Comercio em Ação - Abril e Maio 2015

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Uma publicação do Sindcomércio Vale do Aço Ano 5 - Abril / Maio de 2015

Lojas de móveis sobressaem à crise


Xô, pessimismo! A alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) desanimam muitos comerciantes e indicam que a inflação do país deve superar a barreira dos 8% em 2015. Os escândalos sem fim na política brasileira também têm trazido muita decepção ao empresário-contribuinte, que – apesar dos fatores negativos – não tem deixado de investir. Mais uma vez, não há tempo para pensar em crises. “Enquanto uns choram, outros vendem lenços...” Assim como comerciantes que estão na vanguarda e aproveitam os tempos de pessimismo para fazer bons negócios, o Sindcomércio também tem lutado ao lado do lojista para atender pleitos e reivindicações que beneficiem o comércio varejista e atacadista de bens e serviços do Vale do Aço. Há um ano entramos na briga para que uma obra que prejudicava imensamente comerciantes no Centro de Timóteo fosse finalizada. Conseguimos articular e fazer com que o dia-a-dia dos empresários locais voltasse ao normal. Agora, faremos o que for possível para que a lei que autoriza a exploração de estacionamento na Praça da Estação, no Centro de Coronel Fabriciano, seja de fato aplicada. Entendemos que o ganho econômico e social será enorme para todos. Sempre em busca de ações para fomentar a economia regional e fortalecer o comércio, em 2014 também viabilizamos eventos como a Rua de Lazer, o Causos e Violas, o Ciclo Sesc e o Encontro de Vendedor, com arrecadação de alimentos e doação para várias entidades. Também entramos na briga contra as feiras itinerantes e firmamos convênios com entidades de respeito. Nosso incansável empenho e esforço continuarão em prol do empresário do Vale do Aço, de maneira a trazer progresso aos lojistas de Timóteo, Ipatinga e Coronel Fabriciano. Algum fator tem prejudicado o comércio da sua avenida ou rua? Acredita que alguma iniciativa ao nosso alcance pode melhorar o desempenho de sua loja? Não hesite e entre em contato conosco. Faremos de tudo para atendê-lo!

Boa leitura! José Maria Facundes Presidente

Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços do Vale do Aço TIMÓTEO

3849.4490

CORONEL FABRICIANO

3842.2040

IPATINGA

3821.9020

• Jornalista responsável: Emmanuel Franco 19427/MG • Equipe de planejamento e coordenação: Camila Magalhães, Ricássia Perdigão e Tiago Barcelos • Fotos: Emmanuel Franco

• Fotos da capa e página 10: produzida pelo fotógrafo Paulo Sérgio de Oliveira na loja Móveis Andrade do Bairro Veneza, em Ipatinga. • Revisão: Graça Castro • Projeto Gráfico e Impressão: Gráfica Art Publish - 31.3828-9020 • Tiragem: 7.000 exemplares


Evento chega à 7ª edição e deve repetir o sucesso de anos anteriores

Homenagem ao Contabilista será no dia 26 A 7ª edição da Homenagem ao Contabilista, tradicional evento promovido anualmente pelo Sindcomércio Vale do Aço, já tem data definida: 26 de maio, terçafeira. Mais uma vez, o sindicato mostra-se preocupado com a categoria, buscando estreitar a relação com os profissionais da área e deixá-los unidos. “Não temos dúvidas de que novamente será um sucesso, pois a Homenagem ao Contabilista já é esperada todos os anos com ansiedade pelo contador”, assegura o presidente da entidade patronal, José Maria Facundes.

No ano passado, a homenagem teve o patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF) e o apoio da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio MG). “Os eventos também têm sido uma oportunidade para que os profissionais se atualizem e busquem conhecimento”, complementa José Maria Facundes. Informações sobre o palestrante e demais detalhes sobre a programação do evento através dos telefones 3821-9020, 3842-2041, 3849-4490.


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Ainda há os feriados municipais de Assunção de Nossa Senhora e Corpus Christi, dias em que a maioria do comércio estará fechada

Conforme levantamento feito pelo Sindcomércio Vale do Aço, dos 12 dias de feriados nacionais e municipais em 2015, três cairão em sextas-feiras: três de abril (Sexta-feira da Paixão), 1º de maio (Dia do Trabalhador) e 25 de dezembro (Natal). Outros três serão em segundas-feiras: sete de setembro (Independência do Brasil), 12 de outubro (Dia das Crianças) e dois de novembro (Dia de Finados). Um na terça-feira: 21 de abril (Tiradentes). E um em domingo: 15 de novembro (Proclamação da República). O primeiro feriado em 2015, no dia 1º de janeiro, aconteceu em uma quinta-feira. Ainda há os recessos municipais. No Vale do Aço, foi decretado feriado

no aniversário das três principais cidades: Ipatinga e Timóteo em 29 de abril (uma quarta-feira), e em Coronel Fabriciano, em 20 de janeiro, uma terça-feira. Nos três municípios será feriado em 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora), um sábado, e em quatro de junho, dia de Corpus Christi, que cairá na quinta-feira. São dias em que a maioria do comércio da região estará fechada. De acordo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o excesso de feriados ao longo deste ano, muitos dos quais em dias imprensados com os finais de semana, vai impor ao comércio brasileiro “prejuízos na lucratividade” de cerca de R$ 15,5 bilhões. O resultado poderá ser 22,5% maior que em 2014, já descontada a expectativa de inflação prevista para 2015. Também segundo a CNC, além do menor número de dias úteis no ano corrente, contribui para o agravamento das perdas decorrentes do maior número de feriados a cres2015 tem o menor número de dias úteis cente relação folha de pagamendos últimos anos, com nada menos que to/receita operacional no comércio seis recessos em segundas e sextas-feiras brasileiro em curso desde 2009.

