Barbara Bossert Ramsay
As sete chaves da iluminação 2ª edição revisada de acordo com a Reforma Ortográfica de 2009 Edição Digital
São Paulo – 2013
© Barbara Bossert Ramsay, 1998 [versão 31.05.2013]
Título original em inglês: Traveller: the seven keys of enlightenment Coordenação editorial: Katia Roel [katia.roel@br.brahmakumaris.org] Tradução: Sandra Costa Revisão [1ª edição]: Vera Caputo / Luciana Ferraz Ilustração: Rita Foelker Projeto Gráfico: Luciano Sanchez Revisão [2ª edição]: Luciane Pansolin Edição Digital: Letras e Formas [letras.e.formas@gmail.com]
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Ramsay, Barbara Bossert. As sete chaves da iluminação [recurso eletrônico]/ Barbara Bossert Ramsay; tradução de Sandra Costa – 2ª edição revisada de acordo com a Reforma Ortográfica de 2009 – Edição digital. São Paulo: Brahma Kumaris, 2013. Título original: Traveller: the seven keys of enlightenment. ISBN: 978-85-86448-55-3
1. Iluminação 2. Raja Ioga. I. Título. 03-4173 CDD 294.3442 Índice para catálogo sistemático: 1. Iluminação: 294.3442 Publicação em português por: Editora Brahma Kumaris Rua Germaine Burchard, 508 CEP 05002-062 – São Paulo – SP Tel (11) 3873-3304 – Fax (11) 3564-8947 E-mail: editora@bkumaris.org.br Site: www.editorabk.org.br Todos os direitos reservados
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Sumário
Prefácio..............................................................................................7 A História .........................................................................................8 A Joia ...............................................................................................14 O Viajante .......................................................................................15 O Primeiro Aspecto .......................................................................16 O Segundo Aspecto .......................................................................17 O Terceiro Aspecto ........................................................................18 O Sem Fim ......................................................................................19 A Companheira .............................................................................20 O Presente Irrestrito ......................................................................22 As Sete Chaves da Iluminação ....................................................23 A Segunda Chave ..........................................................................24 Pai ....................................................................................................25 Seu Maior Presente ........................................................................26 Em Seu Nome.................................................................................28 Conheça-me ....................................................................................29 Sem Sair de Casa............................................................................30 Conexão ..........................................................................................31 4
Relacionamento .............................................................................32 Veja em Silêncio .............................................................................33 O Retorno Inicia .............................................................................34 A Lei ................................................................................................35 Caminhe em Segurança ................................................................36 De Acordo com o Tempo .............................................................37 O Mapa Não é a Jornada ..............................................................38 Justiça ..............................................................................................39 O Primeiro Ato de Deus ...............................................................40 Através do Próprio Tempo ..........................................................41 Uma Questão de Tempo ...............................................................42 No Momento Certo .......................................................................44 A Jornada ........................................................................................45 Encruzilhadas.................................................................................47 Tempo de Decisão .........................................................................49 Vigilante ..........................................................................................51 Os Oito Poderes .............................................................................52 Surge Um Buscador ......................................................................55 O Viajante Torna-se Sábio ............................................................56 E Deus Fala - I ................................................................................57 E Deus Fala - II ...............................................................................58 E Deus Fala - III..............................................................................59 5
As Chaves .......................................................................................60 A primeira chave - A luz entre os olhos .................................61 A segunda chave - O ponto alfa ..............................................62 A terceira chave - A união silenciosa ......................................63 A quarta chave - A justiça do carma .......................................64 A quinta chave - O ciclo que nunca termina..........................65 A sexta chave - Reconhecendo o tempo .................................66 A sétima chave - A porta para o futuro ..................................67 Sobre a autora: Barbara Bossert Ramsay ....................................69 Conheça outras obras da Editora Brahma Kumaris .................70
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Prefácio Informação e conhecimento são bens valiosos que, uma vez adquiridos, podemos sempre levar conosco e nunca nos serão roubados. Nesse livro, com palavras simples e de uma forma agradável, somos informados sobre valores, caminhos. A Alma e o Supremo. Conceitos que podem iluminar a nossa jornada. Caminhar na Luz é mais fácil: “Enxergando claramente o sábio decide”. De uma forma lúdica e quase poética, página após página, pontinhos de luz são colocados em nossa mente. Nós, viajantes, aprendemos em cada jornada. E muitas vezes precisamos ver e rever palavras de luz para deixar fluir nossa consciência da alma. “As Sete Chaves da Iluminação” são como gotas de água pura e fresca para o viajante sedento. Podemos em todo momento de dúvida, cansaço ou angústia recorrer ao frescor e à pureza dessas palavras. Mas ler não basta. Cabe a cada um de nós praticarmos o que está nestes textos. Afinal, “o destino é projetado pelas nossas próprias mãos. Cada viajante escreve sua própria história”.
Leilane Neubarth Jornalista, Rio de Janeiro
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A História Ela devia ter cerca de 60 anos quando a encontrei. Estávamos as duas esperando o trem, que estava atrasado porque um vagão havia descarrilado em algum lugar. Meus vinte minutos de espera se transformaram em uma hora e meia. Foi oferecido um almoço complementar a todos e, por sermos as últimas na cafeteria, terminamos indo para a mesma cabine. Conversamos um pouco sobre viagem e a política local, mas nenhuma de nós estava realmente interessada. E então, assim como os estranhos às vezes fazem, começamos a falar de assuntos que nos interessavam. Contamos histórias da nossa vida, pois sabíamos que nunca mais nos encontraríamos e nada do que disséssemos influenciaria a nossa vida. Pelo menos, foi o que pensei naquele momento. Mas as coisas foram diferentes, muito mais do que eu poderia imaginar. A história do que havia acontecido quando ela tinha a minha idade prendeu a minha atenção de um modo que nada mais havia conseguido. Mais de uma hora se passou enquanto ela falava. A voz era suave, mas as palavras me conduziram de tal modo para dentro da história que parei de ouvir o barulho dos trens na estação e as conversas em outras mesas. Como se eu tivesse sido levada para um outro tempo ou para o alto daquela montanha. Escrevi a história da maneira mais fiel possível ao que ela me contou. Procurei me lembrar de tudo o que ouvi, e embora tenha chegado a você um pouco atrasada, procurei transmiti-la tão bem quanto pude tudo o que ela viu e as palavras que ouviu. 8
Vou contar de um modo que você possa sentir o mesmo que senti quando ela me falou.
