Mídia NINJA
Divulgação
Greve na Petrobras
Mudar é um ato sábio
Em defesa da estatal, petroleiros paralisam atividades em 50 unidades. Minas tem adesão de 80% da categoria
Quanto menor o volume de malas e caixas, maior o aprendizado prático de que precisamos de muito pouco para sobreviver
BRASIL 4
CRÔNICA 14
MG Minas Gerais
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro • edição 316 • brasildefatomg.com.br • distribuição gratuita
StarzySpringer
CAOS NA EDUCAÇÃO Trabalhadores aprovam greve, que começa na terça-feira (11). Categoria exige cumprimento da lei do piso salarial, fim das fusões de turmas e outros direitos. Governo divulga balanço afirmando que fez o investimento mínimo na Educação, mas sindicato contesta e acusa manobra contábil
O que é o coronavírus?
Mais um recorde de Bolsonaro
Esquentas de carnaval
Colunista explica o que são os vírus, como se multiplicam e como se prevenir
Informalidade atinge 41% dos trabalhadores. Desemprego é o dobro do registrado em 2014
Eventos prometem ocupar Belo Horizonte com música, dança e apresentações de arte
CIÊNCIAS 13
BRASIL 6
CULTURA 14
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OPINIÃO
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
Opinião
Sem papo com fascista João Paulo Cunha
ESPAÇO DOS LEITORES “Boa e importante matéria!” Neide Dantas sobre o artigo “A Petrobras está dentro de nossas casas” ---------------------------------------------“Como as pessoas com tanto acesso à informação igual tem hoje em dia, caiu no conto do vigário de que retirar direitos adquiridos com muita luta e muitas vidas cessadas, faz a roda rodar? Como caíram, meu Deus?” Webert de Souza sobre a matéria “Sindicatos debatem impactos da reforma trabalhista na vida dos trabalhadores” ---------------------------------------------------“É possível reverter? É viável? Aí é que está. Há interesse? Não vai ser rápido e nem barato...mas tem que fazer”. Vera Martins sobre a matéria “Rios “escondidos” e correntezas em cima do asfalto: o atual cenário de BH” -----------------------------------------“Muita estupidez!! O rio tem que correr livre. Por que não trocar o asfalto por calçamentos de pedras e bloquetes?” Lívia Marques também sobre a matéria sobre o rios debaixo de BH.
Escreva pra gente também: redacaomg@brasildefato.com.br ou em facebook.com/brasildefatomg
Um fantasma ronda o mundo da política: a busca do centro como saída para todos os impasses. A metáfora do equilíbrio, da equidistância entre dois extremos, da capacidade de dialogar produtivamente com os adversários pode ser tentadora. Nas atuais circunstâncias, no entanto, responde a um projeto de poder que é nitidamente autoritário em política, discriminatório em direitos humanos e neoliberal em economia. A sociedade não está dividida entre dois polos de radicais com sinal trocado, à espera de um conciliador capaz de criar um entendimento apaziguador, tanto na vida pública quanto no
Neoliberais trocam civilização por lucro ambiente humano das famílias, amigos e colegas de trabalho. Menos ainda se o pretenso salvador da lavoura ética for convocado entre os mauricinhos da antipolítica, ou seguidores da convocação midiática por uma purificadora autocrítica das esquerdas. A divisão hoje é muito mais profunda. De um lado há um projeto explícito de concentração de renda, desnacionalização das riquezas estratégicas, desvalorização do trabalho, ataque à democracia, submissão internacional, destruição do meio ambiente, desrespeito com o conhecimento, achincalhe aos direitos humanos e violência como política de Estado. No campo dos valores, a teologização das relações sociais, o reacionarismo moral e a censura.
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
De outro, há um projeto que mira a igualdade, a inclusão, a distribuição de renda, o respeito à natureza, o fortalecimento dos direitos humanos, a soberania nacional, o protagonismo nas relações internacionais e a provisão de serviços públicos universais, acessíveis e de qualidade. Em matéria de valores ima-
Dois projetos: concentrar renda versus busca por igualdade teriais, o reconhecimento da pluralidade e o incentivo à crítica e à experimentação no campo das artes e do saber. O que fica claro, na simples enumeração dos dois programas, é que um lado não conversa com o outro. Pensar que existe uma possibilidade de diálogo tem sido um discurso fácil, que apela para outra forma de separação, igualmente falsa: os interesses materiais da economia e os projetos impalpáveis dos costumes. Para setores que acentuam ainda mais a onda neoliberal e neoescravagista, parece ser um jogo aceitável trocar a civilização por lucro. O resultado tem sido, historicamente, ficar sem os dois lados. Um mundo sem coração e um coração sem lugar no mundo. Não é hora de perder tempo conversando com fascistas nem de dar a outra face. Quem acha que chamar o atual governo de fascista é exagero ou incorreção histórica, talvez prefira usar o termo nazismo, com direito a citação de Goebbels.