Feriados para prejudicar o comércio


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Comerciantes A Revista COMÉRCIO EM AÇÃO entrevistou lojistas da região para saber a opinião deles sobre o excesso de feriados em 2015. Jamilson Macedo Soares, proprietário das franquias “O Boticário” em Ipatinga e Coronel Fabriciano, ressalta que todo feriado traz prejuízo ao comércio, sobretudo aqueles que caem em sextas e segundasfeiras, dias em que normalmente as pessoas “emendam” com o sábado e viajam. “Trata-se de dias perdidos de vendas que não serão recuperados em nenhum outro momento. Como estamos em um ano com cenário econômico e político muito conturbado, o excesso de feriados em 2015 vai trazer ainda mais perdas financeiras ao nosso negócio”, prevê. Já André Barros, dono das Casas Barros, em Coronel Fabriciano, afirma que a riqueza de um país é gerada pelo trabalho de sua população. “Em dias de feriado, esta riqueza não é produzida e o PIB (Produ-

Jamilson, do Boticário: “Dias perdidos de vendas que não serão recuperados em nenhum outro momento.”

André, das Casas Barros: “Se o comércio vende menos, as lojas também comprarão e investirão menos.”

Jamilson, do Boticário: “Dias perdidos de vendas que não serão recuperados em nenhum outro momento.”

Os feriados tiram o direito do consumidor de ir às compras


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Feriados em 2015

O excesso de feriados ao longo deste ano, muitos dos quais em dias imprensados com os finais de semana, vai impor ao comércio brasileiro “prejuízos na lucratividade” de cerca de R$ 15,5 bilhões

Nas sextas-feiras • 3 de abril (Sexta-feira da Paixão) • 1º de maio (Dia do Trabalhador) • 25 de dezembro (Natal) Em segundas-feiras • 7 setembro (Independência do Brasil) • 12 de outubro (Dia das Crianças) • 2 de novembro (Dia de Finados) Terça-feira • 21 de abril (Tiradentes)

to Interno Bruto) é impactado”, observa o empresário. Ele avalia que uma vez que o comércio vende menos, as lojas também comprarão e investirão menos. “Trata-se de uma cadeia. Então diferentemente das férias, quando o trabalhador tem o merecido descanso sem alterar a receita das empresas, nos feriados com o comércio fechado são muitas as perdas econômicas, pois ainda há aquele costume brasileiro de ‘emendar’”, reforça André, lembrando que boa parte dos feriados é gerada por homenagens que a própria população desconhece ou não valoriza, tornando a data sem sentido. “Em países de economia madura, como os da União Européia, parte dos feriados já tem sido abolidos devido aos resultados negativos gerados na economia”, revela.

Domingo • 15 de novembro (Proclamação da República) Feriados municipais Ipatinga e Timóteo 29 de abril (Quarta-feira) Coronel Fabriciano 20 de janeiro (Terça-feira) * Nos três municípios será feriado em 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora) e em quatro de junho, dia de Corpus Christi, sábado e quinta-feira, respectivamente.


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Queda no faturamento Por sua vez, a comerciante Rosane Linhares, da loja Tigresa, em Fabriciano, reitera que o ramo comercial é diferenciado dos demais, pois o sábado é o dia da semana de maior faturamento. “Quando ocorrem feriados em segundas ou sextas-feiras, normalmente as pessoas viajam e, consequentemente, deixam de fazer as compras no sábado. Pior, muitos clientes em potencial do comércio local fazem suas compras em cidades que estão visitando. Além desses feriados, o empresário ainda tem que enfrentar a crise geral na economia brasileira: a inflação, os juros e a queda na produção estão mais reais a cada dia”, analisa. Rosane reivindica melhorias urgentes na economia brasileira, lembrando que os problemas vividos atualmente são consequência de uma grande crise mundial. “Outro fator específico, refere-se ao momento político nacional que estamos enfrentando. Trata-se das manifestações que devem intensificar-se nos próximos meses, ocasiões em que se paralisa o trânsito e dificulta o deslocamento das pessoas. Isto faz com que muitos clientes optem por compras online ou fiquem em suas casas para evitar tumultos”, antevê.

Rosane Linhares, da loja Tigresa: “Empresário ainda tem que enfrentar a crise geral na economia brasileira.”

Administração irresponsável Ronaldo Oliveira, da rede de drogarias Oliveira, situadas em Fabriciano e Timóteo, avalia que “infelizmente a situação do país caminha a passos largos para um futuro incerto”. “A economia brasileira, em virtude de uma administração irresponsável, penaliza toda a cadeia produtiva. Como se isso não bastasse, ainda temos um número assustador de feriados”, lamenta. Assim como os comerciantes Jamilson, André e Rosane, Ronaldo observa que os feriados às sextas ou segundas-feiras trazem prejuízos enormes para a economia local e do país. “Está comprovado por números que o excesso de feriado é prejudicial para o comércio, diminui as vendas e, consequentemente, faz cair a arrecadação do Estado. Destarte é necessário a união do setor para discutir e rever a política econômica vigente no Brasil”, complementa.

Ronaldo, da rede de drogarias Oliveira: “Excesso de feriados diminui as vendas e faz cair a arrecadação do Estado.”


