O Jornal Batista - 14

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 05/04/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1 Co 11.26)

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 14 Domingo, 05.04.2015 R$ 3,20


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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Bíblia, o livro da Páscoa

Páscoa é um tempo sacro. É uma das datas que apontam para um irromper do Sagrado no calendário profano. A inspiração dessa tradição de fé tem origem nas Escrituras Sagradas, ponto de referência da tradição judaico-cristã. A Páscoa judaica é descrita em Êxodo 12, no segundo livro da Lei (Torá), enquanto que a Páscoa cristã é narrada nos evangelhos sinóticos (Mateus 26; Marcos 14 e Lucas 22). A sociedade brasileira está entre as mais elaboradas em sua relação empática com o Sagrado. A prova disso é a intensa procura pela Bíblia no território verde-amarelo por parte de todas as confissões. Há versões judaicas como a Torá, do Rabino Meir M. Melamed, e os Salmos de David (editora Sefer); as tradicionais versões católicas da Vulgata

de Antônio Pereira de Figueiredo, de 1790 e a do padre Matos Soares, de 1930 e a clássica versão protestante de João Ferreira de Almeida de 1681, publicada integralmente apenas em 1753. Nos últimos 30 anos o número de versões cresceu e a procura pelo Texto Sagrado atinge milhões de exemplares todos os anos. A versão de Almeida apresenta diversas revisões: Versão Corrigida (1995) e Versão Atualizada (1993) impressas pela Sociedade Bíblica do Brasil; versão Corrigida Fiel (1994), da Sociedade Bíblica Trinitariana e a Versão Revisada (1967), da Imprensa Bíblica Brasileira. Novas versões, menos literais e baseadas nas pesquisas linguísticas recentes têm se multiplicado. No contexto católico, foram publicadas várias versões: em 1976 surge a Bíblia de Jerusalém,

A Deus toda honra e toda glória À redação de OJB, diretoria e funcionários. Deus abençoe a todos vocês, na Graça e na Paz do nosso Senhor Jesus Cristo. A denominação Batista está de parabéns por manter o OJB por 114 anos transmitindo notícias aos batistas de todo o mundo e divulgando a Palavra de Deus até aos confins da terra. Estou certo de que o OJB é um ótimo instrumento de grande valor para Deus, na expansão do Reino do Senhor aqui e no mundo. E os homens valorosos que passaram ao longo destes 114 anos, desde a fundação em 1901, sem dúvida deixaram suas marcas na preservação dos valores morais e éticos para a boa informação e divulgação dos ensinamentos da Palavra de Deus.

muito erudita e repleta de notas técnicas; em 1982 surge a Bíblia Vozes; em 1990 é publicada a Bíblia Pastoral, em linguagem popular e de perfil libertário; em 2001 sete editoras católicas lançam a versão da CNBB. No contexto protestante destacam-se a Bíblia na Linguagem de Hoje (Sociedade Bíblica do Brasil, 1988), versão de linguagem popular, recentemente revisada e lançada sob o título Nova Tradução na Linguagem de Hoje, e a Nova Versão Internacional (publicada em 2000 pela Editora Vida/IBS), de linguagem contemporânea e muita riqueza exegética e literária, afinada com a NIV, versão da Bíblia mais lida no mundo anglo-saxão. Finalmente, devem ser citadas a série de André Chouraqui, de perfil notavelmente literário e baseada em sólida erudição

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

Tenho certeza de que Deus tem em altas cotas os seus servos que, direta e indiretamente, contribuíram para a manutenção e funcionalidade deste órgão de divulgação do que acontece no campo

missionário, no Brasil e no mundo. A CBB está em alta no meu conceito por gerir tão bem a ordem administrativa e organizacional no crescimento da denominação Batista no Reino de Deus

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

hebraica, e a Tradução Ecumênica, lançada em 1997 pelas Edições Loyola, muito erudita e a mais rica em notas críticas e linguísticas disponível em português. Toda essa diversidade de versões mostra que o brasileiro tem fome de Deus e busca o Sagrado como ninguém. A Páscoa é a celebração da vida, da liberdade e da vitória da vida sobre a morte. No Brasil a celebração da vida não se opõe ao Sagrado. Quem dera a reflexão desta Páscoa prolongue a convivência pacífica e respeitosa das diversas fés do nosso país e permita que a experiência do Sagrado do nosso povo desdobre-se em ética, justiça e igualdade e, principalmente, na vitória da vida sobre a morte, sentido fundamental da celebração da ressurreição. LS

desde o início, quando não havia recursos tecnológicos. O OJB sobreviveu a todas as dificuldades para chegar ao ótimo funcionamento que é hoje em 2015. Não posso deixar de parabenizá-los pela criação da Editora Convicção. Com certeza as literaturas das escolas dominicais chegarão às igrejas com mais eficiência e rapidez. O trabalho de todos os irmãos que contribuíram no passado e os que atualmente esmeram por um trabalho louvável, na intenção da continuidade e crescimento do Reino, a Deus toda honra e toda glória. Meu muito obrigado pela atenção em me fazer ciente de tudo o que acontece no campo missionário. José Gomes Magalhães, diácono da Primeira Igreja Batista no Guará, Brasília - DF


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MÚSICA Rolando de Nassau

“Magnificat” (“In memoriam” da missioná- vam em temas bíblicos. Conhecemos e apreciamos ria Zilda Moreira de Oliveira) as composições musicais de ogo após ter ouvido Monteverdi (católico), de o anúncio do arcanjo Schütz, Telemann e Bach Gabriel, de que ela (protestantes). Entre as peças de Claudio fora escolhida por Deus para ser a mãe de Jesus, Monteverdi (1567-1643), Maria foi visitar sua prima compostas em Veneza, seleIsabel. Na ocasião, entoou cionamos o “Magnificat” para uma canção de louvor e gra- seis vozes (1610) e o para tidão, registrada no Evange- oito vozes (1640), que foram marcando sua transição do lho de Lucas 1.46-55. Sabendo que estava grávida estilo renascentista para o e seria a mãe do Salvador, barroco. Na opinião de Ana moça sussurrou para sua dré Maugars, Monteverdi era prima: “Magnificat anima “Um dos primeiros composimea Dominum” (A minha tores do mundo”. Na época havia a rivalialma engrandece ao Senhor). A canção ficou conhecida dade entre Roma e Veneza. na liturgia cristã, desde os Talvez, por isso, a ortodoxia primórdios do cristianismo, romana, com sua monodia, em latim, por essas primeiras não conseguia interferir na palavras. No texto, a pessoa liturgia veneziana, bafejada de Maria está representada pela polifonia. Nos canais como altamente favorecida de Veneza, o Oriente e o por Jeová e entendida como Ocidente, o árabe e o cristão, lá se entendiam. imagem do povo judaico. No “Magnificat” de 1610, A versão bizantina, na língua grega, é a mais antiga. as vozes são sustentadas pelo Existe uma versão latina an- órgão; Monteverdi exigiu terior ao Concílio Ecumênico que esse instrumento tocasse de Trento (1545-1563), man- lentamente e desse oportutida por católicos anglicanos nidade à virtuosidade das e luteranos, e uma posterior vozes. No de 1640, o acomàquele Concílio, usada pelos panhamento é executado por dois violinos e quatro violas, católicos romanos. No período barroco (1600- em uma das mais belas pá1750), as igrejas católica ginas do estilo concertante romana e luterana incen- barroco. Esses exemplares foram tivavam a composição de cantatas e oratórios, que não gravados pelo Coro Carmeliexigiam a montagem de um ta e pelo “Taverner Consort”, palco, nem o uso de figurinos de Londres, regidos por G. teatrais; essas obras se apoia- Malcom e A. Parrott.

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Em duas gravações em CD, Corboz, na década de 80, regeu o “Magnificat” com o conjunto de Lausanne. Na Alemanha, o estilo barroco teve em Heinrich Schütz (1585-1672) um dos primeiros cultivadores. Ele foi o ilustre predecessor de Johann Sebastian Bach, tendo composto uma das mais extensas obras para coro e solistas vocais. Depois de estudar música em Veneza, onde conheceu Monteverdi, Schütz foi nomeado diretor musical na corte de Dresden (Alemanha oriental). Na década de 60, a gravação em LP, regida por R. Mauersberger, com o “Kreuzchor”, de Dresden, tornou-se um marco na discografia de música sacra erudita. R. Norrington, na década de 70, regendo o Coro “Schütz”, de Londres, gravou em um CD o “Magnificat”, em alemão. Desde 1721 em Hamburgo (onde foi diretor musical da cidade, ministro de música, mestre de capela em cinco igrejas principais, diretor da Ópera, fundador de um colégio musical e da primeira revista de música publicada na Alemanha), Georg Philipp Telemann (16811767) morreu com 86 anos de idade, coberto de glória pela Europa inteira. Em 1740, um jornal alemão publicou uma lista dos dez melhores compositores; em primeiro lugar estava Telemann; em sétimo, Bach.