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conselho editorial minas gerais: Aruanã Leonne, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Ênio Bohnenberger, Felipe Pinheiro, Frederico Santana Rick, Helberth Ávila de Souza, Jairo Nogueira Filho, Jefferson Leandro, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, Jô Moraes, José Guilherme Castro, José Luiz Quadros, Juarez Guimarães, Laísa Campos, Marcelo Almeida, Makota Celinha, Maria Júlia Gomes de Andrade, Milton Bicalho, Neila Batista, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Robson Sávio, Rogério Correia, Samuel da Silva, Talles Lopes, Titane, Valquíria Assis, Wagner Xavier. Editora: Joana Tavares (Mtb 10140/MG). Redação: Amélia Gomes, Larissa Costa, Rafaella Dotta, Raíssa Lopes e Wallace Oliveira. Colaboradores: Anna Carolina Azevedo, André Fidusi, Bráulio Siffert, Diego Silveira, Fabrício Farias, Izabela Xavier, João Paulo Cunha, Jonathan Hassen, Jordânia Souza, Pedro Rafael Vilela, Renan Santos, Rogério Hilário, Sofia Barbosa e Z Carota. Revisão: Luciana Gonçalves. Administração e distribuição: Paulo Antônio Romano de Mello e Vinícius Moreno Nolasco. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 35 mil exemplares. Razão social: Associação Henfil Educação e Comunicação
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
GERAL
Inscrições para o Arena da Cultura
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Divulgação
Nossos direitos FIQUE ATENTO AO CADASTRO DA BIOMETRIA PARA VOTAR NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais está utilizando um novo sistema de identificação, que é a biometria. É necessário o cadastro de todos os eleitores no estado. Nas eleições de 2020 a biometria será obrigatória em 259 municípios. Em outros, é possível realizar o cadastro, mesmo que não seja ainda obrigatório para votar. Para conferir a lista de municípios em que já é obrigatório, e onde já estão realizando o cadastro, é preciso acessar a página do Jonathan Hassen é advogado popular
TRE [tre-mg.jus.br/eleitor/biometria]. Para o recadastramento biométrico, é preciso comparecer ao cartório eleitoral de seu município com o título de eleitor, comprovante de endereço e comprovante de quitação com o serviço militar (para os eleitores do sexo masculino, maiores de 18 anos, que forem fazer o título pela primeira vez). Quem não realizar o cadastro, onde há obrigatoriedade, terá o título eleitoral cancelado até regularizar a situação.
As inscrições para cursos e oficinas gratuitas da Escola Livre de Artes Arena da Cultura estão abertas até dia 14 de fevereiro. Neste 1º semestre de 2020 serão ofertadas vagas nas áreas artes visuais, circo, dança, design popular, música, patrimônio cultural e tea-
tro. Quem tiver interesse, é só acessar pbh.gov.br/escolalivredeartes e realizar a inscrição pela internet ou presencialmente nos Centros Culturais, no Centro de Referência da Cultura Popular e no Núcleo de Formação e Criação Artística e Cultural (Nufac).
Olimpíada de história do Brasil Divulgação /ONHB
Estão abertas até 9 de março as inscrições para a 12ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil, organizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Aberta para professores e alunos dos ensinos Fundamental (8º e 9º ano) e Médio de escolas públicas e particulares de todo
país, a competição vai durar de maio a agosto. A taxa de inscrição varia entre R$ 38 e R$ 118, de acordo com o período em que o interessado se inscrever. Estudantes de escolas públicas têm desconto no valor. Mais informações, regulamento e inscrições na página olimpiadadehistoria.com.br Diego Bresani
Declaração da Semana “O filme fala sobre o fenômeno global de como as democracias morrem hoje. Não com tanques, não com os militares assumindo, mas com a erosão das instituições, a disseminação de fake news, e campanhas de mídia social”.
Petra Costa, diretora de Democracia em Vertigem, que concorre ao Oscar 2020 como melhor documentário.
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MINAS
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
Em Minas Gerais, 80% dos petroleiros aderem à greve SOLIDARIEDADE Plenária de apoio aos petroleiros em greve reafirma que defender Petrobras é dever de todo brasileiro Mídia NINJA
Amélia Gomes
D
iversas categorias de trabalhadores e integrantes de movimentos populares estiveram presentes, na noite da quarta-feira (5) em uma plenária de solidariedade à greve das petroleiras e petroleiros. A atividade foi organizada pela Frente Brasil Popular. A greve completa na sexta (7) seu sétimo dia. De acordo com o Sindicato dos Petroleiros de Minas Gerais (Sindipetro –MG), 80% da categoria no estado aderiu à greve deflagrada no último dia 31. Durante o evento, as lideranças destacaram que a greve dos petroleiros atinge toda a sociedade, já que, além dos empregos ameaçados, também estão em jogo
as riquezas do povo brasileiro. Para se ter uma ideia, somente a Refinaria Gabriel Passos, em Betim - uma das unidades que está na lista de privatizações -, gera para o município cerca de R$ 400 milhões em impostos arre-
cadados. A estudante Ana Carolina Vasconcelos, integrante do Levante Popular da Juventude e da União Estadual dos Estudantes (UEE-MG) destacou que a defesa da Petrobras nas mãos do povo é fun-
damental para a educação e para o futuro dos brasileiros, já que vem do setor boa parte dos recursos investidos na área. Citando o caso da mineradora Vale e o acidente da plataforma P-36 em 1995, Alexandre Finamori, diretor do Sindipetro, relembrou o risco que é para a sociedade quando empresas públicas são privatizadas ou sucateadas por governos. Alexandre também destacou o aumento exponencial no número de acidentes com queimaduras nos hospitais brasileiros. “As famílias não estão conseguindo comprar botijão de gás. Nós nunca pagamos tão caro por combustíveis como atualmente”, destacou.
Tarefa agora é nas ruas Uma das ações em solidariedade à greve dos petroleiros são as panfletagens que acontecem em estações de metrô, de ônibus e praças. Na terça-feira (11) está prevista uma audiência pública na Assembleia Legislativa para debater a paralisação da categoria e dialogar com os trabalhadores sobre como o desmonte da empresa interfere na vida dos mineiros. “Agora a tarefa é fazer as pessoas no ponto de ônibus entenderem que a tarifa vai aumentar se privatizar a Petrobras, que o custo com alimentação vai aumentar. E que defender a Petrobras é um dever de todos nós”, conclamou Finamori.
Professores da rede estadual de Minas deflagram greve. Entenda o porquê LUTA Paralisação será por tempo indeterminado. Trabalhadores denunciam desemprego da categoria e defendem que escolas permaneçam públicas Isis Medeiros-SindUTE /MG
Raíssa Lopes Professores da rede estadual de Minas Gerais estão em greve por tempo indeterminado a partir do dia 11 de fevereiro, um dia depois da data de volta às aulas no calendário escolar. A categoria tomou a decisão em assembleia realizada na quarta (5), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. As principais reivindicações são o pagamento do piso salarial, e a defesa do emprego e da escola pública. A luta para que o governo de Minas cumpra a legislação e pague o piso aos pro-
fessores e professoras já dura 12 anos. “Sabemos que o piso não é novidade nenhuma para o governador. A defesa do emprego é porque, de um ano para cá, estamos enfrentando uma situação de desemprego estrutural na categoria por conta do processo de fechamento e fusão de turmas, plano de atendimento e a
Estamos enfrentando desemprego estrutural na categoria
matrícula que não funciona”, declara a coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/ MG), Denise Romano.
