Botucatu Especial - Diário da Serra

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ANO 4 | Nº 22 | 2010 | R$ 10,00

Botucatu especial

Diário da Serra Veja quem está diariamente informando a população no jornal que completa 18 anos de circulação

Comportamento | Arquitetura | Educação | Esporte | Turismo



www.botucatuespecial.com.br

editorial Nesta edição o clima é de festa! Comemoramos a maioridade do jornal Diário da Serra, veículo de comunicação através do qual os botucatuenses acompanham diariamente as notícias sobre nossa cidade e também da região. Conheça um pouco da vida e das histórias de alguns dos profissionais que nos trazem tantas informações com seriedade e credibilidade. E falando em festa, nesta época não teria como não mencionar a Copa do Mundo com algumas curiosidades por trás das camisas da Seleção Canarinho. Trazemos também as novas tendências em móveis e decorações vindas diretamente do evento mais badalado pelos Designers de Interiores, Arquitetos e pessoas de bom gosto, assim como você. Estamos falando da Casa Cor, evento que acontece anualmente em São Paulo expondo o que há de melhor e mais atual para sua casa, não deixando de citar que aqui mesmo em Botucatu você também pode encontrar móveis planejados como os apresentados no evento, além de objetos de decoração lindos, versáteis e muito originais. Como não poderia faltar em todas as edições, nesta você também encontrará os melhores eventos em nossas colunas sociais, com tudo o que tem agitado nossa cidade. Aprenda a cuidar do seu carro sem precisar sair de casa, seguindo as dicas da seção Automóveis. Na seção Acontece, muitas novidades com destaque para os aniversários de várias empresas conceituadas e inaugurações de outras que apostam no potencial de nossa cidade. Você sabe o que é SAP? Descubra na seção Comportamento, e saiba mais sobre essa síndrome que preocupa cada vez, transformando-se em problema social em nosso país. As férias escolares estão chegando e a seção Educação destaca a importância de os pais aproveitarem bem esse tempo junto com os filhos, fator essencial para o bom desenvolvimento emocional e psicológico das crianças. O novo Secretário Municipal de Comunicação, Carlos Pessoa, nos fala na seção Perfil de sua história no jornalismo, contando sua trajetória profissional até o desafio atual. Nossa cidade guarda muitos tesouros, como os que encontramos no Museu de Mineralogia Aitiara, na Estância Demétria. Conheça um pouco da história desse museu e agende sua visita para conhecer esse tesouro de perto. As seções Gastronomia e História de Sucesso destacam empresas tradicionais de nossa cidade: a Churrascaria Tabajara, onde se pode saborear o verdadeiro rodízio gaúcho há 21 anos e a Only Cartcuhos, que há 10 anos atua no ramo de cartuchos de tintas para impressoras e não para de crescer. E tem muito mais conteúdo preparado epecialmente para você. Afinal, quem tem conteúdo é especial! Boa leitura! Equipe Botucatu Especial

Publicação bimestral | Ano 4 | Edição 22 | Julho/Agosto 2010

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Arquitetura – Casa Cor 2010 Rádio – Criativa FM na Copa Acontece Moda – Visto História de Sucesso – Only Cartuchos Por Aqui – Auto Ônibus Botucatu Espaço Universitário Educação – Férias escolares Curtição Perfil – Carlos Pessoa Automóveis Comportamento – SAP Especial – Museu de Mineralogia Esporte – Camisa Canarinho Gastronomia – Tabajara Matéria de Capa – Diário da Serra Top People A Prefeitura e Você Sociedade Seus Direitos Turismo – Campos do Jordão

EXPEDIENTE Diretor Geral: Sandro Coltri (14) 9798-7076 | sandro@botucatuespecial.com.br MSN: sandro.coltri@hotmail.com | Skype: sandro.coltri Diretor Comercial: Edgar Marcos Paim (14) 9761-5555 | edgar@botucatuespecial.com.br MSN: edgarpaim@hotmail.com Projeto Gráfico / Diagramação: Priscila Farias Roza | www.priscilafarias.com.br Redação: Rafaela Abrantes de Sales - MTB 57.464/SP redacao@botucatuespecial.com.br Estagiária: Mariana Ferreira de Andrade Colaboradores: Michele Ribas, Luciano Modesto, Lique Tavares, Aline Grego, Sérgio Santa Rosa, Malu Ornelas, Márcia Mazzoni Paim, Elaine Silva Winckler e André Murilo Parente Nogueira. Produção de layouts: Agência Seven Mídia Eletrônica: Neto Garcia e Eduardo Carrega (Ladodigital) Capa: Diário da Serra | Fotos: Malu Ornelas Impressão: Grafilar Publicidade: (14) 3354-2011 | 9761-5555 | 9798-7076 publicidade@botucatuespecial.com.br Contato: (14) 3354-2011 | contato@botucatuespecial.com.br Rua Brás de Assis, 151 | Jardim Paraíso | Botucatu/SP | CEP 18609-096 A revista Botucatu Especial não se responsabiliza por conceitos ou opiniões emitidos em artigos assinados. As informações dos anúncios veiculados na revista são de inteira responsabilidade do anunciante. Esta revista mantém-se religiosa e politicamente neutra.


arquitetura Bilheteria

Loft Polo

Texto e Fotos Divulgação

C

ontando com grandes nomes da arquitetura, a Casa Cor São Paulo 2010 confirmou sua sofisticação com muita classe, sustentabilidade e sutileza, trazendo toda a excelência em ambientes com as tendências mundiais. Confira nas fotos a beleza e sofisticação dos ambientes TODESCHINI que foram expostos na Casa Cor 2010:

O grupo Coneglian, que representa as marcas TODESCHINI e ITALÍNEA em Botucatu, marcou presença neste evento, juntamente com convidados exclusivos, conferindo e trazendo para a cidade as tendências atuais para mobiliário, acabamento e tudo que se refere a projetos arquitetônicos. Conheça os nossos convidados:

Letícia Rúbio Arquiteta e Urbanista

04 Revista Botucatu Especial

Suíte Gugu

ável

Casa Sustent

Andréia Andrades Designer de Interiores

Fernanda Rodrigues Pereira Arquiteta

Gustavo Britto Arquiteto

Gustavo Arquitet

Maria Bezerra Arquiteta

Neusa Maria Arquiteta e Designer de Interiores

Patrícia Lanza Arquiteta

Patrícia Arquitet


Home Office

A empresária Kátia Coneglian e seu esposo Marcelo Coneglian fazem das lojas TODESCHINI e ITALÍNEA grandes empreendimentos de sucesso absoluto, onde estão disponíveis as tendências mais atuais para pessoas de bom gosto que buscam transformar suas casas ou escritórios. Contam com uma equipe preparada para atender bem e propiciar projetos de alto nível com investimentos totalmente acessíveis.

o Silveira to

Iara Tebet Arquiteta

Lelo Designer de Interiores

Mellilo ta

Pedro Henrique Calsolari Engenheiro Civil

Victória Schubert Arquiteta

Aproveitando a ocasião, comunicamos que em breve uma nova loja Organizzato, que representa a marca ITALÍNEA, vai surpreender você em novo endereço: Avenida Santana, 750 - Centro - Botucatu/SP.

Revista Botucatu Especial 05


rádio

Copa do Mundo e Criativa FM:

Mais um

gol de placa

Por Júnior Quinteiro (Coordenador de Jornalismo da Criativa FM) | Fotos Divulgação

N

o mês em que todos os holofotes do mundo estão voltados para o continente africano, a Criativa FM faz valer o seu arrojo, e a parceria com o conglomerado Rádio Eldorado, ESPN e Grupo Estado, não para de render frutos, ou melhor, golaços em audiência. É bom lembrar que, de forma inédita, implantamos para toda a região em 2009 as transmissões do futebol brasileiro com a qualidade digital do FM. O resultado foi tão fantástico, o retorno publicitário foi tão preciso, que em 2010 não poderíamos deixar de lado o maior evento esportivo do planeta, e a transmissão da Copa do Mundo foi mais um gol de placa da Criativa FM. Inconteste é a qualidade da equipe Eldorado ESPN, com nomes consagrados da mídia esportiva brasileira, como os comentaristas Mauro Cézar, Paulo Vinícius Coelho (o PVC), Paulo Calçade, José Trajano, em conjunto com os melhores locutores do rádio e da TV, como Paulo Soa-

res (o Amigão), Everaldo Marques, Reinaldo Costa, Cledi Oliveira e Carlos Lima, entre tantos outros profissionais consagrados no jornalismo esportivo. Mas não poderíamos ficar apenas como uma afiliada sem a interatividade com o ouvinte, e para transmitir os jogos ao vivo da África do Sul, era preciso algo mais, e encontramos. A equipe Criativa está dando verdadeiro show nas transmissões, com um time jovem, inteligente e claro, muito criativo. Antes de cada transmissão, tem o chamado “Esquenta Criativa’’, com comentários, notícias, curiosidades e sorteio de vários brindes. Porque convenhamos, nem todos tem o privilégio de ficar em frente a TV o dia todo, por isso o rádio se torna uma ferramenta preciosa de informação. Mas não paramos por aí. Nos jogos do Brasil a festa se completa. Atenta ao costume brasileiro de se assistir partidas importantes em ambientes públicos, a Criativa mais uma vez saiu na frente, colocando sua viatura para uma verdadeira blitz nos principais bares de Botucatu, antes e depois de rolar a bola. Em uma parceria com

a Claro, estamos acompanhando os torcedores botucatuenses, com entrevistas, palpites e cornetadas. Com muito humor, diversão, interatividade e sem perder a credibilidade da informação, a Criativa FM se tornou referência nas transmissões esportivas, não apenas pela qualidade que o FM proporciona, mas principalmente por implantar mais um canal de comunicação para seus ouvintes. Independente do resultado no dia 11 de julho, na Copa do Mundo a Criativa é mais Brasil!



acontece

Case Propaganda

é destaque do interior

A agência de propaganda Case de Botucatu é um dos destaques do interior paulista e finalista do 32º prêmio Profissionais do Ano, realizado pela Rede Globo de Televisão. Segundo Alessandra Cruz, sócia da agência juntamente com o publicitário Delmo C. Rocha, o prêmio é muito concorrido e valorizado, com empresas de todo o Estado participando. “Já havíamos nos inscrito outras vezes, mas nunca ficado entre os finalistas. É a primeira vez que uma empresa do centro-oeste paulista é classificada. O prêmio possui várias categorias, com 1.409 trabalhos inscritos”, revela a empresária que concorre com uma agência de Campinas e outra da cidade de Salto. O cliente pela qual a Case está concorrendo ao prêmio é a empresa Trevo Materiais de Construção, da família Soares, que há um ano e meio confia sua conta à agência e a deixa responsável pelo marketing e publicidade. Através de um conceito de propaganda que reúne uma ideia ao produto e preço, produziram uma sequência de comerciais para televisão que atendeu as expectativas do cliente e lhes garantiu a final do concurso. “Unimos nossa experiência à criatividade e tecnologia. Fugimos da propaganda direta de preço e produto e agregamos uma ideia a ela, finalizando a produção com a tecnologia que proporciona qualidade e é um dos pontos fortes dos comerciais. Isso elevou a Case, nos aproximando de grandes agências. O prêmio só veio para confirmar que nossa receita deu certo”, explica. A final do 32º prêmio Profissionais do Ano acontece no dia 23 de junho, em Bauru. A agência está no mercado há 15 anos, com sedes em Avaré e Botucatu. Está na cidade desde 2006, executando trabalhos relacionados a comunicação e atendendo clientes como: Trevo Materiais de Construção, Gold Silver, Prodive, Centro Flora, entre outras. Há dois meses está instalada em novo endereço, localizado na Avenida Dom Lúcio, 520 - Centro. Telefone: (14) 3814-3908. Acesse: www.casepropaganda.com.br. 08 Revista Botucatu Especial


6 anos de

Curtição!

O programa Curtição completa no mês de julho seis anos no ar. Luís Henrique Tavares, o Lique, criador e apresentador do programa, conta que começou fazendo cobertura de baladas em 2002, quando montou com amigos um site de cobertura de eventos para entrar de graça nas festas. Em 2004, foi trabalhar na TV Serrana como cinegrafista e fez um programa piloto que entrou no ar dia 09 de julho do mesmo ano. A partir daí, a brincadeira começou a virar coisa séria. Além de apresentador, Lique é formado em Administração de Empresas e trabalha na produção de vídeos. “Produzo vídeos institucionais, clipes de bandas, filmagem de casamentos, festas de aniversários e onde mais me contratarem. Tenho também uma coluna no jornal virtual Acontece Botucatu”, completa. “Dedico os 6 anos do programa principalmente a Deus, que me dá muita saúde para fazer as coberturas dos eventos, minha família que me apóia desde o primeiro programa, aos meus amigos que me ajudaram muito em todos esses anos até trabalhando como cinegrafistas, aos meus dois cinegrafistas, Daniel Jerônimo e Ilson Tavares, a minha namorada que me apóia e me levou em várias viagens para fazer matérias diferentes. Agradeço também aos leitores desta revista, que gostam das fotos da minha coluna. Através da parceria com a Botucatu Especial cresci muito. Dedico principalmente a todos os telespectadores do programa Curtição que me acompanham durante todos esses anos. Obrigado! Continuem assistindo o programa, que vem com novidade agora em julho, sempre levando diversão a todos. Valeu galera, Curtição há 6 anos na área!, finaliza. Assista o programa Curtição com Lique todas as sextas-feiras às 21 horas, ao vivo, pelos canais 55 (TV Serrana) ou 04 da NET. Veja também no site www.tvserrana. com.br, no YouTube e as reprises todas as segundas às 14 horas. Revista Botucatu Especial 09


acontece Design, Decoração e Arte na

Haus

Inauguração da loja exclusiva Ortobom

Botucatu conta agora com uma loja exclusiva Colchões Ortobom. A franquia na cidade tem a direção de Gilberto Júnior. Lá você encontra tudo que precisa para uma boa noite de sono. Na foto estão (na sequência): Márcio Garcia, Assessor Comercial de Franquias; Wagner Moreira, Diretor Regional de Franquias; Gilberto Júnior, Franqueado de Botucatu e Rodrigo Silvério, Gestor de Ações de Vendas.

Desde o final do mês de abril, Botucatu conta com a sofisticação da loja de decoração Haus. Com o propósito de trazer à cidade um novo conceito em decoração e design de interiores, com produtos em sua maioria artesanais e exclusivos, a paulistana Fabíola Soares Zahn transformou seu hobby em trabalho e investimento. “Sempre gostei de decoração e artesanato. Decorava os ambientes em casa e hoje essa paixão reflete-se na Haus”, explica ela, que há pouco tempo trocou a profissão de veterinária por empresária em Botucatu. Ao visitar a loja, você encontra peças de decoração para todos os ambientes, vindas de vários centros de artesanato do Brasil e algumas do exterior. Conheça a Haus na Rua Monsenhor Ferrari, 346 - Centro. Telefone: (14) 3813-4606.



acontece Competidores da região participam

de trekking em Botucatu Prova realizada surpreendeu os

participantes. Conheça os vencedores.

A

CLASSIFICAÇÃO GERAL

2ª Etapa de Trekking realizada em Botucatu percorreu alguns trechos da área urbana e vários de obstáculos naturais, totalizando 11 quilômetros. Os competidores enfrentaram erosão, mata, lama e córrego. Tudo isso foi vencido sem esquecer-se de monitorar as planilhas, usar bússola e contar passos. Os setores mais difíceis para os competidores foram três. Depois de partirem do Centro de Atividades (CAT) do SESI, eles passaram por uma erosão próxima à Rodovia Marechal Rondon e não conseguiram ter boa regularidade para sair de um Bosque da Avenida Itália, na região da Cohab I. Todos seguiram pelo trevo do SENAI até o Bairro Altos da Serra. Nessa região tiveram contato com área verde, lago e nascentes. Outra dificuldade foi um brejo onde os participantes afundaram até a cintura, depois tiveram que passar por um rio segurando em uma corda. Alguns se molharam até a região da cintura ou pescoço. Venceu quem foi mais regular. Na Categoria Graduados a equipe “Vai que eu Fui” de Botucatu ficou em primeiro lugar. A “Pé Duro” de Avaré foi a segunda, seguida da Quatrilha, de Botucatu. Os três primeiros Trekkers (Iniciantes) Duratex - Botucatu - 13845 (Pontos perdidos) Casa Nova e Vice Versa (Botucatu) - 14858 Dharma (Botucatu) - 17921 Pegada (Botucatu) - 20564 Sigma Trekking (Botucatu) - 25256 Prondkeuv (Botucatu) - 30812 Correios (Botucatu) - 39248 Bons Ares (Botucatu) - 42129 Caminhantes Sem Limites (Bauru) - 42392 Anidro (Botucatu) - 44100 Coyotes (Botucatu) - 53867

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de cada categoria receberam troféus. Já na Categoria Trekkers (Iniciantes) a vencedora foi a Duratex, tendo Casa Nova em segundo lugar e Vice Versa e Dharma, em terceiro. Todas são de Botucatu. A competição ainda fez parte dos Jogos Industriários do SESI (JOIS), na Categoria Indústria. A classificação teve Duratex como campeã, Correios em segundo e Anidro em terceiro. O coordenador do Lazer e Esportes do SESI, Artemio Montanha, lembra que a prova foi realizada em parceria com o Pro-Cuesta e foi em homenagem ao Dia da Indústria, valendo pontuação para o JOIS. “É o quinto ano consecutivo que a prova faz parte do JOIS e é um momento que abrimos o Clube para a comunidade; vimos essa prova como treinamento corporativo”, informa. A equipe da Duratex levou o troféu da Indústria e ainda dos Trekkers. Vantuir Pereira Júnior comandou a equipe que foi formada por seis pessoas. “Já havíamos participado no ano passado e agora estamos retornando por conta da motivação desse esporte”, explica. Segundo o organizador Fernando Arena, cada vez mais se percebe equipes da região participando Graduados Vai que eu Fui (Botucatu) - 4747 (pontos perdidos) Pé Duro (Avaré) - 7388 Quatrilha (Botucatu) - 9822 Frei Fidélis/ Embraer (Botucatu) - 14006 Asbota Jaxamo (Avaré/ Jaú) - 18779 Pé na Lama ((Botucatu) - 23964 Raio de Sol (Botucatu) - 43144 Amigos da Onça (Botucatu) - 52584 Lendária/ Casa dos Materiais (Botucatu) - 55054 Indústria Duratex, Correios e Anidro

das provas organizadas pela Equipe Pró-Cuesta de Trekking. “Algumas equipes são novas e outras trazem pessoas aficionadas pelo esporte. Já teve gente que pediu para mudar a data da prova porque iria casar e outra que transferiu a lua de mel para não perder a prova”, cita. O trekking tem patrocínio da Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Esporte e Subsecretaria de Turismo; Revista Botucatu Especial; Estamparia Poko Loko; Marcenaria Arena; Brother Hood Uniformes Esportivos, Vida Ativa Espaço Personal e Sesi. A próxima prova será em agosto. Informações: www.procuesta.com.br.