Compôs um “Magnificat”, na língua latina e na língua alemã; ambas as versões possuem um melodismo luminoso e uma harmonia transparente; uma, em clima festivo, começa por uma explosão de alegria na palavra “Magnificat”; a outra, mais íntima, pelas palavras alemãs “Meine Seele” (minha alma). Foram recuperadas pela pesquisa musicológica de Kurt Redel, que regeu as gravações em LP com o Coro de Lausanne e a Orquestra de Munique. A Alemanha luterana utilizava o cântico da Virgem Maria sob duas formas: 1) - uma tradução em alemão (“Meine Seele erhebet den Herrn”); 2) - a versão latina permitida pelas autoridades luteranas de Leipzig. A mais popular das obras vocais de Bach foi composta para a véspera da noite de Natal; esta primeira elaboração (BWV-243a) foi executada em 24 de dezembro de 1723. Na revisão da obra, realizada entre 1728 e 1731, foi-lhe conferida a grandeza da espécie mais sublime; a nova versão (BWV-243) teve sua estreia na Igreja de São Tomás (Thomaskirche, em Leipzig), em 02 de julho de 1733. O obituário de Bach, escrito por um dos filhos, menciona “Muitos Magnificats”. Destacamos nesta obra: 1) - no início, o coro polifônico, de caráter triunfal, arrebata por seu brilhantismo;

2) - o diálogo entre o oboé e a soprano; 3) - a fuga imponente, da qual participam dois baixos e um trompete; 4) - a beleza no trio para dois sopranos e um contralto; 5) no final, o coro a cinco vozes e trompete. Bach escreveu uma composição rigorosa na forma e suave no efeito. Daniel Barenboim regeu a gravação em um LP com o coro e a Orquestra “The New Philharmonia”. Outro LP foi o de Karl Richter, com a Orquestra “Bach”, de Munique. Na década de 80, foram gravados do “Magnificat” de Bach pelo menos os CDs de Corboz, Gonnenwein, Grischkat, Karajan, Richter, Rotzsch e Schmidt-Gaden. Com a orquestra e o coro de Stuttgart, Karl Münchinger deu uma esplêndida interpretação. No final de 2014, o King’s College Choir, de Cambridge, sob a regência de Stephen Cleobury, executou o “Magnificat”, de Bach. As partituras e as gravações do “Magnificat”, compostas e executadas pelos mais importantes músicos, constituem uma inestimável parte da cultura do Ocidente. As hordas sanguinárias do Oriente, por meio de golpes terroristas, estão ameaçando destruir a civilização ocidental. As massas incultas da Europa e das Américas estão preocupadas com a preservação deste acervo cultural?

A Bíblia e o vinil Miriam Roberta Kemerer, membro da Primeira Igreja Batista de Piracicaba - SP

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ecentemente, resolvi mostrar aos meus filhos um disco de vinil - não que eles nunca tivessem visto um mas, resolvi explicar a eles como aquilo era usado. Mostrei as linhas que contém a música e a faixa, que é a passagem de uma música para outra. Expliquei como era importante se cuidar do manuseio do disco, da vitrola, da agulha da vitrola, que era super sensível. Naquela

época, as famílias tinham, na maioria das vezes, apenas uma vitrola. Os LP´s eram escolhidos com cuidado, era necessário realmente pagar pela música que você quisesse ter, assim se valorizava porque não era algo descartável. O tempo passou e a era digital chegou. Que bom. Hoje temos acesso as músicas digitais e, na maioria das vezes, baixadas diretamente da internet. Não gostou? Apaga e baixa outra. O aparelho não vem de graça, mas é comum se trocar de um para outro com muita

facilidade. Nossa conversa tinha um objetivo, e a curiosidade já estava escrita no olhar deles e nas perguntas. Logo, um comentou que aquilo era por causa da chegada do tablet; estava certo. Não exatamente por causa do aparelho, mas por conta do uso do mesmo para a leitura da Bíblia. A Bíblia online (digital) é de uma praticidade incrível, não temos como negar. O que me preocupa em relação a isso é que ela se tornou apenas mais um ícone de fácil acesso dentro de um aparelho. Em uma rapidez

incrível, as crianças deixaram de manusear o livro de folhas delicadas e apenas tiram do bolso um Iphone, um Ipod, um Palm (ou algo do tipo). Para terminar nossa conversa em família, mostrei as crianças a Bíblia que herdei de minha mãe. Nela há várias anotações, versículos grifados, outros circulados com uma caneta trêmula. Em alguns lugares se lê uma data ou uma, duas palavras que expressam algo que ela estava sentindo ou vivendo naquele momento; mas, apesar de usada, e muito bem usada, está em excelente estado. Eu

a tenho como um tesouro, uma herança real pelo que é e pelo que representa. A Bíblia online está no nosso tablet, vai ser útil em alguns momentos, porém, espero que eles cuidem e usem, levem e tragam, percam e achem a Bíblia real, aquele Livro de folhas delicadas e conteúdo único. Desejo que eles a tenham como única, pois ela não é mais um acessório, é a Bíblia, e espero que eles a tenham como quem tem um tesouro, um presente valioso, algo que não é descartável ou “baixável”.


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Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

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i daquele por quem o Filho do Homem é traído, melhor seria não tivesse nascido. Palavras do Senhor Jesus, na celebração da última Páscoa. Essas palavras servem para toda pessoa que rejeitou o sacrifício de Cristo em seu lugar. Toda pessoa que rejeitou a Cristo como seu Salvador terá o mesmo destino, então merece ouvir as mesmas palavras, ou seja, melhor lhe fora que não tivesse nascido. O pior que pode acontecer a alguém neste mundo, é escolher viver independente de Deus, e cada vez que o Espírito lhe falar ao coração, incitando-o ao arrependimento, ir apresentando à sua consciência desculpas até chegar ao ponto de cauterizá-la. Um dos meus livros prediletos, na minha adolescência, conta uma história que lembra bem o amor de Deus e a teimosia humana em ouvir a voz de Deus em sua consciência, a confiar em seu perdão, oferecido pelo sacrifício de Cristo. Vamos relembrá-la.

reflexão

A ressurreição GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE e a Páscoa

Certo dia um pai alcoólatra caminhava com o seu filho de oito anos, às margens do rio Mississippi. O menino reclamava: “Pai, estou com fome! Nada comi desde ontem!”. Em um ímpeto de impaciência, o pai alcoólatra, lançou o filho às águas do Mississippi. No dia seguinte, acordou assustado, mas não disse nada a ninguém, nem mesmo à esposa. A partir daquele dia, o complexo de culpa passou a atormentá-lo. Viu na guerra entre o norte e o sul, a oportunidade de um suicídio honroso. Acabou ferido. No hospital montado no campo de batalha, percebeu que estava no fim. Ao passar um dos médicos, puxou-o pelo jaleco e, agonizando, pediu para confessar sua culpa. Com tantos pacientes a atender, o médico relutou, mas, não houve jeito. Confessou seu crime e disse que seu problema era que, de tão hediondo, nem Deus o perdoava. O médico lhe disse: o amor de Deus é maior do que os mais hediondos pecados. Enquanto o senhor sofre por causa do seu tresloucado ato, alguém louva a Deus pelo

seu hediondo ato. Naquele dia, agarrei-me a uma tábua, depois de horas, fui recolhido por um vapor, a esposa do capitão adotou-me, fez de mim um médico. Pai, não só Deus te perdoou, mas seu filho acaba de fazê-lo. A vida daquele homem se findou dias depois, mas, sua alma ressuscitou. O corpo de Cristo conheceu, sofreu a morte, mas, a ressurreição do seu corpo deu vida a outro corpo, que é sua Igreja. O médico agradecia a Deus ter sido lançado às águas, pois, Deus, usando uma senhora piedosa, transformou-o em um servo de Deus, para curar corpos e almas também. Amado irmão, que através de sua vida, Cristo continue vivo e ressurreto, nesta terra de tanta dor e morte. Seja como a esposa daquele capitão, que transformou em verdadeira a vida de um menino menosprezado pelo próprio pai. A verdadeira Páscoa transforma a morte em vida, mas, em uma vida verdadeira, superior, eterna, e nos liga uns aos outros, pois, o Corpo de Cristo transformou-se em um outro corpo, a Igreja.

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

A ceia no Reino do Pai “Disse-lhe Jesus: em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, três vezes me negarás” (Mt 26.29).

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ceia com o pão e o vinho foi ordenada por Jesus aos discípulos, na véspera da Sua morte e ressurreição. Ao instituí-la, Jesus fez uma promessa de implicações eternas: “Eu lhes digo que, de agora em diante, não beberei deste fruto da videira até aquele dia em que beberei o vinho novo com vocês no Reino de Meu Pai” (Mt 26.29). Quando comemoramos a Ceia do Senhor, proclamamos o passado e anunciamos o futuro. Ao falar do passado, contamos a história do sacrifício voluntário do Filho de Deus, que cumpriu o plano

eterno do Senhor, que designou como Seus filhos adotivos todos os que creem que Jesus é o Filho de Deus. Na ceia, porém, Jesus nos prometeu um banquete eterno, celestial. Vai chegar um dia, disse Jesus, em que todos os filhos adotados pelo amor do Senhor estarão na “nova terra”, à mesa com o Pai, celebrando o triunfo do Filho. Nos nossos dias de desânimo e de tristeza, tomar o cálice da ceia é uma injeção de ânimo, garantindo que um dia o Sol da justiça nos libertará das tribulações do mundo. A celebração da ceia, nas nossas limitações desta terra decaída, antevê relances do nosso destino eterno, dádiva do amor de Deus em Cristo Jesus. Em cada Ceia repetimos: até aquele encontro glorioso, no Reino do Pai.

