Mídia NINJA Mídia NINJA
Minas Gerais
MINAS
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CULTURA
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10 anos de Duelo
Festiva em BH
Neste mês, a cultura Hip Hop completa uma década de ocupação do viaduto Santa Tereza, com Duelo de MCs. Evento deu a BH visibilidade nacional no rap
Evento do Fora do Eixo e Mídia Ninja acontece neste fim de semana e debate importância da união entre comunicação, cultura e política
Belo Horizonte, 1 a 6 de setembro de 2017 • edição 200 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita • facebook.com/brasildefatomg
Um país em xeque Por que estão “vendendo” o Brasil? Matérias, artigo e entrevista explicam as consequências da concessão de importantes setores da economia a empresas privadas e, na maioria das vezes, estrangeiras. A energia, o petróleo e até mesmo a Amazônia estão em perigo com as medidas de Michel Temer I BRASIL 5, 8, 9 e 11 Reprodução/ Frente Povo Sem Medo
VARIEDADES
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Descobrir é legal Estamos com coluna nova! Vamos debater o conhecimento científico pela perspectiva popular. Entenda a proposta e se ligue nas próximas edições
CIDADES
Ô Glória! Resistência no Centro
Ocupação Glória, que reúne mais de 2 mil famílias em Uberlândia, no Triângulo, é uma das maiores do país. Agora, finalmente pode ter terreno regularizado. Proposta é que COHAB assuma regularização e infraestrutura e que títulos sejam entregues em janeiro de 2018
Edição de 4 anos! O Brasil de Fato MG chega à edição 200. Mas não só. Chegamos também a 60 cidades do interior de Minas e a 10 milhões de exemplares. Nesta edição você vê novidades de layout e novas colunas de opinião. Seguimos com a qualidade de sempre e trazendo para você o outro lado da informação
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OPINIÃO
Belo Horizonte, 1 a 6 de setembro de 2017
Editorial | Brasil
Uma visão popular
ESPAÇO dos Leitores
Escolher o ponto de vista dos trabalhadores e seus interesses para pautar as notícias. Esse, em resumo, é o compromisso do Brasil de Fato. Com esse propósito, o projeto nacional foi lançado em janeiro de 2003 e, apesar das dificuldades de fazer uma mídia popular, a ideia se espalhou. Em dez anos, o jornal circulou de forma ininterrupta e chegou a todo o Brasil. Com matérias de fundo e análises sobre os principais problemas do país e do mundo, ajudou a desconstruir a ditadura do pensamento único que imperava na imprensa comercial, monopolista e entreguista. Além da edição regular, foram dezenas de publicações especiais, com tiragens massivas e distribuição gratuita.
10 milhões de exemplares em 4 anos “Excelentes as matérias sobre as privatizações da Eletrobras e das usinas da Cemig, propostas pelo governo golpista de Michel Temer. Água e energia não são mercadorias!” Jair Gopefi comenta a edição 199, que teve a manchete “Governo Temer quer privatizar até a luz” “Vocês fazem um belo trabalho!” Mattheaus Cardoso fala sobre o programa de rádio do Brasil de Fato MG na Rádio Autêntica Favela “Fico orgulhosa de fazer parte deste jornal. Parabéns para todos os colaboradores que fazem deste jornal o sucesso que é” Edna Maria escreve sobre os 4 anos do Brasil de Fato MG
Escreva para nós: redacaomg@brasildefato.com.br
Em Minas Gerais, foram feitas edições sobre a falácia do “choque de gestão” de Aécio Neves à frente do governo do estado; sobre o massacre de Felisburgo, que vitimou cinco trabalhadores sem-terra no Vale do Jequitinhonha; sobre a greve dos trabalhadores em educação da rede estadual, que durou 112 dias e sobre a privataria tucana. Em maio de 2013, foi lançada a primeira edição específica de Minas Gerais. Cinco meses depois, em agosto, o jornal já circulava com sua edição de número 1. Agora, chegamos à edição 200, com mais de 10 milhões de jornais distribuídos gratuitamente. Todas as semanas, são 40 mil exemplares que chegam às mãos de estudantes, sindicalistas, professores, trabalhadoras e trabalhadores de todas as
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
idades, que circulam pelas ruas da capital e outras 60 cidades. Seguimos investindo em edições especiais, e já foram muitas: sobre o festival de arte e cultura da reforma agrária, sobre o acampamento nacional do Levante Popular da Juventude, sobre a Gasmig, sobre o golpe que estava sendo armado no país e outra sobre sua confirmação, além de edição sobre a Previdência e duas sobre o crime da Samarco em Mariana.
Temas mostram nosso compromisso Parcerias Neste ano, começamos uma parceria com a CUT Minas, o SindUTE e o Sindifisco e participamos do programa “Roda de Conversa”, na rádio Favela, todas as segundas. Desde maio, também temos um programa semanal na mesma rádio, todos os sábados. Participamos também da construção do projeto do Brasil de Fato nacionalmente, que conta com uma página na internet, abastecida com notícias de todo o país, e jornais estaduais no Rio de Janeiro, Pernambuco e Paraná. A permanência, credibilidade, expansão e fortalecimento desse projeto só é possível porque conta com centenas de apoiadores, que vão desde os parceiros políticos até voluntários anônimos que fazem questão de difundir o jornal. Essa é nossa maior prova de que estamos no caminho certo e que é urgente a democratização da comunicação para que mais vozes possam participar da vida pública. Neste aniversário de quatro anos, agradecemos o voto de confiança e reafirmamos nosso compromisso de estar sempre ao lado dos trabalhadores.
REDE SOCIAL: facebook.com/brasildefatomg correio: redacaomg@brasildefato.com.br para anunciar: publicidademg@brasildefato.com.br TELEFONES: (31) 3309 3314 / (31) 3213 3983
conselho editorial minas gerais: Adília Sozzi, Adriano Pereira Santos, Adriano Ventura, Aruanã Leonne, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Cida Falabella, Ênio Bohnenberger, Frederico Santana Rick, Gilson Reis, Gustavo Bones, Jairo Nogueira Filho, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, Jô Moraes, José Guilherme Castro, Juarez Guimarães, Marcelo Oliveira Almeida, Makota Celinha , Maria Júlia Gomes de Andrade, Milton Bicalho, Neila Batista, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Rogério Correia, Rosângela Gomes da Costa, Samuel da Silva, Talles Lopes, Temístocles Marcelos, Titane, Valquíria Assis, Wagner Xavier. Editora: Joana Tavares (Mtb 10140/MG). Redação: Amélia Gomes, Larissa Costa, Rafaella Dotta, Raíssa Lopes e Wallace Oliveira. Colaboradores: Alan Tygel, Anna Carolina Azevedo, André Fidusi, Bráulio Siffert, Diego Silveira, Fernanda Costa, João Paulo Cunha, Léo Calixto, Luiz Fellippe Fagaráz, Marcelo Pereira, Nadia Daian, Pedro Rafael Vilela, Rogério Hilário, Sofia Barbosa. Revisão: Luciana Santos Gonçalves. Administração: Vinicius Nolasco. Distribuição: Felipe Marcelino. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 40 mil exemplares.
