Med2009

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Meditações do pôr­do­sol União Central Brasileira da Igreja Adventista do Sétimo Dia Editor Pr. Ivan Canhadas – UCB Colaboradores Pr. Decival Arcanjo Novaes ­ APaC Pr. Flávio Ferraz ­ MPV Pr. Josué de Castro – APL Pr. Mauro S. Cardoso – APO Pr. Nelson Ferraz – APS Pr. Valdir Carlos – AP Secretária Neroli de Rocco Paroschi

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Saudação Deus criou o homem perfeitamente santo e feliz; e a formosa Terra, ao sair das mãos do Criador, não apresentava nenhum vestígio de decadência ou sombra de maldição. Foi a transgressão da lei de Deus, que trouxe sofrimento e morte. Com isto a família, imediatamente, passou a ser alvo de Satanás, sabe ele que a família pode dar ao ser humano segurança. Quando vêm as frustrações e fracassos ela ampara, pois, a família bem estruturada é um poder vivo em favor da pregação do evangelho. Por milênios, toda uma estrutura é trabalhada, para desintegrar esta santa instituição que é a família. A única fonte de esperança e auxílio para ela é Jesus. A única senda que conduz a Deus é Jesus. Ele mesmo diz: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao pai senão por Mim.” João 14:6. Uma família unida entre si e a Deus é um poder real contra os ataques do inimigo. As meditações do pôr­do­sol deste ano (2009), cujo título é “Herdeiros da Esperança”, têm como finalidade trazer momentos de inspiração. O mundo, embora caído, não é todo tristeza e miséria. Há momentos belíssimos que podem ser desfrutados, e um deles, é o precioso momento em que a família se reúne para se aconchegarem à única esperança que é Jesus, o Cristo. Meu desejo é que todos os leitores que representam as famílias de nossa igreja tenham um sábado muito feliz e quando Jesus, nossa única esperança, se manifestar na Sua glória, com os anjos tocando as trombetas, estejamos de pé como filhos e Herdeiros do Reino Celeste. Pr. Ivan Canhadas – Ministério da Fidelidade ­ UCB

Programa sugestivo: Cânticos com a família; Oração de gratidão pela semana que finda; Leitura da Meditação do pôr­do­sol; Comentários sobre a leitura; Cânticos e histórias infantis;

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Oração de consagração; Consagração em família e irmãos. 02 de janeiro UM NOVO ANO Andando com Deus “Bem­aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos Seus caminhos!” Salmo 128:1. Foi­se embora mais um ano, doze meses. Um ano a mais de experiências vividas. Convivemos menos do que gostaríamos com algumas pessoas que tanto amamos. Quem sabe, entre essas, a pessoa de Jesus. Vamos envelhecendo, porque envelhecer é mais fácil do que crescer. Envelhecer é apatia. É deixar pra lá, não estar presente, é sabedoria que não se renova. É preguiça, comodismo. Envelhecer é ter desculpa e explicação para tudo que deixamos de realizar. Não esqueça: “Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer.” Crescer é diferente. Requer esforço mental, tomar consciência, se comprometer. Exige mudança. É anti­repetição. É assumir responsabilidades por todos os nossos atos ­ os pensados e os insanos. Crescer dói. Dá uma fisgada no peito, machuca. Crescer custa, demora, fere, mas compensa. Às vezes é uma vitória secreta, sem testemunhas, quando nós mesmos somos o adversário. Neste primeiro sábado de 2009, quero desafiá­lo a crescer em tudo o que for possível: na sua vida, em família, na igreja e profissionalmente. Aumente suas ambições, seus sonhos, seus desejos. Aumente a principal ambição que é viver, estar, morar e reinar com Jesus. Que neste ano você tire mais tempo para estar com o Senhor. Se for preciso, comece de novo. Da próxima vez que você se ajoelhar para conversar com Deus, experimente dialogar com Ele como dialoga com um pai amigo. Cresça em seu relacionamento com Deus, conte­Lhe seus sonhos e planos para este ano, agarre­se a Ele e chore em Seus braços se for necessário. Jesus só pode agir quando a fragilidade do ser humano está completamente exposta. Não permita envelhecer­se. Deixe para 2008, para o passado, o derrotismo, os preconceitos, os temores, a mediocridade; não existe nada que não

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consigamos nesta vida, neste ano de 2009, se acreditarmos no poder maravilhoso de Jesus e aprendermos a depender dEle. A sua força vem de Jesus, o Criador, o Mantenedor, o Doador da vida. Se você não sonha mais, atreva­se a criar uma nova expectativa e oportunidade. Deus tem para você um novo dia: limpo, aberto, promissor e cheio de esperanças. Ele lhe reservou um novo ano de bênçãos e de sucesso. Saiba que você não está sozinho. “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai­vos com as coisas que tendes; porque Ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” Hebreus 13:5 e 6. Maranata!

Você, sua família e Jesus

09 de janeiro

“Eu e minha casa serviremos ao Senhor.” Josué 24:15. Deus concedeu ao ser humano o livre arbítrio, por isso podemos fazer as nossas escolhas. Escolhemos a quem servir, quando servir e que prioridades estabeleceremos em nossa vida e para com nossa família. Num estudo sobre prioridades, feito entre pessoas religiosas, cinco pontos destacaram­se: 1­ Conseguir um título profissional; 2­ Boa educação aos filhos; 3­ Possuir uma moradia; 4­ Relacionamento de intimidade com Deus; 5­ Deixar uma boa herança. Você seguiria esta mesmo ordem ou mudaria as prioridades? Que coisas faria primeiro e quais deixaria para depois? Pense um pouco e se houver alguém aí com você discuta o assunto.

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Vamos falar a verdade, neste mundo globalizado pouco tempo dispomos para a família. Neste momento você está se preparando para receber o sábado, mas, te pergunto: como foi a semana? Muito corrida, estressante ou está tudo calmo e tranqüilo em sua vida? Se a nossa maior esperança é o retorno de Jesus, e se cremos que em breve voltará, você concorda que a família é o bem mais precioso que possuímos e que estar com os queridos no lar eterno deveria ser a maior de todas as prioridades? Se você concordar, permita­me compartilhar alguns pensamentos das orientações do Senhor. Diariamente deveria a família se reunir para buscar ao Senhor; porque ontem é passado, amanhã é um mistério e hoje é um presente de Deus. “Se houve um tempo em que cada casa deve ser uma casa de oração, é HOJE.” PP, 144 “Não podemos deixar de levar nossa família ao encontro de Jesus. I Tm 5:8” “Pais e Mães, por mais prementes que sejam vossos afazeres, não deixeis de reunir vossa família em torno do Altar de Deus (culto familiar diário).” CBV, 393. Veja os benefícios que toda família recebe ao irem juntos ao altar do Senhor (culto familiar diário). 1) Cria o hábito de adorarem juntos ao Senhor, fortalecendo a união e o vínculo familiar. Isto serve de modelo a ser seguido pelos filhos quando tiverem que formar seus próprios lares. 2) Ajuda, em muito, os filhos a sentirem amor pelas coisas espirituais, tornando­se tementes e obedientes a Deus. 3) Desenvolve­se a comunicação familiar. Esses momentos serão inesquecíveis, pelo simples fato de estarem juntos – falando, ouvindo e se olhando. Vivemos, sim, em tempos difíceis e de grande agitação, mas, os momentos que juntos passamos em família adorando ao Senhor, são prenúncios do Lar Celestial. Posso desafiá­lo(a) a tomar uma decisão neste momento? “Pode cair o mundo, pois eu e minha casa serviremos ao Senhor”. Que escolha sábia!

16 de janeiro

A volta do samaritano “Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove?” Lucas 17: 17. Esta é uma linda história de gratidão e uma triste história de ingratidão. O sol que endurece o barro é o mesmo que amolece a cera. Depende da reação de cada pessoa.

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De caminho para Jerusalém, onde seria morto, Jesus passou por uma aldeia samaritana. Ali, próximo da estrada, um grupo de dez leprosos gritaram de longe: “Mestre, compadece­Te de nós”. Os leprosos não tinham direito de conviver com suas famílias. Eram isolados em “colônias”, fora das cidades e vilas onde partilhavam suas dores e desgraças entre si. Nesta condição não havia do que se gloriar quanto à raça ou condição social de cada um. Todos eram miseráveis. De acordo com a crença da época, a lepra era uma demonstração da punição de Deus por uma suposta vida de pecado oculto. Ao verem que Jesus passaria por ali, não perderam a oportunidade de apelar ao coração amorável e meigo do Salvador. Jesus os enviou ao sacerdote, que era a única autoridade legal capaz de declará­los purificados da maldita doença. Enquanto corriam em direção ao sacerdote, perceberam que estavam completamente curados. Todos correram ainda mais depressa para se mostrarem ao sacerdote, cumprirem um ritual de purificação e obter permissão para retornarem ao tão almejado convívio com a família. Talvez, alguns anelavam abraçar a esposa, pegar seus filhos no colo e beijá­los depois de tanto tempo separados pela doença. Não é sem razão que eles corriam. Mas, sem pensar, estavam correndo para longe de Jesus. Muitas vezes é exatamente isto que fazemos. Quando somos purificados da lepra do pecado e libertos do peso da culpa, nos tornamos tão envolvidos em nossos interesses que não percebemos que quanto mais corremos atrás de nossos compromissos, mais nos afastamos de Jesus. Um leproso voltou para agradecer ao perceber que estava curado. Era a pessoa mais improvável em ter esta atitude. Era um samaritano, membro de uma raça considerada indigna para um judeu. Lucas louva sua atitude e destaca o fato dele ser samaritano. Em geral, as pessoas tidas como indignas e insignificantes são as mais reconhecidas pelas bênçãos de Deus. Expressar a Deus nosso reconhecimento através do louvor e atos de gratidão é uma atitude apreciada e recomendada por Ele. Os dízimos e ofertas também são excelentes meios designados por Deus para expressar­Lhe gratidão. É Ele quem lhe dá vida, energia, habilidades e oportunidades para trabalhar e ganhar honestamente o sustento com o suor de seu rosto. Portanto, ao ir à igreja para adorá­Lo, não compareça perante Ele de mãos vazias. Traga seu louvor, bem como os dízimos e ofertas, como expressão de reconhecimento, lembrando que “toda boa dádiva e todo dom perfeito é lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. Tiago 1:17. 23 de janeiro

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Culto e adoração

“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.” João 4: 23. Quando é realizado com o devido espírito e de forma correta, o culto é uma entrevista com Deus. O culto é uma reunião dedicada à adoração e ao louvor a Deus. “Em espírito e em verdade, isto é, com toda sinceridade, com as mais elevadas faculdades intelectuais e com todo fervor, quando se aplicam ao coração os princípios da verdade. Jesus disse que esta é adoração genuína” – Com. Bíb. Adv., Vol. 5, p. 918. Adoração é uma reverência suprema que só é devida a Deus. A adoração é uma ocasião para falar com Deus por meio da oração e de ouvir a Deus pela exposição de Sua Palavra e pelas impressões do Espírito Santo. Assistir à igreja é uma coisa; adorar a Deus é algo bem diferente. Será que ao deixarmos o lugar de culto saímos com o senso de termos comungado com Deus? “O culto verdadeiro é uma experiência da alma; é um ato de comunhão entre Deus e o homem, uma comunhão que é tão íntima como se não houvesse outra pessoa no universo” – Med. Mat., 1967, p. 41. Faz parte do culto e da adoração ser assíduo a igreja, porque nela podemos encontrar o caminho do lar celestial. Do mesmo modo que uma brasa que está só se apaga, também o cristão que não assiste aos cultos da igreja se esfria e acaba se apagando espiritualmente. William Temple disse: “Adorar é vivificar a consciência com a santidade de Deus, suprir sua mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação com a beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus, consagrar a vontade ao propósito de Deus”. Vá à igreja nesse sábado, pois ela receberá um visitante de honra, Jesus Cristo, que tornará santo o lugar.

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30 de janeiro Somos o que parecemos ser? “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” Mateus 23:13. Infelizmente vivemos num tempo em que a sociedade relaciona o cristianismo com a hipocrisia. Thomas R. Ybarra, um incrédulo, escreveu: “O cristão é um homem que se arrepende no sábado pelo que fez na sexta­feira e vai voltar a fazer no domingo”. Essa atitude era bastante comum na época de Jesus. Ele constantemente confrontava os hipócritas que existiam entre os líderes judeus. Jesus denunciou os sistemas religiosos mais de sete vezes em suas mensagens repetindo a mesma exortação séria: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!” (Mateus 23:13, 14, 15, 23, 25, 27, 29). Disse ainda: “Ai de vós, guias cegos! Que dizeis: quem jurar pelo santuário, isso é nada; mas se alguém jurar pelo ouro do santuário, fica obrigado pelo que jurou. Insensatos e cegos! Pois qual é maior: o ouro, ou o santuário que santifica o ouro?” (Mateus 23:16­17). Veja que nosso Salvador “gentil, meigo e manso” encarou os homens que alegavam viver uma vida de serviço a Deus, e expôs a duplicidade de vida deles, demonstrando não só Sua coragem, mas também Sua repugnância por tal atitude. Você já teve coragem de, neste ano, olhar alguém nos olhos e chamar de hipócrita? Eu tenho que confessar que não tive essa coragem. O que contrariou tanto Jesus? Porque “dizem e não fazem” (v. 3), e quando faziam algo significativo, faziam “com o fim de serem vistos pelos homens” (v. 5). Isto é, anunciavam em público as suas obras, mas não andavam no caminho da verdade. Pareciam mas não eram. Vendiam a imagem de homens espirituais, mas eram dominados pela carne. Jesus resumiu o que eram: Hipócritas! Certa vez perguntaram a Mark Twain: “Qual a diferença entre um mentiroso e uma pessoa que diz a verdade?” De modo sábio, ele respondeu: “Muito simples. Um mentiroso precisa de uma memória melhor”. A hipocrisia acontece quando encobrimos a vida na carne por trás das palavras religiosas. Isso é ser falso. É quando nossa vida se transforma numa interminável encenação. Quando usamos máscaras para esconder quem realmente somos. Quando as palavras destoam das nossas atitudes. Há muito em jogo para ficarmos fingindo ser o que não somos. É hora de definirmos para onde nossas atitudes irão nos levar. É nosso futuro eterno que está sendo decidido cada dia, baseado em quem realmente somos.“Seja quem você é, porque se você não for quem é, você é quem não é.”

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Ao começarmos mais um sábado na longa jornada rumo ao Lar, vamos olhar para Aquele em cuja vida nunca houve qualquer sombra de variação. Sua vida foi perfeitamente justa e íntegra. Seus atos completamente coerentes com Seus ensinos, livre de toda a hipocrisia. Seu nome é Jesus. Ele é o nosso modelo. Imitá­Lo é a razão maior de nossa vida.

06 de fevereiro O ideal cristão “Ideal”, a palavra é pequena, mas sua força é descomunal. Mahatma Gandhi era um jovem asiático recém­formado em direito, quando aceitou seu primeiro trabalho na África do Sul em uma agência muçulmana. Em certa ocasião, Gandhi foi expulso do vagão do trem, apesar de possuir em mãos o bilhete de primeira classe, simplesmente pelo fato de sua cor de pele ser mais escura que a dos demais. Como ele mesmo gostava de dizer: “Minha não violência ativa iniciou­se naquele dia.” Este líder indiano é conhecido e respeitado em todo o mundo até os dias de hoje. Albert Einstein, um dos maiores gênios da humanidade disse: “em gerações futuras, talvez mal se acredite que tal pessoa um dia andou sobre esta terra”. A pergunta aqui é: O que faz de um jovem hindu pobre um líder respeitado em todo o mundo por gerações e gerações? A resposta é simples: a luta por um ideal. Pela luta por ideais, palestinos e israelenses travam ferozes batalhas dia após dia. Por seus ideais, terroristas atam a seus corpos coletes explosivos com alto poder de destruição, ou ainda, projetam aviões repletos de pessoas inocentes em prédios, como pudemos ver no fatídico episódio no dia 11 de setembro de 2002. O dicionário define ideal de diversas formas, mas a que me chamou a atenção foi “aquilo a que se aspira”. De fato, os ideais movimentam o mundo. São eles que definem classes, padrões e demais segmentos da sociedade. A pergunta para nós hoje é: Qual tem sido nosso ideal? O que temos aspirado como cristãos? No decorrer da vida cristã, acabamos adquirindo muitos ideais e nos perdendo com eles. Pela falta de convívio com Deus, somos impelidos pelo inimigo a pensar que falsos ideais (como conseguir um bom emprego e, conseqüentemente, um bom salário) são os melhores e, que estes, podem dividir nossa atenção com os demais ideais cristãos. Paulo foi um bravo guerreiro quando

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o assunto era ideal. Inicialmente, ainda Saulo, um terrível perseguidor de cristãos, depois, já Paulo, um defensor da causa de Deus e do evangelho eterno. Como cristãos precisamos lutar por nosso ideal, precisamos defender a mensagem de Cristo e disseminá­la a toda tribo, nação, língua e povo. Tenha a certeza neste sábado de que ao defender os ideais de Cristo como seus ideais, você se tornará grande, notável, não aos olhos do mundo como Gandhi; mas aos olhos de Cristo como Paulo, pois Ele mesmo promete: “... o que vem a Mim, de modo nenhum o lançarei fora.” João 6:37. 13 de fevereiro Temer o Senhor grandemente “O Senhor, o seu Deus, os conduzirá à terra que jurou aos seus antepassados, Abraão, Isaque e Jacó, dar a vocês terras com grandes e boas cidades que vocês não construíram, com casas cheias de tudo o que há de melhor, de coisas que vocês não produziram, com cisternas que vocês não cavaram, com vinhas e oliveiras que vocês não plantaram. Quando isso acontecer e vocês comerem e ficarem satisfeitos, tenham cuidado! Não esqueçam o Senhor que os tirou do Egito, da terra da escravidão. Temam o Senhor, o seu Deus, e só a Ele prestem culto, e jurem somente pelo Seu nome. Não sigam outros deuses, os deuses dos povos ao redor; pois o Senhor, o seu Deus, que está no meio de vocês, é Deus zeloso...” Deuteronômio 6:10­15. Lembremo­nos todos, pais e filhos, de que Deus está olhando por aqueles que Lhe pertencem. Ele deseja profundamente o nosso bem. Depois de dar, dar e dar tantas coisas, adverte que não nos esqueçamos dEle. Como é fácil adotarmos um espírito arrogante e presunçoso quando somos abençoados. Indulgência provoca uma erosão interior que leva à indiferença, que, no final das contas, resulta em independência. “Afinal, quem precisa de Deus?” Esta é uma atitude comumente encontrada entre os auto­suficientes. Qual o segredo para manter isso longe? “Temam o Senhor, o seu Deus e só a Ele prestem culto”. Quando os membros da família mantêm um temor sincero a Deus, alguma coisa maravilhosa acontece. O orgulho próprio e a presunção diminuem à medida que o temor de Deus aumenta. Não se engane, “temer a Deus” não significa sentir medo, sentir­se pouco à vontade e amedrontado em Sua presença. O tipo correto de temor é a reverência ao Seu santo nome. Um respeito saudável para com Sua vontade soberana. É a contínua percepção de que Deus é o Todo­Poderoso, Santo Deus. Lembrando­se que (nos termos atuais) Ele não “enrola”. Ele diz o que quer dizer. Nós O respeitamos demais para sermos indiferentes aos Seus caminhos ou desobedecermos à Sua vontade.

