O que está acontecendo
em Minas Gerais? Em Minas Gerais, neste momento, várias categorias profissionais estão mobilizadas paralisando suas atividades ou realizando ações de denúncia. Condições e relação de trabalho, salário e carreira, fim de demissões e de práticas anti-sindicais, realização de negociações coletivas são algumas das demandas presentes nas lutas dessas categorias. A efervescência de tantas lutas nos possibilita questionar a atuação do Governo de Minas, dadas as condições que a classe trabalhadora enfrenta no Estado. Apesar da paralisação das categorias atingir diretamente a população, pois, ocorre a suspensão da prestação de serviços, o governo ignora os movimentos e age de maneira irresponsável, já que tem
consciência da paralisação dos serviços e não atua para resolver os conflitos. A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), fiel aos seus princípios de defesa dos interesses históricos e imediatos e dos direitos da classe trabalhadora, através da nova direção eleita em 03/06/12, não mede esforços para apoiar, aglutinar forças e potencializar os movimentos de trabalhadores e trabalhadoras que vêm se mobilizando neste ano em Minas Gerais. Acompanhe a seguir as mobilizações de algumas categorias.
Eletricitários param as atividades por 24 horas Trabalhadores/as da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) paralisaram as atividades no dia 13/6, em Belo Horizonte. O protesto aconteceu por causa da demissão de quatro funcionários da Companhia, ocorridas nesse mês de junho. Os trabalhos foram coordenados pelo Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG). Os eletricitários denunciam que nesse mês de junho quatro trabalhadores/as foram demitidos sem qualquer justificativa pela CEMIG. Eles têm mais de 20 anos de serviços prestados à instituição e integravam a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Uma das demissões aconteceu no último dia 1/6 e as três últimas na terça-feira (12/6). A manifestação contou com a participação dos eletricitários de Belo Horizonte e Região Metropolitana. A concentração foi em frente à unidade Itambé, no Bairro Floresta. Depois, eles seguiram em passeata pela Avenida Assis Chateaubriand, na mesma região. Eles cobram da CEMIG o cancelamento das demissões e a reintegração dos profissionais desligados aos seus postos de trabalho. O Sindieletro afirma
Informa CUT Minas - 1
que esta prática representa, não só uma política de perseguição aos trabalhadores, mas, sim um atentado às ações de preservação a saúde e segurança da empresa, uma vez que os profissionais demitidos trabalhavam em prol da preservação da vida. O Sindicato denuncia que a empresa ainda mantém, desde 1999, o triste percentual de uma morte de trabalhador a cada 45 dias. Em breve, a categoria vai deliberar quais serão os próximos passos do movimento. saiba mais em: www.sindieletromg.org.br
Metroviários permanecem em greve
Os metroviários realizam greve há um mês. O movimento foi rapidamente judicializado, com a definição de escala pela Justiça do Trabalho. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) se recusou a discutir reajuste à categoria. A CUT repudiou a atitude da Companhia e, em nível nacional, pressionou para que fossem abertas as negociações entre CBTU e os sindicatos de metroviários de Minas Gerais e outros Estados.
A CBTU, empresa estatal do governo Dilma,demonstra mais uma vez que não tem disposição de negociação. De fato, a empresa não faz mais do que reproduzir o mesmo tratamento dado ao conjunto dos servidores públicos federais: não abre negociações e não cumpre acordos já estabelecidos, como é o caso dos professores universitários. Uma política total-
mente distinta da oferecida aos empresários e multinacionais quando, em princípios de abril, aprovou concessões de mais de 60 bilhões de reais do dinheiro público! Dinheiro que agora falta para cumprir acordos com os servidores públicos e conceder aumento salarial aos trabalhadores de estatais, como é o caso da CBTU. Vivemos um momento onde há greves em vários setores. Está na hora de buscar a união de todos para aumentar a pressão sobre o governo Dilma. Está na hora de exigir do seu governo uma outra política em relação aos trabalhadores. A atual situação dos transportes públicos em Minas Gerais impõe uma situação de precariedade a toda população e o Poder Público se mantém inerte, sem apresentar melhorias ou estabelecer um processo sério de negociação. Saiba mais no site: www.sindimetromg.org.br
Começa a greve geral da saúde Com um governo que desrespeita o trabalhador e mantém uma política de sucateamento da saúde, só tem uma saída para os profissionais da saúde: greve geral da saúde por tempo indeterminado. Foi com este sentimento que os trabalhadores da saúde aprovaram, em assembleia, greve geral a partir do dia 14 de junho. O que motivou a greve foram os baixos salários, péssimas condições de trabalho, falta de profissionais, assédio moral e desrespeito aos direitos trabalhistas como o adicional noturno, insalubridade, adicional de urgência e emergência, entre outros problemas denunciados pela categoria. Mais informações: www.sindsaudemg.org.br