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Belo Horizonte, 1 a 6 de setembro de 2017
Declaração da Semana
PERGUNTA DA SEMANA
Ainda hoje, poucas famílias controlam a maior parte da mídia no Brasil. Isso quer dizer que a televisão, o rádio e a internet veiculam informações que, muitas vezes, correspondem aos interesses de empresários. E muita gente não sabe disso! O Brasil de Fato MG, que há quatro anos se empenha para construir um jornal democrático e popular, foi às ruas e perguntou:
Fabrícia Candea Técnica em radiologia
LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET LOREM IPSUM DOLOR SIT AMET LOREM
2013 2013
2014 2014 Campanha Campanha deassinaturas: assinaturas: de BFem emCasa Casa BF Distribuiçãona na Distribuição RegiãoMetropolitana Metropolitana Região deBH BH de
2016 2016 Distribuiçãochega chega Distribuição aoTriângulo TriânguloMineiro Mineiro ao Lançamentodo do Lançamento novosite sitenacional nacional novo
Twittou o ator Bruno Mazzeo. Divulgação
Entrevista exclusiva com Dilma Rousseff
Mídia NINJA
Eric Silva ourives
Brasil de Fato - MG
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Ricardo Stuckert
Esses grandes meios de comunicação são grupos de interesse. Cada um que conta a história conta do seu jeito, puxando para o seu lado, então não existe imparcialidade. Por isso eu não acredito fielmente nas informações.
4 anos
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Quando Temer sair - porque um dia ele sai, né? - ainda vai sobrar alguma coisa do Brasil?”
Você confia nas informações que recebe da mídia comercial?
Os meios de comunicação são muito importantes para a gente, principalmente a internet. Mas às vezes nem tudo que é noticiado é verdade então precisamos pesquisar para saber o que é real ou não
GERAL
Lançamentodo do Lançamento Brasilde deFato FatoMG MG Brasil Distribuiçãoem emBH BH Distribuição
2015 2015 Distribuição Distribuição chegaao ao chega Sulde deMinas Minas Sul
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Dica cultural
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Após um ano da votação do impeachment, a ex-presidenta Dilma Rousseff fala, em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, que tirar Lula da eleição de 2018 faz parte do plano dos setores golpistas. Ela também comenta sobre a proposta do governo Temer de privatização da Eletrobras e sobre a necessidade de lutar contra o golpe. “Todos nós vamos ter de ser capazes de nos dedicar a tentar tirar o Brasil dessa encruzilhada em que ele se encontra”, afirma. Leia na íntegra no nosso site: www.brasildefato.com.br.
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A banda mineira Djambê lançou, na última sexta (25), o clipe da música “Trovão”. Com um som de protesto que mescla ritmos afro-brasileiros, a composição rendeu prêmio de melhor performance no 8º Festival da Canção de Lagoa Santa. Vale conferir! Acesso o link: https://goo.gl/cuXQ89
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CIDADES
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Moradores do Glória, em Uberlândia, perto de mais uma vitória MORADIA Mais de 2 mil famílias que vivem em uma das maiores ocupações do país podem ter terreno regularizado Giovana Coelho
Diego Leão
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s 2.200 famílias do Glória, que fica no bairro Elisson Prieto, em Uberlândia, podem, em breve, ter motivo para comemorar. A Advocacia Geral do Estado manifestou interesse pela área no início de agosto. Obtendo aval da Justiça, a proposta é que a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (COHAB) assuma
Títulos devem ser entregues em janeiro de 2018 A
Reunião de moradores no sábado (26) dá início a um cadastramento social da ocupação
os trabalhos de regularização fundiária e de infraestrutura do terreno. No sábado (26), centenas de moradores se reuniram na sede da associação de bairro para início de um cadastramento. “Vamos reunir informações como renda, profissões, presen-
ça de gestantes e quantidade de crianças. Tudo de forma bem detalhada para que consigamos um acordo com o Ministério Público para consolidar a regularização fundiária a ser feita pela COHAB”, afirma Igino Marcos, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
MANDE SUA FOTO
Organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a ocupação existe desde 2012, em área que pertence à Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Em março, a UFU aprovou a doação da área, que não faz parte de seus planos de ex-
pansão, para o poder público. Por decisão da 2ª Vara Federal, foi determinado que a Prefeitura de Uberlândia e o estado de Minas Gerais se manifestassem sobre a vontade de assumir os 64 hectares. Como não houve manifestação da prefeitura, o estado de Minas Gerais assumiu o processo que beneficia as milhares de famílias. Em janeiro de 2018, os títulos de legitimação fundiária deverão ser entregues. A proposta é que os moradores paguem parcelas mensais a partir de R$ 100, conforme a renda familiar, em 300 vezes. Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Uberlândia não se manifestou até o fechamento da edição.
Campanha contra as privatizações Guilherme Bergamini
BELO HORIZONTE A foto é sugestão do leitor Anderson Pereira, que é jornalista do Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar de Minas Gerais (SAAEMG). O clique do Aglomerado da Serra foi feito por ele, da rua Timbiras, na esquina com a avenida do Contorno.
Uma campanha em defesa dos serviços e servidores públicos foi lançada, na segunda (28), em BH. A iniciativa, convocada pela Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), conta com a participação de entidades sindicais que representam servidores públicos municipais, estaduais e federais. A campanha pretende dialogar com a sociedade sobre as medidas do governo golpista de Michel Temer que pretendem privatizar diversos serviços públicos.
