FÉ, SIMPLESMENTE FÉ
TELO PINTO
Apesar da avalanche de momentos ruins, minha gestão no Boi Garantido alcançou o que muitos presidentes não tiveram tempo ou organização para alcançar. Falo, sobretudo, de quitar muito mais dívidas do que qualquer outro presidente, mesmo restando algumas. Falo de redirecionar o Boi artístico e administrativamente para um processo mais enxuto e organizado. Somamos muitas vitórias e, tenho certeza que o próximo presidente já não enfrentará a mesma tempestade que enfrentamos. Levaremos como maior recompensa desta gestão, a grande vitória do Garantido no ano do centenário. Muito orgulhoso do apoio e empenho de cada diretor e
dos artistas que proporcionaram belíssimos espetáculos de arena. Enfrentamos com coragem todas as situações adversas que, muitas vezes, nos valeram duras e infundadas críticas, mas quem trabalha de forma empenhada, supera desafios e compreende as críticas. Nosso foco sempre foi alcançar metas, como fizemos. Em nenhum momento nos deixamos abater diante da hipocrisia, ao contrário, fomos trabalhando, nos adequando as novas regras de patrocínio e condução do Boi. Diminuímos, consideravelmente, a fila de trabalhadores nos corredores do fórum contra o Boi Garantido, verdadeiros escândalos. O sonho de tornar nossa associação um espaço de con-
vivência e lazer não se realizou, talvez por ainda não ser um sonho de todos os sócios, como diria o poeta, sonho que se sonha junto, é sonho realizado. Mas tornamos a escola de arte do Boi uma referência, hoje! Produzimos, de forma inédita, os DVDs que ficarão em nossas memórias de forma permanente e indelével, mesmo esse último, quando uma conspiração foi feita para o seu fracasso, temos um sucesso nas mãos. E foi por levantar todos os dias acreditando em dias melhores, que propus a Comissão de Arte, que nosso tema em 2014 fosse Fé, simplesmente Fé. Vamos a vitória minha Nação Vermelha e Branca!
ROTEIRO DE APRESENTAÇÃO DO BOI GARANTIDO 2014 - ROTEIROS DIÁRIOS SERÃO ENTREGUES AOS JURADOS
GARANTIDO O Boi da fé
Em 2013, o garantido comemorou com vitória o centenário de sua criação. E abre, em 2014, o novo século de sua história de cultura e arte com os olhos voltados para a sua essência: a Amazônia, cujo verde, de sua imensa e fantástica floresta, simboliza a esperança de uma Amazônia verdadeiramente preservada e conservada. E nada melhor do que celebrarmos com fé essa esperança, que não é apenas dos povos da floresta, mas do Brasil e do mundo, que hoje vê a Amazônia como o maior exemplo de apelo para o equilíbrio e recuperação ecológica do planeta. O Garantido imprime assim o tema fé para 2014, com muita propriedade, visto que é preciso mostrar ao mundo essa Amazônia, definitivamente, como o maior exemplo de esperança para o planeta já que representa a maior reserva biológica da Terra, onde ain-
da vivem mais de 60% dos índios brasileiros, sobreviventes da cruel colonização européia. Que essa Amazônia seja vista com a naturalidade da visão sustentável dos povos que nela vivem e não sob o exotismo daqueles que a desconhecem. Sob o símbolo do amor, com um coração na testa, o garantido é o boi da fé, o Boi da Amazônia, da alegria, da magia e do fascínio. O boi da tradição e da vanguarda, da contribuição européia das Tourinhas e dos Autos de Gil Vicente, do Mitraísmo Mouro e das influências nordestinas do bumba-meu-boi. Um Boi que atravessou fronteiras e se projetou para o Brasil e para o Mundo. Na busca de um conceito mais universal para a brincadeira, não seria exagero dizer que o Garantido é o Boi do Planeta, porque reverencia com alegria e arte
o animal de 25 milhões de anos, o gênero Bos, que surgiu na cordilheira do Himalaia e acompanha o homem na sua trajetória na Terra, dando-lhe alimento, vestuário, força de trabalho, alegria e inspiração para a brincadeira de boi. Com o vermelho, o Boi Garantido simboliza energia e força. Com o branco, a fé, a harmonia e o equilíbrio, numa simbiose que caracteriza a constante busca da alegria e da felicidade, através da arte lúdica de viver. E este é o sentido temático do Boi Garantido, a fé que alimenta a esperança de que essa Fantástica Amazônia possa, verdadeiramente, contribuir como exemplo de consciência ecológica para todo o planeta.
A TRANSFIGURAÇÃO Fred Góes
Comissão de Arte
Parintins tem uma singularidade dentro da Região Amazônica. Cada homem ou mulher aqui nascido, tem o dom da arte como herança cultural. Não obstante, vamos voltar um pouco em nossa história. No dia 26 de Setembro de 1669, o fundador da Missão de São Miguel das Tupinambaranas, terra alta à margem direita do rio Amazonas, que mais tarde se chamaria Parintins, o jesuíta alemão João Felipe Bettendorf representa a primeira contribuição pela fé no processo de transfiguração artística e cultural em Parintins. Bettendorf era formado em arte pela Universidade de Treveres e, certamente, teve papel importante nos primeiros passos da transmissão da arte europeia em terras indígenas parintintin, onde sua primeira ação foi construir uma capela rústica em louvor a São Miguel, no local onde hoje é a Praça Cristo Redentor,
hoje também chamada Praça Digital. Na pequena capela, coberta de palha e chão batido, os indígenas ouviram, pela primeira vez, os cantos gregorianos, em missas cantadas em latim. Era o início da transfiguração cultural através da fé e da música e, certamente, também através das artes plásticas, porque os jesuítas, no tempo da colonização, sempre trouxeram artistas para fazerem os registros visuais dos acontecimentos, através de pinturas em telas ou em desenhos de nanquim em papel. Assim o primitivismo da arte indígena espontânea entra, imediatamente, em simbiose com a arte jesuíta européia. Se Bettendorf traz a missa cantada em latim, na qual a tônica do canto se repete em mantras, agradando aos ouvidos dos indígenas, estes, por sua vez, apresentam seus rituais, nos quais os cantos se sucedem em mantras que através da dança e da inala-
ção de ervas os fazem entrar em transe, permitindo a transcendência espiritual, base da fé entre os índios. Esse processo da transfiguração cultural em Parintins é contínuo e perfeitamente constatável na história mais recente. O primeiro Bispo da cidade, Dom Arcângelo Cerqua, chega a Parintins ainda muito jovem e além do seu conhecimento artístico, revelado através da música, traz consigo outros sacerdotes e irmãos leigos que se revelam grandes artistas plásticos. O mais emblemático deles foi o Irmão Miguel Di Pascale que formou muitos jovens na arte da pintura e da escultura. Dom Arcângelo compôs vários cânticos para a igreja, com destaque para o Hino da Diocese que acabou se transformando em hino oficial de Parintins. Embora não fosse arquiteto, idealizou a construção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, o maior monumento arquitetô-
CULTURAL PELA FÉ
nico religioso de Parintins, em cujos traços e vitrais a arte européia está visivelmente expressa. Enquanto isso, e simultaneamente, a arte indígena sai das aldeias e ganha ruas e praças, através de artesanatos, instrumentos musicais, adornos corporais, esculturas, entalhes em madeira, arte plumária, pinturas e grafismos indígenas. A música se desprende do cerimonial ritualístico ortodoxo indígena para compor a nova sinfonia amazônica, através de composições que tematizam lendas e mitos. A dança ritualística se projeta para os palcos e as expressões indígenas começam a compor coreografias permeadas de desenhos da dança clássica e da dança contemporânea, num claro signo de que os movimentos do corpo são universais e podem perfeitamente compor novas criações coreográficas, sem ferir, é claro, o princípio da harmonia e
do equilíbrio das formas e dos movimentos. Assim a transfiguração cultural vem se processando e é essa transfiguração que vem enriquecendo e universalizando, cada vez mais, a arte que se faz hoje nos espetáculos de Arena do Boi Garantido. Nos primeiros contatos com os Parintintin, que deram nome à cidade, Curt Nimuendajú, já observava que aqueles índios, tidos como ferozes e violentos, eram na verdade dóceis e nutriam o gosto pela arte de cantar e dançar. Os ataques com flechas ao posto montado por Nimuendajú, para a aproximação com os Parintintin, foram depois substituídos por cantos e danças. Ou seja, todas as vezes que iam ao posto os índios chegavam cantando e dançando para chamar a atenção. Trata-se de um registro importante para o entendimento da contribuição indígena no processo da formação cultural de Parintins e da Amazônia. Tudo isso se soma à contribui-
ção negra, através dos escravos trazidos para Parintins e toda a Amazônia, cujo legado maior está impresso na brincadeira de boi trazida pelos nordestinos no período áureo da borracha e no registro histórico da Cabanagem, quando os negros se revoltaram e se associaram aos índios e caboclos da região contra o poder estabelecido dos brancos. Essa transfiguração está em todas as regiões desse imenso Brasil. Para fazer uma abordagem da Fé num contexto diverso como é o nosso País, foi que nos remetemos a essa transfiguração artístico-cultural para entender a fé em suas vertentes e apresentar um espetáculo que, como um espelho mágico, reflita todas as expressões da fé que se enraizou no Brasil e compõe nossa identidade cultural.