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Novos empréstimos:

solução para as dívidas antigas ou mais problemas? Luana Oliveira

Supervisora de Estudos Econômicos da Fecomércio MG O ano de 2015 começou com diversas medidas monetárias e fiscais adotadas pelo governo com intuito de controlar a inflação e corrigir os efeitos das políticas econômicas anteriores que não contribuíram para o crescimento do Brasil e, pelo contrário, resultaram na estagnação econômica em 2014. Com a maioria dos fatores desfavoráveis (como o dólar pressionado, os juros altos, a inflação com forte persistência acima da meta, a crise hídrica e energética, além da tensão política), é natural que o empresário do comércio de bens, serviços e turismo esteja receoso em realizar novos investimentos e preocupado em manter o seu negócio funcionando sem entrar no vermelho. Em 2010, a política econômica adotada pelo governo em exercício para permitir o crescimento da economia brasileira foi o incentivo ao consumo. A redução e a isenção de impostos somadas ao crescimento do salário mínimo do trabalhador aumentaram o poder de compra do consumidor e permitiram a ascensão de classes sociais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período em que o mercado nacional estava aquecido, o PIB mineiro teve um crescimento real de 8,92% e o comércio um aumento real de 11,39%. Segundo os dados do Banco Central, em 2010, Minas Gerais apresentou um crescimento real do saldo de operações de crédito para pessoas jurídicas de 27,10%. Passados cinco anos, a euforia do crescimento deu lugar às projeções negativas, que começaram a virar realidade. A política de incentivo ao consumo não foi duradoura e aqueles empresários que apostaram que o cenário de 2010 perduraria, podem ter se arriscado com altos empréstimos e agora se veem em risco eminente de inadimplência. Nesses casos, o importante é não se desesperar. Todas as contas precisam estar na ponta do lápis; planilha financeira em mãos e muita disposição para negociação. Os credores, ávidos por capital, muitas vezes aceitam propostas bem interessantes para renegociação das dívidas. Por isso, é importante ter conhecimento do valor devido e o montante que pode ser utilizado na quitação. Em alguns casos, cabe até mesmo contrair um novo empréstimo para pagar os antigos. Mas é necessário ter atenção redobrada para que essa nova dívida tenha taxas de juros menores. Em momento de instabilidade política e econômica, a análise de cada detalhe envolvendo as transações financeiras e a precaução antes de fazer novos empréstimos é uma premissa para manter a saúde financeira do empreendimento. Mesmo recorrendo às instituições financeiras, os recursos oriundos do crédito proporcionam um fortalecimento e uma expansão das organizações. Por isso, é importante que o empresário do comércio conheça seu fluxo de caixa e sua capacidade de investimento para não cair no vermelho.


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Setor moveleiro ignora a crise 10

Mesmo diante de perspectivas econômicas pessimistas, empresas do setor se reinventam e movimentam o comércio do Vale do Aço Distante de uma época em que a principal matériaprima era o mogno, o marfim ou o tabaco, as lojas de móveis do Vale do Aço evoluíram e progrediram com a mesma velocidade das fábricas que acompanharam as tendências nacionais e mundiais. Seja na busca por produtos em MDF madeirados ou foscos, ou mesmo por um móvel ou eletrônico mais requintado, os estabelecimentos do setor em Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo estão sempre atualizados com o que há de mais moderno, oferecendo um excelente “mix” de produtos, ótimo atendimento e atenção especial para a assistência técnica e o chamado “pós-venda”. Buscando uma amostra acerca de como as lojas de móveis estão atuando na região, a Revista COMÉRCIO EM AÇÃO entrevistou três visionários comerciantes. Confira a seguir!


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Ailton Célio está à frente da Célio Móveis, situada na Avenida Monsenhor Rafael, 130, Bairro Timirim, em Timóteo. Antes de tornar-se comerciante, foi – por mais de três décadas – vendedor e gerente em lojas tradicionais do Vale do Aço, como Ponto Certo e Mercadão dos Móveis. “Minha empresa está no mercado há apenas nove meses e, apesar do início bastante trabalhoso, graças a Deus tenho colhido bons frutos. Hoje trabalho com móveis novos e usados e são muitas as opções que tenho oferecido aos meus clientes”, informa. O poder aquisitivo do brasileiro tem aumentado, observa o comerciante, muito por conta dos ganhos reais obtidos pelo salário mínimo nos últimos anos. “Por outro lado, o Governo Federal tem elevado as taxas de juros absurdamente e acaba inibindo a população a sair para as compras. O custo de vida crescente, com os sucessivos aumentos de produtos como o petróleo, também são fatores negativos”, analisa Célio, acrescentando que as infinitas notícias na imprensa sobre as crises econômicas e corrupção também atrapalham. “Apesar dos aspectos negativos, tenho visto as lojas de móveis da região crescerem. Temos um segmento que sabe abordar o cliente e está preocupado em fazer uma entrega com excelência, dando toda a assistência necessária”, comenta. Ailton afirma que em Timóteo, especificamente, muitas lojas são especializadas em móveis para cozinha, além de oferecerem linhas exclusivas para quarto e sala. “A cidade está preparada para receber todos os tipos de clientes. Não é necessário sair daqui para comprar em outro lugar, pois temos ótimas empresas”, garante, complementando que o setor sempre fica mais movimentado no Dia das Mães, no Natal e em janeiro. Célio vê um crescimento maior do segmento com a pavimentação da MG-760, rodovia com 56,8 quilômetros de extensão, que liga o Vale do Aço à Zona da Mata, onde há um rico pólo moveleiro. “Teríamos muitos ganhos, sobretudo, para Timóteo. Os fretes ficariam mais baratos e o preço dos produtos também cairia”, prevê. Antes de finalizar, o comerciante ainda falou um pouco mais sobre sua empresa: “Hoje recebo poucos representantes comerciais até por conta do meu espaço, mas tenho intenção de expandir. Em relação aos móveis usados, trabalho com compra de mudanças inteiras ou apenas de um móvel sequer. Tenho preços e prazos ótimos e a minha luta é para cada dia mais atender bem o meu cliente.”

