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A Santos que queremos

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BoqNegócios

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Aocompletar477anosdefundação, Santos enfrenta importantes desafios para atender as atuais e futuras demandas econômicas e sociais visando assegurarqualidadedevidaatodasas camadas da população. Ancorada nas atividades portuárias, que desde os primórdios até os dias atuais servem como principal alicerce da economia local, o município ainda não conseguiu consolidar novas possibilidades de geração de riqueza. Suas belezas naturais,tradiçõeshistóricaseseuvigor culturalajudaramaprojetaraCidade nos cenários nacional e internacional, resultandoemciclosdeprosperidade quenãoseconsolidaramcomovetores sustentáveisparaaeconomia.

A Cidade não pode renunciar seu protagonismo e a ambição de superar desafios em busca de melhorias para seus habitantes, identificando ações transformadoras

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Ressentidapelosimpactosdocrescimentourbano em seu território insular e nos municípios vizinhos, Santosacalentasonhosdemoradiadeaposentados,mas obrigaboapartedeseusjovensabuscaroportunidades detrabalhoemoutraslocalidades.

Mesmo que frustrada pela não concretização da propalada nova matriz econômica que seria advinda pelaexploraçãodacadeiapetrolíferadopré-sal,aCidadenãopoderenunciarseuprotagonismoeaambição de superar desafios em busca de melhorias para seus habitantes, identificando ações transformadoras, seus principaisagentes,personagenseasperspectivasquese vislumbramparaofuturo,combasenahistóriaequadro

Sem capa e máscara

Enquanto alguns políticos gostam de usar as redes sociais para se vangloriar e palpitar sobre tudo, o prefeito Rogério Santos (PSDB) prefere a discrição. Com perfil técnico (é dentista por formação), ele defende aqueles que preferem fazer boas gestões ao invés de muito prometer e dizer que vão resolver todos os problemas da sociedade. “O brasileiro erra muito votando em pessoas que acham que são super-heróis, mas ninguém faz nada sozinho”, enfatiza.

Prioridades

Após 50% do mandato já cumprido, Santos tem como meta priorizar duas áreas. A primeira é investir na educação em tempo integral, chegando a 75% da rede municipal - hoje, pouco superior a 50%. E em habitações populares, tendo o projeto Parque Palafitas como símbolo.

Ilusão e realidade

Uma placa na Rua da Constituição mostra que o prazo do fim das obras da 2ª fase do VLT - Veículo Leve sobre Trilhos ocorreria em março. Mas a realidade é bem diferente. Hoje, cerca de 30% dos trechos estão concluídos, sendo alguns de forma parcial.

Agora vai?

Por sua vez, o prefeito se reúne atual das oportunidades oferecidas. A cidadevanguardistaqueàPátriaensinoua caridadeealiberdadedevedarexemplos contínuosdequeaboavontadedeseus cidadãoseauniãodeesforçossãovigorososinstrumentosaserviçodeumbem maior e, sobretudo, ajudam a construir umasociedadecadavezmelhor. com o presidente da EMTU, Marco Antonio Assalve, na sexta (27), para discutir estratégias para agilizar as obras, que se arrastam há tempos para desespero de comerciantes e moradores atingidos. Enquanto isso, o Governo do Estado publicou edital para recuperação da ponte de 650 metros, fundamental para a expansão da terceira fase do VLT, ligando São Vicente-ilha ao continente.

Assim,conciliarcrescimentopreservando o meio ambiente e a qualidade de vida dos santistas é uma tarefa que seimpõeaosetorempresarialeàAdministração Municipal, responsável pelo planejamentoeadoçãodepolíticassociais eficientes e humanizadas. Da mesma forma, a integração com os municípios que compõem a Região Metropolitana daBaixadaSantistaserevelaumprocesso irreversível e necessário para que favoreça a implementaçãodeprojetoscomunseaadoçãodemedidas que estimulem a criação e manutenção de vagas de trabalhoàpopulaçãoregional.Maisqueumamissãoa sercumprida,trata-sedeumlegadodevalorinestimável àsfuturasgeraçõesdesantistas.

Nessesentido,maisdoquenunca,éprecisodestinar maioratençãoaosetorturístico,deformaabuscaruma maiorprofissionalizaçãodessesegmentoe,sobretudo, fomentaraçõesquetornemaCidadeumpolodeatração internacionalenãoapenasumbalneáriodeocasião.O momentoédeuniresforços,reconhecerfragilidadespara deixarumlegadodevalorinestimávelàsfuturasgerações.

E os ciclistas?

Inaugurada no dia 16, a passarela ligando Santos a Vicente de Carvalho já provoca queixas. O elevador quebrou e imagens publicadas nas redes sociais mostram que os ciclistas foram esquecidos. A eles, resta subir e descer dezenas de degraus com as ‘magrelas’ nas costas.

E a resposta?

Enquanto isso, a diretoria da SPA (ex-Codesp) nada cita sobre o assunto (ela é responsável pela manutenção do espaço). A última informação do site é sobre a inauguração da passarela.

Luto temporário

Em sua terceira volta ao Congresso, o deputado federal eleito Alberto Mourão (MDB) diz que depredações ocorridas em Brasília representam um luto temporário da oposição. “Este namoro vai passar e as brigas virão”, prevê.