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MINAS
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Opinião
Na batalha das ideias João Paulo Cunha Pode parecer que a apatia tomou conta da sociedade brasileira, escaldada em tanto retrocesso. Muitos reclamam da ausência das pessoas na rua, da diminuição dos protestos, da escalada conservadora em vários campos, da economia ao comportamento. Uma boa forma de recuperar o otimismo da vontade, frente ao pessimismo da paisagem política mais ampla, é perceber os avanços que se somam na batalha das ideias. Os exemplos são muitos. São movimentos que têm feito avançar o combate ao racismo que ainda estrutura as relações sociais, sobre a questão LGBT e acerca dos direitos humanos. De mobilização da juventude em defesa da educação, sobre novas formas de produção agrícola socialmente relevante e ambientalmente avançada. De ocupação urbana, em torno da comunicação popular e da diversidade cultural. No entanto, é sempre importante insistir na ra-
Entrega da Eletrobras e da reserva na Amazônia é projeto antinacional dicalidade. Duas atitudes recentes do governo Temer foram alvo de críticas por parte da sociedade: a privatização do sistema elétrico (entre outros setores) e a extinção da Reserva de Cobre e Associados, na Amazônia. Nos dois casos, não basta estar do lado certo. O governo não privatizou ou liberou geral apenas para fazer caixa ou cumprir compromissos com a banca. Há nesse duplo crime de lesa-pátria as dimensões da economia, da política e da ideologia privatista. Um projeto mais amplo se desenha com clareza, e é contra ele que é preciso reunir forças. Não adianta apenas contestar a privatização da Eletrobras com argumentos naciona-
listas estritos, sem entrar no debate acerca da soberania dos recursos estratégicos e do projeto de desenvolvimento. A desarticulação do setor tem um sentido claro de redefinir a posição do país na ordem internacional, retirando o controle sobre alguns dos mais valiosos insumos: a energia, a água e a terra. No caso da Renca, objeto de protesto quase universal capitaneado por celebridades e artistas, é preciso atenção no foco. Não bastam argumentos ecológicos superficiais, que enxergam a árvore e voltam as costas para a floresta. Não se trata apenas de entregar a área a três das mais destrutivas atividades de exploração conhecidas (garimpo, madeireiras e mineração), mas de validar uma cultura historicamente perniciosa. O programa emergencial da batalha de ideias talvez esteja resumido em combater a ignorância com informação e enfrentar os canalhas com coragem. Os movimentos populares podem indicar os caminhos.
A IGUALDADE SÓ EXISTE QUANDO TODOS OS DIREITOS SÃO RESPEITADOS. PARTICIPE. Inscrições e entrega de documentação: até 11/09 pelos Correios ou na sede do Conepir Av. Amazonas, 558 - Centro Belo Horizonte/MG CEP: 30180-001
INfORmAçõES: www.DIrEITOShUmANOS.mg.GOv.bR (31) 3270-3616
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Estão abertas as inscrições para participar do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial de Minas Gerais (Conepir): um conselho criado para combater o racismo e propor políticas públicas que promovam a igualdade racial dos povos e comunidades tradicionais. Inscreva-se. Construir um Estado para todos é um dever de cada um.
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MINAS
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Psicologia brasileira completa 55 anos de luta pelos direitos humanos SAÚDE Compromisso social e conquista de novos campos de atuação marcam a trajetória da profissão Lucas Soares
Cristina Ribeiro
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o último dia 27, foi comemorado o dia da psicóloga e do psicólogo. A psicologia foi regulamentada no Brasil em 1962 e desde então passou por transformações radicais. A psicóloga e vice-presidenta do Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG), Márcia Mansur, explica que a mais significativa retirou o foco do particular para priorizar o coletivo. “Isso partiu da própria categoria que, na década de 70, passou a se incomodar com essa psicologia muito individual. Também foi demandada pela sociedade, sobretudo durante a abertura democrática e no campo da saúde mental”, relembra. A passagem do individual para o coletivo ficou bem
mentais, levando em consideração a linguagem e o que elas sabem sobre a sua doença e seu sofrimento.
Psicologia também se preocupa com o coletivo Desfile da luta antimanicomial em 2016
definida com o movimento da Luta Antimanicomial e com a implantação dos sistemas públicos de Saúde (SUS) e de Assistência Social (SUAS). No campo da teoria, a psicologia passou a construir metodologias coerentes com esse novo olhar e foi determinante para imprimir nos serviços públicos a ideia
da humanização do atendimento. A psicóloga e coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, Marta Elizabete de Souza, explica que a luta pelo fim dos manicômios propôs uma nova forma de intervenção junto às pessoas com transtornos
Identidades A presidenta do CRP-MG, Cláudia Natividade, afirma que é preciso analisar o fato de que 89% da categoria seja de mulheres. “Temos na ciência psicológica várias análises que ajudam as leituras deste fenômeno, inclusive a chamada psicologia feminista, que não somente estuda as mulheres, mas as desigualdades e hie-
rarquias que marcam as relações e são danosas para o desenvolvimento das pessoas”, pontua. Atualmente, o campo das sexualidades tem sido um dos que mais cresce, na avaliação da psicóloga e conselheira secretária do CRP -MG, Dalcira Ferrão. Segundo ela, partir de 1999, com a publicação da Resolução do Conselho Federal de Psicologia que estabeleceu normas para a atuação de psicólogas e psicólogos em relação à questão da orientação sexual, houve avanços. “Atualmente a psicologia contribui para as construções de identidades, negando a ideia de considerar doentes aquelas pessoas que não se encaixam na cisheteronormatividade compulsória”, afirma.
Duelo de MC’s é patrimônio de BH HIP HOP Batalha de rap comemora 10 anos e fortalece cultura de resistência Fora do Eixo
Rafaella Dotta
Lucas Soares
oda sexta à noite, um T grupo ligava uma caixa de som e juntava rima-
dores na Praça da Estação. Era 2007. Ali começavam a acontecer batalhas de rap que reuniam poucas pessoas, umas 30, para um concurso de rimas em que apenas um saía vencedor. Nasce daí um dos eventos de Hip Hop mais reconhecidos no país, o Duelo de MCs, e o grupo que o produz, o Família de Rua. Douglas Din, morador da Vila Santana do Cafezal, no Aglomerado da Serra, tinha 16 anos quando uando conheceu o Due-
lo de MCs, ainda no início. “Eu tinha um objetivo muito simples, que era me aliviar da atmosfera de violência que eu vivia na periferia. Quando eu vi as pessoas ali comecei a ampliar
a minha noção de mundo”, afirma. A coragem de fazer o rap de rua dá ao Duelo o título de “ícone da resistência popular e de ocupação da cidade”, nas pa-
Visibilidade nacional Para Pedro Valentim, integrante do Família de Rua desde o início do coletivo, esta década de existência significou, dentre outras coisas, marcar um lugar para um encontro permanente da cultura Hip Hop na cidade. “Um projeto pode ter uma vida lonDuelo de MCs ga dessa sem negociar seus nacional será em princípios, acontecendo novembro, em BH de forma livre. Com base em muita luta, muita resis24 estados. O evento já tência, mas tem data marcada: 25 e 26 é possível”, de novembro no viadudiz. to Santa Tereza, e é considerado o evento de Hip Hop de maior amplitude Leia a matéria completa no www.brasildefato.com.br do país.
