JANEIRO
‘13
035
PORTO: Uma centena de novas ruas.
RUAS, ESPAÇOS PÚBLICOS, MOBILIDADE E ACESSIBILIDADES. A evolução desta década. [pág.06] CONTAS À MODA DO PORTO Rigor e equilíbrio nas finanças da CMP. [pág.14] CÂMARA DO PORTO baixa preço da água em 2013. [pág.18]
Provedoria Municipal dos Cidadãos com Deficiência
Superar os obstáculos, rumo à plena cidadania.
A Provedoria do Cidadão com Deficiência é um órgão municipal, independente, que tem por funções a garantia da plena cidadania em todas as áreas sociais, defesa na criação de acessibilidade e mobilidade para todos e mediação institucional sobre direitos e benefícios dos Cidadãos com Deficiência. Consulte-nos junto da Provedoria Municipal dos Cidadãos com Deficiência - Gabinete do Munícipe da Câmara Municipal do Porto.
www.cm-porto.pt | Tel: 222 097 138 | fax: 222 097 001 | Email: provedor.cd@cm-porto.pt
EDITORIAL
003
Num país civilizado este editorial não podia ser verdade.
LAMENTAVELMENTE, TAMBÉM TIVEMOS TODOS DE TOMAR CONHECIMENTO QUE O PROGRAMA DA RTP, “PRAÇA DA ALEGRIA”, QUE TEM UMA VASTA AUDIÊNCIA E QUE SEMPRE SE REALIZOU A PARTIR DOS ESTÚDIOS DO PORTO, IRÁ SER – TAMBÉM ELE DESLOCALIZADO PARA LISBOA. Cara/o Portuense:
O
Instituto para a Habitação e Reabilitação
fazer para 2012 e 2013. Até hoje, o mesmo
localizado para Lisboa. É inverosímil! Como é
instituto, ainda não conseguiu autorização
possível, Portugal ter chegado a isto? Como é
governamental para o assinar. Entretanto, os
possível, a incapacidade, a falta de visão polí-
Urbana (IHRU) é um instituto público tutelado
órgãos sociais da Porto Vivo terminaram o seu
tica e, fundamentalmente, a falta de respeito,
pelo Governo com o objetivo de promover a
mandato em Dezembro … de 2011. Estamos
ter chegado a um ponto tal, que tudo isto
habitação e a reabilitação urbana em Portugal.
em 2013, e … e nada!
que aqui narrei (e muito mais!) esteja aconte-
No que ao Porto concerne, é suposto apoiar
No âmbito da privatização da ANA, a Junta
cer ao mesmo tempo.
a reabilitação da habitação social, da Baixa e
Metropolitana procurou salvaguardar o de-
Só numa sociedade subdesenvolvida, é possí-
do seu Centro Histórico.
senvolvimento futuro do Aeroporto do Por-
vel assumir, há tantos anos e com tanto des-
A reabilitação dos bairros foi protocolada
to, que, de forma contranatura, o Governo
caramento, que o seu modelo de “desenvolvi-
com a Câmara, mas, a meio da vigência do
pretende que seja explorado num quadro de
mento” passa por considerar o seu todo como
acordo, o IHRU avisou que não o ia cumprir.
monopólio privado. Analisado o contrato em
uma mera periferia da sua capital. Temos uma
Avisou, que nem sequer ia pagar a parte que
questão, constata-se que apenas lá foram ins-
elite parola (ou saloia, se preferirem) que não
lhe cabia nas obras já em curso. Para o mesmo
critas umas normas vagas e facultativas que o
consegue ver para lá do que passa à sua porta
efeito, a Câmara tinha também contratado,
futuro dono da ANA apenas assumirá se assim
e que, como consequência dessa limitação,
através do mesmo IHRU, um empréstimo ban-
o entender. Ou seja, ninguém poderá hoje
prossegue com o afunilamento de Portugal,
cário. As obras avançaram e a autarquia co-
dizer, com segurança, o que será o Aeroporto
transformando-o, cada vez mais, num subúr-
meçou a solicitar a entrega das tranches. Só
do Porto daqui por 10 ou 15 anos e que ser-
bio da capital; ela que, assim, também a nada
que o instituto governamental não responde,
viço estará, esta importantíssima infraestru-
mais poderá aspirar do que a ser um subúrbio
nem entrega o que está contratado.
tura, em condições de prestar à Região Norte
do mundo.
No quadro da reabilitação da Baixa, o tal
de Portugal.
IHRU deve à Porto Vivo, SRU, cerca de 2,4
Lamentavelmente, também tivemos todos de
milhões de euros há quase dois anos e, pura e
tomar conhecimento que o programa da RTP,
simplesmente, não paga o que deve. Também
“Praça da Alegria”, que tem uma vasta au-
nesse quadro, impõe-se assinar um contra-
diência e que sempre se realizou a partir dos
to programa que, em Março, foi assumido
estúdios do Porto, irá ser – também ele - des-
Ficha Técnica | Porto Sempre nº 35 | janeiro 2013
Paulo Neves, Milene Câmara, Raquel Espinheira Fotografia: Rui de Meireles Edição e Propriedade: Câmara Municipal do Porto Praça General Humberto Delgado 4049-001 Porto imprensa@cm-porto.pt | www.cm-porto.pt Design e Composição Gráfica: B+ Comunicação
Direção: Rui Rio Coordenação Editorial: Florbela Guedes Coordenação Redatorial: Gabinete de Comunicação e Promoção da Câmara Municipal do Porto Redação: Anibal Sacramento, Hugo Silva,
Um abraço do
Impressão: Multiponto, S.A. Publicidade: Gabinete de Comunicação e Promoção da Câmara Municipal do Porto Depósito Legal: 198544/ 03 Tiragem: 135.000 exemplares Periodicidade: trimestral
SUMÁRIO
004 006
024
DESTAQUE PORTO CRESCE ENTRE 2002 E 2012. FORAM ABERTAS CERCA DE UMA CENTENA DE NOVAS RUAS NO PORTO
ATUALIDADE Lia Ferreira é a nova provedora dos cidadãos com deficiência.
025
Em 10 anos a malha urbana sofreu variadíssimas intervenções das quais resultaram mais-valias a vários níveis.
014 DESTAQUE Porto, cidade de boas contas. Rigor e equilíbrio nas finanças da CMP.
ATUALIDADE Porto Acolhe. A cidade recebe milhares de estudantes.
020 ATUALIDADE Porto Vivo, SRU: Governo não paga há 2 anos.
ATUALIDADE “Ultimato” é o novo livro de Rui Moreira.
028
DESTAQUE IMI menos pesado para os portuenses
ATUALIDADE CMP baixa o preço da água em 2013. Boa gestão viabilizou medida.
019 ATUALIDADE Bairro do Lagarteiro com reabilitação afetada pelo incumprimento do IHRU
ATUALIDADE Prémio Carreira da FEP atribuído a Rui Rio.
027
017
018
026
022 ATUALIDADE Programa “Aconchego” reconhecido de novo como projeto de excelência.
023 ATUALIDADE Porto é o “melhor Município para estudar”.
GRANDE ENTREVISTA Azeredo Lopes Docente universitário e ex-Presidente da ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social
SUMÁRIO
005 032 área metropolitana do porto Junta Metropolitana do Porto descontente com o processo de privatização da ANA.
036 reabilitação Mercado Bom Sucesso abre portas em abril.
038 reabilitação Praça de Lisboa aberta ao público.
039 reabilitação Os 250 anos da Torre dos Clérigos.
045 COESÃO SOCIAL CMP promove hortas urbanas no centro juvenil de Campanhã.
048 INOVAÇÃO Porto Cidade de Ciência. 1º Congresso Ciência, Empreendedorismo e Empregabilidade.
050 ECOCIDADE Brigada anti-grafito já está no terreno.
054 TURISMO Setor do turismo com indicadores positivos no Porto.
058 TURISMO Oportonity city. A marca oficial da cidade.
064 CULTURA O arranque do ano no Teatro Campo Alegre.
066 ANIMAÇÃO 1ª Avenida. Todos os caminhos vão dar aos Aliados.
068 OPINIÃO 2013. Ano Europeu dos Cidadãos.
070 SALA DE VISITAS
072 PERGUNTA A QUEM PASSA
073 RUAS DA CIDADE Rua da Galeria de Paris.
061 042 EDUCAÇÃO Melhores alunos do Concelho distinguidos
CULTURA Serões da Bonjóia assinala 90º aniversário de Agustina Bessa-Luís.
074 DE A A Z Nuno Botelho. Diretor Executivo da ACP e Diretor da Essência do Vinho.
DEstaque
006 001
DE 2002 a
2012
FORAM ABERTAS CERCA DE UMA CENTENA
DE NOVAS RUAS NO PORTO De 2002 a 2012, a malha urbana da cidade sofreu variadíssimas intervenções das quais resultaram cerca de uma centena de ruas, avenidas, rotundas e espaços públicos que contribuíram para a sua reurbanização, melhorando nalguns casos a circulação automóvel e ligando zonas da cidade que se encontravam desencontradas e, durante muitos anos, votadas ao abandono.
Mesmo com um grande esforço de memória não será, por certo, muito fácil aos portuenses, ou a quem se desloca com frequência ao Porto, recuperarem com nitidez a imagem da fisionomia da cidade de há 10 ou 12 anos a esta parte e de quanto ela mudou ao longo de uma década, em termos da criação de novos arruamentos e acessibilidades. Entre 2002 e 2012, foi construída quase uma centena de novas artérias e espaços públicos, quer através da intervenção direta da autarquia, quer através de obras públicas efetuadas nomeadamente pela Metro do Porto e agentes privados, no âmbito do ordenamento urbanístico. Das intervenções a que foi necessário proceder ao nível do subsolo por parte da Águas do Porto – substituição e renovação de infraestruturas – resultou a requalificação e valorização à superfície das zonas adjacentes, de acordo com regras bem definidas em termos de maior qualidade e profissionalismo.
sibilidades às Antas e ao Bessa, incluindo, neste caso, o Nó de Francos e o Viaduto das Andresas são igualmente casos ilustrativos, assim como a denominada artéria paralela à Avenida da Boavista (Avenida Mota Pinto). Com a construção da Via de Ligação ao Viaduto da Prelada, foi possível unir a zona do Carvalhido à Estrada da Circunvalação, dando assim, finalmente, utilização a um equipamento construído há mais de duas décadas sobre a VCI. Ficaram, desse modo, facilitados os acessos da Prelada à Circunvalação, e vice-versa, o que permitiu atenuar muito do fluxo do trânsito que atravessa as zonas do Viso e Monte dos Burgos.
Novos arruamentos - alguns exemplos representativos A mobilidade no Porto registou ganhos significativos com a abertura de novas ruas e acessibilidades, algumas das quais foram projetadas e tiveram obra lançada ainda antes de 2002. É, por exemplo, o caso da Rotunda e Alameda de Cartes e também da Avenida 25 de Abril, como elemento de ligação entre as praças das Flores e da Corujeira. Estas infraestruturas ao mesmo tempo que se afirmam como catalisadores do desenvolvimento daquela que tem sido uma das zonas mais desprotegidas da cidade – a Zona Oriental - contribuem para atenuar o efeito barreira da VCI e do caminho-de-ferro. Referência, também, naquela zona, para a criação do Nó das Areias. A abertura da rede viária estruturante do Bairro de S. João de Deus, a construção do parque de estacionamento subterrâneo no Castelo do Queijo e a conclusão das aces-
Túnel de Ceuta: uma “luz” ao fundo da polémica Apesar de todas as vicissitudes, já ninguém hoje questionará a sua utilidade, nomeadamente ao nível da fluidez do tráfego no sentido nascente-poente e da “libertação” dos quarteirões que à superfície se situam na sua área de influência. Nascido de uma enorme “cratera” aberta que perdurou, durante demasiado tempo, ao abandono e a céu aberto nas traseiras do Hospital de Santo António, o Túnel de Ceuta - entretanto rebatizado, toponimicamente, por Túnel dos Almadas - é uma
007 001
infraestrutura que, pela sua função, foi rapidamente assimilada pela cidade, incluindo o seu prolongamento até à Rua D. Manuel II. Se dúvidas ainda houvesse, está hoje provado que o prolongado “braço-de-ferro” que a CMP foi obrigada a travar com a então Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, foi a resposta a uma contenda de contornos político-partidários, da qual resultou um atraso de quase um ano provocado pelo embargo de uma obra, cuja polémica se revelou, por tudo quanto está à vista, completamente desnecessária.
Um trabalho articulado Todo esse trabalho tem vindo a ser desenvolvido em articulação com os diversos departamentos municipais. A Águas do Porto tem ocupado papel de destaque ao criar condições, através da sua intervenção, para a requalificação à superfície de muitas ruas da cidade. O objetivo dessa atuação integrada é o de evitar a duplicação de esforços e desperdício de recursos humanos e financeiros. Esta realidade tem-se traduzido na melhoria dos arranjos e repavimentações efetuadas e na preocupação de, tanto quanto possível, atenuar os impactos negativos junto dos moradores das respetivas zonas intervencionadas, rompendo assim com hábitos do passado em que existiam zonas do Porto cujas obras pareciam intermináveis, justamente por não serem executadas de um modo concertado com os diversos serviços envolvidos. Escavava-se para substituir um cano, para daí a pouco ter de se fazer o mesmo para aí instalar outro tipo de material e assim sucessivamente, quase sempre de um modo desgarrado e avulso, ao sabor das necessidades e circunstâncias do momento. Hoje, a realidade é outra e as diretivas são claras, apontando como objetivo acabar de vez com os remendos, tampas fora do sítio, acabamentos atrapalhados, em suma, trabalho mal feito e desorganizado.
Criação de uma equipa de manutenção Simultaneamente, a Direção Municipal de Gestão da Via Pública tem em funcionamento uma equipa de manutenção, cujos trabalhos vão desde a construção de novas ruas, em articulação com a GOP, à repavimentação e reparação de buracos, situação que atinge fortemente todas as grandes cidades, dada a grande afluência e circulação de automóveis, que nelas entram e saem diariamente.
O papel estético, cultural e informativo da toponímia Não há hoje uma rua do Porto que não esteja devidamente identificada. A iniciativa da CMP ao criar uma Comissão de Toponímia, constituída por personalidades de inquestionável prestígio e cultura, visou justamente criar um símbolo distintivo da cidade, contribuindo para um melhor conhecimento das figuras ou instituições que dão nome às suas ruas, largos, praças ou jardins. O processo de substituição das cerca de 20 mil placas antigas – na sua grande maioria já corroídas pelo tempo – foi iniciado em 2004 e concluído em 2008. A operação colocou assim um ponto final no caos a esse nível instalado ao longo de várias épocas por aqueles a quem o historiador Hélder Pacheco, membro daquela Comissão, apelidou com algum humor e uma certa acidez de “topomicidas”. Entre 2002 e 2012 foram atribuídos 101 novos topónimos na linha desta “revolução” tranquila, de acordo com critérios estéticos coerentes e uniformizados à semelhança do que sucede em muitas das mais relevantes cidades europeias. No entanto, optou-se por manter algumas placas que, pelo seu valor estético, histórico e patrimonial, foram classificadas como peças de arte.
www.cm-porto.pt
DEstaque
Actualidade DEstaque
008 001
Novas ruas do Porto (2002 – 2012) Designação do arruamento
Inicia
Termina
Data deliberação
Historial do topónimo
HENRIQUE ALVES COSTA (Rua)
LUGARINHO (R. do)
MESTRE ALBINO MOREIRA (Rua)
17/12/2002
1910/1988 Cineclubista e crítico de cinema
MESTRE ALBINO MOREIRA (Rua)
LUGARINHO (R. do)
Fim Indeterminado
17/12/2002
1895/1995 - Figura ímpar da pintura. De realçar o seu talento para a pintura, destacando-se como pintor " naïf ", sendo reconhecido o seu grande mérito em Portugal e no estrangeiro.
CONDE DE CAMPO BELLO (Rua)
LEONARDO COIMBRA (R. de)
Cul-de-sac
17/12/2002
1904 /1995 - D. Henrique Leite Pereira de Paiva Távora e Cernache, 4º Conde de Campo Bello. Historiador - Publicou numerosos estudos dedicados à investigação histórica.
PROFESSOR JOAQUIM BASTOS (Rua)
VALE FORMOSO (R. de)
COSTA E ALMEIDA (R. de)
17/12/2002
1909/1996 - Professor e cirurgião.
FRANCISCO DE SENA ESTEVES (Rua) PROFESSOR JOAQUIM BASTOS (Rua)
Cul-de-sac
17/12/2002
1892/1976 - Reitor do Liceu Alexandre Herculano
ARTUR SANTOS SILVA (Praça)
CANTOR ZECA AFONSO (R. do)
CANTOR ZECA AFONSO (R. do)
17/12/2002
1910/1980 - Advogado e político.
FÉRRER LOUREIRO (Rua)
Cul-de-sac
PADRE DIAMANTINO GOMES (R.) 17/12/2002
1929/1994 - Engenheiro
ANTÓNIO DA SILVA CUNHA (Rua)
PADRE DIAMANTINO GOMES (R.)
Prof. FERNANDO MAGANO (Rua)
17/12/2002
1858/1920 - Político e Associativista
LUÍS FERREIRA (Rua)
REQUEZENDE (R. de)
REQUEZENDE (R. de)
17/12/2002
1909/1994 - Joalheiro.
EMÍLIO BIEL (Rua)
FALCÃO (R. do)
NOSSA SENHORA DO CALVÁRIO (R. de)
17/12/2002
1838/1915 - Negociante que introduziu em Portugal a fotografia, foi um dos introdutores da iluminação eléctrica, fundador de uma notável oficina litográfica
BOUÇA RIBAS (Rua)
EMÍLIO BIEL (Rua)
FALCÃO (Tv. do)
17/12/2002
Antigo lugar de Bouça Ribas na freguesia de Campanhâ.
MANUEL PINTO DE AZEVEDO JÚNIOR Limitada pela Est. da Circunvalação, (Rotunda) Av. Paiva Couceiro e EN 108
Limitada pela Est. Da Circunvalação, Av. Paiva Couceiro e EN 108
17/12/2002
1905/1978 - Grande industrial e jornalista. Diretor do " O Primeiro de Janeiro"
ARTUR CUPERTINO DE MIRANDA (Rotunda)
Limitada pela Av. José Domingues dos Santos e EN 109
Limitada pela Av. José Domingues dos Santos e EN 109
17/12/2002
1892 /1988 - Banqueiro (Louro, Vila Nova de Famalicão). Fundador do Banco Português do Atlântico.
JOSÉ DOMINGUES DOS SANTOS (Av.)
Situada entre a Rotunda Manuel Pinto de Azevedo Júnior e a Rotunda Artur Cupertino de Miranda
Situada entre a Rotunda Manuel Pinto de Azevedo Júnior e a Rotunda Artur Cupertino de Miranda
17/12/2002
1887/1958 - Político da 1ª República. Foi advogado, professor catedrático da Faculdade Técnica da Universidade do Porto, governador civil, deputado em três legislaturas, Ministro do Trabalho (1919), do Comércio (1920) e da Justiça (1923) e finalmente, Presidente do Concelho de Ministros, cargo para que foi eleito em 1924 e que viria a abandonar em 1925.
A VOZ DOS RIDÍCULOS (Rua)
REQUEZENDE (R. de)
Cul-de-sac
03/06/2003
Programa radiofónico portuense, criado em 1945. (Arquivo da Toponímia)
ARTUR MAIA MENDES (Rua)
AURÉLIO DA PAZ DOS REIS (R. de)
SANTA LUZIA (R. de)
03/06/2003
Artur Salustiano Maia Mendes, Médico Cirurgião 1857/1920.
ARTUR OLIVEIRA VALENÇA (Rua)
FRANCOS (R. de)
LUGARINHO (R. do)
03/06/2003
Jornalista- Nasceu em 1897 no Porto e morreu 12/03/1978. (Ver Dossier da toponímia).
CURSO SILVA MONTEIRO (Largo do)
CIRÍACO CARDOSO (R. de)
Cul-de-sac
03/06/2003
O Curso Silva Monteiro - Escola de Música, foi fundado em 1928 e localizase no Largo da Paz, 41.
MANJERICOS (Rua dos)
S. DIONÍSIO (R. de)
SENHORA DAS DORES (R. da)
03/06/2003
PAULO SARMENTO (Rua)
LUÍS FERREIRA (Rua)
A VOZ DOS RIDÍCULOS (Rua)
03/06/2003
Paulo Sarmento - Médico e desportista, 1913/1973. Deve-se a ele a construção da Casa de Desporto do Porto e o Centro de Medicina Desportiva do Porto. Médico Ginecologista e Obstreta. Dizeres a colocar na placa - Médico e desportista 1913/1973
S. JOÃO DO PORTO (Rua)
GRIJÓ (R. de)
CIRÍACO CARDOSO (R. de)
03/06/2003
S. João do Porto - Eremita do séc. IX. Nasceu no Porto e viveu vida eremítica junto da cidade de Tui. São quase inexistentes as notícias deste Santo, de cognome Terzon, Teizon ou Izon, nascido no Porto. Em 1282, os Dominicanos ergueram em Tui um convento
EGITO GONÇALVES (Praceta)
EGAS MONIZ (R. de)
Cul-de-sac
01/07/2003
Egito Gonçalves,nasceu em Matosinhos no ano de 1922 e morreu a 29 de Janeiro de 2001. Incorporado no serviço militar em 1941, foi colocado nos Açores e é em Ponta Delgada que escreve os primeiros poemas.
ERNESTO VEIGA DE OLIVEIRA (Praceta)
VILARINHA (R. da)
Cul-de-sac
01/07/2003
Ernesto Luís Alves da Veiga Oliveira nasceu no Porto, na Foz do Douro em 24/06/ 1910 e morre em Lisboa a 14 de Janeiro de 1990. Etnólogo. Na Universidade de Coimbra licenciou-se na Fac. de Direito e na Fac. de Ciências Histórico-Filosóficas.
ANTAS (Alameda das)
Não preenchido
FERNÃO DE MAGALHÃES (Av. de)
11/11/2003
BOAVISTA (Av. da)
11/11/2003
ARISTIDES DE SOUSA MENDES (Rua) Dr. ANTÓNIO CUPERTINO DE MIRANDA (R. do)
Aristides de Sousa Mendes - Cônsul em Bordéus (entre 1938/1940) e Defensor dos Direitos Humanos. Diplomata (Cabanas de Viriato n. 18/6/1885 – Lisboa f. 2/4/1954). Abraçou a carreira diplomática em 1907, ano em que concluiria o curso de Direito.
actualidade DEstaque
009 001
Designação do arruamento
Inicia
Termina
Data deliberação
Historial do topónimo
CAMPEÕES EUROPEUS (Rua dos)
Não preenchido
ANTAS (Alameda das)
11/11/2003
Campeões Europeus - Viena 1987
CASTELO DO QUEIJO (Via do)
GONÇALVES ZARCO (P. de)
CIDADE DO SALVADOR (P. da)
11/11/2003
Forte de S. Francisco Xavier- nome oficial do Castelo do Queijo. Queijo porque assenta num maciço rochoso com essa designação, anterior à edificação do mesmo. Nome do ribeiro que desagua no mar um pouco a norte do Forte.
FUTEBOL CLUBE DO PORTO (Via)
CAMPEÕES EUROPEUS (Rua dos)
ANTAS (Alameda das)
11/11/2003
Futebol Clube do Porto - O "Football Club do Porto" foi fundado no dia 28 de Setembro de 1893, por António Nicolau d' Almeida, que conheceu o jogo numa viagem a Inglaterra com seu pai, comerciante de um Vinho do Porto.
JOÃO MARQUES PINTO (Rua)
S. ROQUE DA LAMEIRA (Rua de)
FUTEBOL CLUBE DO PORTO (Via) 11/11/2003
João Marques Pinto nasceu a 18/06/1912 na Boavista - Porto. Deslocou ‑se com os pais para o Brasil, com a idade aproximada de 4 anos onde permaneceu até aos 12 anos. Regressou ao Porto em 1925, onde estudou no Colégio Almeida Garret.
JOSÉ LUÍS NUNES (Praceta)
AUGUSTO LESSA (R. de)
Não tem saída
José Luís Nunes - Político (n. 1941 - f. 2003) Grande líder estudantil contra a ditadura derrubada em 1974, foi expulso da Universidade de Coimbra, tendo-se licenciado na Universidade de Lisboa; estando sempre na frente de combate, pugnado pelos ideais.
JOSÉ MONTEIRO DA COSTA (Rua)
SOCIEDADE PROTECTORA DOS ANIMAIS (R. da)
FUTEBOL CLUBE DO PORTO (Via) 11/11/2003
José Monteiro da Costa - Presidente do Futebol Clube do Porto (n. 1880/ f. 30/04/1911). José Monteiro da Costa foi um Antigo Presidente do Futebol Club do Porto, nascido em 1880.