Itens do Boi As personagens Amo, Sinhazinha, Boi, Porta Estandarte, Vaqueirada, Pai Francisco, Catirina, Gazumbá, já nasceram nas raízes do Auto do Boi e estão presentes em todas as vertentes do bumba meu Boi, Brasil afora. Em Parintins, foram inseridas algumas personagens que, por força das influências culturais da região, ganharam ambiência e lugar na dramaturgia do boi bumbá. Pajé, Cunhã Poranga, Rainha
do Folclore, Tuxauas e Tribos Indígenas, conferem especificidade ao brinquedo de Mestre Lindolfo. Para enriquecer ainda mais a disputa, foram apanhados como item, os torcedores, que formam o item Galera, os ritmistas, que formam a Batucada, além dos abstratos, como Figura Típica Regional, quadro que expressa o cotidiano do caboclo amazônico, Lenda Amazônica, item que recria o fantástico imaginário mítico indígena
e caboclo, o Ritual Indígena que encena ritos de passagem, de cura, de guerra, enfim, todas as crenças das Tribos indígenas brasileiras em suas práticas religiosas, a cenografia dos espetáculos avaliadas como Alegorias, a movimentação humana como Coreografia e a Organização do Conjunto Folclórico, que avalia a forma como os Bois realizam suas apresentações. Estes, por fim, são os ítens do Boi Bumbá de Parintins.
Apresentador Item 01
Israel Paulain é nosso Apresentador, o anfitrião. Há 12 anos consecutivos vem acumulando vitórias e promovendo inovações na personagem que tem a função de tornar o espetáculo interativo com a Galera. Ele será o guia, o elo da Galera com os espetáculos nas três noites do Festival. O condutor que fará a apresentação do espetáculo Fé, em todas as suas expressões, presente em todos os povos que habitam a Amazônia e o Brasil.
Batucada Item 03
Esses são os tambores da Fé, os tambores da Miscigenação, o ritmo, a cadência e a tradição do Garantido. A Batucada é o corpo de 420 batuqueiros que fornece a sustentação rítmica às toadas que amparam os espetáculos na arena. Representam os tamurás que dão ritmo às cerimônias espirituais indígenas e os tambores dos batuques africanos introduzidos em Parintins através do Bumba-MeuBoi nordestino e dos terreiros de religião afro!
Ritual Indígena Item 04
Esse quadro reconstitui dramaturgicamente um ritual indígena, de passagem, de cura, de guerra. A cerimônia religiosa é conduzida pelo Pajé para espantar os espíritos maléficos e restituir o bem e a prosperidade para a aldeia. Como todas as batalhas do poderoso Pajé se dão no mundo sobrenetural, a recriação procura revelar esse universo fabuloso do índio e suas expressões xamãnicas.
Levantador Item 02
Violonista, guitarrista, percussionista, compositor e cantor. Este é Sebastião Júnior, nosso Levantador de Toadas. É através da sua voz, uma das mais belas da Amazônia, que iremos expressar a Fé, o folclore e o imaginário, a crença e os ritos, as expressões culturais dos povos amazônicos. Ele é o fio condutor para o desenvolvimento do tema proposto para cada noite. No Boi Garantido desde 2010, Sebastião trouxe inovação ao item, transformando o item Levantador de Toadas, até então apenas a voz que dava vida as toadas, em um personagem ativo dentro do espetáculo realizado nas três noites do Festival.
Porta Estandarte Item 05
Verena Ferreira é a índia guerreira que conduz o estandarte do Boi Garantido e da Fé em 2014. Ela é a representação da contribuição do indígena no processo da miscigenação dos povos da floresta e é o símbolo de força e resistência cultural, é a guerreira que possui a coragem para enfrentar as batalhas travadas todos os anos no Bumbódromo de Parintins!
Amo do Boi Item 06
Na brincadeira do Auto do Boi, o Amo é o dono da fazenda, o dono do Boi. Tony Medeiros é quem representa essa personagem no Boi Garantido desde 1995. É o nosso versador, o nosso poeta, o nosso menestrel que em poesias irá exaltar o Boi, sua história, sua tradição e as expressões da Fé que irão compor o nosso espetáculo. Na teatralização da brincadeira do Boi Bumbá, Tony Medeiros é o representante do branco, do europeu colonizador que trouxe a cultura da criação do gado para a Amazônia. A sua indumentária, sua afinação e sua voz, seu poder de improvisar e qualidade poética que, em harmonia com sua participação no espetáculo, são os elementos a serem analisados nas três noites do festival.
Sinhazinha da Fazenda Item 07
É a filha do amo e a moça mais bonita da fazenda que no Boi Garantido é representada pela belíssima Ana Luisa Faria. No Auto do Boi, como o Amo, a Sinhazinha também é uma representante da herança deixada pelo europeu colonizador. Sua simpatia e graciosidade, a leveza dos seus movimentos e a riqueza da sua indumentária são os elementos que compõe o personagem da Sinhazinha da Fazenda, cuja paixão maior é o Boi Garantido, amor expresso através da sua interação com o bumbá no espetáculo.
Rainha do Folclore Item 08
Patrícia de Góes é a nossa Rainha do Folclore que vem representar a síntese da miscigenação entre o branco e o índio. É a figura que caminha entre o folclore indígena, branco e caboclo, trazendo em sua indumentária os traços e a beleza dessa mestiçagem, que carrega em si a alegria e a força dos povos da floresta. Sua beleza, graça, movimentos, simpatia e indumentária são os elementos que, nas três noites de festival, deverão ser analisados.
Cunhã Poranga Item 09
Tatiane Barros representa a índia mais bela da tribo, o símbolo da sensualidade, da garra e da força da mulher indígena. Sua personagem dá visibilidade a figura do índio, atuando principalmente no que se refere ao imaginário, à crença e a própria Fé dos índios da Amazônia e do Brasil, exposta de forma mais visível em seus mitos, lendas e rituais. Sua beleza, seus movimentos, sua simpatia e sua indumentária é que serão analisadas durante suas apresentações.
Boi Bumbá Item 10
A representação viva do boi animal verdadeiro, ele é o símbolo maior da Festa, em torno do qual gira o espetáculo. É o Boi Garantido, da Baixa do São José, o mais querido e vitorioso Boi Bumbá do Amazonas. Feito de fibra, espuma e pano, sua evolução depende do “tripa”, o homem que lhe dá movimentos de um boi real, como se ambos fossem um só corpo e Denildo Piçanã, caboclo aguerrido, perreché e filho da Baixa do São José, é o tripa vitorioso do Boi Garantido há 16 anos.
