BIO 253 - Junho 2018

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Junho de 2018 | Ano XXIX

www.diocesedeosasco.com.br

No 253

Conheça a história da Catedral de Osasco e seu Santo Padroeiro PÁG. 05

PEREGRINAÇÃO DIOCESANA

VOZ DO PASTOR

EM BREVE

“Gaudete et Exsultate, um convite à santidade”

Rádio Católica de Osasco: “Semear o Evangelho e crescer na unidade”

Paróquias recebem visita das relíquias de Santo Antônio e São João Paulo II PÁG. 03 FORMAÇÃO PERMANENTE

RICA: o processo da iniciação cristã PÁG. 09

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EDITORIAL

BIO

Encontro da CRB reflete sobre a humanidade das mulheres consagradas

Caro leitor...

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o dia oito de junho celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus o dia de oração e santificação do clero, conforme o costume da nossa Igreja em estimular a todos fiéis nessa primorosa e sagrada missão de elevar preces a Deus para cada sacerdote de nossa diocese. Sabemos o quanto é necessário a presença e ação de todos os padres, tendo em vista a própria constatação de nosso bispo diocesano nas visitas pastorais, a missão em Pemba e as diversas atividades realizadas pelos clérigos em nossa Igreja particular. Sabemos que o “Reino dos Céus” (Mt 19,12) continua sendo a razão mais profunda da consagração e missão de cada padre. É de se admirar a disponibilidade de muitos sacerdotes no serviço aos irmãos tendo como grande fundamento a pessoa de Jesus Cristo. Jesus consagrou-se inteiramente aos seus (cf. Jo 17,19) e pela sua amada Igreja: “o filho do homem não tem onde repousar sua cabeça” (Lc 9,50), torna-se nosso maior exemplo, cumprir e abraçar com toda disponibilidade a mais divina de todas as causas, a causa dos empobrecidos da terra, porque isto consistia essencialmente a “justiça do Reino”, porque nisso resume a vontade do Pai. Tudo mais era menos importante ou simplesmente não importava. O Reino de Deus e dos pobres deve ser sempre a principal opção de cada padre, como nas parábolas do tesouro ou da pérola (Mt 13,44-45), em virtude desta causa, por essa opção, ele esquecia tudo mais e a entrega de Jesus Cristo foi assim uma consequência natural daquele empolgamento de alguém que caminha impelido pela “força do Espírito” (Lc 4,1.14). Onde houvesse alguém marginalizado econômica, social, política, cultural ou religiosamente, aí estava Jesus, cheio de ternura e compaixão para com quem era pisado ou passado para trás. Desta maneira, todos os padres são convidados a vivenciarem com nobreza os valores do Reino de Deus com esta disponibilidade radical, de fecunda renúncia para o bom êxito das práticas pastorais testemunhando a imagem de Cristo, nosso Salvador. Fazendo uma leitura dos “sinais dos tempos”, a generosa entrega de si, cada sacerdote tem, em particular, uma função pastoral a cumprir: ser um sinal de esperança e imagem do Jesus Bom Pastor. A Igreja representada no clérigo, é uma última esperança para nosso povo nesses momentos de grandes crises quando todos abandonaram e perderam muitos valores. É com essa gente, sofrida e maltratada por todos, que os padres – que são consagrados ao serviço da Igreja – cada vez mais devem continuar comprometidamente a testemunhar em Jesus Cristo como caminho verdade e vida (Jo 14,6). A libertação total do povo de Deus é uma tarefa que justifica e enobrece o sacerdócio, porque substancialmente esta libertação é o Reino dos Céus. Que nossa Senhora Mãe dos Sacerdotes interceda por todos os sacerdotes de nossa fecunda Diocese de Osasco. Pe. Henrique Souza da Silva Assessor Eclesiástico do BIO

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"Quem são os consagrados?", perguntava certa vez uma jovem para uma irmã. E ela respondia: "São pessoas que se parecem com as girafas: eles têm a cabeça no céu e os pés bem no chão! ". Bela síntese da vida consagrada: pensar constantemente em Deus, enquanto se pisa constantemente no mundo, partilhando a vida e oferecendo a realidade a Ele! Ir. Letícia Perez, MJS

O Núcleo Osasco da CRB se reuniu no Colégio Misericórdia para um dia de formação

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or isso, para pisar bem no chão de nossa humanidade, nós, consagrados da Diocese de Osasco, nos encontramos no dia 5 de maio, para vivenciar mais um de nossos encontros. Costumamos nos encontrar todo mês para partilhar nossa vida, nossa caminhada e para viver momentos de formação humana e espiritual. Desta vez Wellington Heleno Silva, psicólogo, ofereceu-nos alguns instrumentos para mergulhar na nossa humanidade de mulheres, e mulheres consagradas! Conhecer-se é o primeiro passo para doar a vida por inteiro. Quisemos pisar no chão da nossa humanidade, afetividade, feminilidade, para viver em nossas vidas relações fraternas e fecundas!

Olhando para nós, seres humanos, percebemos que Deus no fez perfeitos: seres vivos, amantes e amados, ricos de desejos, sentimentos, paixões, às vezes complicados, sempre em busca "da parte que nos falta", sempre em companhia do nosso "anjinho" e "diabinho" que disputam para nos aconselhar (e desaconselhar!). É esta humanidade maravilhosa que a cada dia queremos oferecer a Deus, seguindo as pegadas de Jesus que, feito homem, nos ensinou o caminho do Amor... de fato, esta é nossa vocação! Vamos lá então... “CADA COMUNIDADE UMA NOVA VOCAÇÃO!!!!”. Irmã Débora Irmãs Operárias da S. Casa de Nazaré

Boletim Informativo de Osasco Diretor Geral: D. Frei João Bosco Barbosa de Sousa, OFM Assessor Eclesiástico: Pe. Henrique Souza da Silva Moderadora: Ir. Letícia Perez, MJS Supervisão: Pe. Ricardo Rodrigues Secretária Executiva: Meire Elaine de Souza Revisão: Walkyria Aparecida do Rosário Jornalista: Daniela Nanni Colaboração: Diácono Dênis Mendes, Sem. Diego Medeiros, Sem. Vinicius Soares, Ir. Débora Damiolini, Dani Nanni, Comissão Diocesana da Pastoral Familiar, Comissão

