem, independente da cor. Os senhores de escravos que ficam com tudo para si, enquanto os escravos ficavam só com o trabalho, continuam na pessoa de empresários corrompidos que dão as mãos a políticos corrompidos que fazem a festa com o dinheiro das empresas estatais, enquanto faltam hospitais, postos de saúde equipados, escolas de qualidade, e até alimento para tantos escravos de hoje... Maria, Santa Mãe Aparecida, não nos deixes desamparados, nesta hora em que o nosso Brasil, o seu Brasil, se encontra tão descarrilhado dos trilhos da justiça, da verdade e da paz social. Continua a nos amparar e ensinar o caminho da unidade e do amor.

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. Os pescadores trazem para casa a imagem – Podiam ter deixado a imagem quebrada no fundo do rio, perdida para sempre. Mas não. Os pobres não desprezam o mistério encontrado, mesmo que incompleto, dizia o Papa Francisco. Levam para casa. Colocam um manto bonito, vestem o mistério da Virgem como se ela tivesse frio, precisasse ser aquecida, protegida. Deus pede para ser abrigado, explica Francisco, na parte mais quente de nós mesmos: no coração. Depois é que Deus irradia o calor de que precisamos. Em casa, Maria encontra a família que se reúne em volta dela. Cada família tem sua beleza, e tem seus dramas, é um jardim que tem flores e espinhos. A família que têm Maria a seu lado, mesmo carregando seus tropeços e problemas é uma família feliz, capaz de crescer no amor e vencer. Abrigada em nossos lares, Maria possa ajudar-nos a oferecer o abrigo da Igreja e a misericórdia de Cristo a todas as famílias, mesmo aquelas incompletas, irregulares e distantes do ideal do matrimônio, aquelas que o Papa Francisco pede que sejam acolhidas, acompanhadas e integradas na vida da Igreja, porque ninguém pode se sentir excluído do amor misericor-

dioso de Deus e de Maria.

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. Os pescadores chamam os vizinhos – A imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida passou a ser o ponto de encontro dos vizinhos que vinham para rezar e contar para a Virgem suas dificuldades e carências. Mas ao mesmo tempo passou a ser o ponto de partida para aqueles que, tendo rezado juntos, entendiam ser necessário partir, levando a fé, a solidariedade, a presença generosa a outras famílias. Assim foram se multiplicando as pessoas, e também se mostrando a intenção de Deus de provar, através de Maria, o seu amor. Uma graça alcançada, depois outra graça, depois mais uma, muitíssimas graças alcançadas, Deus vai mostrando sua força, sobretudo no perdão e na misericórdia. Aparecida assim se tornou um grande centro missionário que hoje chega ao Brasil inteiro e até mais longe. Como foi que o Brasil inteiro manteve a fé cristã, mesmo nos lugares onde não havia padres para celebrar a eucaristia, nem pregadores para ensinar a doutrina? Não foi Maria, nossa Mãe Aparecida, com a recitação do Rosário, com sua imagem presente em tantos lares brasileiros, a grande missionária a levar o Evangelho para toda parte? O Grande Papa Paulo VI a chamou, com razão, a Estrela da Evangelização. A ela vamos pedir que nossa Igreja se torne sempre mais missionária, mais “em saída”, sempre nos caminhos, a levar a boa notícia do Reino.

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. Aparecida, o encontro de caminhos – A cidade de Aparecida fica na estrada que une o Rio de Janeiro, São Paulo e, do outro lado, Minas Gerais. Não passou despercebido ao Papa Francisco que a Virgem Maria quis aparecer em um lugar que era uma encruzilhada de caminhos: de um lado a capital política do Império, do outro o centro empreendedor e gerador de riqueza e, mais à frente, as cobiçadas minas de ouro que os europeus queriam possuir. Era o coração do Brasil Colonial. A realidade política e econômica pode ter mudado. Não mudou, porém, o coração religioso do Brasil. Hoje podemos acrescentar que Aparecida se tornou a capital da fé. Romeiros de todo o Brasil ali se encontram aos pés de Maria. Em Aparecida, anualmen-

te, se reúnem os mais de trezentos bispos brasileiros, em Assembleia Geral. Em Aparecida aconteceu a 5a Assembleia Geral do Episcopado da América Latina e Caribe, donde surgiu o grande impulso da Missão Continental, a Igreja de discípulos-missionários que vem renovando toda a ação evangelizadora do Continente. Eleito papa o Cardeal de Buenos Aires, agora Papa Francisco, fez do Documento de Aparecida o seu programa de Pontificado, a Evangelii Gaudium, para todo o mundo católico, com grande simpatia e sabedoria, pedindo à Igreja que seja sempre mais “uma igreja pobre para os pobres”, misericordiosa e acolhedora como Cristo desejou e ensinou. Mais do que nunca, Aparecida se tornou uma convergência de caminhos de toda a Igreja do mundo inteiro, na maturidade dos seus 300 anos que estamos a comemorar. No primeiro sábado de maio, a cada ano, a Diocese de Osasco se põe em romaria a Aparecida. Chegamos perto de 400 ônibus – cerca de 18.000 peregrinos – fora os carros pequenos e vans. Em maio deste ano, recebemos de presente do Santuário de Nossa Senhora a imagem peregrina que está percorrendo a diocese até maio do próximo ano. Gostaria de pedir desde já, que para a romaria que acontecerá em 6 de maio de 2017, haja esforço extra de todas as paróquias. Aquelas paróquias que não abriram mão de suas datas particulares e, por isso, ainda não estiveram caminhando junto com as demais paróquias, peço que revejam essa atitude no ano que vem, quando estaremos fazendo a nossa romaria jubilar dos 300 anos. Podemos dobrar o número de romeiros. E isso, não para ostentar números de estatística, pois isso é o de menos. O mais importante é deixar-nos comover por essa Mãe, por estar ela unida inseparavelmente a seu Filho; deixar-nos guiar por seu exemplo de simplicidade, alegria e gratidão, deixar-nos impregnar de seu testemunho evangélico, tornarmo-nos mais filhos seus e irmãos em Cristo, como Igreja missionária, despojada e misericordiosa, como clama o Papa Francisco, como quer o Evangelho. Dom João Bosco, ofm Bispo de Osasco – SP http://dbosco.org Outubro de 2016


