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ao volante Volvo XC40 PHEV

VOLVO XC40 PHEV Combinação vencedora

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O futuro do automóvel vai ser elétrico. Mas se hoje essa previsão faz unanimidade, a Volvo foi – justiça seja feita – o primeiro construtor tradicional a assumir um compromisso total com a eletrifi cação, apostando em lançar nos próximos 5 anos uma gama de automóveis totalmente elétricos, em linha com a sua ambição de que estes venham a representar 50% das suas vendas globais até 2025, sendo a quota restante preenchida por híbridos; já hoje, todos os modelos da gama têm uma versão eletrifi cada, e a Volvo é mesmo o único fabricante a oferecer uma variante plug-in em todos os seus modelos.

Dentro dessa gama atual, a importância do XC40 fi ca novamente demonstrada pelo facto do modelo escolhido pela marca sueca como seu primeiro automóvel 100% elétrico ser a variante zero emissões deste SUV compacto: a produção do novo XC40 P8 Recharge a bateria elétrica já arrancou e as primeiras unidades deverão chegar ao mercado em janeiro. Um lançamento que irá permitir à Volvo dar início à sua oferta de mobilidade zero emissões, mas também completar o ciclo de eletrifi cação desse modelo, uma vez que o XC40 está já disponível, além dos motores a gasolina, em variantes de motorização semi-híbrida e híbrida plug-in.

Com esta última, XC40 T5 Recharge, a merecer grande destaque, não só por ajudar a marca a cumprir mais efi cientemente (do que as variantes semi-híbridas) o desígnio de reduzir consumos e emissões, como também por estar no “top” dos modelos PHEV mais populares no mercado português, ocupando mesmo a liderança nas vendas de SUV híbridos recarregáveis.

E um ensaio prático com este modelo ajudou a perceber o porquê desse sucesso comercial...

A motorização T5 Twin Engine FWD Recharge – a única variante híbrida plug-in disponível na gama nacional do XC40 – combina um propulsor turbo a gasolina de três cilindros e 1,5 litros, de 180 cv de potência, com um motor elétrico de 60 kW: o resultado é uma potência total de 262 cv, controlada através de um sistema de transmissão com caixa de dupla embraiagem. As prestações e o comportamento do carro benefi ciam, claro está, deste nível de força, fazendo toda a diferença em relação às outras motorizações do catálogo XC40 na altura de acelerar ou em recuperação; ainda assim, mesmo com mais de 250 cavalos à disposição, a entrega de potência é marcada pela suavidade e progressividade, algo que já não é tanto verdade noutros modelos do género. Apesar das dimensões compactas, a colocação estudada do sistema de baterias no túnel central deste automóvel construído com base na plataforma modular CMA não retira capacidade à bagageira face às outras versões do XC40. Já a habitabilidade, nomeadamente ao nível dos bancos traseiros, não é a do “irmão” maior XC90, mas também ninguém estava à espera disso. De conforto é que sim, e aí não desilude nada, confi rmando-se a esperada sensação de “luxo sóbrio” tão característica dos produtos da marca

sueca: a qualidade é excelente, com grande destaque para a ergonomia e para os materiais, com o equipamento mais ou menos diferenciado em função da versão escolhida (incluindo o estilo R-Design, este mais desportivo), também em combinações de diferentes designs de exterior que ajudam a marcar ainda mais a elegância e a personalidade do mais compacto dos SUV Volvo. Luxo prático e atualizado bem presente também na oferta a bordo deste XC40 híbrido plug-in no que toca a infoentretenimento e serviços de conectividade, bem como a sistemas de segurança (ou não se tratasse de um Volvo...). Em termos de condução, os vários modos selecionáveis permitem adaptar a utilização do XC40 T5 Recharge a cada situação, sempre com o sistema apto a fazer a gestão automática dos dois motores – combustão e elétrico – para otimizar efi ciência e performance. Incluindo a opção que recorre unicamente ao motor elétrico (modo “Pure”), indicada obviamente mais para ambiente urbano: neste caso, os 10,7 kWh de capacidade da bateria garantem uma autonomia máxima anunciada até 46 km em ciclo WLTP, um valor razoável para se poder conduzir em modo zero emissões nos percursos citadinos típicos. O fabricante anuncia também um consumo combinado entre 2 e 2,5 litros por cada 100 km. É verdade que não conseguimos lá chegar no ensaio dinâmico ao modelo, mas também é um facto que conduzimos mais em estrada aberta do que dentro da cidade, e que esta grandeza de valor é medida sob determinadas condições, que não são aquelas que a esmagadora maioria dos utilizadores encontra no seu dia a dia, na prática, ao volante de um carro híbrido recarregável. Ainda assim, qualquer que seja a utilização escolhida para esta variante plug-in do XC40 a conclusão fi nal só pode ser uma... Tudo isso somado, parece estar (facilmente) explicado o porquê do XC40 T5 Recharge ser hoje – apesar do seu preço de venda ao público estar longe de ser o mais acessível – um dos modelos plug-in mais vendidos no mercado português e até, no segmento dos cobiçados SUV, o modelo que regista mais matrículas: juntando aos argumentos típicos da marca sueca – como a imagem de marca, a qualidade de construção, a robustez e o equipamento “premium” completo – e à beleza sóbria das suas linhas compactas o apelo do cada vez mais popular conceito SUV bem como os benefícios ambientais e fi scais (sobretudo para empresas, a começar pelo preço a partir de 35 mil euros + IVA) da motorização PHEV, a versão híbrida plug-in do Volvo XC40 é bem o que se pode chamar uma combinação vencedora... 

