Revista Comercio em Ação - Setembro 2012

Page 1

REVISTA

MG-760: novo mercado a ser explorado Aprendizagem: lei é esmiuçada em workshop

Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 2 • Setembro de 2012

Comércio é o maior gerador de empregos

Sindcomércio ouve candidatos

à prefeitura de Ipatinga

Cecília, Jésus e Rosângela: os três tiveram a oportunidade de detalhar seus planos de governo


E-commerce A compra e venda de mercadorias ou serviços por meio da Internet é assunto polêmico e bastante discutido por comerciantes varejistas e atacadistas de bens e serviços do Vale do Aço. O que se sabe é que o comércio eletrônico, também chamado de e-commerce, representa um mercado jovem, uma vez que mais de 60% das pessoas que fazem compras online têm até 35 anos. Conforme apontam especialistas, “na medida em que essas pessoas vão crescendo e evoluindo economicamente, esse percentual vai ficando maior”. O potencial e a dimensão do comércio eletrônico não podem ser menosprezados, uma vez que através das transações comerciais online é que as empresas têm condições de levar os seus produtos para qualquer lugar do mundo. A ascendência do e-commerce (veja o gráfico) faz-se cada vez mais vertiginosa: atualmente o Brasil é primeiro país da América Latina que consegue atingir 1% do seu PIB apenas com vendas eletrônicas. Isso

Através das transações comerciais online é que as empresas tem condições de levar os seus produtos para qualquer lugar do mundo.

se deve à confiabilidade na compra e venda de mercadorias pela Internet, que aumentou consideravelmente nos últimos anos. É importante destacar também que através da Internet é possível fazer grandes pesquisas de preço rapidamente. Há, ainda, a comodidade de receber o produto em casa. E foi pensando nas peculiaridades do comércio eletrônico – e nos adventos que têm surgido – que o Sindcomércio Vale do Aço lançará um projeto que vai beneficiar todo o comércio varejista e atacadista de bens e serviços da região. Trata-se de uma loja virtual abrangente que vai nortear os passos do lojista na Internet. Será um empreendimento ousado e inovador que vai abrir oportunidades únicas para que as vendas pela Internet no Vale do Aço alcancem elevados patamares. Nossa intenção é solidificar o mercado online da região, pois sabemos que existe espaço para que nossos associados cresçam com um potencial sem igual.

José Maria Facundes Presidente do Sindcomércio

Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO

CORONEL FABRICIANO

IPATINGA

3849.4490 3842.2040 3821.9020

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco • Equipe de planejamento e coordenação: Camila Magalhães, Dário Barbeto, Ricássia Perdigão, Carlos Souto e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco • Colaborador: Lairto Matins / Jornal Vale do Aço

• Revisão: Graça Castro • Diagramação, Fotolito e Impressão: Gráfica Art Publish • Tiragem: 7.000 exemplares


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

“Turismo no Vale” depende da adesão de empresários Projeto elaborado pelo Circuito Mata Atlântica e aprovado pelo Sebrae está em fase de capacitação de profissionais

Lívia Castro informa que as empresas participantes do projeto ainda terão subsídio de 80% em consultorias

O “Turismo no Vale” prevê formatação de roteiros e criação de propostas para conhecer o Vale do Aço, seus atrativos e estrutura turística

De iniciativa do Circuito Mata Atlântica de Minas (CTMAM), o projeto “Turismo no Vale” tem o apoio de entidades como Sebrae e Senac. No entanto, para que a ideia decole é necessário que também seja abraçada pelos empresários do Vale do Aço, conforme afirma uma das idealizadoras do projeto, a turismóloga Lívia Araújo Duarte Castro. Segundo ela, o “Turismo no Vale” foi iniciado em 2011, quando foi feito um diagnóstico sobre a atual situação turística do Vale do Aço através de um documento profissional e técnico com as demandas da região. A partir do levantamento de dados feito por Lívia Castro e outros três turismólogos, Horácio Carvalho, Vinícius de Assis Moreira e Rodrigo Pinho, foi apresentado um Plano de Trabalho ao Sebrae, que aprovou a iniciativa. Lívia Castro, gestora do Circuito Turístico do CTMAM, explica que a segunda fase do projeto, após o diagnóstico ter sido feito, prevê a capacitação de empresários e profissionais ligados ao turismo no Vale do Aço. “Há vários cursos acontecendo junto com o Sebrae e Senac que vão desde desenvolvimento de habilida-

des gerenciais até a gastronomia, atendimento a turistas e inglês básico”, informa a turismóloga. A cota de participação das empresas nos cursos é de R$ 700, valor que pode ser parcelado em até 10 vezes. A adesão ao “Turismo no Vale” vai garantir a inserção dos empresários e respectivos profissionais em até 10 cursos. “As empresas participantes do projeto ainda terão subsídio de 80% em consultorias”, revela Lívia Castro. De acordo com ela, entre outras coisas, o “Turismo no Vale” tem por objetivo “melhorar o desempenho empresarial na região, possibilitar excelência na prestação de serviços de receptivo turístico e aperfeiçoar os métodos de gestão e de organização do trabalho”. “Tivemos a coleta de dados em 2011, estamos iniciando a capacitação em 2012 e em 2013 estaremos mais voltados para o mercado. Falando de forma bem genérica, a gente vai situar a região no mercado turístico”, afirma Lívia Castro, acrescentando que isso será feito, por exemplo, através de formatação de roteiros e criação de propostas para conhecer o Vale do Aço, seus atrativos e estrutura turística. “Teremos mais agências de receptivo turístico com os guias e roteiros estabelecidos”, complementou a turismóloga. Por último, Lívia Castro ainda lembrou-se de dois fatores que reforçam a importância do desenvolvimento do projeto “Turismo no Vale”: a iminente pavimentação da MG-760, que vai abrir novos caminhos turísticos, e a escolha de Ipatinga como provável sede de um Centro de Treinamento de Seleções (CTS) para a Copa de 2014. Inscrições em cursos e informações sobre o “Turismo no Vale” podem ser conseguidas através do telefone (31) 3841-1891, de 8h às 13h, pelo e-mail circuitomataatlantica@gmail.com ou pelo site www.circuitomataatlantica.com.br.


COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

www.sindcomerciova.com.br

Candidatos de Ipatinga apresentam Plano de Governo ao Sindcomércio Postulantes à prefeitura responderam a questionamentos de diretores e empresários de diversos segmentos Preocupado com o desenvolvimento do comércio varejista e atacadista de bens e serviços de Ipatinga, o Sindcomércio Vale do Aço convidou os três principais candidatos a prefeito na cidade para um bate-papo, de maneira a conhecer qual o Plano de Governo de cada um e as propostas para o crescimento comercial do maior município da região. Foi dado a cada postulante ao Poder Executivo ipatinguense o mesmo tempo para a explanação de ideias. Os candidatos também responderam a questionamentos feitos pelos diretores do Sindcomércio e demais comerciantes convidados. As reuniões ocorreram em clima cordial e foram importantes para que cada Programa de Governo fosse detalhadamente conhecido. “Representamos mais de 6 mil comerciantes em Ipatinga e somos a entidade de maior abrangência no setor. As reuniões com os três candidatos foram importantes para colocar à mesa os anseios e as dificuldades enfrentadas por micros, pequenos e grandes empresários”, observou José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio. Os diretores do Sindcomércio e demais comerciantes acompanharam atentos as explanações dos candidatos

José Garcia (acima) e Lauro Fonseca foram dois dos comerciantes que fizeram questionamentos aos candidatos


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

Jésus Nascimento O primeiro a se reunir com os representantes do Sindcomércio, no último dia 8 de agosto, foi o candidato Jésus Nascimento da Silva (PMDB). Natural de Visconde de Rio Branco, na Zona da Mata, Jésus é contador, advogado e trabalhou durante sete anos na Usiminas. Fundador da Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa), também ajudou a criar o Lions Clube Ipatinga Armando Farjado e o Grupo Raízes. Com a ajuda de sócios, ainda implantou a Faculdade de Medicina de Ipatinga, a Univaço. Em 2008 foi eleito empresário do ano em Ipatinga e também é cidadão honorário da cidade, além de fazer parte da equipe veterana de futebol da Usipa, onde foi atleta profissional. Jésus Nascimento frisou a importância de investimentos emergenciais em saúde, educação e na limpeza urbana, revelando também que tem quatro projetos para o trânsito. O candidato a prefeito pelo PMDB destacou o potencial do comércio de Ipatinga, sobretudo na Avenida 28 de Abril, que, segundo ele, recebe diariamente pessoas de

Jésus Nascimento acredita ser viável a criação de uma Secretaria do Comércio na Prefeitura de Ipatinga várias cidades vizinhas como Marliéria, Mesquita e Jaguaraçu, por exemplo. “Como prefeito vou usar meu conhecimento e experiência como gestor, que já demonstrei na minha trajetória comunitária, educacional, empresarial e desportiva”, disse Jésus Nascimento, afirmando que apoia a ideia de criação de uma Secretária do Comércio na prefeitura, que buscaria soluções para o desenvolvimento do setor. O candidato da frente “Por Amor

a Ipatinga” falou dos problemas enfrentados na segurança pública e afirmou que, se eleito for, vai criar a Guarda Municipal e barreiras nas principais saídas de Ipatinga para monitorar e impedir a chegada e fuga de criminosos. Jésus Nascimento prometeu que se chegar à frente do Poder Executivo municipal vai primar por um mandato mais descentralizado, com a participação de todos os setores da sociedade.

Rosângela Reis No dia 21 de agosto os representantes do Sindcomércio e os comerciantes convidados receberam a candidata Rosângela Reis (PV), da coligação “Responsabilidade com Ipatinga”. Professora, orientadora e supervisora escolar por 14 anos, ela é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Didática. Começou sua carreira política em 2000, quando se elegeu vereadora em Ipatinga. Foi reeleita em 2004. Em seu segundo mandato, exerceu o cargo de vice-presidente da Câmara Municipal (2005-2006). Em 2010, foi reeleita deputada estadual com 67.519 votos. Apoia as entidades sociais para a prestação de serviços comunitários e há 15 anos desenvolve um projeto social de capacitação de alunos do ensino profissionalizante e

Rosângela Reis disse que, caso seja eleita, áreas importantes do comércio receberão o devido apoio


COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

encaminhamento para o mercado de trabalho. A deputada mostrou seu plano de governo, onde – segundo ela – estão previstas diversas ações para fomentar ainda mais o comércio varejista no município. “Somente no Centro há uma circulação diária de 45 mil pessoas. Esses números ilustram a importância que a região central representa para a economia de Ipatinga. Sabemos que o Centro necessi-

www.sindcomerciova.com.br

ta de melhor pavimentação, melhor acessibilidade para pessoas com deficiência, uma reestruturação do camelódromo e soluções para melhorar o trânsito e a segurança. Outras áreas importantes para o comércio de Ipatinga também receberão o devido apoio do nosso governo”, garantiu. Rosângela Reis ainda assegurou que, se eleita for, dará uma resposta imediata à população de Ipatinga, fazendo investimentos pontuais

em saúde através da construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. No que tange à educação, a candidata também prometeu que irá erguer duas creches na cidade, além de implantar cursos profissionalizantes e uma universidade federal. Rosângela Reis anotou as sugestões dos representantes do Sindcomércio e afirmou que, mesmo se não for eleita, vai continuar lutando pelos anseios de Ipatinga.