Toada, Letra e Música Item 11
A toada é a trilha sonora que da suporte lítero-musical aos espetáculos do Boi Garantido, contextualizando os segmentos artísticos que compõem as apresentações e proporcionando ritmo e dinâmica para o quadro artístico ou item individual. De cunho extremamente popular, com evoluções variantes dos ritmos indígenas e negros, a toada é uma poesia rica em contexto regional, amparada pelo levantador Sebastião Junior e por harmonias e melodias mais universais. A toada se firmou, ao longo dos anos, como identidade e estilo musical da Amazônia.
Pajé Item 12
André Nascimento é o nosso Pajé, o líder espiritual da tribo, feiticeiro e curandeiro, o símbolo maior da Fé indígena; a figura central na condução dos rituais indígenas, das cerimônias religiosas, é o guardião da ancestralidade tribal. Ele é o responsável por transmitir os ensinamentos de iniciação e as orientações espirituais que irão solucionar os problemas da aldeia.
Tribos Indígenas Item 13
É o contigente humano que representa etnias indígenas na teatralização e coreografias dos espetáculos do Boi Garantido. Formado principalmente, por estudantes inseridos nos programas sociais do boi, atuam nas três noites do Festival. Reproduzem as danças tribais em momentos coreográficos e participam como elementos de composição dos rituais ou mitos que recriam o universo cultural do índio brasileiro.
Tuxauas Item 14
Os Tuxauas são os chefes das tribos nas representações indígenas do espetáculo do Boi Garantido. São representados por grandes cocares alegóricos confeccionados a partir de projeções artísticas de cocares indígenas originais. Retratam o universo indígena através dos elementos naturais da floresta, do cotidiano e do imaginário dos povos amazônicos. Cada Tuxaua representa, simbolicamente, uma etnia indígena.
Lenda Amazônica Item 15
A Lenda Amazônica é uma narração dramatúrgica que leva o espectador ao mundo fantástico, ao cerne do imaginário indígena e caboclo da Amazônia. De caráter sempre fantástico, as lendas amazônicas retratam aventuras de seres encantados da floresta e dos rios que se espalham pela região, com heróis e criaturas que povoam o universo tribalesco e caboclo dos povos da Amazônia. Retrata, ainda, eventos históricos deformados pelo imaginário popular, como aqueles registrados pelos cronistas que acompanharam as primeiras expedições a explorar o território Amazônico nos séculos XVI e XVII, dos quais se destaca o relato do espanhol Francisco Orellana que difundiu e difunde ainda hoje, em todo o mundo, a lenda das Amazonas.
Alegoria Item 16
A Alegoria compõe a grande cenografia dos espetáculos do Garantido, criando a ambientação cenográfica especifica para cada quadro artístico. Concebida em módulos, montados em tempo recorde na arena, ela recria lendas, fábulas, mitos, ritos indígenas, figuras e ambientes regionais em uma projeção artística do folclore e do universo cultural como um todo dos povos amazônicos. Com estruturas metálicas e acabamentos artísticos primorosos, atingem até vinte metros de altura, com movimentos de robótica, peculiar e surpreendente que enriquecem os detalhes cênicos, é o suporte ao desenvolvimento do contexto de cada quadro cênico da apresentação do boi.
Figura Típica Regional Item 17
A Figura Típica Regional, como sugere o nome, trás ao espectador o lado regional da Amazônia. É a retratação dramaturgica do dia a dia do caboclo amazônico, do lido com as dificuldades da vida na floresta, da sua luta contra a natureza indomável; das suas festas, da sua religiosidade. É o folclore, o cotidiano, a Fé, o imaginário e todo o universo cultural, rico e amplo, do caboclo ribeirinho, do caboclo da Amazônia.
Vaqueirada Item 18
A Vaqueirada é o corpo de 40 vaqueiros que representam os Guardiões do Boi Garantido. Com lanças coloridas, dança e evolui, ocupando a arena em círculo, amparando os demais personagens e itens que compõem a Celebração Folclórica e corresponde ao Auto do Boi original, em cada noite do Festival.
Galera Item 19
A Galera é o corpo de 15 mil pessoas que dança e canta ininterruptamente nas três noites do festival. É o povo da Baixa do São José, vila humilde de pescadores negros onde o Boi Garantido foi criado. É o combustível que mantém acesa a chama da alegria durante as duas horas e meia de cada apresentação do Boi Garantido. É o grande coro humano que dá força ao espetáculo. É a força encarnada que nunca abandona o Boi Garantido! A Galera do Garantido há 13 anos consecutivos é eleita pelos jurados e pelo público como a melhor Galera do Festival de Parintins.
Coreografia Item 20
O espetáculo do Boi no Festival de Parintins é, essencialmente, coreográfico uma vez que a toada impele a uma movimentação humana que o torna absolutamente cênico. A dança, portanto, passa a fazer parte da organização dos elementos que produzem efeitos fantásticos, ora primitivos, ora folclóricos, mas sempre presentes durante toda a evolução do boi.
Organização do Conjunto Folclórico Item 21
Este item é determinante para filtrar a organização nas apresentações dos espetáculos na arena. Todos os elementos devem estar dispostos de forma coerente e adequados numa dinâmica que mostre profissionalismo e respeito pelo espaço cênico. É observado, também, o conteúdo artístico e a participação dos itens coletivos e individuais, que devem criar a harmonia entre a movimentação e composição cenográfica, com a alegria essencial para o sucesso da apresentação do boi.
PARA PRESERVAR NOSSA CULTURA, NADA MELHOR DO QUE PARTICIPAR DE UMA FESTA INESQUECÍVEL. — Nossa história, nossas raízes, nossas artes. É importante valorizar nossa cultura popular, como o Festival Folclórico de Parintins, que é uma das maiores manifestações culturais do país. Combustíveis Petrobras. A gente é mais Brasil.
AMAZÔNIA, FÉ E PRESERVAÇÃO.
O povo da floresta é um povo de fibra e acima de tudo, um povo de fé, porque acredita na preservação e na conservação da vida na Amazônia, apesar de todo o processo de degradação que se instalou na região. É essa
fé na vida, que eclode a cada segundo nessa fantástica Amazônia, na sua capacidade de resistir às investidas contra a natureza. Fé que nos faz continuar acreditando na possibilidade da convivência pacífica entre os povos,
fé que alimenta a nossa eterna esperança de que a vida será preservada e que essa nossa Amazônia ainda pode servir de exemplo para a preservação total da natureza em nosso planeta.
FIGURA TÍPICA REGIONAL
O ROMEIRO DA FÉ
“Nossa Senhora do Carmo, vem aliviar o meu pranto! Nossa Senhora do Carmo, vem abençoar os meus sonhos!”.
Equipe do Artista JUNIOR FEIJÓ
O Brasil é um país de tradição religiosa e Parintins não poderia ser diferente. Predominantemente católica, Parintins tem como maior símbolo religioso a sua santa padroeira, Nossa Senhora do Carmo, que nesta noite é homenageada pelo Boi Garantido na Figura Típica Regional do Romeiro da Fé, em uma retratação do caboclo parintinense, devoto, que vai pagar sua promessa, rezando o terço de joelhos e seguindo descalço a procissão que ocorre anualmente pelas ruas de Parintins e nas águas do Rio Amazonas.