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Que segurança serena, que tranqüilidade isto dá à família! E quanto mais esta atitude persiste, mais o Senhor a honra, alongando a proteção de estabilidade. É como se Ele envolvesse a família com um escudo invisível de proteção. Talvez isto seja o que Ele quis dizer quando deu aos hebreus este mandamento: “Não sigam outros deuses, os deuses dos povos ao redor.” Deuteronômio 6:14. 20 de fevereiro O Dia do Rei “E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um Sábado ao outro, virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor”. Isaías 66:23. Dois reis, de reinos vizinhos, encontraram­se e conversavam cada um sobre o seu reinado. Falavam de feitos realizados e dos planos para o futuro. Mas, uma sombra pairava sobre a mente de ambos: O que fazer para jamais serem esquecidos? Um deles teve uma idéia: ­ Vamos instituir o Dia do Rei. Será um dia, em cada semana, que traremos para o castelo todos os súditos. Poderão passear nas instalações reais na presença do seu monarca. A idéia foi bem recebida pela outra majestade que disse que colocaria também em prática a novidade. O rei, autor da idéia, ao voltar para o seu castelo, imediatamente baixou um decreto que, em dia específico da semana, todos os súditos deveriam comparecer ao castelo para o Dia do Rei, um dia de alegria e festa. Todos vestiriam suas melhores roupas e passariam horas prazerosas junto da família e do seu rei. Nesse dia os problemas do dia­a­dia deveriam ser deixados de lado. Deveria ser um dia marcante. As crianças poderiam correr livremente pelos bosques, brincar com os animais do rei e relacionarem­se alegremente com seus amiguinhos. E assim se fez. Que dia feliz! Todos compartilhavam o mesmo sentimento de que esse dia deveria ser eterno. No reino vizinho, o rei também baixou um decreto. O Dia do Rei foi instituído onde todos deveriam comparecer, sem exceção. Mas em seu decreto o povo não poderia se regozijar; as crianças não poderiam correr no castelo, não poderiam tocar nos animais e nem brincar com seus amiguinhos; os adultos não poderiam sorrir, nem sentar­se à mesa do rei; deveriam permanecer sérios e solenes, falando o mínimo possível. Para todos os súditos, desse reino, o maior desejo era que aquele dia terminasse logo.

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O nosso Rei Jesus Cristo instituiu um dia para estarmos na presença dEle. Deseja que esse dia seja marcante e que durante a semana seja um dia muito esperado. Quer que sintamos que esse dia deva ser eterno. Que seja um dia de alegria, um dia para passarmos com a família; um dia de sentarmos à mesa com o nosso Rei e passarmos momentos especiais com Ele. Um dia em que as crianças possam correr livres pelos bosques, conhecendo a Natureza do Deus Criador; ver os animais e regozijarem­se pela sua criação; relacionarem­se com os amigos e compartilharem a fé com eles. Esse é o Dia de Sábado, o dia que nosso Rei preparou para nos lembrarmos de quem Ele é. Não façamos desse dia, assim como o segundo rei da história, um fardo que desejamos que passe logo, mas que seja eterno. Faça desse dia um Dia de Alegria! 27 de fevereiro Sacudidura “Pois darei a ordem, e sacudirei a nação de Israel entre todas as nações tal como o trigo é abanado numa peneira, e nem um grão cai na terra.” Amós 9:9; cf. Ezequiel 38:19 ( NVI). De todos os temas relacionados com os últimos eventos, a sacudidura é o tema mais urgente para o cristianismo atual. Sacudidura é uma figura de linguagem emprestada dos dias em que a agricultura predominava no cotidiano do povo bíblico. Após a colheita dos produtos agrícolas, estes eram debulhados por processos simples, resultando uma mistura de grãos e detritos de palha. Para separá­los, colocavam­nos em uma peneira, que era sacudida a fim de que os grãos quebrados caíssem ao chão e a palha se ajuntasse a um canto da peneira para depois ser soprada e jogada fora. A igreja posta na peneira divina é sacudida. Os que não temem a Deus caem logo. O joio, os que estão “em cima do muro”, vão, aos poucos, se separando em um canto, aguardando o vento forte da tempestade que os levará à condenação eterna. A sacudidura entre o povo de Deus já começou e continuará: “Começou a forte sacudidura e continuará, e todos os que não estiverem dispostos a assumir uma posição ousada e tenaz em prol da verdade, e a sacrificar­se por Deus e por Sua causa, serão joeirados” (PE, p. 50). A sacudidura ocorrerá por causa do testemunho da Testemunha Verdadeira (Ap. 3:14­17; cf. 1:5). Mornidão significa os cristãos que “professam

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amar a verdade, todavia são deficientes no fervor e no devotamento cristãos. ... Não se acham, no entanto, dispostos a morrer para o próprio eu e seguir exatamente os princípios de sua fé” (1TS, p. 476). O testemunho tem por finalidade despertar os cristãos para a triste realidade em que vivem e levá­los a buscar em Jesus e no poder do Espírito Santo o discernimento espiritual que os habilitará a viver um cristianismo autêntico. As falsas teorias também causarão a sacudidura (Ef. 4:14). “Ao vir a sacudidura, pela introdução de falsas teorias, esses leitores superficiais não ancorados em parte alguma, são como a areia movediça. Escorregam para qualquer posição para agradar a tendência de seus sentimentos de amargura” (EF, p. 177). Com a introdução de falsas teorias, a igreja começará a se despertar e reavivar. “Antes de os juízos finais de Deus caírem sobre a Terra, haverá, entre o povo do Senhor, tal avivamento da primitiva piedade como não fora testemunhado desde os tempos apostólicos” (EF, p. 158). Finalmente, a rejeição da verdade causará a sacudidura (Mt. 4:4). “Haverá uma sacudidura entre o povo de Deus; isto, porém, não é verdade presente a levar às igrejas. Será o resultado de recusar a verdade apresentada” (2ME, p. 13). Como se preparar para a sacudidura? Estudo da Bíblia, antecedido de oração, e não ser influenciado pelo secularismo do mundo (2Tm. 2:15; Jo. 17:15). Nos últimos dias, “Deus terá sobre a Terra um povo que mantenha a Bíblia, e a Bíblia só, como norma de todas as doutrinas e base de todas as reformas” (GC, p. 595). Que esta seja a nossa experiência. Amém!

Uma casa em construção

06 de março

“Sê tu uma bênção.” Gênesis 12:2. Em nossa sociedade há uma forte tendência de amar as coisas e de usar as pessoas, a fim de se conquistar a realização dos desejos, os quais, quando alcançados, nada podem fazer para preencher o vazio existencial que cada um possui, mas, ao contrário, um novo desejo realizado só irá gerar outro desejo mais. Desta forma a vida prossegue na busca insaciável do consumo materialista, que faz com que muitos não se sintam como gente, simplesmente porque não têm ou não fazem o que aos olhos do mundo materialista é prioridade.

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Assim como Deus proferiu a Abraão: “Sê tu uma bênção”, acredito que neste pôr­do­sol, Ele queira dizer o mesmo a toda criatura Sua. Então, você pode perguntar­se: como ser uma bênção em um mundo de valores invertidos, que produz sentimentos de baixa auto­estima, que me faz sentir desprezado, humilhado e vítima de sofrimentos profundos? Como ser uma bênção, se minha vida e minha família têm sido assoladas por tempestades que nos querem destruir? Você já olhou para uma casa em construção? Imagine uma edificação que está sendo construída. Ela ainda não tem portas, nem telhado e as paredes ainda estão sendo erguidas. Agora, se olhar para uma construção que foi vítima de uma tempestade, irá perceber que uma casa destruída parece muito com uma casa em construção. Isto também o levará a pensar que uma coisa é aquilo que a vida e os outros fizeram a você, e que outra coisa é o que você irá fazer com aquilo que lhe fizeram. Jesus Cristo foi mais do que uma vítima, Ele foi a primeira vítima, “o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap. 13:8), para que um dia não haja mais vítimas. Mas, enquanto este dia não chega, podemos aprender com Jesus a desenvolver a habilidade de gerenciarmos os nossos pensamentos, de tal maneira que a nossa vida esteja sempre em construção. Quando as tempestades vêm no mar da vida, nosso maravilhoso Deus se apresenta como Aquele que já fez a provisão necessária, e que nos deu a liberdade de escolhermos ver a nossa vida em construção. Muito antes de nascermos, já havíamos sido gerados no coração de Deus (veja o Salmo 139), por isso, nascemos para ser felizes; independente das circunstâncias e do que temos ou fazemos: nascemos para viver em constante construção e crescimento espiritual. Deus nos deu o sábado para que nossas forças sejam renovadas, para reconstruir os nossos sonhos e a nossa vida! Que tenhamos uma experiência muito superior a de simplesmente receber bênçãos materiais e espirituais. Que Deus nos abençoe para vermos a nossa vida em constante construção, para sermos abençoados e para abençoarmos todos os que passarem por nosso caminho! 13 de março A obediência é um privilégio “Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” João 14:15.

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Lendo alguns livros de psicologia infantil, deparei­me com um princípio básico para a felicidade da criança: obediência. Dizem que se quisermos que os filhos sejam felizes, precisamos ensiná­los a obedecer. Da obediência depende a vida e a felicidade, a saúde e a alegria de homens, mulheres e crianças. A obediência é para esta vida e para a vida por vir. Os lares destroçados que vemos em uma sociedade corrompida são conseqüências da falta de limites, que nada mais é, que o ensino da obediência à autoridade. Muitos pais criam seus filhos como verdadeiros “tiraninhos” do lar. Crianças de 2 e 3 anos de idade que mandam nos pais, e estes lhes obedecem com medo de prejudicá­los. Queridos pais, exercer autoridade no devido temor do Senhor é ensiná­los a obedecer. Dificilmente poderá haver obediência à parte da autoridade. Em toda sociedade há algum tipo de autoridade, desde a paterna até a governamental. O mundo está enfrentando uma crise de autoridade. Pais, professores, defensores da lei e da ordem, governos, percebem que sua autoridade está sendo posta em dúvida e desafiada abertamente. Portanto, ao obedecermos a Deus precisamos reconhecer Sua autoridade. A autoridade de Deus não é algo arbitrário, mas por direito, porque Ele nos criou e nos remiu (Is 43: 1); “... pois nEle vivemos, e nos movemos e existimos.” (At 17:28), Ele pagou um preço muito elevado por nós e o fez porque nos amou primeiro (I Cor. 6:20; I Jo 4:19). O conceito de obediência cristã se estende através de toda a Bíblia. Em Eclesiastes 12:13, é dito que este é o dever de todo o homem. A plenitude da bênção de Deus é demonstrada na vida das pessoas que ousam fazer a Sua vontade numa obediência proveniente de fé. Obediência parcial ou retardada, ou completa recusa em obedecer sempre significou privação das bênçãos especiais de Deus. A obediência sempre foi uma exigência divina. A igreja cristã em geral está começando a despertar para o fato perturbador de que ela deixou de pregar a obediência como ingrediente básico do viver cristão. Para fugir do erro da salvação pelas obras, caímos no erro oposto da salvação sem obediência. Estamos sempre envolvidos com a questão da obediência, ou alguém a requer de nós ou nós estamos a exigi­la de alguém. Nas bodas de Caná as palavras de Maria contêm as chaves para as bênçãos sem limites: “Fazei tudo o que Ele vos disser.” João 2:5 Para Cristo a obediência era um princípio vital (João 6:38), mais importante que comer e dormir, e essa deve ser a nossa experiência. 20 de março Ao que vencer...

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“Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” Apocalipse 3: 21. O Everest (em tibetano ‘deusa mãe do mundo’) a mais alta montanha da terra com 8848m, no Himalaia, entre o Nepal e o Tibete, sempre foi um desafio para a humanidade. Tanto que somente no dia 29 de maio de 1953 seu cume foi atingido, por Edmund Hillary, da Nova Zelândia, e pelo xerpa Tensing Norgay. Sua persistência e coragem foram recompensadas pela rainha da Inglaterra que lhe concedeu o titulo de “Sir” Edmund Hillary, pela vitória alcançada. Mesmo com o título, Edmund, que nasceu em 1919, faleceu no dia 10 de janeiro de 2008 com 89 anos. Para ele, assim como para todos os homens, as honras, recompensas e títulos têm prazo de validade: 70, 80, 90, 100 anos. Há, porém, um título que Deus deseja conceder a todos, que não tem prazo de validade. Ele nunca perde seu valor, este título é o de “vencedor”. Junto com ele, uma coroa e várias promessas. 1) “Ao vencedor dar­lhe­ei que se alimente da árvore da vida, que se encontra no paraíso de Deus.” Apocalipse 2: 7. Para mim e para você, que estamos acostumados a ver coisas e fatos que tem começo e fim, é difícil entender a vida eterna... uma vida sem fim. O fruto da árvore da vida que Deus prometeu vai nos dar vida eterna, mas, sem nunca envelhecermos. Seremos eternamente jovens. 2) “Ao que vencer... lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo...”Apocalipse 2: 17. Para quem não gosta de seu nome e nunca teve coragem de mudar aqui, receberá um novo nome no céu. Este nome significará uma nova natureza, outro temperamento, um caráter perfeito. Esta mudança significará que todos gostarão de si mesmos totalmente. 3) “O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” Apocalipse 3: 5. Esta promessa sugere a seguinte cena: Jesus tomando a minha mão, caminhando por sobre o mar de vidro até diante do trono de Deus e dizendo assim: meu Pai aqui está o........ (dirá meu novo nome), eu quero apresentá­lo como um dos salvos, um dos que aceitou nosso sacrifício na cruz (Jesus mostrará então as Suas mãos com as marcas dos pregos) e quero que ele receba a coroa da vida que lhe dará o direito a viver aqui pela eternidade. Tente imaginar a felicidade em seu rosto ao receber das mãos de Deus a coroa da vida eterna. Voltando ao mundo real: todas estas promessas são fiéis e verdadeiras e, pela graça de Deus, se cumprirão em sua vida e na de sua família.