Diocesana Bíblico-Catequética. E-mail: bio@diocesedeosasco.com.br Diagramação: Bruna Aparecida Rocha Tiragem: 13.000 exemplares Impressão: Jornal Última Hora do ABC: (11) 4226-7272 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Cúria Diocesana de Osasco Rua da Saudade, 60, Vila Osasco CEP: 06080-000 - Osasco/ SP Tel: (11) 3683-4522 | (11) 3683-5005 Site: www.diocesedeosasco.com.br Junho 2018


VISITA PASTORAL / PEREGRINAÇÃO

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urante 11 dias, o bispo diocesano Dom João Bosco, realizou a Visita Pastoral na Região São José Operário. O bispo foi acolhido nas paróquias Nossa Senhora de Nazaré, São José Operário, Nossa Senhora das Graças, São João Batista, Santa Maria Mãe de Deus, Imaculada Conceição, São Judas Tadeu, São Vito e Nossa Senhora Aparecida (Padroeira). O primeiro dia da visita aconteceu na Paróquia São José Operário, do Jardim D´Abril, no dia 14 de maio, com a missa de abertura celebrada pelo bispo diocesano e padres da região. Dom João agradeceu a acolhida fraterna da co-

BIO munidade e pediu a todos que rezassem pela visita. “Estes dias especiais na região, são dias de comunhão, diálogo, encontro e de crescimento na fé, por isso, nada melhor que começar a visita com a oração”, expressou o Dom João aos fiéis. Dentre as atividades programadas houve momentos de partilha com acólitos, coroinhas, jovens e lideranças das diversas pastorais e movimentos. O bispo conheceu e abençoou os terrenos das novas comunidades em construção. Dom João participou ainda de encontros regionais com o Apostolado da Oração, Legião de Maria, Ministros Extraordinários, membros

Missões na paróquia São Judas Tadeu

Encontro com os catequistas da Região São José Operário

Peregrinação

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Ano Jubilar dos 30 anos da criação da diocese de Osasco será celebrado de 01/05/2018 a 01/05/2019, e para melhor nos prepararmos espiritualmente para esta graça que Deus nos concedeu, Santo Antônio e São João Paulo II estarão em meio a nós através de suas relíquias que peregrinarão por toda a Diocese. Durante esta peregrinação serão visitadas as nove regiões pastorais, conforme as programações estabelecidas em cada uma delas. Baixe o subsídio em nosso site para a Peregrinação das Relíquias de Santo Antônio e São João Paulo II pelo link http://www.diocesedeosasco. com.br/arquivos Sem. Vinicius Soares Comissão Diocesana de Liturgia

Junho 2018

da RCC, Conselho de Assuntos Econômicos e Conselho Paroquial. No dia 19 de maio realizou-se a Missão Regional na Paróquia São Judas Tadeu, que compreendem os bairros Jardim Educandário, Jardim Paulo VI e Cohab Educandário, em São Paulo. O último dia do cronograma, 30 de maio, constou da visita do bispo às casas religiosas e a missa de encerramento na Paróquia São José Operário, tendo a participação dos padres e paroquianos da região. Redação BIO

Encontro com jovens, coroinhas e acolitos na paróquia São Vito

Encontro com o Apostolado da Oração

Encontro com os ministros extraordinários na Comunidade Divino Mestre da Paróquia N. Sra. das Graças

Cronograma Região São Roque Região Ibiúna Região Cotia Região Itapevi Região Barueri Região Carapicuíba Região Bonfim Região São José Região Santo Antônio Seminários, Mosteiros, Casas Religiosas, Outras Instituições e Novas Comunidades

01/05 a 25/05/2018 25/05 a 15/06/2018 15/06 a 31/07/2018 31/07 a 31/08/2018 31/08 a 30/09/2018 30/09 a 30/11/2018 30/11 a 15/01/2019 15/01 a 15/02/2019 15/02 a 15/03/2019 15/03 a 01/05/2019

Visita das relíquias na Paróquia São Francisco de Paula - Alumínio

Veneração das relíquias na Paróquia São João Batista - São João Novo, na missa presidida por Pe. Marcos Martiniano.

A Paróquia Santa Catarina de Alexandria fez a entrega das relíquias à Paróquia São José em Mairinque, no dia 06 de maio.

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ANO DO LAICATO

BIO

Leigo: Uma reflexão pós Concílio Vaticano II! Pastoral da Misericórdia

A Pastoral da Misericórdia realizou uma ação diocesana, no dia 29/04, na Praça Presidente Altino em Osasco. Foram atendidos 200 irmãos em situação de rua.

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que determina a eclesiologia pós-conciliar é esse resgate de modelo de Igreja de comunidades cristãs dos primeiros séculos. Não há categorias de cristãos, clérigos e leigos, mas uma só categoria: os batizados. O grande propósito é evangelizar, levar a Boa Nova a todos os homens, em qualquer lugar e através de qualquer meio. Transformá-los a partir de dentro, e tornar-se uma nova e própria humanidade, a comunidade eleita. A modernidade foi desenvolvendo o seu ciclo na sociedade e a Igreja teve que agir na sua contemporaneidade resgatando o protagonismo laical. O concílio Vaticano II situou o leigo na base comum da Igreja, como um sujeito coletivo sobre o qual se edificam todas as diferentes funções do Povo de Deus. A visão do leigo é a de protagonista, ou seja, sujeito na igreja e no mundo, movido pela Exortação Apostólica Christifideles laici (ChL). É uma Igreja feita por fiéis e não somente uma Igreja que compõe fiéis. É uma comunhão de todo povo de Deus. A diferença é pautada na unidade, por ser uma Igreja estruturada, tendo uma pluralidade de ministérios e carismas. Está no mundo, e não sobre “ele”, e por isso deve estar em constante diálogo com o mundo atual. A questão do leigo, portanto, foi bastante discutida pelos bispos durante o Concílio, tendo pela primeira vez um 4

documento específico a respeito do assunto. Na Lumen Gentium, o concílio definiu os leigos de forma mais tipológicos do que teológica, e pelo nome leigo, compreendemos que são todos os cristãos. Os fiéis pelo batismo foram incorporados a Cristo, constituídos no povo de Deus como participantes do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo, pelo que exercem na sua parte da missão evangelizadora de todo povo Cristão na Igreja e no mundo. “A índole secular caracteriza especialmente os leigos...” (LG, 31a). Percebe-se que a LG, 31 o leigo está relacionado ao clero e aos religiosos, como alguém sem cargo. Em contrapartida, há um aspecto positivo, isto é, um cristão é chamado leigo somente em comparação a outro cristão que tem função hierárquica, mas estão relacionados um com o outro. “Aos leigos compete, por vocação própria, buscar o reino de Deus, ocupando-se das coisas temporais e ordenando-as segundo a vontade de Deus”. Podemos dizer que o leigo é parte da Igreja como “Povo de Deus”, que está presente e age nas mais variadas realidades do mundo e da vida humana. O Concílio também relacionou o leigo a quatro aspectos: ao Cristo, à Igreja, ao Mundo e à Missão. O leigo, relacionado diretamente a Cristo, participa do ser e da ação de Jesus, pelo sacerdócio comum, celebra a presença de Deus na construção his-

tórica, pela profecia, sendo anunciador do Reino de Deus e denuncia o que lhe é contrário, ou seja, o leigo participa do seu modo distintamente. Esse relacionamento com Cristo o integra no povo de Deus, sendo assim, torna-se Igreja.

