REVISTA
Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 2 • Agosto de 2012
Sindcomércio, Senac e MTE esclarecem dúvidas sobre o aprendiz
Conheça o Espaço Jequitibá: a “Savassinha” do Bairro Horto
O CCC em dia de Copa do Mundo: tradição que está sendo resgatada pelos comerciantes
Comércio, música e Esporte: “Bate-papo com o comerciante”
Uma tendência em prol do comércio
Os exemplos do Espaço Jequitibá, do CCC e do Centro de Compras Carlos Chagas mostram uma tendência eminente. O Sindcomércio Vale do Aço apoia e incentiva este tipo de ação.
Trazemos nesta edição da Revista Comércio em Ação entrevistas com comerciantes do Espaço Jequitibá, no Horto, e do Centro Comercial do Cariru (CCC). Você vai conferir como os lojistas destes dois espaços estão fortalecendo o comércio de Ipatinga com boas ideias e muito trabalho, sempre vislumbrando a possibilidade de atrair novos clientes. Avaliamos que a união entre empresários de uma mesma rua, avenida ou bairro sempre será benéfica para o comércio. Prova disto é a consolidada sinergia existente entre os comerciantes do Centro de Compras Carlos Chagas, na avenida de mesmo nome, no Bairro Cidade Nobre. Trata-se de um grupo que surgiu há alguns anos para criar uma unidade entre os lojistas da via e impulsionar as vendas. E os resultados têm sido os melhores possíveis: campanhas de marketing e outras ações pontuais têm feito com que o movimento de clientes na Carlos Chagas aumente substancialmente. São 55 lojistas espalhados na avenida. Boa parte deles se reúne periodicamente para definir ações de melhorias no comércio da Carlos Chagas, que está cada dia mais se firmando como um dos grandes centros comerciais da região. Os exemplos do Espaço Jequitibá, do CCC e do Centro de Compras Carlos Chagas mostram uma tendência eminente. O Sindcomércio Vale do Aço apoia e incentiva este tipo de ação, uma vez que enxerga na união entre os comerciantes uma maneira de alavancar as vendas e alicerçar um grupo como referência comercial. Se você, comerciante varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço, acredita na possibilidade de unir-se com lojistas vizinhos, da sua rua, avenida, bairro ou de um mesmo segmento, de forma a estabelecer um grupo para definir ações em benefício do seu comércio, não hesite em nos procurar. Temos toda a condição de lhe oferecer o suporte que precisa e ainda disponibilizamos assessorias jurídica, contábil e administrativa, sem custos para nossos associados. Temos sedes em Timóteo, Ipatinga e Coronel Fabriciano, onde atuamos como uma base de apoio para o comerciante. Esta é a nossa missão!
José Maria Facundes Presidente do Sindcomércio
Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO
CORONEL FABRICIANO
IPATINGA
3849.4490 3842.2040 3821.9020
• Jornalista responsável: Emmanuel Franco • Equipe de planejamento e coordenação: Camila Magalhães, Dário Barbeto, Ricássia Perdigão, Carlos Souto e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco • Colaboradores: Wôlmer Ezequiel e Paolo Xavier
• Revisão: Graça Castro • Diagramação, Fotolito e Impressão: Gráfica Art Publish • Tiragem: 7.000 exemplares
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Esclarecimentos sobre
dizes por falta de espaço físico, por avaliar que não é uma mão de obra adequada ou mesmo o custo-benefício que não seria interessante. “É importante ressaltar que está tudo previsto em lei, e a lei fala que a gente deve calcular uma cota de 5 a 15% de aprendizes dentro de uma empresa levando em consideração o quantitativo total de empregados nas funções que demanda formação profissional”, ressalta a auditora fiscal, lembrando que, no Vale do Aço, sempre é aplicado o percentual mínimo.
trata aprendiz no Brasil”, afirma, para acrescentar sobre os benefícios: “O empresário estará dando uma oportunidade àquele jovem que ainda não teve o primeiro emprego, e a grande vantagem será a de conhecer esse aprendiz que está inserido na empresa, formá-lo e qualificá-lo profissionalmente. Ao final do contrato os aprendizes poderão ser efetivados como empregados, que é o que acontece na maioria dos casos”. Por último, Ana Carolina ainda lembrou que a iniciativa de contratação deve partir do próprio empresário. “Geralmente as empresas esperam receber a notificação do Ministério do Trabalho e Emprego, que é uma convocação para apresentar o cumprimento da cota, mas, na verdade, o comerciante não precisa esperar, pois aquelas empresas que são obrigadas a contratar aprendizes devem proceder essas contratações o quanto antes”, concluiu a auditora fiscal.
Minas Gerais
Jovem aprendiz
o jovem aprendiz Sindcomércio, Senac e Ministério do Trabalho promovem workshop no Panorama Tower Hotel O Sindcomércio, o Senac e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) promoverão, neste 8 de agosto, a partir das 17h, no Panorama Tower Hotel, em Ipatinga, um workshop com palestras e bate-papo com comerciantes com o objetivo de esclarecer questões referentes à Lei de Aprendizagem Comercial. Será um encontro, com entrada gratuita, que reunirá representantes das três entidades e o empresariado do Vale do Aço. Mais informações através do telefone 3842-2040 ou pelo e-mail contato@sindcomerciova.com.br. O Sindcomércio, através de seu departamento jurídico, verificou que muitos comerciantes do Vale do Aço ainda desconhecem a Lei do Aprendiz e deixam de cumpri-la por falta de informações. Diante do problema, a auditora fiscal da Gerência Regional do MTE de Ipatinga, Ana Carolina Timo, se dispôs a orientar os empresários. “Empresas com mais de 7 empregados, que não sejam micro ou de pequeno porte, estão obrigadas a contratar aprendizes. Essa lei é do ano de 2000”, explica Ana Carolina. Conforme a auditora fiscal, a prioridade na contratação é daqueles aprendizes incluídos no sistema “S”, ou seja, no Senai, no Senac ou Senat, dependendo da atividade econômica da empresa. “Caso não haja vaga nessas entidades, a empresa tem que procurar aquelas instituições sem fins lucrativos que estão validadas e cadastradas pelo Ministério do Trabalho a fornecer os cursos de aprendizagem”, esclarece. “Muitas empresas procuram o sistema ‘S’ fora do prazo de reserva de vagas. Isso é um problema, pois quando são iniciados os cursos os aprendizes não estão mais disponíveis”, complementa Ana Carolina. Conforme ela, alguns comerciantes alegam que não contratam apren-
O workshop no Panorama Tower Hotel, ratifica Ana Carolina, será uma conversa com os comerciantes do Vale do Aço, de maneira a esclarecer os pontos principais da Lei do Aprendiz. As palestras serão ministradas por representantes do Senac e do empresariado do Vale do Aço, além da própria auditora fiscal. “Vou explicar como é a atuação do Ministério do Trabalho, o acompanhamento e a fiscalização da Lei do Aprendiz. Mostraremos os pontos positivos em se contratar este tipo de jovem, uma vez que – como é uma obrigação – o empresário só enxerga os aspectos negativos. Vamos abrir para perguntas e respostas”, diz. Ana Carolina revela que até maio de 2012 foram contratados mais de 13 mil aprendizes em Minas Gerais. “Nós somos o estado que mais con-
A auditora fiscal Ana Carolina Timo vai ministrar palestra
É considerado jovem aprendiz aquele contratado diretamente pelo empregador ou por intermédio de entidades sem fins lucrativos, que tenha entre 14 e 24 anos e esteja matriculado e frequentando a escola, caso não tenha concluído o Ensino Fundamental. Deve, ainda, estar inscrito em curso ou programa de aprendizagem desenvolvido por instituições sem fins lucrativos.