A motorização T5 Twin Engine Recharge combina propulsor turbo 1,5l a gasolina A motorização T5 Twin Engine Recharge combina propulsor turbo 1,5l a gasolina com motor elétrico de 60 kW: o resultado é uma potência total de 262 cv. com motor elétrico de 60 kW: o resultado é uma potência total de 262 cv.

FICHA TÉCNICA Motor híbrido, gasolina 1,5 l turbo + elétrico 60 kW Bateria iões de lítio, 10,7 kWh Potência 262 cv (total combinado) Binário 425 Nm Tração FWD Transmissão caixa Geartronic, 7 veloc. Suspensão McPherson à frente, multibraços atrás Comprimento 4425 mm Largura 1863 mm Altura 1652 mm Distância entre eixos 2702 mm Peso 1871 kg Consumo 2,0-2,4 kWh/100 km (anunciado) Acel. 0-100 km/h 7,3 segundos Velocidade máx. 205 km/h Emissões CO2 46-55 g/km Autonomia 46 km (anunciada)

PREÇO desde 46.588€

“A aprovação do fim dos incentivos fiscais aos veículos híbridos é uma medida de extrema gravidade. Isto porque a mesma vai contra tudo o que vem sendo a política de descarbonização na União Europeia e compromete as metas de redução a que o setor automóvel está obrigado”

ACAP – Associação Automóvel de Portugal

“A chegada dos modelos elétricos constitui a maior mudança na história da indústria automóvel. Pela primeira vez, em mais de um século, os automóveis são capazes de se mover sem o recurso a motorizações diesel ou a gasolina. No seu lugar, têm baterias colocadas em locais estratégicos que alteram profundamente a forma como são construídos”

Volvo Cars

“Se pudermos continuar a mostrar que os motores diesel modernos, mesmo que um pouco mais caros, vão ao encontro dos requisitos ambientais, eles merecem uma hipótese de sobrevivência. Além disso, não devemos limitar a evolução em termos tecnológicos: a eletromobilidade é importante, mas não é uma tecnologia universal”

Christian Schultze Diretor de Desenvolvimento Tecnológico, Centro Europeu de Pesquisa e Desenvolvimento – Mazda

“Em 2024 a eletrificação da gama Opel será total. Estamos em condições de cumprir com esta promessa”

Ricardo Moreira Carline & Product Manager – Opel Portugal (na apresentação do novo Opel Mokka)

“Com esta medida, os portugueses vão pagar mais por optarem por carros amigos do ambiente”

Sérgio Ribeiro CEO & Executive Board Member – Hyundai Portugal (em comunicado contra a limitação aos incentivos fiscais para viaturas híbridas e híbridas plug-in)

“Penso que é a realidade com a qual iremos ser confrontados: nem todos os construtores automóveis vão sobreviver à aceleração da transição ecológica”

Carlos Tavares Presidente do Conselho de Administração – Groupe PSA (em entrevista ao canal económico francês BFM Business)

“A mudança para veículos elétricos em mercados emergentes vai pôr fi m à era do petróleo”

Carbon Tracker Initiative (grupo de refl exão fi nanceira sem fi ns lucrativos que tem por objetivo alinhar os mercados de capitais com os riscos das alterações climáticas) “Ficam o Fundo Ambiental e a Mobi.E, S.A. autorizados a efetuar a repartição de encargos relativos ao reforço da rede nacional de carregamento de veículos elétricos, com principal enfoque na rapidez do carregamento, através da expansão da rede pública de mobilidade elétrica e do desenvolvimento de uma Plataforma de Gestão da Rede e do Portal da Mobilidade Elétrica”

Portaria n.º 553/2020 – Diário da República

“A sustentabilidade ambiental associada à mobilidade elétrica só será uma realidade se os carros elétricos se massifi carem cada vez mais”

João Seabra Diretor-geral – Kia Portugal

“Hoje, as baterias estão já omnipresentes nos nossos telefones, computadores portáteis e carros, mas o crescimento do mercado dos veículos elétricos e do armazenamento estacionário de eletricidade vai torná-las ainda mais importantes no futuro”

Agência Internacional de Energia (relatório ‘Innovation in batteries and electricity storage’)

“Através da Fórmula-E, fi quei cada vez mais apaixonado pela ação climática e pela ação em prol do ambiente e pensei que podíamos fazer mais com o automobilismo. (...) Achei que o desporto podia desempenhar um papel e ajudar as pessoas a entender o que está a acontecer no planeta”

Alejandro Agag Empresário, criador dos campeonatos Fórmula-E e Extreme-E (em entrevista ao Euronews)

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