Calendário e deliberações
Após o início da greve, a categoria planeja uma movimentação nas escolas nos dias 13 e 14 de fevereiro e um bloco/protesto no carnaval. Atualmente, os professores do estado de Minas Gerais recebem R$ 1.982,54. A categoria luta pelo piso de R$ 2.886,24.
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BRASIL
5 Lula Marques
Educação ficou fora da pauta de Bolsonaro no Congresso AGENDA 2020 Fundeb nasceu com previsão de duração até 2020 e tem o objetivo de canalizar recursos para a educação básica Lula Marques
Cristiane Sampaio, de Brasília (DF)
A
ausência de pautas da área da educação na lista de prioridades apresentada na segunda (3) pelo governo Bolsonaro e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), teve repercussão negativa entre parlamentares. Para a coordenadora da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, deputada Margarida Salomão (PT), a exclusão das demandas do campo não surpreende, mas merece atenção. “A pauta da educação não existe para o governo Bolsonaro, a não ser como campo de guerra. Se existisse como política pública, em primeiro lugar, eles estariam empenhados na aprovação do Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica]. Isso, aliás, é uma emergência. O
Pautas prioritárias deste ano do governo penalizam áreas sociais fato de o Fundeb não ter sido enumerado como prioridade é um escândalo”, criticou. Criado por uma emenda constitucional em 2006, o fundo nasceu com previsão de duração até 2020 e tem o objetivo de canalizar recursos para a educação básica, que engloba os ensinos infantil, fundamental e médio. No ano passado, 65% da verba investida em escolas públicas do país vieram do Fundeb. Foram, ao todo, R$ 156 bilhões. Caso não seja aprovada, até 31 de dezembro deste ano, uma proposta de continuidade do financiamento, a tendência é que a área viva uma asfixia mais violenta a partir de 2021.
Na pauta prioritária apresentada na segunda, durante abertura do ano legislativo, Maia e o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, destacaram a primazia que será dada pelos dois poderes à reforma tributária e às pautas de enxugamento do Estado. Essas últimas se distribuem entre propostas de redução de salários e jornada de servidores, privatizações e outras medidas. Paralelamente, tramitam no Congresso pelo menos três medidas que buscam renovar o Fundeb, mas as propostas empacam nos planos do governo de prosseguir com o ajuste fiscal, que penaliza em especial as áreas sociais. Prioridade maior para 2020, a reforma tributária também é vista como um empecilho a mais na luta pelo fundo, que é mantido por meio da arrecadação de impostos.
Parlamentares de nove partidos pedem impeachment de ministro da Educação Um grupo de 25 parlamentares protocolou, no final da tarde de quarta (5), um pedido de impeachment do ministro da Educação, Abraham Weintraub, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa acontece após os erros no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e uma sequência de problemas no Ministério da Educação (MEC). Do ponto de vista jurídico, os parlamentares apontam que o ministro teria infringido os princípios da impessoalidade, eficiência e transparência, previstos no artigo 37 da Constituição Federal. Além disso, afirmam que as falhas no Enem fo-
ram marcadas pela falta de transparência quando o MEC alterou, em diferentes momentos, dados sobre erros nas provas. No que se refere à questão da impessoalidade, os deputados e senadores envolvidos na denúncia apontam o caso em que Weintraub atendeu individualmente à reivindicação de um seguidor nas redes sociais. “O ministro não apenas não está à altura da estatura do cargo como comete crimes de responsabilidade contra a administração pública e a educação pública, portanto, é passível a um impeachment”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT).
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MINAS
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
O 1% mais rico no Brasil tem o governo ideal
DESEMPREGO Representantes dos grandes capitalistas e do capital financeiro não têm o que reclamar do governo Bolsonaro Reprodução
1,7 milhão de famílias estão na fila de espera do Bolsa Família
José Álvaro de Lima Cardoso*
S
egundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia de janeiro, 41,1% da força de trabalho, 38,4 mi-
A taxa média de desocupação ficou em 11,9% no ano passado, o que representa 12,6 milhões de pessoas desocupadas no país. Para efeito de comparação, em 2014, eram 6,8 milhões de desempregados. Segundo o IBGE, das 1,8 milhão de vagas criadas, 446 mil foram de trabalhadores sem carteira assinada e 958
PNAD, 27,6 milhões de pessoas em 2019. Número 80% acima do indicador verificado em 2014, quando era de 15,4 milhões. O número de trabalhadores por conta própria também foi o maior nível da série, alcançando 24,2 milhões. Dentre esses, quase 19,3 milhões não têm registro formal. É evidente que esses trabalhadores se
Desemprego de 2005 a 2019 (média anual)
12,8 12,6
11,4 9,8
11,9
10,8
9,9 9,3 7,8
8,1 6,9
6,7 6
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Lula
5,5
5,4
4,8
2012 2013 2014 2015 2016 Dilma
2017 2018 2019 Temer
Bolsonaro
Além do desemprego (gráfico acima), 41,1% da força de trabalho, 38,4 milhões de pessoas, se encontram na informalidade
lhões de pessoas, se encontram na informalidade. O informais são os trabalhadores sem carteira assinada, empregadores sem CNPJ, pessoas que atuam por conta própria sem CNPJ e ainda os trabalhadores familiares auxiliares (estes, sem remuneração).