Cecília Ferramenta Já no dia 28 de agosto foi a vez de o Sindcomércio ouvir a candidata Cecília Ferramenta (PT), da coligação “Pra Consertar de Novo”. Maria Cecília Ferreira Delfino, Cecília Ferramenta, nasceu em Bom Despacho, é casada com Chico Ferramenta há 30 anos, com quem tem três filhos. A candidata chegou a Ipatinga em 1981, acompanhando o esposo, que trabalhava na Usiminas. Cecília Ferramenta coordenou todas as campanhas vitoriosas de Chico Ferramenta: para deputado estadual, deputado federal e prefeito de Ipatinga por três mandatos. Em 2003, tornouse a primeira mulher a ser eleita deputada estadual no Vale do Aço, sendo reeleita em 2007. Conforme Cecília Ferramenta, seu Programa de Governo está focado em cinco grandes marcas: Ipatinga governada com eficiência, transparência e participação popular; Ipatinga inclusiva e de oportunidades; Ipatinga bem cuidada, com qualidade de vida para todos; Ipatinga engajada no desenvolvimento regional; Ipatinga crescendo em ritmo de Brasil. “Para a implantação dessas marcas, muitos desafios serão enfrentados, inclusive de ordem emergencial, diante

Cecília Ferramenta falou sobre a possibilidade de criação de um Departamento do Comércio na atual Secretaria de Desenvolvimento da atual situação crítica do município”, afirmou a candidata. Cecília Ferramenta foi questionada sobre a viabilidade da criação de uma Secretaria do Comércio em Ipatinga, uma vez que diariamente comerciantes sofrem com problemas como as recorrentes mudanças fiscais e tributárias, por exemplo, e não têm onde recorrer. “Sugiro criarmos um Departamento do Comércio na já existente Secretaria de Desenvolvimento Econômico”, disse, ressaltando que são muitos os pedidos de novas secretarias para diversos segmentos. “Não podemos sair criando

secretarias. Temos que resolver os problemas de maneira mais simples e sabemos que o que for bom para o comércio será para a nossa cidade”, emendou a candidata. Cecília Ferramenta ainda lembrou que Ipatinga perdeu R$ 300 milhões nos últimos anos muito em função da turbulenta administração municipal pela qual o município passa. “Não temos recebido mais recursos estaduais e federais por conta de diversos problemas que assolam a prefeitura. Isso tem que mudar”, concluiu a candidata.

Reuniões Todas a três reuniões com os candidatos aconteceram na sede do Sindcomércio em Ipatinga, que está situada na Rua Sabará, no Centro. Os candidatos às prefeituras de

Coronel Fabriciano e Timóteo também serão ouvidos e, assim como em Ipatinga, terão a oportunidade de detalhar seus Planos de Governo.


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012


COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

www.sindcomerciova.com.br

Benefícios de ser um associado/Convênios Linhas de financiamento de capital de giro.

Linhas de financiamento e empréstimo para empresários.

Hotel Senac Grogotó em Barbacena: a beleza da Serra da Mantiqueira.

Cursos de boas práticas na manipulação de alimentos.

25% de desconto nas mensalidades para associados e dependentes.

Desconto de 15% nas mensalidades.

Desenvolvimento dos empreendimentos de micro e pequeno porte.

ASSESSORIAS

Jurídica, Administrativa, Contábil e de Informática.

SAÚDE OCUPACIONAL

Exames complementares, Gestão de Pessoas, Ergonomia do Trabalho, Cursos e Treinamentos.

Inscrições em cursos com até 30% de desconto.

CURSOS E PALESTRAS

BANCO DE EMPREGOS

Atendendo as demandas de treinamento em várias áreas.

Cadastros de currículos via www.sindcomerciova.com.br.

cursos Boas Práticas de Manipulação de Alimentos Carga horária: 20 horas Objetivo geral: Ensinar os procedimentos de Boas Práticas na produção e manipulação de alimentos de acordo com a legislação sanitária vigente (RDC/ANVISA nº 216/04). Período: de 24 a 28 de setembro, de 13h30 às 17h30 Pré-requisitos: 18 anos e 4ª série do Ensino Fundamental Completo Rua Sabará,110 - Centro - Ipatinga Instrutora: Cláudia Gomes de Oliveira Lima - Nutricionista Público-alvo: quem presta serviços de alimentação em lanchonetes, cantinas, padarias, restaurantes, cozinhas industriais, bufês e confeitarias, entre outros estabelecimentos públicos e comerciais.