CELEBRAÇÃO FOLCLÓRICA DA AMAZÔNIA
MALOCA DO MUNDO Equipe do Artista ZIKSON REIS
A Amazônia é hoje a maior reserva biológica do planeta e a maior esperança da humanidade de que o mundo se regenere através da consciência ecológica para que a sobrevivência na terra seja resguardada; esperança que nos faz ter Fé em um planeta tão verde quanto a Amazônia ainda é, como o próprio Brasil e
o mundo já foram um dia. “Verde que te quero verde”, disse o poeta Garcia Lorca, revelando todo o seu sentimento de amor pela natureza, com esse sentimento o Boi Garantido celebra o verde e a preservação. Vamos celebrar a Amazônia, A Maloca do Mundo.
LENDA AMAZÔNICA
GUARICAYA
Lenda registrada pelo Padre Samuel Fritz, em 1689, na aldeia dos índios Yoriman, no Rio Solimões, no Estado do Amazonas. Certa noite, Fritz ouviu na aldeia um som, segundo ele, aterrorizante e infernal de uma flauta e os índios disseram que estavam tocando para GUARICAYA, ser sobrenatural que, desde os tempos de seus ancestrais, morava em uma gruta na floresta e aparecia visível, na forma de um índio gigante, que se metamorfoseava em onça pintada e em outros animais. O Padre alemão associou GUARICAYA ao Diabo, como se aquele ser sobrenatural fosse o espírito maligno que se apodera-
va dos índios, deixando-os fragilizados e doentes. Na verdade, o missionário jesuíta não compreendeu que o GUARICAYA era uma divindade protetora e orientadora dos Yoriman, que auxiliava os pajés na cura dos enfermos e na iniciação dos guerreiros da tribo, através dos castigos e provações para o enfrentamento de seus medos, despertando-lhes coragem e bravura. Os Yoriman eram dolicocéfalos, como os Incas e os Marajoaras provocavam o alongamento de seus crânios desde criança, porque acreditavam que recebiam as energias do cosmo através da cabeça.
Equipe do Artista ROBERTO REIS
RITUAL INDÍGENA
PAJÉ DOS PAJÉS
Ritual de cura dos índios Kaiabi, onde o Pajé Prepori, reconhecido como o Pajé dos Pajés, por ter sido o maior líder espiritual e político dos índios do Xingú, após transcender através dos efeitos do pó de paricá e bebida alucinógena, e incorporar os espíritos de gente, das matas e dos
rios, viaja ao mundo sobrenatural para alcançar o segredo da cura para os males da aldeia. Vibrando o seu Maracá, que representa o despertar dos espíritos, e ao som das flautas, o Pajé dos Pajés revela sua força e sua fé, afugentando os espíritos maus através da dança e do sopro divino da
Equipe do Artista MARIALVO BRANDÃO
cura. O Pajé Prepori, cujo nome deriva da corruptela de Ipepori, foi o responsável por convencer os índios que viviam no rio dos Peixes a se mudarem para o Parque do Xingú, evitando assim a sua dizimação pelas forças federais do governo brasileiro.
PARINTINS DA FÉ CABOCLA
A arte indígena saiu das aldeias e ganhou ruas e praças, através de artesanatos, instrumentos musicais, adornos corporais, esculturas, entalhes em madeira, arte plumária, pinturas e grafismos indígenas. A música se desprende do cerimonial ritualístico indígena para compor a nova sinfonia amazônica, através de composições que tematizam lendas e mitos. A
dança ritualística se projeta para os palcos e as expressões indígenas começam a compor coreografias permeadas de desenhos da dança clássica e da dança contemporânea, num claro signo de que os movimentos do corpo são universais e podem perfeitamente compor novas criações coreográficas, sem ferir, é claro, o princípio da harmonia e do equilíbrio das formas e
dos movimentos. É essa essência que vai enraizar uma identidade cultural em Parintins. O caboclo absorve os costumes ancestrais e torna-se artista de seu próprio cotidiano, faz da canoa e do remo, sua dança; da arte plumária, sua indumentária; e do canto de suas toadas, o maior espetáculo teatral e musical a céu aberto do Brasil. É a fé pela arte cabocla.
LENDA AMAZÔNICA
FERA DE FOGO
Equipes dos Artistas AMARILDO TEIXEIRA e ROBERTO REIS
Habitat de muitas espécies animais, a Amazônia é também o lar da Sucuri ou Anaconda, a Cobra-Grande que povoa o imaginário caboclo e indígena da região, em especial os Parintintin e Munduruku, é o mito mais conhecido do folclore brasileiro não só em território nacional, mas em todo o mundo. Conta a lenda que a Cobra-Grande, também chamada de Boiúna, Boiaçú, Mãe
D’Água e Boi-Tatá, é uma gigantesca cobra de fogo que protege os campos da Amazônia contra aqueles que os incendeiam. Vive no fundo das águas e pode se transformar, as vezes, em uma tora em brasas como um ser fantasmagórico capaz de queimar aqueles que ateiam fogo nas matas e florestas. A origem do mito pode ser explicada como uma reação química: os ossos de ani-
mais que se aglomeram no fundo das águas, ao se decomporem liberam gases que, tocados por um raio ou faísca, provocam uma chama, por vezes chamada de fogo-fátuo. A palavra Boi-Tatá, de origem indígena, tem o significado de Cobra (Mboi) de fogo (tata), sendo Mbãetata em sua forma original, adaptada para juntar as duas palavras em uma só: BoiTatá.
CELEBRAÇÃO FOLCLÓRICA
SOU PARINTINS Equipe do Artista JONATHAN MARINHO
Parintins, ilha de magia, ilha de encanto! Cidade bonita, cheirosa, cheia de vida, folclore que mexe com a nossa emoção, como disse certa vez o poeta Chico da Silva. É a terra onde a arte imitia a vida, é a terra das cabo-
clas mais bonitas, do tambaqui assado e do bodó no tucupi, do tucumã e do açaí, das Pastorinhas, das benções de Siloca tirando quebranto, das mãos abençoadas do saudoso curador Valdir Viana e dos versos de Lindolfo Monte-
verde; Parintins, onde o tambor pulsa no compasso do coração, berço do Boi Garantido que vem nesta noite celebrar seus encantos, seus mistérios e sua Fé.
“Temas que envolvem fé, curas e religiosidade fazem parte dos mais diversos cenários da cultura do povo brasileiro, onde as expressividades das práticas de cura, mesclam-se, com religião e misticismo.” Vânia Vaz
FIGURA TÍPICA REGIONAL
BENZEDEIRAS Equipe do Artista ITO TEIXEIRA
Chegou a hora de afugentar os espíritos, de tirar a espinha do peixe da garganta e o quebranto do curumim e da cunhantã. Chegou a hora das Mulheres Benzedeiras, representadas pela Mãe da Mata, que amparam o quadro da Figura Típica que o Boi Garantido apresenta nesta noite.
A benzedura é uma prática cultural que atravessou os séculos e hoje está presente com maior força na cultura popular, mesmo não sendo restrita a ele. Na Amazônia as Mulheres Benzedeiras são herança direta dos nossos ancestrais indígenas, da cura pelas ervas medicinais que se prolife-
rou pela região amazônica. Em Parintins ela sobrevive nas mãos abençoadas das mulheres benzedeiras, que através do exercício da FÉ realizam milagres curando crianças e adultos através da reza e orações. É a santa medicina, a manifestação pura da Fé cabocla.
RITUAL INDÍGENA
KUPEN DIEPES Equipe do Artista JUNIOR DE SOUZA
Ritual da tribo Apinajé, habitantes da confluência entre os rios Araguaia e Tocantins, que recria a luta da tribo contra os índios-vampiros Kupen-Dyep, seres na forma humana com asas de morcego. Ao despertarem de sua gruta maldita, rompendo o crepúsculo do sobrenatural, o portal para o mundo dos espíritos, os Kupen-Dyep transfor-
mam Kore (noite) em um antro de pavor e medo, assombrando os índios Apinajé, assolando-os, impedindo-os de caçar, semear e colher seus grãos e tomando como escrava a mais bela cunhã da aldeia. Temeroso, o cacique da tribo convoca o demiurgo pajé para por fim à maldição que nublou a aldeia Apinajé. Ao som dos chocalhos e tambores, dançando
e cantando sob efeito alucinógeno do rapé, o Pajé, em transe, transforma-se em uma serpente dourada e vai ao céu de Myyti (divindade solar) e solicita as labaredas de fogo do sol para benzer as flechas dos guerreiros apinajé, tornando-as mortais aos terríveis Kupen-Dyep para, então, libertar a noite e a cunhã escravizada.