mil são de ocupações de trabalhadores por conta própria (dentre os quais 586 mil não têm CNPJ). A população subutilizada na força de trabalho (trabalhadores desocupados e subocupados por insuficiência de horas trabalhadas) atingiu o maior número da série histórica da
tornaram conta própria não por opção, mas pela disparada do desemprego. A política do golpe a partir de 2016 foi desenvolvida exatamente para esse tipo de resultado. Em 2014, ano em que a taxa de desemprego atingiu o menor percentual da série histórica, se ouvia nas mesas
de negociações salarial, que não havia mão-de-obra disponível, que estava impossível contratar trabalhadores. Tivemos, assim, uma experiência prática da importância para os capitalistas de gerar desemprego, para fazer o trabalhador baixar a cabeça e desarmar a organização sindical. É óbvio que destruir a Previdência, desmontar os sindicatos, vender as riquezas naturais e todas as estatais, não faz com que o emprego retornar. Após dois anos da mais grave recessão da história do Brasil (2015 e 2016), a economia patina em torno de 1% de crescimento, o que fez piorar muito todos os indicadores do mercado de trabalho. Esta não é uma crise “comum”, ligada aos ciclos capitalistas, de crescimento, estabilização e queda, como sucedia até a década de 1970. A magnitude da crise brasileira é decorrência de um processo golpista, coordenado pelos EUA, com caráter subcontinental, e que devastou deliberadamente setores fundamentais da economia brasileira, como o de construção pesada e o de óleo e gás. O centro da política governamental é completamente contra os interesses da maioria. Hoje 1,7 milhão de famílias, equivalente a cerca de 5 milhões de pessoas, estão na fila de espera do Bolsa Família, apesar de preencherem todos os critérios para receber o be-
nefício. Isso para um benefício concedido a pessoas que estão passando fome. A política de Bolsonaro/Guedes não é apenas ineficaz para o crescimento, é de enorme crueldade. O Brasil se prepara para sair do ranking dos dez maiores países industriais do mundo. No ano passado, a indústria, que já representava apenas cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), sofreu novo recuo. Ao mesmo tempo, o Santander divulga lucro em 2019 de R$ 14,5 bilhões. A economia cresceu 1% e a indústria recuou, mas o banco aumentou o lucro em 17% e inaugurou 45 novas agências. Enquanto isso, os bancos públicos são rapidamente desmontados. O Banco do Brasil fechou 463 agências e diminuiu o número de funcioná-
Centro da política governamental é contra os interesses da maioria rios em 3.360, entre setembro de 2018 e setembro de 2019. No mesmo período, a Caixa Econômica fechou 46 agências e reduziu o número de empregados em 1341. Os representantes dos grandes capitalistas e do capital financeiro, o 1% mais rico da população, apoiam a política econômica com inteira razão. Eles não têm o que reclamar do governo. *Economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Markus Spiske
ESPECIAL
Minas Gerais
MG
Belo Horizonte, fevereiro de 2020 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita
Caos na Educação de Minas
Eu tô num ódio... minha filha ficou aguardando a segunda chamada q demorou a sair. E a hora que saiu foi pra escola q nem estava nas opções q eu coloquei. Se vocês iam jogar os alunos onde quisessem, pq tinha a opção da colocar as preferências? Joelma Santana
stá opulação e p a d e d ta so Me ada com is rm fo n o c in ellos Silvia Barc
os pais é or conta d p e in -l n o rrando Cadastro rno empu e v o g o z e v adão mais uma ima do cid c ra p s e õ aç suas obrig veira Alvaro Oli
do para foi envia o lh fi u ianças O me ola de cr tem c s e a m u nem tes e ele ciência deficien defi
Menezes Adriano
...O da minha filha saiu pra outra cidade. Gente, como vou levar ela? esse povo tá ficando doido? Otávio Moreira
Já estou vendo a confusão que vai ser na porta das escolas dia 10! Naiara de Fátima
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ESPECIAL
Belo Horizonte, fevereiro de 2020
Início das aulas em Minas é marcado por insatisfação e caos nas matrículas CONFUSÃO Sistema online do governo Zema pode ser responsável pela diminuição de 13% das inscrições em escolas estaduais Divulgação / Sind-UTE /MG
minhados para escolas que não escolheram. O mais preocupante é que outras mães e pais relatam que ainda não conseguiram a confirmação da matrícula dos filhos, mesmo inscritos na página.
Matrícula online também prejudicou professoras
Rafaella Dotta
N
o primeiro ano em que o governo de Romeu Zema (Partido Novo) realiza as matrículas de alunos nas escolas estaduais, o resultado está sendo de enorme insatisfação. A página da Secretaria de Educação de Minas Gerais e recepções de escolas estão cheias de mães e pais reclamando do sistema online implantado para a matrícula. Estima-se, inclusive, que muitos estudantes fiquem fora das salas de aula por causa da burocracia. O caos no sistema de matrículas teve início em novembro do ano passado, quando a Secretaria de Educação de Minas Gerais determinou que todos os alunos se cadastrassem em uma página na internet. Nos anos anteriores, os estudantes frequentes eram matriculados de forma automática, enquanto os novos alunos, que vêm de outra escola
ou começam a estudar, eram inscritos na própria escola. No novo sistema, antigos alunos foram inseridos no site por suas escolas, enquanto os novos alunos precisaram ser inscritos por suas mães e pais, o que gerou inúmeras dificuldades. Em resposta à reportagem, o governo estadual afirmou que até o momento inscreveu 1.627.000 estudantes. A quantia é 13% menor que 2019, em que o estado teve 1.860.000 alunos matriculados, de acordo com o Censo Escolar. Isso fortalece a preocupação de especialistas, que apontavam a possibilidade de evasão escolar.