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27 de março Jesus voltará, acredite! “O lenço não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte.” João 20: 7. Por que Jesus teria enrolado o lenço depois de Sua ressurreição? O evangelho de João 20:7 relata que o lenço que cobrira a cabeça de Jesus não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. A Bíblia toma um verso inteiro para contar que o lenço estava cuidadosamente enrolado em local separado dos lençóis. No domingo pela manhã, enquanto era ainda escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro e viu que a pedra da entrada do túmulo havia sido removida. Ela correu e encontrou Simão Pedro e o outro discípulo, a quem Jesus amava. Disse­lhes “roubaram o corpo do sepulcro e eu não sei onde O puseram! Pedro e o outro discípulo correram para o sepulcro a fim de ver. O outro discípulo se apressou e chegou primeiro. Parou. Olhou. Entretanto, não entrou no sepulcro. Viu os lençóis no chão, mas o lenço estava enrolado em lugar separado. Então Simão Pedro chegou, entrou e notou que os lençóis estavam no chão, enquanto o lenço que cobrira o rosto de Jesus estava cuidadosamente enrolado ao lado. Isto é importante? Absolutamente! É realmente significante? Sim! Para compreender o significado do lenço enrolado é preciso entender um pouco sobre a tradição Hebraica daquele tempo. O lenço cuidadosamente enrolado tinha a ver com o Mestre e o Servo, e até as crianças conheciam bem a respeito desta tradição. Quando o servo preparava a mesa para o seu senhor, conferia tudo para ver se estava do modo como seu dono desejava. Estando a mesa devidamente suprida, podia esperar que ele comesse, mas longe de sua vista. Enquanto o mestre não terminasse a refeição o criado não ousava tocar no móvel. Se estivesse satisfeito, levantaria da mesa, usaria o lenço para limpar os dedos e a boca, depois jogaria o lenço usado sobre a mesa. O servidor entendia que podia limpar a mesa, porque naqueles dias, o lenço jogado sobre a mesa significava: “Estou satisfeito”. Mas se o senhor se levantasse

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da mesa e em vez de jogar o lenço, enrolasse cuidadosamente e o colocasse ao lado do prato, o servo saberia que o lenço cuidadosamente enrolado significava: “Eu ainda não acabei.” O lenço naquela posição significava: “eu voltarei!” Queridos, é esta a razão por que Jesus enrolou cuidadosamente o lenço e colocou­o à parte. É símbolo da promessa feita por Jesus. Ele honrou todas as promessas que nos fez! E com segurança absoluta cumprirá a promessa de voltar. A Sua ressurreição não foi o fim de tudo, mas o começo de uma esperança que acalentamos cada vez que cantamos: Oh que esperança vibra em nosso ser, pois aguardamos o Senhor! Por favor, acredite, Ele voltará! Esteja preparado. 03 de abril Confiando no amor inexplicável “... o que eu faço não o sabes agora; compreendê­lo­ás depois.” João 13:7. Deus é livre e soberano! O fato é que essa liberdade nos assusta e essa soberania nos deixa inseguros. Um exemplo claro disso é a conhecida história da ressurreição de Lázaro. A Bíblia diz que Jesus o amava. Ele era amado, mas morreu. Foi ressuscitado, e o foi porque antes disso conheceu a dor, o definhar, o morrer diário. Tão morto esteve que sua realidade putrefata foi afirmada – “cheira mal, pois já é de quatro dias.” João 11:39. Mas Lázaro era amado... Mesmo enfraquecendo dia a dia, mesmo gemendo em dores e, por fim, exalando seu suspiro final, ainda era amado por Deus! Jesus amava Lázaro sadio; Lázaro doente; Lázaro morto; Lázaro ressuscitado. Jesus o amava de qualquer forma, e a ressurreição não foi operada para provar Seu amor por ele, mas sim para que as pessoas cressem (João 11:15). O problema é que Lázaro só se sente amado por Jesus se for atendido dentro da urgência da sua necessidade. Se sua dor for retirada, se sua enfermidade for curada, se a presença do seu Amigo for inegavelmente perceptível a todos em seu favor, se Jesus for Jesus antes do coração parar. A grande verdade é que nos julgamos absolutos! A vida não nos pertence! As coisas são administráveis, as pessoas são conquistáveis, mas não nos

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pertencem. Agimos como se tudo fosse nosso e queremos explicações que atenuem nossa angústia ou amenizem a inexplicabilidade das tragédias e dos problemas. Carecemos de explicações porque não entendemos o funcionamento do mundo e do coração humano. Deus mantém o universo! O grande desafio que nos é apresentado é fazermos um mergulho de fé e vivermos sem depender de explicações ou manifestações de socorro para nos entendermos e nos sentirmos amados por Ele. Estamos diante de mais um sábado em nossa vida e esse momento de pôr­ do­sol, naturalmente, deixa­nos reflexivos e pensativos. Alguns estão aliviados pelo final de mais uma semana de lutas. Outros estão tentando entender a razão do tufão que devastou suas emoções. Mas não se esqueça de que esse dia foi separado para lembrarmos que Deus é Criador e Mantenedor. Por mais produtivos que possamos ser, não temos a palavra final sobre as obras da criação. O sábado é o memorial da graça! E essa graça só se percebe e recebe pela fé. Fé que não se abala se a semana trouxe vitória ou derrota. As circunstâncias não devem interferir na sua autoconsciência. Você é amado por Deus! Deus só te pede para confiar nessa verdade. Guardar esse sábado com um coração grato e feliz é demonstração disso! 10 de abril É só confiar “Mas Jesus, ouvindo isto, lhe disse: Confie em Mim.” Lucas 8:50. O ponto principal, o ingrediente central da ressurreição da filha de Jairo é a confiança. Em algum ponto de nossa vida – talvez em vários – a única solução, a única saída, será uma plena confiança em Jesus. Pelo contexto, entendemos que Jairo temia muito que sua única filha viesse a morrer, tomado pelo medo, angústia e desespero, ele vai a Jesus e prostrando­se clama por socorro. Jesus sai em direção a sua casa para atender o pai aflito, mas de repente Jesus pára e pergunta em alta voz – quem me tocou? Um silêncio é formado, a multidão também cessa a caminhada e Pedro num ímpeto diz: Mestre a multidão Te aperta e Tu perguntas: quem Me tocou? Foi uma pobre necessitada que por doze anos sofria, sem nada conseguir, mesmo gastando tudo o que possuía com médicos. Esta interrupção na trajetória rumo à casa do chefe da sinagoga, esta aparente demora, faz com que ele tenha seu coração acelerado. Sua angústia aumenta. A dor em imaginar a morte da filha tortura­lhe a alma, até que alguém, de sua casa vem e lhe diz: não incomodes mais o Mestre, a menina morreu. Seu semblante cai, suas forças se acabam, as pernas ficam trêmulas, dor no peito,

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vontade de chorar, sua esperança acaba e a vida perde o sentido. Jesus ouvindo e vendo tudo isto diz: Jairo, confie em Mim. Quero compartilhar com você algumas lições que tenho aprendido com esta história maravilhosa. Jairo, por ser o chefe da sinagoga e por ter uma elevada posição social, teve que vencer obstáculos: a vergonha, os amigos, ir a público e prostrado clamar por socorro. Há momentos na vida que somente prostrados e assumindo nossas fragilidades é que alcançaremos a bênção desejada. A demora de Jesus em ir até a casa de Jairo aumentou­lhe a angústia. Por doze anos a mulher vinha sofrendo, não poderia esperar um pouco mais? Não, aquele era exatamente o momento dela, a aparente demora para curá­la era uma oportunidade para curar também a Jairo. Ele precisava aprender a ter paciência e confiança unicamente em Jesus. Quando veio a notícia da morte, o Médico dos médicos queria que soubéssemos que quando na vida tudo falha e não há mais esperança nenhuma, então Ele Se manifesta e recebemos muito mais do que desejávamos. A filha de Jairo foi curada, ou melhor, foi ressuscitada, e seus pais ficaram maravilhados! É o amor de Jesus por nós que faz com que Ele nos leve até o final das nossas forças, para que nada se torne mais significativo em nossa vida do que a Sua pessoa e presença. “Confie em Mim”, é só confiar. 17 de abril Ela deu tudo quanto tinha “Olhando Ele, viu os ricos lançarem as suas moedas no gazofilácio. Viu também uma viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas.” Lucas 21:1 e 2. Apenas Marcos e Lucas fazem menção da dádiva desta mulher que, além de pobre, era viúva. Marcos descreve Jesus assentado e observando “a maneira como o povo lançava ali o dinheiro”. Marcos 12:41. Estes textos são mencionados para chamar a nossa atenção de que Jesus Se importa com as nossas dádivas e mais do que isto, Ele observa o motivo pelo qual ofertamos. Tenho pensado porque ambos os evangelhos mencionam o detalhe de que foram duas moedas depositadas pela viúva. Se na observação feita por Jesus, Ele menciona que esta pobre mulher deu mais do que todos, porque ela deu tudo o que tinha, é porque Jesus conhecia a mulher e sabia da sua fidelidade, apesar de suas dificuldades.

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Porque duas moedas e não uma? Primeiro: Sua dádiva era planejada, e uma moeda não representaria seu compromisso de fidelidade com Deus. Segundo: Estas duas moedas não se constituíam da sobra de seus recursos após ter gastado tudo o que tinha; não, mas era, agora, tudo o que tinha porque, antecipadamente aos seus gastos, antes de consumir o seu mísero salário, ela primeiro separou o que era devido ao Senhor e pôs de parte para ser consagrado no Templo do Senhor. Terceiro: Eram duas moedas porque uma representava sua consciência de adoração ao Deus que lhe criou – era exatamente a décima parte de tudo o que chegara as suas mãos – era o seu dízimo. E a outra moeda era sua consciência de gratidão ao Deus que lhe salvou, pois era um segundo dízimo que trazia ao Senhor como ofertas. Era sim, tudo o que tinha, porque as outras oito moedas que lhe sobraram, após ter posto de parte o que levaria ao templo, fora gasto sem nada mais lhe restar. Que bênção incalculável esta pobre viúva não levou para sua casa neste dia após tão perfeita e admirável adoração e reconhecida gratidão a Deus?! Quem seria ela entre as mulheres abençoadas que servia a igreja apostólica? Certamente fora uma mulher muito abençoada entre outras na igreja, porque o Senhor é quem promete: “abrirei as janelas do Céu, e derramarei sobre vós uma bênção tal...” Malaquias 3:10. Temos sido fiéis a Deus em prestar­Lhe adoração e gratidão trazendo nossos dízimos e nossas ofertas? Ou temos sido fiéis no dízimo e não damos ofertas proporcionais às bênçãos recebidas? Precisamos todos nós, crentes em Deus, ter um pacto de fidelidade quanto as nossas ofertas, assim como em nossos dízimos. Não nos esqueçamos neste sábado: ­ Jesus observa os ofertantes e sonda­ lhes os motivos.

24 de abril Bem­aventurados os que lêem Apocalipse 1:3

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O leitor aqui mencionado não é o leitor privado, mas o que é encarregado de ler a Palavra em voz alta, diante da congregação. A leitura da Palavra deve ocupar um lugar de destaque e primazia no culto público. A leitura da Palavra de Deus em frente da congregação, sempre foi e deve ser um dos maiores privilégios da igreja. (Is. 55:11; Jo. 5:39; Jr. 15:16). Esta bem­aventurança faz parte das sete bem­aventuranças do Apocalipse e é a primeira dentre as sete; e nos parece que na lógica divina está na ordem de importância e funcionalidade. Como se conheceriam e se receberiam as bênçãos das demais bem­aventuranças, sem a bem­aventurança de ler? A bem­aventurança de “ler” implica em “obedecer”. Que privilégio temos de ser ávidos leitores, pelas facilidades que dispomos da Bíblia na Linguagem de Hoje, Bíblia da Mulher, Bíblia para Crianças, Bíblia Ilustrada, Bíblia On­Line, Bíblia Comunhão e Ação. Há bíblias nas mais variadas versões, isto sem mencionar os livros e revistas denominacionais que levam à Bíblia e nos chegam com facilidade e preços acessíveis. Enfim, há tudo a favor para se receber a bem­ aventurança daquele que lê. Para ler, dependemos da palavra escrita, e ela chegou a nós através de tabuinhas de símbolos cuneiformes em argila, papiros de junco do Rio Nilo, pergaminhos em couro de animais até, por fim, a imprensa de Johann Gutemberg, por volta de 1517. Assim, a Palavra do Senhor escrita hoje, alcança bilhões de lares em milhares de idiomas e dialetos, como o livro mais traduzido, mais lido, mais vendido e que deve ser o mais amado. A Palavra escrita, por sua perdurabilidade, tem alcançado e transformado vidas através dos séculos em todo o mundo. Não são poucos os testemunhos de pessoas que foram alcançadas pelo poder salvador de Jesus, através de textos bíblicos enviados dentro de pães artesanais, sacos de cereais, embalagens de panelas, enfim, textos escritos da Palavra, enviados por cristãos que muito desejam partilhar da bênção de “bem­aventurados os que lêem.” São muitas as experiências de famílias que conheceram a Jesus e serão salvas pelo acesso à Palavra Escrita, porque um anjo da página impressa rompeu as barreiras da selva de pedra das grandes cidades, com seus prédios e condomínios impenetráveis, e alcançou no lar ou no escritório, o leitor desapontado e sem esperança neste mundo, mas que a bem­aventurança da Palavra escrita alcançou­ lhe o coração.

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O que dizer do passado, quando estes mensageiros da página impressa, ainda em lombos de animais, percorriam quilômetros de poentas estradas, para que a Palavra Escrita alcançasse os sedentos da salvação. Neste sábado, devemos ser gratos a Deus pela bem­aventurança dos que lêem, porque de uma maneira ou de outra todos nós fomos beneficiados e, concomitantemente, devemos partilhar esta bênção, especialmente no dia do Senhor. 01 de maio Sua família é pobre ou rica? “Revesti­vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; suportando­ vos uns aos outros, e perdoando­vos uns aos outros... E, sobre tudo isto, revesti­ vos de amor, que é o vínculo da perfeição.” Colossenses 3:12­14. “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” João 15:12. A Madre Teresa de Calcutá, (27 de Agosto 1910 ­ 5 de Setembro 1997) foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana. Dedicou sua vida cuidando de crianças órfãs na Índia. Certa vez disse: “No mundo existe mais fome de amor e de apreciação do que de pão... Às vezes, pensamos que a pobreza é apenas fome, nudez e desabrigo. A pobreza de não ser desejado, não ser amado e não ser cuidado é a maior pobreza. É preciso começar em nossos lares o remédio para esse tipo de pobreza.” Quando li esses pensamentos, fiquei pensando na carência das pessoas que vivem bem pertinho de nós, talvez dentro da nossa casa, muitas vezes, sem darmos conta disso. Em nosso lar não deveria haver pobreza de afeto, amor e carinho como: esposas carentes de atenção, maridos sentindo­se sós, filhos precisando de beijos, abraços e colo. Veja este pensamento de Léo Buscáglia, em seu livro Nascido Para Amar, p. 7: “O amor nunca morre por morte natural; morre por negligência e abandono. Por cegueira e indiferença e por não se dar a ele o devido valor... No final o amor morre de tédio, por não ser nutrido. O amor requer esforço para manter­se saudável. Aquilo que omitimos é, muitas vezes, mais fatal do que os erros cometidos”. A revelação ainda nos adverte: “O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida”. (Testimonies, vol. 4, p. 548) e acrescenta: “O amor não pode existir sem revelar­se em atos exteriores, tanto quanto não pode a chama ser conservada viva sem combustível... Deixa tuas preocupações, perplexidades e aborrecimentos comerciais quando vais para casa. Vai ter com a

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família com semblante prazenteiro, com simpatia, ternura e amor. Isto será... saúde para o corpo e força para a alma”. Testimonies, vol. 1, p. 695. O tempo sagrado do sábado também deve ser usado para tornar ricas as nossas pobres famílias. Que tal aproveitar esse momento de comunhão para começar a erradicar essa pobreza de amor que assola nossos lares e começar a investir numa rica experiência de demonstrações e expressões de carinho e afeto? São os pequenos gestos e atenções, as palavras bondosas, encorajadoras e afetuosas, um olhar carinhoso, os inúmeros pequenos incidentes e as simples cortesias da vida, que ajudam a compor a felicidade de um lar. Comece agora, a tornar o seu lar um lugar rico de amor! 08 de maio Os conflitos e a vontade "Deleito­me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do meu coração." Salmo 40:8. Estava observando meu filho experimentar um tremendo conflito. Ele vinha do colégio, onde ficou por uma longa temporada. Ao chegar a nossa casa estava feliz por estar novamente no seu “ninho”, cercado de amor e atenção. Só que não demorou muito e, comunicando­se com seus amigos pelo MSN, foi convidado a sair por praticamente todo o dia seguinte. Então começou um conflito que envolveu sua razão e suas emoções. O que fazer? Sair com os amigos, ou estar na companhia dos saudosos pais. Conflitos... Nós convivemos com eles ao longo de toda a caminhada desta vida. O problema é que raramente eles são tão simples como esse enfrentado pelo Nelsinho. O que é um conflito? É uma colisão emocional. Um estresse causado por desejos ou exigências incompatíveis. É o que ocorre quando há dois ou mais impulsos competindo entre si. Quanto mais forte o impulso, maior a tensão. Quanto maior a tensão mais forte a colisão. Vejamos por exemplo, uma mulher cristã que deseja educar seus filhos nos caminhos do Senhor, mas seu esposo não é um cristão e despreza as coisas espirituais. Ela vai viver então uma colisão entre seus “impulsos de mãe” e seus “impulsos de esposa”. Isso se caracteriza numa colisão emocional. Gosto de pensar no que significa a melhor escolha para enfrentar os conflitos na mente e no coração. Uma situação conflitante termina bem quando a minha vontade entra em rota de colisão contra a vontade de Deus e eu, submisso, rendido aos Seus pés, escolho a Sua vontade perfeita no lugar da minha vontade

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imperfeita e pecaminosa. Quando escolho a luz no lugar das trevas, a sinceridade no lugar da falsidade e da mentira. A grande palavra aqui é a “vontade”. Temos domínio sobre o poder da vontade. É com ela que estamos decidindo a cada dia onde e com quem queremos passar a Eternidade. Ellen White declara: “Na verdade, não possuímos capacidade para livrar­nos do poder de Satanás; mas quando desejamos ser libertos do pecado e, em nossa grande necessidade, clamamos por um poder fora de nós e a nós superior, as faculdades da alma são revestidas da divina energia do Espírito Santo, e obedecem aos ditames da vontade no cumprir o querer de Deus.” D.T.N, p.466. Não existem soluções fáceis para os tantos difíceis conflitos internos e externos que enfrentamos na vida. Uma certeza, porém, podemos ter: Deus cuida daqueles que são Seus. Conhecedor de nossas limitações pede que lancemos sobre Ele toda a nossa ansiedade (I Pe 5:7) e troquemos a preocupação por uma vida de oração ativa e específica (Fp 4:6) A oração certamente não vai nos deter das colisões, mas, certamente, vai nos colocar em contato diário com a sólida e única Rocha Eterna, Jesus Cristo.