Túmulo e cruz vazios Eusvaldo Gonçalves dos Santos, colaborador de OJB

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ual a diferença que encontramos nesses dois instrumentos que validam a crucificação do filho de Deus? Quando Jesus aparece junto aos dois discípulos que voltavam para casa, na aldeia de Emaus, pouco distante de Jerusalém, Ele faz uma pergunta, que nos parece um pouco curiosa, “Que palavras são estas que trocais entre vós e por que estais tristes?”. Dá-nos a ideia de que eles haviam esquecido as aulas e os ensinamentos a respeito do Filho do homem; parece que eles eram membros de uma Igreja Batista brasileira, após uma aula da Escola Bíblia Domuinical - E.B.D. Parece que nada sabem da lição que acabaram de participar. O que acontece com o ser humano de modo geral? Falamos de Jesus Cristo, mostramos que Ele é o Deus que nos criou, que Ele é o Deus que provê todas as coisas, que Ele é o Deus da Paz, o Jeová Shalom, como diz o Salmo 95.6; Gênesis 22.14 e Jeremias 6.24. Mas o mundo continua angustiado. Hoje, como sempre, as pessoas parecem estar com as mentes

bloqueadas para entender as coisas de Deus. Paulo tinha razão quando disse em II Co 4.4 que o deus deste século cegou-lhes o entendimento, Jesus viu que eles estavam preocupados mais com os últimos acontecimentos. Estamos nós preocupados também com as coisas materiais, ou estamos colocando as espirituais em segundo plano? Os líderes evangélicos estão preocupados em ter uma Igreja que lhes dê status, os cantores e músicos estão preocupados com a renda financeira, os pastores não falam mais sobre o pecado para não desagradar os contribuintes; quando convidamos para um culto de oração, não existe tempo. O apóstolo Pedro nos informa que o dia do Senhor virá como ladrão, e tudo se desfará, tudo se queimará. Havendo de perecer todas estas coisas, que tipo de pessoas nos convém ser em santo trato e piedade? O túmulo e a cruz vazios continuam dando testemunho de que Jesus é o mesmo que foi crucificado e colocado naquela sepultura. E como foi para o céu, vai voltar, de acordo com Atos 1.11. Paulo nos informa que o Senhor descerá do céu com alarido e com vós de trombeta, para

o arrebatamento da sua Igreja. Ignorar isso é ter a mente bloqueada pela forma do mundo, segundo I Tessalonicenses 4.13 e Romanos 12.2. O mundo está voltado para as coisas materiais, as nações estão angustiadas. Há uma perplexidade social, política, financeira e espiritual, como nunca existiu. Os emissários do diabo continuam fazendo as obras do mal, roubando, corrompendo, matando sem piedade, cada dia com mais crueldade. Os homens não querem aquele que abençoa, somente querem a benção. Há uma apostasia predita de forma geral, não há quem busque a Deus ou se interesse pela pregação da Palavra de Deus, a menos que haja retorno financeiro. Então podemos afirmar quando analisamos os fatos que evidenciam a Sua volta que, realmente, o tempo está próximo. O escritor do Livro “Estudo do Apocalipse”, na página 13, diz: “Na própria Igreja o amor está escasso”. Como já exemplifica Mateus: “E por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos se esfriará” (Mt 24.12). A extrema corrupção mundial, a aparência da piedade, a falta de afeto natural, o abandono de genitores, a apostasia generalizada já são

sinais, como está descrito em Mateus 24.23-24; Tito 1.16 e Romanos 1.18. Mas, o túmulo e a cruz vazios, instrumentos da manifestação do amor de Deus, continuam validando a vida de milagres, a morte, a crucificação, sepultamento, e a ressurreição do Filho de Deus em favor da humanidade. Se eles não estivessem vazios, a nossa fé seria sem fundamentos, e tudo teria sido em vão. Aqueles dois homens haviam esquecido das aulas sobre as profecias dos profetas que descreveram o estabelecimento do Reino de Cristo em termos de um mundo redimido, como fala Isaías 11.6. Observe que os verbos estão sempre no futuro: “Morarão, viverão, pastarão, encherá”. Para o mundo incrédulo, a validação da cruz e do túmulo vazio nada significa, mas serve como castigo predito da perdição eterna, como está escrito em Mateus 25.41; mas, para os que estiverem a direita, lhes dirá: “Vinde, possuí a herança que está preparado desde a fundação do mundo, a eternidade com Cristo” (Mt 25.34). Jesus vai consolidar a sua crucificação e ressurreição como propósito da redenção, também na ordem universal, que foi perturbada pelo diabo e pelo

pecado no âmbito espiritual, segundo Romanos 8.19. A ressurreição é a reconciliação escatológica como forma de garantia da nossa vitória, como relata Colossenses 2.14. Se o túmulo e a cruz não estivessem vazios, Jesus não seria exaltado e o Seu nome não seria o único pelo qual devamos ser salvos, como está escrito em Atos 4.12 e Filipenses 2.10-11. A ressurreição é a chave para uma transformação da vida material para a vida espiritual, de acordo com João 6.40. O cristianismo é a única religião que cultua um Deus vivo. Cultuamos e adoramos por sermos Seus filhos. Não só cultuamos, mas, testemunhamos que Ele vivo está. Quando Estevão foi assassinado, e as pedras dos seus algozes lhe feriam, ele viu o céu aberto, a glória de Deus e Jesus em pé aguardando a sua chegada, segundo Atos 7.55-56. Esse fato se repetirá na partida de cada salvo antes da volta de Jesus, pelo plano redentor que Ele executou na cruz, quando disse: “Está consumado”. E, por isso, o túmulo e a cruz continuam vazios, esta é a grande diferença dos demais líderes das religiões, que querem fazer algo em prol da sua própria salvação.


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Páscoa de Jesus ou de chocolate? Rogério Araújo (Rofa), jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo – RJ

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chocolate é algo delicioso, e não precisa necessariamente ser degustado nesta época do ano na Páscoa, em forma de ovos -, mas, durante o ano todo. Quem “inventou” o coelhinho e o ovo de chocolate como símbolos da Páscoa, de vida, de prosperidade,

justamente em uma referência a ressurreição de Jesus, três dias após sua morte, está redondamente enganado. Cristo morreu em uma cruz na sexta-feira da Paixão, sofrendo toda a carga de pecado para nos salvar, sem merecermos nada disso, por sermos pecadores. E ressuscitou no domingo de Páscoa, festa tradicional judaica. A importância, portanto, deste período é muito grande para o Cristianismo e não por causa de ser o final de

uma “quaresma” iniciada na quarta-feira de cinzas no Carnaval, quando todos fazem o que bem entendem e, depois, pedem perdão. Deus enviou seu único Filho terra, como relata João 3.16 para nos salvar das armadilhas do diabo e nos dar uma vida melhor neste mundo e uma vida eterna lá no céu. E você, acha que a Páscoa é de Jesus mesmo ou do chocolate tão gostoso ou do coelhinho tão bonitinho?

Ovos de chocolate Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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stamos próximos à Páscoa, época em que a mídia divulga os famosos ovos de chocolate. Hoje, os ovos de chocolate têm diversas embalagens, diversos formatos e diferentes sabores. Quem não gosta de chocolate? Chocolate é muito bom. Minha esposa faz bolo, e o bolo que mais gosto é o de chocolate. Quando criança, por exemplo, ficava esperando o meu ovo de chocolate, gostava de ovos grandes e com bombons dentro. Os publicitários sabem trabalhar com esse produto, eles abusam do visual para encantar as crianças e forçar os pais a consumir o produto. Eu não vejo problema algum em consumir choco-

late. Particularmente, gosto muito. Se você perguntar as crianças na rua, “O que é a Páscoa para vocês?”, você ficará surpreso com as respostas. Para muitas delas, a Páscoa resume-se a ovos de chocolate. Há um desconhecimento do significado desta data. A preocupação nesta época é comercializar os tão famosos ovos de chocolate, ganhar dinheiro e ser bem sucedido. Será que os ovos de chocolate são o símbolo da Páscoa? Páscoa é sinônimo de consumir chocolates? Claro que não, essa data tem um significado muito profundo. A Páscoa para nós, cristãos, é Cristo. A Bíblia diz que Cristo é a nossa Páscoa. No passado, o povo de Israel estava vivendo como escravo no Egito. Quando Deus tirou o povo da escravidão, foi enviada dez pragas

e a décima foi a matança dos primogênitos de cada casa. O lar que não tinha o sangue aspergido, o anjo passaria e mataria o filho mais velho. O povo de Israel foi protegido por Deus e os primogênitos dos egípcios morreram todos. Ao sair do Egito foi celebrada a Páscoa, com pães ázimos e ervas amargas, comemorando a libertação do povo de Israel do Egito. Hoje, a nossa Páscoa é Cristo, Ele veio para nos libertar da escravidão do pecado. Todo aquele que crê nEle recebe perdão dos seus pecados e passa a viver em novidade de vida. Em Cristo podemos comemorar a verdadeira Páscoa. Então, não associe ovos de chocolate com esta data. Coma ovos de chocolate, mas, nunca perca o referencial. Jesus Cristo é a razão de comemorarmos a Páscoa.