LUÍS NEVES REAL (Rua)
NOVE DE ABRIL (R. de)
Não tem saída
11/11/2003
Luís Neves Real - Matemático e Crítico de Cinema (n. 1910/ f. 1985). Representante destacado da exibição de filmes no Porto, o Engº Neves Real, matemático e professor universitário, influenciou decisivamente o espectáculo cinematográfico na sua cidade.
LUZARES (Rua dos)
RODRIGO ÁLVARES (R. de)
ANTAS (Alameda das)
11/11/2003
Luzares - Lugar antigo.
BESSA (Av. do)
BESSA (Rotunda do)
ARQUITECTO CASSIANO BARBOSA (R. do)
11/05/2004
BESSA (Rotunda do)
Não preenchido
Não preenchido
11/05/2004
BRIGADEIRO NUNES DA PONTE (Rua)
ANTÓNIO BESSA LEITE (R. de)
ANTÓNIO BESSA LEITE (R. de)
11/05/2004
Brigadeiro Luís Monteiro Soares de Albergaria Nunes da Ponte (1884 -1972), ilustre figura militar e de cidadão, que foi deputado da Nação e governador civil do Porto.
ARTUR BRÁS (Rua)
Princípio indeterminado
Fim Indeterminado
01/02/2005
Artur de Sousa Brás, nasceu no Porto em 15/09/1943 e na freguesia de Massarelos e faleceu em 2004. Fez a escola primária em S. Romão do Coronado, no Concelho de Santo Tirso, local onde viviam os pais. Frequentou a Escola Preparatória de Artes Decorativas
ARMANDO ALVES TAVARES (Trav.)
ALBERTO DE SERPA (R.)
Fim Indeterminado
24/05/2005
Armando Alves Tavares – (1903 – 1975). Nasceu a 17/12/1903 na freguesia de Vilar do Paraíso, Vila Nova de Gaia. Foi uma figura altamente considerada e deveras conceituada.
CONDE DE SILVA MONTEIRO (Rua)
FREIXO (Rot. do)
IGREJA DE CAMPANHÃ (R. da)
24/05/2005
Conde Silva Monteiro (1822- 1885). O Conde de Sousa Monteiro, que residia no seu palacete da Rua Formosa, com esquina para a Rua da Alegria (onde está a Liga dos Combatentes) foi presidente da prestigiada Associação Comercial do Porto entre 1875 e 1877
DR. JOÃO SARAIVA (Rua)
DIREITA DE PEREIRÓ (R.)
CIRCUNVALAÇÃO (Est. da)
24/05/2005
Dr. João Saraiva (1866-1948). Jornalista, escritor, poeta governador civil de Vila Real e mais tarde do Porto. João Baptista Pinto Saraiva, nasceu no Porto, em 1866, manifestando desde verdes anos uma tendência irresistível para as letras.
ENGENHEIRO NUNO DE MEIRELES (Rua)
MONTE DOS BURGOS (R. do)
Prof. AGOSTINHO DA SILVA (R. do)
24/05/2005
José Nuno Borregana Meireles. Vereador da Câmara Municipal do Porto nasceu em 12 de Out. de 1962 e faleceu em 9 de Out. de 1987.
FRANÇOIS GUICHARD (Rua)
BESSA (Av. do)
BESSA (Av. do)
24/05/2005
François Guichard - (1946-2002). Foi director de Estudos da Centre National de Recherche Scientifique, Professor da Universidade de Bordéus III e Director-adjunto do pólo bordalês do Centro de Estudos Norte de Portugal Aquitânia (1979 -2002).
PROFESSOR JOSÉ AUGUSTO SEABRA (Rua)
CAPITÃO HENRIQUE GALVÃO (R. do)
Não preenchido
24/05/2005
Professor José Augusto Seabra (1937 – 2004) Poeta, ensaísta, crítico, professor universitário e diplomata português, membro das Irmandades da Fala da Galiza e Portugal, da Comissão Galega do Acordo Ortográfico e do conselho consultivo da revista da lusofonia NÒS.
PROFESSOR MANUEL BAGANHA (Rua)
SOCIEDADE PROTECTORA DOS ANIMAIS (R. da)
GIESTAL (Rounda do)
24/05/2005
Professor Manuel Duarte Baganha (1922-2004), nasceu no Porto a 5 de Dezembro de 1922. Foi como quadro da Mabor, empresa que ajudou a nascer, que se licenciou no primeiro curso de economia que a Universidade Contabilidade.
AMORIM DE CARVALHO (Rua)
FONTE DE CONTUMIL (R. da)
Fim Indeterminado
13/12/2005
Amorim de Carvalho (n.17/01/1904 - f.15/ 04/1976) de seu nome completo José Maria Caldas de Matos Amorim, nasceu na Rua da Senhora da Luz nº 224, na Freguesia da Foz do Douro. Ilustre poeta, escritor, crítico esteta e filósofo portuense.
11/11/2003
Actualidade DEstaque
001 010 Designação do arruamento
Inicia
Termina
Data deliberação
Historial do topónimo
DR. CORINO DE ANDRADE (Rua)
Não preenchido
CURRAIS (R. de)
13/12/2005
Mário Corino de Andrade faleceu na cidade do Porto (1906-2005). Nasceu no Alentejo em 1906, trabalhou com Óscar Voght e Abel Salazar e conviveu com Pavlov. Foi pioneiro a demonstrar a existência da doença dos pezinhos.
PORTO FELIZ (Rua do)
FERNÃO DE MAGALHÃES (Av. de)
Fim Indeterminado
13/12/2005
O Projecto Porto Feliz foi instituído em decorrência do plano municipal de combate à exclusão social aprovado pela Câmara Municipal do Porto, em 18 de Junho de 2002.
CONDE DE CASTRO (Rua)
DR. EUGÉNIO DA CUNHA E FREITAS (Rua)
Eng.º FERREIRA DIAS (R. do)
16/05/2006
Conde de Castro - José Joaquim Gomes de Castro, nasceu a 13/12/1974, no Porto, Freguesia da Sé e morreu no dia 8/10/1878, em Lisboa.
FÁBRICA A INVENCÍVEL (Rua da)
Não preenchido
S. ROQUE DA LAMEIRA (Rua de)
27/06/2006
Fábrica A Invencível - Fábrica de tinturaria fundada em 1905, pelo Sr. Almeida Santos. Foi vendida anos mais tarde a José Nogueira. Está sedeada no nº 1537 da Rua de S. Roque da Lameira, ainda labora como sociedade anónima.
FERNANDO MOREIRA DA SILVA (Rua)
25 DE ABRIL (Avenida)
FONTE VELHA (Tv. da)
27/06/2006
Fernando Moreira da Silva (n. 5/10/1926, f. 23/03/2004). Fernando Moreira da Silva foi autor de nótulas históricas que sobre temas portuenses os boletins e circulares da Instituição "Associação Cultural Amigos do Porto".
GIESTAL (Rotunda do)
Não preenchido
Não preenchido
27/06/2006
JOAQUIM CARDOSO VILA NOVA (Rotunda)
Não preenchido
Não preenchido
27/06/2006
Joaquim Cardoso Vila Nova (1792-1850) - Ilustrador da Cidade.
PROF. ERNESTO MORAIS (Rua)
25 DE ABRIL (Avenida)
25 DE ABRIL (Avenida)
27/06/2006
Ernesto Borges Teixeira Morais de Morais (n. 17/04/1905; f. 02/01/1986) natural de Valpaços, distrito de Vila Real. Concluiu com distinção em 1928 os cursos geral de Medicina e especial de Higiene Pública na Faculdade de Medicina do Porto.
AMÂNDIO GALHANO (Rua)
CIRCUNVALAÇÃO (Est. da)
ASPRELA (Tv. da)
12/09/2006
Amândio Barbedo Galhano (n. 17/04/1908, f. 27/03/1991). Licenciou-se em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia de Lisboa em 1932.
HELENA SÁ COSTA (Rua)
CINCO DE OUTUBRO (R. de)
GENERAL NORTON DE MATOS (R. do)
12/09/2006
Helena Sá e Costa (1913- 2006) - Era a grande dama portuguesa do piano. Na madrugada de segunda-feira, aos 92 anos, morreu Helena Moreira de Sá e Costa, na sua casa, no Porto, no n.º 53 do Largo da Paz.
JAIME BRASIL (Rua)
PROFESSOR MANUEL BAGANHA (Rua)
Cul-de-sac
12/09/2006
Jaime Brasil - (n. Angra do Heroísmo, 1896 - m. Lisboa, 1966) - Artur Jaime Brasil Luquet Neto, foi escritor e jornalista. Cursou o liceu e, durante a Grande Guerra, a escola de oficiais milicianos, entrando para o Exército como alferes.
JOSÉ ROQUETTE (Jardim)
Não preenchido
Não preenchido
26/09/2006
José Roquette - (1910-2003) - Campeão de Ténis. Aos 93 anos, uma boa parte dos quais dedicados à prática exemplar do ténis, José Roquette faleceu, no Porto no passado dia 12 de Dezembro de 2003.
ANTÓNIO RICCA GONÇALVES (Rua)
ARQUITECTO CARLOS RAMOS (Alameda)
FRANCISCO XAVIER ESTEVES (Avenida)
06/02/2007
António Ricca Gonçalves (1913-1991), Director da ELECTRO-MODERNA. O Engº. António Ricca preconizava a criação de uma empresa sólida, financeiramente e tecnicamente capaz de se impor no mercado nacional e de concorrer em pé de igualdade, com a concorrência.
ANTÓNIO SALGADO JÚNIOR (Rua)
Dr. MANUEL PEREIRA DA SILVA (R. do)
MANUEL PACHECO DE MIRANDA (Rua)
06/02/2007
António Salgado Júnior (1904-1989). Professor e ensaísta, sobretudo nos domínios da critica e história da literatura, nos quais publicou inúmeros trabalhos.
AREIAS (Nó das)
I.C.29
I.C.29
06/02/2007
Nó das Areias - Foi atribuído este topónimo na reunião da C. de Toponímia de 22/11/2006, dado o referido nó estar situado no antigo Lugar das Areias (planta de 1892)
ARTUR ANDRADE (Avenida)
RIBEIRINHO (Rotunda do)
CARTES (Rotunda de)
06/02/2007
Artur Andrade 1913-2005. Arquitecto e Político. Em Junho, Artur Vieira de Andrade, reconhecido impulsionador da candidatura, em 1958, de Humberto Delgado à Presidência da República, cuja campanha viria a ter a sua maior manifestação no Porto.
CARTES (Rotunda de)
PESO DA RÉGUA (R. de)
CARTES (Alam. de)
06/02/2007
CASAL (Rotunda do)
I.C.29
FRANCISCO XAVIER ESTEVES (Avenida)
06/02/2007
Rotunda do Casal - Foi atribuído este topónimo na reunião da C. de Toponímia de 22/11/2006, dado a referida rotunda estar situada no antigo "Lugar do Casal" (planta de 1892)
FRANCISCO XAVIER ESTEVES (Avenida)
CASAL (Rotunda do)
RIBEIRINHO (Rotunda do)
06/02/2007
Francisco Xavier Esteves (1864-1944) - 1º Presidente Republicano da Câmara Municipal do Porto. Francisco Xavier Esteves nasceu em Ílhavo em 1864 e cedo veio para o Porto estudar.
MANUEL PACHECO DE MIRANDA (Rua)
Dr. MANUEL PEREIRA DA SILVA (R. do)
Fim Indeterminado
06/02/2007
Manuel Pacheco de Miranda (1907-1999) - Jornalista.Manuel Pacheco de Miranda. Nasceu no Porto em 28 de Fevereiro de 1907. Morreu na mesma cidade em 22 de Janeiro de 1999.
RIBEIRINHO (Rotunda do)
FRANCISCO XAVIER ESTEVES (Avenida)
ARTUR ANDRADE (Avenida)
06/02/2007
Rotunda do Ribeirinho - Foi atribuído este topónimo na reunião da C. de Toponímia de 22/11/2006, dado a referida rotunda estar situada no antigo "Lugar do Ribeirinho".(planta de 1892)
STEPHEN R. STOER (Rua)
MANUEL PACHECO DE MIRANDA (Rua)
Cul-de-sac
06/02/2007
Stephen R. Stoer, 1943-2005 - Professor Universitário.Stephen R. Stoer (1943- 2005) Nascido a 29 de Novembro de 1943, em Inglaterra, Stephen R. Stoer viveu a sua juventude nos Estados Unidos para onde seus pais foram viver.
actualidade DEstaque
011 001 Designação do arruamento
Inicia
Termina
Data deliberação
Historial do topónimo
"A RENASCENÇA PORTUGUESA" (Rua de)
PROFESSOR MANUEL BAGANHA (Rua)
VIGOROSA (R. da)
07/03/2007
Renascença Portuguesa. Associação que, na 2ª década do séc.XX, desenvolveu notável acção cultural, com aspectos originais, obedecendo ao propósito de "dar conteúdo renovador e fecundo à revolução republicana.
ILSE LOSA (Rua)
ANTAS (Alameda das)
"A RENASCENÇA PORTUGUESA" (Rua de)
07/03/2007
Ilse Losa. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ilse Lieblich Losa (Melle-Buer, 20 de Março de 1913 - Porto, 6 de Janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica. Nascida na Alemanha, frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim.
MARIA ADELAIDE FREITAS GONÇALVES (Rua)
ANTAS (Alameda das)
VIGOROSA (R. da)
07/03/2007
Maria Adelaide Diogo Freitas Gonçalves (1894-1955). Foi fundadora do Circulo de Cultura Musical do Porto em 1937. Fundadora e 1ª Presidente da Orquestra Sinfónica do Porto (1948). Pianista de grande mérito, especialista em Chopin.
ORLANDO RIBEIRO (Rotunda)
ACÁCIO LINO (R. de)
VIA DE CINTURA INTERNA
07/03/2007
Orlando Ribeiro (1911-1997) Essencialmente dedicado ao ensino e investigação em Geografia, Orlando Ribeiro é considerado o renovador desta ciência no Portugal do século XX, e o geógrafo português com mais ampla projecção a nível internacional.
REVISTA " A ÁGUIA " (Rua da)
" A RENASCENÇA PORTUGUESA " (Rua de)
VIGOROSA (R. da)
07/03/2007
Renascença Portuguesa. Associação que, na 2ª década do séc.XX, desenvolveu notável acção cultural, com aspectos originais, obedecendo ao propósito de "dar conteúdo renovador e fecundo à revolução republicana" (Jaime Cortesão).
ALMADAS (Túnel dos)
D. FILIPA DE LENCASTRE (P. de)
D. MANUEL II (R. de)
22/05/2007
João de Almada (1703-1786). No último quartel do século XVIII, o Porto foi palco de um processo de requalificação urbana e arquitectónica, de que, até então, não havia memória.
GONÇALVES COELHO (Praceta)
MOTA PINTO (R. de)
Não tem saída
22/05/2007
JOSÉ JÚLIO GONÇALVES COELHO nasceu em Cedofeita na Cidade do Porto a 20 de Outubro de 1866. Formou-se em direito pela Universidade de Coimbra. Foi sub-delegado do Procurador Régio da primeira vara da comarca do Porto. Escritor, pintor, arqueólogo.
TAREIJA VAZ DE ALTARO (Rua)
VANDOMA (Calç. de)
S. SEBASTIÃO (Tv. de)
22/05/2007
Tareija Vaz de Altaro - Séc. XV-XVI- Fundadora de as sua espenças de um Hospital, - Albergaria para mulheres pobres na Rua da Bainharia por volta de 1500. (Proposta do Dr. Hélder Pacheco)
ALFREDO FERREIRA DE FARIA (Rua)
Prof. RODOLFO DE ABREU (R. do)
Cul-de-sac
05/06/2007
Alfredo Ferreira de Faria (1867-1930) - Fundador da revista " O Tripeiro" . Foi nado criado e falecido nesta cidade que tanto amou e ensinou a amou e ensinou a amar e ensinou a amar através das páginas daquela incontornável a revista.
ORFEÃO DA FOZ (Praceta)
Prof. RODOLFO DE ABREU (R. do)
Cul-de-sac
05/06/2007
Fundado em 1 de Janeiro de 1916 por um grupo de jovens amantes da música e do teatro, sob o lema Arte e Beneficiência, o Orfeão instalou-se primeiro num edifício da esquina entre a Rua do Paraíso e a Rua Central, hoje Padre Luís Cabral.
DELFIM PEREIRA DA COSTA (Rua)
SERRALVES (R. de)
S. JOÃO DO PORTO (Rua)
27/06/2007
Delfim Pereira da Costa (1862-1935) - Industrial. Nasceu em 25 de Abril de 1862 na freguesia de Santo Ildefonso, no centro do Porto; a sua família estava orientada para o comércio dos vinhos.
DR. JOSÉ AROSO (Rua) (ainda não iniciado)
S. JOÃO DO PORTO (Rua)
Não tem saída
27/06/2007
Dr. José Aroso (1892-1964) - Médico. Natural de Aveleda (Vila do Conde) 1892, faleceu no Porto, em 1964. Licenciado em Medicina pelo F.M.U.P. em 1915, com a tese "Questões alimentares: subsídios para o estudo da alimentação portuguesa".
PROFESSOR CASIMIRO DE AZEVEDO (Jardim) (ainda não iniciado)
DELFIM PEREIRA DA COSTA (Rua)
DELFIM PEREIRA DA COSTA (Rua)
27/06/2007
Casimiro de Azevedo - Casimiro Águeda de Azevedo (1926-2005). Cirurgião. Nasceu em 17 de Junho de 1926, na Freguesia de Lordelo do Ouro da cidade do Porto. Frequentou de 1936 a 1943 o Liceu Rodrigues de Freitas.
JOSÉ SARAIVA (Rua)
VILA NOVA (R. de)
CIRCUNVALAÇÃO (Est. da)
23/10/2007
José Saraiva (1945-2005) - Jornalista de profissão, foi director do Jornal de Noticias do Porto de Julho de 1984 a Maio de 1986, Deputado à Assembleia da República desde 1995 pelo Distrito do Porto, vereador da Câmara Municipal do Porto.
“A GRINALDA” (Rua de)
CONSELHO DA EUROPA (Av. do)
Fim Indeterminado
08/01/2008
A Grinalda (1855-1859) foi um antigo jornal portuense de poesia romântica, onde participaram escritores como Ramalho Ortigão ou Júlio Dinis. Na obra Os Maias, de Eça de Queirós.
MANUEL GONÇALVES MOREIRA (Praceta)
CONSELHO DA EUROPA (Av. do)
CONSELHO DA EUROPA (Av. do)
08/01/2008
Dr. Manuel Gonçalves Moreira (1924-1967) nasceu em Oliveira de do Douro, V. N. de Gaia, em 27 de Abril de 1924 e faleceu a 19 de Abril de 1967. Conclui o Ensino Secundário no Liceu Passos Manuel no Porto, em 1944.
MARIA IRENE LEITE DA COSTA (Jardim) (ainda não iniciado)”
DELFIM PEREIRA DA COSTA (Rua)
DELFIM PEREIRA DA COSTA (Rua)
08/01/2008
Maria Irene Leite da Costa (16/06/1911- (05/06/1996) - Pedagoga e professora Universitária, natural do Porto. Em 1934 licenciou-se no Porto, em Ciências Históricas-Naturais, e diplomou-se em Farmácia. Especializada em Psicologia Infantil e em Pedagogia.
DURUELO DE LA SIERRA (Rua)
BOAVISTA (Av. da)
Não tem saída
18/03/2008
Cidade de Espanha geminada com o Porto-Esta geminação foi celebrada em 1989 pela simbologia da relação que as duas cidades assumem perante o Rio Douro: Duruelo de la Sierra é onde está localizada a nascente do rio e no Porto está a sua foz.
FERNANDO CABRAL (Rua)
FRANCOS (R. de)
Não tem saída
18/03/2008
Fernando Cabral (1928-2008) Na Ordem da Lapa faleceu ontem, com 79 anos de idade, Fernando Cabral, antigo presidente da Câmara Municipal do Porto, cargo para o qual foi eleito em 1985, liderando uma lista do PSD.
JOÃO ARAÚJO CORREIA (Rua)
PEDRO HISPANO (R. de)
TENENTE VALADIM (R. do)
18/03/2008
João de Araújo Correia (1899-1985) Escritor e médico. Nasceu em Canelas do Douro, na Casa da Fonte, na madrugada de 1 de Janeiro de 1899. Tal qual virá a dedilhar no seu único livro de poesia Lira Familiar.
Actualidade DEstaque
001 012 Designação do arruamento
Inicia
Termina
Data deliberação
Historial do topónimo
ARMANDO CAMPOS (Rua)
D. SEBASTIÃO DE RESENDE (Rua)
PIO XII (B.º de)
07/10/2008
Armando Campos - (18/03/1927-11/10/2002) - Armando da Silva Campos - Desportista. Foi eleito para a Assembleia de Freguesia de Campanha no mandato de 1975 a 1979. Presidente da Assembleia de Freguesia nos mandatos de 1979 a 1983 e 1990 a 1997.
MARIA PEREGRINA DE SOUSA (Rua)
MONTE DOS BURGOS (R. do)
Cul-de-sac
07/10/2008
Maria Peregrina de Sousa (n. 13 de Fevereiro de 1809. f. 1894). Escritora, romancista e poetisa. N. no Porto a 13 de Fevereiro de 1809, sendo filha do comerciante António Ventura de Azevedo e Sousa, e de D. Maria Margarida de Sousa Neves.
PEDRO VEIGA (Rua)
MONSENHOR FONSECA SOARES (R. de)
Fim Indeterminado
07/10/2008
Pedro Veiga (5/5/1910-13/07/1987) - Escritor e Publicista. Pedro Veiga nasceu em Moimenta da Beira e morreu no Porto, onde viveu desde a infância. Estudou em Coimbra e Lisboa tendo-se licenciado em Direito e em Letras .
ANTÓNIO MARIA DE SENA (Rua)
"O PRIMEIRO DE JANEIRO" (R. de)
COUTINHO DE AZEVEDO (R. de)
09/06/2009
António Maria de Sena nasceu em Seia a 1 de Janeiro de 1845 este eminente psiquiatra e professor, que viria a falecer na Granja a 14 de Outubro de 1890.
IRMÃ RITA DE JESUS (Rua)
COUTINHO DE AZEVEDO (R. de)
Cul-de-sac
09/06/2009
Irmã Maria Rita de Jesus, (1885-1965) Nasceu a 23 de Janeiro de 1885, na Freguesia da Vitória, na cidade do Porto. Ingressou na Congregação das Franciscanas de Calais, hoje, Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, a 2 de Novembro de 1918.
PIRMIN TREKU (Rua)
CENTRAL DO VISO (R.)
Cul-de-sac
09/06/2009
Bailarino e coreógrafo espanhol, nascido em 1930, em Zarauz, no País Basco, em Espanha, e falecido em 2006, em San Sebastian, foi o fundador da Companhia de Bailado do Porto.
CIDADE DE LEÓN (Av. da)
CASAL (Rotunda do)
AREIAS (Nó das)
07/07/2009
PORTO-LEÓN. León é a capital da província de Leão da Comunidade Autónoma de Castela e Leão. Cidade muito conhecida pelos seus monumentos de destaque tais como a sua Catedral gótica, a Basílica de Santo Isidoro, onde está o Panteão Real, ou o mausoléu.
CIDADE DE XANGAI (Av. de)
PRELADA (Tv. da)
Fim Indeterminado
07/07/2009
PORTO-XANGAI. Xangai é um dos quatro Municípios Chineses com estatuto de província e é a maior cidade da República Popular da China. Na década de 1930, tornou-se num dos maiores portos marítimos da Ásia, nas margens do rio Huangpu.
ALFREDO ALLEN (Rua)
Dr. MANUEL PEREIRA DA SILVA (R. do)
Dr. ANTÓNIO BERNARDINO DE ALMEIDA (R. do)
29/12/2009
Alfredo Allen - 1º. Visconde de Vilar d' Allen (n. 1828/ f. 1907). No sítio chamado Campanha de Baixo começou a construir-se, a partir de 1839, a Quinta de Vilar d'Allen.
ALBERTINA DE SOUSA PARAÍSO (Rua)
ANTÓNIO DE SOUSA E SILVA (Rua)
Fim Indeterminado
01/06/2010
Albertina de Sousa Paraíso (1864-1954), nasceu no Porto e faleceu em Lisboa, filha de Guilherme de Sousa Paraíso director de um banco e de Sofia Paraíso directora de um colégio no Porto.
ANTÓNIO DE SOUSA E SILVA (Rua)
ALBERTINA DE SOUSA PARAÍSO (Rua)
Fim Indeterminado
01/06/2010
António de Sousa e Silva (1923- 2006) Nascido a 31/10/1923 na Freguesia de S. Romão do Coronado, concelho de Santo Tirso, veio para o Porto em 1/04/1946. Aqui acabou o Curso do Liceu e entrou para a Faculdade de Medicina do Porto.
D. FREI VICENTE DA SOLEDADE E CASTRO (Rua)
HENRIQUE DE SOUSA REIS (R.)