Ela estava parada no ar frio da montanha, a uma
hora do amanhecer, esperando para se despedir. Levava apenas um velho xale e uma mochila nas costas. Estava muito mais vazia do que quando havia chegado. Agora a moça precisava de muito menos e mal se lembrava o que deixara a mochila tão pesada. Um chapéu de palha enrolado, para proteger o rosto do forte sol indiano, estava dobrado no fundo da mochila. Deram a ela algo para comer na viagem, mais um par de sandálias e uma muda de roupas. Isso era o que ela levava, além de alguns poucos papéis. Ela procurou o sábio pela última vez. Queria apenas mostrar sua gratidão e se despedir, mas foi convidada a se sentar no chão, sobre uma pequena almofada. Era a única pessoa naquele lugar frio. Pediram chá, e enquanto não chegava o sábio falou sobre muitas coisas com a viajante. Ansiosa, ela tirou da mochila caneta e caderno, pronta para tomar nota de cada palavra, mas o velho homem a fez parar gentilmente. Ela olhou para ele surpresa. “Seu mundo tem muitos livros.” Todas as noites, antes de dormir ela transcrevia cuidadosamente o que havia escutado, determinada a não esquecer de nada. Essa era a última vez, sua última chance de ouvir, antes de sair daquele lugar, as mãos ansiosas para escrever o que estava ouvindo. Ela relutou para pôr o caderno de lado. Sorrindo, o velho disse: “Muita gente escreveu o que estou contando a você e muitos leram o que já foi escrito. Grandes eruditos discutiram essas questões, debateram, buscaram significados. Nem por isso as coisas 9
mudaram. Se forem escritas em seu coração, só então suas ações mudarão.” Ela fechou cuidadosamente o caderno e deixou-o no chão, ao lado da almofada. “Vou tentar”, disse seriamente. Ela esperava ouvir palavras de incentivo e mesmo de aprovação, mas a única resposta foi o silêncio e um olhar profundo. O chá foi trazido, doce e forte, e eles beberam sem conversar. Então... “Suas palavras me conduzem ao primeiro grande segredo, que os seres humanos esqueceram há muito tempo. Nunca diga que você ‘vai tentar’. Essa palavra traz em si a possibilidade da falha. Ou faça ou não faça. Tendo isso firme em sua mente, você ganhará uma determinação inabalável. Venha, vamos caminhar um pouco”. Ele se levantou sem dificuldade, como se tivesse a metade de sua idade, e entrando por uma porta baixa, seguiu para o pequeno pátio. Deixando o caderno para trás, a viajante seguiu o sábio, pôs a mochila nas costas e se enrolou no xale. Fazia frio, mas era possível sentir o perfume da parreira florida. “Rainha da Noite”, é como se chamava. Ela sabia que o perfume desapareceria com a aurora e teria que partir. Mas ainda havia um pouco de tempo. Ela apenas distinguia o velho que caminhava enrolado num cobertor. Não havia lua, mas as estrelas eram tão brilhantes que se podia enxergar através delas. E ela ouviu: “Lembre-se de que a coisa mais valiosa é a verdade. Sem ela, o que se aprende e o que se dá não têm sentido. Com ela, pode-se mudar o mundo. Verdade é grandeza, e a grandeza mora na verdade.” Caminhando rapidamente contra uma pequena parede de pedras, seus pés iam para um lado enquanto os olhos não se desgrudavam do vale. A moça seguia apressada, 10
segurando-se, e então sentou-se, e sob suas pernas as pedras estavam frias e ásperas. “Saiba que uma palavra dita uma vez se inscreve no ar, e o que está escrito não pode ser apagado. Nunca diga palavras que entristeçam alguém”, disse o velho na noite fria. “Mas saiba também que os pensamentos do homem são poderosos. Saiba que seus votos são como bênçãos aos seus amigos viajantes, e cada bênção tem em si enorme poder. Mas siga pela vida com cuidado, porque os pensamentos negativos também são muito poderosos.” O velho olhava para ela na noite escura. Eles se sentaram e por algum tempo ficaram sem falar. Havia no ar um cheiro de madeira queimada e alguém estava cantando ao longe. Uma luz muito fraca podia ser vista no final do vale. A noite estava terminando. E o velho falou: “Dizem as suas religiões que é nobre e correto dar o que se recebe. Mas saiba que se você der mais do que recebeu, dará felicidade aos seus amigos viajantes. E aqui está o segredo oculto nessas palavras: ser generoso é um ato sem sombra. Dê felicidade aos outros e haverá grande fortuna para si mesmo.” “Como posso partir daqui”, ela pensou – gostaria de permanecer. Gostaria de viver onde alguém pudesse sempre falar assim com ela. Queria estudar e aprender. “Estude tudo o que quiser” ele falou. “Entender é bom e aprender é necessário, mas nunca se esqueça que entre o saber e o fazer há todo um mundo. Saber é o mapa, mas o mapa nada é sem a jornada.” “Você leu meus pensamentos?” a moça perguntou. “Eu não faria tal coisa, mesmo que pudesse. Não é difícil saber o que você está pensando.” A luz aumentava e o velho se levantou, voltando-se para o nascente. Juntos, eles se afastaram do muro de pedra e começaram a andar. O sábio disse: 11