Ipatinga A Shop Lar, com sedes nos Bairros Cidade Nobre (Avenida Simon Bolivar) e Vila Celeste (Luiza Nascimbene), em Ipatinga, está sob o comando do empresário Nelson Valadares de Oliveira Júnior. Antes de entrar para o ramo moveleiro, ele ainda atuou no segmento supermercadista e de

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Ailton Célio trabalhou por mais três décadas como vendedor e gerentes de lojas tradicionais até decidir montar o próprio negócio

material de construção. “Abrimos nossa loja de móveis na Vila Celeste em 2006 e, em 2012, montamos uma filial no Bairro Cidade Nobre. Antes foram 18 anos trabalhando com supermercado, o Superbom, também aqui na Vila Celeste, e o Hiperbom, no Bairro Caravelas. Em meados de 2002 ainda montei um depósito material de construção, mas não foi uma boa experiência”, conta. Nelson pensa em continuar atuando com lojas de móveis e afirma que a Shop Lar está em crescimento. “O comércio varejista é muito interessante, pois – às vezes – para uma empresa crescer a outra tem que registrar queda. Então acredito que você tem que subir pelo menos um degrau por ano, uma vez que se permanecer estável, a tendência é cair. Foi o que aconteceu conosco na época de supermercado”, recorda. O empresário diz que enquanto o faturamento da loja em janeiro de 2015 foi pior do que no mesmo mês do ano passado, as vendas em dezembro de 2014 cresceram bastante quando comparadas ao mesmo período de 2013. “Vejo outros empresários mudarem muito os preços tentando atrair clientes, mas acredito que as pessoas que compram em lojas de móveis não agem por impulso. Mesmo que você coloque na porta um colchão mais barato, se o consumidor não está precisando, ele não vai comprá-lo. Então quem gasta com móveis normalmente planeja”, explica o empresário. Por trabalhar em bairros e não no Centro, Nelson lembra que a relação com os clientes é mais próxima. “Tenho um crediário próprio e consigo manter minha clientela por oferecer um ‘mix’ de produto diversificado, que atinge pú-

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blicos diferentes. Também tenho um cuidado especial com a prestação de serviços, principalmente na assistência. Minha entrega é rápida e damos todo o suporte no ‘pós-venda’”, assegura. O proprietário da Shop Lar também cobra a pavimentação imediata da MG-760. “Fui a Ubá duas vezes em feiras e acabei obrigado a dar volta por Nova Era e João Monlevade. Temos mais de 500 fábricas de móveis na Zona da Mata e o asfaltamento da rodovia, além de diminuir consideravelmente os custos, impulsionaria a economia do Vale do Aço como um todo”, complementa, informando que o frete de mercadorias de Ubá para Ipatinga, por exemplo, equivale de 6% a 8% do valor da carga.

Coronel Fabriciano

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Há 16 anos no mercado, a Dukal Móveis possui duas unidades em Coronel Fabriciano: a matriz na Rua Dr. Querubino, no Centro, e a filial na Av. Geraldo Inácio, no Melo Viana. A loja está sob a direção do comerciante João Pereira de Oliveira, que também enxerga urgência na pavimentação da MG-760 como forma de alavancar a economia regional. “Estamos a 302 quilômetros de Ubá. Encurtar o caminho pela Estrada-Parque seria importantíssimo para facilitar o escoamento de produtos da Zona da Mata para cá”, reforça o lojista, revelando que também compra móveis em cidades como Arapongas e São José dos Pinhais, no Paraná, e em municípios nos estados de São Paulo e Espírito Santo. “Cinco anos atrás eu viajava para esses locais para comprar, mas com o tempo percebi que o melhor negócio é deixar a fábrica entregar nas lojas, uma vez que é mais prático e menos custoso, pois não há gastos com combustível e empregados”, justifica, garantindo que seu preço é um dos mais competitivos do mercado. “Atualmente trabalho mais com móveis do que com ‘eletro’ e tem sido possível fazer ótimas promoções”, acrescenta. João Pereira Dukal – como é conhecido – acredita que em tempos de crise econômica o lojista deve se reinventar, ter paciência e não deixar a variedade dos produtos em sua loja diminuir. “Há ‘o outro lado da moeda’, pois fiz bons investimentos em épocas em que a economia ia de mal a pior e posso garantir que não me arrependo. Vivemos uma ‘meia-crise’ e, pelos estudos que faço, em 2018 o panorama para o comércio estará bem melhor”, vislumbra, reconhecendo que há um grave problema de corrupção e má administração no país. Ter sucesso à frente da Dukal Móveis, explica o proprietário, tem sido possível graças à busca constante por atualização. “Fiz dezenas de cursos nas áreas de vendas, gerência e merchandising, pois sei que vender móveis é muito difícil. Sem conhecer o cliente e a casa dele, você é obrigado a traçar um perfil para atendê-lo da melhor forma. Diariamente atendo pessoalmente boa parte dos clientes que entram

Nelson Valadares atuou no ramo supermercadista e com depósito de material de construção antes de decidir investir no setor moveleiro

em minha loja. Os estudos me ensinaram que é necessário estar na linha de frente da Dukal Móveis o tempo todo, sem relaxar”, confidencia. Sobre ações de marketing, João Pereira revela que tem investido em propagandas na rádio e em panfletos, além de atualização do site da loja. “Já existe a cultura no Vale do Aço de que na Dukal os preços são bons. Então consideramos muito importante divulgar sempre o nome da loja, seja informando os clientes sobre promoções em datas como o Dia das Mães ou Natal, ou mesmo sobre a chegada de produtos novos”, comenta, completando que um dos principais problemas do setor é a busca por mão de obra qualificada. Nascido no distrito de Quartel do Sacramento, em Bom Jesus do Galho, João Pereira começou a trabalhar em uma pequena venda aos 13 anos. Antes de montar a Dukal Móveis, também foi funcionário da loja Ponto Certo, onde trabalhou por 23 anos.