Da sepultura saiu; Jesus ressuscitou! D’Israel (Israel Pinto da Silva), colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ O povo bradava ensandecido Totalmente cego espiritualmente E ali gritava incessantemente Soltem Barrabás e a Jesus Crucifiquem-no; crucifiquem-no! O povo ingrato soltou um ladrão E crucificou o Filho de Deus! Antes de chegar aquele momento Sofreu meu Jesus; grandes sofrimentos Na sua via crúcis muito dolorosa Apanhou demais; foi chicoteado O sangue corria do seu corpo sagrado Ele foi cuspido; ele foi xingado E foi colocado numa rude cruz Ali foi pregado e foi pendurado Lá foi humilhado por mestres da lei Que dele caçoavam dizendo para Ele Se és filho de Deus, desça dessa cruz Ridicularizavam meu Senhor Jesus Que não reclamava pelo seu caminho Qual cordeiro mudo se deixou levar P’ra mostrar ao mundo que, como dizia, Era realmente o Filho de Deus. Uma capa vermelha nele colocaram Na sua cabeça aquela coroa cheia de espinhos Nela enterraram mui covardemente Sua cruz pesada já não levantava Já não aguentava tanto sofrimento Mas Cirineu chegou e o ajudou A levantar a cruz. Furaram o seu corpo à base de lança E deram para Ele vinagre e fel Tiraram suas roupas; Ele foi despido E ali repartiram entre eles Era meio dia; e durou três horas sua agonia O dia virou noite; o solo se abriu Rochas se fenderam; e lá todos viram O seu sofrimento, falando para Deus Meu Deus; meu Deus; por que me abandonaste? “Eloi; Eloi; lamá; sabactani?’’ E ali morreu pelos pecadores... Túmulos se abriram e corpos de santos Lá ressuscitaram e apareceram na Cidade Santa Ali demonstrou amor pela humanidade Ao dizer pra Deus: perdoa-lhes, meu Pai Não sabem o que fazem! Tiraram Jesus daquela cruz pós morte E o sepultaram logo num sepulcro Que foi bem guardado pelos dois soldados Passaram-se três dias Maria Madalena e outra Maria foram visitá-lo Mas em lá chegando não O encontraram Pois tinha sumido o corpo de Cristo E um anjo que ali estava disse para elas Jesus ressuscitou! Já não está aqui. Jesus venceu a morte; da sepultura saiu Pro seu Pai voltou e ao céu subiu Ele confirmou ser o Filho de Deus!


6 vida em família

o jornal batista – domingo, 05/04/15

reflexão

Gilson e Elizabete Bifano

É noite

U

ma das passagens mais dramáticas que encontramos nas Escrituras Sagradas está registrada em Êxodo 12. Quando leio esse texto e penso na realidade dos nossos dias, chego a conclusão de que estamos vivendo uma noite, muito, muito escura em nossa sociedade. O ambiente é de morte, de choro, tristeza, horror, medo e indignação. É noite. É noite na moralidade ao nosso redor. O que vemos é uma noite escura no que tange aos valores morais. Adultério, homossexualismo, drogas, violência, assassinato, prostituição, pedofilia, incesto, orgias são temas já tidos como corriqueiros e aceitos. O certo não é mais algo absoluto, mas relativo. É noite nas questões éticas. Perdeu-se o escrúpulo até no roubar. É errado roubar um centavo ou milhões de dólares. Roubam de empresas públicas milhões e milhões de reais. Roubam de empresas que pertencem a você e a mim. É noite no judiciário. Juízes que deveriam ser guardiões da ética, usam bens que estão sob a custódia da justiça. Juízes, do Supremo, por exemplo, que deveriam ser guardiões da Constituição, assinam e fazem valer decisões que contrariam a própria Constituição Brasileira, como por exemplo, questões ligadas a união de pessoas do mesmo sexo, dando a este tipo abominável de relacionamento o status de casamento. É noite no Executivo, no Legislativo. Já estamos quase nos acostumando a ouvir, todos os dias, casos de corrupção, de troca de favores, de orgulho, da empáfia de homens e mulheres que ocupam cargos eletivos. Dinheiro dos nossos impostos, que deveriam ser usados para educação, saúde, saneamento são engolidos pelo ralo da roubalheira nos municípios, estados e na União. É noite na mídia. A televisão, todos os dias, joga nas

casas de nossa gente o lixo, o entulho da imoralidade na forma de lesbianismo, prostituição, da traição, do amor ao dinheiro. O chorume que se destila deste lixo adoece, mata, destrói tudo ao redor. É noite, até mesmo dentro da igreja. Basta estar atento ao que acontece ao nosso redor. Pastores que se vendem a políticos e a partidos políticos. Vendem a mensagem profética por alguns milhões de reais. Pastores e líderes que usam o púlpito para enriquecer, abusam financeiramente do seu povo. Igrejas e pastores que não pregam mais sobre o pecado. Que não pregam mais com ousadia apontando o pecado do povo. Não chamam mais o povo ao quebrantamento e reconhecimento dos seus pecados. Não choram mais com o povo seus próprios pecados. É noite! O que fazer, como famílias, nesta noite escura? O mesmo que Deus pediu que as famílias israelitas fizessem naquela noite escura no Egito: clamar, clamar pelo sangue de Jesus. Clamar para que Deus livre os nossos filhos e familiares da morte moral e espiritual. Para livrar da morte nesta noite escura, precisamos cobrir, marcar os nossos lares com o sangue de Jesus. Não tem outra saída. Ou fazemos isto ou o anjo da morte levará de roldão nossos filhos, netos, casamentos e famílias. Requererá de nós, com certeza, sacrifício. Tal como foi exigido das famílias israelitas naqueles tempos no Egito. Nestes tempos de Páscoa, decida, todos os dias, clamar pelo sangue de Cristo em favor da sua querida família e coloque em seu lar, na forma de palavras, comportamentos e atitudes com as marcas do verdadeiro cristianismo, da cruz de Cristo. Se eu e você fizermos isto, esta noite não atingirá as nossas famílias, o dia amanhecerá e juntos caminharemos seguros para a Canaã.

É tempo de parar Jeferson Rodolfo Cristianini, pastor da Primeira Igreja Batista de Bauru - SP

C

.S. Lewis disse: “Acho que, se a gente pudesse correr sem nunca se cansar, nunca mais iria querer parar. Mas, às vezes existem razões muito especiais para se parar”. Em tempos de intensa correria é difícil quem para. Parar é sinônimo de desânimo, doença ou preguiça diante de uma vida agitada e corrida. Estamos aprendendo aos poucos e incorporando ao nosso estilo de vida a correria. Até parece que dá status dizer que se está muito ocupado, muito atarefado. Dá uma sensação de importância para a pessoa, quando ela enche o peito e diz: “Não tenho tempo”. Não temos tempo mesmo, estamos sendo sugados por uma agenda capitalista que visa lucro, mas que na realidade só quer nossa mão de obra e o dinheiro que é bom não chega aos nossos bolsos. Para nos enganar, o capitalismo nos dá alguns brinquedos tecnológicos que disfarça e mascara nossos anseios. Na vida corrida da pós-modernidade ficamos parados mesmo é na frente da tela. Ficamos parados mexendo no smartphone horas e horas e só paramos quando a bateria está acabando. Paramos para carregar e depois já estamos parados “fuçando” nas redes sociais e conversando com nossos contatos. Essa vida tecnológica está robotizando a vida, e parece que a vida digital está suprimindo a vida real. Assim não temos tempo de parar, e como as ferramentas tecnológicas são cada vez mais velozes, queremos que o nosso cérebro seja tão

rápido quanto o nosso smartphone e/ou computador. A vida está cada vez mais acelerada. Conforme nos afirma Lewis, se pudéssemos correr sem nunca cansar, não pararíamos, e a vida estaria ainda mais louca do que já está. As pessoas estão correndo de um lado para outro, correndo atrás de informação e interação e não percebem o cansaço chegando aos poucos. Nunca se viu tantos problemas psicológicos e psiquiátricos como nos nossos dias. As pressões, o excesso de informação estão gerando uma geração imediatista, narcisista, ansiosa, tediosa e depressiva. A ansiedade é um dos males do nosso tempo. Queremos tudo para ontem e não nos ensinaram que às vezes precisamos parar, só nos ensinaram a correr. Corremos e corremos atrás de tantos sonhos e ideais, corremos atrás de projetos alheios que foram plantados em nós. Salomão em sua sabedoria disse que “Tudo é vaidade” (Ec 1.2), e que gastamos muito tempo da vida correndo e correndo sem chegarmos a lugar algum, a não ser chegar ao ápice da vaidade. Corremos e quando a maturidade chega, falamos como Salomão “Tudo é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 2.17). Corremos muito atrás do vento e só gastamos tempo, força, energia e desperdiçamos a vida. Lewis diz que é necessário parar. Na realidade Lewis toma emprestado de Jesus essa proposta. Nosso Mestre viu muitas pessoas correndo atrás do vento, se preocupando com as necessidades básicas da vida e alimentando a ansiedade. Jesus parou e ensinou seus ouvintes a parar. Por vezes, diante de tantas demandas da multidão