missão pemba a áfrica nos espera N

o espírito das celebrações dos 50 anos do Concílio Vaticano II (1962-1965) e dos documentos pontifícios posteriores, o Papa Francisco em sua primeira exortação apostólica Evangelii Gaudium convida a Igreja ao dinamismo da saída, a fugir da nossa conveniente comodidade para adentrar em águas mais profundas “e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (2015-2019), fala de uma Igreja em estado permanente de missão que assume a missão ad gentes, dando de sua pobreza, em outras regiões e além-fronteiras: “Uma Igreja particular não pode esperar atingir a plena maturidade eclesial para, só então, começar a se preocupar com a missão além de seu território. Através dos Conselhos Missionários é chamada a articular e animar as iniciativas de missão em seu território, com abertura à missão além-fronteiras. A maturidade eclesial é consequência e não apenas Outubro de 2016

condição de abertura missionária” (DGAE, 78). Respondendo a este chamado, do Santo Padre e da CNBB, a Igreja particular de Osasco a fim de propagar a alegria do Evangelho, em parceria com a Diocese de Pemba (Moçambique, África) assumiu como projeto de ação no Plano Diocesano de Ação Evangelizadora: uma missão pastoral de seis anos, através do envio de seis missionários, sendo dois padres, dois religiosos e dois leigos, com rodízio a cada dois anos. Na “Missão Pemba: A África nos espera” os missionários enviados irão assumir uma paróquia a fim de realizar o trabalho pastoral proposto pela Igreja local e despertar na comunidade paroquial a vocação pastoral de leigos, religiosos e presbíteros para multiplicar e perpetuar esta ação missionária. No projeto apresentado pela Comissão Missionária, formada por Dom João Bosco, Padre Mauro Ferreira, Padre Sebastião dos Reis Miranda, Padre Gilmar Raimundo Santana, Irmã Ma-

ria Antônia, Carla Dias, Marcos e Isabel Cominato, Sérgio e Odila Ferreira, e Maria Lucia Nezi, a Diocese se compromete a evangelizar na Diocese de Pemba a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, anunciando a alegria do Evangelho, testemunhando a fé cristã, dialogando com a cultura local, praticando a caridade e formando e animando comunidades. Dom Luiz Fernando Lisboa, bispo de Pemba, acredita que apesar dos missionários encontrarem um ambiente diferente da realidade local, que causa impacto, qualifica a experiência missionária como muito edificante. E essa parceria fortalece os dois lados, há uma troca de conhecimentos, valores, culturas e ideias, o que mostra maturidade e enriquece todos os membros. Além disso, “Ser missionário não é só pra quem vai à África, é pra todo batizado. Nós podemos realizar a missão onde estamos, dentro de nossa família, no nosso trabalho, na nossa comunidade, na nossa cidade. Que cada um assuma o seu ser missionário” salientou o bispo em entrevista concedia a Rádio Imaculada Conceição, em São Roque. A Diocese de Osasco realizará, nos meses de janeiro a março de 2017, uma campanha para angariar fundos para o envio e manutenção dos missionários que ficarão na Diocese de Pemba. Seja também um missionário ajudando a esse projeto de evangelização. 5


Prepare-se para a Campanha “Colaboro com a missão, sou missionário” O que será? Todos os fiéis da Diocese receberão um folheto e um envelope em sua comunidade. Serão 50.000 envelopes distribuídos. O objetivo é arrecadar R$ 500.000,00 para implantação da ação na África, que inclui moradia, mobiliário, automóvel, passagens e subsistência dos missionários. A campanha se estenderá de janeiro a março de 2017.

Dom Luizinho, o idealizador da Missão Luiz Fernando Lisboa nasceu no dia 23 de dezembro de 1955 em Valença – RJ, filho de Francisco Lopes Pereira e Benedita de Oliveira Pereira. Dom Luiz veio com a família para a cidade de Osasco quando tinha 9 anos. Aos 19 anos ingressou no Seminário Passionista São Gabriel, em 04 de agosto de 1975, e iniciou o noviciado em 24 de janeiro de 1976 em São Carlos – SP, tendo emitido os primeiros votos de pobreza, castidade e obediência em 23 de janeiro de 1977. Em 18 de dezembro de 1982 fez a profissão perpétua. No dia 29 de maio de 1983 foi ordenado Diácono, e na Igreja Matriz Santo Antônio, hoje Catedral de Osasco, no dia 10 de dezembro do mesmo ano, recebeu a Ordem do Presbiterado. Foi diretor dos estudantes de Teologia e assessor provincial para a formação de 1989 a 1992 e vigário paroquial em Osasco – SP, entre 1992 e 1997, passando pela Paróquia Imaculada Conceição do Km 18 e Comunidade Santa Maria Goretti. Um dos destaques de sua passagem por Osasco foi a participação ativa na organização e coordenação do Centro de Defesa dos Direitos Humanos. Ainda como padre trabalhou por oito anos na Diocese de Pemba, o fato de já conhecer bem a realidade local, pode ter sido um dos motivos que levou o Papa Francisco a nomeá-lo como bispo de Pemba em 2013. A missa solene de ordenação episcopal de Dom Luiz aconteceu no dia 24 de agosto de 2013, também, na Catedral de Osasco pelas mãos de Dom Lúcio Andrice Muandula – Bispo de Xai-Xai, tendo como co-ordenantes Dom Raymundo Damasceno Assis – cardeal arcebispo de Aparecida e Dom Ercílio Turco, na época, Bispo Diocesano de Osasco. Aloisio Mauricio