“O desejo está aumentando no mundo. Mas o desejo é como o mercúrio, quanto mais se aperta, mais rápido ele escapa por entre os dedos. Abra a sua mão e encontrará o vazio. O segredo é manter as mãos abertas desde o começo. Espere sem apegar-se e o mundo encherá suas mãos com aquilo que você precisa.” Por um instante, ele parou e seus olhos se perderam na distância. “Lembre-se que o que você precisa e o que quer geralmente não são a mesma coisa.” “O que eu quero é ficar aqui.” Ela nem imaginava quanto queria até ter dito em voz alta. “Sim. Você é feliz aqui. Mas tudo muda. Não se pode segurar a vida. O segredo é não ficar onde você é feliz, mas levar sua felicidade com você.” “Tenha uma vida simples, e isso será fácil. Se você plantar flores exóticas, passará o tempo molhando e podando, e assim a vida passará. Plante flores simples e a chuva será a água e as flores do campo ocuparão o lugar das ervas daninhas e você viverá sua vida.” O sol estava alto e o xale estava esquentando. Eles encontraram um balde de água fresca, e ela mergulhou a garrafa para encher de água. Estava tão gelada que dava para sentir nas costas, através da mochila. Difícil acreditar que estava partindo. O portão era logo em frente e o momento, agora. Ela pensou mais um pouco, tentando encontrar uma última pergunta, uma última resposta para levar consigo, mas nada veio. Sob a luz, a pele do velho era fina como o papel e seus olhos afundados em linhas de expressão e rugas, mas ilimitados como os de uma criança. “Nunca permita que alguém saia de perto de você da mesma forma que chegou. Uma palavra, uma bênção, um gesto de amizade, o presente do tempo, essa é a moeda com que se paga pelo futuro.” No portão, o velho pôs a mão no ombro da viajante. 12
“Você é quem faz a sua vida, a heroína de sua própria história.” Dito isso, ele tirou um livrinho embrulhado em um pano. “Isto é para você. Aqui está tudo o que você gostaria de se lembrar. Agora ficará sob seus cuidados. É em forma de versos. Cada verso responde um enigma da vida. Cada um está conectado ao próximo. Olhe, alguém já escreveu o que você teria escrito. Na vida, há sempre alguém antes de você. Faça bom uso. Tudo é possível. Boa viagem.” E finalmente ele deu as costas e me deixou. * * * Essa foi a história que ela contou e que reproduzi o mais fiel possível. No instante em que ela terminou, antes de pôr o ponto final, o alto-falante anunciou que os trens tinham voltado a correr. Pedi licença para ir ao toalete, e embora não tenha me demorado, a mesa estava vazia quando voltei. Supus que estivéssemos no mesmo trem, mas nada perguntei, e como ainda tinha vinte minutos pedi outro café e fui me sentar numa cabine. E lá estava ele. Num saco de supermercado, cuidadosamente embrulhado num pano, estava o livro. Não mudei uma única palavra do original. Que este livro faça pela sua vida o que fez para a minha.
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A Joia
O viajante é o brilho do diamante, a alma. O viajante é a joia entre os olhos O viajante é você. As satisfações do corpo Distraem a mente, Como a armação brilhante Que prende a pedra falsa. O acúmulo, como a caixa do joalheiro, Protege com suas paredes Sem portas e janelas. O lucro e o excesso escondem o caminho, Como o veludo Cobre o diamante. E o viajante segue com medo dos ladrões e assaltantes. O viajante, o brilho do diamante, a alma, Está só. Por isso o viajante consciente torna-se sábio Apenas atendo-se Ao que é permanente. 14
O Viajante
O sábio nunca diz ter uma alma. O que o viajante tem pode ser roubado, Ou quebrado ou perdido. O viajante é a alma. A alma é o viajante. A alma é você.
Aceite ou não esta verdade. A jornada ocorrerá de qualquer modo e você viajará. Não é uma escolha.
A única escolha é como viajar. A consciência é tudo.
Ao perder a consciência da alma, O viajante carrega os mil e um medos Com seus respectivos nomes. Todos eles são peso extra, bagagem desnecessária. A estrada parecerá mais longa, E a jornada, mais difícil.
Lembre-se de quem você é e viaje leve. 15
O Primeiro Aspecto
Para seguir no caminho mais elevado, O viajante sábio carrega pouco peso E leva consigo os três aspectos.
O viajante segue com os sonhos do destino. As tempestades do desejo e os doces ventos da memória Colorem o pensamento. É o que ele chama de mente. É o primeiro aspecto.
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O Segundo Aspecto
As cores vibrantes de pensamento embaçam a visão, Escondendo igualmente o verdadeiro e falso.
Na bagagem do viajante está o discernimento. Enxergando claramente, o sábio decide. Ele abandona isto E escolhe aquilo. É o que ele chama de intelecto. É o segundo aspecto.
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O Terceiro Aspecto
Cada ato é gravado na alma, Como a estampa sobre o tecido. Repetindo uma vez, nasce uma tendência. Duas vezes mais e o hábito torna-se natureza. É o que ele chama de sanskaras. É o terceiro aspecto.
Sanskaras geram pensamentos. Pensamentos geram ações. Ações geram sanskaras. Os três aspectos que compõem a alma. Um em três e três em um.
Tendo claros os três aspectos, O sábio tem o poder de escolher. Assim é criado o caráter. O caráter que dá origem ao destino.
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O Sem Fim
É tão velho quanto o Tempo, Encerra tudo, Segredos cifrados.