que O seguia, Jesus parava e ia orar. Parava para orar, que lição. Parava para acolher crianças, parava para escrever no chão, para atender a alguém, para sentir que uma mulher com um fluxo de sangue estava tocando em suas vestes, para ouvir o clamor de um cego à beira do caminho. Jesus parou e nos ensina a parar. Ele parou diante de um lírio do campo e nos deu uma grande lição. Um lírio foi usado como ilustração do sermão de Jesus. A expressão do Mestre é “Considerai como crescem os lírios” (Mt 6.28-30). Considerar nas palavras de Jesus é “pare e veja”, “olhe atentamente”, “observe” ou “repare”. Jesus chama a atenção para o crescimento do lírio. Do lírio, e das demais flores, costumamos ver a sua rara beleza e não vemos as raízes, mas são as raízes que produzem o crescimento. Jesus nos chama a pararmos diante de tantas coisas e a observarmos como Deus cuida da vida. Se Deus cuida dos lírios e os reveste de rara beleza, sendo que depois de pouco tempo o lírio será lançado no fogo, pois morre, assim o Senhor cuida da nossa vida. Enquanto essa correria desenfreada nos ensina a correr sem parar e essa agitação da correria provoca ansiedade, nosso Mestre, na contramão da nossa cultura, nos ensina a parar diante da criação do Pai e observar como Deus nos ama. Pare e observe o cuidado de Deus. Pare e veja Deus agindo. Pare e descanse nos cuidados do Senhor. Precisamos parar para ver e sentir o agir do Senhor sobre nós. Quem anda correndo não tem tempo nem sequer de ouvir, sentir e perceber o sopro do Espírito Santo que nos conduz. Pare!


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missões nacionais

Mobilizadores voluntários participam de encontro no Rio

Fotos: Selio Morais

Redação de Missões Nacionais

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a sede de Missões Nacionais, no Rio de Janeiro, foi realizado o 1º Encontro de Mobilizadores Voluntários. Mais de 60 pessoas participaram, incluindo pastores e líderes, bem como representantes de associações dos campos fluminense e carioca. A programação incluiu palestras sobre diversos assuntos pertinentes a missões, além de depoimentos de alguns mobilizadores. O pastor Jeremias Nunes, gerente-executivo de Comunicação e Mobilização, falou sobre mobilização de recursos. “Dividimos os mobilizadores para serem representantes de Missões Nacionais nas associações e em outros lugares. Explicamos o que se espera dos mobilizadores e apresentamos os projetos de missões, bem como o calendário de atividades deste ano”, conta o pastor Exequias Santos, gerente regional de Alianças Estratégicas. Para o participante Oton Júnior, da Segunda Igreja Batista em Barra Mansa - RJ, a expectativa de saber de que maneira poderia ajudar e ser mais útil na causa missionária foi atendida. “Tudo foi muito bem explicado, e acho muito importante o contato pessoal com mobilizadores, associações e igrejas; a forma de lidar com os pastores e líderes, no intuito de impulsioná-los foi importante, e creio que, na prática, isso trará bons resul-

Grupo alinhado com a visão de mobilização

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PGM em Porto Nacional resulta em conversões

astor Paulo e Lídia Dias atuam como missionários em Porto Nacional - TO. Recentemente, eles iniciaram mais um Pequeno Grupo Multiplicador (PGM), e contam que quatro pessoas aceitaram a Cristo, sendo assim novos frutos do trabalho.

“Este grupo está a cada dia mais se desenvolvendo. Após apenas três encontros, vimos a necessidade de pensar em uma multiplicação porque a cada encontro temos mais pessoas participando”, contam os obreiros. Ainda de acordo com eles, cerca de 90% dos participantes são jovens e adolescentes.

Pastor Fernando Brandão conversa com alunos do STBSB Missionários de alianças estratégicas falaram sobre o modo como cada voluntário pode ser mais útil na divulgação de missões

Seminaristas foram motivados a se envolver mais com missões

Redação de Missões Nacionais

Durante a palestra ministrada pelo pastor Jeremias Nunes

tados na expansão do Reino de Deus”, afirma. De acordo com os organizadores do encontro, pastor Exequias e Maria Helena Santos, a ideia é que outros estados façam o mesmo, reu-

nindo pessoas que possam atuar como voluntárias na mobilização missionária. Missões Nacionais louva ao Senhor por cada vida que tem se mobilizado conosco visando ao alcance de vidas.

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pastor Fernando Brandão, diretor de Missões Nacionais, aceitou o convite feito pelo diretor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), professor Luiz Sayão, e falou para os alunos do primeiro ano do curso de Teologia.

“Foi uma noite maravilhosa. Fomos confrontados, e saímos de lá tocados, incomodados com nossa atual situação. Sabemos que Deus prepara todas as situações em nossa vida, mas também sabemos que, se assim Ele permitir, futuramente com a JMN poderemos abençoar muita gente, muitos povos. Obrigado, pastor Fernando Brandão!”, comentou o aluno Filipe Camara.


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notícias do brasil batista

Igreja Batista Ebenézer - SP: um legado evangelístico de 74 anos Fotos: Selio Morais

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

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Igreja Batista Ebenézer - SP é conhecida por sua vocação missionária. Em março de 2015, quando completou 74 anos, não faltaram histórias que narram a sua vocação evangelística. A história tem início em março de 1941, mesmo período em que os primeiros missionários americanos desembarcavam no país. Na Mooca, bairro sede da Igreja, o trabalho missionário começou um pouco antes, em 1925, quando imigrantes búlgaros, gagauzos (Moldávia) e ucranianos se instalaram na região e deram início à propagação do Evangelho com alegria e disposição. O maior legado evangelístico de Ebenézer hoje, no entanto, é um projeto carinhosamente batizado de IDE. Idealizado em 1997 pelo pastor Manuel de Jesus The, à época pastor titular, o IDE começou como um retiro evangelístico de Carnaval que, a princípio, substituiria o habitual acampamento dos jovens. A ação tomou corpo, ganhou estrutura e uma programação fixa e, há 18 anos, é considerado o principal projeto missionário da Igreja.

Conchal

Um Carnaval diferente No feriado prolongado de Carnaval, membros da Igreja seguem para uma cidade no interior do estado de São Paulo, que ainda não tenha um trabalho Batista ou necessite de apoio para a igreja local ou trabalho missionário. Os participantes ficam hospedados em escolas cedidas pela prefeitura durante três dias. Muitas atividades evangelísticas e sociais são realizadas em diversos espaços - ginásios, ruas, praças e vilas rurais. São diversas atrações, para crianças e adultos, divulgadas pela Igreja em cada uma das cidades em que o Projeto passa como um “Carnaval diferente”. A primeira atividade do IDE é a passeata de impacto. Guiados por um carro de som, os voluntários seguem pelas ruas da cidade, fazendo o primeiro contato com os moradores, entregando convites para as programações, além de folhetos evan-

em ter uma opção no Carnaval que não seja só à base de bebidas, problemas, mas de alegria. E nós também nos alegramos em ver que o Evangelho pode chegar aos corações de uma forma tão simples”, afirma. Diversas equipes trabalham no IDE – manutenção, segurança, cozinha, transporte, saúde, intercessão, além das áreas já mencionadas. Prova de que não importa qual o talento, há um espaço para todo aquele que se dispuser para o trabalho. Todo o custo é financiado pelos próprios participantes através de ofertas voluntárias. Participam do Projeto pessoas de todas as idades, desde crianças até idosos.

gelísticos. Ao final, todos se reúnem em uma praça principal, e oram juntos, em um só clamor, pelos dias que se seguirão. A programação continua com outras atividades. Uma delas é o Kids Games, uma estratégia mundial utilizada para evangelização de crianças e adolescentes, que consiste em integrar pequeninos de diversas idades em um circuito de gincanas ao ar livre. As crianças são organizadas em grupos por idade e, após cada brincadeira, os monitores levam uma aplicação bíblica baseada nos objetivos dos jogos. O circuito só tem início depois que todos recitam em uma só voz a senha: João 3.16. Através dos jogos, valores cristãos e de cidadania são ensinados aos participantes. Na “Tarde Feliz”, os pequeninos aprendem histórias da

Bíblia contadas de maneira divertida, por meio de teatro, clowns e fantoches. O programa é todo interativo e as crianças aprendem verdades bíblicas de forma alegre e lúdica. Enquanto os pequenos se divertem no aprendizado da Bíblia, as mães participam de aulas de culinária, ministradas por profissionais da área. E, ao final de cada classe, uma Palavra é levada às mulheres. Ainda como atividade do infantil, o grupo de fantoches e clowns apresenta intervenções artísticas em diversos pontos da cidade, coretos de praças, garagens, embaixo de árvores e até na boleia do caminhão. A programação diária termina com a participação do Coral Jovem Ebenézer, que entra em cena por meio da música, teatro e coreografia. São musicais impactantes, adaptados de narrativas bíbli-

cas ou criados pelos jovens. Histórias como as narradas no musical “O Testemunho”, carro-chefe do ministério. A peça conta de maneira contemporânea a transformação que somente Cristo pode fazer em vidas tomadas pelas drogas, pela prostituição e pelo pecado. Enquanto ocorrem as atividades indoor, uma equipe de evangelismo sai às ruas pela manhã e à tarde, dividida em pequenos grupos, para levar o Evangelho de casa em casa. Na maioria das vezes, ao final de cada IDE, a equipe consegue percorrer e visitar praticamente todos os lares da região. Para Wagner Köhler, pastor de Ebenézer, o IDE é uma chance de mostrar às pessoas que o Carnaval vai muito além da imagem exibida pela mídia. “Os moradores das cidades ficam muito felizes