Distância geográfica e falta de recursos são desafios da evangelização em Pemba Conheça mais sobre a diocese do norte de Moçambique Uma das doze dioceses de Moçambique é a de Pemba, que abrange toda a Província de Cabo Delgado, ao norte do país na fronteira com a Tanzânia. Moçambique é um dos países mais pobres do continente africano, e o estado de Cabo Delgado é uma das regiões mais carentes do país com uma população de dois milhões de habitantes. Estima-se que 30% da população seja católica, entre 20% a 22% muçulmanos, e quase metade da sociedade local (cerca de 48% a 50%) tenham religiões tradicionais africanas. Apesar disto, e da presença de grupos extremistas o diálogo é constante. Outro destaque que cabe a essa província, é a grande movimentação de empresas estrangeiras empenhadas na extração de gás, petróleo e de pedras preciosas e semipreciosas, o que vem melhorando as condições de vida da região. Mas que pouco tem feito para melhorar a qualidade de vida da população. As minas a céu aberto seduzem muitas crianças, jovens e até pais de família, que abandonam suas casas na esperança de conseguirem uma vida melhor. A prostituição também leva mulheres para estes locais, o alcoolismo e as drogas são problemas sociais constantes. A falta de capacitação da mão de obra é um grande obstáculo para o desenvolvimento, assim, grande parte das vagas de empregos são ocupadas por estrangeiros. A desigualdade social perpetua neste cenário, uma pequena parcela da população detém a riqueza, enquanto muitos não conseguem sair da extrema pobreza. Falta segurança, postos de saúde, medicamentos e sala de aula. O consumo de água não tratada traz, além de desnutrição, muitas doenças. Os fatores climáticos também são relevantes, uma vez que, em períodos chuvosos, comunidades podem ficar meses sem acesso. Não há recursos, nem meios para a implantação de cursos e formações. É um desafio para a sociedade. A Igreja tem vários projetos sociais ligados ao desenvolvimento, estando cada vez mais presente onde a população precisa, “Onde a Igreja é desafiada, onde há pessoas que precisam? Aí a Igreja deve estar”, disse Dom Luiz Fernando, em entrevista concedida a Pascom Diocesana ano passado. Com isso, a Igreja conquistou um merecido respeito pela atuação no país, principalmente pela promoção dos valores éticos e morais. O testemunho cristão tem deixado marcas na população.

Projeto Missionário em Pemba: espaço de comunhão e missão A Diocese de Pemba foi fundada em 1957 e já teve sete bispos e administradores apostólicos. O brasileiro e conhecido da Diocese de Osasco, Dom Luiz Fernando Lisboa, é o 7º bispo a pastorear a região, que tem dois milhões de habitantes e está dividida em quatro regiões episcopais, com 22 paróquia e cerca de 900 comunidades. A falta de padres na Diocese de Pemba, em Moçambique, está longe de ser o único problema da região, mas com certeza é um dos mais preocupantes. Em uma área de 82,6 mil quilômetros quadrados, equivalente ao país de Portugal e cerca de duas vezes o es-

D. Luizinho. Ordenação Episcopal, 24/08/2013, Catedral Sto. Antônio

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missionários suficientes para suprir tamanha carência. Assim, o envio de padres e agentes de pastoral é essencial para que a evangelização aconteça. Apesar de poucos padres, o clero é bem atuante e empenhado em servir. Os leigos e religiosas, com destaque para as congregações religiosas femininas, assumem o papel de protagonistas na animação e coordenação em muitas comunidades, atuando na catequese, na liturgia e nas atividades sociais. O respeito e a riqueza local são abundantes, nas celebrações litúrgicas a alegria da fé é expressa através do canto e da dança, aspectos essenciais na cultura moçambicana. Apesar da língua oficial ser o português, eles utilizam mais de cinco línguas na região, o que dificulta o material utilizado na tado do Rio de Janeiro, apeevangelização. “É impressionante a alegria da exnas vinte e quatro padres, periência de fé dos cristãos que escutaram e escusendo sete estrangeiros, são tam o Evangelho e tentam traduzi-lo em sua vida responsáveis pelas vinte e de acordo com expressões da própria língua, da duas paróquias e mais de própria cultura, das suas tradições e de seus valonovecentas comunidades res mais profundos dentro dos contextos e desafios que estão no vasto territósociais, políticos e econômicos em que vivem”, diz rio diocesano. Ou seja, um o projeto elaborado pela Comissão Missionária. único sacerdote pode cheEmbora as diferenças culturais, dificuldades gar a ter cento e cinquenta financeiras e sociais sejam grandes obstáculos comunidades. Há paróquias para a missão, a finalidade da ação apostólica que ficam cerca de 450km da é fazer com que missionários evangelizem com Catedral Diocesana, quase empenho para tornar Jesus Cristo conhecido e a distância entre as cidades amado, principalmente por meio das comissões de São Paulo e Rio de Janeiativas para evangelização. São elas para o triêro. As dificuldades de acesso nio 2015-2017: Jovens, Vocação e adolescentes, são grandes e, além disso, Liturgia, Ecumenismo e Diálogo inter-religioso, faltam meios, como carros, Catequese e Infância missionária, Caritas, Saúpara que os padres possam de e Pastoral Carcerária, Educação e Pastoral acessar a determinadas reUniversitária, Família e Mulher, Justiça e Paz, giões. Em épocas chuvosas Comunicação e Meio ambiente, Deslocados, comunidades ficam cerca de Imigrantes, Refugiados e Turismo, Inculturação quatro meses sem acesso. e Traduções, Dízimo, Bíblia, Missão e SecretariaAs paróquias só não são do Permanente de Pastoral. compostas por menos coPara a missão o bispo da Diocese de Pemba faz munidades exatamente pela o convite lembrando o Ano Jubilar da Misericórfalta de missionários, que dia: “Misericórdia da presença, estarmos ali com eles é uma maneira de sermos misericordiosos, por isso busco mais missionários” e complementa “estar junto, participar de suas dores, suas alegrias, estar com eles. Que eles percebam que sintam a presença de Deus, que Deus não os abandonou. Misericórdia também no sentido de que, possamos dizer a eles que eles têm muitos dons, muitas possibilidades, que devem desenvolver os dons que Catedral Diocesana de São Paulo Apóstolo tem, então isso é uma maneira possam assumir essas paróde ser misericordioso”, disse Dom Luiz Fernando, quias. O trabalho pastoral em entrevista a Rádio Vaticano. normalmente é realizado por O bispo também lembra “a África não é só congregações religiosas que pobreza. É neste continente que se encontram os enviam missionários até o lovestígios mais antigos da humanidade. O povo cal, mas mesmo assim não há é forte e culturalmente rico e com uma história Outubro de 2016

apreciável. A terra é riquíssima em recursos naturais e a Igreja tem grandes santos e doutores, além de milhares de mártires”, disse no 4º Simpósio de Missiologia, ocorrido em Fevereiro de 2015. Ajudando o projeto também é possível se tornar um missionário. A África nos espera!

