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Tecnologia que move negócios São Paulo, 05 de setembro de 2007 – Edição 508 – www.bites.com.br

Câmera, ação

... e a fita?

Câmeras com cartões de memória dão ao canal Ideal da Abril a possibilidade de um novo modelo de negócio na área de conteúdo

A

s câmeras de vídeo que a Editora Abril terá por trás do seu novo canal de TV, o Ideal, que entra no ar em 1º de utubro, trazem uma inovação. Em lugar de gravar as imagens nas tradicionais fitas, os cinegrafistas usarão cartões de memória semelhantes aos existentes em máquinas fotográficas digitais. Essa tecnologia permitirá rapidez, maior qualidade do trabalho e

significará a introdução de um novo conceito no modelo de negócio de um canal de TV por assinatura. As câmeras da Abril permitirão à equipe do Ideal captar imagens em formato digital e também de alta definição. O maior segredo do novo canal está na infra-estrutura montada para atender a demanda de novas plataformas de distribuição de conteúdo. Com as cinco câmeras da Panasonic, a Abril

poderá utilizar o mesmo arquivo para subir o sinal até o satélite de onde será distribuído para os assinantes de operadoras como a TVA e ainda mandar o mesmo conteúdo para serviços de vídeo na internet ou mesmo para telefones celulares. “O projeto foi desenhado para atender diferentes demandas do usuário, mas, por enquanto, vamos nos concentrar nas TVs por assinatura”, afirma Valter Pascotto, diretor de engenharia dos canais da Editora Abril. “O conteúdo dos nossos canais não ficará represado por uma barreira tecnológica. Esse ponto já está equacionado.” Para levar adiante esse empreendimento, a Abril montou uma operação onde as câmeras da Panasonic, cujo custo do modelo mais caro é de US$ 18.000, são apenas a infantaria do negócio. Por trás há computadores da Apple que fazem todo o gerenciamento dos arquivos até a sua chegada nas ilhas de edição do canal Ideal. Esse computador central armazena todas as imagens captadas pelos cinegrafistas e, em alguns casos, os próprios jornalistas, o que muda o perfil desse profissional dentro da Abril, e faz a distribuição para os editores. Para cada arquivo são geradas duas cópias. Uma padrão que pode ser transmitida para o satélite e outra em baixa resolução. A segunda cópia pode ser vista em qualquer computador antes de ser editada ou até mesmo cair diretamente na internet. Os caminhos que a Abril pretende adotar para distribuir esse conteúdo em outros locais são parte do planejamento estratégico da empresa, mas a disposição de negociar com portais de internet existe dentro da companhia. O Ideal tem um grande apelo porque ele será voltado para o mundo dos executivos e reunirá reportagens, depoimentos e histórias de gente desse universo. Em entrevista à versão digital do jornal Meio & Mensagem (clique aqui), a diretora do canal, a jornalista Maria Tereza Gomes, afirmou que “a proposta que vínhamos perseguindo é de fazer um canal de entretenimento com o mundo executivo como pano de fundo. O Ideal é útil, mas não é carrancudo, é pop e divertido.” Ela disse que a programação do canal será dividida em três áreas: gestão de negócios, carreiras e bem viver. Tereza, que antes de assumir a operação transformou a revista Você S/A em um dos grandes êxitos editoriais da Abril com uma circulação líquida mensal de 177.320, segundo dados da própria Abril, comandará a produção de 18 programas próprios e outros comprados de emissoras estrangeiras, com o a inglesa BBC.


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