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Comerciantes se unem para
revitalizar o CCC Centro Comercial do Cariru passará por mudanças estruturais
Local de encontro acolhedor, seguro, espaçoso e de fácil acesso, o Centro Comercial do Cariru (CCC), em Ipatinga, passará por uma revitalização. A decisão foi tomada em reuniões que estão acontecendo todas as quartas-feiras, sempre às 19h, quando os empresários instalados no local se encontram e discutem melhorias que venham tornar o espaço do CCC ainda mais agradável. “O Centro Comercial do Cariru sempre foi e ainda é uma referência para quem quer fazer compras, pois temos aqui uma espécie de ‘shopping a céu aberto’. Trata-se de uma das áreas remanescentes que existem na cidade para passar os finais de tarde, as noites e os fins-de-semana”, relata o empresário Sebastião Fernandes de Araújo, proprietário da tradicional padaria Pão Total. Com o suporte do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os comerciantes se uniram e elaboraram um projeto de revitalização do Centro Comercial do Cariru. O espaço foi analisado por um paisagista e há o apoio da Secretaria de Obras Públicas da prefeitura de Ipatinga, que já disponibilizou uma verba para a realização da reforma de toda a estrutura física do local, amparada pelo projeto realizado pelo Sebrae. Antes do início das obras, os comerciantes têm se encontrado para programar ações emergenciais como campanhas, eventos de pequeno porte em datas comemorativas e promoções. Vale ressaltar que o termo “shopping a céu aberto” usado pelo comerciante Sebastião Fernandes foi criado pelo Sebrae para representar os projetos de revitalização de áreas comerciais que possuem as mesmas características do CCC, sendo uma denominação utilizada em projetos similares desenvolvidos em vários estados brasileiros.
Épocas áureas Comerciante há 24 anos no CCC, Sebastião Fernandes revela a vontade de
O espaço foi analisado por um paisagista e há o apoio da Secretaria de Obras Públicas da prefeitura de Ipatinga.
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reacender os momentos áureos do Centro Comercial do Cariru. “Após a abertura do Shopping do Vale houve uma grande evasão de pessoas daqui pra lá, e o Centro Comercial do Cariru perdeu essa concentração de consumidores frequentando as lojas, os bares e o comércio. O objetivo de desenvolvermos um projeto de mudanças e revitalização é reviver o CCC dos tempos antigos”, comenta o dono da Pão Total. Através da revitalização a ideia dos empresários do CCC, entre outras coisas, é padronizar as fachadas das lojas, melhorar o piso e proporcionar um ambiente aconchegante – promovendo também mudanças internas nos comércios com mais opções de compras e lazer. “Paralelo a isso estamos criando a logomarca do Centro Comercial do Cariru, que já foi até aprovada e será usada em um trabalho de comunicação visual e divulgação: teremos placas indicativas, outdoors e outras mídias”, confidenciou. São mais de 15 comerciantes no CCC, que ainda conta com escritórios profissionais e uma agência dos Correios, além de imobiliárias, uma agência de publicidade, dois salões de beleza e outros prestadores de serviços. No projeto de revitalização os empresários também pretendem criar eventos envolvendo as crianças da APAE e ter uma programação como em anos anteriores, quando havia, por exemplo, uma feira de artesanato com exposição no CCC. O Centro Comercial do Cariru possui uma excelente disposição de área verde e um espaço onde crianças podem brincar com tranquilidade. Nos fins-de-semana não há trânsito de veículos, o que deixa o local ainda mais calmo.
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Os comerciantes já criaram uma nova logomarca para o CCC, que será usada em campanha de divulgação
mões é proprietário do estabelecimento. “O bar Gente Nossa atende o público desde o dia 17 de dezembro de 2010. Deixamos bem claro ao nosso ‘amigo-cliente’ que não é nosso objetivo vender produtos: o foco é proporcionar momentos de lazer e entretenimento, que agreguem valor na tradicional atividade comercial de um bar”, comenta Fernando Viana. Conforme ele, o diferencial do Gente Nossa é oferecer qualidade com um preço justo. “Queremos que o nosso cliente tenha certeza de estar sendo atendido com a delicadeza e presteza que só um amigo pode oferecer ao outro. Temos um cardápio com mais de 35 opções de porções, tira-gostos e caldos. O carro-chefe gastronômico em nosso bar são as porções combinadas que são servidas em
uma grelha de ferro”, conta. Fernando Viana também falou sobre a “Terça-Sem-Lei”: “Sempre tivemos música ao vivo nas sextas e sábados com um público bem variado. A ‘Terça-Sem-Lei’ foi idealizada há mais de um ano por um dos moradores mais tradicionais do Bairro Cariru, que é o Almir Azevedo. Seu objetivo sempre foi de proporcionar, a um público mais específico, uma opção de lazer diferenciada. Colocamos essa ideia em prática há 8 meses e há a colaboração de vários artistas renomados da região, que se apresentam sem cobrar cachê, além de alguns empresários do próprio CCC que disponibilizam vários brindes para serem sorteados toda semana”. Na “Terça-Sem-Lei” os bares do CCC ficam abertos até o início da madrugada e há apresentação de músicos diversos. O evento tem sido muito prestigiado por moradores não só do Cariru, mas de outros bairros de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.