O logotipo As duas mãos que se encontram, uma brasileira, outra moçambicana, formam um coração que lembra o objetivo da cooperação missionária: estabelecer laços de amor fraterno entre as Igrejas irmãs, a Diocese de Osasco e a Diocese de Pemba, representadas no interior do desenho que é circundado por um “motivo” africano, remetendo à inculturação do Evangelho buscada pela ação missionária.

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CELEBRAÇÃO PARALITÚRGICA PARA O MÊS MISSIONÁRIO - 2016 Esta celebração pode ser realizada tanto nas Paróquias e suas respectivas comunidades, bem como nos pequenos grupos missionários de evangelização (Grupos de Rua, Santas Missões Populares, Legião de Maria, Apostolado da Oração, Missão Frutificai, entre tantos). Vale lembrar que todo batizado é chamado a ser missionário, e não apenas grupos específicos. Todos são missionários. Canto de Abertura: Te amarei, Senhor Sinal da Cruz: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Dirigente: “Nós somos muitos, mas formamos um só corpo, que é o Corpo do Senhor, a sua Igreja!” Congregados neste único e mesmo corpo, unidos na caridade e na verdade, em comunhão com toda a Igreja celebramos com alegria o mês de Outubro: mês missionário, mês em que a nossa consciência deve ser especialmente despertada para a urgência no testemunho, na missão e no discipulado. Verdadeiramente, a Sagrada Escritura confirma: “De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?” (Tg 2,14) Todos: Desde já, rendemos graças à Providência Divina por estes mês de reflexão e escuta atenta da voz do Senhor, que por meio dos sinais dos tempos a nós oferecidos e pela caminhada que inspira e conduz a Igreja, leva-nos a sair seguindo o seu exemplo: Ele próprio é um Deus em saída, que por amor veio ao nosso encontro.

INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO Como cantamos a cada ano na Solenidade de Pentecostes, “só quando vivemos unidos, é que o Espírito Santo nos vem”. Nesta celebração, peçamos ao Divino Espírito Criador, condutor da Igreja, para que envie dos céus sua radiante luz, a fim de que nos introduza na verdade plena que é Jesus Cristo, conduza nossa caminhada e a de nossa Diocese pelo caminho da Misericórdia. Atenta aos apelos de Deus por meio do Santo Padre, sejamos uma Igreja samaritana, missionária e servidora, corajosa e vigorosa, capaz de ir às periferias existenciais. Canto: Quando Tu, Senhor, Teu Espírito envias. Dirigente: “Aprouve a Deus, na sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e dar a conhecer o mistério da sua vontade (cf. Ef 1,9)” “Deriva da nossa fé em Cristo, que Se fez pobre e sempre Se aproximou dos pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade”. (EG, 186). “Reaviva o dom de Deus que há em ti” (2Tm 1,6). Ser missionário é ser aquele que leva a mensagem de esperança àqueles que necessitam. Nossa missão é anunciar Jesus Cristo que por amor nos resgatou e nos quer próximos de si. Leitor 1: Anunciar Jesus às pessoas nas casas, comunidades, cidades e vilas é missão de todos os batizados. Somos os missionários, os apóstolos, os discípulos enviados para o trabalho de reavivar o dom de Deus que há no coração de cada um, e convidá-los a caminhar na Igreja e como Igreja que é o Corpo de Cristo. TODOS: “Há um critério para saber se Deus está perto de nós ou se está longe: todo aquele que se preocupa com o faminto, com o maltrapilho, o pobre, o desaparecido, o torturado, o prisioneiro, com todos esses corpos que sofrem, está perto de Deus. ‘Chamarás o Senhor e Ele te escutará’. A religião consiste nessa garantia de ter meu Deus perto de mim porque faço o bem aos meus irmãos. A garantia de minha oração não está em dizer muitas palavras; a garantia de minha prece é muito fácil de conhecer: como me comporto com o pobre? Porque ali está Deus”. (Beato Oscar Arnulfo Romero, Mártir)

ENTRONIZAÇÃO DA SANTA CRUZ Canto: Vitória, tu reinarás!

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RECORDAÇÃO DA VIDA Leitor 3: Pela riqueza do dom da vida e do amor de Deus acolhido em nossos corações e manifestado na Cruz, nesta celebração recordemos especialmente nossos irmãos e irmãs que são exemplos de missão e discipulado. Tragamos especialmente à nossa memória o Projeto Missionário Ad Gentes, assumido por nossa Diocese junto à Igreja de Pemba, em Moçambique. Que a consciência de todos os diocesanos de Osasco seja despertada para essa urgência. Peçamos ao Senhor que desperte, no seio de nossa Igreja Particular, corações corajosos dispostos a levar Jesus às terras mais longínquas. (Momento espontâneo, de diálogo e partilha)

ESCUTA DA PALAVRA DE DEUS Dirigente: Não devemos anunciar as nossas verdades, mas o Cristo que é a verdade. Ele é a Palavra, o Verbo Encarnado. Por isso o manual do missionário é a Palavra de Deus. Anunciar sem a Palavra seria caminhar em vão. Ser discípulo e missionário de Jesus Cristo consiste também em estar atento ao próximo, tendo compaixão de suas necessidades e sofrimentos. Na Palavra, constatamos o quanto Deus é amoroso e se coloca, com misericórdia, ao lado dos pequenos e sofredores. Sendo amados por Ele, nós agora devemos fazer o mesmo, amando os nossos irmãos. Somente dessa maneira poderemos amar plenamente a Ele, que não vemos: quando amarmos o nosso próximo, que vemos e convivemos. Cantemos, acolhendo a Palavra de Deus. A Palavra é acolhida de maneira festiva e entronizada em local digno previamente preparado. Canto: Palavra de Salvação Evangelho – Lc 10,1-9 Pausa para silêncio reflexão pessoal.