João Oliveira é proprietário da Dukal Móveis e trabalhou na tradicional loja ponta Ponto Certo antes de se tornar comerciante


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E o estacionamento? Lei que prevê criação de vagas para carros na Praça da Estação é ignorada e deixa frustrados os empresários do Centro de Coronel Fabriciano

Está em vigor desde o final do ano passado a lei que autoriza a exploração da Praça da Estação, no Centro de Coronel Fabriciano, como estacionamento para veículos automotores leves. No entanto, absolutamente nada foi feito para que a norma seja de fato aplicada, trazendo frustração ao comércio local – que ainda aguarda a sua regulamentação e aplicação. “A lei não propõe acabar com a praça, mas fazer com que ela tenha função dupla. Entendemos que se trata de uma proposta totalmente exequível”, afirma o autor, vereador Beto Cavaleiro (PPL). 14


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Mas, afinal, a quem cabe providenciar a viabilização do estacionamento na Praça da Estação? Em entrevista à Revista COMÉRCIO EM AÇÃO, Beto Cavaleiro afirma que a lei está em vigência desde o dia 29 de dezembro de 2014 e precisa ser executada por quem tem competência: a Prefeitura Municipal de Coronel Fabriciano. Em nota enviada ao Sindcomércio, a PMCF – por meio da Secretaria Municipal de Comunicação e Gestão Estratégica – declarou o seguinte: “Para utilização da Praça da Estação como área de estacionamento, a Prefeitura de Coronel Fabriciano afirma que, por ser uma Lei autorizativa, o município não é obrigado a colocá-la em prática. A Prefeitura ressalta que irá manter sua política de valorização dos espaços públicos que promovem o lazer e a interação dos moradores. A Administração lembra que a falta de estacionamento nas cidades é um desafio enfrentado por vários municípios, devido ao aumento da frota de veículos. O município intensificou a fiscalização do estacionamento rotativo. No momento, a Prefeitura está elaborando proposta para aumentar o número de vagas no Centro.”

Comerciantes Fato é que 13 vereadores eleitos pelo povo aprovaram a Lei nº 3.971/2014. Sua não-aplicação tem trazido revolta aos comerciantes estabelecidos no Centro. Daniel Lopes de Souza, proprietário da relojoaria Mirian, é um dos lojistas indignados. “Entendemos que o problema de estacionamento atinge as cidades de todo o Brasil, mas nem todos os municípios do país têm, como em Fabriciano, um espaço que possa ser usado para desafogar a falta de vagas para veículos nas ruas. Amigos lojistas e clientes questionam diariamente o porquê de não se usar a praça no período comercial, com uma função dupla, uma vez que se trata de um espaço que durante o dia está completamente ocioso”, afirma Daniel.

Daniel Souza, da relojoaria Miriam, é um dos muitos comerciantes indignados com a inércia do Poder Executivo diante da lei que autoriza a exploração da Praça da Estação como estacionamento

De acordo com o lojista, no antigo mapa da cidade, a Rua Coronel Silvino Pereira atravessava a Praça da Estação e terminava na Av. Rubem Siqueira Maia. “O exprefeito de Fabriciano, Francisco Simões, disse em palanque que enquanto tiver algum tipo de poder em Coronel Fabriciano, a praça não será transformada em estacionamento. Então pode ser que ele tenha influência na atual administração e esteja travando a lei aprovada na Câmara”, analisa o proprietário da relojoaria Mirian. Daniel ainda ressalta a frustração dos lojistas que temem que a lei se torne “letra morta”. “Trata-se de uma proposta

Para utilização da Praça da Estação como área de estacionamento, a Prefeitura de Coronel Fabriciano afirma que, por ser uma Lei autorizativa, o município não é obrigado a colocá-la em prática.

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que inicialmente foi aprovada por unanimidade pelos vereadores. Houve ampla discussão e conscientização de comerciantes, comerciários e da população para agora não se tornar realidade?”, questiona o empresário, rejeitando o argumento de que são os próprios comerciantes que usam as vagas de estacionamento no Centro. “Assim como muitos outros lojistas, pago estacionamento privado e deixo as vagas nas ruas para os meus clientes”, finaliza.

Sem projetos para o comércio

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Marcelo Pereira Machado, dono da relojoaria Hora Certa, também não entende a inércia do poder público diante da lei. “Nunca é demais lembrar que Coronel Fabriciano vive e depende do comércio. Então as coisas vão ficar ainda mais complicadas se a Prefeitura deixar de colaborar conosco como está fazendo ao ignorar esta lei. Ainda estamos em um ano de expectativa de crise econômica, mas independente disso, a questão de mais estacionamentos é uma necessidade constante”, relata. Assim como os outros comerciantes entrevistados pelo Sindcomércio, Marcelo relata que a praça não perderá a sua função principal. “No dia em que houver shows ou outros eventos, fecha-se o estacionamento”, explica, para acrescentar: “A gente acredita que a maioria absoluta da população gostaria de ter mais locais pra estacionar, embora saibamos que as vagas na Praça da Estação não vão resolver todo o problema, mas ajudariam muito.” O empresário reitera que há falta de interesse do Poder Executivo municipal em colaborar com os lojistas. “Não me lembro de nenhuma obra ou projeto nos últimos anos que tenha sido para alavancar o comércio de Fabriciano. A cidade precisa investir em seu visual e na limpeza das ruas... O asfaltamento do Centro também poderia atrair mais comerciantes e clientes para cá, alavancando a economia como um todo”, avalia. Marcelo também reivindica: “Estou cansado de ouvir meus clientes: “‘Deixei de comprar na sua loja porque não tem lugar para estacionar’. Isso é diário, constante. Queremos uma solução!” Por último, o empresário ainda cita um exemplo: “O Shopping está ampliando e qual foi a primeira coisa que

Marcelo Machado, da relojoaria Hora Certa: “Nunca é demais lembrar que Coronel Fabriciano vive e depende do comércio.”

fizeram? Um estacionamento com cinco andares. Será por quê? Sabem que o cliente quer estacionar seu carro e não adianta você falar pra ele vir de ônibus, porque não virá, uma vez que não temos transporte público de qualidade como no primeiro mundo.”