Os dias da minha mocidade

15 de maio

“Lembra­te do Teu Criador nos dias da tua mocidade.” Eclesiastes 12:1. Comecei a trabalhar ainda criança. A primeira ocupação foi engraxar sapatos na barbearia de papai. Era interessante, porque enquanto as pessoas aguardavam a vez para cortarem o cabelo ou a barba, eu podia ganhar algum dinheiro de forma honesta. Sentia­me feliz quando finalizava o serviço. Ainda tenho na lembrança o barulho do “toc­toc” da escova batendo na lateral da caixa, avisando que o trabalho estava finalizado. O dinheirinho vinha para o meu bolso. Na infância mamãe ensinou­me a guardar o Sábado e a devolver os dízimos e as ofertas. Às vezes, papai reclamava porque eu não trabalhava durante o Sábado, perdendo a “chance” de ganhar com o movimento maior neste dia. Aos sábados, trocava a barbearia pela Escola Sabatina e pelo Culto Divino, e levava comigo o dízimo e a oferta. Gostava de cantar na hora da oferta da Escola Sabatina um hino que ficou gravado na memória: “Eu vou por, eu vou por a minha notinha, dentro da cestinha, a notinha vai contar pras crianças de além mar que Jesus vai voltar! Que Jesus vai voltar!” Cresci, mudei de ocupação, agora era na Delegacia de Polícia. Os delegados gostavam de meu trabalho, fazia serviços bancários para o Departamento de Trânsito, e mais tarde fui convidado a atuar como Auxiliar de Escritório de

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despachante. Mantive minha fidelidade na guarda do sábado e também nos dízimos e ofertas. Deus deu­me oportunidades e eu sempre as aproveitei. Aos treze anos de idade, foi cuidar de uma auto­escola, já conhecia tudo a respeito de carteira de motorista. Fiz o meu melhor e Deus sempre abençoou o meu esforço. Em 1975 o Coral do IASP realizou um programa na igreja que freqüentava. Como aqueles jovens cantavam músicas tão inspiradoras e de maneira harmoniosa, isso tocou meu coração e senti o desejo de estudar no internato. Estudava na Escola Adventista de Votuporanga e o pastor Dimas Targas se empenhou por mim e as portas para ingressar no Colégio se abriram. Quando cheguei ao IASP, em dezembro de 1976, fui trabalhar na agricultura. Foram os melhores anos de minha adolescência. A história é longa... Colportei doze férias, fiz boas amizades e descobri que Deus tinha um plano para minha vida. Dediquei­me aos estudos, aceitei o chamado de Deus para ser pastor. Aquele hino da oferta da Escola Sabatina se tornou realidade em minha vida quando servimos como missionários na África do Sul por quase três anos. Nada acontece por acaso! Mais um Sábado chegou. Vamos adorar a Deus e levar os dízimos e as ofertas ao Senhor para que mais missionários sejam enviados a pregar o evangelho. Nós também podemos participar fazendo a nossa parte! Seja feliz neste Sábado, há uma benção especial para você neste dia!

Lições de Cades­Barnéia

22 de maio

“Nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais, sim nenhum daqueles que me desprezaram a verá. Porém o meu servo Calebe, visto que nele havia outro espírito, e perseverou em seguir­Me, eu o farei entrar à terra que espiou, e a sua descendência a possuirá.” Números 14:23­24. Após longo tempo no cativeiro, vivendo como escravo, o povo de Israel finalmente chegou à divisa da terra dos santos, Canaã. No livro de Números 13:25­33 (leia), encontramos o relato da experiência do poder de Deus, que deveria ser uma grande bênção, mas se tornou numa grande decepção. O povo ao invés de conquistar a terra da promessa, teve que ficar vagando pelo deserto por quarenta anos, retardando os planos de Deus para eles. Que fatores levaram a esta decepção?

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1.

Incredulidade – não acreditaram que Deus é capaz de cumprir o que prometeu. Apesar de tantas evidências da presença e direção de Deus, na hora H, não creram.

2.

Compararam os gigantes de Canaã consigo mesmos ­ ao fazerem isso maximizaram os gigantes e minimizaram o poder de Deus. Não podemos nos deter nos gigantes, mas no Deus Todo Poderoso.

3.

Deram ouvidos às vozes desanimadoras – os espias desanimaram o povo. Tape os ouvidos para vozes desanimadoras e abra os olhos para novas escolhas e oportunidades.

4.

O pânico gerado pela descrença levou à rebelião contra Deus.

5.

Como resultado, Deus teve que executar juízo, os dez espiões morreram, os de vinte anos para cima iriam morrer no deserto e todos vagaram pelo deserto por quarenta anos.

Vivemos hoje na expectativa de receber a Nova Terra. Não permitamos que a mesma atitude do povo de Deus do passado nos contamine no presente. Cades­Barnéia é uma lembrança para nós de que é perigoso não levar a sério a vontade de Deus, pois podemos acabar passando o resto da vida, vagando de um lugar para o outro, simplesmente, esperando o dia da morte. Não basta ser o povo de Deus, tem que ter outro espírito para conquistar a Terra do Senhor! 29 de maio Autêntica vitória A vitória nas batalhas da vida é possível. Por mais renhida que seja a luta ou pesado o fardo, pela graça de Deus serão suportáveis. Há sempre um meio de superar obstáculos, e vencer tentações. Deus afirmou; creia em Sua palavra. Vitória é algo glorioso e inspirador. Vinte e dois anos após o término da primeira guerra mundial, Hollywood resolveu fazer um filme da vida do sargento Alvin York. Seu heroísmo ocorreu em Argonne Forest, onde os homens estavam sendo abatidos como cereal amadurecido.

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Este sargento guiou seu batalhão num ataque muito arriscado através da floresta. Mas a coragem, determinação e habilidade garantiram­lhes uma grande vitória. Foram mortos 25 inimigos e capturados 132 prisioneiros. Ao regressarem à pátria, o sargento York e seus soldados foram enaltecidos e homenageados. Multidões aplaudiram quando passaram pela Broadway, e lhes ofereceram muitos presentes. Vinte e dois anos mais tarde, porém, só foi possível localizar dez componentes desse esquadrão. Seis deles exerciam ocupações honrosas e um encontrava­se num asilo de veteranos de guerra, mas os outros três pouco se assemelhavam a heróis. Um deles era um ébrio inveterado. Outro era um vagabundo que vivia num abrigo feito de caixas. E o terceiro, residente numa choupana de um só cômodo, no Texas, nem sequer se apresentou aos que o procuravam. Que havia de errado com esses três heróis? A resposta é bem simples. Haviam ganho uma batalha física, como muitos outros, porém caíram diante do inimigo espiritual. A tentação derrotou­os na única batalha que realmente tem importância. Na luta pela Europa eles triunfaram gloriosamente, mas foram levados cativos pelo mal, na importante peleja por sua própria alma. Não precisavam ter sido derrotados. O apóstolo Tiago tem um sábio conselho para todos nós: “portanto, submetam­se a Deus. Resistam ao diabo, e ele fugirá de vocês” (4:7 – NIV). Esta proposta parece ser demasiado simples? Experimente­a por você mesmo. Submeta­se e resista; você descobrirá que na realidade esta é a única receita eficaz para a autêntica vitória.

05 de junho O Perigo da inveja “Daquele dia em diante, Saul não via a Davi com bons olhos.” I Samuel 18: 9. Saul a princípio gostou de Davi e reconheceu que Deus estava com Ele. Mas algo aconteceu que fez despertar no orgulhoso Saul uma inveja mortal contra Davi. “Sucedeu, porém, que, vindo Saul e seu exército, e voltando também Davi de ferir os filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saíram ao encontro do rei Saul dançando e cantando, com tambores, com júbilo e instrumento de música.

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As mulheres se alegravam e cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares. Então Saul de indignou muito, pois estas palavras lhe desagradaram em extremo, e disse: Dez milhares deram elas a Davi, e a mim somente milhares; na verdade que lhe falta senão o reino?” I Samuel 18: 6­9. O que Davi fez contra Saul que despertou nele uma inveja mortal? Nada. Pelo contrário, Davi era seu homem mais fiel e trabalhador. Era admirado e amado por todos. Respeitava profundamente o rei e jamais fez algo para prejudicá­lo. Assim é a inveja, ela não tem fundamento sólido. As palavras de Saul quando ouviu o cântico das mulheres revela o âmago da inveja: “na verdade o que lhe falta senão o reino?” A inveja quer o que o outro tem. Ela almeja estar no lugar do outro. É um sentimento pernicioso e pecaminoso que leva o ser humano até a matar aquele que admirava antes. Foi assim com Jesus no céu. Lúcifer desejou ocupar o Seu lugar e na primeira oportunidade aqui na terra O matou. Todo o Universo viu quem era Lúcifer. Todo Israel viu quem era Saul quando ele começou a perseguir a Davi para matá­lo. Se não temos Deus no coração, não aceitaremos o sucesso de outras pessoas que lançam sombra sobre o nosso sucesso. Saul tentou matar a Davi com um segundo plano maquiavélico. Ele daria sua filha para Davi na seguinte condição: Ele teria que trazer duzentos prepúcios de filisteus. Davi, inocentemente, aceitou o desafio e foi em busca do seu sonho. Deus o abençoou e ele trouxe aquilo que Saul lhe pedira. Quando estamos sendo bem sucedidos e alguém tenta nos prejudicar Deus sempre é maior que esse alguém. Seus planos seguirão, pois Ele nos ajudará a enfrentar os obstáculos daqueles que nos invejam. Ele mesmo cuidará em nos proteger e nos guiar em meio a astúcia de pessoas que temem a nossa sombra. Um terceiro ponto é que Saul temia a Davi. E passou a temê­lo ainda mais depois de reconhecer que Deus estava com Ele. Saul sabia que Davi andava com Deus. Saul também já sabia que seu reinado chegaria a um fim. Ele relacionou as coisas e tentou impedir o plano de Deus. Se Saul tivesse se arrependido e aceitado o plano de Deus, talvez a história dele fosse semelhante a de Moisés que não pôde entrar na Canaã terrestre, mas que recebeu de Deus, logo em seguida, um lugar melhor. Ou teria vivido para aconselhar Davi com sua longa experiência de rei.

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Em vez de ter medo das pessoas “melhores” do que nós, devemos pedir a Deus que nos dê a Sua graça para aceitar nossas limitações e confiar nEle para fazer o melhor com aquilo que temos. 12 de junho Generosidade “Sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir.” I Timóteo 6:18.

Há muito tempo li esta frase: “Ninguém é tão pobre, que não tenha algo a dar, nem tão rico, que não tenha algo a receber” – e, com certeza, todos nós estamos incluídos nela. Quando falamos em dar, em repartir, geralmente pensamos no aspecto financeiro, mas isto, nem de perto, é o mais importante quando falamos de relacionamento. Se parássemos para pensar, veríamos que temos muito mais a agradecer do que a pedir, e mais a dar do que a receber. Talvez alguém se pergunte: como assim? Meu pai foi demitido, meu irmão não encontra trabalho, nossa família está em dificuldades, como posso ter mais a agradecer e dar do que a pedir? Olhe para a semana que teve, quantos milagres ocorreram, e mesmo que você não os tenha percebido eles aconteceram! Você está aí, agora, por um milagre, viu? Sim, muito mais a agradecer! Pense em alguém que nesta semana o procurou, conversou, se abriu, chorou, sorriu e quando foi embora lhe agradeceu, ou não disse nada, mas você sentiu sua alegria. Existem muitos que, mesmo sem que tenha percebido, você foi tudo para eles nesta semana, mesmo com o pouco que lhes ofereceu. E você tem muito mais a dar! Minha cunhada é membro numa igreja adventista nos Estados Unidos, onde os jovens são muito festivos e unidos. Luana, membro deste grupo de amigos, teve que realizar um exame, e o resultado foi uma grande e triste surpresa: ela estava num estágio bem avançado de leucemia. Não querendo perder tempo na luta que começaria a ser travada, ela começou as sessões de quimioterapia. Seu cabelo caiu e começou a sentir grande fraqueza, porém disse à mãe que gostaria de ir à igreja num sábado. No sábado marcado, quando chegou à igreja, teve uma feliz surpresa: a maior parte dos seus amigos lá estavam, para recepcioná­la e lhe dizerem o quanto prezavam sua amizade, e isto fizeram raspando também os cabelos, para ela saber que se identificavam com seu problema. 30


Ela precisou ficar internada, sua mãe permaneceu junto no hospital, e aqueles jovens se revezavam para limpar a casa delas. Infelizmente a doença a levou no dia 29 de maio de 2008. Mas tenho a certeza de que aqueles jovens, apesar da dolorosa separação, têm um sentimento do dever do amor cumprido: “Sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir”. Você também, neste Sábado, pode fazer a diferença para Cristo. Seja rico (seu Pai celestial é o dono de tudo), de boas obras (para que todos vejam e glorifiquem a Deus), generosos (você recebe de Deus mais do que merece), em dar (pois é assim que demonstramos amor) e prontos (não deixe para depois o que pode fazer hoje) a repartir (em tudo imite a Jesus). 19 de junho O bálsamo de Gileade “Acaso, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?” Jeremias 8:22. A nação israelita estava diante de um futuro sombrio. Havia expectativas de os babilônios invadirem Jerusalém e levarem o povo para o cativeiro. O profeta lamenta a sorte de Israel fazendo três perguntas que estão no texto acima. Ele menciona um remédio que poderia curar a nação israelita, o famoso bálsamo de Gileade, proveniente de uma região montanhosa ao leste do Rio Jordão. Gileade significa “Monte do Testemunho”, devido à aliança feita entre Labão e Jacó. Gênesis 31:22­55. O medicamento era extraído de uma pequena planta medicinal que possuía uma resina de muito valor terapêutico. Tornou­se famoso, e é considerado um dos mais antigos remédios conhecidos na Bíblia. Comercializado no Egito, onde a ciência médica era a mais avançada da época. Gênesis 37:25. Nos dias do profeta Jeremias esta substância curativa ainda continuava famosa. Em Gileade havia sempre uma solução para as enfermidades dos povos. Quando falhavam os demais remédios, ainda havia uma esperança, o bálsamo de Gileade. Ele não era para uso exclusivo do povo de Israel. As nações pagãs também podiam desfrutar dos seus valores medicinais, inclusive o Egito e a Babilônia. Jeremias 46:11 ; 51:7­9. Infelizmente o orgulho, a soberba e a idolatria impediram Israel de receber a cura oferecida pelo profeta de Deus. O Bálsamo de Gileade é um símbolo de Jesus Cristo. Quando todos os outros recursos e soluções falharem, ainda existe uma esperança. Jesus Cristo é o Grande Médico da alma. Ele pode curar todas as enfermidades do pecador. As

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misericórdias curadoras de Deus podem curar todos os males morais e espirituais dos pecadores arrependidos. Salmo 103:2­3. O mundo de hoje também necessita deste Bálsamo. A prática do pecado está levando seus habitantes ao sofrimento, depressão, angústia e morte. Os pecadores precisam saber que existe um bálsamo em Gileade. Que Jesus Cristo pode curar as enfermidades e as angústias da alma. Nossas igrejas, hospitais, clínicas e escolas devem ser “Gileades Modernos”, possuidores do Bálsamo Divino. A nossa sociedade precisa ter conhecimento dessa boa notícia. “Muitos há que não têm mais esperança. Dai­lhes novamente a luz do sol. Muitos perderam o ânimo. Dizei­lhes palavras de conforto. Orai por eles. Há os que carecem do pão da vida. Lede­lhes da palavra de Deus. Muitos padecem de uma enfermidade da alma que bálsamo nenhum pode restaurar, médico algum curar. Orai por essas almas, encaminhai­as a Jesus, contai­lhes que há bálsamo e um Médico em Gileade.” Parábolas de Jesus, p. 418. Neste sábado, levemos os pecadores a esses lugares para que ali possam receber a cura da alma.

26 de junho

A quem servirei? “Porém se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem servireis: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.” Josué 24:15. A Bíblia relata a experiência de alguns personagens que terminaram onde começaram. Eram homens simples e desconhecidos. Todos esses tiveram sucesso no desempenho de suas funções com o passar do tempo. São eles: Geazi, Joabe, Sansão e tantos outros. Começaram a ter sucesso em suas carreiras, estavam motivados, empenhados e empolgados na causa que defendiam. Mas com o passar do tempo, com o sucesso ou mesmo o fracasso; com o excesso de exposição e mesmo com a obscuridade; com a vitória ou mesmo com a derrota; com a fama ou o anonimato;

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se perderam na caminhada, se afastaram de seus ideais e de Deus. Perderam o rumo da vida e terminaram sua jornada como fracassados e desconhecidos. Mas a Bíblia também relata a história de homens que durante a sua jornada na vida souberam enfrentar as crises e as adversidades e que buscaram um novo começo. São eles: Moisés, Jacó, Jonas, Davi, Paulo e assim por diante. Que diferença fizeram as atitudes que tomaram! Fazem­nos pensar nas palavras do escritor Charles Swindoll: “Para começar de novo, para recomeçar, antes de qualquer coisa, você tem que saber onde está. Raramente acontece de alguém simplesmente encontrar a estrada certa.” A maior parte das pessoas se perde ao longo da existência porque querem servir a dois senhores. Biblicamente isso não é possível e, realmente, poderá acontecer com qualquer um de nós. Talvez hoje, no pôr­do­sol, é interessante refletir se não estamos servindo a dois senhores. Este é o momento oportuno para meditar onde nos encontramos, e aonde queremos chegar. Para tal, é necessário gastar tempo para admitir nossa condição presente com honestidade, enfrentar a realidade e procurar um ponto de partida para recomeçar. É necessário também estabelecer estratégias e tomar atitudes concretas na direção. Abra seu coração a Deus, mostre­Lhe suas preocupações e necessidades. Ele está pronto a curar suas feridas e fazer de você uma nova pessoa, em Cristo Jesus.

03 de julho Já estamos no Dia Mundial da Alegria! Participe e se envolva Momento de Louvor: HA 527, 530, 531 Momento de Leitura das Escrituras: Salmo 118 Momento de gratidão pelas bênçãos da semana: Compartilhem as bênçãos da semana. Cada um deverá apresentar dois motivos porque gosta do sábado.

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Momento da Leitura Meditativa Dentre os ensinamentos de Jesus, a declaração mais significativa sobre o sábado foi essa: “O Filho do homem é Senhor também do sábado.” No sábado, Ele realizou vários milagres, deixando­nos claro que esse dia representa um tempo para a cura, tanto física como espiritual. Na verdade, o descanso do sábado oferece a possibilidade de terapia para as nossas fraquezas e doenças da alma.