Dr. ROBERTO FRIAS (R. do)
01/06/2010
1º Presidente do Parlamento Português (1763- 1823)
DR. EMÍLIO PERES (Rua)
BOAVISTA (Av. da)
OLIVEIRA MONTEIRO (R. de)
01/06/2010
Emílio Peres, nasceu em Ermesinde, Valongo a 22 de Julho de 1931. Formou-se em medicina, tendo-se especializado em endocrinologia e nutrição. Publicou oito livros e dezenas de artigos em muitas revistas cientificas nacionais e internacionais.
GOELAS DE PAU (Rua das)
CÂMARA PESTANA (R. de)
Fim Indeterminado
01/06/2010
Goelas de Pau- Tem a ver o topónimo com o vizinho hospital Joaquim Urbano, no passado conhecido por Hospital das Goelas de Pau que foi edificado numa propriedade com esse nome (depois quinta do Fojo).
JÚLIO AMARAL DE CARVALHO (Rua) Dr. ROBERTO FRIAS (R. do)
ALFREDO ALLEN (Rua)
01/06/2010
Júlio Augusto do Amaral Teixeira de Carvalho - (1921- 1997) nasceu na freguesia do Bonfim, da cidade do Porto em 14 de Dezembro de 1921. Residiu no Porto atá à data do seu falecimento, ocorrido em 17 de Maio de 1997.
RAUL CASTRO (Rua)
CIRCUNVALAÇÃO (Est. da)
ANTÓNIO DE SOUSA E SILVA (Rua)
01/06/2010
Raul Castro (1921-2004), nasceu no Porto em 25 de Agosto de 1921. Licenciado em direito pela Faculdade de Coimbra, iniciou, em 1945, a sua carreira profissional, tendo montado escritório que o viu nascer.
ANTÓNIO NICOLAU D' ALMEIDA (Rua)
MANUEL PINTO DE AZEVEDO (R. de)
Não tem saída
15/03/2011
António Nicolau d’Almeida. António Nicolau d’Almeida nasceu no Porto, no ano de 1873, filho de António Nicolau de Almeida e Olinda Kelly de Aguilar da Cunha Lima.
JOÃO PAULO SEARA CARDOSO (Rua)
ESTAÇÃO DE CONTUMIL (R. da)
AMORIM DE CARVALHO (Rua)
15/03/2011
João Paulo Seara Cardoso faleceu prematuramente (com 54 anos) no passado dia 29 de Outubro de 2010. João Paulo Seara Cardoso era natural do Porto onde iniciou sua actividade teatral e formação no TUP.
actualidade DEstaque
013 001 Designação do arruamento
Inicia
Termina
Data deliberação
Historial do topónimo
MANUEL NUNES (Rua)
AVELINO RIBEIRO (R. de)
AVELINO RIBEIRO (R. de)
15/03/2011
Manuel António da Sousa Nunes - 18/02/1930 - 15/01/2009. Manuel Nunes exerceu funções de dirigente do clube sporting Clube Vasco da Gama, durante 29 anos, dos quais 28 como Presidente da Direção.
CRUZ VERMELHA PORTUGUESA (Alameda da)
AVELINO RIBEIRO (R. de)
HUGO ROCHA (Rotunda)
24/05/2011
A Cruz Vermelha Portuguesa foi criada em 11 de Fevereiro de 1865, pelo médico militar José António Marques que, no ano anterior, tinha representado o rei D. Luís I na conferência internacional que deu origem à I Convenção de Genebra.
HUGO ROCHA (Rotunda)
NAU VITÓRIA (R. da)
NAU VITÓRIA (R. da)
24/05/2011
Hugo Rocha (1907-1993) - Nascido em 1907 na cidade do Porto, Hugo Rocha desde cedo percebeu que a sua grande vocação era o Jornalismo. Teve uma passagem muito intensa pela redacção do Jornal O Comércio do Porto, ao qual esteve ligado até se reformar.
SILVA RAMOS (Rua)
Dr. DENIZ JACINTO (R. do)
NAU VITÓRIA (R. da)
24/05/2011
Silva Ramos (1861-1932) - Nasceu e viveu na Freguesia da Sé, em Lamego e lá e na Régua, foi professor do ensino Liceal, jornalista escritor e político, muito activo e lutador das suas ideias republicanas.
CONGOSTAS (Avenida)
CIDADE de XANGAI (Avenida)
CIRCUNVALAÇÃO (Est. da)
29/11/2011
Com a abertura do troço entre a Rua de Requezende e a Estrada da Circunvalação no leito do “Caminho das Congostas” e o fato de existirem dois prédios com a numeração atribuída ao referido caminho (construídos ao abrigo das licenças 40/98 e 140/2006), levou a DMCC, para minimizar os transtornos causados pela alteração do topónimo e consequente numeração, propor à Comissão de Toponímia na reunião de 18-10-2011 que se mantivesse o mesmo topónimo, alterando apenas as caraterísticas do mesmo, Caminho para Avenida, ao que a Comissão concordou e aprovou por unanimidade.
ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO (Rotunda)
JOÃO PAULO SEARA CARDOSO (Rua)
JOÃO PAULO SEARA CARDOSO (Rua)
29/11/2011
Este arruamento surge dos arranjos urbanísticos da linha do metro para Gondomar.
GERMALDE (Praceta de) (ainda não iniciado)
LEAL (Tv. do)
MAESTRO IVO CRUZ (Rua)
23/10/2012
Dado que a nova praceta está localizada no Bairro do Leal e em terrenos que faziam parte da Quinta de Germalde, a C. de Toponímia decidiu atribuir o antigo topoónimo.
MAESTRO IVO CRUZ (Rua) (ainda não iniciado)
LEAL (Calç. do)
LEAL (B.º do)
23/10/2012
Manuel Ivo Cruz - (1935- 2010) foi um maestro e compositor, antigo diretor da orquestra do Teatro Nacional de S. Carlos, de Lisboa. Também se destacou como docente e como investigador na área da musicologia história portuguesa.
Fonte: Divisão Municipal de Informação Geográfica
DEstaque
014
PORTO
CIDADE DE BOAS CONTAS
RIGOR E EQUILÍBRIO CONTINUAM A PAUTAR AS FINANÇAS DA CMP Num ano em que o Governo se viu obrigado a lançar um programa de apoio à economia local, assegurando empréstimos às autarquias que se endividaram ao longo dos anos, acumulando dívidas insustentáveis, tanto à banca como a fornecedores, o Município do Porto, fruto do rumo há muito definido, manteve o equilíbrio das suas contas, garantindo o compromisso assumido com os seus munícipes. Esse equilíbrio traduz-se na manutenção de prazos médios de pagamentos a fornecedores inferiores a 30 dias, numa contínua redução da dívida bancária e num controlo permanente da eficácia das suas despesas de funcionamento.
O Município vem assegurando o pagamento atempado aos seus fornecedores estimando-se que no final de 2012 o prazo médio de pagamento a fornecedores seja de 15 dias. A dívida bancária de médio e longo prazo deverá ficar em 102,7 milhões de euros, ou seja, uma redução de 7,9 milhões de euros (-7,1%) relativamente a 2011. Os empréstimos para o Euro 2004 continuam a pesar muito na dívida bancária representando 27,4% (28,1 milhões de euros) da dívida total.
DÍVIDA BANCÁRIA DE MÉDIO E LONGO PRAZO 250,00
200,00
150,00
100,00
EVOLUÇÃO DO PMP FORNECEDORES
87,00
85,4
80,3
2009
2010
2011
110,6
102,7 74,6
0,0
36
M€
30
sem Euro 2004
28
25
117,9
50,0
40 35
121,5
2012
com Euro 2004
20 15
16
15
2011
2012*
10 Dias
2009
* Cálculo pela fórmula oficial da DGAL
2010
E essa é a dívida de todo o universo municipal, ou seja, em 31 de dezembro de 2012 as empresas municipais devem zero euros às instituições financeiras.
015
DÍVIDA BANCÁRIA DE MÉDIO E LONGO PRAZO CONSOLIDADA unidade: milhões de euros
Entidade Município do Porto DomusSocial, EEM GOP, EEM Porto Lazer, EEM Águas do Porto, EEM Total do Grupo
31-12-2012
31-12-2011
Var. valor
Var. %
102,70 0,00 0,00 0,00 0,00 102,70
110,60 0,00 0,00 0,00 1,25 111,85
-7,90 0,00 0,00 0,00 -1,25 -9,15
-7,1% 0,0% 0,0% 0,0% -100% -8,2%
INCUMPRIMENTO DOS APOIOS À REABILITAÇÃO POR PARTE DO IHRU PENALIZOU EXECUÇÃO ORÇAMENTAL EM 2012
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES 2850
2783
2800 2725
2750 2700
2632
2650
Em 2012, assistiu-se a uma quebra muito significativa da receita com decréscimos significativos nas receitas fiscais, o que obrigou a um controlo permanente das despesas de funcionamento e de investimento. Foi, no entanto, o não cumprimento pelo IHRU de um acordo de colaboração para o investimento em reabilitação o facto mais penalizador na execução orçamental de 2012, uma vez que a Câmara Municipal do Porto assumiu compromissos ao abrigo desse acordo. Acrescentando a esse episódio a retenção, pela administração tributária, de 5% das receitas do IMI, a CMP foi confrontada com um esforço orçamental não previsto de 11,7 milhões de euros da total responsabilidade da Administração Central.
Dando continuidade ao ajustamento do número de colaboradores em função das reais necessidades dos serviços e aplicando a regra de uma entrada por cada duas saídas, voltou a verificar-se um decréscimo no número de efectivos.
2600 2585
2550 2500 2450 2400 2009
2010
2011
2012*
*Em Setembro de 2012
FITCH MANTÉM RATING DA CMP E ELOGIA GESTÃO AUTÁRQUICA A agência de notação financeira Fitch Ratings manteve a atribuição da nota ‘BB +’ à Câmara Municipal do Porto. Embora esta avaliação constitua o primeiro nível da classificação especulativa, ela está, no entanto, sempre dependente do nível máximo na notação atribuída à República Portuguesa, não a podendo ultrapassar. Apesar disso, a Ficht não deixa de elogiar a gestão autárquica, devido – entre outros fatores – “ao bom desempenho orçamental”. Refira-se que a Fitch tem vindo sucessivamente a descer o rating das autarquias, incluindo o do Município do Porto, por ter de o alinhar com o da República Portuguesa, uma vez que as agências de notação financeira não podem atribuir a um município nota superior à do país. A agência aponta o “bom desempenho orçamental” da autarquia presidida por Rui Rio, que – segundo refere em comunicado – “tem conseguido manter um nível moderado de dívida e um confortável plano de amortização”.
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016
Fitch: Receita fiscal “estável” e equilíbrio orçamental em nível “confortável” A Fitch reconhece, por outro lado, que, ao longo dos últimos cinco anos, a Câmara Municipal do Porto tem conseguido conservar a receita fiscal “relativamente estável, enquanto as transferências correntes do Governo central têm mostrado alguma volatilidade”. A agência destaca ainda o facto de o Executivo autárquico ter ajustado os seus gastos operacionais, de forma a poder manter “um nível confortável de equilíbrio orçamental”. A Fitch Ratings sublinha ainda que o Município portuense não pode registar um rating superior ao soberano (o da República), porque as autarquias dependem das transferências fiscais do Governo.
“CONTAS À MODA DO PORTO” TEM SIDO MÁXIMA CONSTANTE QUE ESPELHA RIGOR NA GESTÃO DA CMP Recorde-se que, em março de 2010, no decurso de mais uma visita à CMP no âmbito da avaliação do desempenho financeiro da Autarquia referente a 2009, uma delegação daquela agência de notação havia já expressado publicamente a sua satisfação pela “prudente gestão financeira e pela dívida moderada” evidenciadas pelo Município do Porto, tema que vem agora reafirmar, apesar de a CMP não ter atualmente contrato com quaisquer agências de ‘rating’. Aliás, no triénio de 2007, 2008 e 2009 e no plano do endividamento, a Autarquia reduziu a sua dívida bancária em cerca de 64,3 milhões de euros, o que, do ponto de vista do ‘rating’, pode ser encarado como um número tecnicamente excecional e sem paralelo no contexto autárquico nacional. A opção pela rescisão de contrato com as agências de notação financeira resultou do facto de – apesar do seu reconhecido bom desempenho e avaliação positiva - a CMP ver repetidamente negativa a sua notação por não poder ultrapassar a nota máxima atribuída à República.
BALÃO DE OXIGÉNIO PARA OS MUNICÍPIOS MAIS ENDIVIDADOS O Governo assinou, em novembro, contratos de financiamento com 82 câmaras municipais que se encontram em rutura financeira, ao abrigo do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). O volume de empréstimos a transferir para aquelas autarquias no âmbito do referido programa é de 456 milhões de euros, sendo que o “bolo” total destinado às 115 candidatas é de 861 milhões de euros. Da lista, já publicada em Diário da República, desses 82 municípios mais endividados e que, por isso, foram obrigados a recorrer a este Programa de Auxílio Financeiro destacam-se o Fundão, Vila Nova de Gaia e Funchal.
017
IMI MENOS PESADO PARA OS PORTUENSES Face à decisão do Governo em proceder à reavaliação dos imóveis, é previsível que o IMI sofra um agravamento significativo em 2013. É também provável que, pela sua grave situação financeira, muitas câmaras sejam obrigadas a aplicar a taxa máxima do referido imposto. Não é, no entanto, o caso da CMP, que não aplica, em 2013, a taxa máxima e que irá fazer todos os esforços no sentido de reduzir ainda mais o IMI no próximo ano. No Porto, já está a ser aplicada a taxa intermédia do Imposto Municipal sobre Imóveis.
De acordo com o Presidente da CMP, o esforço para baixar o IMI só será possível pelo facto de a autarquia não se encontrar, ao contrário de muitas outras, numa situação de sufoco financeiro, nomeadamente ao nível do endividamento. “Há câmaras que estão completamente endividadas e não têm outro remédio; pediram ajuda e, por isso, terão de cobrar a taxa máxima. Nós não estamos assim e, como tal, podemos aliviar os nossos munícipes e pô-los a pagar menos. A minha ideia é conseguir, para o ano, baixar mais um bocado”, referiu.
Recorde-se que, já em finais de 2009, numa conferência sobre “Fiscalidade no Poder Local”, organizada pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e que contou, igualmente, com a participação de António Costa, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Rui Rio defendia que, “expurgando questões de caráter orçamental”, era importante aliviar a tributação do IMI e até do IMT. “Sendo possível, o IMI devia baixar um pouco, está demasiado pesado, principalmente num país que não tem mercado de arrendamento e que, por isso, é um país de proprietários de imóveis”, sustentou, na ocasião.
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ATUALIDADE
018
CÂMARA DO PORTO
BAIXA PREÇO DA ÁGUA EM Os portuenses vão pagar, este ano, menos 1% do que pagaram em 2012 pelos serviços de água e águas residuais. A água vai ficar mais barata no concelho do Porto em 2013. Em articulação com o Presidente da Câmara, o Conselho de Administração da Empresa Municipal Águas do Porto aprovou, em novembro, os Instrumentos de Gestão Previsional, para o triénio 2013-2015, que determinam uma redução de 1% nas tarifas de água e águas residuais no próximo ano, relativamente aos valores atualmente em vigor. Os encargos dos portuenses com os serviços de água e saneamento situam-se já abaixo da média nacional. A nível regional e nacional, os preços praticados estão já, aliás, entre os mais competitivos no universo dos sistemas públicos de água e saneamento completos e sustentáveis. No atual contexto de crise económica e social do país, a Câmara Municipal do Porto considera que, sempre que possível, é importante atenuar as dificuldades das famílias e das empresas, através de um menor peso da fatura da água no seu orçamento mensal. A empresa pretende, assim, reforçar o princípio da garantia de universalidade de acesso aos serviços de água e águas residuais por parte da população e das empresas, sem colocar em risco a qualidade dos serviços prestados, a sustentabilidade económico-financeira do sistema e a concretização do plano de investimentos.
BOA GESTÃO VIABILIZOU MEDIDA É, precisamente, a solidez das contas da Águas do Porto que sustenta a decisão de redução da tarifa da água em 2013, apesar da subida da inflação e do aumento do preço da água comprada à Águas do Douro e Paiva. Os ganhos resultantes da crescente eficiência operacional da empresa, nomeadamente da redução das perdas de água e da diminuição da fatura energética associada às estações elevatórias, têm vindo a permitir, sem aumentos médios reais das tarifas, o financiamento do plano de investimentos de remodelação da rede de abastecimento de água e de expansão da rede de saneamento, bem como o alargamento do âmbito da atividade da empresa, de forma a abranger todo o ciclo urbano da água (águas pluviais, ribeiras e praias).
ÁGUAS DO PORTO NÃO TEM QUALQUER DÍVIDA À BANCA Verifica-se que, entre 2007 e 2012, o Município do Porto investiu, nesta área, um montante total de 32,9 milhões de euros, dos quais 73% foram financiados por capitais próprios e 27% por fundos comunitários. Ou seja, o plano de investimentos tem vindo a ser concretizado sem recurso a empréstimos bancários, sendo que o prazo de pagamento a fornecedores é, em média, de 30 dias. Dentro deste princípio, a Águas do Porto, tal como as restantes empresas municipais do concelho, fechou as contas de 2012 sem qualquer dívida à banca.
019
LAGARTEIRO UM DOS BAIRROS CUJA REABILITAÇÃO FOI
AFETADA PELO INCUMPRIMENTO DO IHRU
A falta de cumprimento, por parte do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), dos compromissos firmados com a Câmara Municipal do Porto com vista à reabilitação dos bairros sociais abrangidos pelo programa PROHABITA está a afetar o normal desenvolvimento do processo. O inesperado anúncio dos cortes nos apoios financeiros já com as obras em curso e/ou projetadas provocará, inevitavelmente, atrasos substanciais numa ação que tem constituído uma das principais prioridades deste Executivo autárquico, no domínio da coesão social.
A prossecução das obras de grande reabilitação, como inicialmente estava programado, sofreu uma profunda revisão dado que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana decidiu, unilateralmente, cancelar os compromissos financeiros assumidos nos dois Acordos de Colaboração em que era subscritor ao abrigo do Programa de Financiamento para Acesso à Habitação - PROHABITA. Assim, o avanço das obras ao ritmo previsto e que tinha sido assumido pela CMP poria em causa o equilíbrio financeiro da Autarquia. Tornou-se, portanto, inevitável o atraso nas ações de grande requalificação dos bairros sociais. Essas intervenções, que se consideram indispensáveis, serão seguramente efetuadas, mas necessariamente a um ritmo bem mais lento. A falta de apoio do poder central, que estava previsto e subscrito pelas partes nos referidos Acordos de Colaboração celebrados em maio de 2008 e de 2011, ao qual se as-
socia a crise do país, com reflexo nas receitas correntes municipais, tornam inevitável esta realidade já em 2013.
PONTO DE SITUAÇÃO DO LAGARTEIRO E DE OUTROS BAIRROS EM IDÊNTICAS CONDIÇÕES Em relação ao Bairro do Lagarteiro, estão reabilitados oito dos 13 blocos que o constituem, faltando reabilitar os blocos 9 a 13. Apesar dos constrangimentos financeiros, o bloco 9 poderá ter a respetiva empreitada iniciada durante os primeiros meses de 2013. Quanto aos restantes aglomerados abrangidos pelo referido programa, a situação é a seguinte: - Em Aldoar, dos 16 blocos faltam reabilitar 2 (blocos 12 e 14); - Em Contumil, dos 6 blocos falta reabilitar 1 (bloco 4); - Em S. Roque da Lameira, dos 21 blocos faltam reabilitar 3 (blocos 21 a 23); - Em Santa Luzia, iria ser dado início a uma segunda fase. Refira-se que as obras de requalificação das moradias de Rainha D. Leonor e da reabilitação interior dos fogos devolutos em diversos bairros de habitação social continuam a efetuar-se, exclusivamente, com recurso a capitais próprios. Todas as intervenções mencionadas encontram-se com os projetos concluídos e em condições para verem lançadas as empreitadas de reabilitação, cujo ritmo de execução foi posto em causa pelo IHRU, ao decidir cancelar os apoios que estavam previstos.
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PORTO VIVO, SRU GOVERNO NÃO PAGA HÁ 2 ANOS ATRASO NO FINANCIAMENTO ESTÁ A COMPROMETER A REABILITAÇÃO URBANA No fim de 2012, o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, ainda não tinha desbloqueado junto da Porto Vivo, SRU a verba que lhe compete, referente a 2010 e a 2011 e que, no milhões e mil de euros. A situatotal, ascende a ção, que já se arrasta há dois anos, tem sido objeto de diversos contatos e negociações conduzidas pessoalmente por Rui Rio, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal do Pordo capital daquela empresa detida to, detentora de . maioritariamente pelo acionista Estado
2
40%
Na assembleia geral de março, o IHRU – Instituto Público dependente do Governo – assumiu a dívida de 2,4 milhões de euros. Na altura, comprometeu-se a pagá-la até ao fim de abril, no âmbito da aprovação do orçamento de Estado retificativo, o que não aconteceu. Em janeiro de 2013, o Governo continua sem pagar o que deve. Este impasse teve, para já, como principal consequência a saída de Rui Moreira da presidência do Conselho de Administração. O empresário e gestor, que em outubro último apresentara a renúncia ao cargo, vinha alertando para o facto de o atraso no financiamento configurar a violação do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais também aplicável às sociedades de capital público. No momento de abandonar formalmente as funções que vinha exercendo desde junho de 2011, Rui Moreira confessava-se incapaz de antever o futuro da empresa perante a dívida do Governo, a ausência de um contrato-programa entre acionistas e a revisão de estatutos da Porto Vivo, SRU, ao mesmo tempo que reiterava a necessidade de a reabilitação urbana ser encarada pelo poder central como “uma prioridade nacional”.
ASSINATURA DE CONTRATO/PROGRAMA A SOLUÇÃO MAIS LÓGICA De notar que, até ao presente, todo o financiamento da atividade corrente da Porto Vivo, SRU tem sido assegurado através da reposição de prejuízos, o que ocorre sempre no ano subsequente. Esta situação deixaria de se verificar se o financiamento fosse assegurado através da formalização de um contrato-programa.
570
(60%)
DÍVIDA DO ESTADO CUSTA À PORTO VIVO, SRU CERCA DE 330 EUROS POR DIA A ausência da reposição regular dos prejuízos, tal como está configurado no modelo atual, leva a que a SRU tenha de recorrer a financiamento bancário, destinado a suportar quer as despesas correntes, quer os juros associados ao financiamento da reabilitação urbana. Na prática, a dívida do IHRU traduz-se num encargo médio diário de cerca de 330 euros, em juros.
RUI RIO AINDA SÓ NÃO FALOU COM O… PAPA! Rui Rio tem, entretanto, vindo pessoalmente a desenvolver, ainda que de forma discreta, diversos contactos com responsáveis governamentais, no sentido de desbloquear uma situação, que, por parte da Câmara, nunca foi difícil de ultrapassar. A CMP repôs, aliás, em agosto a sua quota referente ao exercício de 2010 (843 mil euros) e em outubro a quota relativa ao exercício de 2011, no montante de 869 mil euros. “Só me falta falar com o Papa!”, desabafava, no início do ano, o líder autárquico, por ocasião de mais um adiamento da Assembleia-Geral de acionistas da Porto Vivo, SRU, provocado pelo impasse na atribuição do financiamento.
vi
sit
e-
no
s!
DENUNCIAR A SITUAÇÃO É UM “IMPERATIVO MUNICIPAL, NACIONAL E CÍVICO” A 5 de dezembro, o Presidente da CMP voltava a aludir publicamente ao assunto, durante a cerimónia comemorativa dos 16 anos da classificação do Centro Histórico do Porto como Património Mundial, não escondendo alguma inquietude e desilusão pelo incumprimento do Governo no que toca aos compromissos assumidos para com a Porto Vivo, SRU.
“O apoio dado pelo Estado à segunda maior cidade do país é de pouco mais de um milhão de euros por ano, verba que já não paga há dois anos, apesar de, em abril, ter garantido que o iria fazer”, afirmou o autarca, depois de elencar os principais impactos positivos da reabilitação urbana nas suas vertentes cultural e económica, esta última em grande parte através do turismo e do poder de arrasto noutros setores da economia capazes de dinamizar o crescimento e o emprego. “Haverá uma esperança muito grande que nasça nos portugueses com atitudes destas? Eu acho que não. E acho que é minha obrigação dizer isto para não ser conivente com muitas coisas com que, francamente, não concordo e que, ao serem assim, não acendem luz nenhuma ao fundo do túnel”, adiantou.