98 mil estudantes foram encaminhados para escolas que não escolheram
Diversos erros A Secretaria alega que a inscrição online traria maior transparência à distribuição das vagas. Porém, na divulgação da primeira lista de inscritos, em 18 de janeiro, começou a aparecer uma série de erros que contrariam o que a Secretaria afirma. “Meu filho tem 15 anos e foi inscrito no turno da noite. Ele não vai estudar à noite”, diz uma mãe. “Meu filho foi inscrito numa escola para alunos portadores de deficiência, mas ele não tem deficiência”, reclama um pai. “Moro na rua de uma escola, mas meu filho foi colocado em uma escola a 21 km daqui”, diz outra mãe. A reclamação mais comum foi de que mães e pais escolheram uma escola (na página era possível escolher primeira, segunda e terceira opção), mas seus filhos foram mandados para escolas diferentes e, muitas vezes, bem distantes. Em notícia divulgada na sua página, a secretaria admitiu que 98 mil estudantes foram enca-
Como o sistema cadastrou um número de alunos menor que o real, a Secretaria de Educação está contratando profissionais para atender apenas esse número de alunos. “Tudo isso impacta numa desordem da escola, que não sabe quantos alunos vai ter”, e também no desemprego de professores, serviços gerais e cargos administrativos, diz a professora de história de Vespasiano Rafaela Moraes.
35% dos mineiros não tem acesso à internet
Segundo a pesquisa de 2018 (Pnad C), mais de 6 milhões de pessoas em Minas não têm acesso à internet. Para os alunos de escolas rurais, a falta de acesso à internet foi uma barreira para a matrícula, que só poderia ser online.
Janeiro teve protestos em todo o estado Diversas comarcas do Ministério Público receberam protocolos de denúncia contra o governo estadual. A orientação partiu do Sind-UTE/MG e enfatizava que o governo estaria colocando “obstáculos ao direito social à educação”, além de retirar dos pais a autonomia de escolherem a escola em que os filhos estudarão, contribuindo para a infrequência dos alunos. Esses “obstáculos”, segundo Denise Romano, coordenadora do Sind-UTE/ MG, fazem com que mães e pais busquem escolas municipais para matricular seus filhos, pois não conseguiram resposta afirmativa na rede estadual. Assim, o Estado estaria contrariando o artigo 208 da Constituição Federal, que diz que é seu dever fornecer educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade. Em Governador Valadares, o ato de entrega dos protocolos de denúncia aconteceu em 20 de janeiro; em Unaí, em 21; em Betim, em 22 e em Ipatinga, em 24 de janeiro. “Estamos percebendo agora a materialização do processo de municipalização”, alertou o Sind-UTE Ipatinga em nota. Já em Mariana, a população protestou, em 16 de janeiro, contra o fim do 1º ano do ensino médio na Escola Estadual João Ramos, uma orientação do Plano de Atendimento da Secretaria de Educação de MG, que determina o fechamento de diversas turmas de 1º ano (para crianças de 6 anos). Em Nova Lima, em 20 de janeiro, a população realizou ato público contra o processo de municipalização do ensino fundamental II (do 6º ao 9º ano) previsto para todas as escolas estaduais da cidade.
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ESPECIAL
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O que está acontecendo com a educação em MG? ERRO
FUSÃO DE TURMAS Em agosto, o governo Zema realizou uma “reorganização” que fechou turmas do ensino médio e fundamental em mais de 200 escolas de Minas. A fusão causou superlotação e demissões de professores.
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GOVERNO NÃO AUTORIZOU NOVAS TURMAS A Secretaria de Educação de MG fez um Plano de Atendimento, em outubro de 2019, que não autorizava a abertura de novas turmas de 1º ano do fundamental (para crianças de 6 anos). Isso forçou pais a matricularem seus filhos na rede municipal. Em alguns lugares, o governo chegou a municipalizar a escola.
EVASÃO ESCOLAR A burocracia criada pelo governo Zema tende a diminuir o número de alunos nas escolas. Até o momento, a secretaria matriculou 233 mil estudantes a menos que em 2019.
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A Secretaria de Educação de MG mudou a forma de matrícula nas escolas estaduais para 2020. Os alunos ingressantes (que estão entrando na escola) precisaram fazer a matrícula unicamente pela internet. As reclamações são muitas (ver capa).
PROFESSORES DESEMPREGADOS Com a redução do número de turmas, diminuiu também o número de cargos para professores, auxiliares de educação básica, diretores e vice-diretores na rede estadual. O SindUTE-MG afirma que em 2019 já houve grande diminuição de designações (empregos temporários).
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MATRÍCULAS ONLINE
MENOS DINHEIRO NA EDUCAÇÃO Professores e especialistas afirmam que esse é o principal motivo por trás de toda a burocracia e reorganização que o governo Zema realizou. Menos alunos matriculados é igual a menos dinheiro para ser investido na educação.