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Sindifisco-MG denuncia fechamento dos Postos de Fiscalização nas Estradas Mineiras custear os serviços nas áreas essenciais para a população como saúde, educação, segurança, saneamento e outras. No caso de Minas Gerais, isso é ainda mais importante porque a receita tributária do Estado, que é o dinheiro de que o governo dispõe para investir nesses setores, é composta em mais de 80% pelo ICMS. Com o fechamento dos postos e o enfraquecimento da fiscalização nas estradas, os caminhões passarão a circular livremente. Essa situação facilitará a ação dos maus contribuintes, que poderão trafegar sem nota fiscal ou com nota fiscal irregular, privando o Estado de recursos que poderiam ser investidos em benefício da população mineira. Quem pagará a conta é a população, que será privada de dinheiro que deveria ser investido em saúde, educação e segurança. O governo de Minas decretou o fechamento de quase todos os Postos de Fiscalização localizados nas rodovias mineiras. Eles representam unidades que controlam a circulação de mercadorias nas estradas, verificando, por exemplo, se os caminhões que transportam uma carga de um município a outro, possuem nota fiscal da mercadoria e se a carga é legal. A nota fiscal regular é a garantia de que a empresa deve e pagará ao Estado o imposto correspondente – o ICMS –, que será usado pelo governo para
O trabalho realizado nos Postos de Fiscalização também permite detectar o transporte de mercadorias, ilegais, a falsificação de produtos como medicamentos, combustíveis e outros, o contrabando, o tráfico de drogas e uma série de outros crimes que prejudicam a população. Ao decretar o fechamento dos postos, o governo de Minas Gerais está agindo contra o interesse público. A sociedade mineira precisa reagir contra esse absurdo e cobrar do governo de Minas que reveja essa decisão. Fechar os Postos de Fiscalização das rodovias mineiras significa abrir as fronteiras do Estado para a sonegação de impostos e para o crime. Saiba mais em: www.sindifiscomg.org.br
Parceria Público-Privada (PPP) é a privatização da água no Brasil A água é o tema mais importante no mundo. O recurso mais precioso e essencial que existe, e não é infinito. Por seu valor de demanda garantida, grupos econômicos lutam pela privatização da água, seja na forma de Parceria Pública Privada (PPPs) ou outras. A água é um bem de todos os brasileiros. Sua captação, armazenagem, tratamento e distribuição devem, por isso, permanecer em mãos públicas. Água e Saneamento são direitos universais e não podem virar mais um simples objeto de exploração comercial. O sucesso desta campanha de mobilização nacional contra as privatizações e contra novas PPPs, depende da sua participação. Essa luta também é sua. Não podemos ficar calados diante da expropriação de um bem que pertence a todos nós. O combate à privatização, em especial da água, é uma das bandeiras da CUT e do Sindágua. Saiba mais em: www.sindaguamg.com.br Informa CUT Minas - 3
Ensino público federal também está em greve Os trabalhadores das Instituições Federais de Ensino estão de braços cruzados desde o dia 21 de maio. A decisão vem sendo mantida em Assembleia. Também está mantida a greve nacional. Entre as principais reivindicações dos trabalhadores/as estão o piso salarial de três salários mínimos, racionalização dos cargos, que consistem em equiparação de salário e carreira de profissionais com nomenclaturas de cargos diferentes, mas que as funções são iguais tais como Assistente Administrativo e Auxiliar Administrativo, e o reposicionamento dos aposentados, de acordo com tempo de serviço. Aproximadamente 370 profissionais participaram da Assembleia, coordenada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Instituições de Ensino, que representa as seguintes instituições: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais (CEFET), Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e o Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). Somando todas essas instituições o quadro de adesão ao movimento é de 70%. Saiba mais em: www.sindifes.org.br
Sind-UTE/MG realiza Campanha Salarial 2012 Os/as trabalhadores/as em educação de Minas Gerais estão mobilizados e na luta pela valorização profissional, pela implantação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN) e por direitos para a categoria – bandeiras historicamente defendidas pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Este ano, o mote da Campanha Salarial 2012 é: “A educação mineira tem fome de Piso, carreira e de qualidade”, representado por um prato vazio, símbolo da campanha. A categoria vem realizando sistematicamente Assembleias Estaduais que, este ano, conta com a novidade delas acontecerem em cidades de várias regiões mineiras. Nas Assembleias, os trabalhadores em educação definem estratégias, ações e calendário de luta em busca de atendimento às reivindicações e conquistas da categoria. Uma dessas ações foi a campanha de outdoor, prevista em várias cidades, que denuncia os problemas vividos pelos/as trabalhadores/as
Pela unidade da classe trabalhadora! Pela valorização dos servidores e do serviço públicos! Por 10% do PIB para a Educação! Por uma educação pública e de qualidade! Por um transporte público e de qualidade! Não às parcerias público-privadas! Não às privatizações! Somos fortes, somos CUT!
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em educação de Minas Gerais. Na mensagem veiculada, o Sind-UTE/MG denuncia o governo Anastasia por não pagar o Piso Salarial, conforme Lei Federal 11.738/08; pelo congelamento da carreira dos profissionais da educação; promoção de uma política de desrespeito e descaso para com a educação pública e por não investir o mínimo de 25% de recursos em educação como determina a Constituição Federal. Saiba mais em: www.sindutemg.org.br
Expediente
Informativo CUT Minas - Edição 01 CUT Central Única dos Trabalhadores Rua Curitiba, 786, 2º andar, Centro – Belo Horizonte /MG CEP 30170-120 | Telefone (31) 2102 1900 / 1902 Site: www.cutmg.org.br Fotos: Arquivos do Sind-UTE/MG, Sindifes, Sindifisco-MG, Sind-Saude/MG, Sindimetro-MG, Sindieletro-MG e SXC Jornalista: Rogério Hilário Produção Gráfica: Eficaz Comunicação