“ESTADO DIZ QUE DÁ MUITO, QUE NÃO PODE CONTINUAR ASSIM E NOS DOIS ÚLTIMOS ANOS AINDA NEM SEQUER PAGOU”
UM LUGAR À SUA ESPERA NA URBANIZAÇÃO DE SANTA LUZIA Reside ou tem residência no concelho do Porto há mais de um ano de, pelo menos, um dos elementos do seu agregado
Apesar de considerar não haver “razões de ordem política” ou “má vontade” por parte do Governo para com a CMP em torno de diversos dossiês que continuam parados – sendo, em sua opinião, apenas uma questão de “inércia” – Rui Rio não abrandou na crítica. “Acho que tenho o imperativo municipal ou nacional, ou cívico de sublinhar este disparate: 1,2 milhões por ano para a reabilitação urbana da segunda maior cidade do país… e dizem que isto não pode continuar assim, que é muito, e nos dois últimos anos nem sequer pagaram”, zurziu. Mesmo admitindo poder haver quem não goste destas palavras, Rui Rio sustentou ter obrigação de defender a sua posição sobre essa matéria “em nome do interesse público, em nome da cidade do Porto e mesmo do país”, até porque – sublinhou - não quer ser “corresponsável pela situação que o país atravessa”.
familiar e quer mudar de casa? A resposta pode estar no Agrupamento Habitacional de Santa Luzia. À sua espera estão cinco fogos habitacionais (T4), a preços convidativos. Saiba como e mais informações em www.cm-porto.pt
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PROGRAMA “ACONCHEGO” VOLTOU A SER RECONHECIDO COMO PROJETO DE EXCELÊNCIA O programa municipal “Aconchego” foi uma vez mais reconhecido como um projeto de intervenção social de excelência. A cerimónia que marcou essa distinção ocorreu em outubro, em Lisboa, no Teatro S. Luiz, por ocasião da 3ª Gala ‘Sorrir na Educação’, promovida pelo projeto com a mesma designação. O projeto “Sorrir na Educação”, da Clínica da Educação, presta anualmente homenagem a 10 instituições/projetos na área da educação, que merecem um reconhecimento público pelo bom trabalho desenvolvido ao longo do tempo. O objetivo é divulgar, apoiar mas sobretudo reconhecer o mérito de instituições e projetos de intervenção social com desempenho de excelência. A per-
tinência social, a originalidade do projeto, os resultados obtidos e a resposta de ação local são os critérios envolvidos nesta seleção anual. A receber o reconhecimento de mérito público do “Aconchego” estiveram, em representação da Fundação Porto Social, Daniel Coelho, Diretor de Projetos Sociais, e Teresa Branco, responsável pelo projeto em causa.
UMA INICIATIVA CRIADA EM 2004 O programa “Aconchego - Casa para quem estuda, companhia para quem precisa” – foi criado em 2004, pela Câmara Municipal do Porto, e tem vindo a ser implementado pela Fundação Porto Social, em parceria com a Federação Académica do Porto (FAP Social).
Há oito anos que este Projeto, assente numa perspetiva intergeracional de combate à solidão e isolamento dos mais idosos, proporciona o alojamento de jovens universitários em habitações de seniores residentes no concelho do Porto, a título gratuito ou com uma comparticipação simbólica nas despesas de água, luz e gás.
Retribuir companhia com alojamento compensando alojamento com companhia A partir de duas dificuldades aparentemente intransponíveis, obteve-se, assim, uma dupla solução para o problema de alojamento de jovens universitários e da solidão e/ou isolamento de idosos que residem na cidade. Em suma, os idosos retribuem companhia com alojamento e os jovens universitários compensam alojamento com companhia e apoio. Juntos recolhem uma riqueza sem preço - os afetos.
023
PORTO
CONSIDERADO “O MELHOR MUNICÍPIO PARA ESTUDAR” O Município do Porto foi distinguido como o melhor município para estudar, na Edição 2012 dos Prémios de Reconhecimento à Educação.
DIREITO DE RESPOSTA “Tribunal volta a dar razão a Manuel Gonçalves”
Os Prémios do “Ensino do Futuro” são uma iniciativa conjunta da groupVision Education Services Lda, da SINASE e de organizações apoiantes e patrocinadoras, tendo como objetivo distinguir entidades educativas e formativas cuja atuação se destaca pelo contributo prestado junto e para a comunidade educativa. O projeto, que recebeu o primeiro prémio nesta categoria, é promovido através do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social e designa-se de PortoEduca. Contempla um conjunto de ações/atividades que, por um lado, garantem o prolongamento do horário de funcionamento das escolas e, por outro, respondem com qualidade a uma necessidade atual e premente das famílias. As atividades realizadas concretizam o conceito de “escola a tempo inteiro” com qualidade (atividades de enriquecimento curricular, AEC´s e atividades de componente de apoio à família, CAF). Um grupo de atividades que visam também a disseminação e democratização do uso das novas tecnologias como instrumento/estratégia de transmissão do saber, na senda da promoção de um ensino moderno e de qualidade, adaptado às novas exigências da modernidade.
Na sequência da notícia veiculada na revista “Porto Sempre” de outubro/2012, pág. 17, sob o título “Tribunal volta a dar razão a Manuel Gonçalves”, sentindo-se visado pessoalmente com o teor da mesma, vem o ora signatário, no exercício do direito de resposta, ao abrigo dos art.ºs 24º e ss da Lei nº 2/99, de 13 de janeiro (Lei de Imprensa), esclarecer o seguinte: O Ministério Público – magistratura à qual tenho a honra e o orgulho de per-
tencer – é um órgão de justiça que age de acordo com o princípio da legalidade, segundo critérios de objetividade e não por critérios de oportunidade político-partidária. O Procurador da República Carlos Santos
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LIA FERREIRA é a nova Provedora Municipal dos Cidadãos com Deficiência
Lia Ferreira é a nova Provedora Municipal dos Cidadãos com Deficiência, sucedendo a João Cottim Oliveira com quem trabalhou, como adjunta, nos últimos três anos. João Cottim Oliveira continuará, no entanto, a desenvolver a sua atividade, mas agora à escala metropolitana, uma vez que é Provedor da Área Metropolitana do Porto desde 2007.
A nova Provedora promete dar continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo desta última década e, se possível, alargá-lo social e geograficamente, em estreita colaboração com a Direção Municipal da Via Pública, em cuja área existe o maior número de queixas por parte de munícipes com mobilidade condicionada. “Teremos de procurar dar respostas na área social, onde existe uma grande falha”, reconheceu Lia Ferreira, destacando a importância do intercâmbio com o Instituto Nacional de Reabilitação. A desorganização do mobiliário dos passeios, a largura e qualidade do seu pavimento, bem como a insuficiência de rebaixamentos, que “nunca são demais”, foram alguns dos exemplos de condicionalismos com que os cidadãos com deficiência quotidianamente se confrontam nas ruas da cidade. “Uma das ideias em desenvolvimento com o Pelouro do Urbanismo é a criação e divulgação de informação sobre alguns locais e suas acessibilidades”, revelou a responsável. “A ideia será, pois, estender essa base de dados, que, no fundo, é disponibilizada a todo o público, para que os próprios serviços
possam priorizar as suas intervenções, de acordo com a sua capacidade e respetivos orçamentos, de forma a irem eliminando aqueles pontos vermelhos e amarelos que vão surgindo na Carta da Cidade”, observou a Provedora.
Um percurso ao serviço da acessibilidade para todos Lia Ferreira é arquiteta e foi durante o seu percurso académico que iniciou a pesquisa e estudos no âmbito da Acessibilidade e Design Inclusivo. Em 2006 integrou a equipa técnica do “Guia de Acessibilidade e Mobilidade para Todos, Apontamentos para uma melhor interpretação do DL-163/2006 de 8 de agosto”. Entre 2007 e 2009 integrou a equipa do Gabinete m.pt (Mobilidade Paula Teles) e simultaneamente a equipa do ICVM (Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade) onde, entre outras atividades, se dedicava à elaboração de Planos de Intervenção das Acessibilidades no âmbito do Projeto Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos. Fez, também, parte da equipa técnica do “Desenhos de Cidades entre Desenhos de Cidades, Boas Práti-
cas de Desenho Urbano e Design Inclusivo”, publicado em 2009, no mesmo ano em que assumiu funções como Provedora Adjunta dos Cidadãos com deficiência na Câmara Municipal do Porto.
CMP pioneira na criação do cargo A Câmara Municipal do Porto foi pioneira no universo autárquico quando, em 2002, criou a Provedoria Municipal
025 dos Cidadãos com Deficiência, com vista a uma cidade mais inclusiva e solidária. Desde a sua criação, este organismo tem trabalhado para que a cidade se torne mais acessível para todos. Entre as principais conquistas, destaque, entre outros aspetos, para as ruas com passeios corretamente dimensionados e pavimentados, as passadeiras rebaixadas e com sinalização cromática no pavimento. Faz parte das suas conquistas a adoção de uma nova postura municipal em relação ao estacionamento para pessoas com mobilidade condicionada. Estão também em desenvolvimento projetos para adaptação e melhoria das condições de acessibilidade e mobilidade na Biblioteca Almeida Garrett e jardins envolventes, bem como nos diversos equipamentos desportivos municipais.
Porto acolhe Milhares de estudantes chegam, anualmente, ao Porto, através dos programas de mobilidade internacional, transportando consigo um desafio inovador - viajar, conhecer outras culturas, investir na formação académica e pessoal e crescer na sua relação com o outro e com a Cidade. Procuram nas nossas entidades de ensino superior a excelência do seu ensino e a qualidade da sua investigação.
Primeira passadeira tátil inaugurada no Porto A cidade do Porto conta já com a primeira passadeira tátil, um importante instrumento de auxílio aos cidadãos invisuais integrado no Sistema de Itinerários Acessíveis do Porto. O equipamento está instalado junto à passadeira da Rua Infante D. Henrique, em plena Zona Histórica, entre as igrejas de S. Francisco e S. Nicolau. Consiste numas guias metálicas e em relevo colocadas nos passeios, que permitem aos cegos identificar com rigor o local para atravessar a rua em segurança.
PROVEDORIA MUNICIPAL DOS CIDADÃOS COM DEFICIÊNCIA: Local de atendimento: Gabinete do Munícipe Praça General Humberto Delgado, 266 4000-286 Porto Fax: 22 209 71 38 E-Mail: provedor.cd@cm-porto.pt Horário: quarta-feira: 14h às 17h sem marcação prévia; 17h às 19h com marcação prévia.
O Município do Porto não poderia ficar fora deste movimento de atração, pelo contrário, contribui, ele próprio, para reforçar junto dos estudantes a marca Porto, trabalhando em cooperação com a Universidade do Porto, o Instituto Politécnico do Porto e a Universidade Católica Portuguesa para a integração dos estudantes na vida da cidade. Foi este o propósito que esteve na génese do Programa “Porto Acolhe”, concebido à medida do interesse dos estudantes. Este programa de acolhimento resulta do esforço combinado de vários serviços municipais, no sentido de desenvolver um conjunto de ações que evidenciam as marcas da nossa identidade cultural e de lazer, da nossa dinâmica cientifica e da nossa capacidade de reinventar os espaços da Baixa. O “Porto Acolhe” é, assim, um programa de oportunidades que permite aos estudantes frequentar os equipamentos desportivos municipais, assistir a espetáculos culturais e sessões científicas, visitar museus, participar em visitas orientadas ao Centro Histórico do Porto e conhecer os projetos de reabilitação urbana, as indústrias e comércio criativo.
Conheça o Erasmus Consórcio Para conhecer toda a oferta deste programa é enviada a Porto Ways, a nossa Newsletter semestral, que espelha toda a dinâmica municipal, sendo esta o link com os estudantes estrangeiros, as universidades e a rede internacional académica. Sem dúvida um “cardápio” bem aliciante, encerrado com chave de ouro – o Erasmus Consórcio – ao qual o Município do Porto aderiu, a convite da Universidade Católica Portuguesa, possibilitando aos estudantes de universidades estrangeiras realizar um estágio na Câmara Municipal.
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FACULDADE DE ECONOMIA DO PORTO ATRIBUIU “PRÉMIO CARREIRA” A RUI RIO O Presidente da Câmara Municipal do Porto foi distinguido com o "Prémio Carreira 2012" atribuído pela Faculdade de Economia do Porto (FEP). O galardão foi-lhe entregue durante a Sessão Solene de Abertura do Ano Letivo 2012/2013, para a qual foi também convidado o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
O "Prémio Carreira" tem como objetivo homenagear um(a) diplomado(a) que se tenha distinguido ao longo da sua carreira e que constitua uma referência profissional para os seus pares e para a comunidade. A FEP pretende, igualmente, destacar assim quem promove, pelo seu mérito, a imagem daquela Faculdade, enquanto instituição de excelência no ensino e investigação da Economia e da Gestão. Para além de Rui Rio, os outros nomeados eram Ana Maria Fernandes e Fernando Teixeira dos Santos, ex-Ministro das Finanças. No ano passado, a distinção foi entregue a Daniel Bessa.
ECONOMISTA, SEMPRE No discurso de agradecimento, o autarca acentuou nunca ter abandonado a profissão de Economista mesmo durante o desempenho de cargos políticos e recordou a sua intervenção no movimento estudantil associativo, antes e depois do 25 de Abril, bem como a passagem pela liderança da Associação de Estudantes daquela Faculdade. Rui Rio revelou que, em 1983, apenas um ano após concluir o curso, foi convidado a integrar as listas de candidatos a deputados pelo PSD, mas – adiantou - só decidiu aceitar participar em lugares não elegíveis. "Queria ter uma carreira profissional e só dez anos depois entrei na Assembleia da República como deputado", sublinhou, tendo então pedido à direção do grupo parlamentar social-democrata para integrar a Comissão de Economia.
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RUI MOREIRA LANÇOU "ULTIMATO" NO PALÁCIO DA BOLSA "Ultimato - o antes e o depois do 15 de Setembro" é o título do mais recente livro de Rui Moreira, apresentado em outubro último, no Palácio da Bolsa, pelo eurodeputado social-democrata, Paulo Rangel. Na obra, editada pela Oficina do Livro, o autor, que preside à Associação Comercial do Porto, expõe uma reflexão sobre o país, os seus desafios e caminhos a seguir como forma de ultrapassar a atual crise. Após "Rumo ao Abismo" e "Uma questão de carácter", Rui Moreira continua a envolver-se nas questões prementes da realidade portuguesa e analisa, neste livro, as causas da mobilização do dia 15 de setembro, bem como alguns dos principais fatores do desânimo de Portugal.
“A POLÍTICA NÃO FOI SUSPENSA” "Não pode ser apenas um cidadão comum a mudar de vida, as reformas devem ser percebidas por aqueles que as vão cumprir, porque a política não foi suspensa" - é uma das frases que caracteriza a reflexão condensada nesta obra. Para Paulo Rangel, o "Ultimato - o antes e o depois do 15 de Setembro" está escrito de uma forma "elegantíssima" e "embora não tenha uma história nem uma intriga, não se pode parar de o ler", dada a quantidade "impressionante" de factos e de dados ocorridos designadamente entre os dias 15 de setembro e 15 de outubro. "Trata-se de um livro da história do presente", sintetizou o apresentador oficial da obra.
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AZEREDO LOPES
DOCENTE UNIVERSITÁRIO E EX-PRESIDENTE DA ERC - ENTIDADE REGULADORA PARA A COMUNICAÇÃO SOCIAL “NÃO GOSTARIA DE VIR A TER [NO PORTO] A PROMESSA BOMBÁSTICA E FÚTIL, O CLIENTELISMO, O FARTAR VILANAGEM E UM “PENSAMENTO” ESTRATÉGICO ASSENTE APENAS NO PRINCÍPIO DESPESISTA” Qual a importância, num Estado de Direito, da existência de um organismo como a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social, a que presidiu durante cinco anos (de 2006 a 2011)? Terão legitimidade as críticas que acusam essa entidade de ser politicamente instrumentalizada? A existência de um regulador da comunicação não constitui pressuposto do Estado de Direito, mas é indiscutivelmente importante para aferir o estado de saúde da liberdade de imprensa e do mercado da comunicação social. Aliás, por alguma razão a própria Constituição prevê a existência de uma estrutura de regulação: tanto para protecção e garantia da liberdade de imprensa quanto, numa dimensão que não é menos nobre, para salvaguarda dos direitos dos cidadãos. O regulador, por conseguinte, equilibra estas duas dimensões, e reforça a ideia de que a liberdade de imprensa não é um valor absoluto ou divino, mas vocacionado para servir os cidadãos. Quanto às acusações de instrumentalização política – seja lá isso o que for – nenhum regulador está a salvo desse risco. Mas, falando pelo período em que exerci funções na ERC, é fácil demonstrar como a acusação é disparatada. Porque as maiorias se fizeram sempre ao arrepio dos alinhamentos com os partidos que procederam à indicação dos membros do Conselho. Isto dito, defendi e defendo que, provindo a legitimidade do regulador da comunicação social da Assembleia da República, deveria alargar-se a representação para além dos dois maiores partidos políticos. Que experiência mais o marcou durante esse período? Foram muitas e muito ricas as experiências que tive o privilégio de viver. Mas talvez destacasse a forma como o regulador se bateu pela dignificação do direito de resposta (que estava em estado comatoso quando iniciei funções) e as decisões com mais influência no mercado, quer dizer, a decisão sobre as candidaturas ao chamado 5.º canal e a decisão Ongoing/TVI. Aí foi possível comprovar o profissionalismo do regulador, capaz de produzir duas deliberações muito importantes de que me orgulho.
“A qualidade jornalística diminui sempre que são dispensados ou despedidos jornalistas, sempre que, para sobreviverem, jornais ou grupos de comunicação social são obrigados a fazer cortes drásticos nos seus orçamentos” Como académico e especialista na área, que futuro antevê para os jornais em formato tradicional? Estarão, na sua ótica, irremediavelmente ameaçados (ou até mesmo derrotados) pelo novo (e já atual) paradigma digital, ou ainda haverá esperança para o “papel”? Confesso o meu pessimismo relativamente ao futuro da imprensa escrita. A queda
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029 brutal de receitas publicitárias, a alteração dos consumos, a concorrência (quantas vezes desleal) que sofre dos outros meios, a falta de meios para a realização, por exemplo, de um verdadeiro jornalismo de investigação, o desaparecimento de uma cultura de redacção, a diluição por vezes perigosa entre jornalismo e opinião, a perplexidade relativamente às redes sociais, todos são elementos que, a meu ver, enfraquecem a imprensa escrita. Dirão alguns que o digital é o papel sob outra forma. Talvez. Ainda assim, acredito que a “morte” da imprensa escrita é diagnóstico ainda prematuro. Felizmente, aliás. Numa das conferências do ciclo “Grandes Debates do Regime”, promovido pela CMP, manifestou-se preocupado com a saúde económica das empresas de comunicação social e com a “subproletarização da profissão de jornalista”. Mantém esse estado de espírito? Não teme pela qualidade da informação produzida num contexto de grande aperto e contenção financeira, com a crise a estrangular o mercado da publicidade e os potenciais consumidores da informação cada vez mais parcimoniosos em comprar jornais, livros e revistas? Mantenho, naturalmente, aquilo que afirmei, e a contragosto até penso que as nuvens negras se adensaram mais em muito pouco tempo. Pareceme evidente, por outro lado, que a qualidade jornalística (em avaliação global e não individualizada) diminui necessariamente sempre que são dispensados ou despedidos jornalistas, sempre que, para sobreviverem, jornais ou grupos de comunicação social são obrigados a fazer cortes drásticos nos seus orçamentos: e exemplos não têm faltado.
“A liberdade de imprensa não é um valor absoluto ou divino, mas vocacionado para servir os cidadãos”
“AS NORMAS ESTATUTÁRIAS E DEONTOLÓGICAS DO JORNALISMO LEVAM QUANTAS VEZES PANCADA DE CRIAR BICHO” Em termos genéricos, a comunicação social está descredibilizada em Portugal? Sente que existe um certo clima de irresponsabilidade e até de impunidade relativamente a determinado tipo de notícias, cuja elaboração nem sempre estará conforme aos preceitos do Estatuto e do Código Deontológico dos jornalistas? Como costumo dizer, há de tudo, como no mercado. Mas é verdade que as normas estatutárias e deontológicas do jornalismo levam quantas vezes pancada de criar bicho. Muito disto não se explica pela deficiente qualidade dos jornalistas, porque os há fantásticos. Mas antes pela perda de referências nas redacções, pela pressão esmagadora de razões comerciais e pela excessiva promiscuidade entre poderes. Na qualidade de jurista, como tem assistido às constantes violações do segredo de justiça que normalmente desembocam em julgamentos na praça pública e que afetam, por vezes irremediavelmente, o caráter de algumas pessoas inocentes envolvidas? O recente caso, entre outros, em torno do Dr. Medina Carreira levou Baptista-Bastos a qualificar esse tipo de prática como “jornalismo de faca na liga”. Quer comentar? Depois de aberta a caixa de Pandora, é sempre mais difícil fechá-la. E é o que
a meu ver tem acontecido com as relações de excessiva proximidade entre poder judicial e comunicação social. Um bom exemplo é, justamente, a violação do segredo de justiça. Outro, a divulgação de escutas. Naturalmente, nada disto acontece sem que, de dentro do poder judicial, haja quem “passe” a informação; e nada se passa sem que, do lado da comunicação social, haja quem esteja disponível para gulosamente receber, embrulhando tudo sob a capa da investigação jornalística quando do que se trata é antes do papel da barriga de aluguer. Este “contrato”, quase sempre, resulta no assassinato moral de pessoas na praça pública, sujeitas a um tribunal popular cego a quem se torna indiferente saber depois o que realmente foi decidido pelo poder judicial. Em segundo lugar, contamina a imagem que os cidadãos têm, não só do poder político como, além disso, do poder judicial e, já agora, do próprio jornalismo. Em terceiro lugar, e porque estas coisas manifestamente não acontecem por coincidência ou de forma aleatória, fica a péssima sensação de que muitas “divulgações” ocorrem segundo uma agenda política e não de acordo com o fluir normal da actividade e investigação jornalísticas.
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030 A violação do segredo de justiça “contamina a imagem que os cidadãos têm, não só do poder político como, além disso, do poder judicial e, já agora, do próprio jornalismo” “QUALQUER DIA, QUEM TIVER UM CARGO PÚBLICO TERÁ DE O ESCONDER DA FAMÍLIA E AMIGOS, MAIS DO QUE O TRAFICANTE DE COISAS MENOS PRÓPRIAS” Se não há democracia sem uma verdadeira liberdade de imprensa e de informação -liberta da defesa sectária de interesses corporativos - este tipo de atropelos poderá enfraquecer o poder político a ponto de se tornar numa ameaça ao próprio regime? A exposição por vezes brutal de agentes políticos a um tiroteio mediático com agenda pouco transparente tem efeitos, evidentemente, no enfraquecimento social do poder político. Tem depois o efeito também ele perverso de que, qualquer dia, quem tiver um cargo público, electivo ou não, terá de o esconder da família e amigos, mais do que o traficante de coisas menos próprias. E tem finalmente o efeito de enfraquecer todos os poderes públicos e a sua legitimação e credibilidade. É ver as sondagens e a forma como por exemplo os portugueses avaliam em geral os políticos, o poder judicial e a comunicação social, colocando tudo e todos no mesmo saco negativo. Gosta de se assumir como portuense e boavisteiro. Que relação nutre com a cidade? É verdade que sempre resistiu aos apelos para ir viver para Lisboa? E, já agora, essa qualidade de boavisteiro é extensiva ao axadrezado campo desportivo? O Porto é a minha cidade e o meu porto abrigo, e assumo-o com muito orgulho, gostando e precisando muito embora de conhecer outras paragens. Mas não tenho, de todo, uma relação de oposição com Lisboa nem com os lisboetas. Considero, porém, que no Porto tenho melhor qualidade de vida, mesmo porque esta coisa dos afectos manda em nós. E sou tanto boavisteiro de alma
“No futebol espero ter a única dimensão fanática da minha vida”
(quarteirão) como desalmadamente boavisteiro (clube). No futebol, aliás, espero ter a única dimensão fanática (e algo intolerante) da minha vida. Como facilmente comprovará – às vezes, para meu grande embaraço – quem me veja a assistir a um jogo do meu clube. Aos seus olhos e à luz da sua própria sensibilidade, como tem encarado as mudanças ocorridas no Porto, ao longo dos últimos anos, em diversas vertentes, desde o urbanismo até à coesão social, com a requalificação da habitação social, passando pela animação, oferta cultural e turística? Acho que, em geral, o balanço é francamente positivo. E devo destacar, porque em minha opinião é de justiça, como Rui Rio foi conquistando o coração e o respeito dos portuenses. Nessas dimensões que refere a pergunta, e noutras, mais imateriais, que o foram erguendo àquele patamar em que já não se depende do fluir do tempo e das conjunturas.