Gastronomia A nova programação do CCC que está sendo criada pelos comerciantes já conta com a “Terça-Sem-Lei”, que acontece no bar Gente Nossa todas as terças-feiras. O casal Fernando Viana Ribeiro e Waléria Si-
O casal Fernando Viana Ribeiro e Waléria Simões comanda um dos pontos gastronômicos do Centro Comercial do Cariru
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Vantagens O proprietário do bar Gente Nossa também enumerou as vantagens em se comprar no CCC: “O Centro Comercial do Cariru tem uma tradição de décadas não apenas em Ipatinga, mas em todo Vale do Aço. Temos música ao vivo, transmissão de jogos, gastronomia, lazer, comércio de roupas, prestação de serviços, entre muitas outras atividades. Comprar no CCC é agregar valor ao bairro e fortalecer a interação da comunidade”. Para Fernando Viana a revitalização do CCC veio em boa hora, uma vez que vai melhorar o piso do espaço que, segundo ele, está todo irregular. “Também não há escoamento correto para água da chuva, a iluminação é ruim e existem vários buracos que corriqueiramente causam acidentes.
Após melhorais será possível fazer parcerias com outros empresários para promoção de eventos e shows pelo menos a cada 90 dias. Podemos fechar o CCC e trazer banda com uma estrutura com banheiros químicos e tudo que há de melhor para atender nosso munícipe”, concluiu o dono do Bar Gente Nossa.
Reuniões Os empresários que têm se reunido para deliberar as ações em prol do Centro Comercial do Cariru se encontram nas noites de quarta-feira no escritório da Metrópole Comunicação, agência de publicidade situada no local que é responsável, atualmente, pelo planejamento e gestão da marca do CCC. Mais informações através do telefone (31) 3825-2243.
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Sebastião Fernandes revelou a vontade de reacender os momentos áureos do Centro Comercial. “O objetivo de desenvolvermos um projeto de mudanças é reviver o CCC dos tempos antigos”, diz ele
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Benefícios de ser um associado/Convênios Linhas de financiamento de capital de giro.
Linhas de financiamento e empréstimo para empresários.
Hotel Senac Grogotó em Barbacena: a beleza da Serra da Mantiqueira.
Cursos de boas práticas na manipulação de alimentos.
25% de desconto nas mensalidades para associados e dependentes.
Desconto de 15% nas mensalidades.
Desenvolvimento dos empreendimentos de micro e pequeno porte.
ASSESSORIAS
Jurídica, Administrativa, Contábil e de Informática.
SAÚDE OCUPACIONAL
Exames complementares, Gestão de Pessoas, Ergonomia do Trabalho, Cursos e Treinamentos.
Inscrições em cursos com até 30% de desconto.
CURSOS E PALESTRAS
BANCO DE EMPREGOS
Atendendo as demandas de treinamento em várias áreas.
Cadastros de currículos via www.sindcomerciova.com.br.
cursos Boas Práticas de Manipulação de Alimentos Carga horária: 20 horas Objetivo geral: Ensinar os procedimentos de Boas Práticas na produção e manipulação de alimentos de acordo com a legislação sanitária vigente (RDC/ANVISA nº 216/04). Período: de 24 a 28 de setembro, de 13h30 às 17h30 Pré-requisitos: 18 anos e 4ª série do Ensino Fundamental Completo Rua Sabará,110 - Centro - Ipatinga Instrutora: Cláudia Gomes de Oliveira Lima - Nutricionista Público-alvo: quem presta serviços de alimentação em lanchonetes, cantinas, padarias, restaurantes, cozinhas industriais, bufês e confeitarias, entre outros estabelecimentos públicos e comerciais.
OUTRAS INFORMAÇÕES: 31.3842.2040 – 3821.9020 contato@sindcomerciova.com.br
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NR-5 é tema de curso do Sindcomércio em Ipatinga Aulas terão conteúdo extra a fim de melhorar a gestão do cipista ou designado
Facundes alerta que empresas que não se adéquam à Norma Regulamentadora nº 5 estão sujeitas a notificação e pagamento de multa
A Norma Regulamentadora nº 5 (NR-5), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), será tema de curso do Sindcomércio Vale do Aço nos dias 22, 23 e 24 de agosto, na sede da entidade em Ipatinga, situada à Rua Sabará, 110, Centro. A NR-5 diz respeito à Formação de Cipistas ou Designados, ou seja, aqueles profissionais que trabalham com prevenção de acidentes dentro das empresas. A carga horária é de 20 horas e aulas no primeiro e segundo dias acontecerão de 8h às 17h30, enquanto no terceiro será de 8h às 12h. Devem constituir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas e públicas, além das sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreati-
vas e cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. As empresas que não estão obrigadas a ter um cipista deverão designar um responsável para aplicar o que prevê a NR-5. “Além de atender o que é exigido pela Norma Regulamentadora 5, o curso promovido pelo Sindcomércio possui conteúdo extra a fim de melhorar a gestão do cipista ou designado, aprimorando seu reconhecimento de risco e medidas de proteção”, esclarece o presidente da entidade, José Maria Facundes. O dirigente patronal lembra que empresas que não se adéquam à NR-5 estão sujeitas a notificação e pagamento de multa em caso de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego. O cipista é um trabalhador que deve estar estável na empresa e ser eleito por votos dos outros funcionários, ao contrário do designado. Após a conclusão do curso, o candidato será devidamente certificado. Mais informações através do telefone 3821-9020 ou pelo e-mail ocupacional@sindcomerciova.com.br.