BRASIL DE MUITA FÉ
Não há dúvida da importância na contribuição negra para a formação cultural do Brasil, através dos escravos trazidos da África. Contribuição, que também chegou em Parintins e toda a Amazônia, onde deixou um legado impresso com sua religiosidade, na brincadeira de boi trazida pelos nordes-
tinos no período áureo da borracha e, principalmente, no registro histórico da Cabanagem, quando a coragem dos negros somou-se na revolta de índios e caboclos da região na luta contra o poder do branco estabelecido pela forças legalistas. Quilombos e quilombolas, ainda hoje, presentes em
todas as regiões do País, testemunham a importância dessa miscigenação cultural de negros, índios e caboclos que, na sua diversidade cultural e religiosa, mostra-se um Brasil de muita fé.
CELEBRAÇÃO FOLCLÓRICA
BRASILIDADE Equipe do Artista ANTONIO CANSANÇÃO
Hoje o Boi Garantido vem celebrar o Brasil! Vamos celebrar o amor e o orgulho do povo brasileiro, sua diversidade cultural, seus sentimentos e o patriotismo que forjaram a identidade do país. Vamos celebrar o Brasil
dos festejos! O Brasil do samba, do futebol, do carnaval, o Brasil do Boi Bumbá! Celebrar o Brasil dos poetas e o Brasil da miscigenação, dos brancos, dos negros e dos índios. Vamos celebrar a garra, a força e a Fé do povo brasi-
leiro, que vai às ruas de mãos dadas e caras pintadas em busca de um país melhor, que não desiste do sonho de uma vida cada vez melhor. Vamos celebrar, nesta última noite do Festival Folclórico de Parintins, a brasilidade.
LENDA AMAZÔNICA
NAIÁ, FLOR DAS ÁGUAS Equipe do Artista FRANCINALDO GUERREIRO
Na rica mitologia Tupiniquim, acreditavam os índios que a Lua era um guerreiro de luz e esplendor chamado Jaci, que vinha à terra em noites de Lua Cheia para desposar as mais belas índias e depois levá-las ao céu consigo, transformando-as em estrelas do firmamento. Naiá, bela índia da tribo, virgem e guerreira, ansiava pelo encontro com Jaci, desejando avidamente pelo afago do brilho do luar em
seu rosto, perseguindo-o por inúmeras noites a fim de encontrálo e tornar-se uma das inúmeras estrelas do firmamento, fechando seu coração para os guerreiros mortais da aldeia. Mas Jaci parecia ignorá-la. Ocorreu que, exausta de sua perseguição ao amado celeste, Naiá deitou-se a beira de um lago e ao acordar viu a imagem de Jaci refletida na superfície. Cega e obcecada pelo amor que pulsava em seu cora-
ção, atirou-se nas águas e nadou tão fundo em busca de Jaci que não foi capaz de retornar a superfície. Comovido pelo sacrifício da índia, Jaci decidiu transformar Naiá em um tipo diferente de estrela: transformou-a em uma Estrela das Águas, única e perfeita, a Vitória Régia, a mais bela Flor das Águas, cuja pétala branca só se abre ao nascer da lua e ao nascer do sol assume uma coloração rosada.
FIGURA TÍPICA REGIONAL
O VAQUEIRO Equipe do Artista VANDIR SANTOS
A Amazônia é uma região de complexidade natural e humana que abriga um diferente tipo humano, o Vaqueiro, que apesar de comum no nome, difere de todos os outros que assim são chamados noutras partes do mundo, pois o Vaqueiro da Amazônia,
logo cedo aprendeu a conviver com a sazonalidade dos rios, do tempo e a enfrentar as intempéries e os mistérios que cercam a imensa floresta equatorial. Na figura Típica do Vaqueiro nós iremos contar um pouco da lida desse caboclo, desse guerreiro
desbravador; do seu dia a dia, do enfrentamento das condições naturais da região amazônica e de como, no mês de junho, ele vem à Parintins, para reencontrar sua morena bela e brincar, de vaqueiro, na festa do Boi Garantido!
RITUAL INDÍGENA
COURO DOS ESPÍRITOS Equipe do Artista JAIR MENDES FILHO
Ritual de cura do povo Gavião Ikolen, natural do estado de Rondônia, que apresenta através da narrativa dos índios mais velhos da tribo, a crença de que viver na floresta é difícil, uma vez que nela existem almas rebeldes que em noites sem luar invadem os corpos dos índios enfraquecidos, provocando-lhes males, como doenças que os levam a morte. Os Batzos, espíritos das águas, juntamente com os Dzerebãis, espíritos-homens, e
os Paitxos, espíritos andarilhos, fixam-se nos corpos fraquejados e neles ficam até os apodrecerem, enquanto que os temidos Maikôti, espíritos sem forma, quando evocados de forma incorreta ou proposital, são capazes de sugar tudo o que tem vida na floresta. Cabe aos poderosos pajés Wawãs expulsar estes espíritos através do transe musical dos purabs, dos cantos, das danças, das tabocas, das preces e do fumo Pabariká, no qual viajam ao céu para
pedir conselhos de Gorá, criador da tribo Ikolen. No retorno ao mundo físico, ainda em transe, os Wawãs são os únicos capazes de expulsar estas almas rebeldes, podendo vestir o couro de todos os espíritos da natureza, do couro da onça, ao casco do tatu, a plumagem das araras, as escamas dos peixes; punindo a morte, lançando ao fogo os espíritos maléficos, expulsando-os e curando, assim, o povo Gavião Ikolen.
Contribuindo com o Boi Campeão no ano da Fé.