OUTRAS INFORMAÇÕES: 31.3842.2040 – 3821.9020 contato@sindcomerciova.com.br


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

Comércio é o maior gerador de empregos em Ipatinga

Números mostram a força imensurável do Comércio e solidificam o setor como principal gerador de emprego em Ipatinga

Na contramão do que se vê na Indústria, o setor de Serviços também cresceu nos últimos 12 meses na cidade: foram 11.479 contratações Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) revelam que, ao contrário de outros setores, o Comércio em Ipatinga manteve o índice positivo de geração de emprego nos últimos 12 meses, com 11.063 admissões e 10.439 desligamentos – gerando um saldo de 624 novos postos de trabalho. Por outro lado, a Indústria de Transformação não apresenta o mesmo cenário: foram 7.237 admissões contra 10.941 desligamentos, gerando um saldo negativo de 3.704. “Esses números mostram a força imensurável do Comércio em Ipatinga e confirma que somos os principais geradores de emprego na cidade. Continuaremos trabalhando para que, cada vez mais, nossa atividade econômica seja forte e contribua para a escalada do desenvolvi-

mento no Vale do Aço”, comemora o presidente do Sindcomércio, José Maria Facundes. Ainda de acordo com os números do Caged, somente no último mês de julho o Comércio de Ipatinga admitiu 1.118 profissionais e desligou outros 997, deixando um saldo positivo de 121 novos empregos. Também na contramão do que se vê na Indústria, o setor de Serviços foi outro que cresceu nos últimos 12 meses em Ipatinga, com 11.479 contratações e 10.987 desligamentos, gerando um saldo positivo de 492 postos de trabalho. “O Sindcomércio representa o comércio varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço. A evolução do emprego nos nossos setores vem solidificar ainda mais o forte potencial do empresário em Ipatinga”, ressalta José Maria Facundes.

Facundes: “Continuaremos trabalhando para que nossa atividade econômica contribua para a escalada do desenvolvimento no Vale do Aço”

Construção Civil Os dados do Caged registram ainda que, nos últimos 12 meses, a Construção Civil também desligou mais do que admitiu: 11.359 contra 10.085, respectivamente, gerando um saldo negativo de 1.274.


10

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

Tecnologia a favor do comércio Saiba como um sistema de segurança eletrônica pode deixar sua loja protegida da ação de criminosos Existem no Vale do Aço mais de 10 empresas especializadas na segurança de estabelecimentos comerciais, casas, prédios e veículos. A alta incidência de furtos, arrombamentos, assaltos e outros crimes contra o patrimônio tem feito com que o comerciante varejista e atacadista de bens e serviços da região busque alternativas para não ficar à mercê de criminosos. E uma das soluções mais viáveis está na segurança eletrônica: instalar câmeras, alarmes e cercas nas lojas pode propiciar tranquilidade ao empresário. Proprietário de uma das empresas especializadas em segurança

eletrônica no Vale do Aço, Rodrigo Cordeiro Silva ressalta que há equipamentos com tecnologia de ponta para que as lojas fiquem protegidas e não sejam alvo da ação de marginais. “O alarme vai inibir a ação, mas se porventura houver alguma intrusão no estabelecimento comercial, uma central de monitoramento recebe esta informação imediatamente e há um apoio tático no local. Temos uma estimativa de chegar a uma residência ou comércio em no máximo 11 minutos, embora esse tempo possa cair pela metade”, revela Rodrigo Cordeiro. Conforme ele, este tipo de vigilância é fundamental para

www.sindcomerciova.com.br

Proprietário de uma das empresas especializadas em segurança eletrônica no Vale do Aço, Rodrigo Cordeiro afirma que instalar câmeras, alarmes e cercas nas lojas pode propiciar tranquilidade ao empresário.


www.sindcomerciova.com.br

a segurança da loja. “Não basta comprar o alarme e colocá-lo. Sem monitoramento, o estabelecimento comercial continua desprotegido e o empresário vai ter apenas uma ilusão de segurança. O alarme é só um instrumento de aviso. Ele precisa estar aliado a um monitoramento humano de 24 horas”, observa.

Procedimento Rodrigo Cordeiro orienta que o primeiro procedimento que o comerciante deve ter ao decidir instalar um sistema de segurança eletrônica em sua loja é acionar uma empresa especializada. “Trata-se de um ramo de atividade onde você vai deixar o seu patrimônio na mão de uma empresa. Então, primeiro é necessário entender que tipo de estabelecimento comercial é esse que será protegido e fazer essa análise de risco do ambiente da loja, identificar quais são os pontos que você quer ter uma imagem gravada e desenvolver um projeto. Posteriormente teremos uma prestação de serviços que é, em resumo, um monitoramento de alarme e vídeo. É a união do sistema eletrônico com um operador bem treinado e qualificado”, reforça.

Monitoramento garantido Há ainda o que as empresas de segurança chamam de “monitoramento garantido”, que visa ressarcir o empresário no caso de crimes de menor porte contra a loja dele. “Por exemplo: o bandido arrombou o comércio durante determinada madrugada e levou uma câmera fotográfica e um laptop. Nos seguros convencionais há a franquia e eliminam eletrônicos de pequeno porte.

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

No nosso caso não, pois o ‘monitoramento garantido’ serve justamente para premiar esses pequenos delitos nos quais os marginais levam objetos eletrônicos. Então é garantido até R$ 7.500 para o cliente”, explica Rodrigo Cordeiro. Segundo ele têm sido muito comum furtos deste tipo em estabelecimentos comerciais do Vale do Aço. “Atualmente as lojas são alvo da maioria dos arrombamentos. Quando o sistema de segurança é colocado em um es-

Com a atual tecnologia e velocidade da Internet é possível presenciar uma ação de criminosos ao vivo por meio de câmeras de vigilância. tabelecimento nós identificamos com adesivos e placas, indicando que aquele comércio é monitorado. Isso acaba diminuindo a atração do meliante àquele determinado imóvel”, complementa Rodrigo Cordeiro.