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O sábado é o remédio de Deus para nossa ansiedade quanto às “coisas” e a obsessão natural por adquiri­las. É nesse dia que os empreendimentos da vida passam a ter muito menos importância que as pessoas. O tempo do sábado nos liberta da vontade incontrolável por ganhar dinheiro, de possuir – coisas feitas de tijolos e madeira, coisas de pano e papel, coisas que se ligam na tomada de energia. O sábado é um tempo para relacionamentos essenciais, aqueles que realmente importam – com Deus, com a família, com os amigos e com toda a obra da criação. São esses relacionamentos que determinam nossa identidade e dão verdadeiro significado à vida. O sábado é um período em que podemos valorizar as ricas bênçãos que recebemos. É o espaço de tempo separado para agradecer a Deus pelos presentes que Ele nos dá. O sábado é um tempo para reafirmar os valores que determinam a qualidade moral e espiritual de nossa vida.

O descanso no sábado é um sinal de respeito da criatura para com o seu Criador. Por isso, a cada sábado, aceitamos a Deus como soberano de todo o Universo e prestamos adoração no dia escolhido por Ele. Embora o sábado, na aparência, seja igual aos outros seis dias, na realidade é um dia singular. O sábado é um dia diferente, não por vontade de homens, mas pela ordem e decreto do Criador. Ele o separou como um feriado semanal, como memorial da criação e redenção.

O descanso no sétimo dia também tem o propósito de recuperar o organismo frente às correrias da vida. Podemos ter vantagens físicas de um descanso semanal feito em qualquer um dos sete dias da semana. Entretanto, quando descansamos no sétimo dia, em atendimento à solicitação divina, temos a mente conectada com o poder criador e vitalizador da divindade. Há alegria, contentamento e bem­estar indescritíveis, que invadem o ser quando adoramos o Criador no dia que Ele designou para esse fim. Esse descanso, que tanto faz bem, lembra­nos da alegria que sentiram Adão e Eva no paraíso. Adoraram a

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Deus, agradecidos pela vida, e o fizeram no dia em que Ele também estava descansando, abençoando e santificando. Temos certeza que as atividades desse sábado serão inesquecíveis. Vamos celebrar o dia que Jesus separou para seu descanso e alegria. Nossa igreja está preparada para uma verdadeira “festa espiritual”: centenas de pessoas serão batizadas, milhares de roupas e agasalhos serão recolhidos e milhões de contatos pessoais serão feitos. Vamos nos envolver e testemunhar, usando os dons que Deus nos concedeu. No dia mundial da alegria, vamos dizer ao mundo que o sábado é um dia de esperança – nossa esperança é Jesus. Momento das Crianças Frederico ­ o modificador da natureza Frederico era um homem que tinha o hábito de pôr defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia tolices. Certo dia, ao passear num jardim viu a grama verdinha e pensou: Que cor horrível! Como esta grama verde pode combinar com a terra marrom?Se pudesse, trocaria o verde pelo amarelo, ficaria muito mais bonito! Mais adiante viu um cavalo puxando uma carroça: Coitado do cavalo é bem mais fraco que o elefante. Se pudesse, a partir de hoje quem puxaria a carroça seria o elefante, e usaria a sua tromba para carregar os objetos na carroça. Mai adiante observou uma jabuticabeira enorme sustentando frutas pequeninas, e ao olhar para o lado viu uma colossal melancia presa ao caule de uma planta rasteira. Não era lógico que fosse justamente o contrário? Se as coisas tivessem que ser reorganizadas por mim, eu trocaria as frutas de lugar, as jabuticabas cresceriam rasteiras e as melancias cresceriam numa árvore frondosa. Não tenho razão? Ah! Só ele era capaz de modificar com inteligência o mundo. Pensando nisso, adormeceu deitado à sombra da jabuticabeira. Dormiu. Dormiu e sonhou. Sonhou com o mundo novo, modificado inteirinho pelas suas mãos. Uma beleza! De repente, no melhor da festa, plaf! Uma jabuticaba cai do galho e lhe acerta em cheio no nariz. Frederico desperta assustado; medita sobre o que lhe acontecera e então conclui que o mundo é perfeito como Deus o criou. E segue para casa refletindo: Pois não é que se o mundo fosse arrumado por mim a primeira vítima teria sido eu? Morto pela melancia por mim posta no lugar da jabuticaba? Hum! Vou parar de pensar em reformas, tudo é perfeito! Existem pessoas que a semelhança de Frederico, pensam em mudar o dia de descanso, criado por Deus, o sábado, para o domingo. Esquecem que esse dia é

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abençoado, é especial e santificado. O Criador do mundo jamais erraria neste aspecto, o sábado é o dia separado por Ele para O adorarmos. É um dia feliz! 10 de julho Batalha espiritual “Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.” Efésios 6:12. O apóstolo Paulo apresenta uma batalha real, porém, invisível e espiritual. Ele diz a ‘nossa luta’. Logicamente o próprio apóstolo Paulo se inclui nesta batalha, eu e você também estamos incluídos. Descobrir o motivo porque muitos fracassam nesta luta se torna uma avaliação de muita importância. O pastor Alexandro Bullon afirma que: “Pessoas sábias jamais correm riscos desnecessários. Não querem saber quão perto podem chegar do precipício. As grandes derrotas da vida não acontecem quando estamos em guarda. Mas quando, confiados em nossas vitórias passadas, achamos que estamos seguros e abaixamos a guarda”. MM, 13/10/07. O conselho de Paulo é para a vitória: “... sede fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder.” Efésios 6:10. Força e poder são palavras sinônimas. Mas o que se destaca neste verso é a procedência desta força e poder – o Senhor. Muitos caíram na fé porque pensavam que a força e poder estavam neles. Pensavam que eram tão fortes e poderosos, espiritualmente, que poderiam ir tão longe do Senhor, e quando quisessem, era só voltar. Que poderiam brincar com o pecado, e quando quisessem, era só deixar o brinquedo, à semelhança do que faz uma criança. A força e o poder para vencer Satanás vêm do Senhor. Ter fé no poder de Deus e viver este poder é necessário. Porém, Não se adquire fé sem comunhão e intimidade com Deus. Jesus convida os Seus discípulos a viver uma vida de oração. Jesus é o nosso exemplo de uma vida de oração A oração de Jesus mostra que orar é mais do que pedir algo — é estar em constante comunhão com Deus. Ela também mostra que somente pela dependência de Deus podemos receber força e poder para cumprir nossa missão e propósito nesta vida.

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“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Marcos 14: 38. Nesta batalha o inimigo nunca será mais forte do que aquele servo de Deus que tem uma vida de oração. “Satanás conhece, até melhor do que os filhos de Deus, o poder que eles têm sobre ele quando a força deles está em Cristo. ...Satanás não suporta vê­los recorrer ao seu poderoso rival, porque ele teme e treme diante de Sua força e majestade. Ao som da oração fervorosa, treme toda hoste de Satanás”. – Testemunhos para a Igreja, vol. 1, pp.345 e 346.

17 de julho Tem remédio? “O coração alegre é bom remédio para o corpo, mas a tristeza na alma acaba com a saúde do homem.” Provérbios 17:22 (Provérbios 15:13,15 ; 3:3 ; Salmo 119:1,2,112). Para o seu caso? Tome só umas gotinhas de... hum, mas no teu caso, acho melhor usar um chá de... Você conhece um ditado popular que diz; “De médico e de louco todo mundo tem um pouco”? Concordo com a parte do médico, porque é chique e interessante. Leva­nos a pensar no melhor para o próximo e a querer que o outro esteja bem... mesmo sabendo que não podemos medicar, ainda assim o fazemos. A idéia é: Faça isso que funciona! Desejo ver você curado! Vamos brincar de médico. Então, criaria você um remédio milagroso para emagrecer? (Só de pensar nisso ouço sua conta bancária engordando!) Ou você prefere inventar um remédio para deixar as pessoas mais bonitas? É só tomar uma pílula pela manhã e, zás... transformação! E se você fosse atrás das gotas que trariam a cura para males incuráveis do nosso tempo? Não seria maravilhoso? Nada de câncer, AIDS e etc. Você pode estar pensando, já brinquei demais, isso não existe. Só mesmo um milagre! Creio que neste momento, enquanto é feita essa leitura, é tempo para pensar e refletir em alguns remédios importantes para a família. É hora de receitar... pegue um bloquinho e uma caneta e, após discutir sobre as questões abaixo, escreva a receita. 1. Qual o remédio para a beleza interior? 2. Qual o remédio para os valores da família?

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3. 4.

Qual o remédio para as fraquezas morais? Qual o remédio para o equilíbrio emocional nas famílias?

Escreveram? Troquem idéias, discutam com as outras pessoas! Esta é a receita para ser uma pessoa de valor. O que eleva uma pessoa é a beleza interior e seus valores. É ter uma família bem formada onde todos se respeitem. É importante também saber nossos pontos fracos e lutarmos para vencê­los, apegando­nos naquEle que nos fortalece. O cristão deve lutar para ter equilíbrio em tudo, e ser cada dia melhor do que foi no dia anterior. Qual é o bom remédio? O coração alegre... mas o espírito abatido faz secar os ossos. Seja mais feliz nesse sábado. Porque você pode promover os remédios de Deus para curar a alma. 24 de julho Bem­aventurados os que ouvem Apocalipse 1:3 É um grande privilégio poder ouvir a Palavra de Deus no seu próprio idioma, em praça pública, em seu lar, pelo rádio, na TV, na internet e na igreja, tão livremente. Mas muitos hoje ainda não dispõem desta liberdade. “Virão dias em que haverá fome e sede de ouvir a Palavra de Deus.” (Am. 8:11; Êx. 18:19; Sl. 78:1; Is. 52:7). Hoje ouvimos a Palavra de Deus através de pastores, anciãos, evangelistas, jovens, mulheres, crianças (como a Andressa Barragana). Dispomos, no momento, de muitos recursos para se compartilhar a bem­aventurança de ouvir, através de CDs, DVDs, vídeos, pen­drivers, cards, computadores, celulares, i­pods, i­phones, etc. O primeiro contato de Deus com os primeiros pais foi através da Palavra falada, Teofania, que era Deus falando com o homem face a face na viração do dia. O contato do homem com Deus foi para ouvir e as primeiras palavras que ouviu de seu Criador: “Sede fecundos, multiplicai e enchei a Terra e sujeitai­a.” Gn. 1:28. Na Bíblia há solenes advertências para não sermos meros ouvintes, mas praticantes. Não basta apenas ouvir, mas também obedecer. A Palavra é viva e eficaz, e quando a ouvimos com o intuito de obedecer, os resultados são transformadores e salvíficos, pois ela penetra até o íntimo da alma. Hb. 4:12.

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Assim como os que lêem a palavra escrita, os que ouvem a palavra falada também serão atingidos por sua influência. Então, recai sobre o cristão atento e consagrado, pesar e refletir em toda a palavra que sai da sua boca, para que os seus ouvintes possam ser bem­aventurados. O profeta Isaías disse: “Fez a minha boca como espada aguda...”. Is. 49:2. A expressão “boca como espada aguda”, é a mesma que “espada de dois gumes” de Hb. 4:12, “espada afiada” de Ap. 1:16 e “espada do Espírito” de Ef. 6:17, e querem significar a própria Palavra de Deus. Assim, devemos refletir cuidadosamente com o nosso linguajar, para honrarmos o nosso Deus com toda a palavra que saia de nossa boca, para que esteja em harmonia com a Palavra de Deus e se torne bem­aventurada para os que a ouvem. Se nossas palavras não têm sido a Palavra de Deus ou uma bênção para os que ouvem, é porque nossa boca não é como espada aguda. Contudo, não há necessidade de nos desesperarmos, pois Isaías não foi sempre espada aguda. No início do seu ministério, quando Deus o chamou, ele disse que era impuro de lábios e morava com um povo de lábios impuros. Deus então santificou seus lábios com a brasa viva do Seu altar. Que acha, querido irmão, de pedir a Deus, neste sábado, para santificar com Seu Espírito, não só os lábios, mas todo o ser, para que procedam dali apenas palavras de vida para vida, e assim sermos uma bênção para os que nos ouvirão?

31 de julho Crer ou opinar

"Este povo honra­Me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de Mim." Mateus 15:8.

Falar de fé hoje é estar sujeito ao ridículo. A força do grupo é muito forte e alguns cedem nos princípios para agradar a maioria. "Eu sei o que a Bíblia e o Espírito de Profecia dizem" falam alguns, mas "eu sigo a minha opinião e a minha consciência". Aí está escondido o grande perigo. "Eu creio", mas sigo a minha vontade. Crer é mais importante do que opinar. A opinião tem o seu lugar, porém não em assuntos tão explícitos como a Bíblia apresenta. Sei que o sábado está na lei de Deus, entretanto, qualquer dia serve, até o domingo, diz a maioria. Sei que é de

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pôr­do­sol a pôr­do­sol, mas acho que alguns minutos a mais dentro do sábado não faz mal. Sei que devo devolver a Deus um dízimo fiel de 10%, mas isso quando eu puder. Sei que não devo beber nada que contenha álcool, mas de vez em quando aos sábados à noite com uma pizza ou em uma festa, não posso ser diferente. E assim vai... Deus é deixado sempre em segundo lugar. Quando a Bíblia apresenta o verbo crer, significa obedecer. E isto é claro na Palavra de Deus porque Jesus disse que os demônios também crêem, só que não obedecem. É perigoso colocar a nossa opinião acima da vontade de Deus. Quando Adão e Eva estavam no paraíso foram orientados por Deus, todavia Eva foi da opinião que uma fruta não faria mal algum. Deus não estava preocupado com a fruta, e sim com a obediência. Eva não deixou de crer em Deus, somente não obedeceu. Caim e Abel, dois irmãos, criam em Deus. Abel obedeceu apresentando o sacrifício que Deus aceitava, e sabemos do resultado. Ló e sua esposa, puxados pelo anjo, deixaram Sodoma. Não deveriam olhar para trás. Ló ficou firme, creu e obedeceu, a sua mulher não creu e olhou, transformando­se em uma estátua de sal. Deus havia pedido que Saul destruísse todos e tudo dos amalequitas. Samuel deu todas as orientações para o rei, mas Saul não obedeceu, preservando os animais para um falso sacrifício a Deus e logo veio a resposta divina: "Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça a Palavra do Senhor? Eis que obedecer é melhor do que sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar (teimar, discutir) é como iniqüidade e idolatria”... Guardemos sempre na mente que quando Deus pede alguma coisa na Bíblia ou no Espírito de Profecia é melhor crer e obedecer. Só temos a ganhar. 07 de agosto Limpo de mãos e puro de coração “Quem subirá ao monte do Senhor...? Quem há de permanecer no seu santo lugar? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.” Salmo 24: 3,4.

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Esta mesma pergunta, com respostas semelhantes, aparece no Salmo 15 e em Isaías 33: 15 e 16. Nestes versos estão descritos aqueles que são aceitáveis a Deus e são convidados a morar com Ele. Os rabinos ensinavam 613 mandamentos a fim de ser justo. No Salmo 15 são 11 mandamentos, em Isaías 33 são 6 requisitos, em Salmo 24 são 4 mandamentos, em Miquéias 6: 8 são 3, enquanto Habacuque cita apenas 1 – a fé, como único caminho para o perdão dos pecados e acesso à presença de Deus. Estes versos não apresentam uma prescrição para ser salvo, mas uma descrição de como as pessoas salvas devem viver a fim de agradar a Deus e ter comunhão com Ele. Wiersbe, vol 3 pp. 114 e 115. Nestes textos há duas palavras que são usadas como sinônimas: habitar e morar. Habitar sugere uma passagem temporária, enquanto morar refere­se a viver em caráter permanente, como é o plano de Deus. Um resumo que pode ser feito da junção destes capítulos e versículos é o seguinte: aqueles que foram salvos por Cristo e irão morar com Ele têm quatro atitudes: têm as mãos limpas, têm o coração puro, venceram a vaidade e falam somente a verdade. Ter mãos limpas significa ter um caráter irrepreensível. Isto não quer dizer “impecável”, pois todos pecam, mas significa solidez de caráter e lealdade total a Deus. Significa não se contaminar com as várias formas de corrupção que há e manter as mãos consagradas à vontade de Deus. Ter o coração puro tem a ver com motivações e caráter piedoso, fazer as coisas corretas com os motivos corretos. Para Deus tão importante quanto o que se faz é o motivo que nos leva a fazer as coisas. O que me leva a servir a Deus? É preciso ter isto bem claro na mente. Quando se fala em vitória sobre a vaidade, uma das lembranças que vem à mente é a luta com o dinheiro. Uma pesquisa diz que para a média das pessoas, 80% do tempo útil de cada dia é gasto sonhando, pensando e correndo atrás do dinheiro. Será que este comportamento pode ser considerado cristão? Como usar sem vaidade o dinheiro que Deus nos dá? O livro Parábolas de Jesus tem a resposta: o dinheiro deve ser usado para suprir as nossas necessidades, para suprir as necessidades dos outros e para fazer avançar a causa de Cristo na terra. Aqueles que irão morar com o Senhor falam somente a verdade e seguem o conselho de Paulo: “... tudo que é verdadeiro, tudo que é respeitável, tudo que é justo... nisso pensai.” Filipenses 4: 8. 14 de agosto