Eternamente vivo, Nada perde. Revela e oculta De acordo com o que a vida exige.
Todos os momentos de todas as vidas Codificados na eternidade. As histórias escritas para sempre. Ainda assim todas as jornadas parecem novas.
Invisível Invencível Infinitesimal Eterno
Você, o Viajante, Você, o eterno, Você, a alma, aqui. 19
A Companheira
O viajante sábio caminha só, Pois o caminho para o topo da montanha é estreito. Só há lugar para dois O outro é a Verdade. A Verdade é a fiel companheira ao longo do tempo.
E assim o viajante sábio nunca teme a solidão. Você é o viajante, Único e indivizível, Jamais absorvido.
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Pois o caminho pode seguir ao lado de outro por um tempo, Uma jornada pode às vezes ser partilhada, Mas a única companheira permanente o tempo todo É a Verdade.
Goste ou não, estamos sós. Temos então de gostar. E o viajante sábio mantém o Senhor da Verdade Como uma joia em seu coração. Garantia de que a solidão jamais é vazia.
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O Presente Irrestrito
Mestres desconhecidos, Enigma envolto em mistĂŠrio. CĂłdigos ocultos revelados Apenas para poucos Iniciados.
O Senhor da Verdade Revela segredos E os oferece aos Seus filhos. Dom irrestrito. O Senhor do Tempo jamais guarda as jias para Si.
Como a prova de amor supremo, O Senhor do Tempo PĂľe os filhos Adiante de Si.
Sempre. Sempre. Sempre.
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As Sete Chaves da Iluminação
E o Senhor da Luz lhe dá as sete chaves.
A primeira é a joia entre os olhos. Sem ela nenhuma porta se abrirá. Com ela, a jornada se iniciará.
A jornada começou, o viajante escolheu a direção. A direção certa traz a luz. Quem viaja no escuro É cercado por inimigos.
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A Segunda Chave
E o Senhor da Luz Se faz conhecer.
Ele é o Senhor da Luz E vocês são Seus filhos. Vocês são os filhos E Ele é o Pai e é a Mãe.
Esta é a Segunda chave da iluminação.
A ilusão chega como o ladrão, Por isso o viajante sábio permanece atento E guarda bem as chaves em seu coração.
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Pai
E diz o Senhor da Luz, “Como você, Eu sou luz, oh, viajante, A centelha infinitesimal. Mas, não terreno, estou livre de Carma, Incorpóreo e puro, eternamente poderoso.”
E diz o Senhor da Verdade, “Levante-se e ande, oh, viajante. Abandone a adoração cega e o ajoelhar-se. Esses não são o caminho.”
E diz o Senhor do Amor, “Conheça e aceite, oh, viajante, Como você era, como é, como será, Eu sempre o amarei.”
“Conheça-Me como sou. Sou o Senhor seu Pai. Vocês são Meus filhos e se sentam no trono do meu coração.”
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Seu Maior Presente
Seu maior presente é a liberdade E a liberdade tem muitas faces.
A primeira é a história da eternidade E da alma que nunca se acaba, Livrando do medo da morte Aqueles que entendem.
Isso é liberdade.
A segunda é a verdade do destino. Nenhuma armadilha temida que nunca se acaba As escolhas são sempre nossas. O destino é projetado pelas nossas próprias mãos, Cada viajante escreve sua própria história.
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Isso é liberdade.
Quando o viajante não sente nenhuma tristeza, O confortador de corações não é necessário. Quando a aurora chega, Ninguém chama pelo Senhor da Luz. E quando tudo está aprumado, O Senhor da Verdade é esquecido.
Nós O esquecemos. E isso também é liberdade.
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Em Seu Nome
Javé, Autoridade Todo-poderosa, Amado Pai. O Incorpóreo, o Eternamente Puro, Oceano de Conhecimento.
Alá, Senhor da Imortalidade, Pashupatinath, Senhor da Vida, Senhor do Gita, Senhor dos Inocentes, Aquele que traz a Salvação.
Guia Supremo, Jeová, Oceano de Amor, Aladim, Doador de Paz, Doador de Felicidade, Mãe Eterna.
Shiva, Pai de Cristo, Pai de Buda, Pai de Shankaracharya, Pai de Abraão, Pai de Brahma, Pai de Maomé. Pai de Todos.
Um Deus, Um Deus, Um Deus.
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Conheça-me
Não é preciso curvar o tempo Para Me encontrar. É tudo mais fácil do que lhe foi dito. Não é preciso compreender a curva do espaço, Ou sangrar seus joelhos em adoração.
Apenas mude a sua consciência. Conheça a si mesmo. Conheça a si mesmo. Você é a joia entre os seus olhos. Saiba disso e venha.
O sábio é guiado pelo que sente e não pelo que vê.
Venha e Me conheça com sua mente.
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Sem Sair de Casa
A mente viaja mais rápido que a luz. Sem sair de casa, O viajante esconjura o passado E imagina o futuro.
O sábio, zeloso de seu destino, Viaja silenciosamente Para uma dimensão atemporal. Luz vermelha, dourada.
Aqui ocorre a união. É o que purifica. É aqui que o viajante se torna o sábio.
Pai e filho, União de silêncio Isso é Yoga.
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Conexão
Avyakt. Palavra antiga. O não manifesto. Eterno, luz e incorpóreo, Estas são as três formas de Deus.
E a alma não é manifesta. Ela é eterna, é luz, é incorpórea. Permaneça nessa consciência, E a conexão será possível.
Esta é a terceira chave da iluminação.
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Relacionamento
Você incorpóreo, Com seu Pai incorpóreo. Relacionamento.
Quando o viajante está em terras distantes, Ele aprende uma nova língua. Aquele que não aprende a língua Não conhece o povo.