Tempo real Com a atual tecnologia e velocidade da Internet é possível presenciar uma ação de criminosos, ao vivo, por meio de câmeras de vigilância. “É difícil a Polícia Militar estar em todo lugar, mas um sistema de segurança pode estar em todos os comércios. Quan-

11

do acontece uma invasão numa loja há um disparo de alarme, a operadora conecta nas câmeras do cliente e é possível ver o que está ocorrendo em tempo real. Vão ser tomadas todas as providências instantaneamente, que é acionar a Polícia Militar e equipes táticas”, discorreu Rodrigo Cordeiro. O sistema de segurança, esclarece Rodrigo Cordeiro, também funciona quando a loja está aberta. “Se o comerciante for vítima de um assalto a mão armada durante o dia, por exemplo, ele poderá acionar o que chamamos de ‘botão de pânico’, que fica em um local estratégico da loja e só deve ser acionado se houver a certeza de que o ladrão não está vendo. Após o botão ter sido apertado teremos um acesso rápido, através das câmeras de segurança, de tudo que está acontecendo na loja. É assim que conseguimos monitorar bancos, casas lotéricas e outros estabelecimentos que movimentam grandes quantias em dinheiro”, conta. Veículos As empresas especializadas em segurança eletrônica ainda disponibilizam outras tecnologias de monitoramento. “Há o rastreamento de veículos para as pequenas frotas que as empresas têm, ou seja, vai desde o comércio de botijão de gás quando o empresário tem 3, 4 motos e quer rastreá-las, até os caminhões de entrega de um supermercado. É possível fazer o acompanhamento desses veículos sabendo qual a velocidade, pontos de parada e outras informações. O caminhão também tem a opção ter o botão de pânico, já que o motorista pode ser rendido por um marginal”, conclui Rodrigo Cordeiro.


12

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

www.sindcomerciova.com.br

Novo mercado a ser explorado Pavimentação da MG-760 trará benefícios, oportunidades e desafios ao comerciante do Vale do Aço A pavimentação cada vez mais iminente do trecho da rodovia MG-760 que vai de São José do Goiabal ao distrito de Cava Grande, em Marliéria, trará benefícios e oportunidades únicas para o comerciante varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço. Haverá um maior fluxo para escoamento e chegada de mercadorias na região, minimizando custos e trazendo agilidade. Os avisos de licitação para a execução das obras já foram publicados no Diário Oficial de Minas Gerais e a abertura dos editais deverá ocorrer entre os dias 17 e 20 de setembro. O percurso a ser pavimentado tem uma extensão de 56,8 km. Fabrício César Fernandes, gerente da Regional Rio Doce do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequena Empresas), lembra que a MG-760 está ligada às BRs 381 e 262, dando acesso ao Vale do Piranga e à Zona da Mata, entre outras regiões. “A pavimentação beneficiará a indústria, mas vejo um impacto

maior sobre o comércio, uma vez que a cidade de Ubá, por exemplo, tem um arranjo produtivo de móveis em crescimento. Há aqui no Vale do Aço vários empreendimentos deste segmento econômico e a nova MG-760 vai facilitar maiores e melhores aquisições nas indústrias localizadas na Zona da Mata”, analisa Fabrício Fernandes. Ele ressalta que a

Após o fim das obras na rodovia alguns caminhos serão encurtados e o tempo que as mercadorias levam para chegar ao Vale do Aço diminuirá.

MG-760 corta o Parque Estadual do Rio Doce e que a pavimentação pode potencializar o turismo regional e aumentar a consciência ambiental.

Alternativas

Após o fim das obras na rodovia alguns caminhos serão encurtados e o tempo que as mercadorias levam para chegar ao Vale do Aço consequentemente diminuirá. Haverá um leque maior de produtos disponíveis para a compra e o escoamento de itens que são produzidos em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, será facilitado. “Outra análise que a gente pode fazer é que a pavimentação por si só pode não ser suficiente para estimular o desenvolvimento econômico dos municípios que serão impactados por ela, e as cidades precisam criar alternativas para se desenvolver. Isso sugere que os municípios impactados construam uma agenda de ações com foco no aumento de competitividade do setor privado”, avalia o gerente do Sebrae.


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

13

Com a pavimentação da MG760 novas portas vão se abrir para que o comerciante do Vale do Aço pense em alternativas de expandir seu negócio com vistas em mercados novos. Da mesma maneira que o custo será menor para a chegada de outras mercadorias e produtos, ele também diminuirá para o envio. “Então é interessante que os empresários consigam vislumbrar a pavimentação com uma possível ampliação de mercado, de maneira que possam se inserir nele de forma competitiva”, recomenda Fabrício Fernandes.

19 mil

Conforme dados do Sebrae existem cerca de 19 mil empresas em Ipatinga, Fabriciano e Timóteo, incluindo os Micro Empreendedores Individuais – que já chegam a 7 mil na região. Mas não serão só os comerciantes das três principais cidades do Vale do Aço que serão beneficiados, uma vez que a pavimentação da MG-760 deverá trazer desenvolvimento também para o distrito de Cava Grande e cidades circunvizinhas. “O Vale do Aço sofreu um baque muito forte depois da crise econômica mundial de 2008, uma vez que a siderurgia e a mineração foram dois segmentos bas-

Fabrício Fernandes, gerente da Regional Rio Doce do Serviço de Apoio às Micro e Pequena Empresas

tante afetados. Em contrapartida a pavimentação da MG-760 vai trazer consigo várias alternativas de desenvolvimento e expansão

mercadológica de alguns empreendimentos, trazendo fôlego para muitos mercados”, completa Fabrício Fernandes.