BAURU Equipe atrasa, mas não desiste de prova

Descobrir o caminho correto de uma prova de caminhada a pé, através de uma planilha, bússola e contando passos, necessita de atenção, raciocínio, trabalho em equipe e resistência física. Mesmo atrasando mais de duas horas por problemas no percurso, a equipe “Caminhantes Sem Limites” de Bauru não desistiu de terminar a prova. Era uma questão de honra para as quatro mulheres participantes. A bancária Sônia Ap. Barbosa é a única delas que já participou do trekking. “Combinamos que iríamos terminar. O melhor desse tipo de prova é o contato com a natureza, interação com as pessoas, trabalho em equipe e a determinação”, coloca. A estudante de Jornalismo, Patrícia Ikeda, 22 anos, da mesma equipe, diz que ficou sabendo do trekking através de fotos de uma prova que


Luka Cartuchos

com novas lojas

um amigo colocou em seu site de relacionamento pessoal, mas como ele não poderia vir a Botucatu, indicou que procurasse as três pessoas de Bauru que estariam em Botucatu. “Eu já tinha participado de uma prova, mas não por competição. O maior problema nessa prova é a navegação, mas é muito interessante o trabalho em equipe, exige grande concentração e raciocínio, e é preciso estar atenta às direções”, cita Patrícia. Na chegada da prova, a equipe foi aplaudida e elogiada pela determinação das competidoras que não desistiram do seu objetivo.

A empresa Luka Cartuchos, da empresária Talita Pires, está crescendo e ampliando seu atendimento em Botucatu. Em pouco tempo, foram inauguradas duas lojas em diferentes pontos da Cidade. Talita garante que os novos investimentos vieram de encontro ao esforço de atender um número maior de botucatuenses e apostar no mercado da cidade. “Acreditamos que Botucatu é uma cidade com grande potencial, onde vale a pena o investimento”, avalia. Além de cartuchos de diversas marcas de impressoras, a Luka Cartuchos também oferece produtos de informática e serviços de lan house. Duas lojas acabam de ser inauguradas: Av. Leonardo Villas Boas, 1178 – Vl. Nova Botucatu e Av. Santana, 567 – Centro, além da loja da Rua Moraes de Barros, 109 – Centro. Telefones: (14) 3354-0899/3354-0617/3354-0601.


acontece

Pontocell completa 9 anos

A Pontocell, rede de lojas de telefonia celular muito conhecida e conceituada na cidade, completou nove anos de atividades e bom atendimento. Os empresários Roberto Bazzo Filho e Adriane Silva estão à frente das lojas que são sucesso desde o início das atividades, representando a operadora Vivo. A Pontocell está em três endereços para melhor atender seus clientes: Av. Dom Lúcio, 267 – Centro; Rua Amando de Barros, 598 – Centro; além da Loja Autorizada Vivo: Rua Amando de Barros, 959 - Centro. Telefones: 3813-6009/3813-2121.

NET

sob nova coordenação

Recém chegado a Botucatu, Luciano Amaral Borgo, natural de Ponta Grossa, no Paraná, é o novo coordenador comercial da NET. Estreando na empresa, ele conta que a experiência é o começo de uma nova etapa em sua vida: “Trabalhava em um ramo totalmente diferente, com importação e exportação em Foz do Iguaçu. Acabei de me mudar para Botucatu e estou entusiasmado com o novo trabalho e a cidade. Fui muito bem recebido”. Em sua gestão, anuncia que a NET de Botucatu estará ampliando seus canais de atendimento e fará novas contratações, para melhor atender os clientes. “Estamos dispostos a fazer o que estiver ao nosso alcance para oferecer um bom atendimento e um preço competitivo no mercado”. Com a chegada do inverno e a Copa do Mundo, Luciano revela que a demanda pelos serviços aumenta, o que é animador para quem está iniciando em um novo desafio. A NET fica na Rua Antônio Ferruccio Mori, 207 - Jardim Paraíso. Telefone: (14) 3354-0800.



acontece

Novidades para os noivos na Spazzio Bianco

O mês de maio foi cheio de novidades na Spazzio Bianco, loja de aluguel de trajes para festas e casamentos. Paulo de Tarso Bruni e Beatriz Garcia Bruni, proprietários da loja, fecharam representatividade exclusiva da grife de noivas Maggie Sottero para Botucatu e inauguraram uma loja de aluguel de roupas só para homens. Sobre a grife, o empresário conta que são vestidos de noivas com acabamento fino, encontrados em grandes centros da moda, como São Paulo, Paris, Nova York e Milão. “As noivas que buscavam pela grife em São Paulo, além do custo do vestido e da viagem, tinham que ir até lá pelo menos três vezes para experimentar o vestido, o que toma muito tempo e dinheiro. Com a marca aqui, o custo fica muito mais em conta, além do conforto de não sair da cidade ou não ir para tão longe”, explica Paulo, que revela estar com o preço abaixo da média no aluguel da grife. A Spazzio Bianco só para eles aluga ternos, gravatas, camisas, trajes para noivos e pajens. A ideia da loja, segundo o casal, é fazer com que os homens se sintam a vontade na hora de escolher o que vestir. “Da mesma forma que as mulheres recebem um atendimento vip na loja, queremos também dar exclusividade a eles. Normalmente os homens sentem-se intimidados quando estão no mesmo ambiente que as mulheres. Com a loja de trajes só para eles, têm mais liberdade e ficam a vontade”. A Spazzio Bianco para mulheres fica na Cardoso de Almeida, 330 - Centro; e para eles no endereço: Rua Coronel Fonseca, 204 - Centro. Telefones: (14) 3813-5399/3813-4730.



moda

Visto

Moda para todas as estações Da Redação | Fotos Malu Ornelas

N

a atual estação do ano é difícil prever com que roupa sair de casa em Botucatu. Pela manhã é frio, com o decorrer das horas a temperatura aumenta, até chegar ao famoso friozinho da noite botucatuense. Até o mês de agosto, aproximadamente, é assim que se resume o clima de nossa região. Mas, as vitrines já se preparam para receber cores mais vibrantes e roupas menos pesadas e quentes no princípio de julho, quando começam a mostrar o que será usado nas próximas estações. Na esquina da Rua Major Matheus com a Rua Floriano Simões, a loja Visto já começa a apresentar algumas das fortes tendências que serão usadas na temporada, assim como o que está vestindo mulheres de todas as idades neste inverno. Há cinco anos trabalhando no ramo, a empresária Adriana Antunes Fioretto Manchini, proprietária da loja, se mantém atualizada com a moda para oferecer o melhor para suas clientes. Apostando principalmente na marca mineira de roupas Talento, Adriana traz para a Visto uma moda adulta de qualidade, jovial e que veste bem os vários estilos. 18 Revista Botucatu Especial

Segundo a empresária, para a primavera que se inicia em setembro, as estampas serão o impacto das coleções, dando vida, cor e brilho às produções. “Muitos nomes da moda misturaram em suas coleções temas e referências étnicas, geométricas e românticas, por exemplo, que ganham espaço em um mesmo look”, explica ela, que escolhe pessoalmente cada peça de roupa da loja. Acompanhando outras tendências que estarão em evidência, algumas apenas reformuladas e outras novidades da estação, conheça um pouco do que já esteve nas passarelas, circulará pelas ruas e que em breve você encontrará na Visto!

AQUECENDO para o verão

Assim como a própria estação, a leveza e fluidez toma conta do vestuário feminino no verão do próximo ano. Bem dosada, a transparência em blusas, calças, vestidos, saias e até mesmo nos calçados, retoma as ruas, formando um look feminino e levemente sensual. Os tecidos com efeito metalizado também pedem um espaço reservado no guardaroupas, principalmente vestidos, blusas e casaquinhos trazem o glamour que só o

metalizado tem para o calor do verão. Muito usados no inverno, os ombros marcados nas blusas, blazers e casacos, característica dos anos 80, continuam presentes nas estações quentes do ano, assim como as faixas, lenços e cintos que marcam a cintura. Um leve toque do estilo retrô, que pelo visto não sairá de moda tão cedo e continua a conquistar adeptas em 2011. Pregas, dobras e recortes inusitados e criativos, principalmente em saias e vestidos com formas simples, criam efeitos no mínimo interessantes. O drapeado, por sua vez, preza a originalidade e o clássico para decorar vestidos de festa em diferentes comprimentos. Os macacões também podem ser retirados dos armários. Em cores vibrantes, compridos ou mais curtos e com decotes variados, trazem uma estética sofisticada e muito confortável para as mulheres. Como já é de praxe, as mulheres conquistam os mesmos lugares ocupados pelos homens, o que não é diferente no que diz respeito ao guardaroupas! Alguns atributos típicos deles compõem produções, que passam das formais às mais descontraídas. Cada vez mais democrática, a moda traz um grande leque de opções para que você use o que mais lhe agrada e veste melhor. Com tudo o que a próxima estação traz no vestuário, será difícil não adquirir um acessório para atualizar o seu estilo pessoal e fazer bonito onde quer que você vá, seja na primavera, no verão, ou mesmo no friozinho do inverno.


illa Loureiro

nchini e Prisc

es Fioretto Ma

Adriana Antun

VISTO Cia. da Moda

Adriana trocou a carreira de professora há cinco anos para se dedicar a loja Visto. Antes localizada na Rua Tenente João Francisco, a loja atuava principalmente com estampas, até começar a trabalhar com roupas. “Trabalhávamos com estampas de um modo diferente, pois eu estilizava as

roupas, customizando-as com aplicações de strass, entre outras. Com o tempo a loja foi se ampliando e a procura crescendo, até que as antigas acomodações não foram mais suficientes”, conta a empresária. Há seis meses em um ponto bem localizado na Rua Major Matheus, a loja tem expandido sua clientela e atingido seu público alvo: mulheres de todas as idades. Atendendo desde a mocinha até a senhora, a Visto é a melhor opção para quem busca por qualidade, conforto e um bom atendimento. “Só tenho a agradecer aos meus clientes por preferirem estar comigo por todo este tempo e convido a quem não conhece nossa loja a fazer uma visita e conferir o que temos para todas as estações”, finaliza. A Visto veste desde o casual até a moda festa, além de possuir grande variedade em acessórios. Encontre todas essas novidades na Rua Major Matheus, 529 – Vila dos Lavradores. Telefone: (14) 3813-7091.


história de sucesso

Only Cartuchos completa 10 anos Texto e Fotos Rafaela Abrantes de Sales

N

ão somente de cartuchos, mas também de qualidade e satisfação a Only Cartuchos tem servido seus clientes. Reflexo disto são os 10 anos que a empresa completa neste mês, crescendo e acompanhando as mudanças e exigências do mercado em Botucatu. Há pouco mais de um ano instalada em novo endereço na Rua Curuzu, o casal de empresários Paulo Henrique Souza Pimentel e Lucimara Lopes, proprietários da loja, avaliam a caminhada da empresa que começou sem muita pretensão e tornou-se não só o sustento da família, mas também uma das principais empresas do segmento na cidade. “Comecei a trabalhar com cartuchos antes mesmo de ter a loja. Depois de um tempo, abrimos nossa própria empresa, que sempre esteve na Rua Curuzu, mas em outras acomodações. Mudamos de 70 m² para 300 m², temos máquinas e laboratório próprios de produção de tintas para impressoras e toners, além de uma equipe qualificada para os serviços”, conta o empresário, que desde o início trabalha com cartuchos das marcas líderes de impressoras e há oito anos tem produção própria da Only Cartuchos. Desde 2005, a empresa tem também uma revenda em Lençóis Paulis-

entel, s e Paulo Pim Lucimara Lope Only Cartuchos da ios tár rie prop

ta, atualmente de propriedade de um ex-funcionário, que recebe os produtos da empresa em Botucatu. Paulo frisa que a Only Cartuchos trabalha com cartuchos remanufaturados, que possuem garantia e oferecem aos clientes a excelente qualidade esperada. “Os cartuchos remanufaturados são seguros, pois passam por um processo minucioso, como uma reciclagem. Eles são limpos, filtrados e abastecidos com tinta através de uma máquina de tecnologia de ponta, evitando transtornos posteriores com o produto”, explica. Recentemente, expandindo os serviços, o casal também está com uma nova empreitada: “Estamos trabalhando com aluguel e venda de impressoras. É um projeto antigo que agora tivemos a oportunidade de concretizar”, afirma Lucimara.

Atendendo toda a região de Botucatu e uma grande fatia de empresas da cidade, os empresários avaliam o mercado como concorrido, porém ainda carente na qualidade dos produtos e serviços. Nesses dez anos, revelam que adquiriram experiência e, através dela, respeito pelas outras empresas que atuam no mesmo ramo, construindo um relacionamento saudável entre elas. Paulo finaliza, agradecendo a credibilidade que os clientes depositam em sua marca e mostra que a busca pela qualidade deve ser contínua: “Dedicação e perseverança são as palavras que resumem nossa trajetória. É importante não se acomodar, estar sempre atento para as novidades e acompanhar a evolução do mercado”. A Only Cartuchos fica na Rua Curuzu, 597 - Centro. Telefones: (14) 3815-2215/3882-2583.



por aqui

Auto Ônibus Botucatu conquista certificação na Norma ISO 14001

Texto Torta Digital | Fotos Bruno Giraldi

P

reservar o meio ambiente é responsabilidade de todos nós. A Auto Ônibus Botucatu confirma o seu comprometimento com o futuro das novas gerações ao conquistar a certificação na Norma ISO 14001, que atesta a responsabilidade ambiental de uma organização no desenvolvimento de suas atividades. “Somos uma das primeiras empresas do segmento a conquistar a ISO 14001. Adotamos importantes procedimentos sustentáveis, desde a organização de materiais e produtos relacionados ao meio ambiente, de políticas de coleta seletiva e reciclagem e do tratamento de efluentes líquidos, até o treinamento de funcionários na gestão ambiental”, diz Roger Duarte Teixeira, diretor da empresa.

A Auto Ônibus pensa no futuro, mas continua investindo no presente: depois de implantar o sistema de integração de linhas com o Passe Fácil, de criar uma Central de Atendimento com diversos serviços que agilizam a vida de seus clientes e de adquirir 13 novos carros para sua frota, recebe a aprovação de 73% de seus usuários, conforme indicou a recente pesquisa realizada pela Fatec / FAT, do Centro Paula Souza de São Paulo. A pesquisa revelou ainda que 82,3% dos usuários entrevistados co-

nhecem os horários das linhas e 63% atestaram que esses horários são cumpridos. Na opinião de 78% dos entrevistados, as mudanças implementadas recentemente pela empresa garantiram melhorias nos horários, nos itinerários e nas linhas que utilizam. Para Roger, esses índices são muito importantes, mas quando se trata da excelência nos serviços, ele busca sempre mais. “Isso nos motiva a evoluir sempre, para que nossos clientes tenham cada vez mais conforto, segurança e agilidade em seus deslocamentos”, afirma.



espaço universitário

FMVZ recebe

pesquisadoras estrangeiras Duas estudantes do Paraguai e uma médica veterinária da Colômbia desenvolvem trabalhos na área de zoonoses e qualidade de leite.

TExto e Fotos Sérgio Santa Rosa

O

Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp, campus de Botucatu, conta atualmente com três estagiárias de países vizinhos da América Latina. As estudantes paraguaias Milagros Medina e Ana Liz Velazquez Lópes, da Facultad de Ciencias Veterinárias da Universidad Nacional de Assunción, chegaram no dia 17 de Maio e devem ficar um mês no Brasil desenvolvendo atividades práticas relativas aos seus trabalhos de conclusão de curso, voltados para o estudo de zoonoses. As duas concluirão o curso de Medicina Veterinária ainda esse ano. As visitantes estão gostando da receptividade dos colegas brasileiros e da estrutura à sua disposição. “Tem sido muito bom. As pessoas aqui são muito hospitaleiras e creio que o estágio será muito válido”, diz Milagros. “Existe até a possibilidade de ficarmos mais tempo. Gostaríamos muito de conhecer outros setores da Facul-

dade”, complementa Ana Liz. Médica veterinária formada pela Facultad de Ciencias Agropecuárias da Universidad de Caldas, a colombiana Lina Fernanda Osório Morales está no Brasil desde Fevereiro. Veio treinar a língua, conhecer melhor as técnicas e as rotinas utilizadas no Departamento para tentar ingressar no Mestrado na FMVZ ainda neste ano. Seu objetivo é trabalhar com qualidade de leite. “Recentemente, a Colômbia firmou um tratado de cooperação com a União Européia que deve exigir maior qualificação dos profissionais”, explica. “O estágio tem atendido minhas expectativas. Acho que será um bom treinamento para que eu possa desenvolver projetos no meu país. Para mim é um momento de crescimento pessoal e profissional. Sou grata ao professor Hélio Langoni e a toda equipe do Departamento pela colaboração”. Lina lembra que a Unesp e a Universidad de Caldas já têm um convênio firmado que prevê a mobilidade de alunos e docentes. Ela espera que

com sua vinda ao Brasil, a parceria seja impulsionada. “Para nós seria muito bom ter professores daqui ministrando palestras no nosso país”. A vinda das alunas estrangeiras ao Departamento de Higiene Veterinária e Saúde Pública está diretamente relacionada à projeção internacional dos trabalhos desenvolvidos no setor. Tanto nos casos das estudantes paraguaias como no da colombiana, os contatos foram feitos por orientadores das alunas que conheceram o professor Hélio Langoni em congressos internacionais. Para o professor, o intercâmbio ressalta a necessidade da participação em congressos em países estrangeiros para que se alcance a tão falada internacionalização da Unesp. “Esse contato é muito importante, principalmente com os países da América do Sul. Existe a facilidade da língua e maiores possibilidades de aproximações curriculares. A aproximação com países vizinhos é motivo de orgulho para nós e uma ótima oportunidade de estreitar relações”.