Menos alunos para reduzir gastos do Estado As novas diretrizes implantadas pelo governo do estado podem resultar em uma diminuição dos alunos nas escolas estaduais. Essa possível diminuição é um “erro do sistema” ou é um projeto? Para Denise Romano, coordenadora do Sind-UTE/MG, esta atitude é parte de um projeto do governo Zema para diminuir gastos com a educação. O plano de atendimento (de outubro) e a fusão de turmas (feita em agosto) tiveram o objetivo claro de reduzir as vagas e as classes nas escolas estaduais. O sistema de matrícula online, na opinião de Denise, fez isso excluindo famílias mais pobres. “Vamos imaginar uma família que não tem condições de arcar com o transporte. Qual vai ser a opção dessa família? O estudante vai sair da escola e entrar num subemprego”, alerta. Denise analisa ainda que, a longo prazo, a intenção do governo seria entregar as escolas a empresas – a privatização da educação. Em seu programa de governo, Romeu Zema já afirmava o objetivo de realizar Parcerias Público-Privadas para empresas gerenciarem estabelecimentos escolares, o que diminuiria o gasto do Estado e aumentaria o gasto das famílias com edu-
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Belo Horizonte, fevereiro de 2020 Isis Medeiros /Sind-UTE/MG
Sindicato afirma que governo não cumpriu investimento em educação em 2019 PISO mas Minas paga R$ 1.982,54 Pedro Gontijo / Imprensa MG
“Balanço das despesas com educação é maquiagem contábil, afirmam professoras
Wallace Oliveira
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Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) divulgou no dia 31 de janeiro um balanço de 2019 (disponível na página: fazenda.mg.gov.br/governo). De acordo com o documento, no último ano, o governo de Minas teria investido 25,35% na Educação (R$ 13,34 bilhões), ultrapassando os 25% exigidos pela Constituição. Dados da SEF mostram que essa média só teria sido alcançada no último bimestre, já que, até outubro, o governo investia apenas 18,42%. De fato, nos últimos meses do ano, costuma-se gastar mais, pois o Estado tem despesas com 13º e restos a pagar. Entretanto, em novembro e dezembro de 2019, o governo a rma ter investido R$ 5,33 bilhões, isto é, mais que o triplo do que foi gasto no bi-
mestre anterior (R$ 1,69 bilhões). Essa discrepância nos dados levou o Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de Minas Gerais (Sind-UTE /MG) a questionar o balanço do governo. “Não há jus cativa para dizer que triplicou o investimento em educação em novembro e dezembro, sendo que não houve pagamento integral do 13º e tampouco o cumprimento da Lei do Piso salarial. Como, em um passe de mágica, o investimento bate a casa dos 25% em dezembro?”, argumenta a professora Denise Romano, coordenadora-geral do Sind-
Até outubro, governo investia apenas 18,42%, ao invés dos 25% obrigatórios
-UTE. Ela cita como exemplos os anos de 2013 a 2017. Nesse período, o mínimo constitucional não foi atingido e não houve um atraso tão grande no 13º, mas a diferença entre o último e o penúltimo bimestres nunca foi maior que R$ 3,6 bilhões. A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) também acredita que o balanço do governo Zema (Novo) seja uma maquiagem contábil. “Tivemos problemas estruturais com fusão de turmas, diminuição de vagas na educação integral, o programa de educação pro ssional ou paralisado. Quando chega o do ano, ele precisa mostrar os 25%. Então, ele empenha despesas para chegar aos 25%, além do que há uma sub área em que ele colocou muitos recursos [intitulada ‘Outras’]. Temos que questionar quais seriam essas outras atividades”, comenta.
Greve em defesa da escola pública e do piso salarial O pagamento do Piso Salarial Pr ssional é uma das reivindicações centrais da greve da educação pública mineira, prevista para começar na próxima terça-feira (11). A luta para que o governo de Minas cumpra a legislação e pague o piso aos professores e professoras já dura 12 anos. De acordo com a Lei estadual 21.710/2015, os pr ssionais do magistério público da educação básica com carga horária de 24 horas semanais devem receber o piso nacional, que atualmente está xado em R$ 2.886,24. Minas Gerais paga apenas 2.135,64. Após a assembleia que deagrou a greve, na quarta-feira (5), o governo disse à imprensa que já está pagando mais que o piso, proporcionalmente à carga horária, e que, em uma jornada de 40 horas, o vencimento básico da categoria em Minas seria de R$ 3.304,23. O Sind-UTE contesta essa rmação. “Isso era um argumento que o governo do PSDB utilizava. Hoje, a lei 21.710, de 2015, já garante o piso para a jornada praticada em Minas Gerais, que é de 24 horas semanais. Então, isso revela um desconhecimento da própria legislação estadual por parte do governo”, pontua Denise. 13º salário Os professores também se
queixam dos atrasos no 13º salário. Mais de 40% da categoria terminou o ano de 2019 sem receber esse direito. Em 7 de fevereiro, inteirou um ano que foi protocolada a Proposta de Emenda à Constituição PEC número 02/2019, de autoria da deputada Beatriz Cerqueria e outros 33 parlamentares. A PEC prevê que os pagamentos dos servidores civis e militares sejam efetuados até o quinto dia útil de cada mês e que o 13º seja pago até 20 de dezembro. A matéria está pa-
Luta por piso dura 12 anos rada na Comissão de Constituição e Justiça e em uma comissão especial. “O governo do estado opera de modo que as agendas que não interesaqui sam a ele não na Assembleia Legislativa. Se tivéssemos votado a PEC em 2019, não teríamos enfrentado o problema dos atrasos no nal do ano em relação ao 13º. Periodicamente, o governo vai fazer uma chantagem, dizendo que precisa vender alguma coisa para pagar 13º”, ma Beatriz, referindo-se à antecipação das receitas do nióbio feita pelo Estado em 2019.
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
Articulação mundial prepara ações contra imperialismo
José Eduardo Bernardes/ BdF
O ano de 2019 foi marcado pelo acirramento da luta de classes internacional, materializada na repressão às manifestações, ataques à democracia, instabilidade geopolítica e resistência popular. Contra as ofensivas que continuam a ecoar em 2020, a Assembleia Internacional dos Povos (AIP) - uma articulação internacional de movimentos populares, partidos de esquerda e sindicatos - está organizando uma jornada anti-imperialista, que acontecerá entre os dias 25 a 30 de maio em diversos países. O ob-
jetivo é realizar uma semana de mobilização popular por meio de atos, debates e con-
ferências que tenham como eixo a crítica atual ao capitalismo.
MUNDO
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Como o socialismo chinês está derrotando o surto de coronavírus O coronavírus oferece uma oportunidade de entender a economia política da China: uma economia que se empenha para evitar que os interesses do capital privado ditem a política contra os interesses do povo. A mobilização massiva das estatais do país para combater o coronavírus - incluindo a construção de dois hospitais novos em Wuhan no período de dez dias, a produção e distribuição ágil de suprimentos médicos, a garantia de acesso universal e gratuito
a atendimento médico e a mobilização em massa de trabalhadores da saúde pública- são uma demonstração da economia política socialista do país no cenário global. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enaltece: “o governo chinês deve ser parabenizado pelas medidas extraordinárias adotadas para conter o surto, apesar do impacto econômico e social grave dessas medidas sobre a população chinesa”.