O curso será ministrado na sede da entidade em Ipatinga, na Rua Sabará, no Centro
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Expectativa para o Dia dos Pais é medida em pesquisa do Sindcomércio Conjectura econômica está favorável para o consumo em função do baixo desemprego, do aumento da formalização e renda do trabalho e do acesso facilitado ao crédito O Sindcomércio foi às ruas medir a expectativa do comerciante varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço para o Dia dos Pais. Através de uma pesquisa de opinião foi possível saber o que os lojistas de Timóteo, Coronel Fabriciano e Ipatinga esperam da data. “O Dia dos Pais marca a abertura do calendário de datas comemorativas do comércio no segundo semestre, sendo que o apelo
emocional estimulará a demanda por artigos masculinos”, observa José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. “As comemorações vão acontecer no segundo domingo de agosto, coincidindo com as liquidações de inverno, o que contribuirá para gerar um ambiente de oportunidades de compras a preços mais acessíveis”, acrescentou Facundes. Conforme o presidente do Sindcomércio, a conjectura eco-
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É natural que, ao sair às ruas para comprar presentes para os pais, maridos e filhos, as mulheres também consumam
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nômica está favorável para o consumo em função do baixo desemprego, do aumento da formalização e renda do trabalho e do acesso facilitado ao crédito. “Tudo isso sustenta a confiança das pessoas no futuro da economia, o que também dará um ânimo adicional nas comemorações da data”, complementou Facundes. A pesquisa realizada sondou os principais segmentos do comércio varejista da região. Questionados acerca de como serão as vendas em relação ao ano passado, 47,3% dos lojistas responderam que serão melhores, enquanto 35,1% acreditam que vão ser iguais e 17,5% afirmaram que serão piores.
Medidas Sobre quais medidas seriam tomadas para aumentar o consumo, 33,1% dos comerciantes disseram que irão apostar nas promoções. O segundo maior investimento será na diversificação do “mix” de produtos (19,8%). Para 11,6% dos entrevistados a visibilidade da vitrine seria a principal medida a ser tomada para alavancar o consumo. Houve ainda quem apostasse nos kits de produtos direcionados aos homens (11,6%), no crédito facilitado (7,4%), nas ações de mídia (7,4%) e na capacitação dos empregados (4,1%). Quando questionado sobre o que pode fazer com que o consumidor deixe de realizar as compras para o Dia dos Pais, 51,9% dos comerciantes responderam que temem o alto endividamento do consumidor. Para os lojistas outros fatores que podem frear as compras é o fato de a data não ter um apelo
emocional muito forte (25,5%), seguido dos preços altos (9,4%), da concorrência acirrada (7,5%), dos juros maiores nos financiamentos (1,9%) e da percepção da inflação (0,9%).
que o crediário e o carnê também deverão ser uma opção dos consumidores. Apenas 2,4% dos lojistas vislumbram que as compras serão pagas à vista com cartão de débito.
Forma de pagamento
Produtos mais procurados
Indagados sobre qual a forma de pagamento que será mais usada, 85,7% dos entrevistados não hesitaram em responder que será o cartão de crédito parcelado. Para 6% dos comerciantes os consumidores farão os pagamentos à vista com dinheiro. A mesma percentagem acredita
Em relação aos produtos que serão mais procurados pelo consumidor, 40,4% dos comerciantes disseram que serão as roupas, seguido de acessórios (22%), calçados (19,3%), artigos esportivos (8,3%), de perfumaria (4,6), eletrônicos (4,6%) e acessórios para automóveis (0,9%).
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Autossuficiência sindical Representante de entidades patronais do Tocantins vem ao Vale do Aço conhecer a estrutura e as receitas de sucesso do Sindcomércio
Rubens Paz (à esquerda) conversa com o assessor de Relações do Trabalho e Sindical do Sindcomércio, Tiago Barcelos O Sindcomércio recebeu, nos dias 23 e 24 de julho, a visita de Rubens Pereira da Luz, que é oriundo do Tocantins e veio ao Vale do Aço representando três sindicatos patronais da região Norte do país. O tocantinense esteve na região para conhecer com mais detalhes o trabalho do Sindcomércio, que foi considerado entidade de classe referência pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Rubens Luz é presidente do Sincovame (Sindicato Varejista do Comércio Eletrônico do Estado do Tocantins) e também é dirigente do Sincovar (Sindicato Estadual do Comércio Varejista) e, ainda, do Sindicato da Farmácia (Sincofarma). Todas três entidades estão estabelecidas em Tocantins. O sindicalista
afirmou que ficou conhecendo o trabalho do Sindcomércio Vale do Aço no 28º Encontro Nacional dos Sindicatos Patronais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, que aconteceu nos dias 16, 17 e 18 de maio deste ano, em Natal (RN). No segundo dia do evento, representantes do Sindcomércio ministraram a palestra “Como tornar sua entidade autossustentável”, que foi acompanhada por dirigentes, executivos, assessores jurídicos e funcionários sindicais de todo o país. “Através deste workshop ministrado pelos representantes do Sindcomércio eu tomei conhecimento da possibilidade da autossuficiencia sindical e me interessei muito. Então o motivo de eu estar na região é tentar buscar know hall
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para adaptar ou incrementar nos sindicatos do nosso estado o que absorvi no Vale do Aço”, relatou Rubens. No encontro em Natal o tema “Como tornar sua entidade autossustentável” foi apresentado pelos executivos do Sindcomércio, Dário Barbeto, Camila Magalhães e Ricássia Perdigão, e pelo assessor de Relações do Trabalho e Sindical, Tiago Barcelos, além de José Maria Facundes. Os cinco expuseram como o sindicato tem sido autossustentável desenvolvendo cursos e palestras, realizando pesquisas de opinião com lojistas, nas negociações das Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) e com o trabalho que é desenvolvido no setor de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho, que foi implantado em 2008. “Foi uma visita bastante proveitosa, com um acolhimento muito bom. Consegui captar muitas coisas e vou tentar aplicá-las nesses três sindicatos do Tocantins que represento. Já conhecíamos esses serviços oferecidos na teoria, mas é a primeira vez que vejo funcionando, de fato, na prática”, comentou Rubens Paz. “Tudo que funciona aqui pode ser aplicado lá, pois sabemos que o Sindcomércio é um sindicato que está sendo modelo para outras entidades similares em Minas Gerais e para muitas outras do Brasil. Um dia, se Deus quiser, estaremos nesse patamar”, acrescentou o sindicalista. O presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes, comentou a visita de Rubens Paz. “A partir de 2008, a diretoria do Sindcomércio Vale do Aço deu um salto de qualidade administrativa e consolidou a sua representatividade. Ampliou o leque de serviços oferecidos, qualificou funcionários e criou departamentos. Hoje, graças a essas ações, podemos dizer que somos uma entidade autossustentável e compartilhar nosso case de sucesso com outras entidades”, afirmou Facundes.