lavras da MC e escritora Barbara Sweet. Desde 2012 o Família de Rua organiza as edições anuais do Duelo de MCs Nacional, que este ano envolve cerca de 2 mil MCs de
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OPINIão
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Helberth Ávila de Souza
Clima de fim de feira nas agências do Banco do Brasil
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Grito dos Excluídos começou em Montes Claros Em 2017, o Grito dos Excluídos completa 23 anos de nacionalização e tem como lema “Por direito e democracia, a luta é todo dia!”. O mote reflete o contexto atual do Brasil, de um golpe de Estado, caracterizado pela retirada de direitos e pela imposição de um programa impopular. Também reflete um período de mobilização, manifestações e luta. O Grito acontece em várias cidades do país desde 1994 e é marcado como uma manifestação popular, construída a partir das organizações religiosas, pastorais sociais, movimentos populares, entidades sindicais e partidos políticos comprometidos com as causas dos sujeitos historicamente excluídos da sociedade. Mas foi Montes Claros, no norte de Minas Gerais, a pioneira das articulações e a primeira cidade a realizar o Grito dos Ação começou Excluídos, em 1993. como “Clamor A mobilização aconteceu após visitas às ocupações urbanas durante a Campanha da Fraternidade, dos Sem Teto” que tinha como tema “Onde Moras?”. Irmã Marilda lembra que teve a ideia de fazer uma parada cívica, já que estava próximo ao dia 7 de setembro. Ela relata que, quando o pelotão entrou na avenida para o desfile oficial, as famílias organizadas, os jovens e todos os simpatizantes àquela causa tomaram as ruas, com cartazes que manifestavam a indignação da situação em que se encontravam os moradores das favelas de Montes Claros. No dia seguinte, os jornais locais narraram o fato. A partir de então, o ato que antes era o “Clamor dos Sem Teto”, recebeu o nome de “Grito dos Excluídos” pela Equipe Diocesana de Pastoral. Esse primeiro protesto, realizado em Montes Claros no dia 7 de setembro de 1993, apenas com cartazes que denunciavam a usurpação política, culminou em uma deliberação da CNBB, que começou a organizá-lo no intuito de nacionalização a partir de 1994.
Helberth Ávila de Souza é secretário de imprensa da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais FETRAFI-MG/CUT.
acompanhando
Frente Brasil Popular Norte de Minas
ecentemente, Mauro Santayana relata em artigo o martírio de um amigo na tentativa vã de abrir uma conta em uma agência do Banco do Brasil (BB). O título do artigo é sugestivo: “PROCUREM O CONCORRENTE, POR FAVOR!”. Em uma estratégia que parece só atender aos interesses de seus competidores diretos, o BB, leva a efeito o desmonte da estrutura de atendimento com o suposto objetivo de imprimir eficiência e modernidade. Trazendo como resultado, em tempo recorde, uma dramática modificação da imagem do Banco para clientes, funcionários e usuários em geral. A impressão que se tem, ao visitarmos qualquer agência, é a de que é uma questão de tempo para que haja a extinção de diversos postos de trabalho, com o fechamento iminente de estruturas de atendimento com porta para a rua. Em uma atitude suicida, o BB assume a vanguarda de Piora no BB visa um movimento no qual nenhum de seus concorrentes privatizar se aventurou com tamanha avidez. Tendo em vista a incerteza dos resultados da implementação - em larga escala - do atendimento digital como canal de atendimento preferencial sendo enfiado goela abaixo de clientes. O próprio Itaú, que assumiu o posto de maior banco do país em ativos modulou sua estratégia e refreou a instalação da estratégia do “digit@u”, após avaliar que os resultados não teriam sido aqueles esperados. Esse posicionamento kamikaze do BB parece indicar o alinhamento com a ideologia ultraneoliberal assumida pelo atual governo ilegítimo, tendo como objetivo final a desvalorização da marca do BB e a facilitação para a entrega do controle acionário à banca privada, sonho antigo da direita entreguista e financista. Tudo isso passando por cima da representação dos funcionários.
Na edição 194... “É muito importante que o leitor tenha um olhar crítico para tudo o que vem da mídia” ... E agora Profissionais de jornais impressos de BH reagem contra o corte de salários Em assembleia realizada na segunda (28) no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, trabalhadores de cinco jornais de BH decidem se mobilizar contra os cortes de direitos trabalhistas. No dia 5, serão realizadas paralisações simultâneas nas redações como forma de protesto à redução de salário, à redução do pagamento das horas extras, ao corte no adicional noturno, entre outros.
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Novo decreto não afasta ameaça à Amazônia, dizem especialistas DEVASTAÇÃO Temer mantém extinção de reserva mineral e juiz suspende decreto Greenpeace / Divulgação
Da redação, com Carta Capital
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primeiro decreto de extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca) foi publicado por Michel Temer, no dia 23. Cinco dias depois, fortemente pressionado pela repercussão negativa da medida, o governo revogou o decreto, mas editou outro que pode manter a extinção. No novo texto, o governo acrescentou que cumpriria o já estavam previsto na legislação, o que, para ambientalistas e defensores dos povos indígenas, não protege a re-
gião. Eles temem que o próximo passo seja flexibilizar o status das áreas protegidas, precedente aberto com a recente revogação da portaria
de demarcação da terra indígena guarani no Pico do Jaraguá, em São Paulo. Na terça (29), o juiz Rolando Spanholo, da Justiça Fede-
ral no Distrito Federal, determinou a suspensão imediata de “todo e qualquer ato administrativo tendente a extinguir a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca)”, localizada entre o Pará e o Amapá, na Amazônia. A AdvocaciaGeral da União (AGU) informou que vai recorrer. A decisão em caráter liminar (provisório) suspende os efeitos dos decretos do governo Michel Temer que extinguiram a reserva para abrir o território a mineradoras privadas interessadas na exploração de ouro, ferro, manganês e tântalo. Com quase 47 mil quilômetros quadrados, a
Renca possui área equivalente à do estado do Espírito Santo e seu território se sobrepõe a sete Unidades de Conservação e duas terras indígenas. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) critica o novo decreto. “É uma tentativa de enganar a sociedade brasileira e a comunidade internacional, que estavam se mobilizando, e atrasar ações judiciais em curso”, completou Rodrigues, que está à frente de um “ato mundial” em defesa da Amazônia, marcado para o próximo sábado.