PARTILHA O dirigente motiva a partilha entre os presentes com base no Evangelho acima e nos seguintes questionamentos: - Como vai a nossa ação evangelizadora diante do atual contexto da sociedade? - Estamos prontos a sair em missão, como uma Igreja misericordiosa e corajosa, capaz de levar Cristo a todos? - Temos permanecido fechados em nós próprios, em nossos grupos e nossas comunidades? - Como evangelizamos? Quem estamos atingindo? - Somos uma comunidade ou grupo aberto ao mundo a ser evangelizado? - Nossa comunidade ou grupo se preocupa com o envio de missionários para as missões? A reflexão é concluída com o canto da Oração de São Francisco de Assis.

ORAÇÃO DE AÇÃO DE GRAÇAS PELA SEMANA DE FÉ E COMPROMISSO SOCIAL Lado 1: Ó Deus, Pai de todos os dons, nós vos proclamamos fonte de tudo o que temos e somos; e reconhecemos vossos imensos benefícios. Através de vossa Revelação, por meio de Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, vós nos tornais participantes da vossa divindade. Lado 2: Sendo Deus amantíssimo, “planejando e preparando com solicitude a salvação de todo o gênero humano por uma providência especial”, nos primórdios dos tempos escolheste um povo a quem confiar vossas promessas, “estabelecendo aliança com Abraão e com o povo de Israel por meio de Moisés, revelando-se a esse povo como único Deus verdadeiro e vivo”. (DV, 14) Lado 1: Na plenitude dos tempos, o vosso Verbo “se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade”. Jesus Cristo, vosso Ungido, “estabeleceu o Reino de Deus na terra, e manifestou com obras e palavras o Pai e sua própria pessoa” (DV, 17), levando a cabo

sua obra através de sua morte, ressurreição e gloriosa ascensão aos céus, e, finalmente, com o envio do Espírito Santo. Lado 2: Nós vos louvamos e bendizemos pela vossa Palavra, poder de salvação para todos os crentes (cf. Rm 1,16), inspirada pela Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que alimenta continuamente os filhos da Igreja, novo povo de Deus. Como Igreja Diocesana de Osasco, assumimos este projeto missionário junto à Diocese de Pemba, em Moçambique. Desperta em nós a consciência de que somos todos missionários: ainda que a presença física de todos nós não seja possível, somos missionários na vocação e na alma, pois pela oração o nosso coração se transporta e se une à missão na África. Lado 1: Só a vossa Palavra, como alimento dos fiéis, é quem faz “arder nosso coração” (Lc 24,32) a fim de que, “atentos à ela, lancemos as redes”. (Lc 5,5). É ela quem guia toda a ação da Igreja, é ela quem anima e vivifica também toda ação pastoral. Lado 2: Vos agradecemos, sobretudo, pelas sementes da fé lançadas em nosso continente, tão penalizado pela miséria, pela opressão e pela ganância. No meio destes povos tão sofridos, a vossa Revelação concede sentido à vida de cada ser humano aqui presente, fazendo com que sua existência tenha um cerne e um Caminho. Assim, nos tornamos “discípulos e missionários de Jesus Cristo, a fim de que nEle nossos povos tenham vida” (Documento de Aparecida). TODOS: Finalmente, pedimos, por intercessão da Virgem Maria, Estrela da Evangelização, Mãe da Palavra e Mãe da Alegria, que, como ela, sejamos felizes por “ouvirmos a palavra e a colocarmos em prática”. De Maria, cheia de graça, aprendemos que a liberdade cristã é algo mais do que a mera libertação do pecado; é a liberdade que abre para um novo modo espiritual de considerar as realidades terrenas, a liberdade de amar a Deus e aos nossos irmãos e irmãs com um coração puro e viver na jubilosa esperança da vinda do Reino de Cristo. Amém.

CONCLUSÃO DA CELEBRAÇÃO Dirigente: Como sinal de nosso envio missionário para que sejamos “Sal da Terra e Luz do Mundo”, somos convidados a acender as nossas velas. Elas representam o que cada um de nós deve ser no mundo: a luz de Jesus Cristo, Ressuscitado e Glorioso, que dissipa toda treva. Sejamos sinais vivos de Cristo! TODOS: Que o Senhor nos acompanhe, nos abençoe, nos livre de todo mal e nos encoraje na missão. Enquanto todos acendem as velas, canta-se: Brilhe a vossa luz. A celebração completa você encontra em: http://www.diocesedeosasco.com.br/arquivos Sem. Vinícius Soares Comissão Diocesana de Liturgia Outubro de 2016


FORMAÇÃO PERMANENTE | IGREJA EM MISSÃO

BIO

2 de novembro, Dia dos Fiéis Defuntos “Mas, como diz a Escritura: ‘o que os olhos não viram, os ouvidos não ouviram e o coração do homem não percebeu, foi isso que Deus preparou para aqueles que o amam’”. (1Cor 2,9).

C

aríssimo(a) irmão(ã), Aproxima-se o Dia de Finados, celebrado logo após a Solenidade de Todos os Santos, quando esta não é transferida para o domingo próximo. Neste dia, recordamos com carinho e saudades nossos amigos e familiares que faleceram. Orações, homenagens, lembranças e reflexões acompanham neste dia as ações e pensamentos de muitas pessoas. Porém, nós católicos, a partir da fé cristã, revelada por nosso Senhor Jesus Cristo e confiada a sua Igreja, temos uma esperança que nos leva a crer e aguardar a sua plena realização. O próprio Cristo assim prometeu: “Não fique perturbado o coração de vocês. Acreditem em Deus e acreditem também em mim. Existem muitas moradas na casa de meu Pai. Se não fosse assim, eu lhes teria dito, porque vou preparar um lugar para vocês. E quando eu for e lhes tiver preparado um lugar, voltarei e levarei vocês comigo, para que onde eu estiver, estejam também vocês” (Jo 14, 1-3). Assim, nossa esperança é a salvação por meio de nosso Senhor Jesus Cristo, caminho que nos leva ao Pai (Cf. Jo 14, 6). Ele nos dará a vida eterna e a ressurreição no último dia. Todos os que no Cristo foram enxertados pelo Santo Batismo, são