“O leigo não é empregado, mas tem uma índole de santificação e missão, cuja base está na graça batismal.” Agir e viver no mundo significa que a missão de Cristo é algo a ser levada pelos leigos, juntamente com a hierarquia os leigos participam desta missão de forma diferente. Cada um deve participar, de acordo com seus próprios carismas. A obra de Yves Congar (teólogo), tem uma grande repercussão no período posterior ao Concílio. Congar define o leigo procurando explicá-lo, com relação à hierarquia e com a vida monástica, relembran-

do que o leigo faz parte do povo de Deus, tendo o direito de participar na herança dos santos. “Os leigos são chamados ao mesmo fim que os clérigos ou monges, mas sua condição é de procurar e de obter esse fim sem fazer a economia do engajamento desse mundo, nas realidades da primeira criação”. Em 1953, Congar fala sobre os leigos e é o primeiro a escrever um tratado sobre uma eclesiologia ministerial, por isso o Concílio resgata o pensamento dele sobre os leigos. Congar havia proposto uma saída de uma Igreja piramidal, em que o leigo era colocado como objeto, para uma eclesiologia de participação, ou seja, um leigo que seja protagonista. Segundo pensamento Congariano, era necessário partir de uma base de eclesiologia histórica. Já Philips, diz que a base histórica do pensamento de Congar está na Ação Católica, a grande herança que temos dela é o: ver, julgar e agir. O leigo não é empregado, mas tem uma índole de santificação e missão, cuja base está na graça batismal. Há um apostolado a ser exercido, o apostolado tem uma gerência no mundo para ser sinal. Embora à primeira vista, os leigos tenham o mesmo grau de participação que os clérigos e os monges, também são conduzidos para as realidades celestes. Os leigos participam de todos os aspectos da vida da Igreja, mas de uma forma diferente da hierarquia. Assim, “o plano de Deus é realizado através de dois princípios: um hierárquico e outro comunitário”. Ambos, podem se dizer que estão unidos, e completam-se, pelo sacerdócio de Cristo e sua ação salvadora. O aspecto positivo aparecerá depois que o Concílio, fizer as distinções e forem compreendidas dentro de uma perspectiva eclesiológica do povo de Deus e da existência cristã. Dessa forma, aparecerá explicitamente no CELAM a condição cristã pura e simples, onde o “ministério hierárquico não cria a comunidade, como quem está fora ou acima dela, mas é colocado nela pelo Senhor para suscitá-la e construí-la.” Seminarista Diego Medeiros Junho 2018


CATEDRAL

BIO

Mais de um século de histórias, bênçãos e conquistas

A

longa história de vida da Catedral Santo Antônio se confunde com a própria fundação da cidade de Osasco, assim como seu crescimento e evolução. Tudo começou em 1899, quando o imigrante italiano Antônio Agú estabeleceu que deveria existir uma igreja na parte mais elevada de suas terras – 15 anos após ter se estabelecido na região, para fornecer areia, telhas e tijolos para uma das mais importantes ferrovias do Estado, a Sorocabana. Nascido em Osasco, na Itália, em 1845, um dos objetivos de Agú era atrair o capital de São Paulo para a, então, Vila Osasco. Por isso, procurou dar condições para que fosse habitada e os imigrantes recém-chegados puderam ir se instalando. Começou, então, a se formar uma comunidade que, historicamente, sempre lutaria para definir seu próprio destino. O desenvolvimento industrial trouxe um aumento vertiginoso à população deixando uma herança que até hoje se faz sentir: multiplicaram-se os loteamentos irregulares e a população cresceu desordenadamente. Faltavam luz, água, esgoto e transporte. Além disso, os impostos arrecadados não se revertiam em benefícios para a sua população. A prefeitura da capital, preocupada somente com a área central, deixava em segundo plano os bairros da periferia.

Pedra fundamental da Igreja Matriz é instalada em 1919 Com a morte de Agú em 1909, foi sua neta, Giusephina Vianco, que acabou doando as terras onde seria erguida a igreja, em 1919 - apenas 1 ano após a Vila de Osasco ter se tornado Distrito. Neste mesmo ano, iniciou-se a construção a partir de doações dos moradores locais. A obra, um pouco modificada do projeto original de Ernesto Bhereudt, se prolongou durante anos e provisoriamente foi instalada uma igreja na Rua Dona Primitiva Vianco. Santo Antônio de Pádua foi escolhido como o padroeiro de Osasco, pelo então Arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, e em 1930 foi criada a Paróquia Santo Antônio. Junho 2018

Igreja Matriz de Santo Antônio é inaugurada em 1931 Finalmente, em março de 1931, o prédio definitivo da Igreja Matriz Santo Antônio foi inaugurado, em estilo romano, com uma enorme procissão. Poucos meses depois, a Escola Apostólica dos Padres Passionistas se instalava na Matriz, promovendo a construção de um anexo à esquerda da edificação, primeira alteração sofrida pelo prédio. Ainda na década de 1930, ergueu-se o Seminário Menor de São Gabriel. Em 1939, Osasco já abrigava 12 mil habitantes; na década de 40 a metalurgia pesada começou a se instalar caracterizando a área como núcleo operário. Com a população crescendo vertiginosamente, novas construções foram acrescidas ao prédio original, que recebeu uma fachada diferenciada, em 1941. Foi então, que em 1948, um grupo de moradores começou a luta pela emancipação de Osasco. A campanha foi derrotada no primeiro plebiscito realizado em 1953. Seguiram-se, então, anos de muita luta.