A 18ª edição do Projeto IDE, realizada em 2015, teve como sede a cidade de Conchal. Mais de 800 pessoas, entre adultos e crianças, participaram das atividades, acompanhadas de perto, inclusive pelo prefeito, Valdeci Aparecido Lourenço, que avaliou a ação como uma “grata surpresa” para todos. “Para Conchal foi uma grata surpresa receber um Projeto desse porte. Esperávamos que fosse algo bom para a cidade, mas o que vimos foi muito além; foi melhor do que pensávamos que seria. Espero que voltem mais vezes”, afirma Lourenço. A próxima cidade a receber o projeto IDE no Carnaval de 2016, ano em que a Igreja completa 75 anos, ainda está em estudo. Até lá, Ebenézer segue firme e empenhada em levar o Evangelho da salvação a toda criatura, como ordenado por Jesus nas Escrituras Sagradas, em Mateus: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). Confira, em ordem cronológica, quais cidades já receberam o projeto IDE: João Ramalho (1998), Taquarituba (1999), Itaí (2000), Pindorama (2001), Taquarituba (2002), Maracai (2003), Tarumã (2004), Guaiçara (2005), Santa Lúcia (2006), Indiana e Itajobi (2007), Saltinho (2008), São Manoel (2009), Taquarituba (2010), Bariri (2011), Angatuba (2012), Nova Campina (2013), Pedro de Toledo (2014) e Conchal (2015).


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Cerca de 500 voluntários participam do Impacto de Carnaval 2015

Ulisses Souza Torres, pastor, coordenador do Departamento de Evangelismo e Missões da Convenção Batista Carioca

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oda honra e glória sejam dadas ao nosso Senhor Jesus Cristo pelo início de 2015. “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem en-

viados? Como está escrito: quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Rm 10.13-15). Para alguns, o início do ano é o período de descanso. Para o Departamento de Evangelismo da Convenção Batista Carioca é um dos períodos de mais trabalho. Os missionários e voluntários trabalham arduamente nos meses de dezembro e janeiro para que o Impacto de Carnaval aconteça em fevereiro e pessoas sejam abençoadas.

“O Impacto de Carnaval 2015 foi a minha quinta edição do Projeto. Desde que conheci não me vejo em outro lugar nos dias em que a cidade está entregue ao inimigo. São noites em que a Luz invade as trevas para resgatar aqueles que são especiais para Deus. Para a nossa cidade significa esperança em meio ao deserto, para muitas pessoas. E, para a minha vida, significa renovação da vontade de pregar libertação aos cativos”. Maura Noronha, membro da Primeira Igreja Batista de Madureira – RJ.

Nas dependências do Colégio Batista Shepard, na Tijuca – RJ, recebemos cerca de 500 voluntários no período do Carnaval. A programação ocorreu da seguinte forma: vigília no ginásio do Colégio Batista Shepard; treinamentos nas dependências do Colégio; evangelismo no Morro dos Macacos – Missão Estrela de Ouro; evangelismo na festa de rua da 28 de Setembro – Vila Isabel; evangelismo no Sambódromo nos dias

de desfiles das escolas de samba; evangelismo no Sambódromo nos dias de desfiles das escolas mirim e evangelismo na praia da Barra com trio elétrico em parceria com a Igreja Batista Central da Barra da Tijuca – RJ. Mais de 35.500 ventarolas evangelísticas foram distribuídas. Mais de mil pessoas tomaram decisões com Jesus. Foram momentos de muito trabalho, cansaço e também de muita festa no céu. A cada dia podemos perceber que

esse movimento missionário é para a glória de Deus. Além de todas as pessoas alcançadas no evangelismo de rua, muitos vocacionados voltam para suas igrejas impactados e desejosos de iniciar um movimento semelhante em sua localidade. Ano que vem estaremos indo para o 20° Impacto de Carnaval e temos a certeza de que Deus fará grandes coisas. Que Deus nos dê sabedoria para conduzir todo esse processo.

“O Impacto de Carnaval representou uma nova experiência que marcou, não somente a minha relação com as pessoas, mas também a minha relação com Deus. Cheguei a conclusão de que na realidade eu fui para ser capacitada e lembrei das palavras que se encontram em II Timóteo 4.2a: “Preguem a Palavra, estejam preparados a tempo e fora de tempo”. No Impacto nós oramos, conversamos, conhecemos pessoas diferentes e com pensamentos divergentes, que nos ensinaram, nos abraçaram, nos fizeram ver que não estamos sós e que há outros que se importam em tornar o nome do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo conhecido para que vidas sejam salvas através delas. Todos unidos com o mesmo propósito, a construção de novas amizades, o olhar para aquelas pessoas nas ruas e amá-las, torna do Impacto uma experiência marcante, porque além de cumprir o chamado de Deus de ser voz dEle às nações, nós saímos impactados e vibrando, pois sabemos que ainda temos muito a fazer, mas não sozinhos. Primeiramente com Deus, mas, junto com os amigos que são mais que amigos, são irmãos. Agradeço a Deus pela magnífica oportunidade que tive e agradeço por Ele ter me dado um amigo, Alexandre Henrique Freitas, que orou durante dois ou três anos para que eu pudesse participar e ter essa experiência que marcou a minha vida e ficará guardada em meu coração. Falam que quem vai uma vez ao Impacto não quer saber de outra coisa. E, sinceramente, eu sou uma dessas pessoas agora”. Larissa Roberta do Couto Cruz, membro da Igreja Batista em Várzea das Moças – Niterói – RJ

“O Impacto de Carnaval foi realmente um impacto na minha vida. Vi a necessidade de anunciar o amor de Deus ao próximo em tempo e fora de tempo. Levar a razão que nos da esperança, alegria e a paz. O meu desejo é que o Impacto de Carnaval seja um projeto contínuo na vida de cada Impactante, pois o mundo grita por Cristo Jesus. Precisamos avançar, sempre avançar”. Régio de Mello, membro da Igreja Batista Central de Realengo – RJ


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Departamento de Ação Social da CBB - Faces da Missão

Saiba mais sobre o Lar Batista de Crianças de São Paulo

Elias Valentim do Vale, pastor, presidente do Lar Batista Criança

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omo fruto do dever social da Igreja, o Lar Batista Criança (LBC) foi fundado nos idos de 1941. Hoje continua a expressar o compromisso social de uma igreja identificada com os ensinos de Jesus. O LBC atende cerca de 980 crianças e adolescentes em abrigos, creches e centros da criança e do adolescente (CCAs) distribuídos em suas nove unidades. Para viabilizar esse imenso trabalho, o LBC conta com outros dois parceiros: a Igreja e o Estado. O papel do Estado Somos parceiros do Estado. Como instituição do terceiro setor, assumimos o papel do Estado que, por essa razão,

repassa verbas, conforme dispositivos legais vigentes. Com essa convicção e amparados por lei, firmamos “Termos de Parceria voluntária” (antigos convênios). O valor repassado, somados os três níveis de governo, atingem 80% do necessário para o funcionamento de nossas casas. Outra fonte de receitas são as Emendas Parlamentares, obtidas através de deputados comprometidos com a dignidade humana. Tais verbas são destinadas unicamente para investimentos (bens, veículos, imóveis) e não podem ser utilizadas em despesas de custeio (salários, alimentos etc.). Por obtermos recursos públicos e trabalharmos com crianças e adolescentes, o LBC é alvo de rigoroso acompanhamento e fiscalização realizados por diversos agentes públicos: Ministério Pú-

blico, Vigilância Sanitária, promotoria pública, Direitos Difusos, Corpo de Bombeiros, CRAS, CREA, prefeitura. O papel da Igreja O valor não coberto pelas verbas públicas (20%) é suprido com ofertas (dinheiro e doação de bens, alimentos, etc.) realizadas por igrejas e irmãos comprometidos com o resgate das crianças e adolescentes. Sem essa ajuda o LBC não poderia funcionar. Somente com esse apoio é possível a realização de um serviço de qualidade e transformação. O papel do Lar Batista O LBC oferece às igrejas e pastores a oportunidade de exercer a sua missão social, por meio de diversas ações voluntárias e apoios diversos. Devido à rigorosa fiscalização dos órgãos públicos,

aliada aos altos custos de manutenção dos abrigos, creches e CCAs que mantemos, há constante qualificação de nosso quadro de profissionais. O esforço regular por mais capacitação se torna fundamental para atingir o nível de atendimento que desejamos, bem como para atender às exigências do poder público. A busca por qualificação também envolve a administração central (administração geral, presidência, diretoria e conselho). Afinal, precisamos estar capacitados para tomar as decisões no tempo que o processo de gestão exige e conseguir responder por elas diante do poder público, da diretoria e do conselho sob pena de não atender aos objetivos e demandas que a dinâmica do sistema exige em termos de qualidade e capacidade de atendimento à criança

e ao adolescente sob nossa guarda e cuidados. Visando aperfeiçoar ainda mais nossas ações, contratamos nosso consultor (voluntário). Reconhecemos que há muito ainda para se fazer, investir e ampliar nas ações do LBC diante da grandeza e responsabilidade sócio-cristã dos Batistas do estado de São Paulo. Mas, temos que reconhecer que Deus tem nos abençoado e, assim, temos conseguido atender às exigências públicas e oferecer um atendimento de amor e qualidade às crianças e adolescentes. Louvamos a Deus pelas igrejas, pastores e doadores que tem permitido ao Lar cumprir sua missão. “...Aquele que faz o bem é de Deus” (III Jo 11b). Conheça o Lar Batista: http://www.larbatista.com.br/