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o dia 10/09 aconteceu na Paróquia São João Batista do Rochdale o retiro paroquial, com a presença da comunidade e dos jovens, onde foram abordados os temas ”Misericordiosos como o Pai” e “POM (Pontifícias Obras Missionárias)”, encerrando com a Missa de Envio da “Juventude Missionária (JM)”, a primeira implantada oficialmente na Diocese de Osasco. Foram enviados 24 jovens por Pe. Geraldo de Oliveira, pároco, e esteve presente o Sr. Cicero Pereira - assessor estadual da Juventude Missionária, que encaminhou os Outubro de 2016

chamados a participarem deste mistério e a se unirem a esta esperança. Quando nos deparamos com essa realidade, o nosso modo de ver a morte não se torna um motivo de desespero. Nem mesmo uma falta de sentido para a vida. Esta esperança, unindo nossa vida a de Cristo, nos faz compreender a morte como uma páscoa, uma passagem, nossa ida a presença da face de Deus. Nossa fé não é uma invenção ou ideologia. Nosso Salvador a revelou a nós não somente em seus ensinamentos, mas oferecendo-se a si mesmo como vítima de expiação por nossos pecados. Iluminados por Ele, superamos a superficialidade da compreensão da nossa vida e nos dispomos a viver uma vida nova, na esperança de participarmos definitivamente de sua glória. É nesta esperança, a partir daquilo que Cristo fez e ensinou, que neste dia oferecemos as missas, orações e penitências como um sufrágio por aqueles que morreram. No segundo livro de Macabeus consta a oração e a oferta de sacrifícios por aqueles que morreram (Cf. 2Mc 12,46). Se no Antigo Israel, se oferecia no Templo sacrifícios para o perdão e a purificação dos que morreram, agora na Nova Aliança selada no Sacrifício de Cristo Jesus, a Igreja oferece o que Ela do próprio Senhor recebeu, a oferta de seu Corpo e de seu Sangue, como expiação de nossos pecados, justificação e salvação de nossas vidas. Deste modo, com muita brevidade, podemos aqui abolir algumas coisas que não fazem referência e sentido a fé cristã católica. Não se

Também não cremos nesta afirmação. Os relatos do Novo Testamento quando falam sobre isso retratam a condição dos restos mortais sepultados (ressurreição da carne)

dados dos jovens para a sede nacional da POM, em Brasília. A JM não é um movimento nem uma pastoral, são grupos de jovens missionários vinculados à Obra Pontifícia da Propagação da Fé, animados pela POM e que envolve jovens de diversas pastorais, movimentos e associações. Faz parte da espiritualidade da JM a oração, o sacrifício, a solidariedade concreta e tem como padroeiros São Francisco Xavier e Santa Teresinha do Menino Jesus. A idade proposta para os integrantes dos grupos é de 15 a 30 anos e o número de participan-

tes ideal por grupo é 12, podendo chegar a 20. A metodologia (METHODUS, “maneira de ir ou de ensinar”) proposta é a das quatro áreas integradas: Realidade Missionária (ver), Espiritualidade Missionária (iluminar), C ompromiss o Missionário

Teto da Capela Sistina, localizada no Vaticano, constituído por um extenso afresco, concebido por Michelangelo entre 1508 e 1512. A capela foi construída entre 1477 e 1480, a mando do papa Sisto IV, em homenagem ao qual foi nomeada.

trata de preconceito ou julgamento, mas apenas um esclarecimento, para que os fiéis possam ter a compreensão e o discernimento acerca do que cremos.

1. Reencarnação Não acreditamos, pois Cristo morreu e ressuscitou. A Carta aos Hebreus assim diz: “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo” (Hb 9, 27).

2. Quem morre está dormindo

ou de pessoas que voltaram à vida, como Lázaro. No calvário, nosso Senhor assim diz ao ladrão arrependido, quando este lhe suplica que Jesus se lembre dele quando vier em seu Reino: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 19, 43).

3. Não se pode orar pelos mortos Já elucidamos acima a palavra do segundo livro de Macabeus que fala da oração e do sacrifício oferecido no Templo por aqueles que morreram (2Mc 12, 46). Por fim, recorramos a Deus em nossas preces e orações, para que em sua misericórdia alimente a nossa esperança e dê a vida eterna a todos os que adormeceram no Cristo. Pe. Jorge Augusto M. Alexandre Coordenador Diocesano de Pastoral (agir) e Testemunho Missionário (celebrar e avaliar). Pascom PSJB Rochdale PSJB Rochdale

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SANTO DO MÊS

BIO

Santa Teresinha, a missionária pela oração e pelo sacrifício

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mês de outubro é o mês das missões, em que a Igreja reflete sobre a essência do seu amor a Jesus. Que ele seja amado e conhecido por todos! Ser missionário não é uma opção que o cristão pode fazer ou não fazer. É uma exigência do seu ser cristão. Sabemos que a palavra “missionário” signifi-

ca “enviado”. O grande missionário, modelo de todos os missionários, é Jesus, enviado pelo Pai, na força do Espírito Santo, para anunciar a libertação, a paz, a alegria, o perdão de todos os pecados, para construirmos um mundo novo. Ser missionário não é anunciar uma ideologia e nem tão pouco uma filosofia de vida, mas a pessoa de Jesus, que com sua vida, mostra o caminho da transformação da sociedade e do mundo. Teresa do Menino Jesus não saiu de seu mosteiro de Lisieux para ir às terras longínquas anunciar o evangelho, mas desde a sua comunidade proclamou o evangelho com sua vida e com sua dimensão de amor, abraçando o mundo inteiro. “Queria implantar a cruz de Cristo em todos os cinco continentes (...) sinto em mim todas as vocações, de mártir, de profeta, de doutor, de apóstolo, mas não posso ser tudo. Na Igreja serei o amor e assim realizarei todas as vocações. Quero ser missionária pela oração e pelo sacrifício!” O Papa Francisco tem dito que, por meio da oração, nós precedemos toda a ação evangelizadora e missionária. É necessário desenvolver na Igreja a missionaridade da oração e do sacrifício, para que todas as

pessoas, crianças, jovens, anciãos, doentes, possam ser missionários e sustentar, com a própria oração e sacrifício, os que trabalham na vanguarda das missões e dos lugares mais difíceis. Teresa do Menino Jesus, padroeira das missões junto com São Francisco Xavier, recorda à Igreja que não é possível um anúncio do evangelho sem a força do amor e da oração. Este mês missionário seja para cada um de nós, uma oportunidade “para viajar em todos os continentes, em todas as missões, pelas asas da oração e do sacrifício!” Que todo cristão sinta no seu coração a necessidade, como diz Teresinha, de amar a Deus e torná-lo amado! Frei Patrício Sciadini, ocd.