A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e toda a base CUTista no Estado se solidarizam com o movimento nacional das petroleiras e dos petroleiros de todo o país, com educadoras e educadores da rede estadual de Minas Gerais e com trabalhadoras e trabalhadores dos Correios. Parabenizam lutadoras e lutadores da Empresa Nacional de Tecnologia e Informações (Dataprev) e, também, rea�rmam apoio incondicional às reivindicações, mobilizações e movimentos de servidoras e servidores da saúde, trabalhadoras e trabalhadores da Copasa e da Cemig, que vêm sofrendo ataques do governo de Romeu Zema em Minas Gerais, cujo projeto em execução é de sucateamento e desvalorização da educação e da saúde e de privatização dos serviços públicos e das empresas etatais. Petroleiras e petroleiros de�agraram greve por tempo indeterminado em protesto contra demissões e pelo emprego. As atividades nas unidades da Petrobras foram paralisadas em protesto contra a demissão em massa e sem negociação de mil trabalhadoras e trabalhadores, efetivos e terceirizados, da Araucária Nitrogenados (FAFEN-PR). A decisão do fechamento da fábrica, pela gestão da empresa sob o governo de Jair Bolsonaro, é mais um dos ataques, que vêm sendo feitos, progressivamente, aos direitos e às conquistas da classe trabalhadora. Educadoras e educadores de Minas Gerais aprovaram greve por tempo indeterminado a partir de 11 de fevereiro. A categoria reivindica pagamento do Piso Salarial Pro�ssional Nacional, do 13° salário de 2019 e lutam contra a política de desemprego, o sistema de pré-matrículas online e a remoção de pessoal. Trabalhadoras e trabalhadores dos Correios entram em greve nacional no dia 12 de fevereiro. Eles lutam contra a privatização e também por pautas especí�cas, como a manutenção dos direitos da categoria. Servidoras e servidores da Dataprev conquistaram, após 14 dias de greve nacional, a suspensão de 493 demissões anunciadas pelo governo de Jair Bolsonaro como parte de um plano de fechamento de 20 unidades e do processo de privatização da estatal, a abertura das negociações e o não desconto dos dias parados.
O momento é de UNIR FORÇAS E LUTAR contra o sucateamento, as demissões e a posterior privatização.
As greves na Petrobras, na Dataprev, na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e de educadoras e educadores de Minas Gerais são ações de luta e resistência, que contam com o apoio de todas as categorias, numa unidade da classe trabalhadora para barrar o retrocesso, as demissões, o sucateamento dos serviços públicos, das empresas públicas e das estatais, o desrespeito e retirada dos direitos de trabalhadoras e trabalhadores que fazem parte de um projeto ultraliberal de privatizações e dilapidação da soberania e do patrimônio do povo brasileiro.
NOVA SEDE: Rua Pedro Carvalho Mendes, 70 Bairro Colégio Batista -Belo Horizonte-MG
VARIEDADES
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
www.malvados.com.br
PÃO DE MANDIOCA Reprodução
Preencha os espaços vazios com algarismos de 1 a 9. Os algarismos não podem se repetir nas linhas verticais e horizontais, nem nos quadrados menores (3x3). www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
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Ingredientes • • • • • •
200g de mandioca cozida (deixe ficar bem macia) 50g de polvilho doce 50g de polvilho azedo 4 colheres de sopa de azeite 1 colher de chá de sal 1 colher de sopa de chia e/ou 1 colher de chá de orégano (opcional)
Modo de preparo 1. Aqueça o forno (200 graus); 2. Amasse a mandioca usando um espremedor de batata (retire o pavio antes de espremer); 3. Junte os outros ingredientes e amasse bem com as mãos. Dependendo da umidade da mandioca (algumas são bem secas e firmes, outras mais moles) você pode precisar de um pouco mais de polvilho (acrescente uma colher de sopa rasa por vez); 4. A massa deve despregar das mãos, sem grudar (fica parecendo massinha de modelar). Retire pequenas porções de massa e enrole entre as mãos, formando bolinhas. 5. Disponha as bolinhas de massa em uma assadeira (não precisa untar nem enfarinhar) e coloque no forno pré-aquecido; 6. Asse até ficar levemente dourado, aproximadamente 20 minutos; 7. Rende 30 pãezinhos pequenos. Lembre-se que se fizer bolinhas maiores o tempo no forno será mais longo.
Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
13 VARIEDADES 15
AMIGA DA SAÚDE
CIÊNCIA, COISA BOA!
Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Unico de Saúde I Coren MG 159621
O QUE É O CORONAVÍRUS? Center of Disease Control
Amiga da Saúde, tem alguma chance de o homem ficar impotente por causa da vasectomia? Valentina Santos, 29 anos, do lar.