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Belo Horizonte, 1 a 6 de setembro de 2017
BRASIL
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Privatização de aeroportos é “caixa” para eleições de 2018, diz aeroportuário PRIVATARIA Temer pretende entregar à iniciativa privada 18 aeroportos e parte de unidades administradas pela Infraero Marcus Desimoni / Nitro Imagens
José Eduardo Bernardes De São Paulo (SP)
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privatização dos aeroportos brasileiros proposta pelo governo golpista de Michel Temer é uma tentativa de arrecadar fundos para as eleições do próximo ano. Esta é a avaliação de Francisco Lemos, presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários da Infraero (Sina). “O sindicato vê isso como uma manobra do governo federal com um único propósito: fazer caixa para a eleição de 2018. O motivo de vender os aeroportos a gente não consegue compreender”, criticou. Ao todo,
o pacote de Programas de Parcerias e Investimentos de Temer pretende privatizar 18 aeroportos em todo o país. Além disso, haverá mudanças na participação da Infraero em conces-
sionárias que administram terminais em Brasília (DF), Confins (MG), Galeão (RJ) e Guarulhos (SP). Paulo Kliass, que é doutor em Economia pela Universidade de Paris 10, da Fran-
ça, e especialista em Políticas Públicas, também duvida da eficácia da proposta de Temer. “Por que aparece agora a privatização? É por uma emergência da questão fiscal, no primeiro pon-
to. E aí é que está o grande absurdo. Vai liquidar patrimônio público, construído com grande esforço do conjunto da sociedade brasileira, ao longo de décadas, para resolver problema de caixa de final de ano de 2017 e dos problemas que já estão apresentados para fechar as contas fiscais de 2018. Isso é um absoluto contrassenso”, disse. Um Dia Nacional de Lutas deve ser realizado no próximo dia 12 de setembro, com manifestações em todos os aeroportos administrados pela Infraero. O objetivo é alertar a população para os riscos do pacote de privatizações de Temer.
Redução de R$ 10 no salário mínimo
Casa da Moeda também na lista de privatizações de Temer
O anúncio divulgado pelo Ministério do Planejamento sobre o valor do salário mínimo de 2018 gerou revolta. A previsão, de acordo com as projeções de inflação, seria de elevar o salário mínimo, que atualmente é de R$ 937, para R$ 979. O governo, no entanto, resolveu baixar em R$ 10 o valor, com a justificativa de supostamente conter os rombos nas contas públicas. Guilherme Melo, economista e professor universitário, questiona a decisão. “O governo poderia estabelecer um valor mais alto, um aumento maior do salário mínimo para incentivar a economia brasileira. No entanto, tem decidido cortar o salário, os direitos trabalhistas e o salário mínimo do povo, ao mesmo tempo em que mantém vários gastos absolutamente questionáveis, como com grandes funcionários públicos e desonerações fiscais”, argumenta.
“A Casa da Moeda tem um papel estratégico de Estado na defesa da nossa soberania. É muito arriscado para a sociedade ter a informação de todo cidadão brasileiro à disposição da iniciativa privada”. A afirmação é de Aluizio Junior, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Casa da Moeda do Brasil. A empresa estatal faz parte do pacote de privatizações apresentado pelo governo golpista de Michel Temer (PMDB), no último dia 24. A instituição é responsável pela emissão de cédulas e moedas e também está encarregada da emissão dos passaportes de cidadãos brasileiros. Com a possível concessão a
entes privados, como pretende Temer, os dados de quem possui passaporte deixariam de estar apenas nas mãos do governo federal. A Casa da Moeda é uma das empresas mais longevas do país e, por motivos de segurança, fica localizada em Santa Cruz, na zona norte do Rio de Janeiro, a cerca de 70 quilômetros de grandes centros. Por esse motivo, o complexo possui um centro médico próprio. A empresa tem cerca de 2700 funcionários diretos e 800 indiretos.
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MUNDO
Belo Horizonte, 1 a 6 de setembro de 2017
Livro “Yo Soy Fidel” traz fotografias e relatos sobre funeral do líder cubano CUBA Obra conta agora com financiamento coletivo para ser publicada Leandro Taques
Da redação
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o dia 26 de novembro de 2016, Fidel Castro morreu em Havana. Enquanto o mundo voltava os olhos para a pequena ilha, três jornalistas independentes da região Sul do Brasil – dois paranaenses e um gaúcho – resolveram ver de perto o que estava acontecendo. Gibran Mendes, Leandro Taques e Tadeu Vilani cruzaram Cuba acompanhando o cortejo funerário. Foram nove dias e mais de 2 mil quilômetros viajados por terra. O resultado será pu-
blicado no livro “Yo Soy Fidel”, que trará 120 páginas de histórias e fotografias. “Fidel, goste dele ou não, é um dos maiores líderes políticos de nossa história. Acompanhar, mais do que isso, registrar e participar de um momento como esse é ver a história passar diante dos seus olhos”, conta Gibran Mendes.
Goste dele ou não, é um dos maiores líderes políticos
Mas, para o livro passar a existir de fato, os autores abriram uma campanha colaborativa para custear a última etapa do projeto. A meta é alcançar R$ 25 mil, dinheiro que vai para o pagamento da gráfica onde serão rodados os livros; para o financiamento das recompensas dos colaboradores; e para quitar a taxa de serviço cobrada pelo site Kickante, plataforma onde a campanha está hospedada. É possível colaborar com o projeto com valores a partir de R$ 25. Para contribuir, acesse: https://goo.gl/CGZtsJ
Desaparecimento de Santiago Jornada de Maldonado completa um mês solidariedade ARGENTINA O jovem foi detido pela polícia de Macri durante despejo de com a Venezuela acampamento indígena Da redação
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desaparecimento do argentino Santiago Maldonado, de 28 anos, completa 30 dias em 1° de setembro. Morador da pequena cidade de El Bolsón, a 80 quilômetros de Bariloche, Santiago sumiu durante um despejo forçado de um acampamento indígena dos mapuches, perto de Esquel, no sul da Argentina. Ele foi detido durante a ação violenta da Gendarmería Nacional de Argentina, polícia militar que responde ao Ministério da Segurança do país. Diversas organizações de direitos humanos, como as Mães da Praça de Maio, a Assembleia Permanente pelos Direitos Humanos e o Centro de Estudos Legais e Sociais, exigiram do governo a aparição com vida do jovem.