Igrejas de Barra do Piraí – RJ realizam a IV Caminhada da Família

Ministério de Comunicação da Segunda Igreja Batista de Barra do Piraí - RJ

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conteceu no dia 08 de março em Barra do Piraí - RJ a IV Caminhada da Família, intitulada “Família, eu acredito”. Esta é uma mobilização grandiosa, que desde 2012 passou a integrar a programação do aniversário do município, com envolvimento de pessoas de todas as idades. Com a participação de quase todas as denomina-

ções evangélicas de Barra do Piraí, fato inédito foi reunir membros de várias Igrejas da cidade, em clamor a Deus em favor da família, desafiados pelo fato de que Barra do Piraí registra um dos mais elevados índices de separações de casais no estado do Rio de Janeiro, além dos ataques insidiosos e sutis que a família vem sofrendo neste tempo. O evento constou de caminhada e concentração na praça principal da cidade, com a participação de Banda Marcial composta por crianças e adolescentes, além da

magnífica apresentação de grande coro e orquestra das Igrejas Batistas e Assembleia de Deus, que abrilhantaram o evento, alcançando cerca de 5.000 pessoas, segundo dados da secretária de Turismo. Louvores foram entoados com muito fervor e foi emocionante ouvir a grande população reunida, cantando a uma só voz os hinos, juntamente com o coral. Uma breve, porém, poderosa mensagem foi trazida ao povo pelo pastor Celso Martinez, da Segunda Igreja Batista em

Barra do Piraí - RJ e presidente do Conselho de Pastores da cidade, que inspirado pelo Espírito Santo, e baseado no texto de II Reis 4, desafiou as pessoas a terem esperança, buscarem ajuda e crerem que Deus pode restaurar a família. Ninguém demonstrava desejo de sair, apesar de estarem tanto tempo em pé, pareciam petrificados com a mensagem, tamanho o interesse pelo tema abordado. A programação teve o seu encerramento com a presença do cantor Eli Soares.

Essa certamente foi mais uma das inúmeras Caminhadas em favor da família e deve inspirar outras Igrejas no Brasil a que façam o mesmo. É hora de os homens de bem se levantarem e, juntos, propagarmos a mensagem de que Deus transforma a família adoecida, bem como fortalece aquela que está saudável. Os dias são maus, mas continuaremos clamando ao Senhor pela sobrevivência daquilo que é criação direta dEle, a família. Deus seja glorificado em Barra do Piraí e no Brasil.


o jornal batista – domingo, 05/04/15

missões mundiais

Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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ração. É sobre esse importante pilar que a Junta de Missões Mundiais está estruturada, assim como deve ser a vida de todo o cristão. Oração é diálogo com Deus e, sem ela, qualquer outra ação fica comprometida. Queremos incentivar você e todos os seus amigos e familiares a levar o mundo a ter essa conversa direta com o Pai. Vamos, juntos, orar por povos aflitos que hoje caminham sem Cristo. A Campanha 2015 de Missões Mundiais, com o tema “Meu Chamado, Voz de Deus às Nações”, terá um momento

exclusivo dedicado à oração. Serão oito semanas de intercessão. De hoje, 05 de abril, a 31 de maio todos serão #chamadosparaorar. Nossa campanha de oração será 95% digital, o que possibilitará o envolvimento de mais pessoas e uma economia de recursos. Diariamente, você poderá acessar missoesmundiais.com.br; facebook.com/MissoesMundiais ou youtube.com/CanalJMM e ter acesso aos nossos alvos de oração e materiais importantes para uma vida de intercessão. Somente com um pleno envolvimento de nossos parceiros é que faremos com que esta campanha chegue a um número ainda maior de pessoas, formando

uma grande corrente de oração por países que figuram nos noticiários pelos mais diversos causadores da degradação humana: fome, doenças, analfabetismo, violência, extremismo religioso, entre tantas outras mazelas. Vem com a gente ser voz de Deus às nações também por meio da oração. Hoje desenvolvemos cerca de 200 projetos em 86 países. Nossos mais de 1.500 missionários estão em ação com o propósito de mostrar ao mundo que somente com Cristo é possível ter um povo ajustado aos 8 Objetivos de Desenvolvimento Milênio, definidos pela ONU para serem alcançados até este ano de 2015. O compromisso para combater

a extrema pobreza e outros males da sociedade foi firmado em setembro de 2000 por 189 nações. Em setembro de 2010, o mundo renovou o compromisso para acelerar o progresso em direção ao cumprimento desses objetivos. Mas, nós, temos o compromisso de orar e agir por um mundo melhor. Os oito objetivos para 2015 estabelecidos pela ONU são: 1 – Redução da pobreza; 2 – Atingir o ensino básico universal; 3 – Igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres; 4 – Reduzir a mortalidade na infância; 5 – Melhorar a saúde materna;

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6 – Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; 7 – Garantir a sustentabilidade ambiental; 8 – Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. Os projetos de Missões Mundiais que contemplam todos esses objetivos precisam de suas orações e participação efetiva, a fim de que possam alcançar um número maior de pessoas. Nossa campanha de oração terá início e fim. Mas nosso diálogo com Deus é constante. Interceda diariamente pela obra missionária que tem compartilhado com o mundo o real sentido da vida.

Cuidado integral do missionário Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

A

missão de cuidar daqueles que estão no campo, diretamente envolvidos com as ações de conquista de vidas para Cristo, é uma das mais exponenciais para Missões Mundiais. A agência missionária da Convenção Batista Brasileira se preocupa em cuidar tanto do missionário que está no campo, quanto daquele que retornou dele ou está em treinamento. Preservar a sua saúde física, mental e, principalmente, a espiritual é um dos grandes desafios da JMM. Para isso foi criada a Coordenação do CIM – Cuidado Integral do Missionário – sob a liderança do pastor Renato Reis. “Não é apenas mais um setor de Missões Mundiais, mas a busca por melhorar a atenção aos missionários que atuam ou já atuaram na linha de frente dessa missão”, disse o diretor-executivo da JMM, pastor João Marcos Barreto Soares. “Apesar do pouco tempo, o CIM já realizou uma conferência sobre o tema com a participação de colaboradores da JMM e líderes

convidados de outras organizações”, destaca o pastor João Marcos. A conferência à qual o executivo se refere foi ministrada por Bill Bacheller, líder do Ministério Oásis, entre os dias 18 e 20 de março na sede da JMM, no Rio de Janeiro. Participaram todos os coordenadores de Missões Mundiais, além de colaboradores que atuam na sede, porém, diretamente com os obreiros que estão em campo. O pastor Renato Reis, que serviu como coordenador de Missões Mundiais para a Ásia até o início deste ano, destaca que Missões Mundiais sempre cuidou do seu quadro de missionários, porém, agora, se faz necessário conduzir esse cuidado de forma mais sistematizada e organizada. “E alguns motivos levaram a isso: nós queremos chegar aos povos não alcançados. Isso significa que são povos mais resistentes, avessos ao Evangelho e também à presença de estrangeiros. O missionário que suporta esse tipo de situação precisa de mais cuidado”, explica o pastor Renato. “A mudança no perfil do missionário que se apresenta hoje à JMM também

mudou. A ênfase dada a missionários que usam suas profissões aumentou a necessidade de cuidado porque normalmente são pessoas sem muita experiência ministerial. Isso também fez a JMM perceber a necessidade de cuidar melhor de seus missionários”, acrescenta o coordenador do CIM. Para o pastor Renato, o cuidado integral do missionário também envolve as esferas familiar e eclesiástica. “Se não houver aqui irmãos, primos, tios comprometidos com o envio do missionário, ele vai sentir que abandonou a família, que abandonou os pais. O apoio da família é importante, mas, talvez também seja a parte mais frágil nesse apoio, pois nem sempre os parentes são crentes. Mas é importante”, ressalta o coordenador do CIM. Para o pastor Renato, o suporte e envolvimento da igreja no ministério do missionário é outra parte fundamental no cuidado integral do obreiro. “A igreja local precisa acompanhar o missionário. Porém, não é apenas colocar a mão no bolso e entregar a oferta total ou parcial. Cuidado do mis-

sionário implica em acompanhar o desenvolvimento desse obreiro em todas as etapas, desde o início do processo seletivo até o final”, destaca. “Há coisas que só a igreja pode fazer e deve fazer para cuidar integralmente dos missionários. Muito importante que nesse envio

de missionários o elo entre igreja e missionário não se perca, permaneça forte. Que haja correspondências diretas, contatos, visita aos campos, tanto do pastor quanto de grupos da igreja para apoiar o ministério no campo. Tudo isso faz parte do cuidado integral do missionário”, conclui.