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Convention & Visitors Bureau define diretoria Entidade visa fomentar o turismo no Vale do Aço. Sindcomércio apoia esta iniciativa
Representantes das entidades fundadoras do Convention & Visitors Bureau Vale do Aço definiram a diretoria da entidade, que visa fomentar o turismo na região. Aconteceram dois encontros em julho e no início do mês de agosto com a participação de representantes do Sebrae, Fiemg, Sindcomércio, Sindhorb, Acicel, Aciati, Aciapi/CDL, Senac, Comtur, Unipac, Azul Linhas Aéreas e Circuito Mata Atlântica. As reuniões foram realizadas no auditório da Biblioteca Central de Ideias do Usicultura, no Shopping do Vale, em Ipatinga, e no Hotel Metropolitano, em Coronel Fabriciano, respectivamente. Primeiro a diretoria teve caráter provisório, mas depois foi confirmada e tomou posse. “Algumas pessoas que já haviam sido sondadas ao cargo foram ratificadas e outras surgiram durante o primeiro encontro”, explicou Benedito Pacífico, presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares
do Vale do Aço (Sindvale). A comissão é composta por: Washington Pimenta (presidente), Jadir da Silva Neto (1º vice-presidente), Elísio Cacildo (2º vice-presidente), Regina Guerra e Márcia Lima (secretárias), Guilherme Mendonça (diretor-administrativo), Ivanos Tassis e Edilene Fonseca (diretoria de comunicação), Júlio César Alvim e Benedito Pacífico (diretoria de negócios), Marcos Randon e Luciana Porfiro (diretoria de eventos). Lauro Fonseca, conselheiro fiscal do Sindcomércio, foi nomeado membro do Conselho Curador do Convention & Visitors Bureau Vale do Aço. O superintendente do Shopping, Washington Pimenta, afirmou que serão feitos todos os empenhos para o sucesso da entidade.
Benefícios para a região De acordo com Benedito Pacífico, a entidade foi criada para fomentar as mais diversas formas de turismo no Vale do Aço. “Esse mo-
delo já é utilizado com sucesso em diversos países. A região necessita e comporta Convention & Visitors Bureau. Temos hotéis de qualidade que comportam os turistas e temos que aproveitar o crescimento da região para atrair visitantes para as mais diversas formas de turismo”, lembrou. “Há vários eventos periódicos que viajam pelo Brasil e o Convention, com uma equipe qualificada, irá trabalhar para trazer eventos como este para a região, afinal os hotéis não podem ficar a espera apenas do turismo de negócio”, ressaltou Benedito.
A entidade O Convention & Visitors Bureau trabalha atraindo, captando, incentivando e apoiando eventos, feiras e congressos e, ainda, desenvolvendo ações locais que atraiam mais visitantes e investidores para o Vale do Aço. Trazendo mais visitantes, consequentemente, traz mais renda, empregos e desenvolvimento. Lideranças se unem para atrair, captar, incentivar e apoiar eventos, feiras e congressos no Vale do Aço
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Expansão do Shopping é protocolada na prefeitura Foi protocolado na tarde do último dia 19 de julho, na Seção de Licenciamento de Obras do Departamento de Controle e Uso de Solo (Decs) da prefeitura de Ipatinga, o projeto de expansão do Shopping do Vale do Aço. O projeto será analisado e, posteriormente, fiscalizado por técnicos do Departamento. Desde fevereiro deste ano, várias reuniões com representantes do centro de compras e da prefeitura foram realizadas com o intuito de ponderar os principais pontos do projeto. O início das obras estaria dependendo de questões relacionadas com o meio ambiente. As obras preveem escadas rolantes, elevadores e um estacionamento com 2 mil vagas, sendo grande parte delas dispostas em quatro níveis de garagem e cobertas. O projeto de
As obras preveem escadas rolantes, elevadores e um estacionamento com 2 mil vagas
expansão prevê ainda a construção de um prédio de 19 andares de uso misto (comercial e hotelaria). Serão três novas lojas âncoras, seis megalojas, 136 novas lojas satélites, construção de um segundo piso numa
parte do prédio atual e expansão da praça de alimentação. As quatro novas salas de cinema serão posicionadas no segundo piso e utilizarão o que há de mais moderno, inclusive projeção em 3D.