Santa Teresa de Ávila: nada te perturbe

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ntes de mais nada quero agradecer ao Bispo Dom João Bosco e aos responsáveis pelo boletim BIO, de Osasco, por terem se lembrado do meu nome para um pequeno artigo sobre Santa Teresa de Ávila. “Desde o Egito chamei o meu filho” para anunciar, em nome da grande Santa do Carmelo, uma pequena mensagem que orienta toda a nossa vida. A frase cartão de visita de Santa Teresa e que sintetiza todo o seu caminho espiritual é: “nada te perturbe, nada te espante, tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta. Só Deus basta. ” Vivemos num mundo agitado, onde muitas pessoas tentam perturbar a nossa paz interior, seja dentro da Igreja, dentro da família e na sociedade, criando em nós uma insegurança, um medo coletivo. O medo 10

jamais foi bom conselheiro na vida, porque nos bloqueia na coragem de anunciar o evangelho e de sermos presença visível de Cristo Jesus. Teresa de Ávila diz para si mesma e para todos nós: nada te perturbe. É um eco das palavras de Jesus, que diz aos seus apóstolos: “não se perturbe o vosso coração, porque eu venci o mundo”. Quem segue o evangelho, como anúncio jubiloso, não pode permitir que o seu coração esteja perturbado pelas ideias mais estranhas, que às vezes circulam pelos meios de comunicação, ou pelos profetas de desventuras. O Papa Francisco, o homem da esperança e da misericórdia, não se cansa de chamar-nos a atenção para que sejamos anunciadores da alegria, do amor e da misericórdia. A mesma Santa Teresa diz: “nos cansamos antes nós de pecar, do que Deus de nos perdoar! ” Não permitamos que o nosso coração seja perturbado pelas religiões que anunciam um Deus de vingança e de ódio. Jamais Deus pode anunciar a destruição do outro e do universo. Com os olhos fixos em Jesus venceremos todos os medos, seremos anunciadores corajosos de uma mensagem capaz de transformar a humanidade. É por meio da catequese, da pastoral familiar e de todas as outras pastorais, que podemos vencer todos os

medos para proclamar que o amor será sempre vitorioso. A fonte da coragem é sempre a mesma: o diálogo íntimo com Deus, no mistério da oração. É Teresa que nos diz: “a oração não é outra coisa que um íntimo diálogo de amor, estando muitas vezes a sós com Aquele que sabemos nos ama!” Frei Patrício Sciadini, ocd. Outubro de 2016


BIO

Outubro: mês da Padroeira e Rainha do Brasil, “Nossa Senhora da Conceição Aparecida” Na imagem de Nossa Senhora Aparecida “há algo de perene para se aprender. Deus ofereceu ao Brasil a Sua própria Mãe”. Papa Francisco.

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oi das águas escuras do Rio Paraíba do Sul que, em outubro de 1717, três pescadores retiraram a imagem de Nossa Senhora, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo e em seguida, rio abaixo, a cabeça. João Alves, Felipe Pedroso e Domingos Garcia entraram para a história da fé católica brasileira e foram os primeiros agraciados pela ação de Deus em Nossa Senhora: depois de retirada das águas, e com a imagem já dentro do barco, os pescadores que antes não tinham conseguido pescar sequer um lambari, conseguiram apanhar quantidade abundante de peixe. Por assim ter aparecido, o povo chamou a pequena imagem de Nossa Senhora da Conceição de “Aparecida”, nome consagrado pela devoção popular, chegando a ser proclamada Rainha em 1904, e Padroeira do Brasil em 1930. A festa litúrgica do dia 12 foi instituída em 1953 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e tornou-se feriado nacional em 1980, por ocasião da visita de São João Paulo II naquele ano. Antes disso, a Igreja celebrava sua Padroeira em 7 de setembro. A mudança aproximou as comemorações ao momento estimado em que a

Imagem foi retirada das águas do Rio Paraíba do Sul – 17 a 30 de outubro de 1717. • A imagem A Imagem possui quarenta centímetros de altura, esculpida em terracota, uma argila que, depois de modelada, é cozida em forno apropriado. O estilo da obra é seiscentista, ou seja, foi produzida a partir de 1600 d.C. (século XVII). Isto foi atestado por diversos especialistas em obras sacras, entre eles doutor Pedro de Oliveira Ribeiro Neto, os monges beneditinos do mosteiro de São Salvador, na Bahia, Dom Clemente da Silva Nigra e Dom Paulo Lachenmayer. • O Santuário Nacional Maior Santuário no mundo dedicado a Maria, Mãe de Deus. A pedra fundamental da Basílica Nova foi lançada em 10 de setembro de 1946, mas o início efetivo da construção ocorreu em 11 de novembro de 1955. A primeira missa no local aconteceu no dia 11 de setembro de 1946 e o primeiro atendimento aos romeiros em 21 de junho de 1959. As atividades religiosas no Santuário, em definitivo, passaram a ser realizadas a partir do dia 03 de outubro de 1982, quando aconteceu a transladação da Imagem Milagrosa da Antiga Basílica para a Basílica Nova. Em 1980, a Basílica Nova, maior Santuário mariano do mundo, foi consagrada pelo Papa João Paulo II, que lhe outorgou o título de Basílica Menor. Em 1983, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – declarou, oficialmente, a Basílica de Aparecida como Santuário Nacional. • Outubro de 2017: Jubileu dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Em comemoração à data, o Santuário Nacional de Aparecida promove o Jubileu “300 anos de bênçãos”, com uma programação devocional e obras de fé que vão nos preparar para o grandioso tricentenário. Além dis-