Professor Langoni e as estudantes estrangeiras

A aluna Ana Liz L贸pez, do Paraguai

A aluna Milagros Medina, do Paraguai

A colombiana Lina Morales

Revista Botucatu Especial 25


espaço universitário

Solenidade celebrou

45 anos de FCA

Texto e Fotos Aline Grego

A

Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp comemorou seus 45 anos com uma Sessão Solene da Congregação, no dia 24 de Maio, no Auditório da Fazenda Experimental Lageado. Durante a solenidade foi entregue o título de Professor Emérito da unidade ao professor João Nakagawa pela relevância de sua produção e atividade científica e sua colaboração para o desenvolvimento da FCA. O título de Professor Emérito é a mais alta honraria concedida no meio acadêmico. Após receber o diploma e o capelo das mãos do professor Edivaldo Domingues Velini, diretor da FCA, o professor João Nakagawa foi homenageado pelo professor Claudio Cavariani, em nome de toda a comunidade da FCA. O professor Cavariani ressaltou as origens do professor Nakagawa como “filho de imigrantes que, como tantos outros, dedicaram-se à agricultura”; lembrou a trajetória acadêmica do Professor Emérito desde sua formatura

aos Homenagem rvidores docentes e se

26 Revista Botucatu Especial

pela Esalq, em 1968, passando pela contratação como docente da então FCMBB, em 1969, até a construção da carreira que o transformou em referência na sua área de atuação. “Pelo seu espírito de dedicação e trabalho, o professor João Nakagawa permanece como fonte de inspiração para seus colegas e seus alunos, em busca da excelência acadêmica e da qualidade humana”. Em seu discurso de agradecimento, o professor fez questão de ressaltar a importância de todas as pessoas que colaboraram para sua formação, desde os professores da escola rural que frequentou na infância até os seus orientadores no pós-doutorado. O professor agradeceu seus parceiros de trabalho: servidores técnicoadministrativos, alunos e docentes. “Se hoje recebo este título, as razões, além da motivação pessoal e do empenho, passam pelas parcerias que nos fizeram crescer junto com a FCA”. Por fim, o Professor Emérito homenageou os pais, já falecidos, e todos os familiares pelo constante apoio. Na sequência da solenidade, foram homenageados docentes e servidores técnico-administrativos com 25, 30, 35 e 40 anos de serviços prestados à instituição. Eles receberam diplomas e foram homenageados pela professora Renata Cristina Batista Fonseca, do Departamento de Recursos Naturais da FCA. “É uma honra para mim como ex-aluna e docente desta casa saudar as pessoas que colaboraram para construir essa escola. A todos, nosso respeito, gratidão e carinho”. As pessoas que ajudaram na construção e na consolidação da Faculdade também foram destaque no discurso do diretor da FCA. “É um motivo de orgulho poder contar com as pessoas mais experientes trabalhando ao nosso lado”. O professor Velini também lembrou a atuação da FCA na implantação do

Prof. Nakagawa recebe o título de Prof. Emérito das mãos do Prof. Velini

Parque Tecnológico de Botucatu. “Pode ser um divisor de águas para Botucatu e região e a nossa Faculdade está empenhada em participar desse processo. A FCA é uma instituição pública e quando conseguimos ser úteis à comunidade nosso papel está cumprido”. O diretor da FCA também fez questão de homenagear o professor João Nakagawa. “Nosso corpo de Professores Eméritos engrandece nossa instituição com seus conhecimentos e seu trabalho e o professor João tem uma produtividade científica invejável”. O comendador Shunji Nishimura, fundador da empresa Jacto, da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia e colaborador constante da FCA, falecido há um mês, também foi homenageado pelo professor Velini. “O senhor Nishimura dizia que ninguém cresce sozinho. Essa é uma lição para todos nós sobre a importância de trabalharmos em equipe, atuar coletivamente em busca dos melhores resultados”. Ao final da solenidade, foi exibido um vídeo com mensagens de nove professores pioneiros da FCA e distribuído um DVD comemorativo em que esses docentes relembram o desenvolvimento dos setores da Faculdade. Ainda no dia 24, também como parte das comemorações, o Auditório da FCA recebeu uma apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal.



educação

Asestão férias chegando! Texto e Foto Elaine Silva Winckler | Foto (Elaine) Malu Ornelas

A

s férias escolares, principalmente as férias do mês de Julho, constituem uma pausa no ritmo acelerado de informações e conhecimentos que nossas escolas impoem em seus currículos a cada período letivo. Não nos cabe aqui apontar qual seria a metodologia prazerosa de construção do saber para uma escola motivadora. Nosso objetivo é valorizar o aproveitamento do tempo chamado de “trégua aos conteúdos e atividades oferecidos pela escola”. As férias escolares funcionam como um tempo de descanso, de lazer, mas também de comunicação de novas experiências e de acompanhamento do crescimento. Para compreendermos a importância da família neste momento de lazer, precisamos citar Piaget, um grande educador, que nos fala sobre a tomada de consciência da criança como um ser individual que cresce com seu aprendizado no convívio com o outro: “A consciência do eu individual é, pois, por um lado, um produto e uma condição de cooperação”. Atribuímos à condição de cooperação a grande importância da relação com a família em momentos prazerosos de lazer, de convívio afetivo, de troca de opiniões, de liberdade de pensamento, através do lúdico e do brincar; no espaço mágico da diversão, do brinquedo e do jogo, da imaginação e da estória, no livro, no teatro, no cinema, nos museus; e nos espaços livres, do campo, da praia, do quintal, do pensamento, das idéias. Planejar os passeios, atender aos pedidos curiosos e sugerir espaços de diversão são algumas atitudes das famílias neste momento. Deve-se dar atenção aos interesses da criança e mostrar que existem espaços desconhecidos que poderão ser mágicos. Quando o adulto convida para um passeio ou uma diversão, deve 28 Revista Botucatu Especial

estar cuidadosamente atento para que esta escolha mostre à criança o quanto este adulto conhece seus desejos e interesses. É frustrante quando a família, ao escolher o passeio, não leva em conta o prazer da criança, mas sim o espaço que será prazeroso para ele, o adulto. A cooperação e o acompanhamento ao desenvolvimento que nos referimos acima, diz respeito aos espaços de diversão desta criança, momentos nos quais serão desvendados os valores, os limites, os temores, os conflitos com os quais conviveu na escola, no controle, nas normas, nas descobertas e na descoberta das diferenças naquele espaço; e serão apresentados para que a família acompanhe sua criança na construção dos valores sócio-afetivos. Algumas famílias recebem as férias como momento de sacrifício e lamentam que as crianças não estarão na escola, diariamente, por algumas horas. Pense bem: como qualquer pessoa, a criança ficaria desapontada se, na possibilidade de estar com o outro, ficasse evidenciado ser este um momento de “trabalho” e “cansaço”. A falta de afeto decepciona a criança, a falta de atenção a isola e afasta, esconde seus pensamentos, questiona sua auto-estima e provoca comportamentos confusos e incoerentes. Algumas se agitam e “aprontam” situações que chamam a atenção e provocam punições (ao menos a atenção pela punição!). Outras se evadem incapazes de demonstrar seus sentimentos, se “fecham”, se escondem por detrás do computador ou do vídeo game. Em ambas reações poderão ser presas fáceis na adolescência. Sabemos da realidade das famílias. Muitas vezes o período de férias das crianças não coincidem com as férias dos adultos. Sabemos da falta de dinheiro para diferentes passeios, sabemos do tempo reduzido e do cansaço, mas é de qualidade e atenção que falamos. É na

Eduardo Winckler, pai de João Pedro Silva Winckler, de 10 anos, sabe da importância da presença da família principalmente no mês de Julho. Como Eduardo trabalha fora e passa pouco tempo com seu filho durante a semana, planeja tirar férias neste mês. Por ocasião das férias, aproveita o tempo junto a seu filho indo para o sítio da família, onde se divertem tirando leite, apartando vacas, andando a cavalo, laçando e muitas outras coisas. É um momento de descontração para todos.

evidência prazerosa de que a criança está de férias, bem merecidas, um tempo de descanso; e dentro da realidade de cada família o planejamento feliz deste período. Se não há como viajar a outros lugares, haverá como viajar em leituras ou contação de estórias. Se não há como comprar ingressos, há de se divertir na pracinha, no campo ou na visita a um alguém muito querido. Se não há como descobrir novos espaços, há de se descobrir novas ideias com conversas e diálogos, espaços de conhecimento do pensar, da criança, e, na sua leitura de mundo, do que está aprendendo a conhecer. O importante é intensificar os momentos de estar juntos, mesmo o momento único de colocá-los na cama para dormir e ouvir sobre seu dia, seus brinquedos, seus desejos, sobre o amanhã. Intensificar porque eles devem acontecer mesmo que não estejam de férias, mas nas férias serem premiados com a presença da família e pela importância de um período de folga, diante de tantas cobranças que o cotidiano disciplinar envolve desde cedo. Eles merecem o direito à escolha de momentos prazerosos de, não fazendo nada, tudo poder fazer.



30 Revista Botucatu Especial


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Curtição na TV: sexta-feira 21h, com reprise segunda-feira 14h na TV Serrana, Canal 55, Botucatu. Lique Tavares: (14) 9785-7474

Revista Botucatu Especial 31


perfil

CarlosPessoa O novo Secretário Municipal de Comunicação nos fala com exclusividade sobre sua trajetória no Jornalismo, sempre com ética e dedicação.

Da Redação | Foto Malu Ornelas

P

do EECA, que era chefiada pela dona Toninha. Certa vez, em uma aula de Português, tivemos que montar um grupo para apresentar uma espécie de telejornal. A professora era dona Maria Lúcia Chiaradia Gabriel. Para nós, dona Lucinha. Curti fazer aquilo e, mesmo sem me dar conta, estava descobrindo minha vocação. Mais tarde, a mesma dona Lucinha, me aconselhou a buscar algo na área de Humanas. Ela acertou em cheio.

restes a entrar na casa dos quarenta (como ele mesmo diz), o jornalista botucatuense Carlos Alberto Pessoa acaba de iniciar uma nova etapa de sua vida. No princípio de maio, aceitou o convite do prefeito João Cury para dirigir a Secretaria Municipal de Comunicação. Como cidadão, um homem de hábitos simples, casado há dez anos e pai de uma adolescente. No âmbito profissional, já passou por diversos veículos de comunicação da Cidade e é reconhecido pela ética e dedicação ao trabalho. Ele é o destaque na seção Perfil desta edição, fala sobre o novo desafio na carreira pública, o orgulho de servir sua cidade e suas experiências em 18 anos de Jornalismo. Botucatu Especial: Antes de se tornar jornalista, o que fazia? Carlos Pessoa: Comecei como ven-

dedor de sapatos em uma pequena loja na Vila Aparecida, bairro onde nasci e me criei. Também fui auxiliar de escritório em uma madeireira. Depois fui vendedor das Casas Buri, que funcionava onde hoje é a loja do Ponto Frio. Ajudei a descarregar muito fogão e geladeira nessa época. E até vendia bem. Em certa ocasião, superei a meta e recebi um salário bem bacana. Fiquei em dúvida se comprava uma mobilete ou um vídeo-cassete. Em 1988 isso tudo era novidade. Escolhi levar o vídeo-cassete para presentear minha mãe e meus irmãos. No ano seguinte, em 1989, fui aprovado no vestibular de Jornalismo. Estava trabalhando e quando escutei o saudoso Plínio Paganini anunciar meu nome no rádio, quase não acreditei. O único inconveniente foi ter minha cabeça raspada. Como era obrigado a usar uniforme para trabalhar, incluindo gravata, não ficou muito legal. Mas tinha noção 32 Revista Botucatu Especial

BE: Pode citar um evento que marcou na profissão? CP: Posso citar minha estreia na

que, naquele instante, se completava uma etapa importante de minha vida e que outra, não menos significativa, estava prestes a começar. E até hoje posso dizer com orgulho que só estudei em duas escolas: no EECA (do pré ao antigo terceiro colegial) e na Unesp. Essas duas instituições são responsáveis por minha formação profissional. Já minha mãe, Ivani, por minha formação pessoal e pelos valores morais e éticos que carrego até hoje. BE: Como descobriu a aptidão para o Jornalismo? CP: Sempre me dei bem com as le-

tras, e nunca tive uma relação muito boa com os números. Logo na primeira série fui escolhido para ler um texto na entrega do primeiro livro. Era a época da cartilha Caminho Suave. Me senti a pessoa mais importante do mundo. E desde garoto tomei gosto pela leitura. No primário e no ginásio passava horas e horas na biblioteca

profissão. Quando eu ainda cursava Faculdade, certa vez a Angélica Galvani, hoje assessora de imprensa da Sabesp, levou o Sandoval Nassa para dar uma palestra lá na Unesp, em Bauru. Ele falou um pouco da sua experiência como jornalista e assessor de imprensa, e depois anunciou que estava fundando o jornal “A Cidade”, em Botucatu. Fiquei curioso e ao final do evento fui conversar com ele. Deixei meu telefone caso pintasse alguma oportunidade. Semanas depois, no começo de 1992, tocou o telefone de casa. Era o Sandoval. Disse que havia sofrido uma trombose e teria que se afastar por um tempo dos afazeres no jornal. Perguntou se eu estava interessado em colaborar na cobertura do carnaval. Sem pestanejar, disse que sim. Mas antes disso, eu teria uma pauta importante a cumprir: registrar a morte do vereador Progresso Garcia, um ícone da política botucatuense. Aceitei o desafio. O mais difícil foi convencer a Malu Ornelas, na época fotógrafa do jornal, a tirar uma foto do velório. Não foi fácil. Produzi a matéria e estreei no Jornalismo com a manchete: Tristeza no Carnaval: morre Progresso Garcia. O Sandoval gostou do meu trabalho e resolveu me contratar.


BE: Como descreve poder estar presente, como jornalista, nos principais acontecimentos de Botucatu? CP: Os avanços tecnológicos fazem

com que vivamos na era da informação em tempo real. Muito diferente de quinze, vinte anos atrás. Quando ingressei na profissão, ainda usava máquina de escrever. Celular e internet nem existiam. Cabe ao jornalista contribuir de forma ética e profissional para que a sociedade reflita sobre os caminhos que escolhe percorrer. Apesar de tanta inovação tecnológica, nunca podemos perder o foco nas pessoas, no ser humano. Mais do que um curioso ou um mero contador de histórias, o jornalista tem um papel social importante. É disso que me orgulho. BE: Como ocorreu o convite para dirigir a Secretaria de Comunicação do governo João Cury? CP: Assim que assumiu o governo,

o prefeito João Cury entendeu por bem fazer algumas modificações na estru-

tura administrativa da prefeitura. Resolveu atrelar a área de comunicação à recém-criada Secretaria de Governo. Mas, deixou aberta a possibilidade de voltar ao modelo tradicional, caso não atingisse o avanço que se imaginava. Foi o que acabou ocorrendo. Nessa readequação, o prefeito formulou o convite para que eu assumisse a condução da pasta. Aceitei por conhecer o programa de governo do João e do Professor Caldas, e acreditar que posso contribuir para a construção de um momento histórico para a cidade, com avanços importantíssimos que ainda serão reconhecidos pela população e afetarão de modo positivo a vida dos botucatuenses. BE: Anteriormente já havia passado por esta mesma experiência. Em qual governo foi e como avalia essa atuação? CP: Sim. Foi no último ano da

gestão do prefeito Pedro Losi Neto, em 2000. Foi um período curto, mas pude compreender a complexida-

de que envolve o funcionamento da máquina pública. Havia pouca estrutura, um governo que enfrentava dificuldades enormes e pouco respaldo popular. No meu entendimento, tínhamos uma imprensa mais combativa e uma oposição mais articulada, que exigiam muito mais em termos de resposta por parte da comunicação do governo. Foi um grande aprendizado e não posso negar que alguns de meus cabelos brancos foram cultivados naquela época. BE: O que os botucatuenses podem esperar do novo secretário? CP: Hoje a situação é bem diferen-

te. Apesar de estarmos praticamente iniciando do zero, trago a bagagem de anos de atuação não apenas em veículos de comunicação da cidade, mas também em assessoria política. Além da passagem anterior pela prefeitura, fui o primeiro assessor de imprensa da Câmara Municipal, na gestão do presidente Edney Carreira, e asses-


perfil sor parlamentar do deputado Milton Flávio. Vamos utilizar todos os instrumentos que estiverem ao nosso alcance para avançar no aprimoramento da comunicação interna e também no relacionamento com os veículos e com a sociedade, a fim de permitir que as realizações, as ações do governo cheguem ao conhecimento das pessoas de forma ágil e direta. O cidadão tem direito e quer saber como o dinheiro do seu imposto está sendo empregado. E a transparência é uma das premissas do governo João Cury. BE: Quando foi que se viu na carreira pública e principalmente na vida política de Botucatu? CP: Essas coisas acontecem com

naturalidade, quando você consegue consolidar uma carreira. Isso vale para o Jornalismo, o Direito, a Medicina, para qualquer ramo de atividade. Sou um homem de comunicação, que hoje tem a oportunidade de prestar serviços no setor público.