“Rui Rio foi conquistando o coração e o respeito dos portuenses”
Conciliar desenvolvimento e modernização - seja em que domínio for - com uma gestão equilibrada e rigorosa em termos orçamentais não é tarefa fácil. Acha que o município do Porto tem conseguido, na medida do possível, aproximar-se desse objetivo? Acho que sim. A gestão de uma casa como de uma Câmara é sempre, de alguma forma, a arte do possível, por um lado; e a arte das escolhas, por outro. Essa articulação (que a meu ver passa sempre por olhar primeiro para os mais fracos e para aqueles que mais precisam) foi conseguida, com o mérito além disso de, pelo menos numa fase inicial, se terem quebrado rotinas e usos, se terem enfrentado interesses, etc. Com erros pelo caminho, mas (felizmente) não conheço ninguém que nunca os tenha cometido. As contas devem fazer-se olhando do alto, para ter perspectiva, e não ao nível da rua, onde só se vêem minudências. E, aí, um olhar objectivo impõe que a resposta à pergunta seja sem dúvida positiva.
031 “UMA CULTURA DE GESTÃO CONFIÁVEL” AO NÍVEL DA GESTÃO AUTÁRQUICA No plano da gestão autárquica, que legado gostaria que a cidade deixasse para o futuro? Rigor, credibilidade e segurança quanto ao sentido e coerência da decisão (isto é, que o munícipe não esteja sempre numa roleta russa de cada vez que é destinatário de uma decisão ou apela a uma decisão do Município). Tudo somado, uma cultura de gestão confiável. Vista a questão ao contrário, o que de todo certamente não gostaria é de vir a ter no futuro a promessa bombástica e fútil, o clientelismo, o fartar vilanagem e um “pensamento” estratégico assente apenas no princípio despesista. Em termos de lazer e tempos livres -- e para além de se deixar envolver pela música de Glenn Gould, Miles Davis e James Brown – que locais de culto gosta de revisitar nesta sua cidade do Porto? Sinto-me primariamente em casa na zona da Boavista, da Rotunda até Cedofeita. Apaixonei-me depois pela Foz velha, aquela que faz fronteira com a Cantareira, com as suas ruelas e travessas estreitas e ondulantes e onde os laços com as pessoas são fortes ao ponto de lhes sabermos o nome e de as cumprimentarmos, de existir um forte sentimento de entreajuda, às vezes disfarçado com uma aparente rudeza inicial (até sermos adoptados). Lá tenho a mercearia do Sr. Armando, o peixe extraordinário do Sr. Xavier e do seu filho José, a tabacaria, o café e os pequenos tascos e outros botecos. Mas não dispenso a Baixa, toda a marginal do rio da Foz até à Ribeira, os restaurantes, etc. Porém, culto profano em sentido rigoroso só tenho por duas coisas: pela francesinha, com o grande orgulho de ser membro da Confraria da dita; e pela minha catedral privada, que é o Estádio do Bessa (apesar da tragédia em que se encontra o meu BFC) e o seu derivado imprescindível, a “Badalhoca”. Noutro plano, não me pode faltar muito tempo a Casa da Música, com uma programação fantástica, plural e rica.
PERFIL Portuense, boavisteiro e apaixonado pela Foz velha José Alberto Azeredo Lopes nasceu no Porto (Cedofeita), há 51 anos, é casado e tem três filhos. É doutorado em Direito pela Universidade Católica, onde é Professor Associado na Área do Direito Internacional e das Relações Internacionais. Estudou em França, onde se diplomou no Instituto Europeu dos Altos Estudos Internacionais. Foi Director da Escola de Direito do Porto da UCP e Presidente da ERC entre 2005 e 2011. É Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação dos Amigos do Boavista e da Mesa da Assembleia Geral da Associação “Somos Nós”, Associação para a autonomia e integração de jovens deficientes. Chefiou uma missão de observadores internacionais quando do referendo em Timor-Leste e participou na missão do Banco Mundial a Timor-Leste, em 1999.
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JUNTA METROPOLITANA DO PORTO DESCONTENTE COM O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO DA ANA “Praça da Alegria” não deveria ir para Lisboa
A Junta Metropolitana do Porto (JMP) classificou de “francamente negativa” a forma como o Governo conduziu o processo de privatização da ANA- Aeroportos de Portugal, relativamente “ao diálogo com a Junta” e “à preocupação de defender o futuro do Aeroporto Francisco Sá Carneiro (AFSC)”. O contrato de concessão daquela empresa suscitou, igualmente, muitos reparos, tendo, por isso, merecido uma «apreciação global negativa» por parte daquela estrutura intermunicipal. “Pela forma como o contrato foi escrito e assinado não é possível alguém garantir o que vai ser o AFSC daqui a 10 ou 12 anos, qual a sua importância, ou o seu volume de tráfego, por exemplo”, referiu o Presidente e porta-voz daquele organismo metropolitano. O não acolhimento da proposta – das muitas apresentadas pela JMP – relativamente ao sistema das rendas negativas - isto é, quanto mais tráfego conseguisse, mais baixa seria a renda a pagar pela ANA e vice-versa - foi um dos pontos considerados nega-
tivos de um documento classificado como “muito denso, extenso e vago”. Este princípio – explicou Rui Rio – conjugado com a participação das principais forças vivas da região (Associação Comercial e Empresarial, Junta Metropolitana, Universidade do Porto, por exemplo) num conselho consultivo garantiria um futuro promissor para a missão futura que aquela infraestrutura aeroportuária já hoje desempenha como elemento estratégico no desenvolvimento de toda a região e até do país. Outro aspeto que provocou desagrado foi o da construção de um novo Aeroporto de Lisboa, um imperativo do anterior Governo e que, agora, apesar de tudo, é apontado como uma possibilidade. O problema, para a JMP, é que, se tal vier a suceder, a situação ficaria exatamente no mesmo pé da que figurava no modelo elaborado pelo Governo anterior. “É inequívoco que tudo isto poderia ter sido feito de maneira completamente diferente e com maior respeito pela defesa dos interesses económicos da Região Norte, que é parte integrante do país”, observou Rui Rio.
A JMP expressou, por outro lado, a sua total discordância relativamente à anunciada deslocalização para Lisboa do programa “Praça da Alegria”, que vinha sendo transmitido todas as manhãs a partir dos estúdios do Norte da RTP, classificando-a de “irracional” mesmo do ponto de vista político. Na ótica da JMP a questão tem duas vertentes, ou seja, apresenta critérios de gestão, mas entronca também em matéria de natureza política, uma vez que se trata de uma estação televisiva que tem por obrigação cumprir serviço público. “Exige-se de um governo nacional – que não de um Governo regional da capital – que tenha a capacidade de olhar para o país como um todo e não apenas para aquilo que lhe passa à porta”, declarou o Presidente da JMP.
DELEGAÇÃO DA JMP COMPOSTA POR AUTARCAS E ESPECIALISTAS CONVIDADOS Uma delegação da JMP reuniu-se em novembro, em Lisboa, com o Ministro da Economia, tendo-se feito representar pela sua Direção - Rui Rio, Castro Almeida e Castro Fernandes - e integrando ainda Bragança Fernandes (Câmara Municipal da Maia), em representação dos municípios onde se situam as instalações do aeroporto, além de especialistas convidados, como João Proença, Diretor da FEP e coordenador do Estudo que sobre a matéria lhe tinha sido encomendado pela JMP, Rui Moreira, Presidente da Associação Comercial do Porto, e Alberto Castro, professor universitário.
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TRANSPORTES E MOBILIDADE EM DEBATE NO PORTO A temática do Aeroporto voltou a estar no centro de um debate público sobre “Transportes e Mobilidade” no Porto, e no qual o dossiê do Metro também esteve em análise. O encontro foi promovido pela Distrital do Partido Socialista e contou com a participação de diversas personalidades da cidade, entre as quais Rui Moreira, dirigente da Associação Comercial do Porto (ACP), onde decorreu o debate, bem como o Presidente da CMP e também da Junta Metropolitana, estrutura na qual o PS está representado. O presidente da Distrital do Porto do PS, José Luís Carneiro, considerou que a Junta Metropolitana do Porto “fez o que estava ao seu alcance” para defender o Aeroporto Francisco Sá Carneiro no contexto da privatização da ANA. “Estudou o assunto e fez propostas, mas o Governo não ouviu os autarcas da região e corremos o risco de ver seriamente agravado o interesse estratégico da região na sua inserção no noroeste peninsular”, declarou. Para o dirigente socialista, a proposta apresentada ao Governo pela JMP “visa correr atrás do prejuízo”. “Aquilo que nós desejamos é que esta corrida não venha a prejudicar os interesses da Região Norte”, acrescentou. Por seu lado, Rui Rio acentuou que “o futuro dono da ANA terá de respeitar cláusulas que não permitam que o Aeroporto Sá Carnei-
ro, no futuro, se atrase, por exemplo, relativamente ao de Lisboa”. O Presidente da CMP e da JMP referiu que tais cláusulas deveriam ficar inscritas no “contrato de concessão que está a ser feito”, ressalvando, porém, não ser razoável estabelecer cláusulas que obriguem que o ‘Sá Carneiro’ cresça “10, 20 ou 30%”, pois “isso é impossível”. A necessidade de aprofundar os estudos sobre a inserção urbana das futuras ligações do Metro e sobre a instalação da Linha Circular do Porto foi também um dos temas debatidos pelo painel, proposto, aliás, por Rui Rio.
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JUNTAS METROPOLITANAS
DE LISBOA E DO PORTO
“ACERTARAM AGULHAS”
As direções das Juntas Metropolitanas de Lisboa e do Porto reuniram-se em finais de novembro, no Porto, para analisar a proposta de Lei sobre o Regime Jurídico das Autarquias Locais e o Estatuto das Entidades Intermunicipais, bem como alguns dos constrangimentos que se colocam à gestão autárquica.
Segundo o comunicado conjunto divulgado após a reunião, cujas conclusões foram comunicadas ao Presidente da República, ao Governo e aos líderes dos Grupos Parlamentares, as duas estruturas intermunicipais defendem que as Áreas Metropolitanas devem ter competências próprias de cariz metropolitano em setores como o Desenvolvimento Económico, Mobilidade e Transportes, Ordenamento do Território e Educação, tendo de ser, para o efeito, dotadas de recursos para exercer essas competências. O documento destaca que ambas as Juntas foram unânimes em rejeitar a Proposta de Lei apresentada pelo Governo, no que diz respeito às Entidades Intermunicipais, pelo que defendem que o Título III (parte referente às Entidades Intermunicipais) seja retirado do diploma. Em relação ao endividamento das autarquias, os organismos metropolitanos aceitam que o Governo defina e imponha regras claras sobre a matéria, mas recusam a definição de regras universais "que não têm em conta a atual realidade e diversidade de organização interna de cada município". Realçam, além disso, que "esta denominada 'reforma' não só não leva a qualquer poupança relevante, como, nalguns casos, até chega mesmo a aumentar a despesa corrente municipal". Embora concordem com a existência de um "rigoroso programa de redução do endividamento" para as Câmaras sobre endividadas, ambas as Juntas consideram “abusivo” definir a forma como os municípios devem reduzir a sua dívida.
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JMP DEFENDE QUE A PROMOÇÃO TURÍSTICA EXTERNA DEVE PERMANECER NAS ASSOCIAÇÕES DE TURISMO DE LISBOA E DO PORTO A proposta de lei do Governo, que prevê a reorganização das entidades de turismo, está a merecer fortes críticas por parte da JMP, que sustenta que a promoção turística a nível externo continue sob a alçada das Associações de Turismo de Lisboa e do Porto.
A JMP exige que o diploma seja retirado, ou "significativamente alterado" em sede parlamentar, afirmando que tal proposta deu entrada na Assembleia da República “ao arrepio” do que tinha sido acordado - e que ainda está em vigor - entre as entidades envolvidas» no processo de promoção turística externa. A Junta contesta, em concreto, que o financiamento que o Turismo de
Portugal tem alocado às Associações de Turismo de Lisboa e do Porto – responsáveis até agora pela promoção externa dos produtos e marcas portuguesas - passe a ser transferido para as entidades regionais, até ao momento apenas responsáveis pela promoção interna e que, à luz desta proposta, passariam a fazer a promoção interna e externa.
Proposta representa a “extinção” das Associações de Lisboa e Porto Na ótica da JMP, tal medida representa, na prática, a “extinção” daqueles dois organismos – Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e Associação de Turismo do Porto (ATP) - na medida em que os esvazia financeiramente, já que a maior fatia desse financiamento provém do Turismo de Portugal, que comparticipa com o dobro das verbas provenientes das autarquias locais envolvidas e de entidades privadas, as quais, aliás – segundo Rui Rio - estão "profundamente preocupadas" porque "ficam com a sua
participação muito diminuída face à nova organização". «Se para a promoção interna [a proposta de lei] pode fazer algum sentido, para a promoção externa não faz nenhum sentido que essa função seja desempenhada pela entidade regional», sustenta o autarca, acrescentando que a mediada “não é manifestamente adequada e põe política a mais – e, de certa forma, partidos a mais – numa área em que a política não deve existir”. “O que acima e de tudo deveria existir
era uma visão profissional, despolitizada e despartidarizada”, advoga o Presidente da JMP.
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036 001
UM MERCADO COM SUCESSO
À VISTA O Mercado do Bom Sucesso vai abrir portas em abril, com a mesma alma mas com outro corpo, rejuvenescido e modernizado. Quer dizer, com a sua forte vertente de mercado tradicional de frescos devidamente preservada, mas adequado aos novos padrões e hábitos de consumo. A sua requalificação só foi possível com o envolvimento da autarquia em estreita conjugação com o setor privado, numa parceria profícua para ambas as partes e, consequentemente, para a cidade.
EM NOVEMBRO JÁ HAVIA COMERCIANTES EM FILA DE ESPERA Sem derrapagens orçamentais e com o processo de comercialização dos novos espaços de negócio a decorrer a um ritmo “muito satisfatório”, as perspetivas são, pois, bastante positivas. De acordo com Sérgio Pinto, da empresa gestora “Guedes Pinto”, em finais de novembro existiam já operadores em fila de espera interessados nas 44 bancas de venda dos mais variados produtos. Aliás, segundo informações daquela empresa, dos 11 espaços reservados no mercado de frescos, nove já tinham sido comercializados. É, de resto, a grande diversidade na oferta que fará deste novo equipamento um espaço comercial de referência no Porto. “A intenção foi manter a filosofia do mercado tradicional, mas incutindo-lhe um altíssimo nível de sofisticação, com uma oferta bastante variada e abrangente de produtos alimentares da melhor qualidade, apostando essencialmente nas marcas nacionais”, referiu à TVPorto aquele responsável. Lá estarão, no piso térreo, a peixaria, o talho, os legumes, as flores, as frutas, as especiarias e muitos outros produtos que, no fundo, constituem a matriz do novo Bom Sucesso.
INOVAÇÃO E FUNCIONALIDADE Para Sérgio Pinto, a inovação nas suas diversas valências e funcionalidade é garantia de êxito, apesar do “período conjuntural complexo” que marca a atualidade económico-financeira do país, uma vez que, em seu entender, o Mercado será suficientemente atrativo para garantir a “adesão elevada” do público consumidor, não só devido à qualidade dos produtos transacionáveis, como das suas diversas valências. Segundo refere aquela empresa em comunicado, “o cuidadoso projeto de requalificação, aliado ao conceito singular e atrativo”, contribuíram para que a ‘Guedes Pinto’ tivesse, em finais de 2012, colocado no mercado seis dos sete restaurantes temáticos que integram o equipamento, de que faz igualmente parte o “Hotel da Música”, de quatro estrelas e com 85 quartos.
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FUNDAÇÃO MANUEL ANTÓNIO DA MOTA TERÁ ALI A SUA SEDE
UM INVESTIMENTO A RONDAR OS 12 MILHÕES DE EUROS
O projeto integra ainda uma zona de escritórios, cujos espaços modulares permitem a sua adequação às necessidades das empresas interessadas, e a instalação, no primeiro piso, da Fundação Manuel António da Mota, qua inclui uma área de exposições e um auditório com capacidade para 136 lugares sentados. Além da vertente comercial propriamente dita, o novo Mercado andará de mãos dadas com a arte e cultura, de acordo com um programa de eventos que integrará música, lançamento de livros, tertúlias, debates, etc. e no qual a moda ocupará, também, um lugar de destaque.
18 de julho de 2011 foi quando o projeto de arquitetura, da autoria de Rosário Rodrigues, foi deferido pelos serviços da Câmara Municipal do Porto, assim como o pedido de licenciamento da obra, cujo alvará foi emitido a 11 de agosto. Segundo Pedro Ancede, representante da empresa promotora “Mercado Urbano” – a dona da obra -- trata-se de um investimento de cerca de 12 milhões de euros. A intervenção, que respeitou integralmente a traça original do edifício, desenhado em 1949 por Fortunato Leal, Cunha Leão e Morais Soares, incide numa área de 13.500 metros quadrados e, de
acordo com aquele responsável, não conheceu quaisquer desvios orçamentais. “Vamos ter aqui um produto que atrairá novos clientes e que, decerto, irá integrar o roteiro turístico da cidade”, referiu Pedro Ancede.
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REABILITAÇÃO
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Praça de Lisboa já está aberta ao público Já é possível circular na Praça de Lisboa. A nova rua pedonal que
“Ainda está um pouco inacabada e, em termos de lojas, não dá para perceber muito bem como irá ficar, mas em termos de arquitetura acho que melhorou bastante. Antigamente esta zona estava vazia e agora será uma área de comércio que vai ganhar mais pessoas. Esta rua liga dois pontos históricos da cidade. Os turistas que vão à Torre dos Clérigos, em vez de terem que dar a volta para ir à livraria Lello, ficam com esta ligação que os traz a conhecer mais a livraria.” Clarisse Oliveira
liga a Torre dos Clérigos à Livraria Lello está aberta ao público e foi já “incorporada” pelo corrupio da cidade. As obras no interior das futuras lojas continuam a decorrer e, para já, apenas alguns estabelecimentos comerciais ligados à restauração é que estão de portas abertas. O Passeio dos Clérigos representa um investimento de 7 milhões de euros e durante o início de 2013 prevê-se que esteja a funcionar em pleno.
“É bom haver coisas novas a abrirem no Porto. Quando era a Praça de Lisboa antiga, fizeram um centro comercial que estava mal aproveitado e estava tudo a apodrecer. Tiveram uma belíssima ideia com este centro novo que abriu e esta rua que ajuda a embelezar mais a cidade do Porto”. Vitor Ribeiro
“Gosto especialmente do espaço aberto, acho que isso é importante para a cidade. Acaba por ser um comércio tradicional num espaço mais moderno. Para mim, o local ficou a ganhar muito com esta remodelação”. Júlia Pinheiro
“É a primeira vez que vim visitar isto e acho que está espetacular, está muito bonito. Gosto precisamente do espaço ao ar livre, acho que valoriza muito e é bem melhor que estar num centro comercial fechado. Acho que esta nova configuração beneficia sem dúvida a Praça, ao nível de as pessoas passearem mais e de atrair mais gente aqui à Baixa do Porto. É um espaço diferente, é novo, as pessoas vão gostar, vão frequentar e vai ajudar a afastar o vandalismo que havia ”. Clarisse Dia
“Eu conheço isto desde menino, pois nasci aqui perto e era muito diferente. Ainda agora estive ali a lanchar e acho que isto está muito bom. Ainda não está pronto, mas por aquele estabelecimento ali ao fundo [Costa Caffé], adivinha-se que isto vai ficar uma coisa engraçada e muito movimentada. E aquelas oliveirinhas [cobertura da Praça] são um encanto, tenho-as visto no estrangeiro e agora estão a pô-las aqui”. José Sousa
“Conhecia a Praça de Lisboa antigamente, chegava a vir cá à noite e tenho a perfeita noção de como isto era, estava muito degradado. Acho que esta nova configuração está excelente, tem a ver com uma reabilitação que o Porto precisa a nível urbano, principalmente no centro da cidade. Acho que é um espaço que necessitava urgentemente de ser reabilitado, além de que é uma zona que precisa de ser revitalizada em termos comerciais, para fazer o eixo entre os Clérigos e a zona da rua Passos Manuel. Tem uma noite muito concorrida e há aqui a promoção de um espaço junto à Torre dos Clérigos, que é um ícone do Porto, além de que em termos arquitetónicos é fantástico, é fabuloso”. Eduardo Gonçalves
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TORRE DOS CLÉRIGOS
COMEMORA
250 ANOS
O ano de 2013 assinala os 250 anos de existência da Torre dos Clérigos, uma das marcas do período barroco mais importantes do país e que está classificado como monumento nacional desde 1910. A Irmandade dos Clérigos aproveitou o simbolismo da data para lançar um programa de comemorações de forma a valorizar e potenciar o monumento que é considerado por muitos, como o ex-líbris da cidade do Porto.
No âmbito das comemorações, a Irmandade assinou um protocolo com a autarquia do Porto, com vista a implementar um programa de ação para a recuperação, requalificação, valorização e divulgação daquele espaço religioso, desenvolvendo uma série de atividades em parceria. Ao abrigo do mesmo, a Câmara do Porto tem como objetivo abrir um posto municipal de turismo (i-point) no interior do edifício. Além disso, o documento prevê ainda isentar a Irmandade das taxas de ocupação da via pública, decorrentes da intervenção prevista para o edifício, bem como prestar o apoio necessário na elaboração das candidaturas ao QREN. Outro dos grandes objetivos é reabilitar todo o monumento, uma obra que será executada a longo-prazo e que tem um orçamento estimado na ordem de um milhão e meio de euros, segundo o padre Américo Aguiar, presidente da Irmandade dos Clérigos. “Estamos esperançados que se possam lançar as obras de recuperação em todo o edifício ainda durante 2013. Temos quase encerrado o projeto de obra que contempla todos os três pisos que existem entre a Torre e a Igreja, cujo objetivo é tornar num espaço museológico”, explicou à Porto Sempre. Essencialmente, o lançamento da recuperação está dependente do financiamento através de apoios públicos. Contudo, já se encontra em obras de reabilitação a Capela de Nossa Senhora da Lapa, cuja frente está virada para a Rua dos Clérigos. Aqui, o orçamento é mais baixo, na ordem dos 100 mil euros e os custos são suportados na íntegra pela Irmandade dos Clérigos. A requalificação ao nível do interior contempla o restauro de diversas peças, da capela-mor e dos órgãos.
Um ano pleno de iniciativas Em ano de crise económica, o programa de comemorações pretende recuperar o espírito de Nicolau Nasoni, arquiteto italiano, autor do projeto original da Torre dos Clérigos, que nada cobrou pelo serviço e que, por isso, foi admitido na Irmandade dos Clérigos sem o pagamento das habituais jóias e taxas. Mas o movimento associado às comemorações começou ainda em 2012 com uma exposição fotográfica, no Palácio da Bolsa. As fotografias, da autoria de Luís Ferreira Alves, mostravam o espólio da Igreja dos Clérigos. O artista captou os aspetos mais intimistas do edifício e revelou pormenores até agora desconhecidos. A iluminação de Natal, que contemplou a Torre, e a realização de um concerto de ano novo foram outras iniciativas já realizadas. Para lembrar os sabores mais invictos, será lançado um bombom denominado “Clérigos”, em parceria com a confeitaria Arcádia e que poderá ser adquirido quer na Torre, quer na própria confeitaria. Mas o bombom não é, no entanto, o único projeto ligado aos sabores. A Irmandade está a estudar a possibilidade de construir uma réplica da torre em chocolate e à escala real. Para isso, estima que sejam necessárias, aproximadamente, 14 toneladas de chocolate. Américo Aguiar revela também que a celebração dos 250 anos dos Clérigos servirá para lançar brochuras em vários idiomas sobre a história do monumento. Estão também a ser escritas uma coleção de quatro obras sobre a História dos Clérigos,
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040 001 pela pena de quatro autores distintos. Segundo o presidente da Irmandade, um dos autores, Hélder Pacheco, investigador e cronista das culturas e tradições populares do Porto, está a escrever um livro sobre a Torre e a sua relação com a cidade. Germano Silva, ex-jornalista e historiador portuense, vai fazer uma história da Irmandade dos Clérigos para ser vendida aos turistas, em 15 línguas diferentes. A cargo de Francisco Queiroz está uma publicação que incide na perspetiva da história da arte do património da Igreja e da Torre dos Clérigos. Por fim, foi também convidado a participar na coletânea o arquiteto Manuel Montenegro, que vai trabalhar sobre a perspetiva arquitetónica do monumento. Concertos, exposições, conferências, programas para as escolas e para diferentes idades, além de parcerias com as principais instituições culturais da cidade estão também contempladas na programação geral.
Rui Moreira é o Comissário das Comemorações O Presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) foi a personalidade escolhida para comissariar os 250 Anos da Torre dos Clérigos. Na conferência de imprensa da apresentação do programa das comemorações, Rui Moreira considerou que a tarefa é de “continuidade natural”, após a sua saída da Porto Vivo, SRU. “É um trabalho diferente, mais especializado. Por outro lado, aqui vamos precisar de menos Estado e mais de trabalho em rede com outras instituições da cidade, que conheço particularmente bem e com as quais temos um muito bom relacionamento até por causa da ACP, que se associou, desde o princípio, à reabilitação da Torre dos Clérigos, nomeadamente com as fotografias, recuperação dos relógios, etc.”, destacou. “Trata-se de um trabalho mais informal sem toda aquela teia de burocracias e dificuldades que encontrei na SRU e que me levaram a sair”, acrescentou Rui Moreira.