Reforma tributária

Mourão diz que o futuro Congresso, que tomará posse na quarta (1), contará com 1/5 de extremistas - de direita e esquerda - que lutarão por pautas ideológicas. O restante, segundo ele, é que vai tocar os projetos políticos. Para Mourão, a reforma tributária deve ser encarada como prioridade pelo governo Lula. Santos e seu museu

Com sua rica história ao longo dos seus quase 500 anos, Santos ainda não conta com um museu, apesar da luta de abnegados, como o jornalista e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, Sergio Willians. Com um projeto arrojado e interativo, ele busca recursos para a obra, orçada em R$ 7 milhões.

Déjá vu

Ao almoçar em uma unidade no Restaurante Bom Prato no aniversário da Capital, o governador Tarcíadio de Freitas lembra o seu antecessor, João Doria, que também chegou a frequentar o restaurante popular com direito a fotos e vídeos.

Quem Responde?

Os.. ataques aos três poderes no início do mês vão arrefecer os ânimos do novo Congresso?

GAUDÊNCIO TORQUATO twitter@gaudtorquato

Tomoaliberdadedepinçarotermo que titula este artigo, cujo autor é Carlos Ayres Brito, ex-presidente doSupremoTribunalFederal,poeta, um sergipano que constrói catedrais delinguagemcomaconstantebusca de analogias para facilitar a compreensãodojuridiquês. EmentrevistaaojornalOGlobo, o simpático jurista fala de maneira clara sobre as ameaças que pairam sobre nossa democracia. Há um contexto que junta financiadores de atos ilícitos, propagadores do caos, aventureiros oportunistas, inocentes úteis, enfim, massa de manobra usadaparadestroçaravidademocrática.

A democracia vive momentos desestabilizadores em todos os quadrantes do planeta. A democracia, mesmo considerada o melhor sistema paraorientarosgovernosecontemplar as demandas da sociedade, conforme dizia Churchill, é, hoje, alvo de bombardeio por parte dos exércitos manobrados e manipulados por bandos quedesejamimplantaremseulugaro mandoeummundoditatorial.

A democracia tem permitido, inclusive, que se lute contra ela. Sabemosquesuaspromessasaindanão são uma realidade. Bobbio lembrava as promessas não cumpridas da democracia: a força das oligarquias, a falta de clareza dos governos, a falta deacessoàjustiça,aeducaçãoparaa cidadania, meta distante de ser realizada,opoderinvisível.

Debaixo dessa teia, governantes apelam para o populismo, modo cabreiro para driblar as demandas das massaseanunciarparaelasachegada ao paraíso, por eles traduzida como dinheiro no bolso, alimento barato, saúde para os desvalidos, transporte barato, educação de alto nível, segurança na porta de cada um. Muita mistificação, engodo. As massas, engabeladas,acreditam.

Ortega y Gasset já alertava nos anos iniciantes do século XX, colocando o aviso na boca bigoduda de Nietsche,quefaziatemporadadetratamento nos penhascos de Engadine, nos alpes suíços: “vejo se avolumar

Ponto de Vista

a onda de niilismo”. De lá para cá, a ignorância continuou a impregnar parcelas do planeta, a fazer crescer a quantidadedegentesdesorientadas,a daroportunidadeaoportunistas,aventureiros,amassasqueclamamporsignos de orientação, a alas desejosas de melhorarsuasvidas.Talmetaoriginou acriaçãodeovelhasconformadascom opasto.Semalmacívica.Semvontade de caminhar na rota civilizatória. Basta queconsigamsealimentar.

Lembro, a propósito, que os indivíduos agem de acordo com seus instintos. O primeiro é o da sobrevivência, que Sergei Tchakhotine, o cientistasocialrusso,designacomoo “impulso combativo”. Para sobreviver,apessoaadentraaarenadelutas, atéparamorrer.

Osegundoinstintoéonutritivo, quecondicionaasgentesalutarpelo seuestômago,oqueasfazemaprovar governos que atendam às demandas alimentares. O terceiro impulso é o paternal,quejogaosseresnateiados valores humanistas, o amor, a solidariedade, a amizade, o companheirismo. E, por último, o instinto sexual, ligadoàreproduçãodaespécie,eque patrocinatodososconflitoseaslutas naáreadosgêneros.

Vamos acompanhar esses vetores e sua influência na dinâmica civilizatória do país. Como esses elementos influirão na política e, mais que isso, nas ações e vontade da comunidade nacional?

Os atos recentes de vandalismo, que destruíram espaços e feriram obras de nossa cultura, são provas incontestes de que a barbárie ainda é um traço de nossa índole. Constatar que cerca de 50% são mais intolerantes hoje que no passado tem um alto significado. Pesquisa recente mostra queaindasomosumpovobárbaro.

E que pode cometer um “democraticídio”. A morte suicida de nossa democraciapodeacontecer?

Inacreditável a hipótese. Rezemos para o “Deus brasileiro”. Ajude-nos, amigo Francisco, nosso vizinho argentino, hoje sentado no trono de São Pedro.

ENTREVISTA EducaçãoemtempointegralemoradiaspopularessãoprioridadesqueoprefeitoRogérioSantostêmnestasegundametadedegestão

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