Osasco é emancipada em 1962 e nova Matriz é inaugurada 14 anos depois No final da década de 1950, as autoridades da Igreja Matriz sugeriram construir um novo prédio, mais amplo e moderno, já que tinha que dispor da escadaria para acomodar todos os fiéis. Iniciou-se, então, a edificação de um Salão Paroquial. Em meados da década de 1960, a Matriz foi demolida. Enquanto isso, um árduo trabalho foi liderado por Monsenhor Camilo, padre Passionista, e oficializou-se a posse do primeiro prefeito e da primeira câmara de vereadores em 1962. Em 1963, o novo Salão Paroquial abrigou os serviços religiosos da Matriz Provisória de Santo Antônio durante 13 anos e, posteriormente, foi utilizado pela comunidade. Foi demolido em 1992 e em seu lugar foi construído o prédio que abriga atualmente a Cúria Diocesana. Somente em 1976, é que a Nova Matriz foi inaugurada, sob uma arquitetura moderna. Parte dos prédios da Escola e do Seminário é preservada até hoje.

Dom Paulo Evaristo Arns e o comentarista foi o Padre Elídio Mantovani, que em 10 de dezembro de 1989 foi empossado Pároco da Catedral de Santo Antônio e Vigário Geral da Diocese de Osasco, permanecendo nesta função até o seu falecimento, em 1999. Em 29 de junho de 1999, foi nomeado o novo Pároco e Vigário Geral, Monsenhor Claudemir José dos Santos, permanecendo na função até hoje. Nessa ocasião, iniciou-se a construção do prédio da Mitra Diocesana.

Bispos de Osasco 1º: Dom Francisco Manuel Vieira de 1989 a 2002 (faleceu em 2013).

2º: Dom Ercílio Turco de 2002 a 2014 (atualmente Bispo Emérito).

3º: Dom João Bosco Barbosa de Sousa (O.F.M.) desde 2014.

Novas obras de revitalização tem início em 2017 A Diocese de Osasco, como um todo, apresenta características comuns em uma grande parte de seus municípios que surgiram como “cidades dormitório” para uma enorme massa anônima de migrantes, na sua maioria, que serve a capital paulista. No entanto, é marcada também por uma grande variedade cultural, racial e social. E os números são grandiosos. Segundo dados do IBGE de 2017, Osasco tem mais de 697 mil habitantes e é o 8º maior PIB do país e o 2º do Estado de São Paulo. Todos esses dados só reafirmam a necessidade de modernização e ampliação da Catedral, para abrigar grande quantidade de fiéis. Por isso, em 2017, iniciaram-se novas obras de revitalização com o apoio da comunidade, com previsão de entrega em 2018.

Região de Osasco ganha a sua própria Diocese em 1989 e Igreja Matriz torna-se Catedral Em 1° de maio de 1989, a Região de Osasco foi elevada à condição de Diocese, deixando de pertencer à Arquidiocese de São Paulo, e Dom Francisco Manuel Vieira, então Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, torna-se o primeiro Bispo da nova Diocese de Osasco. A paróquia, até então Igreja Matriz de Santo Antônio foi designada “Igreja Mãe da Diocese de Osasco”, ou seja, a Catedral de Santo Antônio. A Missa de instalação da Diocese foi presidida por

Vista Aérea da Igreja Matriz de Santo Antônio, em meados da década de 1960 – Cópia do Acervo: CDHO/UNIFIEO.

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CATEDRAL

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1884

Antônio Agú instala a Vila Osasco

1895

Estação ferroviária Osasco é inaugurda

1899

Antônio Agú deseja instalar uma Igreja em suas terras

1909

Antônio Agú morre aos 63 anos

1918

Vila Osasco se torna Distrito de São Paulo

1919

Neta de Antônio Agú doa terras para Igreja e pedra fundamental é instalada

1930

Paróquia Santo Antônio é criada

1931

Igreja Matriz é inaugurada

1941

Novas construções foram acrescidas e nova fachada

1960

Igreja Matriz é demolida

1962

Emancipação de Osasco

1963

Construção do Salão Paroquial

1976

Nova Igreja Matriz é inaugurada

1989

Diocese de Osasco é instituída e Igreja Matriz se torna Catedral de Santo Antônio 1º Bispo: Dom Francisco Manuel Vieira (falecido em 2013) 1º Pároco: Padre Elídio Mantovani (falecido em 1999)

1999

Novo Pároco: Monsenhor Claudemir José dos Santos

2002

2º Bispo: Dom Ercílio Turco (Emérito)

2014

3º Bispo: Dom João Bosco (O.F.M.)

2017

Início em 2014 das obras de revitalização e modernização da Catedral

A Nossa Casa está em obras:

revitalização da Catedral caminha em ritmo acelerado “Não se pode ter dúvida, de que a obra caminha com a graça de Deus e com a ajuda dos fiéis e devotos de Santo Antônio. Pedimos a todos que, a exemplo de seus pais e avós, que sempre ajudaram nossa paróquia, abram os seus corações. Toda ajuda é bem-vinda”. - Monsenhor Claudemir José dos Santos (Pároco da Catedral de Santo Antônio e Vigário Geral da Diocese de Osasco. )

A

s famílias pertencentes à comunidade, muitas das quais lutaram pela emancipação de Osasco, também foram aquelas que se dedicaram e se doaram para as importantes obras, que foram sendo realizadas ao longo de toda a história de nossa Igreja. As obras se tornaram necessárias para que a Matriz se estruturasse e pudesse acolher o número crescente de fiéis até que, em 1989, a Região de Osasco – que compreende 12 municípios – fosse transformada em Diocese e a Matriz se tornasse Catedral. Liderada pelo seu pároco Monsenhor Claudemir e com o apoio do nosso Bispo, Dom João Bosco, foram dados os primeiros passos para revitalizar o ambiente celebrativo de forma a permitir maior comodidade aos fiéis. Em 2017, iniciou-se uma nova fase da reforma, que em breve possibilitará dobrar a capacidade de fiéis que a igreja atualmente comporta.

A reforma do lado direito da Catedral, compreendendo mais de 3.000 m2 de construção, encontra-se em fase final de estruturação e acabamento, tendo sido vencido um longo período de demolição e levantamento da nova estrutura. Em abril passado, as vigas metálicas de sustentação do telhado da nave da Igreja foram enfim colocadas para receber as telhas-sanduíche. Elas têm uma camada de isopor e foram especialmente desenvolvidas para dar sensação térmica e acústica à nova nave.