Me dedicarei com o mesmo entusiasmo com que me dedico ao meu negócio. Quanto ao meu envolvimento com a vida política de Botucatu, confesso que esse universo sempre me atraiu. E digo, sem medo de errar, que o prefeito João Cury executará um mandato histórico, que elevará o patamar da Cidade. Todo início de jornada tem seus percalços, mas após arrumar a casa, agora chegou a hora de colocar o pé no acelerador. Muita coisa boa vem por aí! BE: Por quanto tempo esteve no Diário da Serra e como resume sua atuação nele? CP: São pelo menos quatorze anos

dedicados ao jornal, uma de minhas grandes paixões. Ali vivi os melhores e também alguns dos momentos mais difíceis de minha vida. Isso me fez crescer não apenas como profissional, mas principalmente como ser humano. Posso dizer que sou o que sou graças ao Diário da Serra.

BE: O jornalista e cidadão Carlos Pessoa já é conhecido por todos. Como define o pai, marido e amigo Carlos Pessoa? CP: Um pai que poderia ser mais

presente, mas extremamente grato a Deus por ter me dado a filha que tenho. Um marido fiel e apaixonado. Um amigo leal e sempre pronto a ouvir. BE: O que gosta de fazer nas horas de lazer? CP: Gosto de ver bons filmes e sou

fanático por futebol. Se tem um jogo da quarta divisão na tevê, eu assisto. Nunca fui baladeiro e para mim, não existe lugar melhor que a casa da gente.

BE: O que o Jornalismo representa em sua vida e o que aprendeu através dele? CP: É o meio que me permite dar

uma contribuição efetiva para melhorar a vida das pessoas. Nesses anos de carreira, aprendi que o bom jornalista não se permite “comprar versões”. É preciso dar voz a todos. O julgamento, a palavra final cabe ao leitor, ao ouvinte, ao telespectador ou ao internauta.



automóveis

Como cuidar

do carro em casa

Por Wagner Figueiredo (Só Freios - Suprema) Foto Wagner Malu Ornelas Fotos artigo Divulgação

Mesmo sem o manual, é possível efetuar verificações importantes para manter em ordem seu automóvel

T

oda a eletrônica presente nos automóveis de hoje diminuiu as possibilidades dos mais curiosos colocarem a mão na massa. Na década de 70, ensinava-se até a desmontar o cabeçote do motor para a descarbonização. Hoje a maior parte das tarefas requer o conhecimento e os equipamentos de uma boa oficina, mas isso não significa que não se possa efetuar uma checagem preventiva por baixo do capô. Cuidar do carro na garagem de casa não é coisa só para fanáticos. A manutenção preventiva aumenta a vida útil do veículo, reduz o risco de acidentes e, de quebra, ainda valoriza o carro na hora da revenda. Exagero? Os engenheiros dos fabricantes garantem que vale a pena e, em seus carros particulares, todos eles cumprem o que recomendam. “A maior vantagem é que, a longo prazo, você economiza dinheiro fazendo a manutenção preventiva”, afirma Marco Aurélio Fróes, consultor técnico da Volkswagen. Em geral, é realmente mais barato conservar do que consertar. Os manuais de instrução possuem uma lista de itens para serem checados pelo próprio motorista. Algumas marcas, para facilitar, destacam os principais itens para checagem com as cores amarelo, laranja ou azul. O anel da vareta de óleo e a tampa do reservatório do fluido de freio, por exemplo, são pintados nessas cores. O ideal é seguir as recomendações expressas no manual. Mas o leitor pode ter perdido o livreto ou comprado um carro usado que veio sem ele. Por isso, pesquisei e elaborei uma lista de itens que devem ser verificados regularmente: 36 Revista Botucatu Especial

ÓLEO do motor

Uma vez por semana, com o carro em lugar plano, puxe a vareta para medir o nível. Lembre-se que há duas marcações de referência, uma indicando o “mínimo” e outra para o “máximo”. Se o nível estiver entre essas duas marcas está tudo certo. Algumas marcas recomendam que essa verificação seja feita com o motor frio. Ou-

tras sugerem que esteja quente, mas desligado há pelo menos cinco ou dez minutos. Os dois raciocínios têm sua lógica. O que não deve ser feito, em hipótese alguma, é medir logo após desligar o motor: ó óleo nas partes mais altas do motor leva alguns minutos para descer, o que pode falsear a leitura. Se for preciso adicionar óleo, coloque um produto com as mesmas especificações do que já está no carro, se possível da mesma marca. Mesmo os automóveis novos devem ser checados periodicamente. No Corsa, por exemplo, a GM considera normal o consumo de até 0,8 litro de lubrificante a cada 1.000 quilômetros rodados. O mesmo acontece com outras marcas. Lembre-se de que o motor em amaciamento pode consumir mais óleo.


SISTEMA DE arrefecimento

Nos carros mais antigos era preciso abrir a tampa do radiador. Hoje, basta olhar o vaso de expansão, um reservatório plástico que fica ao lado do motor. Assim como a vareta do óleo, o vaso possui duas marcas indicando “mínimo” e “máximo”. Com o motor frio, a água não deve estar abaixo do nível mínimo, e com o sistema aquecido, o nível não deve ultrapassar a marca máxima. Completar o reservatório com água é uma questão polêmica. Volkswagen, General Motors e Renault não admitem reposição usando apenas água, pois a mistura com o aditivo de etilenoglicol (que impede a fervura e o congelamento) pode ficar desbalanceada. Nesses casos, caso seja impossível levar o carro à um serviço especializado, os manuais recomendam o uso dos aditivos misturados à água, em proporção que varia de acordo com o projeto do veículo. Já a Ford é mais flexível. É normal haver perdas por evaporação. O que evapora, normalmente, é só a água, e não o aditivo. Por isso, se a perda for pequena, pode-se colocar água sem problemas”, no entanto se a reposição for grande, é preciso procurar um serviço especializado .

FLUIDO de freio

O reservatório também fica dentro do compartimento do motor. Procure as marcas que indicam os níveis mínimo e máximo. Havendo necessidade de adicionar fluido, em hipótese alguma coloque óleo comum: utilize o fluido recomendado pelo fabricante. A maioria dos fabricantes só admite completar o nível do fluido em caso de emergência: em geral, pedem para encaminhar à um serviço especializado, que poderá verificar se há algum vazamento no sistema. Lembre-se que todo óleo é higroscópico, ou seja, tende a absorver umidade do ambiente, perdendo suas características. Por isso, troque todo o fluido de freio a cada 12 meses.

LIMPADOR e lavador

A maioria dos motoristas só se lembra na hora em que precisa deles. Verifique o reservatório do lavador de párabrisa toda semana, e se for necessário, complete com água. Alguns fabricantes recomendam misturar um aditivo especial, a base de álcool, para facilitar a limpeza do vidro. Aproveite para verificar o estado das palhetas do limpador: a borracha deve estar macia, flexível e limpa. Com o tempo as palhetas se ressecam, prejudicando a varredura e podendo riscar o pára-brisa. Se o carro possui limpador traseiro, aproveite para fazer a mesma verificação atrás. Revista Botucatu Especial 37


automóveis FLUIDO da direção

No caso de assistência hidráulica ou eletroidráulica, procure o reservatório dentro do compartimento do motor e verifique o nível. Caso necessário, complete com o fluido recomendado pela marca.

CÂMBIO automático

Cheque regularmente o nível do óleo da transmissão. Há uma vareta para verificação, semelhante à do cárter. O carro deve estar em lugar plano e com o câmbio na posição P. Já no caso de câmbio manual a verificação pode ser feita em prazos bem longos.

Pneus

Toda semana, calibre os pneus a frio. Rodar com a pressão correta economiza combustível

e melhora o desempenho e a estabilidade. Não deixe que o frentista do posto de gasolina adivinhe quantas libras seu carro usa: como eles vão saber a calibragem de todos os carros que circulam no País? Nessa hora, não esqueça de calibrar também o estepe, pois não há nada pior do que precisar do pneu sobressalente e descobrir que ele também está murcho. Uma vez por mês, verifique o estado das bandas de rodagem. Caso o desgaste seja irregular, pode estar havendo algum problema na direção ou na suspensão.

LÂMPADAS

Ve r i f i q u e o funcionamento de todas as lâmpadas, inclusive as traseiras, no mínimo uma vez por semana. A cada seis meses, procure regular o facho dos faróis. Os dos veículos mais antigos podiam ser regula-

dos em casa. Nos carros mais novos, que usam faróis de superfície complexa, essa operação é mais complicada, sendo aconselhável um serviço especializado. Nessa hora, para garantir a precisão, o tanque do carro deve estar cheio e os pneus calibrados.

Bateria

Os carros mais modernos utilizam bateria selada, que duram mais e não precisam de manutenção. O inconveniente é que elas são mais caras. Se seu carro usa bateria normal, verifique o nível da solução a cada 15 dias, e se necessário, complete com água destilada. Não deixe o nível transbordar, pois a solução líquida da bateria possui ácido sulfúrico.



automóveis Fora-de-estrada

Os veículos que são utilizados constantemente fora de estrada devem ser lavados cuidadosamente, principalmente por baixo. Lama e areia podem se infiltrar nos rolamentos e no diferencial.

CARROCERIA e chassi

EQUIPAMENTOS obrigatórios

Não é item de manutenção preventiva, mas é aconselhável aproveitar a checagem para dar uma olhada em todos os equipamentos obrigatórios: extintor de incêndio, estepe, macaco, chave de roda e triângulo de segurança. Exagero? Não é raro ouvirmos histórias de estepes roubados, especialmente quando o pneu é guardado fora do carro.

Portas

Quando a porta começa a ranger, use um óleo fino, do tipo usado em máquinas de costura, ou spray lubrificante. Cuidado para não borrifar óleo em excesso, para não criar um ponto para acúmulo de poeira. Se os vidros ou a chave estiverem se movimentando com dificuldade, prefira usar grafite em pó, que não retém poeira como o óleo.

Um carro com boa aparência é valorizado na hora da revenda. Procure lavar o carro uma vez por semana, à sombra, usando água e sabão neutro. Enceramento periódico também é aconselhável. Por baixo (e somente se for necessário), use apenas água: não borrife qualquer tipo de detergente ou lubrificante sob a carroceria, como querosene, óleo de mamona ou fluido de transmissão automática. O óleo acaba provocando o acúmulo de sujeira, reduzindo a vida útil dos componentes de borracha de freios e suspensão e favorecendo o aparecimento da ferrugem. Se puderem, guardem essa matéria para posteriores consultas. Abraços a todos!



comportamento

Você sabe

o que é SAP

Da Redação | Fotos Divulgação

S

AP é a sigla para um distúrbio encontrado comumente hoje em dia entre pais separados que tem filhos. Trata-se da Síndrome da Alienação Parental. A SAP manifesta-se inicialmente com a campanha negativa contra um dos genitores, o alienado, através de instruções dadas pelo outro, chamado alienante. A grande maioria dos cônjuges alienados são pais, mas não podemos generalizar, há muitas mães que também encontram-se neste papel, porém para melhor entendimento usaremos nesta matéria a mãe como alienante e filho e pai na condição de alienados já que percentualmente o número de mães que possuem a guarda de seus filhos é substancialmente maior. É importante salientar que a doutrinação de uma criança através da SAP é uma forma de abuso (considerado abuso emocional), porque pode razoavelmente conduzir ao enfraquecimento progressivo, e em muitos casos até total, da ligação psicológica entre a criança e um de seus genitores. Tipicamente, o pai ou mãe que possui a guarda da criança e demonstre possuir SAP torna-se cego às consequências psicológicas provocadas na criança no seu intento de destruir qualquer vínculo

42 Revista Botucatu Especial

formado com o genitor alienado. A síndrome é demonstrado claramente, pois a maioria dos sintomas do conjunto manifesta-se previsivelmente juntos, como um grupo. Frequentemente esses sintomas parecem ser não relacionados, mas o são realmente, porque tem geralmente fatores em comum, como por exemplo: • Uma campanha negativa contra o genitor alienado; • Racionalizações fracas, absurdas ou sem motivos para a depreciação; • Falta de valores iguais para a criança alienada em relação a seu pai e mãe; • O fenômeno do “pensador independente” (onde o alienante incentiva seu filho a ter imagens destorcidas sobre o genitor alienado, e o induz a pensar que esse conceito é próprio); • Apoio automático à mãe em algum conflito com o pai; • Ausência de culpa sobre a crueldade ou a exploração contra o pai; • Presença de “encenações encomendadas”; • Demonstração de ressentimentos aos amigos ou à família do pai. • Não permite que a criança esteja com o genitor alienado em ocasiões outras que não aquelas prévia e expressamente estipuladas.

Tipicamente, as crianças que sofrem com a SAP exibirão a maioria desses sintomas aliados a fatos corriqueiros como o descumprimento de ordem judicial no que diz respeito aos dias estipulados para visitas. Este descumprimento se dá perante inúmeras desculpas por parte da mãe de que o filho encontra-se doente ou qualquer outro motivo torpe, porém para a criança a estória muda e transforma-se no fato de que o pai não quis ver o filho porque não sente mais afeto por ele.

Como é verdadeiro em outras síndromes, há na Síndrome da Alienação Parental uma causa, mesmo que oculta, específica: trata-se da programação por um genitor alienante, conjuntamente com contribuições adicionais da criança “programada”, como por exemplo, a criança guardar sentimentos e crenças negativas sobre seu pai, que são inconsequentes, exageradas ou não condizentes com a realidade, crenças essas incutidas pela mãe, muitas vezes devido ao ressentimento desenvolvido pela situação de separação. É por essas razões que a SAP é certamente uma síndrome pela melhor definição médica do termo e não há nenhuma dúvida de que os tribunais com rapidez crescente estão reconhecendo o transtorno. Note que a criança é quem sofre com a Síndrome da Alienação Parental, o alienante apenas possui o distúrbio. Vários depoimentos de adolescentes que passaram por situações de Alienação Parental na infância relatam o sofrimento em se manter distante de alguém amado por imposição do alienante, porém, sem saberem como agir, terminavam por cair nas armadilhas de seu alienante, mesmo isso trazendo extrema dor e sofrimento a estas crianças. Afastar alguém tão amado do convívio de uma criança já causa uma penalidade das mais cruéis e desumanas contra um pai e principalmente contra seu filho que não possui condições de defender-se e, desta forma, a mãe tira também a possibilidade de defesa do genitor alienado contra esse tipo de agressão abusiva. O diretor de cinema Alan Minas reproduziu todo o seu sofrimento como pai alienado em um filme denominado “A Morte Inventada” onde, além dos problemas causados aos familiares, en-


fatiza o sofrimento da criança alienada em tentar agradar seu alienante, seu “líder” por assim dizer, esforçando-se em demonstrar à sociedade sua felicidade (imposta pela mãe), quando na verdade sente-se devastado psicologicamente. Este é um fator bastante grave no que diz respeito ao desenvolvimento psicológico saudável desta criança e devemos observar que por indução de seu alienante, portador da Síndrome de Alienação Parental, torna-se alterada a percepção da criança em relação ao genitor alienado, fazendo esta criança confessar

que o odeia mesmo sem portar esse sentimento. Esta percepção acaba por matar o pai em vida e este ressentimento estende-se sobre a família paterna. Crianças usadas desta forma normalmente transformam-se em adolescentes usuários de drogas e álcool como uma forma de aliviar a dor e culpa da alienação, apresentam depressão, agressividade, baixo rendimento escolar, em alguns casos ouve-se relatos de suicídio entre

jovens alienados que geralmente apresentam baixa auto-estima, é comum que na idade adulta não consigam manter uma relação estável devido aos traumas vividos na infância e costumam ter problemas de gênero, em função da desqualificação do genitor atacado. Por esses e muitos outros motivos, podemos notar que a Síndrome da Alienação Parental não é apenas um problema somente dos genitores separados,


comportamento trata-se de um problema social que gradativamente tem ganhado espaço na mídia e nos meios jurídicos já é considerado crime devido a uma lei aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e pela Câmara dos Senadores (Projeto de Lei 4053/08).

O QUE FAZER como pai ou mãe?

A Síndrome da Alienação Parental é um tema bastante discutido internacionalmente e, atualmente, no Brasil também é possível encontrar vários livros e textos sobre o assunto. Em primeiro lugar não confunda a questão de conjugalidade com parentalidade, não use seu filho como instrumento de agressividade direcionada para atacar seu ex-parceiro pelo fato de não aceitar o fim da relação ou tendência vingativa. Lembre-se que, antes de tudo, essa criança tem sentimentos próprios em relação a seu pai e sua mãe, por isso não interfira criando valores desiguais.

Busque compreender seu filho e proteja-o de discussões ou situações tensas com o genitor alienante. Procure auxílio psicológico e jurídico para tratar o problema. Não espere que uma situação de SAP desapareça sozinha. E lembre-se que a informação sobre a SAP é muito importante para garantir às crianças e adolescentes o direito ao desenvolvimento saudável, ao convívio familiar e a participação de ambos os genitores em sua vida.