¿DONDE ESTÁ SANTIAGO MALDONADO? “Que a comunidade argentina saiba que temos um desaparecido na democracia do senhor Macri”, afirmou Estela de Carlotto, presidenta das Avós da Praça de Maio, em denúncia à imprensa, no último dia 8. Após uma semana do desaparecimento e de omissão, o governo de Mauricio Macri assumiu a responsabilidade e ofereceu uma recompensa por informações
de Santiago. Mesmo assim, a Liga Argentina pelos Direitos do Homem denunciou formalmente Macri, dois de seus ministros, dois comandantes e vários integrantes da Gendarmería que participaram da ação no acampamento. O advogado Eduardo Bascesat acusou as autoridades argentinas de encobrimento no caso de Santiago. (Com informações da Telesur)
A Venezuela convocou para 16 e 17 de setembro a Cúpula de Solidariedade Mundial frente às ameaças de agressão dos Estados Unidos ao país. O presidente venezuelano Nicolás Maduro se reuniu, no sábado (26), em Caracas, com representantes de movimentos populares de diversos países para planejar a atividade. “Estamos sendo ameaçados como nunca pelo império do Norte. Os supremacistas que governam os Estados Unidos ameaçaram a Venezuela com sanções, perseguição financeira a ameaça militar e temos um só destino: a solidariedade e a vitória”, afirmou.
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ENTREVISTA
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“Assistimos ao desmonte das políticas sociais e dos direitos dos mais pobres” FRENTE Deputados Federais e Senadores se articulam para barrar privatizações e entrega das riquezas nacionais ao capital estrangeiro Gustavo Bezerra
Rafaella Dotta
Frente em Defesa da Soberania é lançada em BH
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governo de Michel Temer surpreendeu novamente a todo o país com seu “Pacote de Privatizações” e a recente extinção de reserva florestal na Amazônia. As medidas são parte da abertura oferecida a empresas estrangeiras e começa a gerar reações maiores da população e de parlamentares. Assim, nasceu a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, em junho deste ano, para fortalecer a resistência ao “desmonte do país”. A entrevista é com o deputado federal e ex-ministro Patrus Ananias (PT), um dos fundadores da articulação dentro do Congresso Nacional, que explica a proposta.
Como você vê a soberania nacional?
Patrus Ananias - É a titularidade que um país deve ter sobre o seu território, sobre suas riquezas naturais, recursos minerais e ambientais, mas também sobre os recursos conquistados com o trabalho do seu povo. Soberano é um país que proporcione ao seu povo condições dignas de vida, acesso aos bens e serviços básicos, como a água, a alimentação saudável, moradia digna, trabalho decente e políticas sociais. As privatizações colocam em risco a soberania?
Sem dúvida. Nós vivemos em um período em que não podemos negar a iniciativa privada, mas as empresas visam o lucro e é preciso ter limites através da legislação
Lula Marques /AGPT
Patrus Ananias: “Setor elétrico e de petróleo não deveriam ser privatizados”
País está sendo vendido a preço de banana” trabalhista e ambiental, por exemplo. Daí a necessidade da presença do Estado. O setor energético e de petróleo são fundamentais para o desenvolvimento do país e interferem na dignidade das pessoas. Como exmplo, está o grande programa “Luz Para Todos”, que nós conseguimos implantar no governo Lula porque tivemos a Eletrobras, a Cemig e empresas estatais. A energia, assim como a água e outros bens, são coletivos e dizem respeito à vida humana. É preciso proteger o direito de acessá-los. Como vai a nossa soberania nas mãos do governo Temer?
Estamos vendo de um
lado o desmonte das políticas sociais e por outro lado o desmonte do Estado brasileiro. O sentimento que a gente tem em Brasília, na Câmara dos Deputados, é de que o país está sendo vendido a preço de banana. Isso gera o desmonte dos direitos do povo brasileiro, principalmente dos mais pobres, mas também de pequenos e médios empresários.
Uma parcela majoritária da elite brasileira não tem compromissos com nosso país. É uma elite colonizada e colonizadora. Temos
Durante o impeachment contra a Dilma, diversos empresários brasileiros se aliaram ao capital internacional para consolidar o golpe. A criação desta e de outras articulações quer dizer que eles estão retornando a uma política de desenvolvimento nacional?
que começar a discutir com muita seriedade porque em cinco anos vamos comemorar os 200 anos da independência do país. Precisamos construir um sentimento de brasilidade. Para isso é importante trabalharmos com os micro e médios empreendedores regionais e com a parcela minoritária que tem algum nível de compromisso com o Brasil. Eu penso que o grande esforço hoje tem que ser do campo de esquerda, o chamado campo democrático -popular.
Soberania é garantir condições dignas ao povo”
Elite brasileira não tem compromisso com o país”
A capital mineira foi a segunda a receber o lançamento de um grupo de parlamentares contra as medidas de grande abertura econômica e de privatizações da era Temer. A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, que conta com 201 deputados federais e 18 senadores, foi lançada em 28 de agosto com a presença do ex-ministro Patrus Ananias (PT) e do senador Roberto Requião (PMDB), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O ato foi o primeiro de uma série de lançamentos propostos pela Frente aos estados, com a próxima agenda para o Rio de Janeiro. Segundo Requião, os eventos serão a base para a realização de um plebiscito eletrônico nacional sobre o que ele chama de “loucura entreguista” do governo Temer.
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Belo Horizonte, 1 a 6 de setembro de 2017
CiÊNCIA, COISA BO(B)A!