so, a CNBB decretou para toda Igreja Católica no Brasil, em 24 de agosto, o “Ano Nacional Mariano” que terá início no próximo dia 12 de outubro, com a inauguração do Campanário do Santuário de Aparecida, obra que foi projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. De acordo com o Cardeal Dom Raymundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida, o ano mariano “será um ano de graça, de modo especial para o Brasil: um momento de louvor e agradecimento especial a Deus por tudo aquilo que Ele tem feito por nós, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, nossa padroeira e nossa Rainha”. O Cardeal ainda acrescentou que devoção a Nossa Senhora faz parte da história do Brasil: “Maria sempre foi uma porta aberta ao conhecimento de Jesus; é o modelo de seguimento de Cristo, dos valores humanos que marcam a identidade religiosa do povo”. Sem. Ricardo Rodrigues - BIO Com informações do Portal A12.com e Rádio Vaticano

Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida chega à Região Barueri Jefferson Rodrigues

Outubro de 2016

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Imagem saiu da Paróquia Santa Cruz, em Cotia, e foi acolhida calorosamente pelos fiéis que aguardavam sua chegada à Paróquia N. Senhora das Graças, no Jardim Belval. A paróquia foi a primeira da região a receber a visita da imagem com a missa regional de acolhida, presidida por Pe. Arnaldo Balbino, pároco local, e concelebrada pelos padres de Barueri, Itapevi e Jandira. Durante os dias da visita na paróquia acolhedora, que aconteceu entre os dias 15 e 18 de setembro, foram preparados terços, ofícios de Nossa Senhora, adoração ao Santíssimo, procissão luminosa pelas ruas, celebração penitencial e missas. Devotos da paróquia declararam que a visita da imagem

foi um “momento de grande fé, por estar ao lado da Mãe Aparecida”. Muitos foram agradecer por graças recebidas na família e falaram do desejo de “acompanhar em todas as igrejas em que puder essa presença de Nossa Senhora que nos torna mais fortes na fé”, comentaram os fiéis. Após a missa de despedida uma pequena carreata seguiu para a Paróquia São João Batista. No dia 15 de novembro a imagem estará na Região Para acessar baixe Pastoral Carapicuíba. Confira a proantes o App leitor gramação da visita na Região Barueri de Código QR em seu celular no site da Diocese de Osasco: 11


PROGRAME-SE

BIO

Agenda Diocesana 14 a 16/10 Assembleia das Igrejas 18/10 Festa de São Lucas Evangelista 21 a 23/10 Retiro Diocesano de Liturgia Centro Teresiano de Espiritualidade 22/10 4ª Caminhada em Defesa da Vida - Comissão de Bioética - Concentração às 8h, no Largo de Osasco 09h - Jornada dos Movimentos Paróquia São Lucas 23/10 Coleta do Dia Mundial das Missões

Campanha Missionária 2016 Tema: Cuidar da Casa Comum é nossa missão. Lema: “Deus viu que tudo era muito bom...” (Gn 1, 31)

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utubro é o Mês das Missões, um período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro (este ano dias 22 e 23), conforme instituído pelo papa Pio XI em 1926. “Cuidar da Casa Comum é nossa missão”. Este é o tema escolhido para a Campanha Missionária em 2016. O lema é extraído da narrativa da criação no livro do Gênesis: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31). O projeto do Criador é maravilho, mas encontra-se ameaçado! A preocupação pela ecologia parte de dois gritos: o grito dos pobres que mais sofrem, e o grito da Terra que

Cuidar da Casa Comum é a nossa missão!

geme pela exploração. A temática retoma a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano e amplia a missão de cuidar da vida em todo o planeta. Em sua Encíclica Laudato si’, o papa Francisco adverte que “a existência humana se baseia sobre três relações intimamente ligadas: as relações com Deus, com o próximo e com a terra” (LS 66). E lança uma pergunta: “Que tipo de mundo queremos deixar a quem nos suceder, às crianças que estão crescendo?” (LS 160). Em nossa Casa Comum, tudo está interligado, unido por laços invisíveis, como uma única família universal. E nós recebemos de Deus a missão de cuidar dessas relações. Isso tem a ver com a missão da Igreja. Queremos fazer do cuidado do planeta a nossa missão até os confins do mundo. Diante da crise socioambiental, nem todos temos de ser especialistas e saber tudo, mas temos o dever de mudar nossos hábitos e apoiar ações práticas.

Oração do Mês Missionário 2016

Pai de misericórdia, que criaste o mundo e o confiaste aos seres humanos. Guia-nos com teu Espírito para que, como Igreja missionária de Jesus, cuidemos da Casa Comum com responsabilidade. Maria, Mãe Protetora, inspira-nos nessa missão. Amém.

25/10 a 27/10 19h30 às 21h30 Semana de Fé e Compromisso Social - Salão de Atos da Cúria Diocesana 28/10 Festa de São Simão e São Judas Apóstolos 28 a 30/10 Assembleia Diocesana de coordenadores de Catequese - Acolhida às 18h Centro Teresiano de Espiritualidade 02/11 Comemoração de todos os fiéis defuntos 04 a 06/11 ECC 3ª etapa - Paróquia Nossa Senhora dos Remédios 05/11 9h - Assembleia Diocesana Centro de Pastoral 06/11 Solenidade de todos os Santos 07h30 às 16h - XIII Concentração Diocesana do Apostolado da Oração MEJ - Pequeno Cotolengo - Cotia 07/11 Semana dos Ministérios (07 a 11/11) • 07/11 - Abertura nas paróquias • 08 a 10/11 - nas regiões pastorais • 11/11 - missa diocesana c/ passagem pela Porta Santa - Catedral Santo Antônio 09/11 Festa de Dedicação da Basílica de Latrão (Catedral de Roma) 15/11 Proclamação da República 08h - 15ª EDIAM - Infância e Adolescência Missionária - Local a definir

Fonte: Pontifícias Obras Missionárias 12

Outubro de 2016


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