Sebrae fez diagnóstico sobre o setor logístico do Vale do Aço Em 2011 o Sebrae desenvolveu um estudo chamado “Análise de Atratividade”. Em quatro meses, por meio de entrevistas com empresários e profissionais de grandes empresas, foi feito um diagnóstico que mapeou e tentou entender como funciona o setor logístico do Vale do Aço. “Percebemos que

os empresários do comércio em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo tendem a ter a sua logística internalizada. Isso significa que uma empresa tem suas entregas feitas por frota própria, sendo que – conforme o ramo do negócio – essa entrega nem sempre é um fator crítico para o sucesso do empreendimento. En-

tão verificamos que a logística internalizada pode ser reavaliada enquanto uma estratégia de posicionamento da empresa”, explica Fabrício Fernandes, acrescentando que nos casos de frota própria o comerciante tem um alto investimento, é obrigado a montar uma equipe e ainda perde um tempo precio-


14

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

so que poderia ser direcionado para que ele avance mercadologicamente e se posicione melhor no mercado. A “Análise de Atratividade” apontou que há um número grande de transportadoras autônomas no Vale do Aço e, que em alguns casos, não se têm uma noção muito clara de como precificar o frete. “Também há uma dificuldade de entender o caminhão como um investimento, um bem que se deprecia e tem que ser atualizado. Nos esforçarmos para oportunizar capacitação para os motoristas e empresários das transportadoras, pois sabemos que é importante para estimularmos o crescimento do setor na região”, explica o gerente

do Sebrae. Conforme dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) 2009, 99% do setor logístico é representado pelo transporte de carga rodoviário, mesmo o Vale do Aço sendo cortado pela Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). “Constatamos que a ferrovia e as rodovias poderiam ser mais bem integradas. Por exemplo, vai uma locomotiva cheia para o Espírito Santo e volta vazia. De que maneira isso pode ser

De acordo com a Análise de Atratividade não há barreiras para a entrada de novas transportadoras em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo.

www.sindcomerciova.com.br

aproveitado? Quais os produtos que são comprados nesse destino da locomotiva e poderiam ser aproveitados nesse modal ferroviário? São questões a serem pensadas”, propõe Fabrício Fernandes. Também de acordo com a “Análise de Atratividade” não há barreiras para a entrada de novas transportadoras em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo, mas há a ressalva de que este tipo de empresa tem pouco poder de barganha na região. Por esta razão há de se estimular um trabalho cooperativo entre as empresas de transporte de pequeno porte, de maneira que elas tenham condições de se posicionar no mercado e aumentar o poder competitivo.

Cursos Capacitação Profissional Técnicos Graduação

Educação a Distância

o Pós-Graduaçã

Senac Minas

Processos, ferramentas e conceitos mudam a todo momento no mundo dos negócios. Para acompanhar as novas tendências e inovar nos resultados, matricule-se na Pós Graduação do Senac Minas. São cursos presenciais e a distância em áreas estratégicas que conectam você ao mundo dos negócios. Saia na frente. Inove. Senac Minas. Para todas as etapas do seu crescimento profssional.


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

15


16

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

Lei da Aprendizagem Comercial é esmiuçada em workshop

www.sindcomerciova.com.br

Empresários de todo o Vale do Aço tiraram dúvidas com os representantes do Sindcomércio, Senac, Consul e MTE

Sindcomércio, Ministério do Trabalho e Senac promoveram evento para empresários em Ipatinga Promulgada em dezembro de 2000, a Lei da Aprendizagem Comercial determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de jovens aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários cujas funções demandem formação profissional. Passados quase 12 anos a lei ainda gera algumas dúvidas acerca de como, onde e quando contratar o jovem aprendiz. Com o objetivo de esclarecer essas questões, o Sindcomércio Vale do Aço, a Gerência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego e o Senac promoveram, neste mês de agosto, no Panorama Tower Hotel, em Ipatinga, um workshop com pales-

tra e bate-papo com empresários. O evento teve início com palestra da auditora fiscal Ana Carolina Timo, que abordou o tema “Orientações ao cumprimento da Lei da Aprendizagem Comercial”. Ela esmiuçou como é feito trabalho da Gerência Regional do Ministério e Emprego de Ipatinga, órgão responsável pela fiscalização em 34 municípios da região. “O objetivo da aprendizagem comercial é propiciar uma formação profissional metódica aos jovens, de maneira a criar uma mão de obra qualificada a ser absorvida pelo próprio empresário”, observou Ana Carolina Timo. Empresas com mais de sete empregados, que não sejam micro

Empresas com mais de sete empregados, que não sejam micro ou de pequeno porte, estão obrigadas a contratar aprendizes.


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

17

Supervisora pedagógica do Senac, Anair Bragança ressaltou que o jovem aprendiz poderá “ter o comportamento lapidado”

ou de pequeno porte, estão obrigadas a contratar aprendizes. É considerado jovem aprendiz aquele contratado diretamente pelo empregador ou por intermédio de entidades sem fins lucrativos, que tenha entre 14 e 24 anos e esteja matriculado e frequentando a escola, caso não tenha concluído o Ensino Médio. “Ao contratar um jovem aprendiz a empresa estará cumprindo uma função social prevista pela Constituição Federal”, emendou Ana Carolina Timo. A auditora fiscal ainda discorreu sobre jornada de trabalho, como calcular a cota de jovens aprendizes dentro de uma empresa, prorrogação de contrato de trabalho, salário mínimo proporcional e os direitos e deveres dos aprendizes, entre outros assuntos.