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Brasil de Fato MG inaugura nesta semana uma coluna dedicada à ciência! Será um espaço para discutirmos sobre as novidades, polêmicas e curiosidades do meio científico, da forma mais popular possível. Sinta-se convidado a participar, com sugestões, perguntas e críticas! Certa vez, o professor Rubem Alves disse que a ciência é “coisa boa”, no que estou plenamente de acordo. Mas adiciono que, muitas vezes, ela também pode ser “coisa boba”. Já me explico! Mas antes, vamos falar um pouquinho sobre o que é essa tal de ciência. A ciência é um jeito de se construir o conhecimento. É uma forma de se olhar para o mundo e descobrir a verdade por detrás das coisas. Teve início lá no século 16, quando a humanidade começou a perceber que a dúvida, a razão e a curiosidade eram fundamentais para a sociedade. Quando crianças, somos danados pra sair perguntando o porquê de tudo. Com o passar do tempo, alguma coisa acontece que deiPor que paramos de xamos nosso lado cientista de lado. perguntar por quê? Um dos objetivos desta coluna é
reacender em você um pouquinho desse seu lado. E todo cientista que se preze deve ter curiosidade. Deve também ser observador, olhar para algum evento e saber fazer uma boa pergunta. Em seguida, é preciso uma dose de criatividade. Bolar uma explicação. O próximo passo é testar a hipótese, por meio de um experimento. Só então, a partir dos resultados, é possível dizer se a hipótese estava certa. Basicamente, isso é o que chamamos de método científico. Essa postura de tentar entender o mundo a partir de um método sistemático trouxe grandes avanços. Por exemplo: há uma relação direta entre o desenvolvimento científico e o aumento da expectativa de vida. Acontece que a ciência, como tudo na vida, não é neutra. É feita por seres humanos, que estão inseridos em uma sociedade. A sociedade atual é marcada por uma enorme desigualdade, em que poucos têm muito e muitos não têm nada. E o conhecimento científico acaba por virar uma arma poderosa nas mãos desses poucos que dominam. Por isso que disse no início do texto que a ciência pode, às vezes, ser uma coisa bastante boba. Nas próximas edições continuaremos essa prosa! Um abraço e até lá! Renan Santos, professor de biologia da rede estadual de MG
Amiga da Saúde Ouvi dizer de um método anticoncepcional mais natural, um termômetro que mede a temperatura da mulher e indica se é período fértil ou não, mas fiquei na dúvida. É seguro me basear somente nisso? Ivone Souza, 31 anos, artesã Cara Ivone, esse é o Método da Temperatura Basal. Ele é natural por não envolver o uso de nenhum medicamento, mas somente observação das mudanças do corpo. Quando ovulamos, aumenta em cerca de 2 graus a temperatura corporal. O óvulo é liberado e poderá ser fecundado, iniciando o processo da gravidez. Esse método consiste basicamente da medição da temperatura (por via oral ou retal) todos os dias pela manhã (antes de levantar da cama). Os valores devem ser registrados num gráfico, que mostrará um pi-
co de temperatura, que indica a ovulação. Deve haver abstinência sexual desde a menstruação até três dias após o pico de temperatura. Esse método tem confiabilidade de 99%, desde que feito com o rigor exigido. É vantajoso por ser natural e exigir um autoconhecimento que é saudável para toda mulher. Entretanto, há também desvantagens. Uma delas é o longo período de abstinência sexual. Outra é o risco de aumento de temperatura por outros motivos, como um resfriado, o que pode confundir a avaliação.
Sofia Barbosa I Coren MG 159621-Enf. Aqui você pode perguntar o que quiser para a nossa Amiga da Saúde Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br
Nossos direitos A privatização retira direitos? A privatização é a concessão ou venda de empresas ou instituições públicas ao setor privado. Algumas pessoas, principalmente os empresários, dizem que a privatização é um bom negócio, afirmando que, ao privatizar, os serviços ganham mais eficiência. Mas é preciso enxergar a questão de um modo mais profundo. Todos nós sabemos que as empresas privadas têm como objetivo o lucro, e este, muitas vezes, vai em direção oposta à necessidade de prover às pessoas, prin-
cipalmente aos trabalhadores, os serviços e direitos fundamentais. No Brasil, as privatizações começaram durante a ditadura militar e, de lá para cá, já deu para perceber que as empresas são vendidas a preço de banana, geralmente para empresários estrangeiros, gerando desemprego e aumento do preço dos serviços. Por isso, é preciso ficar atento às privatizações que estão sendo feitas sem a participação popular, principalmente em questões estratégicas como a educação, saúde e energia.
Adília Sozzi é advogada da Rede Nacional de Advogados Populares – RENAP
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13 VARIEDADES 13
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Solução
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4 espigas de milho verde ½ xícara de chá de água 1 pedaço de músculo 3 colheres de chá de sal 5 dentes de alho ½ unidade média de cebola
Modo de Preparo 1. Lavar e debulhar o milho; 2. Bater no liquidificador com a água e reservar; 3. Temperar o músculo com metade do sal, cozinhar em panela de pressão até ficar macio, desfiar e reservar; 4. Aquecer uma panela, refogar o alho e a cebola picados; 5. Adicionar o milho batido e o sal e mexer até o ponto de angu; 6. Acrescentar a carne desfiada e cozinhar por mais 2 minutos.
(Esta receita foi retirada do livro Alimentos Regionais Brasileiros, do Ministério da Saúde, disponível para download em http://e.eita.org.br/alimentosregionais)
* Alan Tygel é da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
Participe enviando sugestões para receita@brasildefato.com.br.
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Festival vai debater importância da união entre cultura e política
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partir desta sexta (1), começa no Centro de Referência da Juventude (CRJ) o Festiva MG, evento que traz a BH dezenas de debates sobre a relação entre cultura, comunicação e ativismo. Organizada pelo coletivo Fora do Eixo e pela Mídia Ninja, a iniciativa acontece até domingo (3) e tem na programação nomes de lideranças políticas e sindicais, artistas e fotógrafos. Um dos objetivos principais do Festiva é dar voz a movimentos e articulações de toda Minas Gerais. Por isso o Fora do Eixo percorreu 30 cidades do interior do estado, durante 45 dias, para construir o projeto. Além disso, o festival quer chamar atenção para a importância da mobilização política das pessoas ligadas à cultura e à mídia.
“Precisamos debater como esses dois segmentos podem colaborar com a agenda dos movimentos populares. Nós vivemos um período de uma gigantesca perda de direitos e as respostas não vão surgir a curto prazo. En-
Foram percorridas 30 cidades em 45 dias tão, precisamos criar, discutir o que a gente defende para o país, acumular força”, explica Talles Lopes, que integra o Fora do Eixo e é um dos organizadores do evento. Programação Com foco no conhecimento, o Festiva vai ter, além da formação política, muita prática. São diversas oficinas e, caso os participantes se in-
teressem, podem contribuir com a produção das atividades ou com a cobertura jornalísticas delas. No dia de abertura, participam de uma roda de conversa Beatriz Cerqueira, presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT); Célia Xakriabá, ativista dos povos indígenas; Leandrinha Du Art, colunista do Mídia Ninja e fotógrafa; a estudante Ana Júlia, liderança secundarista; entre outros convidados. Leandrinha, que é mulher trans e cadeirante, vai falar um pouco do seu trabalho e luta. “Já está mais do que na hora da comunicação e da política andarem de mãos dadas. Um debate como esse, que proporciona tanta representatividade, é essencial para alinharmos ideias, para que nos somemos em uma luta só”, afirma.