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O fortalecimento das cadeias produtivas garante inclusão sustentável
Silvânia de Araújo*
O Brasil vem passando por mudanças estruturais significativas, decorrentes das transformações sociais, culturais e econômicas, fruto da estabilidade monetária, que geraram um novo ambiente negocial. O destaque cabe aos processos de inclusão social, financeira e digital, que fazem hoje o país ser classificado como uma economia de classe média, de renda maior, melhor distribuída e com menor pobreza. Isso representa cerca de 104 milhões de pessoas na classe C (54% da população), protagonistas do mercado de consumo. É o país das oportunidades, de novos nichos, de novos desafios, de novas ideias e de concorrência ampla. Mas como aproveitar essas janelas de oportunidades, onde as escolhas e preferência dos jovens, dos negros e das mulheres, potenciais atores dessa nova onda, segundo pesquisa da Data Popular, dão o ritmo dos negócios? Novas práticas de abordagem e nova linguagem fazem esse momento especial para o varejo de bens e serviços, multiplicados pelos pontos de vendas físicos e virtuais espalhados por todo o país. Na atual realidade econômica, a combinação de movimentos de inclusão, via maior renda, emprego e crédito, aliados a confiança na economia, está consolidando em nossa pauta exportadora um novo componente: “clientes”. Hoje, o consumidor brasileiro busca destinos internacionais, não apenas pela experiência da cultura e lazer, mas para atender seus desejos de consumo através da realização de compras a preço e qualidade atrativos. É o movimento dos sonhos que viram metas, é viver a experiência do novo, do impossível do passado e possível do presente. O destino está materializado em outlets. Esses, por sua vez, enxergam
a oportunidade do bem acolher, com ambiente de compras formatado em relacionamento, atendentes que falam ou tentam falar o português, descontos que estimulam a compra por volume e facilidade de acesso, etc. Pelos corredores circulam felizes os novos consumidores brasileiros, organizados em caravanas, com suas muitas sacolas, previamente munidos por informações colhidas no comércio eletrônico do que comprar e onde comprar, com vistas a otimizar o tão valioso tempo. O que se vê, são brasileiros transferindo a renda gerada no país através do consumo de roupas, brinquedos, eletroeletrônicos, materiais esportivos, etc. O que se sabe é que as compras emocionais potencializam desequilíbrios orçamentários, alimentam riscos de inadimplência, que por sua vez impedem a redução dos juros praticados no mercado brasileiro, afetando principalmente os investimentos. Outra questão é que as viagens internacionais, onde são contabilizados os gastos com cartão de crédito, estão alimentando o déficit da conta de serviço das transações correntes, exigindo maior força exportadora de bens tangíveis, tais como o minério de ferro. Além de que os setores industriais, comércio de bens, serviços e turismo estão à margem, ou aproveitando parcialmente esse processo de avanços econômicos e sociais vivenciado pelo país. Economia dinâmica gera emprego de qualidade, conhecimento, vantagem competitiva e permite uma distribuição mais equitativa dos avanços para um país de dimensão continental. Os esforços do empresariado e do governo têm de ser orientados para criar diferenciais com vistas a atrair os consumidores incluídos. Esses, por sua vez, evoluem sua es-
cala de desejos, hoje, direcionados para os serviços, ou seja, viagens, cuidados com estética e imagem, educação e lazer. Para crescer junto com o mercado consumidor e melhor atendê-lo, o setor produtivo precisa contar com um ambiente interno pautado em menor custo de transação e mais investimento. É pensar em tributação menos pesada, logística de pessoas e cargas, juros indutores de investimento, estímulos às entidades responsáveis pela capacitação e treinamento, acesso ao crédito para investimentos, etc. É essencial manter os êxitos obtidos pela politica econômica inclusiva, que está gerando consumidores mais focados na agregação de valor e diferenciação, mais digital, atento à satisfação de suas preferências e sonhos. Mas isso só será sustentável se ocorrer de forma indutora para o fortalecimento de nossas cadeias produtivas, dos micro, pequenos e médios empreendimentos, para que esses agentes econômicos atuem como pilares dos avanços sociais, culturais e econômicos do país. * Economista da Fecomércio Minas
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Ao todo foram 225 estandes de 201 empresas
Autoridades empresariais e políticas prestigiam abertura da Expo Usipa
Representantes políticos e empresariais prestigiaram em massa a abertura da 24º edição do evento
José Maria Facundes e Julián Eguren conversaram sobre as novas tendências da indústria e do comércio
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Na noite do dia 25 de julho autoridades políticas e empresarias prestigiaram em massa a abertura da 24º edição da Expo Usipa. O evento teve início com os discursos do presidente do clube, Silmar Luiz Rabelo, do presidente da Usiminas, Julián Eguren, e do prefeito de Ipatinga, Robson Gomes. Houve a assinatura do convênio entre a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) e a Usiminas para a viabilização daquele que se torna o maior Senai de Minas Gerais e o terceiro do Brasil, com a utilização do CDP – Centro de Desenvolvimento Pessoal – da siderúrgica. Entre as autoridades presentes estavam o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes, o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fábio Veras, e o presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior. Usiminas e CDP A Usiminas cederá o espaço do CDP ao Senai em regime de comodato pelo prazo de 10 anos. No escopo da parceria, o Senai investirá na modernização das instalações, que ganharão novos laboratórios, cursos e equipamentos, além de absorver as despesas administrativas e de manutenção do espaço. O espaço cedido pela Usiminas é composto por três blocos que somam 10,9 mil m2, em uma área total de 54,7 mil m2, incluindo um auditório para 500 pessoas. Haverá capacidade para atender 3.000 alunos/dia, contra uma capacidade de 1.351 alunos/dia da atual sede do Senai, em Ipatinga. Para o presidente da Usiminas, Julián Eguren, o “novo Senai deverá dinamizar ainda mais o desenvolvimento regional”.
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Espaço Jequitibá A “Savassinha” do Horto fomenta o comércio com produtos exclusivos em um local requintado e aconchegante egurança, facilidade de estacionamento e produtos exclusivos são apenas alguns dos predicados do Espaço Jequitibá, que está situado na rua de mesmo nome, no Bairro Horto, em Ipatinga. Apelidado de “Savassinha” – em alusão ao requintado, aconchegante e charmoso bairro da capital mineira –, o local é composto por 11 lojistas que se uniram para, entre outras coisas, deliberar ações e trocar experiências em busca de crescimento comercial, fidelização de clientes e visibilidade. Roseli Aquino, da Zargot Calçados e Acessórios, e Carlos Godoy, da Aromas Corpo e Banho, são dois dos comerciantes que fazem parte do Espaço Jequitibá. Eles explicam que a necessidade de agrupar as lojas em um local surgiu diante das peculiaridades comerciais da rua. “Essa união entre os lojistas faz com que um sempre contribua com o outro de alguma maneira. No início era só a minha loja e mais uma, mas depois vieram outras e pensamos: ‘Vamos criar um vínculo entre nós’. Foi aí que surgiu o Espaço Jequitibá”, recorda Roseli.
“Manhã caipira” Os comerciantes se reúnem periodicamente para discutir a promoção de eventos, melhorias nas lojas e na rua e, ainda, o que fazer para aperfeiçoar o espaço. “Sábado agora (dia 7 de julho) tivemos a ‘manhã caipira’, que aconteceu pelo segundo ano consecutivo e serviu para lançarmos as promoções. Todas as lojas participaram ornamentando a rua e as calçadas com decoração junina e som. Cada lojista fez uma comida típica e tivemos um ótimo movimento de clientes, atingindo vários públicos”, conta a proprietária da Zargot Calçados e Acessórios.