Campanha dos Devotos de Santo Antônio O apoio à reforma da Catedral tem sido realizado por meio da Campanha dos Devotos de Santo Antônio, cujas doações são realizadas mediante o pagamento de carnês obtidos junto à Secretaria da Catedral. Também são feitas doações de materiais de construção, de acordo com as especificações da obra, segundo informa Ariovaldo Lunardi e Regina Lunardi, Ministros da Catedral Santo Antônio. Gostaria de contribuir com as obras de revitalização da Catedral? Entre em contato conosco: E-mail: seccatedralosasco@uol.com.br Telefone: (11) 3681-8611 Junho 2018


BIO

Antônio de Pádua: O doutor da Igreja que foi canonizado apenas 11 meses após a sua morte “É viva a Palavra quando são as obras que falam” (Santo Antônio de Pádua).

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ernando de Bulhões nasceu em Lisboa, em 1195. Aos 19 anos entrou para o mosteiro dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Dois anos depois, foi para Coimbra onde ficou estudando por 10 anos. Quando tinha 25 anos, foi ordenado sacerdote. Santo Antônio morreu em Pádua, Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Foi tão grande o luto que se mostrou por ocasião de seu falecimento, e tantos os milagres realizados, que o processo eclesiástico para verificar a sua santidade não chegou a durar sequer um ano: Santo Antônio de Pádua foi canonizado em 1232, por Gregório IX, o mesmo Papa que o vira pregar e que lhe tinha dado o epíteto de “Arca do Testamento”, pelo conhecimento notável que exibia das Sagradas Escrituras. Ele é conhecido tanto como Santo Antônio de Lisboa, pela cidade onde nasceu em Portugal, quanto por Santo Antônio de Pádua, pela cidade onde morreu na Itália. São referências de lugares diferentes onde viveu um mesmo Santo, que amou a Jesus Cristo com todas as forças e pregou o Evangelho aos pobres.

Lá, conheceu São Francisco de Assis que o designou responsável pela formação dos frades da região, devido ao seu profundo conhecimento teológico. Após a morte de São Francisco, é Santo Antônio que vai à Roma apresentar, ao Papa Gregório IX, a Regra da Ordem Franciscana. Santo Antônio ficou muito conhecido pelos seus grandes sermões. Sua maneira de pregar atraía multidões e provocava profunda conversão no coração daqueles que o escutavam. Por isso, ele é lembrado, por ser, a exemplo de São Francisco, um grande irmão dos mais pobres com um olhar atento aos necessitados e um coração que partilhava o pão e o dom da vida.

Santo Antônio tinha o dom da palavra e força na pregação Em Coimbra, Santo Antônio conheceu os Frades Franciscanos e se entusiasmou pelo fervor com que viviam o Evangelho. Ao ver na Praça de Coimbra os corpos de 5 franciscanos martirizados por anunciarem o Evangelho em Marrocos, sentiu-se profundamente tocado e decidiu se tornar franciscano, passando a ser chamado de Frei Antônio. Certa vez, não conseguiu chegar a Marrocos, onde iria pregar o Evangelho, pois ficou muito doente durante o percurso. Na volta, seu barco foi atingido por uma forte tempestade e ele foi parar na Itália.

Nas pregações de Santo Antônio, mesmo reunindo em um só lugar uma multidão de 30 mil pessoas, “nem sequer se ouvia um sinal de clamor ou murmúrio” enquanto ele falava. “Pelo contrário, num silêncio prolongado, como se fora um só homem, todos escutavam o orador com os ouvidos da mente e do corpo atentos”. Vida primeira de Santo António, também denominada Legenda Assidua, por um frade anónimo da ordem dos menores (trad. de Frei Manuel Luís Marques, OFM). Braga: Editorial Franciscana, 1996, p. 47.

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CATEDRAL

BIO Fonte: site do Pe. Paulo Ricardo

havia cumprido a promessa. A jovem moça pôde, assim, casar-se de acordo com o costume da época e, a partir daí, Santo Antônio recebeu – entre outras atribuições – a de “O Santo Casamenteiro”.

Hasteamento de mastro acontece todos os anos em Osasco

A língua do grande pregador encontra-se intacta em um relicário dourado, na Basílica de Santo Antônio de Pádua, de onde recebe a veneração de inúmeros devotos e peregrinos.

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O significado da sua imagem e o corpo incorrupto Santo Antônio é representado, em sua imagem, segurando o Livro dos Evangelhos e, sobre ele, o Menino Jesus, que expressa como sua pregação revelava o Verbo Encarnado. Também é comum ver lírios, que representam a castidade e a pureza de coração, além de demonstrar a estação que o Santo ascendeu aos céus: o verão Europeu. Quando seu corpo foi exumado, sua língua estava intacta. São Boaventura, frade Franciscano que estava presente nesse momento, disse que esse milagre era a prova de que sua pregação era inspirada por Deus. Sua língua está exposta até hoje na Basílica dedicada a ele, em Pádua. O corpo de Santo Antônio foi exumado ainda outras duas vezes: em 1350, quando o seu queixo e vários de seus ossos foram colocados em relicários próprios; e em 1981, por ordem do Papa São João Paulo II, quando se descobriram incorruptas, também, as suas cordas vocais. Em 1946, foi proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XII.

Para os fiéis da cidade, o santo não é apenas casamenteiro. Devotos vão até o mastro para fazer seus pedidos e agradecimentos. O mastro de Santo Antônio tem 11 metros de altura. Para decorá-lo são necessários 130 metros de fitas, 16 lâmpadas e mais de 100 flores de diversos tipos, entre margaridas, violetas e lírios. Este é um dos maiores mastros da cidade de Osasco e, durante a procissão, ele é carregado por fiéis e um casal leva a bandeira do Santo. Este ano, ele ficará exposto, até o final de junho, para os devotos que compareceram a 88ª Festa de Santo Antônio, tradicionalmente realizada na Catedral, ano após ano. Santo Antônio, rogai por nós! Dani Nanni Redação BIO Imagem da Internet

Santo casamenteiro Av. Sarah Veloso, 1490, Jd. Veloso, Osasco-SP • (11) 3609.2560