A História da Torre
Uma Torre recheada de histórias
Incluída em todos os guias turísticos da cidade, situada no coração da Baixa do Porto, a Torre começou a ser construída em 1732, por iniciativa da Irmandade dos Clérigos. A igreja anexa ficou concluída em 1749 e a torre em 1763. Com 76 metros de altura, de estilo vincadamente barroco, o projeto do arquiteto italiano Nicolau Nasoni previa, inicialmente, a construção de duas torres. Hoje é uma das principais atrações turísticas da cidade. Para chegar ao topo, os visitantes têm de subir uma escada em espiral com 240 degraus de um edifício que já foi o mais alto de Portugal. O esforço parece compensar, digam os mais de 120 mil visitantes que anualmente contemplam a cidade e o rio Douro do cimo da Torre.
Palco de inúmeras histórias, a Torre relaciona-se com o Porto e o quotidiano dos seus habitantes… Aliás, o autor do projeto deixou marca inegável não só neste monumento como em toda a cidade, onde desenvolveu grande parte da sua obra. Talvez por isso, Nicolau Nasoni tenha sido sepultado na Igreja dos Clérigos, mas em local que ninguém sabe precisar. A Torre foi, durante muitos anos, uma referência para a navegação, quase como um guia para orientar os navegadores na entrada da barra do Douro. Contribuiu também para ajudar os comerciantes a saber quando chegava ao Douro o “vapor da mala real”, uma embarcação que trazia de Londres dinheiro e letras de câmbio para pagar produtos que tinham sido exportados para Inglaterra.
001 041 “Quando o vapor da mala real estava prestes a entrar no Douro, a Associação Comercial fazia subir balões ao alto da torre. Os comerciantes sabiam assim que podiam mandar os empregados para junto dos correios, a fim de receberem o mais depressa possível o dinheiro que vinha de Londres”, conta Germano Silva, no livro que está a preparar sobre esta temática. A Torre ficou também conhecida pela
sua meridiana, uma engenhoca dotada com uma pistola, cujo gatilho disparava sempre ao meio-dia, com uma pontualidade superior à dos poucos relógios da época. “Ao meio-dia, o sol dava na lente, queimava o fio, disparava o gatilho e dava um tiro. O comércio sabia que era o sinal do meio-dia e fechava”, explica o historiador no seu livro. Também segundo Germano Silva, o edifício com 76 metros de altura serviu, nos
anos 20, como palco para uma das “mais bem-sucedidas operações publicitárias”, da autoria do publicitário Raul de Caldevilla. Dois saltimbancos galegos aceitaram o desafio para escalarem a torre, pelo exterior, e terminarem a aventura tomando um chá acompanhando com umas bolachas francesas que estavam a ter dificuldades a penetrar no mercado português. A partir daí o produto tornou-se num sucesso de vendas.
janeiro
novembro
> Concerto de Ano Novo, Banda Sinfónica Portuguesa na Igreja dos Torre dos Clérigos > Concerto de Reis, Coro Anonymus e Orquestra de Sinos de Mão do Porto na Igreja da Torre dos Clérigos > Concerto com o Orfeão Universitário do Porto, na Igreja da Torre dos Clérigos > Lançamento do Bombom Clérigus > Instalação de um marco de correio na Torre
> Concerto de Encerramento das Comemorações com a Orquestra Sinfónica e o Coro da Casa da Música, com direção musical de Martin André
> Projeção das Ações desenvolvidas ao longo do ano no edifício da Torre dos Clérigos > 12 dezembro - Encerramento das comemorações
dezembro
janeiro- dezembro
> Animação de Natal e Ano Novo > Presépio Animado
> Conferências “Nicolau Nasoni no Porto” (mensais)
PROGRAMAÇÃO
fevereiro > Edição do Roteiro das Obras de Nazoni no Porto e Norte
março > Concertos de Páscoa, na Igreja da Torre dos Clérigos e outras a indicar > Ação de Ramos > Concerto de Carrilhão > Lançamento de quatro livros sobre a história da Torre
abril-maio > Fim de semana oficial das Comemorações com jantar no Palácio da Bolsa e réplica da inauguração (20 e 21 de abril) > Exposição “Torre dos Clérigos” no Palacete Viscondes de Balsemão > Conferência e Concerto no Palacete Viscondes de Balsemão > Re-edição do livro “Uma Aventura no Porto”, de Isabel Alçada e Ana Maria Magalhães
junho a outubro > Exposição no Centro Português de Fotografia
julho a agosto > Atividades de animação com o apoio da PortoLazer
outubro > Abertura do festival “À Volta do Barroco”: - Concerto de carrilhão na Torre dos Clérigos - Concerto pelo Coro da Casa da Música, com direção musical de Paul Hillier
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educação Actualidade
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PRÉMIO DE MÉRITO ESCOLAR RUMO À EXCELÊNCIA
Distinguidos os melhores alunos do concelho
Inserido no programa educativo municipal “Porto de Futuro”, a CMP atribuiu, mais uma vez, os prémios Rumo à Excelência. Uma distinção que visa a promoção do mérito escolar na população estudantil da cidade, reconhecendo, valorizando e premiando o melhor aluno do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário das escolas da rede pública do concelho.
Na 5ª edição do Prémio Rumo à Excelência, foram premiados: > Carolina Mendes Pinto, que concluiu o 2º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento do Cerco; > António Pedro Correia Pessoa Brites Pereira, que concluiu o 3º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento Infante D. Henrique; > João Paulo Pereira da Rocha, que concluiu o Ensino Secundário na Escola Carolina Michaelis.
Protocolo “Livres Como Livros” O Pelouro do Conhecimento e Coesão Social e a Universidade do Porto (UP) uniram-se sob o alto patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura, num programa denominado “Livres como Livros”. Trata-se de um programa dedicado à promoção da leitura, que decorrerá entre outubro de 2012 e dezembro de 2013, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett. “Livres Como Livros” é constituído por dois subprogramas - “Livros da Minha Vida” e a “Arte de Sermos Livros” - para os quais foram convidados a prestar o seu testemunho mais de 60 personalidades, tais como: Aureliano da Fonseca, Adélia Carvalho, Alexandre Quintanilha, Álvaro Teixeira Lopes, Eugénia Aguiar e Branco, Jaime Milheiro, João Leite, Júlio Magalhães, Joaquim Gomes, Germano Silva, Gémeo Luís, Luís Portela, Luísa Cortesão, Maria Teresa Horta, Paulo Cunha e Silva, Richard Zimler, Teresa Calçada, entre muitos outros. As comissárias desta iniciativa são Isabel Pereira Leite, Isabel Morujão e Maria Luísa Malato, da FLUP. “Livres como Livros” trata-se de uma iniciativa de acesso completamente livre e gratuita. Este programa conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores, do Metro do Porto, da Fundação Engenheiro António de Almeida, do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, do Porto Canal e do Jornal As Artes Entre as Letras.
043
Novas parcerias no “Porto de Futuro” Com a recente reorganização da rede escolar e em resultado do agrupamento e agregação de escolas, a estrutura de parcerias do programa Porto de Futuro sofreu ajustamentos, mantendo-se todas as empresas que, desde 2007, participam neste programa educativo municipal e alargando-se o seu âmbito a novas comunidades educativas. Reafirmada a intenção de cada uma das empresas em dar continuidade ao programa e o empenho na sua concretização, optou-se pela criação de consórcios entre um Agrupamento de escolas e duas empresas, nos casos em que sobreveio a fusão entre agrupamentos de escolas pertencentes à comunidade Porto de Futuro, em que cada um mantinha já uma parceria com uma empresa.
As parcerias entre agrupamentos de escolas e empresas terão este ano a seguinte configuração: Agrupamento de Escolas
Empresa
Alexandre Herculano
Águas do Douro e Paiva e Sogrape
Amial
Symington
António Nobre
Efacec e Ibersol
Aurélia de Sousa
Auto Sueco
Cerco
Sonae
Clara de Resende
Cerealis
Eugénio de Andrade
Porto Editora
Fontes Pereira de Melo
CIN e Salvador Caetano
Garcia de Orta
RAR
Infante D. Henrique
BA Vidro
Leonardo Coimbra (Filho)
Corticeira Amorim
Manoel de Oliveira
Mota-Engil
Rodrigues de Freitas
Unicer
Viso
Bial
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educação
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044 Novo circuito rodoviário de referência instalado na EB Leonardo Coimbra
A Escola Básica Leonardo Coimbra (Filho) foi dotada de um circuito rodoviário que permitirá o desenvolvimento de ações de educação rodoviária dirigidas aos alunos cidade. Através de ações teóricas e práticas, os alunos serão dotados de conhecimentos e das competências necessárias a uma adequada integração na circulação rodoviária.
A Vereadora do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social, Guilhermina Rego, participou numa iniciativa organizada para assinalar a criação deste circuito rodoviário na EB Leonardo Coimbra, que contou ainda com a presença do Diretor Adjunto da Direção Regional da Educação do Norte, Vasco Freitas, do Diretor Municipal de Gestão da Via Pública, Pinho da Costa, de representantes da Policia de Segurança Pública – Escola Segura, Docentes, e representantes da Associação de Pais. A iniciativa foi abrilhantada pela presença de uma figura de referência do desporto automóvel, o piloto Renato Pita, que, para além de despertar o imaginário das crianças, desenvolveu com estas uma interação pedagógica sobre segurança rodoviária. O circuito destina-se a servir toda a população discente da cidade, com particular relevo para a zona ocidental.
ANILUPA EM BORDÉUS A ANILUPA, valência da Associação de Ludotecas do Porto que celebra este ano 25 anos - foi convidada a representar a cidade do Porto numa iniciativa cultural promovida por uma associação luso-francesa, o Sol de Portugal, e autoridades locais em Bordéus, França. Esta iniciativa, na qual participaram várias associações artísticas, realizou-se no Museu de Bordéus, integrando exposições e troca de saberes, onde a cultura, a arte e as tradições, foram o mote. Parceira desde o início do Projeto Municipal Porto de Crianças, a Anilupa tem desenvolvido vários filmes de animação em articulação com o Município do Porto, através do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social. O filme de animação "Sem Papas na Língua", realizado pelos
alunos da escola básica Padre Américo, no âmbito do Programa "Porto de Crianças" e galardoado recentemente com o Prémio "Jovem Cineasta Português 2012", no Festival Internacional de animação CINANIMA é disso exemplo.
045 CMP promove projeto de Hortas Urbanas no centro Juvenil de Campanhã
QUINTA DO CENTRO JUVENIL DE CAMPANHÃ
Produção hortícola e animal para uma nutrição saudável e soberania alimentar
No âmbito do Protocolo assinado entre a Câmara Municipal do Porto e a Fundação de Serralves está a ser desenvolvido uma atividade “Produção hortícola e animal para uma nutrição saudável e soberania alimentar”, no âmbito do projeto Hortas Urbanas, no Centro Juvenil de Campanhã. Esta Instituição presta apoio social a crianças e jovens, acolhendo atualmente crianças em regime de internato, com idade entre os 3 e os 18 anos. Este projeto, apoiado pelo CIS Porto – Centro de Inovação Social do Porto, criado pela Câmara Municipal do Porto,
através da Fundação Porto Social, nasceu da vontade e empenho do Município do Porto, da Fundação de Serralves, e de um conjunto de parceiros em implementar um conjunto de iniciativas e intervenções que conduzissem à valorização de um espaço de elevado potencial, mas atualmente sub explorado. Assim, o projeto Hortas Urbanas tem como missão valorizar a produção vege-
tal e animal na Quinta do Centro Juvenil de Campanhã baseando as suas ações em modos de produção sustentáveis, nomeadamente, nos princípios da agricultura biológica e da construção ecológica, numa lógica de autossustentação do Centro em termos alimentares, de formação das crianças e jovens que frequentam a Instituição e do envolvimento da comunidade com a dinamização de oficinas educativas participativas. A implementação desta horta urbana é possível com o trabalho de articulação dos promotores do projeto e a colaboração dos parceiros – a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e a Associação de Engenharia para o Desenvolvimento e Assistência Humanitária (EpDAH) que garantem respetivamente o apoio técnico e científico para a produção vegetal e animal e a consultoria técnica em engenharia, bem como a colaboração voluntária direta de membros em ações práticas no terreno nas mais variadas vertentes.
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Coesão social
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046 001
Imigrantes do Leste já têm Centro Cultural no Porto A Vereadora do Conhecimento e Coesão Social, Guilhermina Rego, inaugurou o Centro Cultural Informativo da Kalina Associação dos Imigrantes de Leste do Concelho do Porto. As instalações foram cedidas pela CMP, que assim correspondeu a um sonho há muito acalentado pela comunidade dos cidadãos oriundos dos países do Leste da Europa fixados o Porto. Um dos objetivos fundamentais da sede da Kalina é contribuir para proteger os direitos e interesses específicos dos imigrantes de Leste e dos seus descendentes, residentes em Portugal, em tudo quanto respeite à sua valorização, de modo a permitir a sua plena integração e inserção. “Vamos fazer desta casa um local de trabalho, de convívio, de festa, de encontro de imigrantes e portugueses”, declarou, na ocasião, a presidente da direção da Kalina, Alina Dudcó. Por seu lado, Guilhermina Rego saudou o espírito da iniciativa e deixou a garantia de que a Câmara continuará a apoiar os espaços destinados a criar melhores condições de integração dos imigrantes de Leste na sociedade portuense.
Um dos objetivos fundamentais da sede da Kalina é contribuir para proteger os direitos e interesses específicos dos imigrantes de Leste e dos seus descendentes, residentes em Portugal, em tudo quanto respeite à sua valorização, de modo a permitir a sua plena integração e inserção.
PROJETO INTERGERACIONAL
“TENHO 25 ANOS” TENHO 25 ANOS é um projeto intergeracional implementado no âmbito do protocolo celebrado entre a Câmara Municipal do Porto e a Fundação de Serralves, com um grupo de adolescentes do Centro António Cândido e um grupo de adultos na terceira idade que frequentam o Lar do Santíssimo Sacramento. A articulação deste projeto é feita através da Fundação Porto Social. O projeto nasceu da convicção de que a interação entre as diferentes gerações é um fator fundamental no crescimento equilibrado de adolescentes e jovens, bem como na promoção de um envelhecimento ativo, saudável e participativo ao nível afetivo, relacional e cognitivo. Conjugando a expressão plástica e a escrita criativa, o projeto foi desenvolvido ao longo de uma “viagem no tempo”, em que cada participante criou uma personagem ficcional, limitada apenas por duas condições: todas as personagens teriam que ter 25 anos e manter o seu nome real. Os resultados do projeto foram apresentados numa exposição patente em Serralves de 30 de setembro a 14 de outubro, que pretendeu dar a conhecer o trabalho desenvolvido ao longo de seis meses e o papel central que o debate, a expressão plástica e a escrita criativa assumiram num projeto com futuro. Este projeto continuará a ser desenvolvido este ano.
047
Astrónomos portugueses descobrem planeta Encontra-se no sistema estelar mais próximo do Sol, Alfa do Centauro B, a “apenas” 4,3 anos-luz. O planeta com massa semelhante à da Terra foi descoberto por uma equipa europeia, com participação e liderança portuguesas a cargo de astrónomos do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). A equipa era composta por 11 investigadores e liderada por Xavier Dumusque, do CAUP, e há quatro anos que observava aquela estrela, através de um equipamento de alta precisão, um espectrógrafo de alta resolução HARPS3, instalado no telescópio de 3,6 metros do Observatório de La Silla (ESO), no Chile. A descoberta abre caminho à existência de outros planetas mais distantes do Sol. A equipa, que conta ainda com a participação do investigador Nuno Cardoso Santos (Centro de Astrofísica e Faculdade de Ciências da Universidade do Porto), determinou ainda que o planeta (denominado Alfa do Centauro B) encontra-se a apenas 0,04 unidades astronómicas da sua estrela (ou 25 vezes mais próximo do que a Terra está do Sol), e completa uma órbita a cada 3,236 dias (cerca de 77 horas e 40 minutos). Alfa do Centauro é uma das estrelas mais brilhantes do céu, visível a olho nu no hemisfério Sul. A uma distância de apenas 4,3 anos-luz é muitas vezes designada como a estrela mais próxima do nosso Sol. Mas o que aos nossos olhos parece ser apenas uma estrela é, na verdade, um sistema triplo, composto por duas estrelas semelhantes ao Sol (Alfa do Centauro A e B) que rodam uma em torno da outra.
“É a primeira vez que se consegue detetar um planeta que tem uma massa semelhante à da Terra a orbitar outra estrela. Até há pouco tempo só tinham sido descobertos planetas maiores, em particular planetas gigantes e não verdadeiras Terras, verdadeiras no sentido em que têm uma massa semelhante. Por outro lado, este planeta tem outra particularidade, que é orbitar a estrela mais próxima do Sol, portanto, é um nosso vizinho, se quisermos” Nuno Santos, investigador CAUP.
Centro de Astrofísica considerado de excelência a nível internacional O Centro de Astrofísica foi criado em maio de 1989. É uma associação científica pertencente à Universidade do Porto. É considerado o maior instituto nacional de investigação em astronomia e desde 2000 que é avaliado como "Excelente" por diversos painéis internacionais. “Temos aqui no Centro de Astrofísica uma equipa que trabalha no estudo e procura de planetas extra-solares, que é considerada uma das mais competitivas a nível internacional”, refere o Nuno Santos.
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INOVAÇÃO
InovaçÃo
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Porto Cidade de Ciência 1º CONGRESSO INTERNACIONAL CIÊNCIA EMPREENDEDORISMO E EMPREGABILIDADE A Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Porto Social e no âmbito dos programas “Porto Cidade de Ciência” e “Cidade das Profissões”, realizou, em outubro, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, o 1º Congresso Internacional Ciência, Empreendedorismo e Empregabilidade. Assinalou-se também neste congresso as comemorações do sexto aniversário da Cidade das Profissões, um centro de informação e aconselhamento da autarquia na área da empregabilidade. A sessão de abertura contou com as intervenções do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio e do Reitor da Universidade do Porto, José Marques dos Santos. O congresso contou ainda com a presença de vários oradores, tais como: Ana Moura, Cláudio Sunkel, José Manuel Mendonça, António Murta e Nuno de Sousa Pereira. Em cima da mesa de debate estiveram temáticas como ciência, conhecimento e sociedade e tam-
bém inovação, economia e emprego. O objetivo principal desta iniciativa foi criar um espaço de reflexão sobre a forma de promover a transferência do conhecimento científico e tecnológico, produzido na academia e nas instituições públicas e privadas da cidade, para o sector empresarial e industrial.
No encerramento oficial do certame esteve presente a Vereadora do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara do Porto, Guilhermina Rego.
"Cidadão Honorário do Porto Cidade a Olivier Las Vergnas Rui Rio aproveitou a sessão de abertura do 1º Congresso de Ciência, Empreendedorismo e Empregabilidade para entregar a distinção de “Cidadão Honorário Porto Cidade de Ciência” a Olivier Las Vergnas, criador do conceito da Cidade das Profissões. Las Vergnas é atualmente presidente da Associação Francesa de Astronomia, secretário-geral da Rede Internacional da Cidade das Profissões e ainda vicepresidente do Movimento Francês das Expociências. Este prémio distingue
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A Associação Internacional da Cidade das Profissões elegeu também este congresso para marcar o arranque da celebração dos 20 anos do conceito Cidades das Profissões, que se encontra implementado em cerca de 30 cidades, distribuídas por oito países dos continentes Europeu e Americano.
e de Ciência" entregue individualidades pelo trabalho realizado e pela contribuição para o desenvolvimento da Ciência.
Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo da Cidade das Profissões foi distinguido O projeto da Cidade das Profissões “Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo” foi distinguido com o segundo prémio na categoria “Melhoria do Ambiente Empresarial” na fase de qualificação nacional dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2012, uma iniciativa lançada pela Comissão Europeia, que visa distinguir as melhores práticas na promoção do empreendedorismo na Europa. Os resultados nacionais foram apresentados em setembro no Fórum Tecnológico de Lisboa, pelo Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e Inovação (IAPMEI). Na cerimónia foram divulgados os projetos vencedores nas diferentes categorias a concurso, assim como os dois projetos que representaram Portugal na final europeia dos European Enterprise Promotion Awards EEPA, no Chipre, decorrida em novembro. Estes prémios pretendem distinguir projetos desenvolvidos nas áreas da promoção do espírito de empreendedorismo, do investimento nas competências, da melhoria do ambiente empresarial, do apoio à internacionalização das empresas e do empreendedorismo responsável e inclusivo. Pela quarta vez consecutiva, Portugal foi o segundo país com maior
número de candidaturas apresentadas, no conjunto dos 32 países participantes, com 91 projetos candidatos. O Gabinete de Apoio ao Empreendedorismo da Cidade das Profissões, que vem sendo implementado pela Fundação Porto Social, é um espaço de apoio e informação, relativo aos passos a dar para a criação do próprio negócio. Em parceria com outras entidades e serviços, procura facilitar o processo de empreender, identificando as diversas formalidades associadas à criação de uma empresa, sejam burocráticas, financeiras, jurídicas ou fiscais (entre outras) e estabelece os circuitos de apoio possíveis nestas várias etapas.
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BRIGADA
ANTI-GRAFITO JÁ ESTÁ NO TERRENO São sete os colaboradores que diariamente trabalham em exclusivo no combate aos grafitos na cidade com a coordenação do Pelouro do Ambiente, liderado pelo Vereador Manuel Gonçalves. Com esta equipa a funcionar desde julho passado, a Câmara Municipal do Porto reforçou a sua estratégia nesta área, da competência da Direção Municipal de Protecção Civil, Ambiente e Serviços Urbanos (DMASU). Mas os objetivos vão mais longe… “Estamos a aguardar a aprovação de uma candidatura submetida ao Instituto do Emprego e Formação Profissional, ao abrigo do programa ‘Contrato-Emprego-Inserção+’, que prevê a entrada de 10 elementos”, adianta Gabriela Leite, diretora municipal de Protecção Civil, Ambiente e Serviços Urbanos (DMPCASU). Enquanto aguarda pela resposta, a autarquia mantém uma brigada de intervenção pontual, quer no período noturno quer no diurno, em que os elementos são utilizados como reforço nas situações críticas. A Brigada está a intervir em toda a cidade, mas dá prioridade às zonas onde há reincidências como, por exemplo, a rotunda da Boavista, o túnel de Francos, o Largo Mompilher ou o Largo Moinho de Vento. A autarquia faz a limpeza de cerca de 75 mil metros quadrados de grafitos por ano, incluindo fachadas e cartazes, que estão espalhados um pouco por todo o lado, desde prédios antigos, muros pintados de fresco, montras de vidro, estações de metro, de autocarro, etc. “Na grande maioria dos casos, desconhece-se quem são os autores, mas há zonas que estão identificadas quase como ‘expositores’ preferenciais para os grafitos, como, por exemplo, as principais entradas da cidade”, revela a responsável. Limpar os grafitos não é tarefa fácil. Os materiais habitualmente usados são as tintas, “emborro” de cimento, decapantes, produtos específicos de remoção de grafitos e sílica. A remoção é adaptada a cada situação, sendo que o objetivo é não danificar a superfície. Assim, sempre que tecnicamente é possível, a remoção do grafito passa pela cobertura do mesmo com tinta ou “emborro” de cimento. Noutras situações, por exemplo, quando o grafito está feito numa superfície de granito, é aplicado um jacto de água com sílica à mistura ou, alternativamente, decapantes ou outros produtos de remoção. A Câmara adquiriu mais uma máquina de remoção de grafitos, que para além do caudal e da pressão, tem um mecanismo que permite limpar locais de acesso difícil. “O custo de limpeza é elevado: um metro qua-
drado limpo com a máquina de alta pressão custa cerca de 165 euros, se for pintura, o custo cifra-se na casa dos 126 euros. Estes valores não incluem os custos relacionados com equipamentos de proteção individual dos funcionários (máscaras, fatos descartáveis, etc.) ”, refere Gabriela Leite. Anualmente, a Câmara do Porto gasta em tintas, equipamentos, reparações de máquinas, sílica e gasóleo, cerca de 100 mil euros. Segundo a responsável, dependendo do volume de trabalho, dos recursos humanos e materiais disponíveis, é possível que durante 2013 se adquira outra máquina para remoção de grafitos.