Senac A segunda palestra do workshop foi ministrada por Anair Bragança, supervisora pedagógica do Senac Vale do Aço, que fez explanações acerca do tema “A importância do Programa Jovem Aprendiz para as

Estratégias das Empresas”. Anair ressaltou que são inúmeras as oportunidades que a empresa tem ao contratar um aprendiz. “Cada vez mais temos problemas com mão de obra qualificada no mercado. O aprendiz pode suprir essa carência, uma vez que é um jovem em formação que poderá ter o comportamento lapidado, tornando-se um profissional ético, apto a

A auditora fiscal Ana Carolina Timo abordou o tema “Orientações ao cumprimento da Lei da Aprendizagem Comercial”

trabalhar em equipe e com visão empreendedora”, analisou Anair Bragança.

“Case” Divaldo Pires, diretor da Consul, foi o terceiro a proferir palestra e apresentou um “case” de sucesso, mostrando como são os critérios de contratação do aprendiz na cooperativa, revelando – ainda – que


18

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

Aprenda a calcular o salário do aprendiz 2,83 x jornada semanal x semanas do mês x 7 / 6 Exemplo: 2,83 x 24 x 4,42 x 7 / 6 = R$ 350, 25 Jornada inclui teoria e prática

Direitos dos Aprendizes Salário mínimo proporcional; Jornada legal prevista em lei; Vale transporte; Acordo/Convenção Coletiva aplicados desde que expressamente previstos; FGTS: 2%; Descontos: adiantamentos, dispositivos de lei, convenção, contribuição sindical.

Quem pode ser aprendiz? Jovens entre 14 e 24 anos (exceto deficiente); Obrigatoriedade de frequência escolar, salvo se já houver concluído Ensino Médio.

www.sindcomerciova.com.br

o período de aprendizagem nos supermercados dura 12 meses e tem início sempre em outubro. “De 2009 a 2011, a Consul contratou 90 aprendizes, que foram selecionados através de entrevistas com provas de redação e matemática. A experiência tem mostrado que vale a pena contratá-los”, pontuou Divaldo.

Dúvidas O workshop terminou com um debate com perguntas e respostas envolvendo os empresários, Ana Carolina Timo, Anair Bragança e o assessor de Relações do Trabalho e Sindical do Sindcomércio, Tiago Barcelos. Foram tiradas várias dúvidas referentes à Lei de Aprendizagem Comercial como, por exemplo, o fato de o jovem aprendiz não poder cumprir mais de uma função dentro de uma empresa, questão que foi esclarecida pela auditora fiscal. O comerciante varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço que queira esclarecimentos acerca da Lei de Aprendizagem Comercial pode entrar em contato com o Sindcomércio através dos telefones 3842-2040, 3821-9020, 3849-4490 ou pelo e-mail contato@sindcomerciova.com.br. O Sindcomércio ainda disponibiliza aos empresários interessados um CD com o manual da Lei da Aprendizagem Comercial.

Divaldo Pires mostrou o “case” de sucesso da Consul, revelando que de 2009 a 2011 a cooperativa contratou 90 jovens aprendizes


MEDICINA OCUPACIONAL E ENGENHARIA DO TRABALHO

www.sindcomerciova.com.br

• Programas Legais PPRA, PCMSO, LTCAT e PPP • Exames complementares • Cursos e Treinamentos • Ergonomia do Trabalho • Psicologia com Ênfase em Recrutamento e Seleção E muito mais... Vá a uma de nossas sedes e confira as condições especiais, equipamentos com tecnologia de ponta, ampla infra-estrutura e uma equipe de profissionais altamente qualificada. Tudo com preços subsidiados.

Atendemos em todo o Vale do Aço Ipatinga

Rua Sabará, 110 Centro - 3821-9020

Coronel Fabriciano

Av. Magalhães Pinto, 33 Centro - 3842-2040

Timóteo

Av. Almir de Souza Ameno, 75-Sl.207 Funcionários - 3849-4490

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

19


20

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

www.sindcomerciova.com.br

Marco Túlio Lamounier é casado e pai de três filhos

Experiência, visão e empreendedorismo De balconista a empresário, Marco Túlio Lamounier completa três décadas no comércio e anuncia novos investimentos no Vale do Aço No comércio há três décadas, Marco Túlio Lamounier Alves, de 44 anos, foi balconista e gerente até se tornar sócio-proprietário da Flag’s, tradicional loja de calçados da região. Nascido em Itapecerica, na região Oeste de Minas Gerais, ele se estabeleceu no Vale do Aço em 1982. Casado e pai de três filhos, Marco Túlio é o entrevistado deste mês da coluna “Bate-papo com o comerciante”. Ele recebeu a reportagem da Revista Comércio em Ação em seu escritório em Coronel Fabriciano. COMÉRCIO EM AÇÃO – Fale um pouco de sua trajetória nestas três décadas. Marco Túlio – Recém chegado à região em 1982, vim de Itapecerica para trabalhar, em Timóteo, com o meu tio Hamilton Lamounier na loja Sirigaita Calçados. Eu era garoto e não tinha muita noção do que era

Seja engenheiro, médico ou professor, todo mundo que tem uma oportunidade de ser um empresário, acaba se tornando um, pois é uma coisa que vale a pena.