Um filme sobre o impeachment
Divulgação
Na próxima terça (5), vai rolar no Cine 104 (Praça Rui Barbosa, 104, BH) a pré-estreia do documentário “Democracia: um experimento político-cinematográfico”, gravado no Congresso Nacional no dia da votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O filme, que foi gravado no Centro de BH (Praça da Liberdade, Edifício Maletta e bairro Lourdes), questiona pessoas de diferentes formações políticas sobre o que é democracia. A entrada é franca.
Tarde de cultura brasileira
Divulgação
A partir das 16h do sábado (2), vai ter muita cultura popular nordestina, oficinas de circo, exposição fotográfica, intervenções artísticas, feirinha de produtos artesanais e muito mais na inauguração da escola de arte 1001 Espaço Cultural. Quem vai se apresentar é a banda mineira Coco da Gente, com entrada a R$ 12. O endereço é rua Dom Lúcio Arantes, 1001, bairro Coração Eucarístico, BH.
Narrando a história do Barreiro
Virada Cultural de Uberlândia Uma peça de teatro que conta a história de um dos bairros mais tradicionais de BH em forma de cordel: essa é a proposta dos grupos Parangolé e Novas Raízes. No domingo (3), um espetáculo gratuito e aberto ao público vai narrar as lendas, lutas e memórias do Barreiro com poesia e muita música. Vai ser no anfiteatro Hipona, ao lado da Paróquia Cristo Redentor (Av. Menelick de Carvalho, 180, Barreiro de Cima).
Nos dias 6 e 7 de setembro, será realizada a Virada Cultural de Uberlândia – Cultura em Movimento. O evento terá apresentações de cinema, teatro, dança, música, além de oficinas, e a “Viradinha Kids”, com programação voltada para o público infantil. O local de todas as oficinas e apresentações será no Teatro Municipal de Uberlândia, a partir das 14h. Entrada franca.
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Pelo direito de Judocas uberlandenses conquistam 26 medalhas de frequentar a ouro no Campeonato Mineiro bancada Comunicação - Futel
A 3ª etapa do Campeonato Mineiro de Judô para crianças de até 10 anos de idade, realizada no final de agosto, reuniu mais de 400 atletas no complexo poliesportivo do bairro Rooselvelt, em Uberlândia. Os competidores uberlandenses obtiveram um ótimo resultado na competição, conquistando 26 medalhas de ouro, 11 de prata e 12 de bronze. Os atletas treinam nas escolinhas da Futel do bairro Lagoinha e Jardim Brasília.
O movimento Mulheres de Arquibancada irá realizar seu primeiro encontro em Minas Gerais. O evento acontece no sábado (2), das 13h às 17h, no Sindicato dos Jornalistas (Av. Álvares Cabral, 400, Centro de BH). A ideia é organizar torcedoras de vários times para uma troca de experiências do mundo do futebol, além de reivindicar os espaços na arquibancada para as mulheres e iniciar uma agenda de atividades. Após a atividade, vai acontecer, no mesmo local, uma confraternização. O encontro vai ter cobertura ao vivo. Acompanhe em: https://goo.gl/26mz9i
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Estádio Pacaembu será privatizado
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Câmara Municipal de São Paulo aprovou o projeto de lei que concede o estádio à iniciativa privada. O projeto é de iniciativa do prefeito João Dória (PSDB), que deverá assinar a versão final do texto. A iniciativa é parte do pacote de privatização dos espaços públicos da ca-
ESPORTES
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DECLARAÇÃO DA SEMANA Reprodução
Reprodução
pital paulista. Frequentar qualquer evento no Pacaembu, agora, ficará mais caro, pois o objetivo da privatização é abrir mais uma frente de acumulação de dinheiro para os empresários, não atender aos interesses do povo.
“Lute contra o preconceito. Lute contra a falta de apoio. Lute contra tudo isso – os meninos, as pessoas que dizem que você não pode.” Marta, a maior ganhadora de bolas de ouro de todos os tempos entre homens e mulheres, numa bonita carta escrita por ela para seu “eu” de 14 anos, idade em que começou no futebol profissional
Gol de placa O jovem Santiago Maldonado desapareceu, em julho, durante repressão da polícia argentina a índios mapuches. Desde então, Diego Maradona e outros boleiros, bem como times e torcedores de San Lorenzo, Racing e outros clubes já foram a campo perguntando: onde está Santiago?
Gol contra Fiasco do basquete masculino do Brasil! Eliminada na primeira fase da Copa América, a seleção está fora do Pan-Americano pela primeira vez na história. O ano é péssimo para o basquete brasileiro: além dos meninos fora do Pan-Americano, as meninas também estão fora... só que do Mundial!
Decacampeão
É Galo doido
Bráulio Siffert
Rogério Hilário
O América perdeu a liderança para o Inter mas ainda tem muita gordura para queimar. Para alcançar os 64 pontos que provavelmente serão suficientes para conseguir o acesso, o Coelho precisa de sete vitórias e dois empates nos 16 jogos faltantes, Decacampeão algo relativamente tranquilo tendo em vista a campanha feita até aqui e a superioridade do elenco. Os 18 dias de recesso serão fundamentais para recuperar jogadores em tratamento, dar descanso a quem vem jogando muito e treinar alguns detalhes.
Ser ou não ser, eis a questão. Fora da Copa do Brasil e da Libertadores, sobra ao Atlético a luta por uma honrosa colocação no Brasileiro, condição para retornar ao Continental. Mas, no meio do caminho, existe a Primeira Liga. Menos mal que para o próÉ Galo doido! ximo confronto do Nacional faltam quase duas semanas. Agora, o que fazer com este estorvo que os clubes criaram? E com o Internacional pela frente. Serve mais para manter os jogadores em atividade e, quem sabe, testar Clayton e outros. Ou, talvez, recuperar Robinho. Os clubes bem que tentaram, de novo, serem independentes. E, assim como na Copa União, em 1987, sucumbiram aos interesses da mídia e da CBF. Fizeram, como sempre, muito barulho por nada. Shakespeare inicia e encerra.
La Bestia Negra Leo Calixto
Anúncio Foi mais uma classificação com atuação consistente. Apesar do campeonato; do time reserva escolhido por Mano Menezes e pelo time de garotos do Grêmio, o Cruzeiro demonstrou mais uma vez que chega a essa parte da temporada encorpado. Sinal de La Bestia Negra que o planejamento - salvo erros que nos custaram posições melhores no Brasileirão e Sul-Americana – está caminhando para obtermos resultados expressivos na temporada. Mas no futebol o vento muda de lado muito rápido, principalmente quando se tem a parte técnica (jogadores e departamentos de futebol) caminhando em uma direção e o corpo diretivo em outra. Estão chegando as eleições, e o desejo é que o Cruzeiro seja o único vencedor.