Facilidades Um dos primeiros centros comerciais de Ipatinga, o Horto sempre concentrou muitos consultórios médicos e odontológicos. Porém, com a criação do Espaço Jequitibá, o bairro também tem sido uma saída para quem quer estar longe do lugar comum e comprar produtos modernos, diferentes e de qualidade. “Quem deseja fazer compras no
O bairro tem sido uma saída para quem quer estar longe do lugar comum e comprar produtos modernos, diferentes e de qualidade.
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Calçadas cuidadas, fachadas modernas e bem decoradas O que se percebe no entorno do Espaço Jequitibá é que as calçadas são bem cuidadas, as fachadas das lojas são modernas e as vitrines muito bem decoradas. “Toda semana a gente procura inovar, trocar vitrines e as coleções. Sempre estamos preocupados em modificar algo nas lojas: na minha, por exemplo, eu mudo a iluminação frequentemente. Todos os lojistas contribuem para manter o Espaço Jequitibá bonito e aconchegante para o cliente”, diz Roseli Aquino. Ainda de acordo com a proprietária da Zargot Calçado e Acessórios, a sintonia entre os lojistas também é importante para que sejam pensadas ações para fomentar a venda nas datas comemorativas. “Sempre fazemos eventos na semana do Dia das Crianças e temos uma programação especial de Natal, no Dia dos Namorados e nas outras datas comerciais”, acrescentou Roseli Aquino, para concluir: “Estamos muito felizes com a ascendência do Espaço Jequitibá e a qualidade e o sucesso das nossas lojas são notórios, pois temos notícias de que outros comerciantes pretendem se instalar aqui na rua. Isso é muito bom.”
Algumas das lojistas que compõem o Espaço Jequitibá: facilidade de estacionamento e segurança são alguns dos pontos fortes do bairro
sábado, por exemplo, encontrará muitas facilidades aqui no Espaço Jequitibá, uma vez que o Horto é de fácil acesso e estacionar o carro é bem simples. Não temos índice de violência aqui no bairro e o cliente que quer passear pelas lojas vai encontrar tranquilidade”, afirma Carlos Godoy.
Produtos exclusivos As 11 lojas que compõem o Espaço Jequitibá são de segmentos diversos, mas tem um cuidado especial no que tange ao atendimento. “Procu-
ramos estar sempre ao lado do cliente e os funcionários são orientados nesse sentido. Temos o que oferecer no que diz respeito a produtos exclusivos e a minha loja de calçados, por exemplo, tem marcas únicas. Na Desiré Lingerie também há produtos exclusivos, assim como na Aromas Corpo e Banho e nas demais lojas. Todos trabalhamos com produtos diferenciados, pois, além de termos as marcas que os concorrentes têm, buscamos sempre ter produtos que você não vai encontrar em outros lugares”, comenta Roseli Aquino.
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Comércio, música e esporte A junção que fez consolidar uma das mais tradicionais lojas de roupas de Ipatinga: a Kim & Kris Street Wear O “Bate-papo com o Comerciante” deste mês apresenta a história e as opiniões de Eustáquio Oliveira Silva Neto, de 48 anos. “Takim”, como é conhecido, é proprietário da Kim & Kris Street Wear, tradicional loja de roupas localizada na Rua Mariana, no Centro de Ipatinga. Casado com Cristina Oliveira Barbosa Portela e lojista há mais de 25 anos, ele é parceiro de músicos e dos adeptos de esportes radicais no Vale do Aço. Tornou-se um comerciante respeitado por realizar e apoiar eventos de rock e skate, idealizando e promovendo importantes projetos para o público jovem há mais de duas décadas. COMÉRCIO EM AÇÃO – Fale um pouco da história da sua loja. É verdade que ela começou dentro de uma garagem? Eustáquio Oliveira – A Kim & Kris está aqui na Rua Mariana há 27 anos, desde quando começamos a trabalhar vendendo roupas em um varal. Mas, na verdade, a loja teve início dentro de uma maleta agarrada na traseira de uma moto e depois veio para um automóvel Fiat 147. Foi aí que mudamos para a garagem, que era onde atualmente funciona o espaço físico da Kim & Kris. Primeiro os varais eram os nossos expositores, mas depois começamos trabalhar com “casqueiro” de madeira: aproveitávamos a casca do pau, pois naquela época quando se cortava as árvores na mata o que sobrava não era usa-
Eustáquio começou buscando roupas no Rio e em São Paulo e www.sindcomerciova.com.br até usou uma moto e um automóvel Fiat 147 para vendê-las
Trabalhar por conta própria é bem bacana. As amizades que você faz no comércio é a melhor parte: eu não tenho clientes, eu fiz amigos. Os nossos funcionários são nossos amigos e já foram clientes.