Argumentos inválidos Odiel Braz Monteiro, proprietário da loja de roupas N.O, afirma que os argumentos usados pela prefeitura para não implantar o estacionamento são inválidos. “Falam que o peso dos carros vai fazer o piso afundar. Então que se faça um novo para que isso não aconteça. Se quisesse e tivesse interesse, a prefeitura poderia disponibilizar funcionários para vigiar e cuidar do estacionamento sem nenhum tipo de cobrança, fazendo assim algo diferenciado das outras cidades”, comenta o lojista, que ainda alfineta: “A prefeitura costuma falar que o estacio-


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namento na Praça da Estação é vontade de meia dúzia de empresários que quer sucatear a praça, mas o que a gente tem visto é uma a cidade sucateada.” De acordo com Odiel, a falta de estacionamentos não só afasta os clientes das lojas, mas também impede que novos empresários se estabeleçam na cidade. “É a praça vazia que está espantando os consumidores e impedindo que novos comerciantes abram lojas e, consequentemente, aumentem a receita do município”, dispara. O proprietário da N.O recorda que a Rua Coronel Silvino Pereira, conhecida como “antigo calçadão”, foi revitalizada graças à união de comerciantes. “Lutamos muito para que se tornasse uma rua de verdade, pois na época do calçadão o que havia aqui era muitos vendedores ambulantes e usuários de drogas, mas conseguimos melhorar completamente o local. Novamente vamos nos unir e continuar lutando para que a praça tenha função dupla e se torne estacionamento”, pontua.

Topografia Por sua vez, a proprietária da loja Point Jeans, Ludimara Costa Andrade, lembra que a própria topografia do município desfavorece o número de vagas para estacionamento. “De um lado temos um morro. Do outro, está o rio. Então ao contrário de outras cidades, não há ruas paralelas para que os carros possam estacionar. Acredito que o problema de estacionamento em Coronel Fabriciano é bem maior do que em Ipatinga e Timóteo, pois aqui as pessoas sobem e descem as ruas à procura de vagas. Não acham e acabam indo para Timóteo ou para o shopping”, comenta. A criação de vagas na Praça da Estação, reforça Ludimara, aumentaria consideravelmente o desempenho do comércio do Centro de Fabriciano. “Hoje em dia toda a população tem carro. Não temos um transporte público adequado e, assim, as ruas acabam sobrecarregadas de automóveis. Sabemos que há verba para a implantação do estacionamento na Praça da Estação. O que falta, na verdade, é falta de interesse do poder público em fomentar o comércio”, opina a comerciante, reclamando ainda que o Centro de Fabriciano é cercado por bairros com alta incidência de crimes, o que tem trazido muita insegurança para lojistas e consumidores.

Odiel Monteiro, da loja de roupas N.O: “É a praça vazia que está espantando os consumidores e impedindo que novos comerciantes abram lojas e, consequentemente, aumentem a receita do município.”

Ludimara Andrade acredita que o problema de estacionamento em Coronel Fabriciano é bem maior do que em Ipatinga e Timóteo

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Menos estresse para as empresas Clínica Imagem e Saúde, no Bairro Horto, disponibiliza serviço exclusivo para evitar problemas no ambiente de trabalho 18

Levar qualidade de vida às pessoas foi um dos objetivos da esteticista Maria do Carmo Sten ao estruturar, na Av. Castelo Branco, no Bairro Horto, em Ipatinga, a moderna clínica Imagem e Saúde. Com um corpo técnico robusto, composto por profissionais de várias áreas, o empreendimento oferece a pessoas de todas as idades e classes sociais tratamentos faciais e corporais – desde os mais simples àqueles que exigem intervenções médicas. “Quando pensamos no nome a dar à clínica queríamos algo que associasse bem estar e beleza. Trabalhamos para que o paciente se sinta bem, pois nunca será a nossa intenção atendê-lo de maneira rápida, mas com qualidade”, frisa.

Maria do Carmo Sten revela que um dos serviços oferecidos pela Imagem e Saúde tem por objetivo diminuir o estresse dos funcionários nas empresas


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Além de tratamentos como a “lipocavitação” focalizada, ainda há procedimentos como spa de pés e mãos e designer de sobrancelha

Um dos serviços oferecidos pela Imagem e Saúde tem por finalidade diminuir o estresse dos funcionários nas empresas. “Muita gente não sabe, mas doenças do trabalho como tendinite e dor na coluna podem ser tratadas com massagens. É uma forma simples e bem relaxante de evitar que o funcionário tenha problemas e se afaste de suas funções, além de uma excelente alternativa antiestresse”, comenta Maria do Carmo, que explica: “Uma massagem de 30 minutos uma vez por semana pode ser suficiente para o funcionário prevenir doenças e até melhorar o relacionamento com as pessoas dentro de seu ambiente de trabalho. En19 tão disponibilizamos uma equipe para ir à empresa ou mesmo podemos atender o empregado na clínica: em ambos os casos, além da massagem relaxante, também há a drenagem linfática.” Para que o serviço seja realizado na empresa, Maria do Carmo explica que basta haver um ambiente calmo e sem barulho. “Não é necessário maca ou qualquer outro equipamento, pois tudo será disponibilizado pela clínica”, complementa.