No silêncio mais profundo, o viajante aprende A linguagem de Deus.
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Veja em Silêncio
Apenas por um momento, Bem aí, onde você está, Deixe os seus pensamentos entrarem em silêncio. Fique quieto.
Tudo o que é do mundo continua. Tudo é semente e nascimento, crescimento e morte. Tudo retorna ao seu início. O ponto de retorno é a quietude.
É imutável, é eterno. Ver essa eternidade é sabedoria. Ver essa eternidade libera a mente.
A mente livre traz compreensão. Compreendendo, você transcende todas as coisas. Transcendendo, você é o seu eu verdadeiro, O eu eterno.
O corpo morre, a alma jamais acabará.
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O Retorno Inicia
Muitos foram os papéis. Muitas foram as vidas. O viajante e a terra estão cansados.
A pureza manchada, a verdade esquecida, O caos impera no reino.
Mas o viajante parou para ouvir E ouviu a voz do tempo. Unindo sua mente ao Pai, O retorno se inicia.
Lembre-se de Deus e a pureza retornará. Lembre-se de Deus e poder será recuperado. Lembre-se de Deus e o mundo será recriado. Lembrar-se de Deus é yoga.
É muito simples. Apenas lembre-se de Deus
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A Lei
O viajante sábio caminha com cuidado E nada fere à sua passagem. Seu dar e o seu receber são iguais, E assim seu futuro não é prejudicado.
Mas o sábio vê mais além Que um futuro sem danos. Ele planta flores por onde caminha E dá mais do que recebe.
Pois a lei do carma é a quarta chave E por ter a chave, O sábio cria um bom lar E grande fortuna.
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Caminhe em Segurança
A caridade, a moral e a lei Mudam de país para país. A sabedoria e a tolice trocam de lugar a cada nascimento, Mudam com o tempo.
Sem falar a língua, O viajante infringe a lei.
O sábio apenas segue o que é verdade eterna. E ao encontrar as pegadas do guia perfeito, O viajante sábio põe nelas os seus pés.
O sábio caminha em segurança E a lei não é infringida.
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De Acordo com o Tempo
O Senhor do Tempo, Vendo tudo, Não pune ninguém. É o momento em si que contém justiça, E a justiça acontece de acordo com o tempo.
Mas o viajante, Ao ver sua safra destruída, Não vê o amanhã Nem lembra de ontem.
Suas histórias se ocultam No ciclo do tempo, Usando corpos desconhecidos E nomes que ele não se lembra.
Pois o viajante do tempo Leva consigo suas dívidas e seus dons Nascimento após nascimento, A justiça imparcial é sua por direito.
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O Mapa Não é a Jornada
Ter um mapa é sem dúvida uma vantagem, Mas qualquer um pode encontrá-lo Às vezes entre o nascimento e a morte. E entre o saber e o fazer Existe um mundo.
O mapa nada é sem a jornada, E a jornada pertence ao viajante. Portanto, o viajante sábio trilha seu caminho com cuidado, Pois Deus não é o responsável.
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Justiça
O sábio mantém o humor afável, A visão pura, O comportamento honrado, Pois tudo traz uma recompensa.
As crianças e os furacões, o arco-íris e a morte, São leis da natureza, leis do tempo, Atos do homem. E Deus não é responsável.
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O Primeiro Ato de Deus
O viajante ganha e o viajante perde, Vitória e derrota fazem parte dele. O mal e a opressão, A riqueza e o sucesso, Todos são merecidos, nenhum é dado. Porque Deus não é responsável.
A bondade eterna jamais pode ferir. O amor eterno não nos deixará ajoelhar A verdade eterna revela o caminho, Ele é o mestre e Ele é o guia. Por isso Ele é responsável.
E Ele ama você, ama você, ama você. Esse é o primeiro ato de Deus.
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Através do Próprio Tempo
A jornada é através do próprio tempo, Do nascimento à morte, e novamente o nascimento, A jornada que nunca se acaba. Do preto para o branco, Do homem para a mulher Sempre mudando de roupa.
E o tempo da terra corre em ciclos, Sempre girando, jamais terminando. Sem parar o tempo gira, Levando consigo O sábio e o viajante E até o Senhor do Tempo
O ciclo do tempo é a quinta chave E o viajante se torna sábio. O sábio honra tudo, E honrando tudo, Ele será honrado em todas as suas vidas.
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Uma Questão de Tempo
As vidas do viajante, E as vidas do sábio, Começam numa idade dourada. Quando a jornada é gentil, Desenrolando-se como seda. Quando o encontro é doce, E não há tristeza na despedida. Quando paz é a cor De cada uma das vidas, E alegria é tão natural Quanto o respirar. Mas o tempo gira o ciclo Como um mágico, Mudando ouro em prata, Cobre em ferro.
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O viajante perguntou sobre o tempo, E a resposta veio. Agora é a hora De grandes guerreiros, E as rodas de seus vagões Esmagam muitas coisas pequenas. Esta é a hora De apressar-se, A hora da confluência Do Ferro e Ouro, Quando o ciclo gira, Começando novamente.
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No Momento Certo
Continuando sua jornada, O viajante para em sua velha aldeia. Aceitando congratulações, Ele ouve os conselhos E espera pela primavera.
Embora a chuva molhe a estrada E o inverno esteja a caminho, O sábio parte imediatamente. Sua antiga aldeia esquecida, Ele a leva em seu coração.
A jornada e o tempo Estão ligados. A ação separa no momento certo O viajante do sábio.
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A Jornada À medida que caminha, o viajante Depara-se com outros viajantes, Seguindo na mesma direção.
Um deles, ao lado da estrada, Desenha círculos na areia E canta um nome estranho.