Este problema silenciosamente traz consequências desastrosas para gerações futuras. As estatísticas mostram que 80% dos filhos de pais separados já sofreram algum tipo de alienação parental e estima-se que mais de 20 milhões de crianças sofram este tipo de violência. Fique atento aos sintomas apresentados pela criança e em caso de dúvidas busque ajuda. Para maiores esclarecimentos em Botucatu, procure o Conselho Tutelar.



especial

Um tesouro

em Botucatu

A Estância Demétria abriga o Museu de Mineralogia, referência para estudos do mundo todo

Da Redação | Fotos Sandro Coltri

F

inalizando a sequência de matérias voltadas para a Estância Demétria de Botucatu, em comemoração aos seus 35 anos de fundação, trazemos nesta edição o Museu de Mineralogia Aitiara, pouco conhecido e desfrutado pelos botucatuenses, mas muito requisitado entre estudantes, pesquisadores e demais amantes da Mineralogia de todo o mundo. Fundado institucionalmente pelo professor alemão e artista plástico reconhecido internacionalmente, Erich Otto Blaich, em 2008, o museu contém um acervo rico em amostras de fósseis, minerais e rochas, fonte de estudo para diversas instituições educacionais. Rochas do período jurássico de milhões de anos, Calcitas, Ágatas, Ametistas, Turquesas, Rubis, Cristais, Quartzos, entre outras de diversos tamanhos, tipos e cores, além de algumas raridades, formam a coleção. Todas têm uma história em particular e representam um pouco da história do mundo, através das modificações do solo e fenômenos naturais. Vindas de todos os lugares, da China e Índia, por exemplo, parte das rochas pertence a coleção particular de Blaich e as demais doadas por amigos, alunos e lojas de jóias, antigos contatos do professor, que já foi também soldado

46 Revista Botucatu Especial

de guerra quando jovem, empresário, pesquisador, ourives (profissional que trabalha com ouro) e artista plástico. Blaich vive em Botucatu há 23 anos. Pai de Hans Jórg Blaich (administrador da Estância Demétria durante 23 anos a partir de 1974 e que é casado com Eldbjórg Feste Blaich, fundadora da Escola Aitiara), mudouse para Botucatu quando se aposentou, após 37 anos em São Paulo, dos quais por 24 lecionou Artes e Mineralogia na Escola Rudolf Steiner. É difícil não falar de sua história para chegar até o Museu Aitiara. A história que o levou à Estância começa ainda quando Blaich vivia em seu país e ingressou na Escola Superior de Arte e Ofícios em Enzberg, cursando Mineralogia e Petrologia. Foi na mesma época que conheceu sua companheira e esposa, Margarete Steudle, e começou seu amor pela arte, esculpida naturalmente nos minérios. Após ser recrutado e prestar serviços para o País, como telegrafista do Exército alemão, ser preso e obrigado a trabalhar na exploração de minas de carvão na França (um pedaço de carvão da época inclusive está exposta no museu), fugiu e conseguiu voltar a sua terra natal, constituir família e trabalhar com ourivesaria e artes gráficas. Em 1952 veio para o Brasil, desembarcando no porto de Santos. “Achei o Brasil extraordinário e muito rico. Aqui, encontrei a paz e a liberdade que buscava para desenvolver a minha arte”, lembra Blaich, hoje com 91 anos. Ele veio antes da mulher e os três filhos, que chegaram no ano seguinte, após ter se estabilizado. Foi aqui que começou a juntar por simples curiosidade a coleção que um dia viria a ser de grande importância para mui-

tos. Durante este tempo, também trabalhou por seis anos em uma fábrica de jóias em São Paulo, aproveitando sua experiência como ourives, e teve a oportunidade de fazer um relógio para o então presidente da república na época, Getúlio Vargas. “O dono da empresa me pediu que fizesse o milésimo relógio de ouro da fábrica como presente para o presidente Getúlio Vargas”, revela o feito timidamente, escondendo o orgulho. Depois, se envolveu cada vez mais com a Pedagogia e foi convidado a ministrar aulas. Juntamente com a esposa e os filhos, a paixão pelas pedras foi crescendo a cada dia. Pouco a pouco, o hobby de guardar as pedras encheu a casa da família. Blaich conta que a sala que as guardava era a mais cheia da casa e que em suas aulas pôde mostrar aos alunos, através delas, a riqueza que o Brasil abrigava e que poucos haviam explorado. Com toda esta história, uma aluna transformou a vida de Erich Otto Blaich em biografia, contando sua trajetória até chegar aqui e seu envolvimento com a arte. Contudo, o acervo da coleção se iniciou há aproximadamente 40 anos. O sonho de Blaich agora é poder dividir com o maior número de pessoas as peças e histórias que juntou até hoje e, através deste trabalho, valorizar o museu e torná-lo parte do turismo da região. Berenice Balsalobre é moradora da Demétria há 11 anos e desde o princípio colabora com a iniciativa do mu-


seu. É ela quem acompanha Blaich e recebe os visitantes. Segundo ela, as acomodações do museu já estão ficando insuficientes para a quantidade de pedras, que aumentam com as doações e precisam de espaço já que são muito frágeis. “Estamos estudando um novo espaço, pois este está ficando pequeno. Queremos também que mais pessoas possam desfrutar do que temos aqui. Alunos de Faculdades do exterior, amigos do senhor Blaich, até a segunda geração de seus alunos frequentam o museu. Mas a meta é, futuramente, poder

aumentar nossa estrutura e expandir isso às escolas e possibilitar mais estudos”, explica a colaboradora. Berenice confessa, ainda, que querem poder tornar o museu um lugar que possa receber ações de cultura, com apresentações musicais e palestras, por exemplo. Atualmente, o Museu de Mineralogia Aitiara sobrevive da venda de alguns minerais e doações. Para conhecê-lo basta agendar o horário de visita, disponível aos sábados, das 15 às 18 horas. Contatos: (14) 3813-0588/38134488, ou no e-mail: bebal@uol.com.br.

Berenice Balsalobre e Erich Otto Blaich


esporte

CanarinhoA cor do Brasil Da Redação | Fotos: Divulgação

1982

1986

1990

2002

2006

2010

1970

1978 1998

1954

1974

1938

sorte, já que o Brasil foi vice-campeão perdendo para o Uruguai, que por ironia ou não, tem as mesmas cores em sua bandeira. A camisa canarinho surgiu após essa derrota, através de um concurso promovido pelo jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos, responsável pelo futebol brasileiro da época. As cores da camisa foram consideradas pouco nacionalistas e, por isso, incentivavam a criação de um novo uniforme para a seleção, usando todas as cores da bandeira brasileira. O vencedor foi o gaúcho Aldyr Garcia Schlee, de apenas 19 anos.

1994

1930

de influenciar a moda, onde as cores da bandeira passam a ser tendência. Longe de ser considerada apenas uma peça de vestuário, a camisa tem um valor sentimental para os brasileiros. É reconhecida em qualquer parte do mundo, simboliza através das cores a paixão pela pátria e o orgulho de ser o País do futebol. O conhecido uniforme número um da seleção, nas cores amarela, verde, azul e branco, foi adotado na Copa de 54, na Suíça. Antes dele, na Copa de 50, as camisas usadas pelos jogadores eram brancas com colarinho azul. Nessa versão, infelizmente, as cores do uniforme não trouxeram muita

1950

A

seleção brasileira completa este mês 96 anos de história. Durante esse tempo, nossos jogadores utilizaram mais de 30 modelos de camisas. Elas já foram azuis, brancas, com ou sem listras, com ou sem gola, de diversos tecidos e detalhes. Mas foi em seu modelo mais simples e na cor amarela, que se eternizou e consagrou mundialmente. A mais conhecida camisa da Seleção Brasileira de Futebol, a “canarinho”, nunca sai de moda. Mas, principalmente em tempos de Copa de Mundo, fica em evidência e não é nada difícil e incomum encontrar torcedores desfilando com elas pelas ruas, além

48 Revista Botucatu Especial


COSTURANDO A LINHA DO TEMPO

O primeiro uniforme oficialmente utilizado pela seleção brasileira foi em 21 de Julho de 1914, todo branco com uma faixa azul na manga. • É engraçado, mas a seleção brasileira também já usou camisas vermelhas! No mesmo ano, no campeonato Sulamericano disputado no Uruguai, o time anfitrião, o Chile e o Brasil usavam camisas brancas. Em um sorteio, o Brasil teve que trocar sua cor. O único jogo de camisas disponível nas lojas de Montevidéu era o vermelho, liso e sem nenhum símbolo. • Em 1916 a camisa da seleção era listrada de verde e amarelo, e foi proibido seu uso em campo devido suas cores. Era inadmissível que as cores do País fossem usadas nos uniformes do “esporte de vagabundos”. • Em 1919, foi criado o uniforme branco e azul. Ele foi usado nas Copas de 1930, 34 e 38. Na Copa de 1950 foi aposentado. • Após a derrota de 50, a escolha de um novo uniforme foi feita através de um concurso. Nascia a eterna camisa canarinho! • Na Copa de 58, o Brasil só levou a camisa amarela. Na final contra os donos da casa (Suécia), que também jogava de amarelo, a seleção teve de procurar outra cor. Não tendo preparado um uniforme reserva, o Brasil recortou os escudos de suas camisas amarelas e os costurou sobre um jogo de camisas azuis compradas de última hora em uma feira livre de Estocolmo. A partir daí, o uniforme tornou-se o número dois, oficialmente. • Depois que a camisa número 10 foi usada por Pelé, ela passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. • Em 78 a seleção brasileira fechou seu primeiro grande contrato com uma marca internacional para a confecção dos uniformes: a Adidas. Nesta fase as mangas das camisas ganharam três listras verdes, símbolo da marca. • Um ano depois, a Topper da Argentina era a nova responsável pelo vestuário dos atletas. Surgia também a Confederação Brasileira de Futebol e um patrocínio inédito do Instituto Brasileiro do Café, acrescentando à camisa um distintivo com a taça Jules Rimet e um ramo de café. • A camisa da Copa de 94 também trazia uma novidade: uma marca-d’água na frente com o escudo da CBF. • Em 2006 é assinado contrato com a Nike, que estará com a seleção do Brasil até 2018, a 12 milhões de dólares por ano. Revista Botucatu Especial 49


esporte O próprio criador não havia gostado muito de seu projeto, já que até então nenhum time usava quatro cores juntas no mesmo uniforme, o que a princípio pareceu estranho. Composto por camisa amarela com gola e punhos verdes; calção azul com uma faixa vertical branca e meias brancas com detalhes em verde e amarelo, o uniforme da seleção brasileira, feito por um cidadão brasileiro comum, estreou no Maracanã, no dia 14 de março, nas eliminatórias da Copa de 54. Depois deste marco na história das cores do uniforme da seleção do Brasil, poucas mudanças aconteceram. A bola então é passada para os tecidos e detalhes que prometem oferecer mais leveza, conforto e mobilidade aos jogadores. Ainda no passado, mas não muito distante, em 2007, o jornal inglês The Times, em sua versão para a internet, o Times Online, elegeu as 50 camisas mais bonitas da história do futebol. Adivinha qual ganhou?

A camisa da seleção brasileira de 70 saiu consagrada com a primeira colocação, desbancando a do Real Madrid de 60 e da Itália de 70. A criação do gaúcho deixara de ser estranha e a ousadia em usar todas as cores da bandeira e o estilo do uniforme para a época foram levados em consideração na qualificação. A célebre camisa, cobiçada até os dias de hoje, era da marca brasileira Athleta, responsável pela confecção dos uniformes da seleção entre 1954 e 1977, hoje substituída pela grandiosa Nike. Agora, é esperada por todos os brasieiros uma nova mudança no uniforme da seleção brasileira: a sexta estrela acima do escudo da seleção. É rumo ao hexa!

VESTINDO tecnologia

Nesta Copa, as novidades das camisas da seleção ficaram por conta da tecnologia utilizada nos tecidos e moldes do próprio modelo.

Seguindo uma tendência ecologicamente correta, seu tecido foi produzido com plástico reciclado de garrafas PET, cada uma feita com aproximadamente oito garrafas. Suas costuras também foram inovadoras: normalmente feitas com linha, foram substituídas por cola, técnica também usada nos macacões do automobilismo para diminuir o peso. Os novos materiais e técnicas de costura reduziram 15% no peso total da camisa da seleção, em relação à versão anterior, usada em 2006. A camisa também apresenta um ajuste ao corpo dos jogadores, seguindo os contornos naturais, deixando-a mais justa e evitando que o adversário puxe o jogador pela camisa. Micro aberturas nas laterais, feitas a laser, proporcionam mais refrigeração e melhoram a sensação térmica dos atletas. Tudo isso, com o objetivo de oferecer mais conforto e movimento aos jogadores.



gastronomia

Churrascaria

Tabajara

21 anos servindo bem Da Redação | Fotos Marcelino Dias

O

s vegetarianos que nos perdoem, mas para quem gosta de carne, é difícil resistir a um churrasco bem preparado, com uma carne ao ponto, servido com arroz, aquela farofinha e uma salada para acompanhar! É assim que a Churrascaria Tabajara vem servindo há 21 anos os botucatuenses. Alerano Carboni, mais conhecido como Nene, é gaúcho e sócio da churrascaria em Botucatu, juntamente com o casal Euclides Luiz Perin e Iracilda Ongaratto. Todos nascidos no Estado do Rio Grande do Sul, na região do Vale do Taquari, considerada terra do churrasco. Ele chegou até Botucatu através do casal de amigos, que possuem uma Churrascaria Tabajara em São Carlos e procuravam um outro ponto para abrir o restaurante, em Maio de 1989. “Botua e Nene

Euclides, Iracild

catu não tinha na época nenhuma churrascaria com rodízio”, lembra Nene, que entrou na sociedade e dirige o restaurante. Ele completa: “Botucatu é uma cidade que nos acolheu muito bem e tem pessoas muito exigentes, que sabem o querem. Tentamos aprender com elas”. Fazer o que gosta, é o verdadeiro segredo revelado por ele, para preparar um churrasco digno dos gaúchos. Mas, ele também não nega que alguns procedimentos devem ser considerados, desde a escolha da carne, o corte, tempero, altura do fogo e escolha do carvão até a forma de servi-la e chegar ao prato. Além disso, todas as pessoas envolvidas no preparo do churrasco devem ser qualificadas para tal função. Desta forma, a Churrascaria Tabajara trabalha para tornar-se a cada dia a churrascaria com rodízio de carnes mais recomendada da cidade. Além das excelentes opções em carnes, segundo o empresário, o que diferencia a Churrascaria Tabajara das demais da região é a grande variedade de saladas presentes na mesa de frios e saladas. São mais de trinta opções! A qualidade dos produtos, para a maioria o prato inicial, já dá água na boca e prepara o paladar para o que está por vir. Em média 25 tipos de carnes são servidas durante as refeições. Nene garante que a picanha é a mais pedida e jamais pode faltar em um rodízio. A paleta e o carré de carneiro, a linguiça cuiabana, costela e cupim estão entre os diferenciais da casa.

O SEGREDO do sucesso

Nene já se considera botucatuense e tem uma filha nascida na cidade. O

52 Revista Botucatu Especial

amor que surgiu por Botucatu fez com que se dedicasse cada vez mais ao empreendimento e o aperfeiçoasse. “Cada um deve trabalhar no que gosta e saber o que faz. É isso que tentamos fazer, passar o que sabemos para outras pessoas e nos aprimorar sempre”, ressalta. Prestar um bom atendimento e qualidade no servir é a meta diária. Dos 18 funcionários que a churrascaria emprega, a maioria veio do Sul para trabalhar aqui. De acordo com Nene, a mão de obra no ramo é escassa e as pessoas de lá, por já ser considerada uma região de referência no preparo de carnes, acabam tendo mais aptidão para o trabalho. Casa cheia é sinônimo de receptividade e os elogios não são poucos: “Clientes que frequentam outras churrascarias de alto padrão já nos disseram que não deixamos nada a desejar nos quesitos qualidade e atendimento”, conta. Questionado sobre como uma pessoa leiga pode identificar um bom churrasco, ele diz: “É difícil responder porque essa é uma questão muito particular. Como tudo, o que é bom para mim pode não ser para você. O que posso dizer é que há pessoas que sabem apreciar um bom churrasco. Cabe a nós fazer nosso trabalho e deixar que o próprio cliente responda”, finaliza.



capa

Diário da Serra Quem está por trás das notícias

18 anos!

Da Redação | Fotos Malu Ornelas

N

a última edição da Botucatu Especial os locutores da rádio Criativa FM mostraram aos nossos leitores um pouco sobre quem são em um breve bate-papo. Nesta edição, em comemoração ao aniversário do jornal Diário da Serra, que completa 18 anos, fazemos o mesmo com seus profissionais, que todos os dias fazem parte da vida de milhares de botucatuenses, nos mantendo informados sobre os acontecimentos que movimentam a cidade e região. Saiba quem são esses jornalistas e fotógrafos, o que gostam, algumas curiosidades de suas carreiras e como adentraram no mundo do Jornalismo, onde nenhum dia é igual ao outro! Nome: Lucas Pinheiro Machado Idade: 23 anos Estado civil: Solteiro Editoria: Economia e

Cidade

Livros preferidos: “As

Quatro Estações” (Stephen King) Filme: “Rei Arthur” Estilo musical: Rock n’Roll Esporte:

Futebol e jiu-jitsu

54 Revista Botucatu Especial

Time do coração: São Paulo Jornalistas que tem como referência:

Haroldo Amaral e Mirella Bergamo O que fez optar pelo Jornalismo? Na verdade, escolhi o Jornalismo por ser apaixonado por Jornalismo Esportivo e pelo sonho de trabalhar na transmissão de partidas de futebol, em uma rádio AM. Nunca imaginei que iria escrever sobre Economia no Diário, mas estou gostando da ideia. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário? Atuo como jornalista desde

2006, como estagiário tive alguns contratos temporários, e como todo bom jornalista, atuando sempre que possível como free lancer em tudo que aparece. Hoje faço assessoria para uma banda da cidade e no Diário eu sou o “foca” da redação. Ainda estou tomando trote do pessoal mais velho, pois estou há pouco mais de 1 mês no jornal. Mas já me sinto em casa, como se estivesse há vários anos aqui. Cite um fato marcante em sua carreira: Eu não sou tão velho

de profissão quanto o Haroldo, que já deve estar com 85 anos de Jornalismo e deve ter muitos fatos marcantes, rs. Mas o que com certeza vou levar para sempre comigo vai ser um dia, quando eu ainda era estagiário da Prefeitura e estava acompanhando o prefeito em uma inauguração e resolvi levar meu pai

comigo, pois era um final de semana e ele estava de bobeira em casa. Em pouco tempo ele já havia se enturmado com todo mundo no local e, por sorte, pode ouvir da boca do prefeito João Cury que ele poderia ter orgulho do filho que tem. Pouco tempo depois meu pai faleceu, mas ao menos levou com ele que o filho dele era uma grande pessoa. Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Sempre passamos

por situações inusitadas, principalmente quando não pode acontecer, rs. Já fiz reportagens de grande importância para a cidade, chegando no lugar sem nem saber do que se tratava, já esqueci a pergunta no meio da entrevista. Na época da faculdade, fiz um trabalho muito bacana com uma colega sobre a história de um jornal, passamos o dia inteiro com o fundador do jornal, conhecemos todos os lugares possíveis e imagináveis com explicações detalhadas e no final das contas, o gravador estava sem pilha e não conseguimos gravar nada, foi desesperador, pois como todo bom aluno, estava no limite do prazo.

Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação? Ainda

não se tem muitas opções de agências de comunicação em nossa cidade. As empresas ainda não botam muita fé no poder da mídia e no poder de persuasão da comunicação em geral. No mais, estamos bem servidos com quatro rádios que possuem seus jornais matinais, o número de jornais impressos também esta cada vez maior. Temos revistas, diversos e sites. No meio jornalístico, estamos bem. Ainda acho que o problema maior seja a falta de coragem de alguns empresários em acreditar no poder da comunicação.


Nome: Renato Fernandes Idade: 35 anos Estado civil: Casado Editoria: Cultura Livros preferidos: “O Despertar dos

Mágicos” (Louis Pauwels e Jacques Bergier), “Chatô, O Rei do Brasil” (Fernando Morais), “Ilusões” (Richard Bach), “O Lobo da Estepe” (Hermann Hesse), “Demian” (Hermann Hesse), “Incidente em Antares” (Érico Veríssimo) e “A Vizinhança – Avenida Dropsie” (Will Eisner). Filme: “Delicatessen” e “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, ambos do diretor Jean-Pierre Jeunet. Estilo musical: Punk Rock, Heavy Metal e Trash Metal. Também ouço MPB, de forma bastante seletiva. Esporte: ciclismo, rapel, escalada, trekking Time do coração: São Paulo, mas confesso, não conheço nem mesmo seus jogadores Jornalistas que tem como referência:

Roberto Cabrini, César Tralli

O que fez optar pelo Jornalismo? Não

trato o Jornalismo como opção, é vivência. Não escolhi a profissão, simplesmente aconteceu naturalmente em minha vida. As causas que contribuíram para que eu me tornasse jornalista provavelmente foram: curiosidade, facilidade em escrever, indignação com uma série de questões que me rodeiam e outra porção de motivos. Na verdade, sempre quis ser escritor, tenho várias peças de teatro, contos e dois romances engavetados. Um dia publico.

Há quanto tempo está na profissão? E no Diário? Trabalho em jornal desde

adolescente. Comecei em 1992, fazendo cobrança para o falecido Miranda, editor do jornal “O Rolo”, em seguida passei a atuar na mídia escrita por vocação. Simplificando, aos 13 anos editei com um amigo um fanzine sobre rock n´rool e comportamento, chamado “Carnificina” (nome tosco – coisa de adolescente), queria informar os amigos sobre bandas e shows. Profissionalmente, exerço a função

de repórter desde 1995. No Diário da Serra eu estou na segunda temporada, digamos assim, pois trabalhei entre 1996 e 1997 e retornei em 2001. Cite um fato marcante em sua carreira: A oportunidade de entrevistar o

Lula, atual presidente da república em sua passagem por Botucatu, está na lista de mais marcantes.

Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Situações

inusitadas passamos todos os dias, a todo momento. Entrevistar um delegado de Botucatu que afirmava ter visto um ovni, encontrar peças de museu em um porão de bar, dormir em assentamento sem terra, ser confundido por contrabandistas e fugir de tiros, são algumas.

Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação?

Acredito que essa análise não cabe a nós profissionais, mas sim aos leitores. Procuro dar o meu melhor e creio que todos fazem isso. Realmente, não saberia fazer essa avaliação. Acredito que estamos no caminho certo e que é necessário atenção às novas formas de comunicação. Quando trato de análise e julgamento penso sempre em uma frase budista: “Não viva no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente” (Sakyamuni). Revista Botucatu Especial 55


capa

Nome: Cleber Novelli Idade: 25 anos Estado civil: Solteiro Editoria: Cidade Livros preferidos: “Rota 66” e

“Símbolo Perdido” Filme: “O Informante” e “Código da Vinci” Estilo musical: Eclético Esporte: Futebol Time do coração: São Paulo

Jornalista que tem como referência:

Armando Nogueira O que fez optar pelo Jornalismo?

Sempre admirei o trabalho de um repórter/apresentador e sua responsabilidade em levar a notícia com qualidade e credibilidade. Diante disso, me interessei pela profissão e iniciei o curso de Jornalismo em 2003. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário?

Desde 2005. No Jornal Diário da Serra, desde janeiro deste ano. Cite um fato marcante em sua carreira: Em

2006, quando ainda morava em São Paulo, tive a oportunidade de entrevistar diversos jornalistas, comentaristas, personalidades e jogadores de futebol para produzir um rádio documentário, contando toda a trajetória profissional do goleiro Marcos, do Palmeiras. Dentre os entrevistados, estão o próprio Mar-

56 Revista Botucatu Especial

cos, o ex-técnico Zagallo e companheiros da época de clube do goleiro palmeirense. Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Em 2009, a

Rádio Emissora (PRF8) transmitia ao vivo a partida do time da imprensa de Botucatu, no Campeonato Varzeano - Série B, no Estádio Municipal “João Roberto Pilan” (INCA). Alguns integrantes da equipe responsável pela transmissão estavam inscritos no torneio, mas não puderam participar do jogo, por causa do compromisso profissional. Ainda no primeiro tempo, houve uma queda de energia no Bairro Alto (região onde está instalado o transmissor da rádio) e a jornada esportiva acabou interrompida. Como não havia previsão de volta da energia antes do horário que a partida deveria ser encerrada, os profissionais (inclusive eu) trocaram os fones e microfones pelas chuteiras e entraram em campo para ajudar a Seleção da Imprensa. Mas não evitaram a derrota por 6 x 1.

Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação? É

uma cidade que conta com muitos profissionais qualificados, divididos nos diversos veículos de comunicação. O botucatuense é um privilegiado por poder sempre ter, logo pela manhã, informações atualizadas e contextualizadas.

Nome: Cristiano Alves Idade: 32 anos Estado civil: Casado Editoria: Segurança / Policial Livros preferidos: “O alquimista”

e “Caminhar sobre as águas” (Anthony de Mello) Filme: “Advogado do Diabo” e “O Show de Truman” Estilo musical: Rock, Pop Rock, Clássico e MPB Esporte: Futebol Time

do

coração:

São Paulo Jornalista que tem como referência: Contamos

com bons jornalistas no País. Também temos referências locais, das quais prefiro falar. Poderia citar Fernando Hossepian, que já trabalhou em grandes jornais e assessorias representativas.

O que fez optar pelo Jornalismo? Não escolhi o Jorna-

lismo. Costumo dizer que o Jornalismo me escolheu. Comecei a ajudar no Jornal Estudantil Oskaus, na Escola EECA, e depois não parei mais. Coincidência ou não, nasci no dia do Jornalista. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário? Há

13 anos e 9 no Diário.

Cite um fato marcante em sua carreira: Foi o

estupro da garota Vitória, que ficou cega, muda e sem andar. Alimentava-se por sonda. Comecei a acompanhar sua história e fiquei feliz conferindo que ela voltou a enxergar no final do ano passado. Já come sem a sonda e pode voltar a andar. É uma história triste, com uma mistura de superação e “milagres”. O acusado, ex-amásio da sua avó, está preso. Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Muitas. Já entrei

em sala de necropsia e vi serrotes enferrujados, que nem imaginava encon-


trar um dia; um casal enterrado após assassinato; comi marmita de cadeia na cobertura de uma rebelião. Também cheguei a fazer matéria no cemitério à meia-noite. No Jornalismo se encontra situação inusitada a todo momento. Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação? Acredito

que existem profissionais experientes. Os profissionais que mais se destacam são os que atuam de forma ética. Há um mercado crescente dos meios impressos, mas deveria haver maior concorrência. Essa expansão deve gerar condições melhores a todos.

Nome: Clarissa Athayde de Medeiros

Idade: 26 anos Estado civil: Casada Editoria: Segundo Caderno, Diarinho

e coluna “Diário na Maternidade”

Livros preferidos: “Minhas histórias

dos outros” (Zuenir Ventura) e “Hiroshima” (John Hersey)

Filme: Adoro cinema e faço questão

de conferir também os nacionais. Também sou fã de documentários Estilo musical: Tenho um gosto bastante eclético e gosto de conferir as novidades, independente do estilo. Mas, para escolher apenas um, seria MPB Esporte: Ando um tanto sedentária ultimamente, mas já joguei muito futebol e tênis Time do coração: São Paulo Jornalistas que tem como referência:

Dois jornalistas, apesar de jovens, são extremamente éticos e profissionais. Estão sempre em busca de aprendizado e qualificação, e, a cada dia, fazem o melhor que podem. Me espelho muito neles e aprendemos juntos: Igor Medeiros e Leandro Rocha. O que fez optar pelo Jornalismo? Sempre gostei muito de ler e escrever, além de adorar escutar as histórias de vida dos outros. Ter a possibilidade de poder ajudar as pessoas através do meu trabalho, também foi algo determinan-

te para a escolha da minha profissão. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário? Conclui minha graduação há 4

anos e meio, mas trabalho com comunicação desde o primeiro ano de faculdade, há 8 anos. No Diário da Serra, estou há 4 anos.

Cite um fato marcante em sua carreira: Não sei

precisar exatamente quando, mas o atropelamento de uma senhora me marcou bastante. Cheguei ao local do acidente com o Sydnei Tr o v ã o (fotógrafo) e, em


capa seguida, a filha da senhora que havia falecido começou a recolher do asfalto o que havia sobrado dos óculos da mãe. Na hora, as dezenas de populares que se aglomeravam em volta do cordão de isolamento pareciam ter ficado em silêncio para acompanhar aquele momento triste. O corpo da mãe, coberto por um saco plástico preto e a filha lá, recolhendo cada vidrinho quebrado da lente. Foi de cortar qualquer coração. Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Na época que tra-

balhei na Rádio Jovem Pan de Pira-

Nome: Haroldo

Antonio do Amaral

Idade: 46 anos Estado civil: Solteiro Editoria: Política Livros preferidos: Filosofia, histó-

ria, biografias

Filme: Ficção, aventura/ação, ani-

mações

Estilo musical: Rock, MPB, etc. Esporte: Artes marciais, jiu-jitsu,

judô krav-maga

Time do coração: Não tenho Jornalistas que tem como referência:

Gabriel Garcia Marquez (escritor e jornalista), John Reed, Cláudio Abramo, Arbex Jr., Gilberto Dimenstein, Ricardo Kotscho, Sidney Rezende, Zuenir Ventura, Barão de Itararé e Carlos Castelo Branco. O que fez optar pelo Jornalismo? A curiosidade. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário? 26 anos como jornalis-

ta; há 2 meses na segunda fase no Diário e 3 anos na primeira. Cite um fato marcante em sua carreira: Descobrir um membro da

família real britânica em Avaré, descobrir o FHC em sua primeira eleição escondido em Pardinho, cobrir as Diretas Já em SP, fundação da CUT, CGT, UBES, invasões de terras pelo MST, ocupação de bancos pela UDR na região, rebelião com mortes na cadeia de Botucatu e presídio de Avaré.

58 Revista Botucatu Especial

cicaba, uma senhora me perguntou se eu poderia anunciar na rádio que ela precisava de um pai para os sete filhos que tinha. Na maior boa vontade, expliquei que não seria possível e a aconselhei que desistisse da ideia, com o argumento de que seria arriscado ela abrigar dentro de casa uma pessoa desconhecida. Ela concordou e foi embora. Meses depois, ela retornou à rádio para me apresentar o companheiro que havia conhecido em uma excursão a Aparecida do Norte. Como avalia a cidade de Botucatu, quan-

Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Fiquei com

vergonha de cobrir o primeiro flash mob de Botucatu, dia 25 de maio. Muito estranho! A “descoberta de um chupacabras” na região, com Renato Fernandes (era uma onça), um incêndio misterioso em um terreiro de quimbanda no Parque Marajoara, ajudar a socorrer um motorista acidentado na Castelinho entre outras. Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação?

Estão em evolução, profissionais de redação procuram ser éticos, mas padecem com a falta de recursos.

to aos meios de comunicação? Estou na

cidade há apenas 4 anos e seria pretensão da minha parte analisar os meios de comunicação que existem há décadas. Mas, na minha opinião, o que falta à imprensa de Botucatu é profissionalismo. Tem muita gente boa fazendo Jornalismo com responsabilidade, mas, assim como em outras profissões, muita gente ruim achando que faz Jornalismo. Muito desse quadro se deve a empresários da comunicação, que pensando apenas no lucro, fazem “comunicação” do jeito que dá e não do jeito que deve ser. Preferem contratar amadores a investir em profissionais qualificados. Quando cito qualificados, não me refiro estritamente a cursos de graduação, mas sim àquelas pessoas que estão sempre em busca de novidades e que não param no tempo, como se já tivessem aprendido sobre tudo e todos. De qualquer maneira, a tendência é que o cenário melhore, uma vez que informação sem qualidade terá cada vez menos espaço no mercado competitivo. Os leitores, ouvintes, internautas e telespectadores não são tolos e procuram cada vez mais qualidade na informação.

Nome:

Régis Valle’e Idade: 42 anos Estado civil:

Casado

Editoria: Foto-

grafia

Livros preferidos: “O

Alquimista”

Filme: “Uma

Mente Brilhante”


Estilo musical:

Eclético

Esporte: Futebol Time do coração:

Corinthians Jornalista que tem como referência: Roberto Cabrini O que fez optar pelo Jornalismo? O dinamismo. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário?

Há 15 anos, 4 anos no Diário. Cite um fato marcante em sua carreira: O res-

gate de um garoto que caiu em um buraco de uma construção.

Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação? É

uma cidade com bom número de profissionais atuando na imprensa escrita, falada e televisiva.

Nome: Géro Bonini Idade: 28 anos Estado civil: Casado Editoria: Esportes Livros preferidos: “Transfor-

mando Suor em Ouro” (Bernardinho), “Manual do Jornalismo Esportivo” (Heródoto Barbeiro) e “A menina que roubava livros” (Markus Zusak). Filme: Gosto de comédia pastelão mesmo, daquela que a pessoa bate com a cara no poste ou na porta de vidro. Um filme que já assisti muitas vezes, mas sempre dou risada, é “Gigolô

por Acidente”, com o Rob Schneider.

Estilo musical: MPB Esporte: Todos Time do coração: São Paulo Jornalista que tem como referência:

Heródoto Barbeiro é uma referência no Jornalismo, mas dos mais atuais e ligados ao esporte, gosto do Antero Greco, Mauro Naves e Tiago Leifert, principalmente pela maneira que ele conduz um programa esportivo. O que fez optar pelo Jornalismo? Meus pais são muito comunicativos, minha família, composta por diversos advogados, é comunicativa, mas eu queria fugir um pouco daquele estilo “terno e gravata”. Então, uni essa minha aptidão ao esporte, algo que adoro, e pronto, não tive dúvidas em escolher o Jornalismo Esportivo. Existe alguma coisa melhor para quem gosta de esporte, do que ter que acompanhar esportes o tempo todo e ainda ser pago para isso? Não foi uma opção difícil. Há quanto tempo está na profissão? E


capa no Diário? Faz quase 10 anos que traNome: Marcelo Pascotto Idade: 27 anos Estado civil: Solteiro (por enquan-

to, me caso em Outubro) Editoria: Cidade Livros preferidos: São vários, mas vou citar os mais recentes que li e gostei: “1808” (Laurentino Gomes), “Sete de Paus” (Mário Prata) e “O filho eterno” (Cristovão Tezza). Filme: Não sou muito cinéfilo, mas vou citar dois: “À espera de um milagre” e “Diário de uma Paixão”. Estilo musical: Gosto de tudo um pouco, menos pagode. Minhas músicas preferidas são MPB e sertanejo. Esporte: Futebol e natação, mas confesso que não pratico regularmente. Time do coração: São Paulo Jornalistas que tem como referência: Gosto muito do estilo do Cló-

vis Rossi, Elaine Brun, Fernando Mitre, Ruy Castro, Roberto Pompeu de Toledo. São alguns colegas que são referência e admiro.

O que fez optar pelo Jornalismo?

Sempre quis fazer Jornalismo, desde pequeno. Gosto de ir atrás da notícia, de buscar contrapontos de ideias. A minha vontade de mudar a realidade, talvez, tenha influenciado nesta decisão. Acredito que as matérias que faço ajudam um pouco nesta transformação das pessoas, pelo menos eu tento. Há quanto tempo está na profissão? E no Diário? Bom, eu comecei a facul-

dade de Jornalismo em 2001 e já no segundo semestre comecei a trabalhar na área. Comecei em um jornal diário, depois fui para um veículo semanal, rádio e assessoria de imprensa, que faço até hoje. No Diário da Serra estou desde junho de 2006. Cite um fato marcante em sua carreira: Eu fui fazer a cobertura da

missa de canonização do Frei Galvão, em 2007, quando o papa Bento XVI esteve no Brasil. Acompanhei um grupo de botucatuenses que foi até São Paulo para a missa. Como tinha credencial, fiquei muito próximo do pontífice. Foi

60 Revista Botucatu Especial

uma experiência interessante. Conheci vários colegas jornalistas do Brasil inteiro, além do desafio de fazer uma matéria que certamente ficará registrada na história. Já passou por uma situação inusitada durante o trabalho? Eu não diria inu-

sitada, mas curiosa. Moro em São Manuel e, por lá, havia uma história que a rainha Silvia, da Suécia, era são-manuelense. Por sorte, conheci um primo dela que inclusive tem uma fazenda na cidade e me contou a história. Ela realmente não nasceu em São Manuel, mas sua mãe sim, tanto que no ano 2000 ela esteve lá para conhecer o município do qual a mãe sempre falava.

Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação?