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Apesar de não ter em seus sermões nada específico sobre casamentos, Santo Antônio ficou conhecido como o santo que ajuda mulheres a encontrarem um marido por conta da ajuda que dava a moças humildes para conseguirem um dote e um enxoval para o casamento. Conta-se que em Nápoles, havia uma moça cuja família não podia pagar seu dote para se casar. Desesperada, a jovem – ajoelhada aos pés da imagem de Santo Antônio – pediu com fé a ajuda do Santo que, milagrosamente, lhe entregou um bilhete e disse para procurar um determinado comerciante. O bilhete dizia que o comerciante desse à moça moedas de prata equivalentes ao peso do papel. Obviamente, o homem não se importou, achando que o peso daquele bilhete era insignificante. Mas, para sua surpresa, foram necessários 400 escudos da prata para que a balança atingisse o equilíbrio. Nesse momento, o comerciante se lembrou que outrora havia prometido 400 escudos de prata ao Santo, e nunca Junho 2018


FORMAÇÃO PERMANENTE / MISSÃO PEMBA

BIO

Fontes da catequese de iniciação - segunda parte transmitido, mas, sim, um livro litúrgico com ritos, orações e celebrações. Entretanto, esse livro dá uma visão inspiradora de uma catequese que realmente envolva a pessoa no seguimento de Jesus Cristo, a serviço do reino, expresso na vivência dos sacramentos do batismo, da crisma e da eucaristia (n. 120). O RICA, permitirá integrar a comunidade dialogando com a cultura local, possibilitando uma melhor relação entre fé, vida, liturgia e oração, e uma compreensão melhor da relação que há entre os sacramentos do batismo, da crisma e da eucaristia. Neste sentido, “urge recuperar a unidade pastoral entre os três sacramentos da iniciação à vida cristã, que são etapas de um único processo de mergulho na vida iluminada por Cristo e testemunhada na igreja” (n. 126).

Catecumenato

Purificação e iluminação

Mistagogia

É o encontro pessoal com Jesus Cristo, e não o simples conhecimento de doutrina. Trata-se de uma iniciação que promova a interação entre a fé em Cristo e a vida concreta pessoal e social. A quaresma é o tempo de “preparação imediata para a iniciação sacramental”. Por isso, é oportuno valorizar, nesse tempo, as celebrações da palavra: os ritos penitenciais no catecumenato de crianças... E os escrutínios dos adultos. (n. 168) O tempo da mistagogia possibilita obter um conhecimento “mais completo e frutuoso dos “mistérios” através da experiência dos sacramentos recebidos”.

Tempos do processo de iniciação cristã

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presente Ritual da Iniciação Cristã de Adultos (RICA), renovado por decreto do Concílio Vaticano II e promulgado por autoridade do papa Paulo VI apresenta os ritos que acompanham os vários tempos, marcam as diferentes etapas do catecumenato, de forma didática e simples. O RICA não é um livro catequético, centrado no conteúdo doutrinal a ser

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incrível perceber a ação de Deus em nossa miséria. Mesmo sabendo de minhas debilidades, o Senhor quer que eu seja instrumento da sua graça. Tendo completado o primeiro mês em terras moçambicanas, pude ler os sinais da Misericórdia de Deus agindo efusivamente no meio do seu povo, sobretudo, pela via dos sacramentos, sinas sensíveis da graça invisível. A celebração dos sacramentos é um momento único em minha vida e na vida das comunidades, a alegria é transbordante e contagiante, sinto que vivo já aqui nesta terra, o reflexo da alegria celeste quando se gera na pia batismal um novo filho de Deus. No terceiro domingo da Páscoa, tive o primeiro contato com a Comunidade de Mahera, na qual tive a honra de presidir o batismo de 18 eleitos e assistir um matrimônio. Por sua vez, no quarto domingo da Páscoa, em nossa comunidade matriz, em Metoro, foram batizados 26 irmãos, sendo que seis casais selaram a aliança matrimonial. No domingo seguinte, o quinto domingo da PásJunho 2018

Querigma

O querigma não é uma propaganda para ganhar visibilidade. O importante é formar discípulos que praticam a fraternidade e o amor ao próximo e queiram ir sempre mais adiante ao caminho de Jesus. Não existe iniciação sem abertura missionária (n. 157). “O estado permanente de missão só é possível a partir de uma efetiva iniciação à vida cristã” (n. 65).

O RICA não é somente para a iniciação de adultos. A igreja propõe que também para os jovens, adolescentes e crianças se ofereçam processos de iniciação à vida cristã com inspiração catecumenal. Para isso, já existem alguns itinerários catequéticos, adaptados às várias idades, inspirados no RICA, com tempos, objetivos, passos, eixos temáticos, celebrações e outras indicações práticas (n. 121). Os candidatos adultos que vão receber os três sacramentos da iniciação cristã devem fazê-lo preferencialmente na vigília pascal (n. 147). Comissão Diocesana Bíblico-Catequética

Deus continua a nos surpreender “Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor” (Salmo 135). coa, celebramos na comunidade da sede do Distrito de suas possibilidades contribua materialmente. Desde já, Ancuabe, em que 28 catecúmenos foram batizados e oito agradeço pelas orações e pelo carinho dispendido aos casais celebraram o matrimônio cristão. E, para finalizar missionários. Deus abençoe. este mês de graças e bênçãos, na comunidade de NcocoDiácono Dênis Mendes ra, fomos surpreendidos com número de 78 irmãos que Missionário em Pemba/ África foram sepultados pelo batismo e com Cristo ressurgiram como homens novos, e dentre estes onze casais se uni(Depoimento enviado em 09 de maio/18) ram pelo vínculo matrimonial. Foto retirada do Facebook do Pe. Adriano Ferreira Rodrigues (missionário em Pemba) O que se admira não são os números, mas a fidelidade deste povo a catequese, ao contrário da maioria das realidades, na Diocese de Pemba a catequese com inspiração Catecumenal é levada realmente a sério, pois o período mínimo para ser administrado os sacramentos é de quatro anos, sendo que o candidato deve passar por todas as etapas próprias do Catecumenato, e é a comunidade que irá o eleger dependendo da sua adesão ao Evangelho e de sua conduta moral, dado a seriedade com que é visto os sacramentos. Queridos leitores, esses relatos são breves e condensam toda alegria que tenho experimentado na missão. E te desafio a fazer parte deste belo projeto missionário administrado pelo Regional Sul 1 da CNBB: seja um misPrimeira Eucaristia de Sara, neta dos secretários da Comissão sionário conosco rezando por nós e por este povo que Paroquial da Família Deus confiou aos nossos cuidados e, também, dentro de 9