Toadas 2014
1.CELEBRAÇÃO DA FÉ (Sebastião Junior)
3.FORÇA ENCARNADA (Murilo Maia/Vanilson Oliveira)
Craô, Craô Craô Ênauenê-nawê Hã-hã-hãe, hãe, hãe, hãe Todo mundo tem seu momento De celebrar a FÉ As tribos se reúnem num dabacuri Para celebrar a vida Para celebrar terra, o fogo, a água, a mata e o ar Todo mundo tem seu momento De celebrar a FÉ Celebram o nascimento e a criação A iniciação, a paz e a união Ao som de tambores, flautas e maracás Batem bem forte os pés no chão Celebram a dança, o rito, a consagração Imensurável é o amor Do índio pela natureza Issé, Ingarikó, Hixkaryana, Tariana Taurepang, Juruena, Kaiapó, Kamaiurá Tikuna, Yanomami, Macuxi, Tenetehara Jarauara, Javaé, Bororo, Matsé, Nambikwara Parintintin, Sateré-Mawé, Dabacuri As Tribos celebram a vida As Tribos celebram a vida A natureza Ao redor da fogueira Batendo os pés no chão
Vai balançar, vai sacudir Arquibancada da galera encarnada Vai balançar, estremecer Quando rufar o tambor Da minha Batucada Não há nada que me faça mais feliz Do que brincar no Garantido Esse boi apaixonante campeão Conquistador de corações Essa Galera apaixonada Não arreda o pé, sou torcedor Eu sou da Baixa do São José Sou Garantido verdadeiro Dono desse chão Sou da Galera encarnada Do boi do povão Essa Galera apaixonada Não arreda o pé, sou torcedor Sou da Baixa do São José Adrenalina que dispara o meu coração Sou perreché e não me canso De ser campeão Sou Garantido, sou a raça Tenho a força do amor Vermelho é minha cor A raça da Galera encarnada Que vem do toque do tambor da Batucada Essa emoção só tem aqui Vem pra Parintins, vem pro Boi Bumbá Onde a força encarnada faz arrepiar Faz a arquibancada balançar
2. A MALOCA DO MUNDO (AMAZONIDAS) (Demétrios Haidos/Náferson Cruz) Sou luar quando beija a íris do céu Sou floresta e rio liberto a cantar Sou Uirapuru da Amazônia O ecoar da vida, fauna e flora Fruto de Gaia, luz da aurora Natureza mãe, Natureza mãe Teu orvalho sereno de relva Vagalumes reluzem seu amor Mais sublime acalanta teus filhos Em paz, a esperança despertou De um mundo sem ambição Onde o homem e a Natureza Entrelaçam em plena comunhão É tempo de florir, é tempo de cantar Voar, voar sobre as veredas do meu Brasil Contemplando o encontro das águas Santuário de lendas templários de samaumeiras Aroma de flores explosão em cores O sabor ao vento pelas manhãs Alento de um povo amazonida Que faz dessa terra a razão do seu viver Somos a canção da floresta A maloca do mundo A morada de encantarias Somos a Natureza em festa Em poesias e versos nos folguedos Do Boi Garantido
5.GARANTIDO CONSAGRADO (Enéas Dias/Aldson Leão)
4.VERMELHO DO AMOR (Maurinho Magalhães) Meu boi traz o coração livre para amar Colorindo o brilho da paixão Recriando um sonho tão real Faz pulsar o nosso amor, nosso amor É o Garantido, boi do povão, canta nação Sou a voz do coração, Garantido é só paixão Vermelho, vermelho Grita bem forte na emoção Marca o compasso do meu tambor Garantido é fonte de amor O toque da paixão transborda de emoção E faz pulsar o meu amor vermelho A voz do cantador vai ecoar Traz o Garantido que apaixona a quem te espera Vem do coração a força da Galera Grita bem forte na emoção Marca o compasso do meu tambor Garantido é fonte de amor
O amor venceu as barreiras do tempo Reafirmando eterno sentimento De um povo que fez do seu boi O maior vencedor Na garra, na força e nos sonhos caboclos Está escrito e não pode negar A superação por humildes na história a marcar Garantido é o boi mais campeão Garantido é o amor do coração Garantido é o boi mais campeão Garantido é a consagração Se for preciso cantar Eu vou cantar Se for preciso gritar Eu vou te amar Vamos nos permitir a poesia Em movimentos de alegria Em harmonia com o corpo, alma e coração O amor revela sua face em vermelho Meu boi é o ícone primeiro Da vanguarda e da tradição Eu canto, meu amor Declaro minha paixão Eu grito pra quem for Esse amor tão Garantido Minha grande emoção
6.FERA DE FOGO (Ronaldo Barbosa Junior/Rafael Marupiara) Um facho sombrio Um borbulho no rio Das profundezas abissais emergirá Envolto ao vapor, o fogo, o calor O gênio na escuridão resplandecerá Flutua em flamas ó víbora fantasmagórica E as ondas estranhas rebojas faz dançar canaranas Em turvas águas vem Um encanto, um aviso, um mito Serpente ou fogo vivo Misteriosa vem É noite e tua voz viperina Corre os campos em tua caça Vem dos miasmas Dos ossos dos mortos Punir os que trazem em suas mãos A devastação, então Corra, Corra, Corra... Radiante, incandescente Ardor, Fervor, na mata o medo Corra, corra, corra O guardião ardente No olhar a luz é morte certa Corra, corra, corra O espírito que vinga Veste o véu de cinzas É noite e tua voz viperina Corre os campos em tua caça É fogo Boitatá, é fogo, é fogo, Corre os campos em tua caça
7. O GRANDE RITUAL CUPENDIEPES (Demétrios Haidos/Geandro Matos) Koti, nublará! Kore, libertará, os seres da noite... Caçadores! Cupendiepes! Cruzarão o crepúsculo Do sobrenatural O agouro medonho do acauã Anunciará A grande batalha das eras Profetizará O abismo-domínio das trevas Jamais vencerá A luz divina sobre as feras Perpetuará Voa, voa, amedronta! Semeando a maldição Machado de pedra na mão Do vampiro da escura caverna Levando a mais bela cunhã Apinajé Como escrava da noite eterna Mas de repente o silêncio pairou... Cupendiepes! Apinajé! Flechas, lanças, zarabatanas Poderosamente em sua forma De serpente surgiu Afugentando os seres alados Do terrível covil O poder do sol deu chamas Ao espírito do grande jaguar Chocalhos, matracás e matumbés Tambores e rapes vão levitar O demiurgo pajé, o arcanos da FÉ Pra libertar, a bela dos braços Da fera Para flechar as labaredas De fogo na tribo das trevas Queimando em chamas ardentes Os mutantes caçadores do povo Apinajé E os portais do sobrenatural Os caminhos da gruta maldita Foram selados pelo grande ritual Kamàt, kamàt kâm Kamàt, kamàt kâm oue, oue, Apinajé! Kamàt, kamàt kâm Kamàt, kamàt kâm oue, oue, Apinajé!
9.FORÇA DA ALMA (Helen Veras/Jacinto Rebelo)
8.TUXAUAS (Geandro Pantoja/ Marcela Augusta) Somos descendestes de Tupã Somos a cultura Ameríndia Somos a Amazônia do amanhã Somos Tuxauas e Morubixabas Somos a resistência dos ancestrais Somos o brado do Curupira Somos a utopia, a harmonia A sabedoria Somos sangue derramado Somos seiva da floresta Somos os cantos sagrados Somos coração de mãe Terra O coração de mãe Terra A simbologia mística e artística Nas cores da liberdade Nos totens imortalizados Mascaras Tikunas Porantin Sateré-Mawé Troncos sagrados do Xingu Troncos sagrados do Xingu Flautas de Jurupari Flechas de Ajuricaba Todas as Tribos Cantando e dançando É festa na taba Em louvor aos Tuxauas A tradição, o ensinamento A liderança e a FÉ Tuxauas, tuxauas, tuxauas
Sou da Galera, sou torcedor Eu sou guerreiro Meus braços são bandeiras Minhas palmas o tambor Aqui do alto a arquibancada Balanceia A voz vermelha incessante incendeia A galera entra em êxtase de alegria O calor é convertido em energia Pro corpo dançar, se movimentar Flutuar no ar, pra gente cantar Sou Garantido! O dia inteiro enfrentei fila Chuva, sol e calor Sou Garantido! Venci a sede, a fome Superei o cansaço e a dor O que não me derrota Me deixa mais forte Eu vou além dos limites Sou Garantido! A força vem da alma A força vem da natureza A força vem da vontade Indomável de vencer Sou da Galera, sou torcedor Eu sou guerreiro Meus braços são bandeiras Minhas palmas o tambor Sou da galera! Sou torcedor! Eu sou vermelho!
11.SOU PARINTINS (Enéas Dias/João Kennedy)
10.BRASILIDADE (Demétrios Haidos/ Geandro Pantoja) Sou Garantido, com orgulho e amor Sou brasileiro, com orgulho e amor O sol da liberdade desperta a pátria Do silêncio ao brado retumbante O povo nas ruas de mãos dadas E caras pintadas Verde e amarelo colorindo Levante de um país gigante Emoção que emana De um só coração Todos juntos cantando A mesma paixão É um gingado aguerrido Um batuque mestiço É a força da nossa Nação É meu povo guerreiro Que tem o orgulho de ser brasileiro Brava gente de garra e FÉ Que supera os desafios Meu povo tem gana pra ser vencedor Nunca desiste dos sonhos Batalha pra ser feliz Ah meu Brasil, ah meu Brasil De samba, carnaval, futebol E boi bumbá Brasilidade, brasilidade pulsa No meu coração Identidade geração a geração Ta Garantido, meu Brasil, é campeão! Tá Garantido! Tá Garantido! Tá Garantido! O meu Brasil!