Botucatu tem um nível de cultura e educação elevado. Isso aumenta a responsabilidade de nós jornalistas a levar, sempre, a informação mais apurada e precisa. É uma cidade que tem cinco emissoras de rádio, TV local, um jornal diário e duas revistas. Para uma cidade de quase 130 mil habitantes, para mim, o número é suficiente.

balho no Jornalismo. Comecei no jornal da Cultura, em 1999. Já no Diário da Serra, vou completar seis anos.

Cite um fato marcante em sua carreira: A confiança que recebi do Diário

da Serra, principalmente do Stéfano Garzezi, do Pedro Manhães e do Carlos Pessoa, quando fui contratado, mesmo sem nunca ter trabalhado em um jornal impresso antes, foi muito importante para mim e marcou minha carreira. Cheguei ao Diário para ressuscitar a editoria fixa de Esporte e desde o primeiro momento nunca fui questionado, mas sempre incentivado e apoiado. Então, não tinha como não fazer o meu melhor, não podia decepcionar essas pessoas que acreditaram tanto em mim. Lembro que após uma série de entrevistas que o Diário fez com ex-jogadores profissionais, entre eles o Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção Brasileira na Copa de 70, o Pedro veio conversar comigo, elogiou o material e falou algo assim: “Nós, quando apostamos em você, estamos investindo em nós mesmos. Tenho certeza que você não vai ficar aqui para sempre, o Diário vai ser uma passagem para você continuar crescendo. Aqui não é o seu ponto final, mas você sempre poderá ver este jornal como sua casa. E se for embora um dia, já sabe que poderá voltar”. Ele me disse isso faz uns quatro anos. Continuo no Diário, não penso em sair de lá e estou muito feliz. Tenho prazer em trabalhar no Diário da Serra, faço o que mais gosto, ao lado de profissionais que me respeitam e que eu admiro. Sou grato ao jornal e a minha gratidão todas estas pessoas terão para sempre. Visto a camisa e tenho certeza que o Diário da Serra é o jornal da minha vida. Já passou por uma situação inusitada durante


o trabalho? Trabalho na área esportiva e neste meio, às vezes, acontecem situações que não sabemos como agir. Há alguns anos estava em São Manuel, fazendo a cobertura de um jogo festivo de final de ano. Nesta partida, participaram atores de televisão e jogadores profissionais, como Cicinho, Rodrigo, Emerson, entre outros, além do cantor Daniel, que estava organizando o evento. Como repórter, fiquei dentro do campo para fazer as entrevistas. As arquibancadas estavam lotadas e as meninas eufóricas, grudadas no alambrado. Não sei por qual motivo, acabaram me confundindo com alguém famoso. Ali começou a confusão, ficavam me puxando pelo alambrado, querendo autógrafos, pediam para tirar foto, para pegar na minha mão, me chamando e tudo mais. Já que eu estava lá e fui reconhecido, aproveitei a fama (risos). Mal consegui ver ao jogo, fiquei o tempo todo dando atenção para as

fãs (risos). Na hora de sair do Estádio foi mais complicado, pois eu saí pelo mesmo portão que os jogadores. As pessoas que esperavam os famosos lá fora não tinham a menor noção de quem eu era, é claro, mas como me viram dando autógrafos e tirando fotos pelo alambrado, me cercaram, como se eu fosse conhecido. Precisei de ajuda para chegar até o carro do Diário e voltar para Botucatu. Só sei que no final muitas pessoas foram embora para suas casas com os cadernos assinados: Daniel, Cicinho e Géro Bonini (risos). Fotos com todos os famosos e comigo também! Elas devem se perguntar até hoje, onde joga esse tal de Géro ou o que ele canta (risos). Um fotógrafo de Botucatu, o Marcelino Dias, tirou fotos enquanto eu estava autografando camisetas, braços, revistas e pedaços de papel, levou ao jornal e foi feita uma matéria com o título: “O dia em que o repórter distribuiu autógrafos”.

Como avalia a cidade de Botucatu, quanto aos meios de comunicação?

Comunicação é fundamental em qualquer situação. No passado, o Brasil lutou tanto pelo direito de ter a liberdade de comunicação, que ela precisa ser valorizada e reconhecida. Botucatu tem mais de 120 mil habitantes e conta com três rádios FM´s, duas AM´s, dois jornais (sendo apenas um diário), duas televisões da Cidade e uma afiliada com uma base aqui, além de duas revistas. Parece que é o bastante, mas não é. Podemos e precisamos ter mais. A busca pela informação tem que ser constante. Uma maior pluralidade abrirá um leque de opções interessante aos consumidores e fornecedores destas informações, e Botucatu só terá a ganhar com isso. Mas ainda vivemos naquela velha história: “Quem está fora quer entrar, mas quem está dentro não sai e também não quer deixar mais ninguém entrar”.


MÁRCIA MAZZONI PAIM

SERESTA DRAGÕES DA VILA 09 Foto Malu Ornelas Cabelo: Marquinho (Rielli’s) Maquiagem: Fátima Riello (Rielli’s)

por Márcia

SERESTA AAF

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SERESTA AAF 01. Camila, Maria, Jair e Jairzinho Maschetti. 02. Henrique e Heloísa Mennocchi Wanderley. 03. Lúcia e Paulo Capeluppi. 04. Marcela Horácio e Rafael Christovan. 05. Maria Speltri e Johnson. 06. Rizzo, Irene, Marli e Edson Martins. 07. Tarcísio Hulshof e Viviane Andreasi. 08. Vanderley e Tânia Gonçalves.

62 Revista Botucatu Especial


SERESTA DRAGÕES DA VILA 09. Diva e Antônio Carlos Cesário. 10. Dr. Herculano e Leonor Barros. 11. Fúlvio e Maria Helena Chiaradia. 12. Godofredo e Marilene Ramos Nogueira. 13. José Antônio e Keila De Marchi. 14. José Carlos, Sílvia, Renato e Marcela Souza. 15. Maria e José Gragnani. 16. Milton Leão, Ivair Tardivo, Maria Tardivo e Maria Helena Leão. 17. Antônio e Miriam Zorzella. 18. Regina e Lourenço Talamonte. 19. Rosimeire e Maurício José Raimundo. 20. Simone e Ulisses Ribolby. 21. Luiz Roberto, Ilza Antunes, Adriana e Marcelo Manchini.

FESTA PARA RUBENS DE ALMEIDA (ALEMÃO)

ROTARY CLUB BOTUCATU NORTE - 40 ANOS

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22. José Pedro da Silva, Paulo Sérgio de Araujo e Dr. Antônio Soares da Costa Neto. 23. Donizete Manzini, Cap. José Semensati Júnior, Celso Olindo e José Antônio. 24. João Cury, Milton Monte, Alemão, Dr. Pascoal, José Carlos S. Trindade. 25. Maria Isabel, Ana Paula e Vicente. 26. Pedro Manhães, Cap. Salvador Teodoro e Ivone B. Souza. 27. Prudente, João e Miltinho.

ROTARY CLUB BOTUCATU NORTE - 40 ANOS 28. Alceu Vezozzo e Newton Colenci. 29. Glorinha, Adolpho Dinucci, Maria Teresa e Lunardi. 30. Viviane Prado, Celso Lapos-

FESTA PARA RUBENS DE ALMEIDA (ALEMÃO)

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te, Rosa Felipe, Emília Dota, Vanderli Ferrari e Jader Ribeiro. 31. Roberto Piesco, Valmir Benantes, Cláudio Creste, Antônio Ribeiro e Sérgio Rubens de Almeida. 32. Minetto, Prudente, Bernadete, Bittar e Fontão. 33. Marlene e Hélio Basso. 34. Maria Tereza e Adjair de Campos. 35. Bianca e Pedro Manhães. 36. Maria Assumpta e José Simeão de Oliveira. 37. Martha e Carlos Negrisoli.

Revista Botucatu Especial 63


top people

TOP ESPECIAL

TOP ESPECIAL 38. Hugo, Vanda e Tiago. 39. Hugo, Solange e Tiago.

MAKE & HAIR STYLIST 40. Minha Equipe de Make & Hair Stylist (Quevem, Sofia, Markinhu e Fátima Riello - Rielli’s Cabeleireiro).

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TOP CHILDRENS

41. Thainá Ereno. 42. Thiago Ereno. 43. Ana Beatriz Domingues Góes. 44. João Lucca Pilan Garcia. 45. Ana Bárbara Bonini. 46. Lívia e Lucca Rossi Corrêa Silva.

FESTA PARA BIRO PILAN 47. Ezinho, Biro e Jair. 48. Edna Pilan e Marão. 49. Turma da Chacrinha. 50. Fabiana e Alexandre. 51. Rafaele, Cristiane, Daniele, Beth e Karina. 52. Edgar, Nene e Waguinho. 53. Evandro, Douglas, Marcelo e Biro. 54. Lay, Robertinho, Fernanda, Jonas, Alicea e Ting.

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TOMODATI

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(FESTIVAL BOTUCATUENSE DE CULTURA JAPONESA)

SAUDADES

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55. Homenagem ao colega Devanil Camargo (in memorian), fotógrafo do jornal A Gazeta.

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TOMODATI (FESTIVAL BOTUCATUENSE DE CULTURA JAPONESA) 56. Kazuaki Obe e Eiko Obe (Cônsul Geral do Japão). 57. Kihatiro Kita e Analia Kita (Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social). 58. Maria Yuka de Almeida Prado. 59. Kazuaki Obe, Shen Ribeiro e Eiko Obe. 60. Marcos Cordeiro, Antônio Carlos Stein, Anália Kita, Kazuaki Obe, Eiko Obe, Sakae Watanabe, Edgar Paim, Kihatiro Kita.

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CIRCULANDO PELOS EVENTOS

top people

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CIRCULANDO PELOS EVENTOS

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61. Esta Colunista veste Spazzio Bianco. (Foto: Nelson Bueno). 62. Maria Paula, Sérgio Ribeiro dos Santos, Ivone Pereira, Renata e Arthur Bronzatto.

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V LEILÃO DE ARTES AFROB CUESTA 63. Anchieta, Edvaldo, Marcos, Marcelo, Garcia e Murilo. 64. Cláudio Antônio Rabello Coelho. 65. Érika, Eleni, Bianca, Sandra e Renata. 66. Fabiane Berto, Gilmara, Lilian, Sônia, Elisângela, Renata, Margarete, Koniê, Cristina, Rosângela, Helenice, Kátia, Camila, Flávia, Ana Luiza e Luciana. 67. Margarete e Renato Gallo. 68. Oladis Casagrande.



A Prefeitura e Você

Botucatu Uma cidade de leitores Texto e fotos Secretaria Municipal de Educação

B

uscando valorizar o importante hábito da leitura entre os alunos da Rede Municipal de Ensino de Botucatu, várias ações têm sido realizadas pela Secretaria Municipal de Educação. Darcila de Fátima Bozoni é formada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Universidade Federal de São Carlos e há dois anos atua como bibliotecária da Secretaria Municipal de Educação de Botucatu, coordenando os Agentes de Atividades Escolares que ‘cuidam’ das bibliotecas das Escolas de Ensino Fundamental. Desde então, as escolas da Rede Municipal de Educação tem recebido livros que, além do acesso a informação e prazer pela leitura, oferecem padrões de qualidade que ajudam a melhorar o ensino e a aprendizagem. Procurando alcançar este ideal, foi implantado o projeto “15 Minutos de Leitura”, onde todos os funcionários, alunos e professores participam fazendo 15 minutos de leituras diárias.

Secretaria de liza Educação rea os entrega de livr Darcila de Fátima Bozoni, bibliotecária da Secretaria Municipal de Educação de Botucatu

68 Revista Botucatu Especial

Final de semana do livro

Além disso, no dia 10 de junho de 2010, na sede da Secretaria Municipal de Educação, aconteceu a confraternização com as estagiárias do curso de Pedagogia, que em parceria com o CIEE, realizaram trabalho de estágio de Docência Curricular junto a rede municipal de ensino e a entrega pelos Agentes de Atividades Escolares de Kits de livros paradidáticos (leituras complementares) adquiridos para repor os Cantinhos de Leitura. Estavam presentes diretores, coordenadores, professores, agentes de atividades escolares, estagiários, funcionários da SME e autoridades civis. O evento também foi prestigiado pelo prefeito João Cury Neto. Para viabilizar a execução do projeto, a Secretaria Municipal de Educação, representada pelo Professor Narcizo Minetto Júnior, investiu cerca de R$ 300 mil na compra de livros, periódicos, mobiliário e “Cantinhos de Leitura” para serem instalados nas salas de aula da Educação Infantil e 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Darcila revelou que havia carência de livros com histórias curtas e letras bastão

para atender, principalmente, os chamados “leitores iniciais”. Os 46 títulos foram escolhidos pela equipe pedagógica levando em conta os padrões de qualidade e faixa etária contemplada, além de estarem de acordo com a nova reforma ortográfica. “Não existe livro ruim, mas sim a necessidade de cada leitor. Nesse processo é preciso valorizar a atuação dos agentes de atividades escolares que são mediadores de leitura e o elo entre biblioteca/aluno/professor. A meta da Secretaria de Educação é implantar bibliotecas em todas as unidades de ensino infantil e transformar Botucatu em uma cidade de leitores”, declarou. Isso se harmoniza com a Lei Federal no. 12.244, de 24 de Maio de 2010, intitulada “Universalização das Bibliotecas nas Instituições de Ensino no País”. Ela obriga a manutenção de um acervo mínimo de 1 livro para cada aluno matriculado. As instituições de ensino têm no máximo 10 anos para se adequar. A Secretaria Municipal de Educação já superou essa exigência antes mesmo da lei entrar em vigor, investindo e incentivando o hábito da leitura.


ente G a r a p ia c n iê C o t je o Pr a a aprendizagem de Uma alavanca par conhecimento Ciências na sociedade do

as e tecnológicas por mudanças científic te en am nd ofu pr do o marca pacto decisivo na Vivemos em um mund danças causam um im mu sas Es o. açã nic demandas educao e da comu cupada com as novas nas áreas da informaçã eo pr , atu tuc Bo de l ção cidadã, tem, Municipa e tecnológico e a forma educação. A Prefeitura o fic ntí cie nto me lvi desenvo ndam as habilidado projetos que respo cionais relacionadas ao lvi vo sen de o, açã uc egral dos alunos. nicipal de Ed o desenvolvimento int junto a Secretaria Mu ra pa is nta me da fun cessárias e des e competências ne ernacionalmente, ência para Gente. Ci to oje Brasil, reconhecida int Um deles é o Pr ari ng Sa esa pr em a ntratada inovadoras para a No início do ano foi co soluções educacionais de nto me lvi vo sen de de alunos pesquiamente ao como foco a formação que se dedica exclusiv do Ten ia. log no tec e o, o projeto tem a de ciência Municipal de Educaçã ia Educação Básica na áre tar cre Se la pe as cid as, motivadoras e tas estabele experiências significativ sadores a partir das me s: nte sce ole ad e ças ntos e habilidades ar às crian nstrução de conhecime como objetivos assegur co a ia; nc ciê da a áre o para a inserção agem na a e autônoma, condiçã tic instigantes de aprendiz crí ira ne ma de o nd ar aprende des de observação, lvimento das capacida para aprender e continu vo sen de ; ção ma for ns de conhecimentos nstante tra e apóiem a construção em um mundo em co qu o açã str ab e o açã , comunic gia da investigação, menta-se na metodolo análise, raciocínio lógico da fun a ram og pr o , s. Assim ecimento. científicos e tecnológico vo, construtor do conh ati to jei su da Unidade conmo co no alu s para todos os anos. Ca que considera o ída bu tri dis cas áti Tem idades rados (laboratórios Foram adotadas 27 Un nto de materiais integ nju co um do on mp co eos de formação e práticas, ofessores, caderno e víd tém 16 aulas teóricas pr s do e s no alu s do projeto e acontece la), livros aspecto estratégico do em todas as salas de au um é res sso ofe pr s ssores de Ciências mação do rticipam todos os profe para os docentes. A for Pa ca. áti Tem de ida a, a Sangari reade cada Un e o sucesso do program sempre antes do início ção nta me ple im a ar ur r e asseg período de execução tivadas durante todo da Rede. Para viabiliza efe es açõ s da co áti taria Municipal de nto sistem representantes da Secre liza um acompanhame m co tê mi co um o ad , foi cri em andamento nas de ações pedagógicas do programa. E, por fim nto nju co o r ora nit práticas todos os anhar e mo s passaram a ter aulas nte Educação para acomp sce ole ad e ças an cri modo, as e muito prazerosa. escolas da Rede. Desse ira concreta, inovadora ne ma de s o Narcizo Minetcia ên Ci o io Municipal de Educaçã dias, aprendend tár cre Se ao e ry Cu o ito Joã ensino e aprendiAgradecemos ao Prefe orado no processo de lab co tem to tan e qu a a iniciativ to Júnior por mais ess . ças an zagem das cri Educação: Secretaria Municipal de Equipe pedagógica da de Oliveira Alessandra Lucchesi Wagner Codello ra Adauto de Jesus Perei

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sociedade

Fotos Carrega

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sociedade

Enlaces Fotos Carrega

Aline e Thomaz

Ana e Jader

Fotos Arquivo pessoal

PESSOAS

especiais Você é especial?