VOZ DO PASTOR

BIO

Ser santos: um convite feito a todos

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ouve um tempo, lá nos primórdios da Igreja, em que os seguidores de Jesus eram chamados de “santos”. Embora se reconhecessem como pecadores, como todos nós, levavam a sério a consagração batismal que nos faz participar da santidade do corpo de Cristo. Tinham como propósito realizar o desejo de Jesus (Mt 5,48), recomendado pelo apóstolo Pedro: “Sede santos, como vosso Pai é santo.” (1Pd 1,16) Com o passar do tempo, a santidade passou a ser vista como difícil, coisa para uns poucos corajosos e heroicos, o processo de canonização que declara que alguém é santo passou a exigir milagres e martírios. O Papa Francisco coloca novamente as coisas no lugar, convidando-nos a ver que a santidade pode estar entre as pessoas próximas de nós, como uma mãe, ou

uma avó que criam seus filhos na fé e na coragem de ser cristãos. “suas vidas talvez não tenham sido sempre perfeitas, mas, mesmo no meio de imperfeições e quedas, continuaram a caminhar e agradaram ao Senhor.” Colocar o ideal da santidade, de modo apropriado aos dias de hoje, é o que pretende o Papa Francisco com sua mais recente Exortação apostólica chamada “Alegrai-vos e Exultai”, ou em latim, como costuma ser o nome dos documentos pontifícios, “Gaudete et Exsultate”.

É o jeito do Papa Francisco Este é o quarto grande documento do pontificado de Francisco (tirando “Lumen Fidei” que ele

assinou, mas era quase toda do Papa Bento). Os quatro documentos têm o mesmo estilo: simples, fácil de assimilar, uma conversa de pai para filhos. Todos têm já no título a marca da alegria e do louvor a Deus, atraindo-nos pelo lado positivo, a vida como dom de Deus, um Deus próximo e amigo, amoroso e cheio de misericórdia. O Papa não faz um tratado profundo e acadêmico sobre a santidade, nem menciona a dureza de sacrifícios voluntários e flagelações. Seus exemplos de santidade são simples e cotidianos: os pais que criam seus filhos com amor, a religiosa que envelhece e continua sorridente, o trabalhador que cumpre sua missão com honestidade e competência, o avô ensinando com paciência as crianças a seguirem Jesus, o servidor público que age não por interesse próprio, mas lutando pelo bem comum. Santidade não está numa esfera longínqua e inatingível, mas está ao alcance de todos. O Papa fala direto, como se olhasse nos olhos: “Não tenhas medo da santidade. Não tenhas medo de te deixares amar por Deus. Não tenhas medo de te deixares guiar pelo Espírito Santo.” (n.34)

Os inimigos da santidade Talvez o leitor tenha a expectativa de que o Papa encontre empecilhos para a santidade nos prazeres do mundo, na corrupção e nas violências, nas injustiças, no ateísmo ou na indiferença religiosa. Por certo, essas realidades estão presentes no horizonte cultural do mundo de hoje e contrariam o Evangelho, por isso são uma constante preocupação de quem evangeliza. Mas o Papa elege como inimigos da santidade hoje, os mais perigosos porque disfarçados, e mais próximos de nós, dois deles: o gnosticismo e o pelagianismo. As duas palavras são bem estranhas porque se referem a duas heresias lá do início da Igreja. No entanto o Papa explica em que consiste cada um desses erros, e diz que eles são de uma “alarmante atualidade”. São perigosos inimigos porque são falsos modelos de santidade, que podem nos confundir. Em pala10

vras simples e resumidas, um erro seria formar uma espécie de “seita” dentro da Igreja. Um grupo que se acha mais santo e mais perfeito, com conhecimentos mais elevados e se põe a condenar e desprezar os outros. O outro erro, o de achar que se pode chegar à salvação pelo próprio esforço e perfeição, e não por bondade gratuita de Deus. Sem querer nenhuma polêmica, evidente, o Papa expõe agora no novo documento, com clareza a razão das piores críticas que ele próprio vem sofrendo, não de inimigos da Igreja, mas de grupos ultraconservadores que estão dentro da própria Igreja e não aceitam a renovação trazida pelo Concílio Vaticano II, ou dizem que o seu magistério é fraco e sem conteúdo. No fundo, a mesma crítica e perseguição que Jesus sofreu, no seu tempo, por parte dos fariseus e doutores da Lei. Essas duas compreensões erradas da santidade, muito comuns hoje em dia, foram largamente expostas numa recente carta da Congregação para a Doutrina da Fé, chamada “Placuit Deo”. Ali se pode ver de forma mais completa o que são essas heresias modernas que envenenam a vida da Igreja.

O Papa e o Vaticano II Podemos dizer que este novo documento papal sobre a santidade no mundo de hoje é uma continuação do Vaticano II e retoma, pela primeira vez um dos grandes temas da “Lumen Gentiun”, a vocação universal à santidade, desenvolvido no capítulo V desse documento, logo após o capítulo dedicado aos leigos. O Papa expande esse tema tomando ao pé da letra cada uma das Bem-aventuranças de São Mateus: ali está o modelo e o espelho da santidade. Cada uma das bem-aventuranças é traduzida pelo Papa em exemplos tão concretos e presentes no nosso dia-a-dia, que se torna difícil não compreender que se trata de um programa para os dias de hoje. Ser despojado e pobre, cultivar a mansidão e a paciência, sofrer pelo bem, buscar a justiça, aceitar sacrifícios e resistir à maldade, mesmo na perseguição, tudo aceitar por amor, que grande fonte de alegria e felicidade, caminho de santidade para os nossos dias. Junho 2018


VOZ DO PASTOR / PAPA

BIO

A santidade nos dias de hoje O Papa escolhe, para os dias de hoje, cinco caminhos de santidade. Não são os únicos nem os mais difíceis. Mas são muitas vezes esquecidos até por aqueles que vivem na Igreja. O primeiro caminho é ser paciente, suportar contrariedades, suportar até os defeitos e infidelidades dos outros. Vivemos num mundo tão intolerante, briga-se por qualquer coisa, tudo é motivo de críticas e inimizades. O segundo ponto, ligado ao primeiro, é ser alegre, ter bom humor. Olhe para as pessoas, tantos vivem amargurados, carrancudos, injuriados, ofendidos. O santo não perde o realismo, mas ilumina os outros com um espírito positivo e cheio de esperança. Outro sinal de santidade é a coragem e ousadia para inovar, para transformar, para deixar de lado a comodidade e viver impulsionado pelo amor. Por Baixe a exortação Gaudete et Exsultate na íntegra

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fim, ninguém fica santo sozinho, sendo egoísta, ensimesmado. O santo é aberto à comunidade e entende que os outros são mais importantes que ele mesmo. E é capaz de unir-se a Deus na oração tanto comunitária como pessoal. Deus é o seu tudo.