Sou a poesia entoada que encanta A Amazônia Te seduzo com um lindo por do sol Que beija o majestoso rio-mar Vivo em sintonia com a natureza Sou filho da FÉ, sou filho da tradição Sou Parintins, dos Parintintin Dos Tupinambás Sou descendente de índio e negros Sou caboclo sonhador Sou da terra onde a arte Imita a vida Sou do povo das caboclas Mais bonitas O doce balanço das minhas águas Vai te chamar Vem, vem pro Macurany Vem pro Uiacurapá No interior, na cidade ou nas vilas Venha se banhar de alegria Tem, tem tambaqui, tem bodó Tem tucumã, tem açaí Tem de tudo um pouco nessa ilha Mas se queres um momento Inesquecível Te convido pra brincar No Garantido Onde o coração pulsa Feito um tambor Vem pra Parintins Venha brincar e ser feliz Brincar de boi em Parintins É ser Feliz Brincar de boi no Garantido É ser feliz Parintins!
12.O COURO DOS ESPÍRITOS (Ronaldo Barbosa Junior/ Rafael Marupiara) Vultos Maikô-Ti, Dzerebãis Almas rebeldes, Paitxo Ancestrais Na escuridão, na escuridão, Na escuridão Provocam o couro dos espíritos É noite e o céu de Gorá te reveste Purabs e cantos, tabocas e preces Gavião-Ikolen ah hei, Gorá Gavião Gavião-Ikolen ah hei, dança Gavião Na escuridão, na escuridão Na escuridão Vociferam, vociferam, vociferam Batzos! Tormentos, sombras Pesadelos te calaram Na névoa, o transe, o fumo Pabariká Pune a morte, lança o fogo, Cura o povo, Ti Batzos! Tormentos, sombras Pesadelos te calaram Na névoa, o transe, o fumo Pabariká Pune a morte, lança o fogo Cura o povo, cura o povo! Ah! devoradores de luar Medo e dor! Medo e dor! Ah! Wawãs te expulsam Wawãs te expulsam! Na escuridão, na escuridão Na escuridão Veste o couro dos espíritos! Na escuridão, na escuridão Na escuridão Vociferam, vociferam, vociferam Dança, dança Vultos Maikô-Ti, Dzerebãis Almas rebeldes, expulsas!
13. PAJÉ DOS PAJÉS (Enéas Dias/Marcos Boi) O supremo olhar do Tuxaua ancião Mira ordenando o início Do rito de cura Tribos da pele de fogo reunidas Danças e cantos ao grande Amante da lua Tribos da pele de fogo reunidas Danças e cantos ao grande Pajé dos Pajés Ao grande Pajé dos Pajés Ao grande Pajé dos Pajés O cheiro do pó do paricá, paricá Maracá a vibrar no ar, no ar, no ar Na cuia a bebida do transe Para incorporar, espírito de gente Espírito de bicho, espírito da mata Espírito dos rios, voa feito fumaça De camachú Invade o mundo sobrenatural Voa, conversa com os espectros Convence os espíritos Para o segredo da cura alcançar Dança o Pajé dos Pajés Dança o Pajé dos Pajés Afugenta Anhangás Karuanas e Mamaés Dança o Pajé dos Pajés Dança o Pajé dos Pajés O fogo, o fumo e a força e a FÉ O som das flautas proibidas O sopro da cura, o sopro divino O sopro da alma, o sopro da vida Do Pajé dos Pajés
15. O VAQUEIRO (Ronaldo Barbosa Junior Rafael Marupiara)
14. GUARICAYA (Demétrios Haidos/Geandro Pantoja) Aisuari, Yoriman, Omagua Rugidos de feras no ermo da selva Confundem-se com o troar De tambores e trovões Preparem-se povos beligerantes Do Rio Solimões O medo que busca coragem Na fúria do temporal Desperta da maloca de ossos O monstro sobrenatural Guaricaya, Guaricaya A proteção de totens de ídolos Em fibras trançadas Crânios deformados Vestes de algodão tingido Lança na mão do índio gigante Com braços de onça pintada Mascarado espírito guardião Quando surge, quando ruge Ele vem pra castigar as almas Convoca suçuaranas, jaguatiricas Maracajás Marchem guerrilheiros Remem canoeiros Celebração de oblação O transe do rapé Para encontrar e cultuar A fera voraz Guaricaya, Guaricaya Ele vem, ele vem Ele vem castigar as almas Fuja! Fuja! Fuja!
É madrugada e a minha sorte Está lançada Meu compadre vem Que a lua cheia clareia o barranco Alumia com a poronga Pra ajudar também E neste tempo sombrio No beiral do rio O vento é cortante Não vou fraquejar Porque meu gado, é minha lida E por ser minha vida Tenho que guiar Sou vaqueiro do laço ligeiro Do laço que laça certeiro Conduzindo o boi O banzeiro das águas murmuram Visagens, contos que testemunhei Nas passadas os desafios Não se comparam Aos que já enfrentei Na grande cheia, veloz, traiçoeira Eu perdi muito, vi meu mundo Por águas tomar Eu fiz maromba pra minha boiada Minha FÉ faz milagre Pode acreditar Sou vaqueiro do laço ligeiro Do laço que laça certeiro Conduzindo o boi E nesse clima sombrio Com minha boiada avanço A vida é dura, mas a coragem Ta no meu sangue caboclo O pasto novo surgiu Vou com a boiada e não canso É meu sustento, não tenha medo Canta um aboio vaqueiro: Boi, boi, boi O mês de junho chegou A saudade apertou Da morena bela que me espera Pra brincar no Garantido De vaqueiro eu vou!
16. FLOR DAS AGUAS (Julio César Queiroz)
18.INIGUALÁVEL (Sebastião Junior)
Como eu queria que o teu brilho Afagasse meu corpo Como afaga os meus olhos Sentir teu coração bater por mim Como o meu bate por ti Sentir o calor da tua alma Pois a minha te anseia, Jaci Pois a minha te anseia, Jaci Eu te farei voar com os ventos Seguir até o firmamento Pra buscar ao meu semblante E acabar teu sofrimento Óh lua! Eu sou Naiá, eu sou menina Sou a mais bela flor das águas Sou do luar que me fascina Sou a paixão doce e encarnada Vem mergulhar ao meu encontro Na real vitória da tua história Vou transformar com meu encanto Te renascer jardins de glória Vou ao teu encontro, to te esperando Sentir o calor da tua alma Para acabar teu sofrimento
Prepare o coração A emoção vai te levar Eu vou mostrar pro mundo inteiro Que eu sou vermelho E sou da melhor Inigualável Galera Eu sou Garantido, eu sou Eu sou a verdadeira emoção Eu sou do povão Eu sou perreché Da Baixa do São José Eu sou de Parintins Eu sou vermelho, eu sou guerreiro Um fiel torcedor O meu orgulho é vestir o encarnado A emoção de estar Sempre ao seu lado Meu boi, meu coração Em Parintins avermelhou Meu boi, meu coração Bate mais forte que tambor Vamos fazer o banzeiro Bate na palma da mão Quem ta feliz grita: hei Agora tira o pé do chão Inigualável Galera, eu sou Inigualável torcedor, eu sou Inigualável campeão, Eu sou do povão O Festival de Parintins eu comando O Festival de Parintins É vermelho e branco
17. O CANTO (Ronaldo Barbosa Junior Rafael Marupiara) Trago a sinfonia ancestral Dos primórdios do tempo E os acordes que o vento Molda em tuas as mãos Um Canto da terra Terra! Terra! Da terra, hei! Ouço o som dos ventos Nos teus pensamentos O som que está entre nós Livre grito da terra Que cala a fera O som que está entre nós Nas trovoadas, nas gotas Que tocam o chão No som das árvores Que farfalham na vastidão Dos deuses que guardam Consigo as vozes da vida Clamam mesmo em silêncio Por uma só nação Oram à lua, cantam ao sol, Todas as vozes um coração Para acender a fogueira A chama da nossa união Cantam pra lua, oram ao sol Pedindo a vida A FÉ, a força, a aura guia O canto profundo desperta As trilhas que levam à paz Aos ecos de nossas quimeras Ouça o canto sagrado Tão puro quanto este chão Em que meus passos Possam seguir em frente Ouça o canto sagrado! Ouça o canto sagrado! Da terra, hei!