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A bênção da oração respondida “Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; ... de uma tarde a outra, celebrareis o vosso sábado.” Levítico 23:32. Trabalhava em uma clínica de idosos como responsável técnica, e tinha sob minha responsabilidade a elaboração de um plano de cuidados aos pacientes. Numa sexta­feira à tarde, já em minha casa, pois só trabalhava no período da manhã, recebi uma ligação da proprietária da clínica dizendo que às 15h00 iria chegar um novo paciente em estado delicado e que eu precisava estar lá para recebê­lo e tomar as devidas providências quanto ao seu atendimento. Assim fiz e às 17h00 ela ligou novamente para saber se faltava alguma coisa. Disse­lhe que precisaria de um artigo para a sua dieta, fui autorizada a comprar e posteriormente seria reembolsada. Era inverno e o pôr­do­sol seria em torno das 17h30. Apressei­me em ir ao centro comercial para comprar antes desse horário. Enquanto dirigia, orei a Deus que me indicasse a loja onde deveria achar o produto, pois eu não sabia em qual lugar procurar e, que também providenciasse uma vaga para estacionar meu carro, para não perder tempo, pois o pôr­do­sol se aproximava e eu não queria iniciar o sábado fazendo compras, mesmo que não fosse para mim. Consegui tudo o que pedi. Parei numa vaga bem em frente a uma loja de artigos gerais, comprei o que precisava e rapidamente voltei, entreguei o artigo às 17h25. Pude chegar à casa a tempo de receber o dia do Senhor em paz na consciência. Que benção foi mais uma vez perceber que o Senhor responde às orações e especialmente nos ajuda a guardar o Seu dia especial! “Nosso Salvador está sempre pronto a ouvir e responder à oração do coração contrito, e graça e paz são multiplicadas a Seus fiéis seguidores.” Atos dos Apóstolos, p. 532 “Quando proferimos uma oração com fervor e intensidade no nome de Cristo, há nessa mesma intensidade o penhor de Deus de que Ele está prestes a atender à nossa súplica muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos.” Parábolas de Jesus, p. 147 Comece o sábado, ao pôr­do­sol, com muita alegria em seu coração. Faça desse dia, um dia de comunhão, oração, serviço ao bem do próximo e de constante busca ao Senhor. 21de agosto

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A Cruz “Mas longe esteja de mim, gloriar­me, senão na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.” Gálatas 6:14. A cruz é motivo de atrativo a todos, seja como um talismã, um objeto sagrado ou um amuleto de proteção. • Nos tempos bíblicos, a cruz simbolizava a pior morte para alguém que na sociedade não tinha nenhum valor; sua morte era lenta e penosa, representando espanto e horror. Mas Cristo transformaria esse símbolo de morte em poder e vida; seria a marca do amor abnegado de Cristo a toda a raça humana; seria a bênção a todo aquele que procura perdão e paz. “O imaculado Filho de Deus pendia na cruz, a carne lacerada pelos açoites; aquelas mãos que tantas vezes estendidas para abençoar, pregadas ao lenho; aqueles pés tão incansáveis em serviço de amor, cravados no madeiro; a régia cabeça ferida pela coroa de espinhos; aqueles trêmulos lábios entreabertos para deixar escapar um grito de dor... É por ti que o Filho de Deus consente em carregar esse fardo de culpa; por ti Ele destrói o domínio da morte e abre as portas do Paraíso”. O Desejado de Todas as Nações, p. 755. Sim, na cruz pregaram o Salvador do mundo! Como entender um amor que foi tão longe, por uma raça que O instigava, acusava, ria, blasfemava, ridicularizava? Muitos gritavam histéricos para que demonstrasse Seu poder, mas uma pequena minoria olhava esse ato com profunda dor e expectativa. A cruz tem o poder de reunir a todos. Não que possua um poder místico ou coisa parecida, mas porque nela Jesus se tornou nosso Redentor e Salvador. O Seu sacrifício nos abriu a esperança de um novo amanhã; a nossa culpa foi paga por Ele; Seu amor nos resgatou; a escuridão que havia no mundo foi exterminada pelo amor do Criador pela Sua criatura! O apóstolo Paulo escrevendo sobre a cruz disse: “porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus” ­ I Coríntios 1:18. Sim, esse poder pode transformar todo aquele que se achegar a Ele sem reservas, entregando­se por completo! Na cruz não existe diferenças que tantas vezes nos separam. Ali todos nós somos iguais. Todo aquele que for a Cristo, Ele disse que não voltaria vazio; o Seu amor é capaz de preencher nossa vida, dar a paz que tanto almejamos, e a segurança que tanto procuramos! Ah! Maravilhoso amor! Insondável amor! Como não amar Aquele que nos amou primeiro?

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Neste começo de sábado, agradeça a Deus pela cruz que uniu o pecador ao Criador, refazendo a estrada da felicidade e vitória; acredite na cruz do Calvário, ela custou o preço da sua salvação! 28 de agosto O que fazer com o passado? “Irmãos quanto a mim... esquecendo­me das coisas que para traz ficam, avanço para as que diante de mim estão.” Filipenses 3:13. Algumas pessoas vivem muito presas ao passado. Este fato não traz alegria e não deixa que vivam felizes em família. Porque é assim? Busque entender um pouco este assunto e se possível libertar­se do passado. Em nossos dias é engraçado falar de uma consciência limpa, mas se você deseja ser a pessoa certa num relacionamento de amor, casamento e família, ter uma consciência limpa em relação ao passado é um aspecto básico. Se começar agora a desenvolver esta qualidade na sua vida e relacionamentos pessoais e familiares, vai colher muitos dividendos no casamento e na vida familiar. É bom tentar resolver todos os problemas do passado o mais rápido possível, e assim se libertar de mágoas, tristezas e sentimentos de culpa. Neste momento cabe uma pergunta: Como fazer isto? Leva tempo para se chegar à vida adulta e aprender a se relacionar. Cada um desenvolve certos padrões de comportamento, que vão determinar o respeito e tratamento que dispensará aos outros. Uma vida familiar satisfatória é, em grande parte, o resultado de relacionamentos satisfatórios. Precisa­se, então, de uma interferência especial, o modo como se tratam os familiares e outras pessoas no passado será o mesmo no futuro, e por isto é importante que se tenha um bom comportamento e comunhão com Deus sempre. Assim teremos chances de ter sempre uma consciência limpa e perdoada por Deus. Em seu livro Your Life Together, Elof Nelson aborda como o sentimento de culpa pode trazer problemas: “Repetidamente as pessoas me trazem problemas sérios, relacionados com a vergonha e culpa que as perseguem por causa dos erros do passado. Parece que não há operação possível para a remoção das feridas emocionais, enquanto não tomam conhecimento de que são perdoadas por Deus. Portanto, precisamos lembrar que vivemos na base do perdão diário; compreender que somos justificados pela graça através da fé em Deus... A vida cristã é sustentada pelo perdão, e a realidade do perdão é a base da vida cristã”.

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Entendendo este ponto, não há mais desespero para nenhuma família. Deus está constantemente resolvendo os problemas, mas você tem que comungar com Ele todas as manhãs, todos os dias, em todos os momentos possíveis, para que Satanás não se apodere de você e de sua família. Fazendo assim tenho a certeza que as bênçãos entrarão em seu lar e em seu coração. Vamos então, neste pôr­do­sol em família, aliviar as tensões, abraçar, sorrir, orar e festejar mais um sábado que está chegando. Não perca esta oportunidade. Leia para toda a família o verso que iniciamos esta meditação, não deixe que nada e muito menos o seu passado, ou o passado do cônjuge, ou filhos anuviem este momento... Que haja perdão entre vocês, e tenham um FELIZ SÁBADO.

04 de setembro Quase “Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos.” Jeremias 8:20. Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase. É o quase que incomoda, que entristece, que mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono, sob o espectro do quase. Pergunto­me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna, ou melhor, não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença daquele “bom dia", quase sussurrado. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco­íris em tons de cinza. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta­nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória, é desperdiçar a oportunidade de merecer.

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O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. Não deixe que a saudade sufoque; que a rotina acomode; que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite no que Deus pode fazer por você, com você e em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. “Alguns há, que parecem sempre buscar a pérola celestial. Não renunciam completamente, porém, a seus maus hábitos. Não morrem para o próprio eu para que Cristo viva neles. Por este motivo, não acham a pérola valiosa. Não venceram sua ambição profana e seu amor às atrações do mundo. Não tomam a cruz e não seguem a Cristo no caminho da abnegação e sacrifício. Quase cristãos, mas não plenamente, parecem estar perto do reino do Céu, mas não podem ali entrar. Quase, mas não completamente salvos, significa estar não quase, porém completamente perdidos.” PJ, p. 118. Discuta em família: Se Jesus viesse hoje você estaria salvo ou quase salvo? 11 de setembro Mudança de hábito “O Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizará com eles, e serás transformado em outro homem.” I Samuel 10:6. O orgulho, a auto­suficiência, a irreverência com as coisas santas e, finalmente, a disposição para transferir a responsabilidade pelos seus erros foram as causas da ruína de Saul, um homem a quem Deus queria transformar. O profeta Samuel foi enviado para advertir ao rei que deveria dar atenção às orientações sagradas. Isso mostra como o Senhor conhecia o coração negligente de Saul e ansiava curar o problema espiritual do monarca. Se Saul tivesse sido mais humilde, teria alcançado a cura de sua enfermidade espiritual. Deus estava gerando oportunidades e apelando para que o rei pudesse confessar seu erro e promovesse uma mudança na sua maneira leviana de tratar coisas sagradas. Quando alguém que professa ser filho de Deus, torna­se descuidado ao fazer Sua vontade, esquecendo as ordens expressas do Senhor, é possível ainda que

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seus fracassos se tornem em vitórias se tão somente aceitar a reprovação com verdadeira contrição de alma e voltar­se para Deus. A negligência no estudo dos escritos sagrados, na devoção, no louvor e no zelo pelas coisas santas, cobra um preço elevado nos momentos de fragilidade espiritual. Criamos hábitos nocivos, por vezes inconscientes, que se tornam obstáculos aparentemente intransponíveis. Estes precisam ser superados, pois limitam nossa fé e obstruem a realização das mudanças que o Espírito Santo quer fazer em nosso viver. Identifique hábitos indesejáveis que precisam ser removidos de sua vida. Podemos chamar esta fase de identificação do problema, acompanhado de uma visão analítica de conhecimento da causa. Se você não conhece o problema não terá como estudar uma mudança, mas se sabe e não inicia a mudança, então fica apenas no campo da informação. O que você sabe e faz é que é o verdadeiro conhecimento. Saber e não fazer é informação desnecessária. Quando transformamos ideais em informação desnecessária estamos reproduzindo um modelo fracassado, desenvolvido através de um processo repetitivo; chamamos isso de hábitos nocivos. Você precisa identificar o que impede seu crescimento espiritual e permanecer lutando, só então será vitorioso. Desistir é a forma fácil, porém fracassada. Por vezes você pode estar cansado e sem nenhuma motivação para continuar. Se nesse instante você simplesmente parar, as coisas não vão acontecer, ou melhor, acontecerão do jeito que você não gostaria que elas fossem. Para mudar hábitos você vai precisar de esforço, disciplina e total dependência de Deus. Estas atitudes parecem difíceis, e são mesmo. Mas porque são difíceis não significa que você deve evitá­las. O vencedor não é aquele que não se cansa; mas todo aquele que mesmo cansado permanece lutando. Confiar em Jesus é a base para este propósito.

18 de setembro Os Equipamentos de Proteção Individual do Cristão “No demais, irmãos meus, fortalecei­vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti­vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.” Efésios 6:10 e 11. Coisas comuns do dia­a­dia transformam­se em experiências únicas e inesquecíveis quando ocorrem pela primeira vez. Como por exemplo, para um

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engenheiro civil é comum usar um capacete de proteção para visitar grandes obras. Mas, para mim, como estudante de Engenharia Civil, foi inesquecível a primeira vez que eu usei este equipamento. A minha turma de Engenharia, do UNASP­EC, agendou a primeira visita a um túnel em construção na cidade de Campinas, fiquei muito empolgada com aquela oportunidade. No dia marcado fomos até o local, e antes de começar a visita, o engenheiro responsável explicou­nos sobre a obra. Ele também nos passou algumas regras de segurança que deveríamos seguir enquanto estivéssemos no túnel. Cada um recebeu os equipamentos de proteção individual (E.P.I.): um capacete de proteção, uma máscara, um protetor para ouvidos, e por ser um dia chuvoso, uma capa de chuva. Enquanto descíamos as escadas para entrar na passagem subterrânea, mal conseguia conter a emoção, tanto pela visita, como por estar usando o capacete de proteção. A visita correu bem, pudemos aprender muito naquele dia e no final todos nós ganhamos o kit dos equipamentos de proteção individual. O apóstolo Paulo, em Efésios 6: 10 a 20, fala da armadura de Deus, que é o equipamento de proteção individual, com o qual todo cristão precisa revestir­se. Assim como o E.P.I. tem a função de amenizar os agentes que podem agredir o trabalhador e proteger sua integridade física, a armadura de Deus nos fortalece para ficarmos firmes contra as ciladas do inimigo. Os equipamentos podem variar de acordo com o tipo de trabalho realizado. Porém, para lutar contra o mal, é necessário que nos revistamos a cada dia de toda a armadura divina: cingir os lombos com a verdade, vestir a couraça da justiça, calçar os pés com o estudo do evangelho, tomar o escudo da fé, o capacete da salvação, a espada do Espírito, vigiar e orar constantemente. Durante a semana, algum destes aparelhos de segurança podem ter se desgastado, sujado ou quebrado. O sábado é o dia que você pode trazer seus equipamentos de proteção individual até o Senhor para que Ele os restaure; limpe o que sujou, e lhe dê um novo equipamento se for necessário. Feliz Sábado! 25 de Setembro Orações Respondidas no Deserto (parte 1) “Na minha angústia, clamei ao senhor, e ele me respondeu”. Jonas 2:2 Era uma noite de verão. Estávamos no deserto Paraguaio com destino a nossa casa, em Cochabamba, na Bolívia, onde éramos missionários. De repente, um forte barulho no motor me fez parar. Sabia que era algo grave e não poderíamos seguir viagem.

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A cidade mais próxima estava 120 km atrás. Adiante, o caminho era desconhecido, e a próxima cidade estava há 300 km, já na Bolívia. Naquela manhã, em Assunção, paramos para tomar uma decisão importante: Seguir o caminho normal de cerca de 3500 km pela Argentina, ou tentar cortar caminho através do deserto do Paraguai e economizar 1800 km. A tentação era muito grande, mas como não havia informações e mapa, decidimos orar e fazer uma última tentativa de obter alguma informação. Pedimos algo bem específico: Sair com o carro e procurar algum morador na rua onde estávamos. Então, perguntaríamos se conhecia o caminho para a Bolívia. Se a pessoa dissesse que sim, perguntaríamos se ela possuía um mapa. Finalmente, se a resposta fosse afirmativa, entenderíamos que aquele seria o sinal de Deus para que seguíssemos adiante pelo deserto. Depois de quatro quadras, vimos um senhor parado atrás do muro em frente a sua casa. Quando lhe perguntei se conhecia o caminho para a Bolívia através do deserto, sua resposta foi surpreendente: “Conheço e inclusive tenho um mapa, quer dar uma olhada?” Incrível, não? Percorridos 650 km, no final da tarde, chegamos a Mariscal Estigarríbia, uma pequena cidade no Chaco Paraguaio. Dali para frente não haveria mais nenhuma cidade num espaço de 400 km até a Bolívia. Colocamos 72 litros de diesel no veículo 4X4, compramos água e alguma comida, e seguimos viagem. Meia hora depois, vimos uma família paraguaia que estava com o veículo encalhado. Paramos para ajudar, mas não conseguimos sequer movê­lo do lugar. Finalmente, o homem disse para seguirmos viagem, pois só um trator poderia ajudá­lo. Uma hora mais tarde, era o nosso carro que estava quebrando. Naquela noite, olhava minha família dormindo, e sabia que teríamos muitos problemas para sair dali. O sol nasceu forte e, como já estávamos no deserto, o calor era de 42ºC. Meu desespero aumentava, pois nenhum carro passava naquele lugar. No fim do dia, 20 horas depois, profundamente angustiado, clamei ao Senhor por um milagre. Pedi que enviasse alguém para nos ajudar. Ainda estava orando quando ouvi o som de um veículo. Quando abri os olhos vi um senhor de barba que nos disse: “Fiquem tranqüilos, eu vim pra salvá­ los”. Chorando agradeci a Deus pela pronta resposta. O Senhor enviou um anjo para nos salvar. Mas a aventura estava apenas começando... Clame ao Senhor! Ele está te escutando! 02 de outubro Orações Respondidas no Deserto (parte 2)

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“Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia”. Salmo 46:1 Eram quatro da manhã quando, ainda emocionados com a salvação milagrosa de Deus, tomamos um ônibus para a Bolívia. Normalmente, este meio de transporte levaria 20 horas de viagem para percorrer os quase 1000 km até Santa Cruz de la Sierra. De lá, mais 500 km, chegaríamos a Cochabamba, onde vivíamos. Orava para que Deus cuidasse do nosso carro e malas que haviam ficado no deserto. De repente, o ônibus parou. O relógio marcava oito horas. Pequenos trechos da estrada de terra haviam sido levados pela chuva, impedindo a passagem. Os motoristas disseram que teríamos que esperar algum trator. Perguntei quanto tempo? Calmamente disseram: “um ou dois dias”. Que? E água e comida para todas estas pessoas? O ônibus estava repleto de turistas ingleses e franceses. Propus que fizéssemos um mutirão para construir pequenas pontes. Todos concordaram e começamos a trabalhar. Já passava do meio dia quando, sob um calor de 40º, terminamos de construir as “pontes” e conseguimos passar. Entretanto, a estrada foi piorando cada vez mais, e passamos as seguintes 5 horas empurrando o ônibus até que não conseguimos mais sair do lugar. Um boliviano que estava conosco, disse que já havia ficado mais de duas semanas parado em situação semelhante, o que me deixou muito preocupado. A esta altura, já havia me tornado o líder do grupo e decidi que sairia para pedir ajuda. Os motoristas me disseram: “Onde? Não há NADA nos próximos 130 km”. Caminhei quatro horas e realmente não encontrei nada. Tarde da noite, quando retornei, estava muito apreensivo. Sabia que só um milagre nos tiraria daquele lugar. O que aconteceria com todas aquelas pessoas? E com minha família? Beijei minha esposa e meus três filhos que estavam dormindo. Exausto, triste e com medo afastei­me do ônibus, pois não queria que ninguém escutasse meu choro. Clamei ao Senhor e supliquei que mandasse um trator para nos socorrer. Deitado num canto seco da estrada ouvi o barulho de um motor. Parecia um sonho, mas o barulho foi aumentando. Mais uma vez Deus respondeu minha oração. Fomos rebocados durante todo o restante da noite e parte do dia até uma estrada mais firme. No outro dia chegamos a Santa Cruz. Tomamos um avião para Cochabamba e finalmente chegamos a nossa casa. Um mês depois fui buscar o carro numa outra grande aventura cheia de milagres e orações respondidas, mas esta é outra história. Saiba que Deus está sempre ao nosso lado. Nas horas mais difíceis, Ele nos cuida e quer que confiemos em Sua direção. Deixe que o Pai do Céu mostre Seu poder em sua vida agora mesmo.