“Este é o caminho”, diz o estranho, “Pare e cante comigo.” Mas o viajante seguiu adiante.
Então veio um homem santo Que não comia há muitas semanas. Com a vasilha vazia, Ele esperava uma visão.
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“Espere comigo”, disse o homem santo, Mas, sabendo que as visões são passageiras, O viajante seguiu adiante.
“Vejam!” disse um sadhu, Que flutuava no ar. Outros juntando-se admirados. “Por quanto tempo você ficou aprendendo?”, perguntou o viajante. “Com penitência e jejum, Dez anos”, disse o sadhu.
Mas levitar nunca foi a meta Do viajante. E inclinando a cabeça, Ele seguiu adiante.
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Encruzilhadas
Vozes chamaram pelo viajante Orando e cantando, Exortando e entoando mantras, Oferecendo-se para ensinar a magia, Prometendo torná-lo grande.
“O templo tem mil degraus”, Disse uma voz. “Escale-os de joelhos. Há iluminação No caminho do sofrimento.”
“Caminhe entre os pobres”, Disse outra voz “Trate as feridas e alimente os que têm fome, Pois o caminho da caridade Traz satisfação.”
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“Caminhe pela floresta”, Disse o sanyassi “Deixe esposa e filhos. Fique longe das pessoas E a tentação não atrapalhará seu caminho. O caminho do isolamento traz a realização.”
Diante das encruzilhadas, O viajante pensou com cuidado No tempo que lhe foi dado.
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Tempo de Decisão
Ouviram-se trovões pelo caminho. Pois a pressa trouxe consigo; Tempestades e arco-íris, Pedras e flores, Sábios e tolos.
Já era tarde E o céu escurecia, E temeroso de desperdiçar seus dias O viajante esperou em silêncio, Que o Senhor do Tempo falasse.
E a voz veio.
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“Esta é a hora, de você se transformar num diamante. Esta é a hora da confluência. É a hora da mais alta peregrinação. Somente um caminho o levará.
Reconhecer a hora certa é a sexta chave.
Permaneça em seu lar. Permaneça com seu povo. Enquanto ouvir as vozes E enxergar os caminhos, Agarre-se à sexta chave.
O caminho que você deve tomar É o caminho da lembrança, O caminho entre mim e você. É a última peregrinação, E a mais importante.”
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Vigilante
As satisfações do corpo causam sono. O viajante se esquece da jornada. As ervas daninhas cobrem o caminho enquanto ele dorme. Quando finalmente desperta, ele encontra o caminho escondido.
Esplendor para os olhos, Como invólucros magníficos, Eternamente alimentam o desejo. Acúmulo e lucro São muito pesados para se carregar.
As satisfações do corpo E o esplendor para os olhos, O acúmulo e o lucro São roubados ou se quebram ou são deixados pelo caminho.
Portanto, o viajante sábio dorme vigilante. E viaja leve.
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Os Oito Poderes
O poder sobre os outros é força. O poder sobre o eu é sabedoria. Portanto, o viajante escolhe com cuidado E considera tudo à luz Do Senhor da Luz.
O primeiro poder é focar, Empacotar o que passou E deixar de lado o que está para vir. Assim o sábio recupera o controle de sua mente.
No fundo da consciência da alma, O sábio enterra as raízes da mente. Como uma árvore que pode curvar-se ao vento, O sábio a tudo tolera E permanece inabalável. Este é o segundo poder.
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Nenhuma porta é fechada pelo Senhor do Amor. Seguindo o Mestre, O sábio acomoda as diferenças, Sem permitir que façam diferença. Este é o terceiro poder.
Truques e ilusões estão por toda parte, Um dilúvio de palavras que pode inundar o caminho. O sábio discrimina, Encontrando o diamante Entre os falsificados. E o quarto poder é dele.
Vendo suas próprias ações Com tanta clareza quanto vê seus irmãos, O sábio nunca deixa o desejo Influenciar a decisão. O julgamento preciso. É o quinto poder.
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Até o viajante sábio é cercado de obstáculos. O sábio enfrenta as pedras na estrada E a fraqueza interna Com a mesma coragem. Enfrentar com coragem É o sexto poder.
Formando alianças, O sábio ajuda seus companheiros. Dois podem fazer o que um não pode. Cooperando em todas as coisas, Ele honra os companheiros. Cooperar é o sétimo poder.
Quando a insensatez impera, os ladrões governam, O sábio, ileso, recolhe-se. Recolher-se sem nenhuma culpa é sabedoria. Este é o oitavo grande poder.
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Surge Um Buscador
O buscador, Ao ouvir no mercado Sobre o viajante, Veio vê-lo.
Dando ao buscador alojamento E enchendo sua vasilha, O viajante contou Sobre o mapa E as chaves E o Senhor da Luz.
Despertando pela manhã, O buscador encontrou-se só, Mas sua vasilha estava cheia E o mapa do viajante Estava em sua mão.
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O Viajante Torna-se Sábio
À luz da manhã O viajante colhe maçãs silvestres E pensa nas seis chaves. Onde estava a fechadura para destrancar? Onde estava a porta para abrir?
E o Senhor da Luz sussurrou, “A fechadura é a da sua mente A porta é a do futuro. Ambas se abriram amplamente.
Você deu seu mapa ao buscador No ato de dar está a sétima chave. Assim o viajante torna-se o sábio.”
E o Senhor da Luz sorriu.
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E Deus Fala - I Meu amor por meus filhos é igual. Cada um tem a mesma chance. Você pode ser a Minha mão direita Na regeneração do mundo. Tudo é possível Quando você Me conhece como Sou.