Código Regulamentar ajuda a travar o fenómeno No primeiro semestre de 2012, a Câmara alterou o Código Regulamentar do Município do Porto e introduziu novas regras e sanções para os grafitos e cartazes. Passou a ser proibido afixar cartazes, inscrições com grafitos ou outra publicidade em árvores, em mobiliário urbano, em equipamentos municipais ou imóveis visíveis do espaço público. Simultaneamente estão também previstas sanções para quem mantenha inscritos grafitos em imóveis visíveis do espaço público, quando os infratores tenham sido identificados e o proprietário não tenha deduzido a respetiva queixa-crime. Qualquer pessoa que seja apanhada a infringir estas normas fica sujeito a uma coima que pode variar dos 400 aos 1000 euros. Para além destas regras, todo o universo autárquico está unido no combate aos grafitos. A DMPCASU articula a sua atuação com todos os serviços da CMP. Sempre que os diversos serviços realizam intervenções em edificado ou na via pública, têm tido o cuidado de alertar a direção municipal de Ambiente para remover os grafitos. Destaque ainda para o trabalho da responsabilidade do Gabinete de Arrumação e Estética do Espaço Público (GAEEP), que tem como objetivo principal contribuir para transformar a cidade num espaço mais bonito, agradável e esteticamente mais arrumado.
051 Campanha de sensibilização contra os grafitos Estão a ser implementadas medidas complementares de sensibilização da população em torno deste esforço municipal, com a criação de sinergias que irão permitir uma certa “autofiscalizarão” e uma apropriação positiva do espaço público envolvente por parte da população. “Estamos a desenvolver um trabalho junto das associações de estudantes, na perspetiva de assegurar e mobilizar uma bolsa de voluntários para ações de limpeza de grafitos no espaço público”, adianta a diretora do Ambiente. As ações de voluntariado estarão ancoradas numa campanha de comunicação dirigida a vários segmentos-alvo, que terá como princípio motor a adoção e opção voluntária por uma “nova atitude” e “postura cívica” perante o que se deseja da nossa paisagem urbana – que é no fundo um património comum a preservar por todos, independentemente do mérito que possa vir a reconhecer em algumas formas de expressão artística. As acções de limpeza terão a sua incidência nas Ruas Júlio Dinis, Miguel Bombarda, Diogo Botelho, Diogo Brandão, Ouro, Travessa de Cedofeita, Travessa do Carregal, entre outros locais.
“ O Pelouro do Ambiente tem realizado um enorme esforço para proporcionar à população uma cidade limpa e bem cuidada, para que todos possam usufruir de um meio ambiente ‘mais natural’. Neste sentido estamos a mobilizar os estudantes do Porto, através das suas associações de estudantes, para uma cultura e preservação do meio ambiente, tendo estes uma forte presença nestas atividades, pois não queremos que esta seja uma medida avulsa, mas sim a garantia de sustentabilidade para o futuro.” Manuel Gonçalves, Vereador do Ambiente
ANTES DEPOIS
Conhece a Praça da Trindade? Reparou que está diferente?
A Praça da Trindade é um dos exemplos das intervenções que têm vindo a ser feitas na cidade que, com pequenas alterações, permitem mudar o aspeto visual dos locais envolvidos. Ponto de estacionamento abusivo, o espaço era constantemente invadido por viaturas que violavam as regras de trânsito e roubavam a Praça às pessoas. Assim, a autarquia tomou medidas para impedir este estacionamento fora do sítio, colocando uma placa de trânsito proibido e mecos nas laterais. Agora, apenas é permitida a entrada aos carros funerários que se dirigem à Igreja. As floreiras foram igualmente reorganizadas, o que permitiu tornar o espaço num local esteticamente mais bonito e agradável, ao exemplo, do trabalho que tem sido levado a cabo pelo Gabinete de Arrumação e Estética do Espaço Público em diversos locais da cidade.
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ecocidade
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Por uma Estratégia de educação ambiental O Município do Porto, através do seu Pelouro do Ambiente, apresentou, no arranque de mais um ano letivo, o seu programa de educação ambiental dirigido à comunidade escolar e à sua rede de parceiros. A atual estratégia assenta na dinamização diária de um programa de atividades que têm lugar numa rede municipal de seis centros de educação ambiental, instalados e apetrechados em espaços naturais privilegiados da cidade: Núcleo Rural do Parque da Cidade, Parque da Pasteleira, Parque de S. Roque, Quinta do Covelo, Palácio de Cristal e, mais recentemente, a Quinta de Bonjóia. Estes centros dinamizam, em simultâneo e em regime diário, uma matriz comum de oficinas ou ateliês (num total de 20), de acesso totalmente gratuito, versando diferentes temáticas ambientais, tais como ‘a redução e valorização de resíduos’, ‘proteção de ecossistemas’, ‘ruído’, ‘consumo sustentável’, ‘leitura da paisagem’, ou a ‘agricultura em modo biológico’, etc e dirigidas sobretudo às instituições de ensino. Paralelamente a esta oferta nos centros
de educação ambiental, os Parques Infantis do Amial, da Azenha e das Fontaínhas, com as suas equipas residentes, oferecem também um conjunto de
atividades pedagógicas sobre temáticas relacionadas com o ambiente que complementam a componente lúdica inerente a este tipo de equipamentos.
Durante o ano letivo 2011-2012, foram mobilizadas e envolvidas ativamente no programa de educação ambiental do Município, um total de 50.346 pessoas, na sua maioria jovens do ensino préescolar e primário, mas também população adulta, sénior e grupos com necessidades especiais.
053 COMO CONSULTAR AS ATIVIDADES
MODO DE INSCRIÇÃO NAS ATIVIDADES
Toda a oferta pedagógica encontra-se disponível para consulta nos seguintes locais: - Nos ‘destaques’ do sitio da internet da CMP, através de guia de atividades interactivo, disponível no endereço: http://eduambiental.cm-porto.pt ou ainda em formato desmaterializado nas pen-drives amplamente distribuídas pela CMP; - No sitio da internet da CMP, www.cm-porto.pt, seguindo as ligações Cidade|Ambiente|Educação Ambiental; - Através de guia de atividades em suporte de papel inserido na Eco-agenda 2012-2013, produzida pela CMP e distribuído a todos os parceiros, que funcionará como um suporte mais durável ao longo do ano letivo, quer para docentes quer para pais/educadores, assim como uma ferramenta de iniciação e consulta às diferentes temáticas ambientais.
A inscrição nas oficinas permanentes dirigidas às instituições de ensino pode ser efetuada através da plataforma eletrónica de inscrições disponibilizada no sítio da internet da CMP em https://cea.cm-porto.pt/. Durante as pausas letivas do Natal, Carnaval, Páscoa e Verão, decorre nos centros de educação ambiental programa de “Oficinas Sazonais” que se destina essencialmente a famílias e a população não escolar organizada. Este programa é divulgado periodicamente no sitio da internet da CMP (www.cm-porto.pt, seguindo as ligações Cidade|ambiente|educação ambiental) e as inscrições devem ser efetuadas nos equipamentos onde decorre a atividade pretendida.
CEA da Quinta do Covelo Rua do Bolama s/n, 4200 PORTO N 41º 10,035’ W 8º 36,256’ Telf: 22 550 41 38 E-mail: educa.ambiental.covelo@cm-porto.pt
CEA do Parque de S. Roque Rua de S. Roque da Lameira, 2040, 4300-306 PORTO N 41º 09,413’ W 8º 35,292’ Telf. 22 606 27 79 E-mail: educa.ambiental.sroque@cm-porto.pt
CEA do Núcleo Rural do Parque da Cidade Beco das Carreiras, Quinta 66, 4100 PORTO N 41º 10,210’ W 8º 40,340’ Telf: 22 615 12 00 E-mail: educa.ambiental.nrural@cm-porto.pt
CEA do Parque da Pasteleira R. Bartolomeu Velho, s/n.º, 4150-124 PORTO N 41º 09,168’ W 8º 39,546’ Telf: 22 532 34 31/30 E-mail: educa.ambiental.pasteleira@cm-porto.pt
CEA dos Jardins do Palácio de Cristal
PROJECTOS COMPLEMENTARES Ao longo do ano são ainda assinalados dias comemorativos, como por exemplo, o Dia da “Floresta Autóctone”, “da Água” ou a “Semana da Energia e do Ambiente” – que vai já na sua 5ª edição e que se realiza entre os dias 29 de maio (Dia da Energia) e 5 de junho (Dia do Ambiente), em parceria com a Agência de Energia do Porto. Para além das atividades realizadas nos equipamentos de educação ambiental, o programa de educação ambiental inclui ainda a dinamização de palestras temáticas “A falar é que a gente se ambienta” e ações de informação descentralizadas em Juntas de Freguesia, Estabelecimentos escolares, adultos beneficiários do ‘Rendimento Social de Inserção (RSI); organização de concursos e/ou projetos contínuos, que têm por objetivo fomentar a interação e complementaridade entre os programas curriculares escolares e a oferta
CONTATOS
pedagógica do Município (e da sua rede de parceiros), ao nível da educação para o desenvolvimento sustentável; realização de ações de sensibilização e abordagem interpessoal junto da população, habitualmente relacionada com incorreta utilização e conspurcação de espaços públicos.
R. D. Manuel II, s/n.º, 4099-062 PORTO N 41º 08,749’ W 8º 37,543’ Telf. 22 606 27 79 E-mail: educa.ambiental.pcristal@cm-porto.pt
CEA da Quinta de Bonjóia Rua da Bonjóia,185, 4300-082 PORTO N 41º 09,163’ W 8º 34,657’ Telf. 22 834 94 90 E-mail: educa.ambiental.bonjoia@cm-porto.pt
Parque Infantil do Amial Av. Flor da Rosa, s/n N 41º 10,571’ W 8º 37,168’ Telf. 22 830 46 89
Parque Infantil das Fontainhas R. Gomes Freire, s/n N 41º 08,535’ W 8º 35,931’ Telf. 22 510 63 37
Parque Infantil da Azenha Rua da Ribeira Grande s/n N 41º 10,778’ W 8º 36,673’ Telf: 22 830 46 91
Parque Infantil da Quinta do Covelo R. do Bolama, s/n N 41º 10,035’ W 8º 36,256’ Telf.22 550 41 38
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ecocidade
Turismo
054 001
Turismo no Porto continua O ano de 2012 voltou a demonstrar indicadores muito positivos no setor do turismo na cidade do Porto. A estratégia municipal para esta área tem dados frutos e, desde 2002 que segue uma trajetória ascendente.
No ranking das nacionalidades dos turistas que mais procuram os postos de turismo para obterem um acolhimento personalizado, destacam-se a Espanha, a França, Portugal, a Itália, a Alemanha e o Reino Unido. 3%
2%
1%
3%
4%
41%
5%
4%
2%
1% 37%
6%
6%
6%
6%
7%
2009
10%
2010
10%
22% 3%
2%
23% 2%
4%
34%
5% 7%
4%
4%
2% 2% 29%
6% 6%
7%
2011
8%
2012
Afluência aos Postos de Turismo Municipais 9%
A análise do movimento global dos postos de turismo referente aos mandatos 2002/2005, 2006/2009 e 2010/2012, comprova uma evolução positiva na afluência aos postos de turismo sob a gestão do Município do Porto. Os 600 mil turistas que procuraram apoio junto destes estruturas municipais entre 2002/2005, deram lugar a 708.814 turistas, entre 2006/2009. A um ano do final deste mandato e para o período 2010/2012 já se contabilizaram 695.804 turistas, prevendo-se que este mandato 2010/2013 totalize os 982.000 turistas. Contas feitas, nos últimos 3 mandatos, os postos de turismo municipais prestaram serviço a 2.285.573 turistas. De acordo com os últimos estudos realizados cada turista gasta, em média, 500 euros por dia no Porto e Norte de Portugal.
TURISTAS NOS POSTOS DE TURISMO MUNICIPAIS MANDATOS
2010/2012 (2 anos)
695.804
2006/2009 (4 anos)
2002/2005 (4 anos) 0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
12% 27%
27%
Alemanha
EUA
Portugal
Bélgica
França
Reino Unido
Brasil
Holanda
Espanha
Itália
LIGAÇÃO HOLANDA-PORTUGAL EM TUKTUK ELÉTRICO
055 045 001
a crescer A importância do Aeroporto Francisco Sá Carneiro
HOTEL CARRIS PORTO RIBEIRA
O movimento global no Aeroporto Francisco Sá Carneiro registou em 2011 um movimento de 6.004.589, um aumento de 13,7% relativamente a 2010. Já em 2012 o Aeroporto do Porto encerrou a temporada de Verão com mais um recorde mensal: 511.053 passageiros. O incremento das companhias aéreas low cost e de novas rotas turísticas (em 2011: Porto-Roma; Porto-La Rochelle; Porto-Paris Varty: Porto-Funchal; Porto-Toronto; Porto-Luanda e em 2012: Porto – Dole; Porto-Copenhaga; Porto-Veneza; PortoPalma de Maiorca) utilizadas sobretudo pelo segmento de lazer, têm contribuído para a consolidação do Sá Carneiro como uma das principais portas de entrada de quem viaja para o Porto e o Norte de Portugal. Para 2013 estão já previstas duas novas rotas: Ryanair – Porto/Dortmund e Porto/Amesterdão.
Ocupação das unidades hoteleiras acompanha este movimento A tendência do aumento da procura turística nos Postos de Turismo tem vindo, igualmente, a ser acompanhada pela tendência de aumento da procura turística registada no alojamento da cidade. De notar que em 2010 registaram-se 1.690.918 dormidas e em 2011 1.783.781, significando um aumento de 5,4% no número de dormidas de turistas no Porto.
Aranka van der Pol é jornalista freelancer, escrevendo com muita frequência sobre turismo. Acompanhada do seu cão KI, decidiu fazer a viagem Holanda-Portugal num TukTuk elétrico. O Porto foi das primeiras paragens no nosso país. Foi recebida na Câmara Municipal pelo Vice-Presidente e Vereador do Turismo, Inovação e Lazer, Vladimiro Feliz. Segundo confessou Aranka Pol, o grande objetivo da viagem foi o é chamar a atenção para o turismo sustentável, onde obviamente, as medidas de proteção do meio ambiente assumem grande importância.
Esta unidade hoteleira, pertencente ao grupo espanhol "Carris Hoteles", resulta da reabilitação integral de cinco edifícios classificados em pleno Centro Histórico (junto ao Túnel da Ribeira), convertidos num quatro estrelas superior, com 90 quartos. Com a sua inauguração, o Porto viu reforçada a oferta turística no setor.
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Turismo actualidade
Turismo
056
Porto promove as suas regiões vinícolas em Itália O Porto, representado pela Câmara Municipal, promoveu as regiões dos Vinhos do Douro, do Vinho do Porto e dos Vinhos Verdes, na Assembleia Geral da Rede de Capitais de Grandes Vinhedos, que decorreu na cidade italiana de Florença. A participação do Porto neste evento internacional apresenta-se como uma importante oportunidade para a promoção e afirmação do enoturismo da região. A Rede de Capitais de Grandes Vinhedos - Great Wine Capitals é formada por 9 cidades do Velho e do Novo Mundo dos Vinhos, reconhecidas mundialmente pelas suas regiões vinícolas. Durante o encontro realizaram-se um conjunto de sessões de trabalho dos comités temáticos que compõem a rede, sobre Educação, Turismo, Negócios e Comunicação. O programa incluiu dois pontos altos: a Prova Internacional de Vinhos e a seleção dos premiados internacionais Best of Wine Tourism 2013. A delegação do Porto nesta Assembleia Geral da Rede de Capitais de Grandes Vinhedos foi liderada pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal do Porto, Vladimiro Feliz, e contou ainda com a participação da Vinitur, empresa expert em Portugal do turismo de gastronomia e vinhos.
PORTO VENCEU PRÉMIO INTERNACIONAL BEST OF WINE TOURISM 2013 O Porto arrecadou o prémio internacional "Best of Wine Tourism 2013" atribuído à Quinta do Vallado, na categoria "Arquitetura e Paisagens", e viu premiada a Quinta do Crasto, na categoria "Serviços de Enoturismo", bem como o "Yeatman", na categoria "Restaurantes Vínicos". Este concurso internacional promove a prestação de serviços de enoturismo excecionais e, este ano, realizou-se no Palácio Pitti, um dos ícones de Florença. Os vencedores foram escolhidos entre 55 candidatos num total de 398 candidaturas de todo o Mundo. No panorama nacional, o júri decidiu distinguir a Quinta do Crasto, na categoria "Serviços de Enoturismo" e o Yeatman na categoria "Restaurantes Vínicos", elevando para mais de quatro dezenas as empresas que viram reconhecidos os seus serviços ao longo dos 10 anos que o Município do Porto tem vindo a promover este concurso.
057
Acolhimento Turístico na cidade é multicanal O Município do Porto aposta num acolhimento multicanal, assente no relacionamento, interação e fidelização do turista urbano. As ações desenvolvidas têm incluído a renovação da imagem e reformulação das funcionalidades dos Postos de Turismo Municipais, mais vocacionados, atualmente, para o acolhimento em detrimento do atendimento turístico. Os postos de turismo passaram a assumir a função de prestadores de serviços, proporcionando à chegada à cidade um conjunto de produtos e serviços que contribuem para rentabilizar ao máximo a visita, quer em número e diversidade de experiências, quer na qualidade da oferta da turística. A chegada massiva de turistas à cidade, pelas inaugurações de rotas aéreas ou escalas de na-
vios cruzeiro, assim como eventos com uma forte componente internacional, tem vindo a justificar a aposta num acolhimento de proximidade, materializado pela implementação de iPoints ou pontos de acolhimento turístico. A forte concentração turística, em determinadas zonas da cidade ou períodos do ano, conduziu à descentralização de pontos de apoio ao turista. Em 2012 criaram-se: o Ipoint de Campanhã, na Estação de Campanhã, o Ipoint Ribeira, o iPoint não presencial em Serralves, os iPoints móveis para apoio aos grandes eventos e os iPoints humanos, estes últimos presentes em meses e em locais de forte afluência turística, como é o caso da Ribeira e da Rua de Santa Catarina.
Presença do Turismo nos órgãos de decisão regionais The Travel Health Experience O Município do Porto apostou, com a empresa THE - The Travel Health Experience, num serviço pioneiro que disponibiliza apoio e acompanhamento a turistas mediante um plano personalizado de assistência de saúde. Este serviço permite que potenciais turistas, impossibilitados de viajar devido à necessidade de cuidados de saúde, possam agora viajar para o Porto com total assistência de saúde.
Durante o ano de 2011, a Câmara Municipal do Porto assumiu a Presidência de Direção da Associação de Empresários para o Desenvolvimento do Turismo Cultural no Porto e na Região – PortoTours, e ainda a Presidência de Direção da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Agência Regional de Promoção Externa.
Muitos prémios para uma cidade que está na moda! Em 2012, o Porto foi eleito o “Melhor Destino Europeu, 2012, pelo European Consummers Choice. Outras distinções: > Porto, considerado uma das 100 cidades mais bonitas do mundo (guia chinês) > Francesinha, uma das 10 melhores sandes do Mundo (AOL Travel; New York Times) > Estação de São Bento, uma das mais belas do mundo (Travel and Leisure) > Café Majestic, um dos 10 mais bonitos do mundo (Ucity Guide)
> Livraria Lello, a 3ª mais bela do Mundo e uma das escadarias mais belas do Mundo (Lonely Planet; Time; Travel and Leisure) > Porto, entre os melhores destinos de gastronomia e vinhos da Europa nos prémios > Travelers' Choice Wine Destinations (TripAdvisor) Visite o portal de turismo da cidade www.visitporto.travel
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Turismo
Turismo
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FINALMENTE,
A MARCA
DA CIDADE O Porto adotou oficialmente a marca Oportonity City como forma de simbolizar todo o dinamismo que os habitantes e visitantes têm vivenciado nos anos mais recentes. Na verdade, Oportonity resume uma multiplicidade de experiências que a cidade tem conseguido proporcionar, ao nível dos eventos recreativos, culturais, desportivos, mas também ao nível turístico e empresarial, por parte das entidades municipais e por parte da iniciativa privada. É também uma marca mutante. Dinâmica como a cidade. Pensada para ser adaptada aos acontecimentos que o Porto propor-
ciona. O descritivo muda de acordo com o tema. Oportonity to discover para a oferta a visitantes e residentes, Oportonity to invest para o segmento de negócios, e Oportonity to enjoy para eventos. Oportonity to Race para comunicar o Circuito da Boavista ou Oportonity to ask para os postos de turismo da cidade são exemplos das infinitas aplicações desta marca. O ritmo e o dinamismo da cidade é o que faz mudar a marca. Por isso, Oportonity City acaba por ser o espelho da vitalidade do Porto. Acima de tudo, é uma marca autêntica, que assina por baixo dos acontecimentos que pulsam.
Uma marca destino para maior competitividade no setor do turismo Oportonity City foi criada para tornar a cidade mais competitiva no mercado da oferta turística, a nível internacional. É voltada para fora, desafiando visitantes e turistas de qualquer latitude a pensar “Porto” como uma oportunidade de descobrir um destino rico em experiências, por isso, uma oportunidade a não perder.
Pode ser adotada pelos agentes que dinamizam a cidade como hotéis, restaurantes, casas de espetáculos, promotores turísticos ou até estruturas como o Aeroporto e o terminal de cruzeiros da APDL. Sempre em ligação com o município, que é o gestor da marca.
059 045
As marcas ajudam as cidades As marcas territoriais não servem só para diferenciar os locais. Se bem promovidas, atraem turismo e, deste modo, contribuem para gerar receitas, pelo desenvolvimento dos serviços diretamente relacionados com o turismo, pelo aumento do comércio em geral e pelo estímulo à promoção de eventos culturais, desportivos, empresariais, entre outros fatores positivos. Para quem vive ou trabalha no Porto, Oportonity city é um símbolo que une e que gera orgulho. É uma marca dos portuenses.
"oPORTOnity city" premiado no 5º Festival Internacional de Filmes de Turismo Art&Tur
O Porto no mapa das marcas cidade Oportonity City posiciona a cidade no mapa dos destinos urbanos. Segue as melhores práticas na área da construção de marca, na linha de destinos como Amesterdão, Roterdão, Manchester, Londres, Nova Iorque, Madrid, Barcelona ou Copenhaga. Cidades que souberam criar simbolismo para se promoverem, se distinguirem e assim conseguirem capitalizar mais investimento, mais notoriedade e mais turismo.
“A implementação profissional da marca territorial é um instrumento eficaz de desenvolvimento local, que promove a atividade de exportação, traz mais turistas, resulta numa força de trabalho competente e atrai investimentos... aumenta a autoestima dos moradores, mobiliza o orgulho cívico, torna as pessoas conscientes e orgulhosas das conquistas da sua terra” Seppo Rainisto
O Porto conquistou o primeiro prémio, na categoria de Turismo Cultural, na quinta edição do Festival Art&Tur - International Tourism Film Festival, um meio promocional de excelência para todas as produções audiovisuais relacionadas com o turismo, que decorreu em Barcelos. A concurso esteve o vídeo "oPORTOnity city", produzido por Luís Araújo e lançado pela Câmara Municipal do Porto. O vídeo faz parte da estratégia integrada de promoção turística do destino Porto, que tem vindo a ser desenvolvida pela autarquia portuense, em estreita articulação com os parceiros públicos e privados do setor. A distinção do filme promocional da cidade vem evidenciar a vocação turística do Porto, no segmento de Turismo Cultural, e confirmar a sua capacidade de envolver e emocionar os consumidores, determinando o próximo destino de viagem.
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Turismo
Turismo
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"Memórias" despediram-se do Manobras no Porto estatísticas sobre o município do Porto e várias imagens dos eventos que têm marcado o ritmo de animação da cidade. As memórias do Porto foram afundadas (depois de uma tentativa falhada por questões técnicas) a três milhas da costa para só serem recuperadas e reabertas daqui a 100 anos.
O programa de revitalização do centro histórico do Porto “Manobras 2012” terminou com o afundamento no mar de uma cápsula do tempo que contém memórias do Porto. Todos os cidadãos
foram convidados a depositar objetos pessoais com o intuito de serem recuperados daqui a 100 anos. Foram muitos e variados os objetos depositados na Barca da Memória que esteve ancorada na Ribeira. Desde postais, cachecóis, quadros, fotografias, cartas, árvores genealógicas e histórias de coletividades. Também muitos objetos carregados de sentimentos como, por exemplo, as cartas de amor trocadas na altura da guerra colonial, num total de cerca 2500 memórias das gentes e da cidade. A última memória foi depositada pelo Vice-Presidente e Vereador do Turismo Inovação e Lazer da autarquia portuense, Vladimiro Feliz, que deixou na Barca algumas
“Procurámos deixar um balanço daquilo que é, atualmente, a cidade em termos de oferta de animação. Recorremos a meios tecnológicos e depositou-se uma pen que contém imagens de animação da cidade em 2012, que representam um conjunto muito alargado de eventos com relevância internacional que se realizaram nesse ano”, explica Hugo Neto, diretor-geral da PortoLazer. Além disso, foram ainda incluídos um conjunto de dados e indicadores estatísticos de eficiência municipal. “O trabalho que tem sido desenvolvido tem essas duas componentes: um trabalho de proximidade e serviço às populações, mas assente no rigor e sustentabilidade da intervenção que vamos fazendo”, acrescenta o responsável.