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do – jogavam fora para virar carvão. Então eu resolvi utilizar esse material para fazer algumas prateleiras com correntes, que funcionavam como expositores. Me recordo que a garagem ficou parecida com um casarão antigo e tínhamos uma mesa central muito bonita, onde a gente também mostrava nossos produtos. Tudo isso aconteceu no fim dos anos 80, começo de 90. Atualmente temos uma estrutura bacana, que atende bem o nosso público. C.A. – Naquela época era comum ver comerciantes viajar para outros estados para comprar roupas. Você também fazia isso? E.O. – Viajávamos muito, principalmente para o Rio de Janeiro e São Paulo, e só paramos quando começaram as representações. As marcas cresceram e colocaram representantes para facilitar a vida da gente, o que – por sinal – só dificultou, pois esses profissionais não tinham e ainda não têm perfil igual ao do lojista. A galera que cresceu dentro da Kim & Kris sabe que não somos só moda, mas todo um estilo de vida. A maioria dos representantes que começou a vender na época não sabia nem por onde passou o rock, o skate. Então no começo da loja eu viajava muito e estava acostumado a comprar. Mas aí surgiu o representante que se fechava dentro do escritório em Belo Horizonte e achava que você tinha a obrigação de ir a ele. No entanto, se fosse pra ir a Belo Horizonte, eu preferiria continuar indo a São Paulo e no Rio de Janeiro. Eu estava na estrada e teria a opção da fábrica com melhores condições, quantidades maiores de mercadoria. Até hoje a gente enfrenta essa dificuldade. Era melhor escolher a dedo as roupas e fazer parte do contexto. Nós criamos esse contexto: não só eu como cada um que participou ou foi cliente da loja. C.A. – Como é esse diálogo, essa relação direta com o público jovem? E.O. – Eu nunca parei para pensar
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nisso, mas a gente está muito arraigado com esse negócio de mudança e acho que isso tem muito a ver com essa idade: a juventude quer essa mutação rápida e o próprio corpo está modificando, crescendo. Tem muito jovem que frequentou e comprou na Kim & Kris e já está “na casa” dos trinta, dos quarenta anos. A loja sempre foi um ponto de encontro referência da juventude do Vale do Aço. Lembro que juntos enfrentamos muita repreensão e discriminação, pois – quando comecei com esse estilo rock – eu estava praticamente sozinho e encontrei muito preconceito, pois as pessoas tinham medo do jeito do roqueiro. Enfrentamos tanto preconceito e resistência que não achávamos locais para fazer shows de rock, uma vez que ninguém queria alugar seu espaço para um bando de roqueiros fazer festa, até porque o perfil de Ipatinga é de uma zona de segurança. Enfrentávamos uma repressão policial e política: éramos repreendidos por contestar as coisas. A geração mais nova está pegando tudo mais filtrado. Hoje tenho orgulho de dizer que sou padrinho de quase todas as casas roqueiras que existem no Vale do Aço, como o Cocafé, em Coronel Fabriciano, o Garajão, o Bom Ré Mi
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Fá e o Bar do Gordo, em Ipatinga. Todas cresceram junto com a loja. C.A. – A loja sempre foi um ponto de encontro de músicos e dos adeptos de esporte radical. Como isso teve início? E.O. – Os esportistas na linha radical assimilaram bem o estilo da Kim & Kris. O que sobressaiu foi o skate, que na época era um esporte mais barato. Rapel é caro, páraquedismo nem se fala e praticar ciclismo também não é barato. A música é uma negociação constante: uma banda perdendo guitarrista, outra iniciando. Então muitos grupos de rock nasceram aqui dentro da Kim & Kris. Havia negociação entre as bandas e aqui era e ainda é uma área de discussão, até pelo ativismo cultural da gente com a galera. C.A. – Você foi um dos idealizadores da pista de skate do Complexo Esportivo do Ferreirão, no Bairro Ideal, em Ipatinga. Como isso aconteceu? E.O. – Quando o Sebastião Quintão era prefeito ele me chamou para sentar à mesa dele e pediu um projeto de pista de skate. Eu convoquei algumas associações para participar, lutei
“Takim” e dois de seus funcionários: muitos jovens conseguiram o primeiro emprego na loja
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C.A. – E acerca das vantagens em ser comerciante? E.O. – Trabalhar por conta própria é bem bacana. As amizades que você faz no comércio é a melhor parte: eu não tenho clientes, eu fiz amigos. Os nossos funcionários são nossos amigos e já foram clientes. É assim mesmo que funciona: alguns dos fregueses que frequentaram a Kim & Kris com frequência se interessaram e foram convidados a trabalhar na loja. Até hoje é assim. São jovens de 16 a 24 anos, que muitas vezes tiveram o 1º emprego aqui com a gente, aprenderam muita coisa e galgaram oportunidades melhores.
A Kim & Kris está localizada na Rua Mariana desde o final da década de 80
muito pela ideia e consegui articular até sair a pista. Os meninos que praticam skate hoje têm que valorizar a luta que foi feita para sair esse projeto. Pode não ser a pista do jeito que eles queriam ou sonhavam, mas conseguimos um ótimo espaço para a prática do esporte. Vale destacar, também, o papel do deputado Leonardo Quintão, que ajudou a viabilizar a construção da pista. C.A. – E o que o comerciante Eustáquio de Oliveira pode falar sobre as dificuldades da profissão? E.O. – A sobrecarga de impostos, principalmente aqui em Minas Gerais, é um grande obstáculo. Agora mesmo estou com um problema com a Receita Estadual porque não paguei um imposto que eu sequer sabia que
existia. É um tributo novo e a gente fica em débito sem saber. Um imposto que só existe em Minas. Já há uma arrecadação alta e são criadas novas leis para arrecadar mais, mais e mais. Mas tem aquela história: se encher demais o cavalo de carrapatos, ele vai morrer. O que acontece em Minas é isso: eu vejo muito comércio nascer e tentar prosseguir, mas não consegue. Uma hora a carga de tributo que o lojista paga acaba sendo maior do que o que ele arrecada. E hoje com o recolhimento direto na fonte, com cruzamento de informações, você já paga o imposto antes mesmo de vender o produto. O comerciante está pagando o que ainda está na prateleira. O que eu posso dizer, também, é que o comércio tem muitas artimanhas e você tem que estar atento.
C.A. Por último, quais dicas você dá para quem quer se tornar comerciante? E.O. – O comércio é uma coisa delicada. Primeiro é se identificar com algum ramo que realmente você vai gostar e aprender a negociar. As portas automaticamente vão se abrir, mesmo que seja a coisa mais simples do mundo. Você pode ser um vendedor de churrasquinho de rua e galgar a sua churrascaria, mas quem vai saber esse caminho é só você. Se objetivar isso, você vai conseguir e é necessário cativar bastante os seus fregueses, pois aquele que comprou o churrasquinho na rua vai a sua churrascaria. Uma coisa é importante: crie esse clima de amizade sempre dentro da loja. O comerciante que não sabe sorrir, que não consegue receber alguém, que não sabe dividir o espaço dele com mais alguém nem deve abrir a porta do comércio. Você tem que chegar dentro da minha “casa” e se sentir à vontade. Nós vamos discutir e dividir os problemas. Eu estou aqui pra te vender alguma coisa, mas algo que realmente te interesse. Então o comerciante tem que ser objetivo, gostar do que faz e sempre ter em mente alguma coisa a mais, algum passo a mais a ser dado. Nunca fique estagnado e sempre corra atrás daquilo que você propõe.
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