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E Deus Fala - II
Deixe que o conhecimento por Mim ensinado Seja uma das suas asas. Yoga comigo serå a outra. Esta Ê a verdade oculta Em todas as lembranças dos anjos. Venha a mim em yoga e renove o seu poder Oh, alma, filha minha.
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E Deus Fala - III
Deixe que o amor pelo Pai lhe dê O poder para mudar. Deixe que o amor do Pai Lhe dê coragem. Aprenda novamente as qualidades Que transformam o mundo no paraíso.
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As Chaves
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A primeira chave A luz entre os olhos
A primeira chave é saber quem você é. Tentar a jornada sem isto é como começar a jornada com um mapa errado. Este é o conhecimento básico das chaves e o mais essencial: saber que você é uma centelha eterna de energia pura e que vive invisivelmente entre os dois olhos de seu corpo. Saber que você não é e nunca foi um corpo com alma. Mas uma alma com corpo. Dentre tudo o que há para entender, esta é a que menos se compreende. Você experimenta a vida através de seu corpo – mas não é o seu corpo. Esta chave você deve compreender repetidas vezes. Entender que se é uma alma é fácil. Conhecê-la leva tempo.
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A segunda chave O ponto alfa
chave.
O reconhecimento da Alma Suprema é a segunda Ele é seu Pai e você é filho Dele. Ele é sua Mãe e você é filho Dele. Dele, o Pai, você reivindica seu direito nato espiritual. Dele, a Mãe, você reivindica Seu coração. Ele é conhecido por muitos nomes, mas é apenas Um. Sua forma é uma centelha infinitesimal de luz. Ele é o Oceano de Virtude. É o Oceano de Poder. É a única alma eternamente pura. O amor que Ele tem por você é constante, eterno e incondicional. Ele nunca o abandona. Abra sua mente e você O encontrará.
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A terceira chave A união silenciosa
A terceira chave traz poder espiritual, mas não pode ser usada sozinha. É preciso usar as duas primeiras chaves para que a terceira funcione. Primeiro, mude a sua consciência ou a porta desta união ficará fechada, porque só a alma pode embarcar nessa viagem, o corpo jamais. Sente-se em meditação e guarde mentalmente as duas primeiras chaves. Use-as bem e você fará uma viagem com a mente a um lugar de quietude e de luz. Ele está lá. A união com a entidade mais pura e elevada é a terceira chave.
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A quarta chave A justiça do carma
Carma significa ação. Não tem em si nenhum julgamento de valor. Diz a lei que, boa ou má, toda ação tem seu retorno – se não neste, nos nascimentos futuros. Abraçar essa verdade é a quarta chave. Não podemos ver sempre justiça quando olhamos para um único nascimento, porque a lei do carma age em todas as vidas da alma. A ação e seu retorno podem não vir sempre juntos, mas a lei é sempre, e o tempo todo, justa e absoluta. A lei não favorece ninguém e seu funcionamento é automático. Você é responsável por todas as suas vidas. A cada ação você está criando seu próprio destino.
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A quinta chave O ciclo que nunca termina
O tempo se movimenta em ciclos. A própria eternidade pode ser medida num ciclo de tempo que se repete eternamente. Este conceito muito antigo muda nosso entendimento. O tempo a que nos referimos como ‘o início’ é a perfeição, mas quando viajamos no tempo, ficamos presos à consciência física. Quando deixamos de nos compreender como eternos, o medo nasce. Por causa desse medo começamos a desobedecer às leis universais. Agora, esse tempo de perfeição só é lembrado vagamente nos mitos e nas fábulas, mas este inverno do mundo não é uma noite sem fim, estendendo-se em direção ao futuro. Pois o que pensávamos ser uma linha reta, é um círculo, que faz o mundo girar para frente, em direção ao seu início. Conhecer o ciclo interminável do tempo é a quinta chave.
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A sexta chave Reconhecendo o tempo
Este é um tempo de virtude gloriosa, autossacrifício e abnegação. Este é um tempo de vícios obscuros, sede de poder e descuidos do coração. Há maravilhas e horrores, há sabedoria e há tolice. Independentemente da história que estamos vivendo, cada um de nós vive dentro de uma caixa invisível, entre paredes que conhecemos, erguidas com preconceito, egocentrismo e medo. Mas essa hora escura e confusa é o nosso maior desafio e o seu valor é muito maior do que se pode imaginar. Agora, o chamado vem da Verdade mais pura e elevada. Que não abafa a voz do tempo. É quieto e sutil, e devemos usar o nosso discernimento para ouvi-lo em meio ao barulho. Reconhecer o tempo, os presságios de sua vida, e saber que agora é a sua peregrinação mais importante, é a sexta chave.
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A sétima chave A porta para o futuro
As chaves são suas. Para você, a porta dos tesouros está destravada e bem aberta. Mas há uma última chave e, sem ela, a porta final não se abrirá. Esta é a época de maiores mudanças e os buscadores estão por toda parte, sob muitos disfarces. Ofereça o mapa e o que você conhece. Não escolha quem é digno de receber o presente. Esse não é seu trabalho. Ofereça de graça o que lhe foi dado, e aqueles que receberem os presentes os levarão embora. A sétima chave abre a porta para o futuro. E quando você abrir a mão para dar, encontrará a chave lá, na palma de sua mão.