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Prisão ou liberdade?

09 de outubro

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32. Entre as inúmeras espécies de abelhas, existe uma que usa barro, areia e pedrinhas umedecidas com saliva, para fazer seu ninho. Fica como uma casa feita de concreto. A abelha modela esse material com as patas dianteiras e as mandíbulas. O exterior da colméia parece rústico, mas por dentro é lisinho e bem acabado. Depositando em cada célula uma pasta de mel e pólen, a abelha põe um ovo e tapa o orifício com “argamassa”. Embora cada célula lhe exija dois dias de trabalho, ela continua até ter feito de seis a oito delas num aglomerado. Finalmente cobre toda a estrutura com bolinhas de material, que depois de seco, se torna duro como pedra. A pergunta agora é: como as abelhinhas recém­nascidas conseguem penetrar esta forte barreira? O Criador as equipou com mandíbulas capazes de furar o barro endurecido. O estudioso naturalista Fabre, fez uma experiência, cobrindo o aglomerado de células com papel pardo. Os insetos facilmente furavam tanto o barro como o papel, se não houvesse espaço entre um e outro. Em outro ninho, ao colocar o papel, Fabre deixou um espaço entre este e o barro. Embora as abelhas furassem com facilidade o barro, pareciam incapazes de atravessar o papel. Suas poderosas mandíbulas podiam facilmente ter furado o frágil papel, porém elas ficavam perdidas, andando por ali; e por fim morriam em sua prisão de papel, tendo tão perto a liberdade. O instinto não lhes concedeu o conhecimento de como romper uma segunda barreira. Elas não têm inteligência suficiente para adaptar­se a uma circunstância ou situação adversa. Você, porém, é diferente. Quando o Espírito Santo lhe revela um novo fato ou responsabilidade acerca dos propósitos de Deus, você pode fazer sua escolha. Pode usar as faculdades mentais da vontade, raciocínio, imaginação, que o Criador lhe deu, e analisar esta nova verdade até que compreenda o ideal Divino para sua vida. Por outro lado, pode também fechar cegamente o espírito, pensando que a proposta de Deus não está de acordo com suas idéias. Fechando a mente, você está se metendo numa prisão onde jamais penetrará uma nova revelação.

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Tal como a abelha, embora esteja equipado para libertar­se, você se tornou cativo, exatamente porque recusou dar ouvidos a uma nova verdade ou dever que lhe garante liberdade plena. Quando Deus lhe revelar uma verdade, aceite­a e será livre. 16 de outubro Sinais “Estando entre nós, Jesus repreendeu os fariseus e saduceus dizendo: ... não conheceis os sinais dos tempos?” Mateus 16:3. Quando da criação dos luzeiros do firmamento, Deus disse que uma de suas funções seria para “sinais” (Gn.1:14). E realmente, Sol, Lua e estrelas, têm servido de sinais da parte de Deus, para grandes eventos ocorridos aqui na Terra. O livro apócrifo de Jasher 8:2 diz que quando Abraão nasceu uma estrela apareceu no céu, como sinal da importância da vida desse servo de Deus na Terra; quando Jesus nasceu, uma estrela brilhou nos céus do oriente como sinal da salvação para a humanidade (Mt. 2:2); como sinal do poder de Deus para livrar Seu povo o Sol se deteve em Gibeom e a Lua no vale de Ajalon (Js. 10:12); no Salmo 104:19, está escrito que Deus fez a Lua para marcar o tempo. Certo é que em muitas passagens das Escrituras, bem como da literatura pseudo­epígrafa, o Sol, a Lua e as estrelas são fontes de “sinais” para sabermos, antecipadamente, o que Deus vai fazer na Terra. Ele usa esses Seus agentes, para comunicar­Se com a humanidade. Quando os discípulos estavam reunidos no Monte das Oliveiras, perguntaram a Jesus: “... dize­nos quando sucederão estas coisas (referindo­se à destruição de Jerusalém nos anos 70) e que “sinal” haverá da Tua vinda...” (Mt. 24:3) e, respondendo, Jesus disse: “Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas... pois os poderes dos céus serão abalados.” (Lc. 21:25­26). Como cumprimentos desses “sinais”, em 1780, o Sol escureceu e a Lua saiu vermelha como sangue e, em 1833, uma chuva de meteoros ocorreu de norte a sul na região ocidental da Terra.

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Deus não pega os seres humanos de surpresa. Ele comunica antecipadamente os “Seus segredos, aos Seus servos, os profetas.” (Am. 3:7). Passados quinze anos desse último sinal decorrido, em 16/12/1848, Ellen White teve uma visão, onde viu que as potestades dos céus serão abaladas novamente: “As potestades do céu serão abaladas com a voz de Deus. Então o Sol, a Lua e as estrelas se moverão de seus lugares. Não passarão, mas serão abalados pela voz de Deus... e então a voz de Deus abalará o Sol, a Lua e as estrelas, e também a Terra.” (P.E, p. 41). Os sinais antes decorridos aconteceram de forma localizada em diversas partes do mundo e em épocas diferentes, mas, nos últimos dias, eles serão vistos de maneira muito mais abrangente e trazendo a destruição final. Jesus disse: “olhai para cima” (Lc. 21:28). Quando esses “sinais” começarem a aparecer novamente, saibamos que a nossa redenção está próxima. O povo de Deus deve ficar feliz ao saber da maneira especial como Deus cuidou de Seu povo no passado; ela serve de guia para saber como Ele cuidará de nós no futuro: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita e tu não serás atingido.” (Sl. 91:7).

23 de outubro Quanto daria você? “Tomou os sete pães e peixes e, dando graças, partiu­os, e deu aos seus discípulos, e estes à multidão.” Mateus 15:36. Jesus chegou ao mar da Galiléia. Veio ter com Ele uma grande multidão que estava maravilhada, pois, ao trazerem os doentes a Jesus, todos eram curados: Viam os mudos falando, os aleijados sãos, os coxos andando, os cegos vendo – Porque todos os que vêm a Jesus recebem o que necessitam; “Todos”. Ao final do terceiro dia Jesus disse aos discípulos: tenho compaixão do povo, há três dias não comem e não irei despedi­los com fome – Porque da presença de Jesus ninguém sai com fome; “Ninguém”.

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Quantos pães você comeria depois de três dias? Estar na presença de Jesus, o “Pão” que desceu do Céu, é algo tão bom que é possível esquecermos as necessidades mais básicas da vida. Os discípulos disseram – “Como haveria, neste deserto, pães para alimentar toda esta multidão? Impossível Senhor”. “Quantos pães tendes?” – perguntou Jesus. Responderam eles – “sete e alguns peixinhos”. O Mestre mandou então que a multidão se assentasse, por quê? Com uma atitude de espera, todos receberiam o alimento, tanto os que estavam mais perto como os mais distantes. É só esperar, no momento certo receberá a sua necessidade porque “Ninguém” sai com fome da presença dEle. Jesus fez o milagre e como informa o verso acima, entregou os pães e peixes aos discípulos, e eles à multidão. Haviam murmurado que era impossível ter ali alimento para todo o povo, e Jesus deu­lhes uma de suas maiores lições ­ Quando tiver na vida um problema que humanamente é impossível ter solução, Jesus tem e pode resolver tudo. Há algo que me chama a atenção neste relato. Jesus tomou todos os pães e peixes para fazer o milagre da multiplicação; “Todos”. Com apenas um pão e um só peixe teria feito o mesmo milagre, e creio que sem nenhum pão e peixe também o milagre aconteceria, mas Ele quis tomar em Suas mãos todos os pães e peixes que alguém tinha para oferecer. Vou fazer uma pergunta: se você, na tarde daquele terceiro dia, fosse o dono (a) dos pães e peixes, você daria todos a Jesus ou daria apenas um ou dois ou mais e ficaria com os demais para comer? Vamos fazer o seguinte, pense quanto dos pães e peixes você daria a Jesus e eu irei adivinhar o que você está pensando. Vamos lá, então reflita... Dos sete pães e alguns peixes quantos você daria a Jesus? Vou dizer quanto você daria: Daria, exatamente, o que está dando hoje; nem mais nem menos, pois os dízimos e ofertas são representados pelos pães e peixes. Se você desse um e ficasse com seis ainda teria ficado com muito menos. Quanto daria você?

30 de outubro

Colocar a Deus em primeiro lugar

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Minha irmã e eu nascemos num lar israelita. Como bons judeus, porém, não ortodoxos, freqüentávamos a sinagoga nas principais festas e era grande a preocupação de não misturar raças com casamentos mistos ou perder as tradições judaicas. Entretanto, meu pai, após uma série de conferências do Pr. Alcides Campolongo na Casa Verde, decidiu aceitar Jesus como o Messias. Eu tinha 8 anos e o acompanhava sempre, mesmo sob os protestos ou chantagens emocionais de mamãe. Ela e minha irmã só conseguiram quebrar os paradigmas de uma família completamente fechada às mudanças depois de 2 anos de muita luta emocional e espiritual. Finalmente, em 1964, nós três fomos batizadas. O preço foi alto, pois uma boa parte da família se afastou completamente de nós, pois éramos tidos como traidores. Logo após o batismo, tive que fazer a primeira grande escolha sobre minhas novas crenças. Como eu estudava numa escola pública, teve uma festa junina e fui convidada para ser a noivinha da quadrilha. A tentação foi grande, pois sempre gostei muito de dançar. Minha mãe, com muita sabedoria, disse­me que eu deveria escolher o que fazer. Participar ou não desta festa, cujo objetivo era homenagear homens que foram considerados santos por outros homens. Se eu escolhesse dançar ela faria a roupa de noivinha e tudo que fosse necessário, mas a única coisa que ela pediu que eu fizesse, era orar antes de tomar qualquer decisão. Fiz o que ela pediu e cheguei à conclusão que não deveria tomar parte da programação, pois agora o único a ser homenageado deveria ser Jesus, nosso Criador, O Messias. Qualquer participação estaria dando mal testemunho sobre minhas crenças. Depois de alguns anos, quando estudava na 6ª série (antigo 2º ano ginasial), houve um concurso de redação no Colégio Marechal Deodoro da Fonseca, com o tema “Pessoas que fizeram a História”. Minhas amigas escreveram biografias enormes, em papel especial, de homens ilustres que realmente foram notáveis na vida e fizeram história. Pensei em algumas opções, mas decidi escrever sobre o Messias, a descoberta da minha vida. Numa folha de caderno comum escrevi resumidamente a vida, o sacrifício e a ressurreição de Jesus e Seu objetivo supremo de nos salvar do pecado e nos levar para o Céu. Para minha surpresa ganhei em primeiro lugar, com direito de gravar a redação em fita (o que era fantástico na época), medalha, livros e outras coisas mais.

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E assim com o decorrer da vida fui aprendendo, no dia­a­dia, que o importante é colocar a Deus em primeiro lugar e as outras coisas serão acrescentadas. 06 de novembro Falai de Esperança! “Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna.” Isaías 26:4 Nasci no dia 28 de maio de 1957, na Fazenda Passos, município de Rolante, estado do Rio Grande do Sul, em uma casa de madeira, às margens do rio, trazendo muita alegria e contentamento para meus pais. Nasceu o menino depois de duas filhas e nossa família ainda foi abençoada com mais duas meninas. Somos cinco filhos! Da parte do meu pai, nem ele e nenhum dos seus familiares eram membros da igreja. Minha mãe, descendente de uma numerosa família Adventista do Sétimo Dia, foi e ainda é uma verdadeira mãe em “Israel”. Ela sempre falou de esperança! O pôr­do­sol de sexta­feira era anunciado por ela desde cedo; “hoje é sexta­ feira, vamos agir rápido e cumprir com todos os afazeres para recebermos o sábado cantando”. E ocorria exatamente assim: cada membro da família se colocava ao redor da grande mesa com sua Bíblia, hinário, lição e bom humor. Investíamos 40, 50 minutos ou mais no culto doméstico que nos colocava dentro do sábado. Que saudade da minha infância, daqueles tempos felizes, da vida no campo, que não voltam mais! Todo o verso lido no culto, seja da Bíblia ou da meditação, os comentários rápidos feitos pela minha mãe, eram sempre de esperança. “Vocês crescerão e deverão sempre lembrar que com Deus e vivendo Seus ensinamentos, serão felizes. Quando os problemas aparecem, podemos confiar nas promessas da Bíblia e por isso é bom memorizar os textos bíblicos. Temos que confiar em Deus para seguir em frente.” “Para o Céu com Jesus iremos”, minha mãe repetia e ainda repete... “Nosso Pai Celeste tem mil maneiras para nos prover das necessidades, das quais nada sabemos.” A Ciência do Bom Viver, p. 485 (1905). “Sede fortes e falai de esperança. Abri vosso caminho através dos obstáculos. A Palavra é vossa segurança.” Testimonies, vol. 6, p. 462 (1900). “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” Isaías 41:10. Bom sábado, cheio de esperança no breve retorno de Jesus para nos buscar!

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13 de novembro Restaurando nossa adoração “E levantou ali um altar ao Senhor.” Gênesis 13:18. Abraão tinha uma grande obrigação que provinha de Deus – ser o sacerdote do seu lar. Deveria instruir sua família, seus servos a serem fiéis a Deus, reconhecendo­O como Senhor de tudo e de todos! Logo pela manhã, no culto matutino, suas palavras motivavam a todos. Sua vida era uma testemunha silenciosa, porém, falava muito alto sobre a sua integridade e devoção ao Senhor. Por onde passava, Abraão era conhecido como um homem reto, íntegro, fiel a Deus e que construía altares ao Senhor. Era um exemplo a ser seguido por todos da sua época. Hoje nosso altar a Deus está vazio; os cultos familiares são negligenciados. Quando nos reunimos no altar de Deus como família, há um poder tão vibrante que o próprio Satanás treme. Toda a família abre o coração a Deus e derrama sua vida e seus pesares nas mãos de Deus; há poder quando uma família busca a Deus em oração! Como pais, temos ignorado este momento tão importante na vida de nossos filhos; como filhos, achamos um tédio e não queremos nos envolver; como jovens, temos muitas coisas pra fazer. “A casa de Abraão compreendia mais de mil almas. Aqueles que eram levados pelos seus ensinos a adorar o único Deus, encontravam um lar em seu acampamento; e ali, como em uma escola, recebiam a instrução que os habilitaria a serem representantes da verdadeira fé” ­ Patriarcas e Profetas, p. 141. O exemplo de Abraão ensinava seus servos a servirem a Deus; ele tinha todo cuidado para que não se misturassem com as práticas idólatras que poderiam obscurecer a verdadeira adoração ao Senhor. E nós, temos seguido e motivado nossa família com o exemplo de Abraão a servir a Deus? “Uma casa cristã bem ordenada é um poderoso argumento em favor da realidade da religião cristã, argumento que o incrédulo não pode contradizer” ­ Patriarcas e Profetas, p. 144. Sim, quando uma família se volta a Deus, quando pais e filhos se unem em cânticos de louvor e ações de graças, o testemunho é poderoso! As cadeias impostas por Satanás são derrubadas; anjos poderosos rodeiam este lar com o mais puro e singelo amor, que a própria atmosfera do Céu envolve esse ambiente.

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Cristo está presente! Ele Se ajunta a essa família, abençoando a cada membro, e fortalecendo os laços de amor em todos! Devemos fazer uma reforma em nossos lares, para que a Palavra de Deus possa ser aberta, lida, estudada e entendida! Ela deve ser o farol que nos levará ao porto seguro, onde encontraremos Cristo, a nossa Salvação e Redenção! Que Cristo nos abençoe neste propósito!

20 de novembro Quando o suficiente é suficiente? “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”. I Timóteo 6: 7,8. Quando o suficiente é suficiente? O que é suficiente para você? O que poderia fazer de você uma pessoa satisfeita? Quando você terá um salário suficiente? Qual é o tamanho de uma casa para ser suficientemente grande? Quantos quartos serão suficientes? “Depois que o homem adquiriu o indispensável para sustentar­se, já tem tudo o que possa necessitar. Desejar mais do que é necessário, gera um espírito de descontentamento e um cuidado por competir com outros que nunca o deixa satisfeito” – Com. Bíb. Adv., Vol. 7, p. 327. Certa vez perguntaram ao multimilionário Howard Hughes: “O que é suficiente?” Sua resposta foi: “Só um pouquinho mais!”. Muitos de nós, talvez pensemos: “Só um pouquinho mais do que temos agora e, então, ficaremos satisfeitos”. Alguns, senão a maioria, têm o sintoma do consumo: um desejo insaciável por mais. Parece que todos nós queremos mais. Desejamos mais do que já temos. Nunca conseguimos estar plenamente satisfeitos. A “doença do mais” se alastra e muitas são suas vítimas. Essa doença não tem predileção. Ela não poupa a nenhum de nós. “Só um pouquinho mais” está na área das finanças, no sexo, nas posses, nos relacionamentos. Qualquer que seja esse nosso “pouquinho mais”, ele nos mantém desejando o que não podemos ter.