Intervenções médicas

A clínica está situada na Av. Castelo Branco, no Bairro Horto

Conforme ressalta a esteticista, na clínica Imagem e Saúde há serviços mais complexos que exigem intervenções médicas como aplicação de botox e o skinbooster (rejuvenescimento facial aplicado), mas também procedimentos mais simples como limpeza de pele, peeling, spa de pés e mãos, massagem redutora e modeladora e, ainda, designer de sobrancelha, pedicura e manicura. Além do médico Fernando Xavier e da nutricionista Michele Fonseca, especialista em emagrecimento, a clínica conta com a enfermeira Marília Sten. “A maioria das pessoas que querem procedimento estético buscam beleza e, principalmente, emagrecimento. Mas lembramos que para perder peso é necessário uma reeducação alimentar e disciplina, pois os procedimentos que fazemos precisam estar associados a atividades físicas e a uma alimentação saudável”, finaliza Maria do Carmo. A Imagem e Saúde está em funcionamento desde o dia 15 de dezembro do ano passado. Abre de segunda a quarta, de 8h às 18h, e de quinta a sábado, de 8h às 20h.


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Autoridade em

Reinaldo Lúcio mudou-se para o Vale do Aço em 1990 para trabalhar com o pai em um varejão no Bairro Esperança

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Conheça a história do comerciante que ergueu e estruturou uma marca que se tornou referência não só na região, mas em todo o estado A habilidade na hora de preparar um tempero e os investimentos contínuos na Pró-Churrasco fizeram do comerciante Reinaldo Lúcio Inácio da Silva, de 42 anos, uma autoridade quando o assunto é carne. Nascido em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira, o aplicado empresário mudou-se para o Vale do Aço em 1990 para trabalhar com o pai no varejão Brasil Novo – primeiro comércio de propriedade de sua família em Ipatinga. Logo notou que deveria ter o próprio negócio e, três anos depois, montou aquela que se tornaria uma das mais tradicionais casas de carnes na região. Casado e pai três filhos, Laura, Gabriel e Giovana, Reinaldo da Pró-Churrasco, como é conhecido, é o entrevistado desta edição na seção “Bate-papo com o empresário”. Veja a seguir como o empresário ergueu e estruturou uma loja que se tornou referência não só na região, mas em todo o estado.


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COMÉRCIO EM AÇÃO – Como foi a experiência inicial como comerciante? Reinaldo Lúcio – Quando comecei a trabalhar com meus irmãos e meu pai no extinto varejão Brasil Novo (Bairro Esperança), em 1990, eu atuava principalmente como caixa, embora fizesse de tudo um pouco. Naquela época meu pai veio para Ipatinga com o objetivo de encaminhar a vida dos filhos, pois aqui enxergou um bom mercado e um futuro melhor em relação à nossa cidade. Ele teve muita coragem, pois já tinha mais de 60 anos e morava em uma cidade bem pequena. Sair de lá e vir pra cá ajudar os filhos foi muito importante para toda a família. Já em 1993 vi uma oportunidade de me estabelecer no comércio, após perceber que havia muita procura por carnes para fazer churrasco e quase não existiam estabelecimentos específicos para o segmento. Faltava uma loja completa e bem estruturada e, mesmo sem recursos, resolvi abrir meu próprio negócio. Lembro que eu tinha apenas uma moto e a vendi para comprar equipamentos e o estoque inicial. Inauguramos em setembro de 1993, já visualizando a chegada do verão, e no dia da inauguração da loja, vendi todo o meu estoque. Dali em diante a loja passou a ter uma boa aceitação no mercado, comprovando que realmente eu não estava errado no ramo que escolhi. Sempre com o pensamento de reinvestir em estoque, maquinário e aperfeiçoamento do meu produto, todos os lucros que eu obtinha, em 1996 – visualizando um mercado ainda maior – transferi a loja para o Bairro Canaã (Avenida Selim José de Sales) por haver mais bairros próximos uns dos outros. Minha empresa foi tendo um crescimento rápido até que em 2005 começamos a planejar uma indústria para trabalhar de maneira mais profissional. Em 2008 erguemos a indústria no Bairro Tiradentes em Ipatinga, sendo que toda a construção foi baseada nas exigências do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Em 2010 conseguimos a certificação do órgão para distribuição em todo estado de Minas Gerais. Recentemente, em março deste ano, também conquistamos a certificação federal do Sisbi – (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal) para comercialização do nosso produto para todo o Brasil. Somos a única casa de carnes do Vale do Aço com indústria própria que tem inspeção federal na carne, com intuito de melhorar ainda mais o nosso produto.

C.A. – E qual foi o segredo para conseguir solidificar o nome da Pró-Churrasco? R.L. – A busca por qualidade e o sabor que é mantido desde o seu inicio há 22 anos é o nosso maior segredo. Uma particularidade que existe desde 1993, é o fato de até hoje ser eu quem coordena todo o processo de manipulação do tempero. Considero uma questão de controle de quali-

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dade, pois apesar de não temperar as carnes, acompanho e passo todo o processo para meus colaboradores. Outro ponto essencial foi o tempero familiar do produto que a gente preserva ao máximo, pois foi uma habilidade que conseguimos ao longo dos anos e através de muito trabalho. A região do Vale do Aço também colaborou em muito para o nosso sucesso, por ter temperaturas altas e culturalmente ser adepta ao churrasco. Estamos aqui até hoje, primeiramente, graças a Deus, pois sem Ele seria impossível. Agradecemos também aos nossos colaboradores: temos excelentes profissionais trabalhando conosco há muitos anos. Há funcionários que nos acompanham desde o inicio. Tudo isso soma para gente prosseguir, pois sozinho não conseguimos nada. Somos uma equipe.