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o jornal batista – domingo, 05/04/15

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Informe publicitário

Congresso da Bíblia na PIB do Recreio RJ .

Departamento de Comunicação PIB do Recreio, RJ

Nos dias 5 a 8 de março, a Primeira Igreja Batista do Recreio, no Rio de Janeiro, realizou seu anual Congresso da Bíblia, com o tema “Deus deseja sacrifícios?”. O congresso foi idealizado por Wander Gomes, pastor sênior da igreja, e visa pôr sempre em discussão temas mais consistentes e aprofundados, palestrados por conferencistas bem conceituados no ensino bíblico. Neste ano, contou-se com a presença de três ilustres convidados: o pastor Luiz Sayão, diretor e professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, pastor e fundador da Igreja Batista Nações Unidas, em Santo Amaro, São Paulo, que atua como conferencista teológico e pastoral no Brasil e exterior, falando para diversas igrejas e denominações; o rabino messiânico Dr. Yehuda Hochmann, ordenado pelo Rabino Joseph Shulam, do Instituto Biblico Netivyah, PhD em Estudos Bíblicos pelo Trinity College San Antonio, Columbia, New York University, que tem ministrado seminários no Brasil, Israel e Estados Unidos; e o

Pr. Luiz Sayão...

Dr. Russell Shedd, Ph.D. em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo, Escócia, Presidente Emérito da Vida Nova e consultor da Shedd Publicações, que viaja pelo Brasil e exterior ministrando em conferências, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. Pr. Sayão e o Dr Russel Shedd dividiram as duas primeiras noites do evento. Inicialmente, o pastor Sayão abordou questões sobre o tabernáculo e o livro de Levíticos, mostrando que Deus jamais pediu sacrifício algum que estivesse fora da realidade diária de seu povo, focando também a glória de Deus e o imperativo

Pr. Russel Shedd

Dr. Yehuda Hochmann

... e o Pr. Wander Gomes

para a santidade: “o salario do pecado é a morte e o povo de Deus deveria sempre tomar cuidado para não sair dessa condição pela contaminação, e o contaminado deveria, através de um ritual, ser readmitido à condição de puro”.

sábado e no domingo pela manhã, com o rabino Yehuda, a igreja refletiu sobre questões históricas do conflito entre Israel e a Palestina. A exposição foi consistentemente esclarecedora devido ao conhecimento e, principalmente, à vivência pessoal do rabino.

Em seguida, Dr. Russel Sheed ratificou sobre a importância da fé, baseado na Carta aos Hebreus: “Cristo é, por meio da fé, a garantia da nossa vida após a morte”. Os irmãos foram lembrados, como diariamente devemos fazer, da posição de sumo sacerdote de Jesus Cristo, que em si mesmo cumpriu todo o rito para nos manter em santidade e pureza.No

O evento foi um sucesso, contando com mais de mil e duzentas pessoas por dia, que juntas concluíram que Deus, de fato, deseja sacrifício, mas de relacionamento mais profundo e pessoal com ele, numa entrega completa de nossas vidas. O nosso culto racional. O sacrifício posto em seu altar, agora, somos nós por inteiro e a ele inteiramente consagrados.

Mais de 1200 pessoas presentes em cada palestra


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ponto de vista

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Mea-culpa (Minha culpa) locado suas vidas diante de Alex Oliveira, pastor Deus? auxiliar na Primeira Igreja Olhando para a Palavra de Batista em Divinópolis - MG Deus eu vejo um homem; enho me mantido Paulo, que talvez tenha sido calado diante da atu- um dos cristãos mais injusal situação política tiçados da Igreja Primitiva. do Brasil. Embora Sofreu muito nas mãos de me una a milhões de bra- políticos insanos e corrupsileiros que se mostram in- tos, chegando inclusive a ser dignados frente a tantos e martirizado por ordem de um intermináveis escândalos, deles; o imperador Nero. No não podemos nos esquecer entanto, em momento algum de que nós, povo de Deus, você verá Paulo incitando somos governados por um os cristãos a se rebelarem poder infinitamente maior. contra as autoridades, nem O que me entristece é que os incentivando a se unirem isso parece não fazer muita em prol da deposição de diferença. Se nossas vidas qualquer um dos governantes são dirigidas pela Palavra de de sua época. Pelo contrário, Deus como afirmamos, por em I Timóteo, ele nos exorta: que insistimos em deixá-la “Admoesto-te, pois, antes de de lado no tocante a nossa tudo, que se façam deprecaposição diante de um go- ções, orações, intercessões, verno que, acima de tudo, e ações de graças por todos também é alvo da graça de os homens; pelos reis, e por Deus? Será que nos esque- todos os que estão em emicemos de que as autoridades nência, para que tenhamos constituídas estão no poder uma vida quieta e sossegada, única e exclusivamente pela em toda a piedade e honestipermissão de Deus? Não dade” (I Tm 2.1-2). Ainda, em Romanos, Paulo questiono a falta de ética e respeito para com o povo nos dá uma lição de como o brasileiro, nem a corrupção cristão, enquanto cidadão do e a avareza presente no co- Reino, deve se portar dianração de muitos dos nossos te das autoridades: “Toda a governantes, tampouco que- alma esteja sujeita às potesro parecer partidário deste tades superiores; porque não ou daquele político em es- há potestade que não vepecial. O que questiono são nha de Deus; e as potestades nossas atitudes no que tange que há foram ordenadas por a esses homens e mulheres Deus. Por isso quem resiste à vítimas do pecado. Temos potestade resiste à ordenação orado por eles? Temos co- de Deus; e os que resistem

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trarão sobre si mesmos a condenação” (Rm 13.1-2). Sem dúvida, a atitude de Paulo, alegada em I Coríntios 11.1, deveria servir de exemplo para todos nós. Declaro, desde já, que não sou petista, mas preciso reconhecer que a presidente Dilma foi eleita com 51,45% dos votos válidos. Ela não subiu ao poder através de um golpe de estado ou de eleições indiretas. Tudo aconteceu em um ambiente de democracia. Embora essa mesma democracia me garanta o direito de me manifestar, não devo perder de vista quem sou. Enquanto uns continuam confiando em seus “carros e cavalos”, nós, filhos de Deus, devemos continuar confiando no “Nome que é sobre todo o nome”. Não sou contra movimentos sociais, desde que sejam ordeiros, mas creio que o maior movimento social que existe e que realmente pode provocar mudanças é a pregação do Evangelho. Só o mesmo é capaz de mudar os valores, transformar o caráter e modificar as estruturas de qualquer governo. Fico pensando no que aconteceria se, em vez de ficarmos aqui e ali discutindo meios para a derrocada de nossa presidente, estivéssemos orando insistentemente por ela, clamando a Deus por sua salvação. Como cristãos, não deveria ser esse o nosso desejo? Esse era o de

Paulo. Em Atos, ele afirma: “Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês. E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! E disse Paulo: Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu, mas também todos quantos hoje me estão ouvindo, se tornassem tais qual eu sou, exceto estas cadeias” (At 26.27-29). Tristemente, o que o Brasil tem visto nos últimos dias, principalmente nas redes sociais, é uma ferocidade sem precedentes por parte daqueles que deveriam estar de joelhos, clamando a Deus por misericórdia, orando por aqueles que, infelizmente, não tem governado com equidade por que ainda se encontram sob a égide do pecado e longe de Deus. Será que atitudes como essa, de alguma maneira, contribuirão para melhorar a política nacional? Será que os xingamentos e palavras de baixo calão, presentes muitas vezes nas postagens de muitos irmãos em Cristo, surtirão o efeito desejado e provocarão mudanças no cenário político? Ao final, qual será o preço disso tudo? Gostaria de encerrar este meu posicionamento com uma pergunta: quando olho para o Congresso, para a Câmara dos Deputados ou para o Senado Federal, sedes dos

governos estaduais, prefeituras, Câmaras de Vereadores, o que vejo? Uma corja de ladrões? Um antro de corrupção e mentira? Pois a Bíblia me leva e ver outra coisa. A Palavra de Deus me mostra homens e mulheres que precisam da graça de Deus e de alguém que interceda por eles. Vejo pessoas que ainda vivem na ignorância espiritual, mas que são amadas por Cristo. Pessoas naturais, em quem ainda não habita o Espírito de Deus, daí o porquê de sua conduta, fruto da ausência de temor a Deus. Quando olho para esse povo, vejo-os inseridos em um mundo pelo qual Jesus também morreu, como está escrito em I João 2.1-2; João 3.16; Tito 2.11 e I Timóteo 1.15. Não quero mudar sua opinião, mas apenas entendo que é questão sine qua non estar diante de Deus em oração para ver mudanças significativas neste país. O cristão é chamado para fazer a diferença porque seu modus operandi é diferente, pelo menos é o que se espera. Queremos mudanças? Que tal começá-las por nós mesmos? Carregar a Bíblia e participar de cultos na igreja não muda muita coisa. O verdadeiro cristianismo é aquele que acontece o tempo todo, inclusive quando se está na frente de um computador. Que Deus nos abençoe.



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