O MANOBRAS NO PORTO O Manobras no Porto aconteceu durante dois anos consecutivos, de 2011 a 2012, no âmbito de um programa de intervenção imaterial no Centro Histórico do Porto. Foram dois anos de encontros entre gentes e ideias. Tratou-se de um movimento lançado pela plataforma Porto 2.0, resultado de uma candidatura submetida pela Câmara Municipal do Porto, através da PortoLazer, e aprovada pelo CCDRN, no âmbito do programa comunitário de criação e consolidação de um cluster de indústrias criativas no Norte de Portugal, contributivo para o desenvolvimento económico nacional. Em 2012, o festival arrancou a 28 de setembro e durante 10 dias apresentou 88 iniciativas em vários locais da zona histórica da cidade. Virtudes, Miragaia, Sé e Vitória foram o centro das atenções com intervenções efémeras, como peças de teatro, dança, concertos, performances, jogos, instalações interativas, ofertas gastronómicas e locais de partida para roteiros.
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90º Aniversário de Agustina Bessa-Luís assinalado nos Serões da Bonjóia Os Serões da Bonjóia assinalaram os 90 anos de vida de Agustina Bessa-Luís. Para falar sobre a vida da escritora portuense, o “serão” teve como oradora convidada Isabel Ponce de Leão, que proporcionou um périplo pela grandiosa obra literária de Agustina BessaLuís, abordando o papel determinante que a escritora teve na Literatura e Cultura portuguesa.
Recorde-se que Agustina Bessa--Luís esteve, em 2004, a realizar um Serão da Bonjóia sob o tema “Agustina BessaLuís: A Sabedoria das Palavras”, por altura dos 50 anos da publicação do romance “A Sibila”. Então, de viva voz, partilhou a sua sabedoria das palavras e o seu percurso de grande romancista.
10 ANOS A ALIMENTAR, SEMANALMENTE, A AGENDA CULTURAL DA CIDADE Desde 2003 que a Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Porto Social, promove os Serões da Bonjóia, na Quinta de Bonjóia. É uma iniciativa que pretende ser o reviver de tertúlias à moda portuense e consiste em conferências, encontros, concertos, debates, regulares, subordinados a temas e atividades diversas. Dirigido ao público em geral, realizase às quintas-feiras, às 21h15 e a entrada é livre. O sucesso desta iniciativa, que este ano comemora o seu 10º aniversário, devese à riqueza na diversidade dos temas apresentados que passam pela literatura, arte, património, tradições, história, saúde e bem-estar, cidadania, ciência e ainda debates sobre assuntos europeus e atualidade, e ao prestigiante painel de oradores convidados, especialistas em cada uma das matérias. Programação em www.bonjoia.org
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cultura
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CICLOS DE MÚSICA 2013 Quatro Ciclos em quatro equipamentos distintos O Porto voltará a ser presenteado com Recitais de Música apresentados em 4 ciclos de música. Depois do sucesso da primeira edição dos Ciclos de Música, que tiveram lugar no primeiro semestre de 2012, a Câmara Municipal do Porto, através do Pelouro do Conhecimento e Coesão Social, com a colaboração do Curso de Música Silva Monteiro, volta a oferecer ao Porto, de janeiro a Junho de 2013, a 2ª edição dos Ciclos de Música, com a organização de 24 concertos, em 4 locais emblemáticos da Cidade - Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, Palacete Viscondes de Balsemão, Quinta de Bonjóia, e Teatro Campo Alegre. Os Ciclos de Música estão organizados em quatro temáticas - À Descoberta da Música e dos Seus Intérpretes; Um Recital e uma Obra de Arte; Novos Cantos, Novas Cartas; e Novos Talentos. A Quinta de Bonjóia, sede da Fundação Porto Social, receberá o Ciclo dedicado à Descoberta da Música e dos Seus Intérpretes, dando, assim, seguimento a uma programação onde são apresentados diferentes “famílias de instrumentos” e que permitem a um público, preferencialmente, jovem o contato com a música através de mecanismos didáticos. No Palacete dos Viscondes de Balsemão, valoriza-se a ligação
da música à cidade, enquanto no Museu Romântico se valoriza a ligação da música à escrita e seus autores. Já no Teatro do Campo Alegre, o quarto equipamento municipal onde decorrerá este ciclo, valorizam-se os novos talentos, dando a conhecer à comunidade os mais jovens premiados de concursos nacionais e internacionais.
PROGRAMA > À Descoberta da Música e dos seus Intérpretes na Quinta de Bonjóia 19 de janeiro: Banda Rockschool/CMSM 23 de fevereiro: Grupo Vila Navio (André Rodrigues, Jorge Fundo, José Serra) 30 de março: Atelier Em Cena - AMFF
> Um Recital e uma Obra de Arte no Palacete dos Viscondes de Balsemão 5 de janeiro: Luis Meireles - flauta Maria João Souza Guedes - Piano Ricardo Vilares - Comentador 2 de fevereiro: Duo de guitarras Eduardo Soares e Tiago Cassola Eugénio Amorim - Comentador 9 de março: Cristina Ioan - Flauta Transversal Radu Ungreanu - Violino Constantin Sandu - Piano Ricardo Vilares - Comentador
> Novos Cantos, Novas Cartas no Museu Romântico 12 de janeiro: João Merino - Barítono Álvaro Teixeira Lopes - Piano - Leituras 9 de fevereiro: Luis Rodrigues - Barítono Jaime Mota - Piano 23 de março: Mário João Alves - Tenor João Tiago Magalhães - Piano
> Novos Talentos no Teatro Campo Alegre 18 de janeiro: Pedro Gomes - Piano 23 de fevereiro: Rafaela Oliveira - Piano (Prémio Roland) Mateus Barros - Piano (Prémio Roland) Daniel Hart - Piano (Prémio Roland) 28 de março: Vasco Rocha - Piano
063 FESTAS E TRADIÇÕES projeto transversal Sim Cultura
De abril a dezembro desenvolveu-se o projeto FESTAS COM TRADIÇÃO promovido pelo Pelouro do Conhecimento e Coesão Social através do SIM-Cultura (Serviço de Interpretação e Mediação da Cultura) em parceria com a Obra Diocesana de Promoção Social e a Santa Casa da Misericórdia do Porto. Nove Centros de Dia - Cerco do Porto, Fonte da Moura, Machado Vaz, Pasteleira, São João de Deus, São Tomé, Pinheiro Torres, Rainha D. Leonor e Regado - e quatro Lares de Idosos (Nª Srª da Misericórdia, Pereira de Lima, Quinta Marinho e Santo António) visitaram nove espaços culturais – museus, bibliotecas e arquivo -, com o objetivo de valorizar as festas e dinamizar as memórias através de experiências e ligações emocionais. Temas como o São João, São Bartolomeu, Nossa Senhora do Ó, Santo António, Santa Clara e Carnaval foram o ponto de partida para a montagem de uma exposição com peças, documentos e livros pertencentes o acervo municipal, assim como objetos pessoais dos seniores que participaram neste projeto.
Festas e tradições foi acompanhada de um vasto programa paralelo à exposição, resultante do trabalho entre a cultura e a ação social: > Animação do grupo de cantares “Serões da Aldeia” (Clube Fenianos Portuenses) > Ciclo de visitas orientadas > Palestra “As festas tradicionais na identidade da cidade” (orador Hélder Pacheco) > Conferência “A Diversidade do Património Imaterial”- partilha de experiências sobre projetos em diversos domínios como: tradições e expressões orais, rituais e eventos festivos e práticas sociais. FESTAS COM TRADIÇÃO dá voz à identidade de cidadãos do Porto, alguns naturais desta cidade, outros, de várias zonas do país. Com esta iniciativa pretende-se que as festas tradicionais das freguesias do Porto perdurem no tempo e passem de geração em geração.
Espaço TPC - um novo serviço das bibliotecas, de apoio às famílias O Pelouro do Conhecimento e Coesão Social implementou na Biblioteca Pública Municipal do Porto, um novo projeto de inclusão social, o ESPAÇO TPC. Trata-se de um espaço de apoio educativo para crianças e jovens, cujo objetivo é proporcionar igualdade de oportunidades e promover o sucesso educativo daqueles que menos possibilidades têm. Um grupo de professoras aposentadas irão, a título de voluntariado, prestar apoio na elaboração dos trabalhos de casa, na preparação para os testes, na realização de trabalhos académicos, provendo simultaneamente aprendizagens ligadas à gestão do tempo, métodos de estudo, metas e objetivos. É também objetivo deste projeto, promover a aquisição de diferentes valências ligadas à literacia da informação, como por exemplo: como se elabora um trabalho académico? Como se consulta um dicionário ou uma enciclopédia? se consulta um catálogo? Como pesquisar na Internet com sentido crítico? A frequência do espaço é gratuita e podem inscrever-se crianças e jovens do 1º ao 3º ciclo.
Inscrições | Informações telefone 225193480 email: bpmp@cm-porto.pt
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cultura
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O ARRANQUE DO ANO NO TEATRO DO CAMPO ALEGRE
O Teatro do Campo Alegre (Fundação Ciência e Desenvolvimento) entra no novo ano com uma programação de excelência, dando continuidade às iniciativas que tem vindo a oferecer e apresentado algumas novidades. Em relação ao reconhecido ciclo de poesia Quintas de Leitura a proposta são dois espetáculos e dois laboratórios. A 31 de janeiro “Vamos ser velhos ao sol”, uma sessão em torno da poesia de Maria do Rosário Pedreira que conversará com o escritor Valter Hugo Mãe. A noite fecha com a voz e a alma da fadista Aldina Duarte. A 28 de fevereiro “A Morte é uma flor que só abre uma vez” – as escolhas poéticas de Paula Moura Pinheiro e a estreia no ciclo de Filho da Mãe, o talento consensual de uma das novas guitarras portuguesas. Ainda a iniciar em Fevereiro, mais dois Laboratórios, a 6ª edição do de leitura poética e a 2ª do de iniciação ao canto. No que respeita ao Serviço Educativo, a proposta é para fevereiro: de 7 a 10 regressa ao palco do teatro uma adaptação de “Dentes de Rato”, de Agustina Bessa-Luís, interpretada por dois atores que se desdobram nas várias personagens. Este espetáculo, dirigido a famílias e a grupos do 3º ciclo do ensino básico, resulta do Projeto “Autor X”, um desafio lançado pelo Serviço Educativo, em 2011, aos professores de língua portuguesa, para que escolhessem o autor que gostariam de ver encenado. Um espetáculo de teatro e leituras curriculares com direção artística e interpretação de Daniel Pinto e Cristóvão Carvalheiro.
Novos talentos na música e na dança No ciclo de dança contemporânea Palcos Instáveis, um projeto que resulta de uma parceria entre a Fundação Ciência e Desenvolvimento e a Companhia Instável, o Teatro do Campo Alegre apresentará novas criações coreográficas de duas jovens criadoras: a 25 de janeiro de Joana Castro e a 23 de fevereiro de Daniela Cruz. Como novidade, o Teatro do Campo Alegre apresenta “Novos Talentos”, uma série de concertos incluídos nos Ciclos de Música que resultam de uma parceria estabelecida entre o Curso de Música Silva Monteiro e o Pelouro do Conhecimento e Coesão Social. No Teatro do Campo Alegre será mostrado o talento de novos intérpretes, dando a conhecer à comunidade os mais jovens premiados de concursos nacionais e internacionais. A 18 de janeiro sobe ao palco Pedro Gomes e a 22 de fevereiro Rafaela Oliveira, Mateus Barros e Daniel Hart, todos intérpretes de piano.
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MARIONETAS BI E TRIDIMENSIONAIS ESTREARAM NO “ CAMPO ALEGRE” O Serviço Educativo do Teatro do Campo Alegre, promovido pela Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Ciência e Desenvolvimento, e o Teatro de Marionetas do Porto, apresentaram, em novembro, em estreia absoluta, um espetáculo de marionetas inovador. Ao palco do Teatro do Campo Alegre subiu “O Senhor…”, uma história de João Paulo Seara Cardoso, encenada por Isabel Barros, numa peça que cruzou a marioneta com a animação 2D e 3D, numa proposta para escolas e famílias. As marionetas foram assinadas pelo ilustrador Júlio Vanzeler, a interpretação foi de Edgard Fernandes, Rui Queiroz de Matos e Sara Henriques e coube ao coletivo HUSMA (João Apolinário, José Teixeira, Nuno Cortez e Pedro Cardoso) a criação dos efeitos de animação e a música do espetáculo. O sucesso alcançado por este “senhor”, que se envolve numa emocionante aventura enquanto tenta descobrir o mundo que existe para além do seu território, ditou sessões esgotadas e agrado generalizado.
TCA
UMA NOITE EM CHEIO A VALER POR TRÊS Continuando o seu percurso de divulgação da palavra poética, o ciclo “Quintas de Leitura”, promovido pela Câmara Municipal do Porto, através da Fundação Ciência e Desenvolvimento, regressou em outubro à sala que o viu nascer, o Café-teatro do Teatro do Campo Alegre, para a sua 135ª sessão. O espetáculo, intitulado “As borboletas não dormem a sesta”, inspirou-se num pensamento do escritor vanguardista Ramón Gómez da la Serna. E a sessão, realizada também em outubro, completamente esgotada, foi uma noite especial, rara, imperdível e irrepetível, construída em três momentos. O primeiro momento levou ao palco Adolfo Luxúria Canibal que disse, como só ele o sabe e pode fazer, dois poemas de Mário Cesariny e dois estilhaços de sua própria autoria. O segundo foi a estreia absoluta nas “Quintas” do virtuoso guitarrista Pedro Jóia. Ficou para o fim da noite o terceiro momento, um recital-concerto do coletivo poético “Peixe Graúdo”, constituído pelas vozes de Ana Celeste Ferreira, Marta Bernardes e Teresa Coutinho.
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actualidade cultura
ANIMAÇÃO
066 Promover a atratividade do centro da cidade e criar condições para atrair investimento para a sua reabilitação e revitalização são alguns dos objetivos gerais do projeto “1.ª Avenida”, que irá decorrer ao longo deste ano.
1ª AVENIDA Todos os caminhos se cruzam nos Aliados
Tendo como área de intervenção toda a zona dos Aliados, e da sua envolvente mais próxima, numa área de total de 17,4 hectares, delimitada pela Rua de Sá da Bandeira, Praça da Trindade, Estação de São Bento, Largo dos Lóios e Rua do Almada, o "1.ª Avenida" resulta de uma candidatura submetida pela Câmara Municipal do Porto, através da PortoLazer, e pela Porto Vivo SRU, no domínio de intervenção "Ações Inovadoras para o Desenvolvimento Urbano", integrando o "Eixo Prioritário V - Infraestruturas e Equipamentos para a Valorização Territorial e o Desenvolvimento Urbano", do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT), do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013. Os próximos meses vão oferecer uma programação relevante do "1.ª Avenida". As ações terão como âncoras dois edifícios situados nos Aliados (edifícios AXA e Montepio), e a respetiva ocupação pela programação prevista, mas integrará igualmente animação do espaço público, sobretudo nos meses de verão.
Francesinhas na Baixa Mais de quinze mil pessoas passaram pelo festival “Francesinha na Baixa” que decorreu durante uma semana na Praça D. João I. O evento gastronómico foi promovido pela Câmara Municipal, através da PortoLazer, e Porto Vivo Sociedade de Reabilitação Urbana e organizado pela Essência do Vinho. Uma oportunidade para saborear um dos pratos mais típicos da cidade e do agrado de muitos visitantes. Motivados pelo sucesso do certame, a organização pondera reeditar o festival já no próximo ano com pretextos acrescidos de interesse.
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AUTARQUIA E ASSOCIAÇÕES UNIDAS PARA AJUDAR O COMÉRCIO TRADICIONAL A Câmara Municipal do Porto, através da empresa municipal PortoLazer, tem vindo a reforçar a aposta na oferta de animação na Baixa. Ao longo dos últimos anos, foi possível atrair novos públicos para diferentes locais através da realização de inúmeros eventos e do estabelecimento de parcerias com diversos agentes da cidade, construindo-se uma oferta de animação contínua e diversificada. No último Natal, a PortoLazer celebrou um contrato de colaboração com a Associação de Comerciantes do Porto com vista à organização e produção de atividades que visaram dinamizar a cidade durante a época natalícia, criando pólos de atração turística e promovendo o comércio tradicional. Em parceria com a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, a autarquia também tem vindo a colaborar na iniciativa “Estamos com a Baixa”, promovendo a abertura de lojas até às 24 horas na primeira sexta-feira de cada mês, de forma a atrair público e dinamizar o comércio tradicional. “Em 2013, é nossa intenção realizar
com as duas associações novas parcerias de animação e atratividade da Baixa. Pretendemos contribuir para alinhar a oferta de comércio de rua com as novas dinâmicas de procura resultantes do turismo, sensibilizando o comércio tradicional para as vantagens da abertura dos espaços comerciais, em alguns horários do domingo”, adiantou Hugo Neto, diretor-geral da PortoLazer.
Em parceria com a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto, a autarquia também tem vindo a colaborar na iniciativa “Estamos com a Baixa”, promovendo a abertura de lojas até às 24 horas na primeira sexta-feira de cada mês.
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ANIMAÇÃO
OPINIÃO
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2013: Ano Europeu dos Cidadãos O ano de 2013 foi oficialmente designado como o Ano Europeu dos Cidadãos. Vinte anos após a introdução da cidadania da UE, este Ano Europeu centra-se tanto naquilo que já foi alcançado para os cidadãos como na forma de responder às expectativas dos cidadãos quanto ao futuro. O Ano Europeu dos Cidadãos coincide com o 20.º aniversário da introdução da cidadania da UE, aquando da entrada em vigor do Tratado de Maastricht em 1993. O ano de 2013 será também o ano em que a Comissão adota a próxima edição do Relatório sobre a Cidadania da UE, no qual serão apresentadas novas iniciativas específicas para eliminar os obstáculos que ainda impedem os cidadãos de exercerem plenamente os seus direitos. Sendo o ano que antecede as eleições europeias de 2014, é também o bom momento para organizar um amplo debate sobre o futuro da UE. Os inúmeros eventos previstos para este ano vão envolver diretamente os cidadãos e dar a todos a oportunidade de debater e construir o futuro da União Europeia. As Instituições Europeias reconhecem a importância da voz dos cidadãos na definição do projeto europeu e escolheram, por isso, o lema para este ano: Tem a ver com a Europa, tem a ver consigo. Junte-se ao debate!
Após 20 anos de cidadania da UE, muito foi alcançado. É chegada a altura de refletirmos sobre onde nos encontramos e sobre o que o futuro nos pode trazer. […] As pessoas esperam que a Europa apresente resultados concretos. Com as tarifas de roaming mais baratas, a melhoria dos direitos das vítimas de crimes e a facilitação das compras online para os consumidores, é precisamente isso que estamos a fazer. Queremos continuar a reforçar os direitos dos cidadãos e é por esse motivo que decidimos consagrar um ano inteiro a quem está no
centro do projeto europeu – os nossos cidadãos. O Ano Europeu dos Cidadãos proporcionar-nos-á uma excelente oportunidade para ouvirmos e aprendermos consigo sobre o que nos quiser transmitir e sobre a forma como juntos poderemos construir a União Europeia do futuro”.
VicePresidente Viviane Reding, Comissária da União Europeia responsável pela Justiça e pela Cidadania
Para saber mais sobre este Ano Europeu e o que se passa na Europa, contacte o Europe Direct Porto. > Gabinete do Munícipe: de 2.ª a 6.ª feira, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h00 > sítio: http://balcaovirtual.cm-porto.pt/ pt/EuropeDirect > email: europedirect@cm-porto.pt > telefone: 222 090 412
069 Sabia que…
Em 1893 foi fundado nesta cidade o Real Velo-Club do Porto, com sede no velho Palácio de Cristal. Uma das suas mais emblemáticas obras foi a construção de um “velódromo”, situado na cerca do Palácio das Carrancas, edifício atualmente ocupado pelo Museu Nacional de Soares dos Reis. Teve o clube como
© DDF/ MNSR
© DDF/ MNSR
HÁ UM VELÓDROMO, INAUGURADO EM FINAIS DO SÉC. XIX
presidente honorário o rei D. Carlos e ao velódromo foi dado o nome de “Maria Amélia”, em homenagem à rainha. O velódromo tinha um perímetro de 333,33 metros (perfazendo, portanto, a cada três voltas 1km) e foi palco de dezenas de corridas até ao final da primeira década do século XX. Tinha uma tribuna
para 700 pessoas, 50 camarotes para os sócios, “três corte de law-tennis” ao centro da pista, e uma chalet-buffet. Naquele mesmo local realizou-se a primeira demonstração em Portugal de uma moto, pelo entusiasta e comerciante João Garrido, no dia de 29 de Julho de 1895. O Velódromo Maria Amélia ainda existe.
PARA ALÉM DO TEMPO A Marcolino Relojoeiro acaba de celebrar 85 anos de história. O edifício, situado em pleno centro da cidade, foi desenhado, no início dos anos 20 do século passado, pelo arquiteto do Porto Francisco de Oliveira Ferreira. Atualmente, ali foi criada uma galeria de arte – Marcolino Art Gallery – com o objetivo de apresentar artistas plásticos do Porto e Norte de Portugal, num permanente diálogo com as grandes marcas de luxo internacional.
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PATRIMÓNIO
sala de visitas
070
Jantar comemorativo do 40 º aniversário do Expresso
Lançamento do Livro “Jorge Sampaio - Uma Biografia”
Inauguração da primeira passadeira tátil do Porto
Programa “Economix” nos Paços do Concelho
031 071
Bo Derek no Rivoli
150 Anos da edição do “Amor de Perdição”
Entrega dos prémios de Mérito Escolar 2012
Prémio Carreira FEP 2012
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sala de visitas
Pergunta a quem passa
072 “Este ano quero muito acabar o curso que estou a tirar. Em termos gerais, quero que o nosso país e o mundo melhorem” Gabriela, 18 anos
“Não tenhamos dúvidas: vai ser um ano muito difícil. Os cortes são acentuados. Assim não vamos a lado nenhum”
“Depende muito do que estejamos a analisar. Em termos financeiros e empresariais é tudo muito relativo. O que definirá o futuro destes e outros setores é a sua qualidade”
Fernando Cunha, 65 anos
Martim Leal, 18 anos
“Pretendo continuar a estudar, mas penso que vai ser um ótimo ano. Portugal tem todas as hipóteses de dar a volta aos problemas mais graves”
QUE PERSPETIVAS TEM PARA ESTE ANO?
“Estou muito curioso para ver e perceber as reações que existirão este ano, relativamente a tudo o que aconteceu no ano passado” Guilherme, 20 anos
Beliza, 22 anos
“Espero que seja bem melhor que o ano passado, em todos os aspetos. É preciso haver mais preocupações sociais, por exemplo, com o combate ao desemprego” José Oliveira, 49 anos
“Isto está muito mal. Então, se falarmos nas reformas e nos cortes, os prejuízos são enormes. Há cada vez menos poder de compra” António Bessa, 68 anos
“O ano vai ser mau. A crise é grande e vai ser ainda pior. É preciso não esquecer que quem manda é o povo” José Cardoso, 78 anos
RUA DA
GALERIA DE PARIS
Há ruas na cidade que, ao longo da última década, se transformaram do dia… para a noite. Foi o caso da “Galeria de Paris”. Concebida para ser uma artéria europeia, destinada ao comércio, está ainda hoje cheia de evocações. Ao longo da segunda metade do século XX, os armazéns de tecidos foram ocupando grande parte dos edifícios da rua. Depois, e em pouco tempo, tornou-se num dos centros da movida portuense. O calendário variado de eventos desencadeou o surgimento de outros espaços, tornando este num local da moda da noite do Porto, especialmente aos fins de semana.
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Ruas da Cidade
de a a z
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A
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PORTO uma grande instituição de defesa da cidade e da região
NUNO BOTELHO • Diretor Executivo da ACP e Diretor da Essência do Vinho
B
BRASIL - uma oportunidade e um grande desafio
C
CARÁTER - o que define cada um de nós
D
DOURO - o rio que embala o Porto
E
ESSÊNCIA DO VINHO - um projeto de vida
F
O
G
P
FRANCESINHA - um ícone da Cidade
GIN - … tónico ao fim da tarde
H
HIPOCRISIA - Odeio!
I
“INÊSES” - a minha filha e a minha mulher
J
JÁ - … saíamos desta crise!
L
LUZ - Praia da Luz, a esplanada de uma vida!
M
MAR - … e praia, as férias ideais
N
NUNCA - … se diz nunca e a vida ensina-nos isso mesmo
OLHA - … o balão na noite de S. João!
PORTO - a minha cidade e uma paixão que se renova a cada dia
Q
QUEM - … tudo quer tudo perde
R
RUI MOREIRA - um grande defensor do Porto e da região
S
SAÚDE - fundamental
T
T-REX - Uma grande exposição para o ano no Porto
U
UVA - o fruto do vinho
V
VIVA - … a liberdade!
X
Xisto - ajuda o Douro a ser uma região tão especial
Z
ZANGADO? - Perca tempo de outra forma!