www.sindcomerciova.com.br

o comércio, comecei como balconista, mas fazia de tudo. Tempos depois tive a oportunidade de me tornar gerente. Já em 1991 comecei como sócio-proprietário da Flag’s. Depois ainda me tornei sócio da Biboca, da Sirigaita, da Maluca e, por ultimo, em 2010, da Realce – uma moderna loja na Rua Maria Matos. Todas são do ramo de calçados e estão situadas aqui em Fabriciano. Me identifico muito com o Vale do Aço e tenho mais tempo na região do que em minha própria terra natal. Muitos anos se passaram e hoje eu tenho três filhos – dois rapazes e uma moça. Atualmente estou vendendo as lojas que tenho em outras regiões do estado para voltar a atenção e investir novamente no Vale do Aço. Quero me reestruturar aqui na região e este ano mesmo, até novembro, teremos duas novas lojas em Ipatinga, uma da Sirigaita Calçados e outra da Flag’s. Acredito no comércio do Vale do Aço e mais novidades virão. C.A. – Como foi a transição de comerciário para comerciante? M.T. – O comércio é uma luta diária e no início eu tive muitas dificuldades, pois na década de 90 as condições de crédito eram escassas e havia uma inflação bastante complicada. Depois houve o Plano Real e as coisas começaram a melhorar um pouco. Hoje a concorrência é mais acirrada, mas em contrapartida você tem uma linha de crédito bastante alongada. Quando eu estava começando, tudo era novidade e passei por

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

épocas nas quais o país enfrentava situações complicadas: você tinha um preço na vitrine de manhã e à tarde ele era outro. Você comprava por 100 de manhã, vendia por 150 à tarde e, à noite, quando você ia comprar novamente, já estava custando 250. Foi uma época turbulenta com uma inflação terrível, era uma coisa absurda e o comércio ficou bastante complicado. Foram poucas lojas que sobraram e os que sobreviveram estão até hoje. C.A. – E quais são as dicas que o empresário Marco Túlio pode dar para quem quer abrir um comércio? M.T. – A primeira coisa é buscar as informações e fazer um planejamento. Entidades como o Sebrae e o Sindcomércio te dão total acesso a tudo: existem pesquisas e é possível saber qual o ramo que está em melhor ativi-

21

dade no momento, por exemplo. Abrir um comércio antigamente era mais difícil, uma vez que você não tinha muito a noção das coisas, do que estava acontecendo fora da nossa região. Mas atualmente é possível estar sempre atualizado e ter todas as informações gratuitas: você vai saber qual o montante pode gastar e quanto tem que vender para cobrir seus custos com aluguel, despesas, impostos e ainda sobreviver. Então se você quer abrir um negócio é importante que busque orientações com as pessoas certas. Atualmente é tudo mais fácil, uma vez que se o comerciante tem uma empresa sólida e tranquila, sem nenhuma restrição, ele vai conseguir financiamentos para capital de giro ou reformas, por exemplo. Seja engenheiro, médico ou professor, todo mundo que tem uma oportunidade de ser um empresário, acaba se tornando

A Sirigaita Calçados, na Rua 6 de janeiro, em Timóteo, no início da década de 80


22

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

www.sindcomerciova.com.br

A atual loja da Flag’s é espaçosa e moderna um, pois é uma coisa que vale a pena. C.A. – Gostaria que você falasse também sobre contratação de empregados, das vantagens em ser empresário e dos pontos fortes do comércio no Vale do Aço. M.T. – Atualmente é comum o giro de funcionários nas lojas, muito por conta das oportunidades de emprego que têm surgido. Comércio é venda e gerência: todos os meus gerentes começaram como vendedores e estamos sempre dando ofertas de emprego. Sabemos que essa rotatividade de funcionários nas empresas é ruim por um lado, mas também é bom, pois entendemos que está havendo muitas ofertas de emprego e os novos empregados já começam com uma injeção nova

A Flag’s em meados de 1992: a loja foi o primeiro empreendimento do entrevistado deste mês da coluna “Bate-papo com o comerciante” de ânimo. Sobre as vantagens em ser comerciante, eu posso dizer que a maior delas é trabalhar por conta própria. Foi a escolha que fiz e acho que é um bom caminho, não penso em mudar e ainda quero crescer mais como comerciante. Ser empresário é estar sempre na rua e em contato com as pessoas, aprendendo coisas novas e ficando atualizado. Você tem que ser uma pessoa política, uma vez que o comércio não é pra todo mundo. Na verdade ele é para poucos, pois nem todo mun-

do tem o dom de ser comerciante. No Vale do Aço o comércio é muito forte, mas já foi melhor. As dificuldades que as siderúrgicas da região estão passando acabam nos afetando. As estradas de acesso a Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo são péssimas e inviabilizam qualquer empresa de se instalar aqui. A logística por aqui é um fator complicado e os custos são altíssimos, mas sei que isso é só um momento que vai passar como muitas outras crises que já tivemos.


www.sindcomerciova.com.br

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

23


24

COMÉRCIO EM AÇÃO • Setembro 2012

www.sindcomerciova.com.br

2012 VALE DO AÇO DIAS 19, 22, 23 E 24 DE OUTUBRO Palestras e workshops que vão aumentar a competitividade e o lucro do seu negócio

INFORMAÇÕES: (31) 3842-2040 SINDCOMÉRCIO VALE DO AÇO Av. Magalhães Pinto, 33, Centro, Coronel Fabriciano Rua Sabará, 110, Centro, Ipatinga Av. Almir de Souza Ameno, 75, Funcionários, Timóteo

www.fecomerciomg.org.br Realização

Patrocínio

MG


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.