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O que satisfaz você? Ter mais? Salmo 73:28 responde: “Quanto a mim, bom é estar junto a Deus”. Somente uma coisa satisfaz: estar perto de Deus! Que esse sábado nos coloque bem junto a Cristo.

27 de novembro

Feridas de um amigo ou beijo de um inimigo – o que você prefere? “Leais são as feridas feitas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia são enganosos.” Provérbios 27:6. Na vida passamos sempre ouvindo bons e maus conselhos, mas o fato é que sempre nos movemos por conselhos de alguém. Creio que cada pessoa que está lendo esta meditação já recebeu muitos bons conselhos, e provavelmente também maus conselhos. Se seguiu o mau conselho, depois sofreu as conseqüências. O mais difícil, é distinguir entre o bom e o mau conselho. Até nisso Salomão se preocupou e deixou algumas diretrizes. Para nossa surpresa, quase sempre os bons conselhos ferem. Há em hebraico, uma raiz de verbo bem interessante na primeira parte do verso em questão. Ela é chamada de “raiz causativa”, e nos permite interpretar a declaração: “Fiéis são as feridas de um amigo.”. A ferida provocada pelo golpe verbal de alguém que o ama é um ferimento leal. Quando o amor é sincero, seu amigo o confronta com a verdade. Você está sozinho, e então ouve as coisas difíceis que precisam ser confrontadas. Essa ferida permanece e você passa a ser uma pessoa melhor em virtude disto. Quem não se lembra, talvez, até com saudosa memória, dos conselhos paternos e maternos, ditos, muitas vezes, no calor de uma discussão por um erro de sua parte. Se você foi sábio, então aceitou aquela ferida como um conselho e permitiu que o tempo, o velho e implacável tempo, o transformasse. Mas se você foi tolo, permitiu que aquilo que poderia ser sua cura se transformasse em amargura, e depois em ódio de alguém que apenas queria o seu bem, e hoje você talvez chore pela ausência desses conselhos. Lembra­se, quando criança, daquele tio, ou tia bondosa que traziam na sacola balas e bombons, e que no momento eram até mais amados por você que seus pais, que lhe ofereciam freqüentemente palavras de repreensão e correção?

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Hoje não é diferente. Você cresceu e, no entanto, a reação é a mesma. Corre atrás do beijo do inimigo, pois ele é muito mais doce que as feridas de um amigo que deseja sua transformação. Na vida espiritual, dificilmente corremos atrás de pregadores que mexem em nossa ferida emocional ou naquele pecado acariciado que tanto prejudica nossa vida. Preferimos ouvir alguma coisa suave, branda, que tranqüilize, mas que não transforme, porque a transformação dói. Assim caminhamos pela vida. Normalmente, os maus conselhos estão mais voltados para resultados imediatos, embora os bons conselhos também tenham em vista a satisfação imediata, mas, acima de tudo, respostas a longo prazo, e tão longo que chega até a eternidade. Permita que neste sábado os bons conselhos o alcancem e o transformem! 04 de dezembro Que darei a Deus? “Que darei ao Senhor por todos os seus benefícios para comigo?” Salmo 116:12. Depois de enumerar várias dádivas recebidas de Deus o salmista fez esta importante pergunta. Ele, certamente, sabia que dar­se é a lei da vida e é um ato de reconhecimento e de amor. A própria natureza existe para dar. As nuvens dão a chuva; o Sol dá seus vivificantes raios luminosos; as plantas dão suas flores, frutas e sombra; os mares e oceanos dão de volta a água que recebem dos rios, soltando­a em forma de vapor, sendo acolhida pelas nuvens. Todo o Universo criado por Deus experimenta a benção do compartilhar. “Todas as coisas, tanto no Céu como na Terra, declaram que a grande lei da vida é a lei do serviço em favor de outrem. O Pai infinito atende à vida de todo ser vivente. Cristo veio à Terra "como Aquele que serve (Lucas 22:27)”. Educação,p.103. Só o egoísta fecha o coração às necessidades humanas e da igreja. Paulo relembrando as palavras de Jesus declarou: “A mais bem­aventurada coisa é dar do que receber.” Atos 20:35. Que darei ao Senhor? Caim não deu o que Deus lhe havia pedido. Obedeceu construindo um altar, trazendo uma oferta, porém, a oferta era defeituosa (Gênesis 4:3­5). Abel, no entanto, atendeu ao pedido de Deus. Caim foi rejeitado porque foi incrédulo para com o pedido de Deus.

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Os Hebreus davam o santo dízimo, as ofertas e um segundo dízimo. Muitos chegavam a dar 25% a 33% dos bens. Zaqueu chegou a dar 50% dos bens aos pobres. Os membros da igreja apostólica vendiam suas casas e terras e traziam os valores correspondentes para a igreja (Atos 4:34 e 35). A igreja cresceu. A viúva pobre deu tudo o que possuía (Marcos 12:41­44). Jesus valorizou aquela “pequena” dádiva. Deus também deu o máximo em favor do homem. Deu Seu Filho Unigênito (João 3:16). O amor de Deus se manifestou dando­Se. Amar é dar­se. E Cristo, o que fez por nós? “Sendo rico, se fez pobre por amor a vós, para que por Sua pobreza, vos tornásseis ricos.” II Coríntios 8:9. E Nós? Que daremos a Deus? Ele pede uma parte do nosso tempo, talentos, bens e dedicação ao Seu serviço através de uma entrega total. Há pessoas que ficam receosas de entregar a Deus o santo dízimo e as ofertas. Dando a Deus o que Lhe pertence, estamos reconhecendo­O como Soberano e proprietário da nossa vida. Que darei a Deus? A principal dádiva que Ele pede de nós é o coração (Provérbios 23:26). Renovemos, neste sábado, nosso pacto de lealdade a Deus dando­Lhe os dízimos, ofertas, talentos, tempo e a nossa própria vida.

11 de dezembro A diferença está na gratidão “Cantem louvores ao Senhor, vocês, os seus fiéis; louvem [dai graças] o Seu santo nome.” Salmo 30:4 ­ NVI. Em um de seus livros, Ray Stedman conta uma história supostamente ocorrida com Harry Allen Ironside, pastor por 18 anos da Moody Memorial Church, em Chicago. O fato teria se dado em um restaurante, quando se assentou ao lado de Ironside um senhor bem vestido, com sua bandeja de almoço. Como era seu costume, antes iniciar a refeição, Ironside curvou a cabeça e pediu silenciosamente as bênçãos de Deus para os alimentos. Ao abrir os olhos, o homem logo o interpelou: "Você está com dor de cabeça?" "Não, não estou", respondeu o pregador. "Há alguma coisa errada com a sua comida", insistiu o senhor. "Não, eu só estava agradecendo a Deus, como sempre faço antes de comer", replicou Ironside.

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"Ah, então você é um daqueles fanáticos, não é?", continuou o acompanhante. "Bem, gostaria de lhe dizer que eu nunca agradeço ninguém por minha comida. Eu ganho meu dinheiro trabalhando duro, com o suor do meu rosto ganho o meu sustento e não tenho que agradecer a ninguém quando vou comer. Eu vou direto ao prato...". Ironside, erguendo seu rosto e olhando direto nos olhos daquele senhor, disse: "Sim, você é igualzinho ao meu cachorro, pois é isso o que ele também faz!" Todos nós entendemos que devemos ser gratos a Deus todos os dias e por todas as coisas. “Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para conosco” (I Tessalonicenses 5:18). O problema é que o ser humano tem uma indisposição intrínseca para agradecer. Não nos é natural reconhecer as grandes bênçãos que Deus nos concede constantemente. Na história dos dez leprosos que foram curados por Jesus, você se identifica com a maioria ou com o único que voltou para agradecer? Curioso é que de um samaritano, seria de quem menos se esperaria um ato de gratidão. Será que existe dia melhor para manifestar nossa gratidão a Deus do que no sábado? Tente enumerar as bênçãos que você e sua família receberam durante essa semana. “Dai graças ao Senhor, invocai o Seu nome, tornai manifestos os Seus feitos entre os povos, relembrai que é excelso o Seu nome” (Isaías 12:4). Hoje é dia de “louvar a Deus em alta voz” para agradecer pela nossa criação e redenção (Lucas 17:15).

Já é Hora de Despertar do Sono

18 de dezembro

“E digo isto a vós outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.” Romanos 13:11. Viajava de carro com minha família por uma rodovia de pista simples, para um encontro de pastores. Havia uma fila de três carros, olhei para ver se dava para ultrapassá­los, mas um carro estava vindo em direção contrária e eu tinha que esperar. Vi que o motorista dormia ao volante e seu automóvel invadia a nossa faixa. Na minha frente estava um caminhão baú, permaneci atrás dele, freando e

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aguardando o que aconteceria. Depois de bater nos três veículos, o dorminhoco aparece todo destruído no mato ao meu lado direito. Protegidos pelo caminhão, nada sofremos, apesar de colidirmos na traseira dele. O causador do acidente, ainda grogue, saiu vivo para contemplar a cena de destruição que protagonizou. Sua esposa acordou e gritou: o que aconteceu? Ele respondeu: não sei o que houve, eu não vi nada. Dormir é aconselhável para o ser humano, na hora e no lugar certo. O sono no lugar errado é a causa de acidentes diversos, que tem ceifado a vida de milhares de pessoas todos os anos. Após uma noite mal dormida o indivíduo tem seus reflexos retardados. Indisposição, irritação, inaptidão para analisar situações e resolver problemas com serenidade, são comuns. Na dormência espiritual as características são parecidas. O crente sonolento como na parábola das dez virgens, enquanto está dormindo profundamente, perde acontecimentos importantes que decidem o futuro eterno para o bem ou para o mal. “Cristo envia sempre mensagens aos que estão atentos à Sua voz. Na noite da agonia, no Getsêmani, os discípulos adormecidos não ouviram a voz de Jesus. Tinham um sentimento obscuro da presença dos anjos, mas não se deram conta do poder e glória da cena. Devido ao seu torpor e sonolência, não receberam a evidência que lhes teria fortalecido a alma para as terríveis cenas que ocorreriam. Hoje, da mesma sorte, os que têm mais necessidade da instrução divina não a recebem, muitas vezes, porque não se põem em comunhão com o Céu.” C.B.V, p. 509. Como vigias fiéis, devemos dar o aviso, para que homens e mulheres, pela ignorância, não sigam um rumo que evitariam se conhecessem a verdade. Decida hoje tomar novo rumo. 1­ Vá trabalhar na vinha. 2­ Descanse em Cristo. 3­ Vigie e ore para não cair em tentação. A falta de vigilância espiritual ocasionará não apenas um acidente com vítimas fatais que teremos que dar conta ao juiz dos vivos e dos mortos, mas trará a perda irreparável da vida eterna.

25 de dezembro

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E o sábado chegou! “Também lhe dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica.” Ezequiel 20:12. Esta dimensão da Fidelidade é maravilhosa, pois inclui a distinção que o povo de Deus teria, diante de um mundo incrédulo e completamente afastado do seu Criador. O Remanescente do Senhor dos Exércitos, seria uma luz diante de um mundo em trevas e obscurecido por causa do pecado. Gostaria de destacar o que Ellen White, a serva do Senhor, explica sobre isto em C.S.S. p. 357: “A mensagem do terceiro anjo, que abrange as mensagens do primeiro anjo e do segundo anjo, é a mensagem para este tempo. Devemos erguer a bandeira na qual se acha escrito: Os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus. ...Não é este o tempo para se perderem de vista as grandes questões que estão diante de nós. Deus pede que Seu povo engrandeça a lei e a torne gloriosa. Quando as estrelas da manhã juntas, alegremente, cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam, foi o sábado dado ao mundo, para que o homem pudesse lembrar­se sempre de que em seis dias Deus criou o mundo e repousou no sétimo dia, abençoou­o como o dia do Seu repouso e deu aos seres que criou, para que eles pudessem lembrar­se dEle como o Deus vivo e verdadeiro”. É realmente muito interessante este trecho da inspiração profética. Neste dia Deus quer que reconheçamos que tudo pertence a Ele, por isto deixou este memorial da criação, que hoje também é o memorial da redenção. Isto deve colocar em nosso coração, um desejo ardente e sublime de receber o dia de sábado como um deleite, como algo valioso, como um presente de Deus, diante da turbulência da vida e tristeza do mundo. Infelizmente, deixamos de entender isto e começamos o nosso sábado, muitas vezes, de maneira formal e destituída de amor e reverência para o nosso grande Criador e maravilhoso Mantenedor. Por que fazemos assim? Por que não anelamos que o sábado chegue logo? Por que não nos esforçamos para começar o sábado em casa e tranqüilo? Enquanto não entendermos que o sábado é para o nosso benefício, e que mostra o grande amor de Deus por nós, vamos continuar “obedecendo” somente um mandamento, uma lei, e deixaremos de ver o carinho, a ternura do Criador por nós. E o sábado chegou. Esta frase revela um alívio da correria, revela paz diante das lutas da semana; revela a alegria de poder falar com o Criador e de estar com Ele de uma maneira mais íntima e pessoal. Desfrute deste momento. Deixe Deus falar ao seu coração, vibre com a presença do Eterno e Seus anjos. Peça­Lhe que a atmosfera do Céu impere em seu lar.

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Colaboradores 02/01/2009 09/01/2009 16/01/2009 23/01/2009 30/01/2009 06/02/2009 13/02/2009 20/02/2009 27/02/2009 06/03/2009 13/03/2009 20/03/2009 27/03/2009 03/04/2009 10/04/2009 17/04/2009 24/04/2009 01/05/2009 08/05/2009 15/05/2009

Um novo ano UCB Você, sua família e Jesus UCB A volta do samaritano APaC Culto e Adoração APL Somos o que parecemos ser? APS O ideal cristão APO Temer o Senhor grandemente MPV O Dia do Rei UCB Sacudidura AP Uma casa em construção APaC A Obediência é um Privilégio APL Ao que vencer APS Jesus voltará, acredite! APO Confiando no Amor Inexplicável MPV É só confiar UCB Ela deu tudo quanto tinha AP Bem­aventurados os que Lêem APaC Sua família é pobre ou rica? APL Os conflitos e a vontade APS Os dias da minha mocidade APO

Pr. Domingos José de Sousa Pr. Ivan Canhadas Pr. Oliveiros P. Ferreira Pr. Alcy Oliveira Pr. Nelson Ferraz Prof. Fabrício L. Sanchez Pr. Eradi Guimarães Pr. Marco Aurélio de Pinho Pr. Nilton Barros Pr. Adilson da Cruz Ferreira Pr. Hugo Quiroga Pr. Carlos Enoch Pollheim Pr. Mauro Cardoso Pr. Marcelo Rezende Profª Vaninha Canhadas Pr. Paulo Korkischko Pr. Aurelino Ferreira Pr. Josué de Castro Pr. Nelson Ferraz Pr. Mauro S. Cardoso

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22/05/2009 29/05/2009 05/06/2009 12/06/2009 19/06/2009 26/06/2009 03/07/2009 10/07/2009 17/07/2009 24/07/2009 31/07/2009 07/08/2009 14/08/2009 21/08/2009 28/08/2009 04/09/2009 11/09/2009 18/09/2009 25/09/2009 02/10/2009 09/10/2009 16/10/2009 23/10/2009 30/10/2009 06/11/2009 13/11/2009

Lições de Cades­Barnéia MPV Autêntica vitória AP O Perigo da inveja APL Generosidade APAC O Bálsamo de Gileade APL A quem servirei? APS Dia Mundial da Alegria UCB Batalha espiritual MPV Tem remédio? AP Bem­aventurados os que ouvem APAC Crer ou opinar AP Limpo de mãos e puro de coração APS A benção da oração respondida UCB A cruz APO O que fazer com o passado? AP Quase APaC Mudança de Hábito APL Os E.P.Is do cristão APO Orações respondidas no deserto (1) MPV Orações respondidas no deserto (2) MPV Prisão ou liberdade? AP Sinais APaC Quanto você daria? UCB Colocar a Deus em primeiro lugar UCB Falai de esperança APS Restaurando nossa adoração APO

Pr. Luiz Carlos Araújo Pr. José Silvio Pr. Jetro Castro Ortega Pr. Wesley Valente Pr. Manoel Andrade Profª Neusinha Ferraz Pr. Edilson Valiante Pr. Luis Henrique Sena Profª Nádma Forti Pr. Aurelino Ferreira Pr. Mário Valente Pr. Carlos Enoch Pollheim Enfª Marta Elisabete M. Mazaro Nilton Santana Pr. Valdir Carlos Pr. Decival Arcanjo Novaes Pr. Valdomiro A. dos Santos Lidiane Cardoso Pr. Flávio Ferraz Pr. Flávio Ferraz Pr. José Silvio Drª. Eloína Novaes Pr. Ivan Canhadas Profª Raquel G. Coimbra Pr. Ivo Suedekum Sr. Nilton Santana

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20/11/2009

Quando o suficiente é suficiente? APL

Pr. Alcy Oliveira

27/11/2009

Feridas de um amigo ou beijo de um inimigo

Pr. Evaldo Krahenbuhl

04/12/2009 11/12/2009 18/12/2009 25/12/2009

APaC Que darei a Deus? APL A diferença está na gratidão UCB Já é hora de despertar do sono APO E o sábado chegou! AP

Pr. Manoel Andrade Pr. Edilson Valiante Pr. Nisan Rabelo Oliveira Pr. Valdir Carlos

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