Um salto de qualidade na vida cristã O Papa nos convida a vencer o demônio que nos joga na mediocridade e no vazio. Envenena-nos com o ódio, os vícios, a tristeza e o medo. Nos chama ao discernimento para retomarmos as rédeas de nossa vida, mas não sozinhos e, sim, contando com a ajuda do Espírito Santo. Pedir esse dom, com confiança e humildade nos

Dia mundial de oração pelo clero

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a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja também celebra o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, convocado pelo Santo Padre através da Congregação para o Clero. “Peçamos também sacerdotes santos, formados ‘segundo o Sagrado Coração de Cristo’”, dizia São João Paulo II, o qual estabeleceu que este dia de oração seja realizado no dia do Coração de Jesus. O Papa Francisco durante homilia na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus e Jubileu dos Sacerdotes, em 2016 falou aos sacerdotes: “Queridos sacerdotes, na Celebração Eucarística, reencontramos todos os dias esta nossa identidade de pastores. De cada vez podemos fazer verJunho 2018

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permite vencer a nossa incapacidade de encontrar sozinhos a salvação. “Peçamos ao Espírito Santo – assim conclui o Papa – que infunda em nós o desejo intenso de ser santos para a maior glória de Deus, e animemo-nos uns aos outros nesse propósito.” (n.177) Convido a todos a fazer uma leitura atenta e meditada da Exortação “Gaudete et Exsultate”. É mais um presente que o Papa Francisco nos deixa em seu pontificado, com a simplicidade e profundidade de quem lê e se alimenta das páginas do Evangelho. Vale a pena ler e estudar essa Exortação, que você pode encontrar nas livrarias ou mesmo baixar no computador em português, com facilidade. Dom João Bosco, ofm. Bispo de Osasco dadeiramente nossas as suas palavras: Este é o meu corpo que será entregue por vós. É o sentido da nossa vida, são as palavras com que, de certa forma, podemos renovar diariamente as promessas da nossa Ordenação. Agradeço-vos pelo vosso sim, e por tantos ‘sins’ diários, escondidos, que só o Senhor conhece. Agradeço-vos pelo vosso sim a doar a vida unidos a Jesus: aqui está a fonte pura da nossa alegria”.

Oração pelos Sacerdotes

(de Santa Teresa do Menino Jesus) Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração Amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder. Conservai puros e desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter sublime do Vosso Glorioso Sacerdócio. Fazei-nos crer no seu amor e fidelidade para convosco e preservai-os do contágio do mundo. Dai-lhes também, juntamente com o poder que têm de transubstanciar o pão e o vinho em Vosso Corpo e Sangue, o poder de transformar os corações dos homens. Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Amém! Fonte: ACI Digital 11


PROGRAME-SE

BIO

2ª Semana de Formação para Agentes Pastorais

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Agenda Diocesana

Pastoral Familiar da Diocese de Osasco realizará, dos dias 25 a 28 de junho, no Espaço Beata Elena Guerra em Barueri, a 2ª Semana de Formação para agentes pastorais com o tema: "O Evangelho da Família, alegria para o mundo". O tema proposto foi apresentado durante a 10ª. Peregrinação e 8º Simpósio das Famílias, realizado no mês de maio em Aparecida, e será o mesmo tema da Semana da Família que acontecerá no mês de agosto. São esperados os agentes da Pastoral Familiar, catequistas, ministros, coordenadores de movimentos e pastorais, e todos os movimentos que trabalham pela família. As inscrições poderão ser feitas pelo link: https://goo.gl/dmovyf ou pelo e-mail: pastoralfamiliar.osasco@gmail.com. Haverá uma taxa de R$10,00, que poderá ser paga nos dias dos encontros. Neste ano, a formação acontecerá todos os dias no mesmo local.

24/06 • Solenidade da Natividade de São João Batista 25 a 28/06 • Semana de Formação da Pastoral Familiar – Espaço Beata Elena Guerra - Barueri 27/06 • Reunião de Atendentes Paroquiais – Região Carapicuíba 29/06 • Louvor Ecumênico (Encristus) – Praça de Itapevi - 20h 30/06 • Curso Teológico Pastoral – Término das Aulas 1º Semestre

Comissão Dioc. Pastoral Familiar

“Rádio Católica de Osasco, a rádio online da Diocese de Osasco”

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Rádio (Web) Católica de Osasco está sendo preparada para inaugurar no contexto comemorativo dos 30 anos de nossa diocese. Ela é um sonho de nosso bispo diocesano, Dom João Bosco, que visa atingir a todos os diocesanos através do anúncio da Palavra de Deus, por meio de: programas formativos, músicas religiosas, orações, bênçãos, Santas Missas e muito mais. O objetivo da rádio é proclamar o que nossa Igreja Particular sempre fez nesses 30 anos de história de evangelização: “Semear o Evangelho 12

e crescer na unidade”, por isso adotamos esta frase como “slogan” da Rádio. A Rádio Católica de Osasco é uma expressão de toda a nossa diocese, sendo ela pertencente às 88 paróquias que formam nossa igreja diocesana. A Rádio Web, por ser acessada via online pelas redes sociais, permite-nos ter um grande alcance, não nos limitando apenas aos 13 municípios de nossa diocese, podendo assim, chegar a diversas áreas, fazendo com que o Evangelho de Jesus Cristo possa ser anunciado, como Ele mesmo nos pediu: “Proclamai o Evangelho a toda a criatura” (Mc 16,15). Por isso, pedimos sua colaboração, baixando e divulgando o aplicativo da Rádio Católica de Osasco. Seja você também um propagador da Palavra de Deus: baixe, siga, curta! Play Store/Rádio Católica de Osasco

01/07 • Solenidade de São Pedro e São Paulo Apóstolo (Óbulo) 01 a 08/07 • Visita Pastoral – Região Itapevi 03/07 • Festa de São Tomé – Apóstolo 06 e 07/07 • Encontro de Convivência – Setor Pastorais Sociais – Lar Santa Maria 08/07 • Missão Catequese – Itapevi/ Jandira 14/07 • Encontro Diocesano da Pastoral da Saúde – Mariápolis – 9h 16/07 • Abertura Diocesana da 26ª Semana Bíblico-Catequética

Redação BIO Junho 2018


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