Cinthia Oliveira e Rosane Pereira 72 Revista Botucatu Especial

Cris Costa

Envie sua foto ou a foto de quem você deseja ver aqui, em alta resolução, para o e-mail: pessoasespeciais@botucatuespecial.com.br


Fátima Riello em Nova York Passei por Nova York para conferir os melhores pontos da moda e rever as belezas que a cidade oferece. Depois fui para Orlando (Flórida) participar do “Premier Orlando Beauty Show’’, uma feira como a que temos aqui no Brasil (Hair Brasil). Muita coisa boa, mas o legal mesmo é ver que estamos andando junto com o mundo lá fora, pois a globalização nos dá oportunidade de ficar antenados com tudo que acontece, sempre atentos às novidades. Por isso fui ver de perto nossos parceiros americanos, que por sinal nos recebem muito bem porque adoram o Brasil. Também não pude deixar de rever os parques e as maravilhas que Orlando tem, em companhia de uma parte da minha família. Foi ótimo! Vejam algumas fotos:

Revista Botucatu Especial 73


sociedade

Liga

do Chopp

comemora 8 anos com grande festa

74 Revista Botucatu Especial

No dia 14 de maio de 2010 a Liga do Chopp comemorou seu aniversário de 8 anos em grande estilo ao som de uma das bandas de maior público na casa: Acústico D3. Foi sucesso total. Referência em Botucatu e região, a Liga do Chopp vem sempre trazendo novas atrações musicais, tanto na música sertaneja quanto no pop rock, e assim agradando muito o público jovem e universitário. Informações: www.ligadochopp.com.br A seguir as fotos da grande festa de 8 anos:



seus direitos

REFORMA DO CÓDIGO DE Por André Murilo Parente Nogueira

E

m dezembro de 2004, com a Emenda Constitucional nº 45, a prestação da tutela jurisdicional no Brasil dava um relevante passo à frente na busca da tão almejada celeridade e eficácia do processo. Logo na ocasião de sua edição muitos se mostravam céticos, diziam se tratar de mais uma norma programática sem qualquer efeito jurídico prático e que pouco favoreceria à realidade do Judiciário, talvez até justificadamente, cansados pelas reformas constitucionais infrutíferas ou de caráter meramente político voltadas à satisfação dos interesses de determinado grupo de pessoas. Superada a fase inicial, iniciaramse as reformas legislativas infraconstitucionais e, dentro do processo civil, diversas foram as leis que alteraram o nosso Código de Processo Civil, que entrou em vigor no ano de 1973. As novas legislações, datadas principalmente dos anos de 2005 e 2006, modificaram substancialmente a forma de execução dos títulos extrajudiciais e judiciais, por muitos reconhecidos como o “gargalo da prestação jurisdicional”. Mas não fora somente isso, as reformas atingiram, também, outras fases do procedimento do processo civil, recursos foram modificados, sentenças de improcedência em casos específicos podem ser proferidas sem citação da parte contrária, julgamento de recursos repetitivos somente através da análise de “amostragens” selecionadas pelos Tribunais Superiores, dentre tantas outras, tudo em busca da tão sonhada rapidez do processo civil. Pois bem, ante todas essas alterações legislativas, nosso Código de Processo Civil de 1973, guarda poucas características daquele originariamente elaborado sob a batuta do então 76 Revista Botucatu Especial

Ministro da Justiça Alfredo Buzaid e, atualmente, apresenta-se como uma colcha de retalhos, cheio de emendas e costuras na busca de um sistema jurídico processual apto a satisfazer as necessidades sociais do jurisdicionado e levar pacificação social mediante realização de Justiça! Eis o impasse, dar tempo para que as recém alterações legislativas produzam efeitos práticos ou abandona-las e elaborar um novo Código de Processo Civil, mais uníssono e coerente em seu microssistema de princípios e regras? Parece-nos que, a par de qualquer convicção pessoal, acabaram por optar pela segunda hipótese e o Senado Federal, na pessoa de seu Presidente Senador José Sarney, através do Ato nº 379, de 2009, sob o argumento de sanar a morosidade do processo e a descrença em relação ao Judiciário, formou uma comissão de juristas para elaborar anteprojeto do novo Código de Processo Civil, no exíguo prazo de cento e oitenta dias. Aludida Comissão de Juristas presidida pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça Luiz Fux é formada por nomes de indiscutível relevo dentro do cenário doutrinário do direito processual civil, de tal sorte que conhecimento do tema, certamente, não se mostra como uma dificuldade para elaboração do anteprojeto. Entrementes, algumas considerações a respeito dos trabalhos da respeitável comissão de juristas devem ser postas, notadamente, a forma pela qual tais propostas de alteração legislativa vem sendo apresentada à toda sociedade brasileira, a todos jurisdicionados e àqueles que exercem profissões jurídicas (advogados públicos e privados, juízes, promotores e defensores públicos). Cumpre destacar que a morosi-

dade e a ausência de efetividade das decisões judiciais são problemas de conhecimento comum e que, por evidente, devemos buscar mecanismos para solução desses entraves, ainda que tenhamos que passar pela elaboração de um novo Código de Processo Civil voltado às necessidades sociais contemporâneas. No entanto, essa alteração de enorme relevância não deve se dar de forma repentina e sem amplo debate da sociedade e dos membros da classe jurídica, pelo contrário, necessário se faz abrir o leque de manifestações e colheita de opiniões a respeito para que se possa, então, filtrar o que se almeja para obtenção de um processo civil que combine celeridade/eficácia da atuação jurisdicional. Bem verdade que foram realizadas seis audiências públicas, em algumas capitais de estados (Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais) para oitiva de propostas perante a comissão de juristas, entretanto, nem ao longe sequer, tais encontros suprem a necessidade de amplo debate da matéria. A celeridade processual pretendida, certamente, não será alcançada com pressa na elaboração de um novo Código de Processo Civil e qual não fora nossa surpresa com a entrega do anteprojeto pela Comissão, no último dia 8 de junho de 2010, quase que “goela abaixo”. Isso mesmo, a Comissão de Juristas, em 180 dias, incluindo debates, discussões, audiências públicas e redação, elaborou um anteprojeto de Código de Processo Civil com nada mais nada menos que 1025 artigos. Ora, mas será que todas ou grande parte das vozes interessadas no tema foram ouvidas? Juízes, advogados, promotores e outros profissionais do Direito tiveram espaço para se fazerem ouvir?


PROCESSO CIVIL:

A busca pelo processo célere e eficaz

Sabe-se que a Comissão teria que cumprir o prazo institucional fixado, mas também sabe-se que ele poderia ser prorrogado. Sabe-se que valorosos juristas participaram da elaboração do anteprojeto, mas que outros tantos não foram ouvidos. Sabe-se que houve oportunidade de manifestação da comunidade jurídica, mas que foram raras, escassas e de reduzida amplitude. Sabe-se que há urgência na adoção de medidas que qualitativamente melhorem o processo civil, certamente a pressa não será o caminho. O anteprojeto está elaborado e entregue pela Comissão, esperamos que,

pelo menos agora, seja dada oportunidade à comunidade jurídica e à sociedade em geral de se manifestar acerca do que fora apresentado e que o Congresso Nacional proporcione essa condição antes mesmo do início do processo legislativo, como princípio básico de um Estado Democrático. Nada melhor do que aproveitar os tempos de Copa do Mundo para concluir lembrando uma lição clássica para aqueles que gostam do futebol, usualmente repetida por times que necessitam atacar, e que pode ser bem transportada para o atual momento do processo civil brasileiro: agilidade é di-

ferente de pressa, devemos ser ágeis, mas não apressados e desorganizados, como loucos correndo atrás da disputada bola e do sonhado gol; o processo civil e suas reformas devem sofrer modificações que busquem agilidade, mas acima de tudo, tais alterações devem ser eficientes, racionais, democráticas e construtivas, a fim de que sejam legitimamente recebidas pela sociedade. ANDRÉ MURILO PARENTE NOGUEIRA Advogado - “Colenci Advogados Associados” Mestre em Sistema Constitucional de Garantia de Direitos LLM em Direito Público Professor de Direito Processual Civil


turismo

Campos do Jordão O estilo europeu de um dos destinos mais procurados e aconchegantes na estação mais charmosa do ano Por Mariana Ferreira de Andrade | Fotos Divulgação

C

ampos do Jordão é sem dúvida um destino a ser visitado o ano inteiro. A cada estação do ano a cidade se enche de cores e com o seu clima bem determinado em cada época, permite aos visitantes contemplarem sua beleza e terem momentos inesquecíveis. Porém é nos meses de Abril a Julho que Campos do Jordão fica em destaque, quando as temperaturas têm uma considerável queda e faz 78 Revista Botucatu Especial

com que a cidade ganhe um clima ainda mais convidativo. É diante deste cenário que as grandes marcas buscam divulgar seus produtos e serviços ao público seleto que aproveita o que de melhor a estância tem a oferecer aos seus visitantes, com grandes atrações como o Festival Internacional de Inverno e ainda ficar por dentro dos lançamentos de carros, roupas, telefones celulares, alimentos, entre outros.

Além de ser uma estância turística de lazer, é um dos destinos preferidos para quem busca promover eventos como congressos, feiras, seminários e simpósios, sendo escolhida pela Academia Brasileira de Eventos no ano de 2007, como o Melhor Destino para Eventos de Pequeno e Médio Porte na Região Sudeste, por possuir dois centros de convenções, além de salas para esses eventos em hotéis e pousadas da cidade, sendo os espaços exatos para obtenção


do resultado esperado: sucesso. Outros fatores que fazem de Campos do Jordão esse recanto dos paulistas, mineiros, fluminenses, enfim, brasileiros, e estrangeiros na Serra da Mantiqueira Paulista é o seu rico parque hoteleiro com quase 9 mil leitos distribuídos entre hotéis e pousadas, cada um ao seu estilo e conforto, atendendo ao variado público; do mesmo modo é a gastronomia que vai desde uma tradicional culinária caseira, com direito

a fogão à lenha, até os finos toques e sabores da culinária francesa, passando pelas carnes exóticas, massas, culinária portuguesa, contemporânea e os irresistíveis fondues e racletes. É diante desse universo de rica paisagem, aliada a boa gastronomia, hospedagem, pontos turísticos e atividades que Campos do Jordão, através de iniciativas públicas e privadas, desenvolve seu turismo até mesmo nos meses de baixa temporada promovendo eventos

como a Festa da Cerejeira, a Festa do Pinhão, Festa da Hortênsia, Natal na Montanha, Festival Gastronômico da Cozinha na Montanha, Quinzena da Aventura, além de receber espetáculos musicais e culturais nos feriados e nos finais de semanas de Fevereiro a Junho e de Setembro a Novembro. São várias opções para atender o público que busca conhecer, desbravar, contemplar ou apenas descansar em meio às montanhas de Campos do Jordão. Revista Botucatu Especial 79


turismo

Festival Internacional de Inverno

O maior evento da música erudita na América Latina, o Festival de Inverno de Campos do Jordão reúne grandes nomes da música através de apresentações, master classes e aulas individuais de instrumentos. O Festival, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, através de parcerias com iniciativas públicas e privadas, a cada edição alcança mais brilho. Outro destaque é que nas últimas edições o Festival sempre traz uma temática para avaliar os trabalhos realizados nos concertos, tendo entre os temas já apresentados: Ano da França no Brasil (2009), Música e Literatura (2008), Mulheres (2007), Mozart (2006) e Música das Américas (2005). O principal palco desse evento é o Auditório Cláudio Santoro, construído entre 1975-1979, que foi projetado para receber as grandes atrações do Festival, que hoje ainda conta com concertos na Capela de São Pedro (Palácio Boa Vista), Igrejas de São Benedito, de Santa Terezinha e a Concha Acústica na Praça do Capivari. Entre nomes que já marcaram e marcam presença na programação estão a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), Orquestra Sinfônica de Brasília, os compositores 80 Revista Botucatu Especial

Marlos Nobre, Almeida Prado, Edino Krieger, João Guilherme Ripper, Jocy de Oliveira; os pianistas Magdalena Tagliaferro, Guiomar Novaes, Nelson Freire, Cristina Ortiz, Jean-Louis Steuerman, Linda Bustani, Fanny Solter; os violoncelistas Mstislav Rostropovich e Antônio Meneses; os violonistas Turíbio Santos e Yamandu Costa; os cantores Dame Kiri Te Kanawa, Paulo Szot, Fernando Portari, Gun-Brit Barkmin, Rosana Lamosa, Celine Imbert; os flautistas Pierre-Yves Artaud, Davide Formisano, o regente Kurt Masur, os violinistas Glenn Dicterow, Nathan Schwartzman, Boris Belkin, Cláudio Cruz, o Trio Beaux-Arts, o Quinteto de Metais da Filarmônica de Nova York, o Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim, o Quarteto Borodin, entre tantos outros.

PASSEIOS TRADICIONAIS DE CAMPOS DO JORDÃO Palácio do Governo

O Palácio da Boa Vista, também conhecido como Palácio do Governo, está aberto à visitação desde 1970, reunindo obras de grandes nomes das artes como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, além de uma coleção de artes sacras, pratarias, louçarias, tapeça-


total de área construída de três mil metros quadrados, reunindo 105 cômodos em 35 ambientes. Ao lado do Palácio foi construída a Capela São Pedro Apóstolo, em 1989, e possui uma arquitetura contrastante ao Palácio. Feita pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, este edifício em concreto aparente e todo envidraçado sob um único pilar, se incorpora à natureza. Circundada por espelhos d’água, reúne obras sacras do período colonial, bem como criações contemporâneas. Os ingressos custam R$ 5,00 por pessoa, sendo que estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia entrada. Crianças menores de 10 anos, entidades assistenciais e escolas públicas têm entrada franca. As visitas devem ser pré-agendadas.

Auditório Cláudio Santoro rias e mobiliário dos séculos XVII, XVIII e XIX; um ótimo convite para um passeio cultural e de contemplação. A visitação conta com presença de monitores que explicam cada uma das peças e obras presentes no local, com tour de 1 hora, passando pelos principais cômodos; porém é proibido o uso de máquinas fotográficas e filmadoras durante a visita. Além do acervo do Palácio, o espaço recebe exposições temporárias que contemplam peças e obras do Acervo Artístico Cultural do Estado e reúnem as coleções dos Palácios Boa Vista, dos Bandeirantes e Horto, os dois últimos presentes na capital paulista. O Palácio Boa Vista está numa área de 95 mil metros quadrados, sendo em sua maioria jardins que circundam a residência, que tem

Uma das atrações culturais que não pode ficar fora da sua programação de passeios em Campos do Jordão é o Auditório Cláudio Santoro, principal palco do maior evento da música erudita no Brasil, inaugurado no dia 10 de março de 1979, pelo Governador Paulo Egídio e seu secretário de Cultura, Ciência e Tecnologia, Max Feffer. A sala em formato de anfiteatro utiliza o desnível natural do terreno para a colocação da platéia, com cobertura de laje, quadrada, em concreto aparente, estando apoiada em quatro pilares com fechamento lateral em vidros, o que permite um contato com o ambiente exterior, uma integração e contemplação da mata nativa que rodeia o local. O Auditório Cláudio Santoro é parte integrante da história do Festival Internacional de Inverno.

Horário: Aberto de terça a domingo das 10h às 18h. Ingressos: R$ 5,00 (carro de passeio), R$ 2,00 (moto), R$ 30,00 (ônibus e vans), R$ 1,00 (pessoa), sendo que maiores de 60 e menores de 10 anos não pagam.

Estrada de Ferro de Campos do Jordão

A Estrada de Ferro Campos do Jordão (EFCJ) surgiu devido ao interesse comercial da região e incentivo do sanitarista Emílio Ribas, que no ano de 1912 deu início às obras desse empreendimento que ligava a então Vila de Campos do Jordão a Pindamonhangaba por um trajeto férreo de 47 km. Além de transportar pacientes com tuberculose aos sanatórios existentes na cidade, especializados no trata-


turismo mento dessa doença, foi responsável pelo transporte de horti-fruti produzido no Vale do Renópolis e de materiais de construção de casas, hospitais e hospedaria das cidades cortadas pelos trilhos da ferrovia. A ferrovia que até a década de 70 era uma das formas de chegar a Campos do Jordão começou a ceder espaço para as rodovias, porém ganharia uma nova e charmosa função: atração turística, que anualmente leva milhares de pessoas a quatro passeios distintos: • Turístico: Estação Emílio Ribas até a Estação São Cristovão - 8 km • Maria Fumaça: Estação Emílio Ribas até Abernéssia - 4 km • Campos do Jordão - Santo Antônio do Pinhal: Estação Emílio Ribas até a Estação Eugênio Lèfreve - 19 km • Pindamonhangaba - Campos do Jordão: Estação Central até a Estação Emílio Ribas - 47 km Durante o trajeto, os visitantes podem conferir a paisagem de Campos do Jordão e região de uma forma bucólica, como se voltasse no tempo.

Horários e ingressos:

Turístico: com saídas de hora em hora, à partir das 10h00 da manhã, com exceção do horário de 12h00. A tarifa é de 15,00 por pessoa. Não há necessidade de reserva.

Maria Fumaça: R$ 20,00 por pessoa (ida e volta) nos feriados.

Horto Florestal

Imagine uma área de 8.300 hectares de natureza preservada, com araucárias centenárias, trilhas para caminhadas, fauna diversificada, áreas para piquenique e muito mais. Este é o Parque Estadual de Campos do Jordão, também conhecido como Horto Florestal, um dos parques mais organizados do Brasil. Principais atrativos: Serraria movida por uma roda d’agua, Centro de Visitantes, Passeio de Trenzinho na floresta, Lojas de Artesanato, Áreas de Pic-nic, Play Ground, Bosques, Orquidário, Viveiro de mudas, Estação de Psicultura (não aberta ao público), Lago das Carpas, Restaurante, Centro de Exposições e Bosque Vermelho.

Trilhas Trilhas opcionalmente monitoradas (até 2,5 horas de duração): Trilha da 82 Revista Botucatu Especial

Cachoeira da Galharada, Trilha do Canhambora, Trilha do Sapucaí, Trilha das Quatro Pontes e Trilha dos Campos do Timoni. Trilha da Cachoeira Celestina: Caminhada clássica do Parque com 5 horas de duração, percorrendo a mata atlântica com araucárias e campos de altitude. Nesta trilha é comum encontrar animais e seus rastros, como a onça suçuarana. Trilha da Pedreira: Caminhada de 2 a 3 horas, passando por uma pedreira de 15 metros, que é ultrapassada com o uso da técnica do rapel (descida com corda e equipamento de alpinismo), como iniciação ao montanhismo. Trilha do Canhambora: Ideal para passeios de Mountain-Bike. 7 km de passeio até o Bosque Vermelho Campos do Jordão possui atrativos para todos os públicos, de todas as idades. Aproveite a temporada de inverno com todo o charme que a cidade oferece. Divirta-se!




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