19. AS BENZEDEIRAS (Wander de Andrade / Sebastião Júnior) Ôôô… Ôôô… Reparem nas mãos das mulheres que benzem Os dedos dedilham a crença e o amor A boca murmura oração invisível Na trama da FÉ que o destino traçou São essas mulheres que guardam segredos Que rezam e que curam em suas orações Que tira o quebranto, a dor do menino Que o olho riscou… Acende o incenso, pega a vassourinha Santa medicina é a Fé Venha menino, sorrir para o mundo Desejo profundo é crer Em reza de mulher Mulher, mulher, em reza de mulher Mulher, mulher, em reza de mulher
FICHA TÉCNICA Diretoria Francisco Waltéliton de Souza Pinto Presidente Marco Aurélio Medeiros Vice-Presidente Osório Melo Azêdo Neto Jatemar Barbosa Filho Diretor Administrativo Admê Verçosa Dias Izabel Perez Diretoras Financeiros Lucila Maria Góes de Souza Diretores Sociais Leopoldo Mendonça de Souza Diretor Secretário Vander Lean Reis Góes Fábio Gadelha Cardoso Diretores Jurídicos Secretária Executiva Heloisa Okamura Conselho Fiscal Adson Silveira de Souza Davi Wilkerson Ferreira de Souza Delma Lúcia Góes Leão José Augusto das Neves Leal William de Souza Barreto Paulo Jorge Neves Reis
Conselho de Ética Marcelino Norberto Silva Menezes - Presidente Israel Lima Teixeira - Vice Presidente Maria do Carmo Mendonça de Souza Raimundo Lázaro Pereira Garcia Jair Butel Mônica Maria Brasileiro de Almeida Aldson José Do Carmo Leão Karen Brandão Pontes Renato Diretor de Eventos Jean Jorge Ribeiro Rodrigues Comissão de Arte Fred Góes – Coordenador Chico Cardoso Roberto Reis Marialvo Brandão Desenhistas e Assessoria Iran Martins Adson Lago Arthur Góes Will Paiva Rony Silva Thiago Leite
Artistas de Alegoria Marialvo Brandão (Coordenador) Junior de Souza Antônio Cansanção Amarildo Teixeira Francinaldo Guerreiro Jonathan Marinho Zilcson Reis Junior Feijó Jairzinho Mendes Ito Teixeira Vandir Santos Figurinos Roberto Reis (Coordenador), Adenilson Ribeiro, Murilo Maia, Tarcísio Gonzaga, Rogério Gonçalves, Graça Faria, Sandy Góes, Yano Góes, Val, Edna Matos, Saúde Abecaciz. Tribos e Capacetes Agostinho Belém - coordenador Assis Oliveira - coordenador Thiago Reis, Álvaro Rodrigues, Carlinhos Reis, David Oliveira, Agnaldo Souza, Rogério Gonçalves, Waldemir Teixeira, Ivan Rodrigues, Mundi Campos, Emerson Viana, Paulo Azuos, Eliseu, Fernando Sérgio Gudu, Jackson Paes, Jojoca Oliveira, Wendel Fontinelli, Olessandro Fontinelli, Ricardo Guerra, Bebeto, Afonso Filho.
Vaqueirada Zacarias Bruce Assessoria de Imprensa Hudson Lima (Coordenador) Marcondes Marciel Márcio Costa Fotografia Paulo Sicsu Elcio Farias Arquivo do Boi Coreografia e Teatralização Coordenador: Chico Cardoso Coreógrafos Elio Siqueira, Pedro Evangelista, Marcos Antônio, Thiago Andrade, Wellington Bertino, Rogério do Carmo,Rondinelle Batista, Fabiano Alencar, Samuel Thiago, Ricardo Campos, Rander Bandeira, Weldson Rodrigues, Fabiano Fayal, Djalma Cardoso. Grupos de Dança da Arena 2014: Garantido Show Parintins Garantido Show de Manaus Wankô Kaçaueré de Manaus Grupo Porantin de Maués Grupo Waikyru de Maués Grupo Festa de Santarém Diretores de Teatralização Renner Ramos, Clodoaldo Ferreira e Dé Monteverde. Coordenador de Galpão Mário Uchôa Coordenador de Tribos e Capacetes: Agostinho Belém Produção Executiva Armando do Valle Ceceliene Pedrosa
Arena 2014 Diretores e Coordenadores Telo Pinto – Diretor de Arena Fred Góes – Diretor Musical Chico Cardoso – Diretor Cênico Junior de Souza – Diretor de Cenotécnica Roberto Reis – Diretor de Figurinos Cabral Batista - Coordenador do Garantido Show Clemilton Pinto - Coordenador da Batucada Alessandro Cabral e Marcelo Bilela - Coordenadores Rítmicos Jatemar Barbosa – Coordenador de Galera Edjander Mota – Coordenador de Translado e Concentração REVISTA Expediente Revista Garantido 2014 Textos: Fred Góes, Thiago Leite e Chico Cardoso. Fotos: Paulo Sicsu, Élson Farias, arquivos do Boi Garantido Projeto Gráfico: Comissão de Arte Direção de Arte e Diagramação: Chico Cardoso Finalização: Rodrigo Ribeiro (Tape Publicidade) Capa: Rodrigo Ribeiro Revisão: Milena Vieiralves Supervisão e Edição de Textos: Fred Góes Impressão: Gráfica Ampla Equipe Programas Rádio Garantido Israel Paulain Clemilton Pinto Sebastião Junior Hudson Lima Mayse Garcia Thiago Leite Letícia Ruiz Rubens Alves
Erick Campos Equipe Programa Perreché Milena Vieiralves Rodrigo Ribeiro Thiago Leite Rubens Alves Fábio Arcos e David Pio (Vila da Barra Filmes) Equipe Internet e Redes Sociais Rodrigo Ribeiro Rubens Alves Thiago Leite Édria Caroline Mayra Sá Conteúdo adicional: Hudson Lima Márcio Costa Marcondes Maciel Jean Jorge Paulo Sicsu Marcelo Almeida Presidente do Movimento Amigos do Garantido: Rivaldo Pereira
Ministério das Comunicações
Nova marca dos Correios. Uma marca que já nasce sendo de todos os brasileiros.
Fale com os Correios: correios.com.br/falecomoscorreios CAC: 3003 0100 ou 0800 725 7282 (informações) e 0800 725 0100 (sugestões e reclamações) Ouvidoria: correios.com.br/ouvidoria SIC: correios.com.br/acessoainformacao
correios.com.br
Ministério Comunicaç
das ções
O Ministério da Cultura Apresenta:
49º Festival Folclórico de Parintins
A Eletrobras mais uma vez apoia e patrocina os Bois de Parintins. Reforça seu compromisso com a cultura brasileira e sua preservação.
Energia para novos tempos. Energia para o folclore do Brasil.
Realização:
Os ingredientes de uma receita de sucesso!
Agência Oficial dos Bois de Parintins Patrocínios, Licenciamentos das Marcas, Promoção, Ativação e Relacionamento +55 (11) 3467-8197 www.manaproducoes.com.br
PRODUÇÕES, COMUNICAÇÃO & EVENTOS
Secretaria de Estado de Cultura