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Veja no YouTube, na página da Brahma Kumaris os vídeos sobre o livro:
Parte 1 http://www.youtube.com/watch?v=ivM7weeQBzI Parte 2 http://www.youtube.com/watch?v=bFI2xieUhOw
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Sobre a autora Barbara Bossert Ramsay Nascida nos Estados Unidos da América, a vida profissional de Barbara Bossert começou no teatro, tanto no circuito oficial quanto alternativo, por muitos anos. Mudando-se para a Austrália em meados dos anos 1960, ela continuou sua carreira de sucesso no teatro e na televisão. Quando por fim inaugurou seu próprio teatro restaurante, acrescentou a escrita à sua vida e tornou-se colunista semanal dos principais jornais da Austrália, escrevendo sobre peças e musicais. Escrever e representar eram a sua vida, até iniciar o estudo e a exploração das coisas do espírito. Cursando a Universidade Espiritual Mundial Brahma Kumaris desde o início dos anos 1980, ela faz frequentes referências ao que lá aprende como sua “passagem para o Divino”. Sua peça visionária, The accidental mystic (O místico acidental), estreou em 1992 no festival de Edimburgo. Desde então permaneceu em longas temporadas na Austrália, em Londres, em Nova York e na Índia. Seu livro, Finding the magic (Encontro com o mágico), embora seja escrito para crianças, também continua sendo um foco central de programas de desenvolvimento humano, tanto na Austrália quanto em outros países. Traveller, the seven keys of enlightment (Viajante, as sete chaves da Iluminação) está sendo editado em muitos países do mundo como parte integrante dos programas de paz e consciência superior. Vem daquilo a que ela se refere como “o coração do mistério”. Barbara mora em Melbourne, na Austrália. 69
Conheça outras obras da Editora
Cds e livros SOL E LUA LUZES DA MEDITAÇÃO LUCIANA M. S. FERRAZ O Cd Sol & Lua, é um presente aos ouvidos e ao coração. A cada faixa, o ouvinte é convidado a criar pensamentos e sentimentos elevados sobre as qualidades masculinas e femininas do ser. Através de meditações orientadas, vão se associando princípios da energia masculina ao Sol e da energia feminina à Lua, buscando despertar a consciência de que os opostos podem conviver em harmonia.
VIAGEM INTERIOR LUCIANA M. S. FERRAZ Através de orientações suaves, o ouvinte faz um mergulho no seu interior. Uma viagem repleta de descobertas. Um passeio alegre, tocante, sensível e rico pelo mundo das emoções e sentimentos de cada um.
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BARALHO: OITO PODERES DA ALMA “DESCUBRA O SEU VERDADEIRO PODER” Poder espiritual refere-se à autoridade sobre si e não sobre os outros. É o manancial de onde brotam seus sentimentos e atitudes mais elevados, através de um mergulho profundo, podemos acessar essa fonte de poder que todo ser carrega dentro de si e encontrar novas respostas para os desafios da vida. Os poderes da alma são como ferramentas espirituais eficazes para enfrentar situações inevitáveis e problemas que precisam ser solucionados. Eles dão a orientação de como preparar sua atitude mental para agir em cada situação. Este é um guia simples, um caminho fácil para acessar as dimensões dessa fonte e resgatar a sua autossoberania. Retire uma carta diariamente para inspirar o poder que deverá usar durante todo o dia ou para uma situação específica; um mundo repleto de atitudes positivas se abrirá diante de você. Os poderes da alma é o seu verdadeiro poder.
MISSÃO DE AMOR A JORNADA DE UM MÉDICO E SEUS PACIENTES POR UM CAMINHO DE LIBERTAÇÃO E LUZ ROGER COLE Quando um profissional decide despir-se das vestes que o compõe, sobretudo quando um médico opta por trocar seu jaleco e vestir o traje de um ser humano comum, muitas são as transformações à vista. Missão de amor é uma obra escrita por um profissional da medicina que, tendo realizado suas metas profissionais, vê-se diante de si mesmo, questionando sua postura frente a seus pacientes e aos familiares desses.
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Mais que um médico, Roger Cole usa de seu talento com as palavras para expor sua experiência diante de pacientes terminais e, aplicando seus conhecimentos de Raja Yoga, propõe um melhor entendimento dos aspectos relacionados à morte, à vida e ao alívio encontrado pelas almas quando essas se libertam do corpo. Leitura obrigatória para aqueles que, com amor e resignação, optam por transformar uma situação que poderia ser dolorosa, em uma experiência libertadora. Auxiliado por exercícios de meditação, o leitor encontrará meios que o faça adquirir o entendimento e a aceitação necessários para se compreender a vida após a morte. Páginas: 258 Gênero: Autoajuda Edição: 2ª ISBN: 978-85-86448-26-5
O PRESENTE DA PAZ ENRIQUE SIMÓ Quem Quer que sejamos, nós precisamos do poder da paz. Este livro é uma coleção de pensamentos de paz para uso diário, tais como: “Pergunte a si mesmo... O que é mais importante em minha vida? Mantenha isto diante de você e descobrirá que a maioria das outras coisas se resolverá por si só”. Páginas: 106 Gênero: Vida espiritual Edição: 2ª ISBN: 978-85-86448-43-0
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A ÚLTIMA FRONTEIRA UMA VIAGEM PELA CONSCIÊNCIA HUMANA KEN O’DONNELL A partir de seu próprio despertar, o autor apresenta nesse livro circunstâncias que fazem parte de nosso cotidiano, sejam elas agradáveis ou não, e também os meios pelos quais podemos mudar esses acontecimentos, tirando proveito dessas situações. De sua busca pessoal por respostas, O’Donnell relata sua experiência enquanto praticante de Raja Yoga, uma das mais antigas formas de praticar a meditação, cujo intuito é levar o indivíduo à autocompreensão e ao autoempoderamento. Não se calcando em uma experiência religiosa ou mística, o livro pretende colocar o leitor diante de sua espiritualidade. Também são propostos exercícios de meditação, que podem ser praticados em um ambiente tranquilo e isolado, ou mesmo enquanto se desenvolvem as mais corriqueiras atividades, como caminhar, por exemplo. Acompanha um CD de meditação orientada. Páginas: 176 Edição: 13ª ISBN: 978-85-8644824-9
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