C.A. – Hoje são quantas as unidades da Pró-Churrasco na região? R.L. – Hoje possuímos a loja no Bairro Canaã e a indústria no Bairro Tiradentes. Focamos em distribuição dos produtos e hoje vendemos para mais de 60 cidades em todo o estado... Temos parceiros com lojas que comercializam exclusivamente produtos Pró-Churrasco. Ao invés de abrir lojas, optamos por buscar parceiros como outras casas de carne, mercearias e supermercados. Existem outras ótimas lojas além da Pró-Churrasco. Tenho irmãos que também trabalham no mesmo segmento, o Nivaldo da Cia. do Churrasco, no Bairro Veneza I, a Sueli da Kalu Frios, no Bairro Esperança, e o Carlos da Casa do Churrasco, no Espirito Santo. Começamos juntos na época... Também há outras boas casas de churrasco, pois o mercado é grande e comporta todo mundo. Temos a convicção de que manter o foco nas carnes para

Mais ampla e moderna, a atual sede da loja continua no mesmo endereço há quase 20 anos

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churrasco foi uma atitude acertada, uma vez que durante esse tempo todo surgiram muitas oportunidades de produtos diferentes, mas focamos em churrasco.

C.A. – Falando em carnes, qual pode ser considerado hoje o carro-chefe da Pró-Churrasco? R.L. – Em nossa região existe um corte tradicional, que

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vende muito, que é o cupim (corte localizado na parte dianteira do boi, mais precisamente atrás do pescoço). Os próprios frigoríficos se assustam com o tanto de cupim que se vende por aqui. Tem também a picanha, o contrafilé e a asa. São carnes que não podem faltar em um bom churrasco. Então além desse churrasco mais tradicional, trabalhamos com uma variedade ampla de carnes. Ainda temos produtos praticamente exclusivos como asa desossada e recheada. Quem quer fazer qualquer tipo de churrasco, pode vir à nossa loja que vai encontrar a linha completa de carnes e todos os acessórios necessários.

C.A. –2015 será um dos anos com mais feriados da história do Brasil. Ao contrário de outros segmentos do comércio, essas folgas acabam beneficiando casas de carnes e demais estabelecimentos do setor? R.L. – Realmente alguns setores reclamam muito do número de feriados prolongados que temos no país, mas para nosso ramo é ótimo quando acontece, pois são dias marcados por confraternizações e encontros que acabam aumentando muito a venda em nossas lojas. Os jogos de futebol também são um fator essencial para o aumento nas vendas. Campeonato Mineiro, Copa do Brasil, Libertadores, entre outras competições, são muito esperadas por nós, principalmente quando os times mineiros conseguem ir até as finais. A Pró-Churrasco funciona todos os dias, de segunda a segunda, com exceção de alguns feriados em que não há negociação e não temos permissão para abrir. Mas de maneira geral, os feriados são sempre muito bem vindos!

C.A. – O Sr. já cogita sucessão familiar em sua empresa para que possa se aposentar? R.L. – Hoje trabalho na loja com a minha esposa, Mar-

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cilenea, e não pensamos em aposentar, pois – enquanto tivermos condições – vamos continuar trabalhando. A minha filha, quando ainda estava com 10 anos, falava em fazer Medicina, mas agora está com 12 e diz que irá cursar Administração, uma vez que quer dar sequência ao nosso trabalho. Ela já fala em expandir com franquias e tem as ideias próprias. Vejo que tem o “sangue” de comerciante, apesar de ainda ser muito nova e o foco ser o estudo. Meus outros dois filhos ainda são muito novos... o Gabriel está agora com quatro anos, mas já vem trabalhar comigo aos sábados. Já a Giovana acabou de completar um ano. Ao invés de parar de trabalhar, penso em fazer novos investimentos. Em 2015 teremos mais duas linhas de produtos: uma do dia a dia para a dona de casa fazer no almoço, sem ser churrasco, e também uma linha “gourmet” para forno, algo mais prático para o jovem e outras pessoas que precisam de rapidez ou têm pouco tempo.

C. A. – E sobre o mercado atual, o que o Sr. pode comentar? R.L. – Temos que acreditar sempre no nosso negócio e tentar mudar o que podemos controlar, procurando dentro da crise conhecer ainda mais todo o potencial do comércio e suas oportunidades. O churrasco é alimento, é diversão e faz parte da cultura da nossa região, seja em um aniversário ou comemoração. Se a gente recuar, a crise chega mais rápido! Vamos continuar fazendo investimentos sim, uma vez que temos muita segurança no que fazemos: todo produto tem o acompanhamento de um médico veterinário que é o responsável técnico da empresa, possuímos o programa de autocontrole que consiste em uma constante fiscalização através de relatórios e planilhas de todas as áreas, desde a produção até a entrega final.

C.A. – Para finalizar, uma curiosidade: dono de casa de carnes faz churrasco todos os dias? R.L. – Mesmo quando morava em um apartamento, eu fazia muito churrasco... Agora que moramos em uma casa com área própria, fazemos churrasco quase todos os dias. Até meu garoto de quatro anos me pede pra fazer churrasco... Sou um apaixonado pelo que faço e pela minha família! Então fazer churrasco é uma das melhores coisas.


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Vem aĂ­ Entrada e atividades gratuitas.

Dia 17 de maio, das 9h Ă s 17h, no Parque Ipanema, em Ipatinga.


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