É ele a atual “celebridade da vez” a infestar todos os noticiários! (Eita… Foi mal pelo trocadilho ruim.) Mas, falando sério, já reparou como de tempos em tempos uma doença toma conta da mídia? Durante dias só se ouve falar dela. Até que, aos poucos, o interesse Nos vírus as diminui e ninguém mais toca no assunto. Geralmutações mente, tudo acompanhado de bastante sensaocorrem cionalismo e paranoia. Na era das fake news é sempre bom se atencom grande tar. Busque se informar POR veículos de conrapidez, o que fiança, como o Brasil de Fato. E não acredite logo gera novas de cara naquele vídeo ou texto que recebeu pelo variedades Whatsapp. Os vírus são os seres mais simples, antigos e numerosos que existem. São formados por um pedacinho de DNA ou RNA que fica protegido por uma cápsula de proteína. São minúsculos. Para se ter uma ideia, um vírus é em média dez vezes menor do que uma bactéria, que já é algo super pequeno. Mas podem causar estragos grandes em um organismo complexo como o nosso. Isso porque eles invadem nossas células e as forçam a produzir novos vírus, o que pode levar à morte da célula. Os Coronavírus são um grupo desses seres com o formato esférico visto na fotografia acima e RNA em seu interior. São conhecidos desde a década de 1960 e responsáveis por doenças como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS). Contudo, como neles as mutações ocorrem com grande rapidez, é comum que de vez em quando surja uma nova variedade, como a que eclodiu agora na China e que recebeu o apelido de nCoV-2019. Esse tipo de vírus é transmitido por contato direto com as vias respiratórias ou olhos. Isso pode se dar pelo ar, pelas mãos ou por algum objeto contaminado. Seus sintomas são semelhantes aoS da gripe: febre, tosse e dificuldade de respirar. Podem evoluir para uma pneumonia, o que traz risco de morte. Após a infecção, pode ficar incubado durante duas semanas, tempo que demora para o aparecimento dos sintomas. Assim como os demais vírus, quem vai combatê-lo e eliminá-lo do organismo é o sistema imunológico. Por isso, é importantíssimo repouso, boa alimentação e bastante água. Após alguns dias, provavelmente a infecção terá sido controlada e os sintomas desaparecerão. O nCoV-2019 não parece ter taxas de proliferação e mortalidade tão diferentes das da gripe comum. Até o momento, foram confirmadas pouco mais de 500 mortes na China. A doença é mais perigosa para crianças, idosos e pessoas com a imunidade debilitada. O Brasil, por não possuir fluxo de turistas tão grande para o país asiático, não está classificado como área de risco para a doença até o momento. Um abraço e até a próxima! Renan Santos é professor de biologia da rede estadual de Minas Gerais
Cara Valentina, a vasectomia não oferece nenhum risco de erro que possa provocar impotência sexual. Esse é um mito que não tem base científica, porque os vasos e nervos envolvidos na ereção não ficam perto do local a ser operado. A única possível interferência da vasectomia na ereção está relacionada ao medo do homem de brochar, o que poderia deixá-lo tenso, sem conseguir ficar excitado na primeira tentativa. A vasectomia é um procedimento simples e rápido e está disponível no SUS. Além disso, oferece menos risco que a laqueadura (outra opção para método definitivo, feito na mulher), por isso é tão importante vencer esses preconceitos.
Mande sua dúvida para amigadasaude@brasildefato.com.br
FIQUE
BEM COMA BEM Uma dieta rica em nutrientes é capaz de melhorar a saúde, aumentar a disposição diária e atuar no bom funcionamento do organismo. Portanto, aposte em legumes, frutas e verduras e evite industrializados! Se no rótulo existe alguma substância que você não sabe o que é, desconfie. Junto com os vegetais, o arroz com feijão é uma combinação perfeita que garante vitaminas, fibras, proteínas e sais minerais. Para quem quiser consumir menos carne, ora-pro-nóbis é uma planta riquíssima em proteína e ferro. Outros vegetais verde-escuro, como espinafre, couve e serralha não podem faltar, porque possuem muito ferro e previnem anemia. Invista também em uma maior diversidade de grãos, como lentilha, ervilha, grão-de-bico e quinoa. E fique bem! *Janaína Cristina escreve sobre dicas de bem-estar e autocuidado. ANÚNCIO
AMPLIFIQUE A SUA VOZ! VEJA 5 MOTIVOS PARA VOCÊ, SERVIDOR MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE, SE FILIAR AO SINDIBEL ESTE ANO: Acesso a serviços jurídicos para conhecer e defender os seus direitos. Direito de votar e ser votado nas eleições da diretoria do Sindicato. Receber de volta a parte do “imposto sindical” obrigatório. O sindicato negocia duramente para que o trabalhador tenha os melhores reajustes sobre o salário, tíquetes e benefícios. Descontos nos convênios que o Sindicato possui com universidades, clínicas, óticas, clubes, escolas de línguas etc.
SINDICALIZE-SE!
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Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
Alpendre
mudanças
após 11 anos vivendo em Brasília, estou de mudança, ou volta, para Minas. contando a mudança da família de minha São Paulo natal para a mineira Três Pontas, passando pelas mudanças de repúblicas e casas em que morei sozinho em BH, a mudança para o Rio, depois para Brasília, já são 25 mudanças em 35 anos, provando que não se é neto de nômades libaneses impunemente...
gosto de mudança, do que significa, do que promete, mas detesto o ato/verbo que a promove e efetiva, mudar, e não à toa mudança é substantivo abstrato. tenho zanga de tudo que interrompe minha rotina de brincar, o que inclui meu ofício, pois serviço de escritor e jornalista é brincar com as palavras, o que, como acontece com toda criança brincando, é assunto muito sério.
nunca fui rico, tampouco consumista, então nunca tive muita coisa para embalar e transportar, mas, confesso, sou meio obsessivo com organização, então tudo meu obedece a métodos, cuidados, e isso, se me satisfaz por um lado, de ter e ver as coisinhas em seus lugares, exaure por outro, caso das mudanças, e já foram tantas, como disse, que acabei por criar, primeiro, uma cultura não só de consumo criterioso do banal (objetos decorativos, utensílios etc), como também, e mais importante, a cultura do desapego, e, por fim, um método para organizar minhas mudanças, o qual apresentarei a seguir, estimando tenha serventia para mais alguém. separo a distribuição do que tenho em três conceitos: úteis, indispensáveis, inúteis, e, força do ofício, respeito integralmente os significados das palavras, dos quais depende o êxito da mudança sem cul-
pa, apego, arrependimento ou, pior, sem erro de cálculo. na embalagem dos úteis, aquilo que me é estritamente necessário como vestiário: dois ternos completos (já com camisas e gravatas), o par de sapatos para usar com ambos, um casaco, um par de botas (o outro vai nos pés), sete camisetas, sete meias, sete cuecas (uma peça de cada por dia da semana), uma bermuda, dois chapéus e, por fim, aqueles que são meus fracos: acessórios, mas seis cintos, quatro lenços, dois coletes e duas dúzias de anéis, colares, pulseiras e brincos não tomam tanto espaço. na embalagem dos indispensáveis, a mais fácil – e mais importante – de todas para organizar, eles, meus mestres, conselheiros e companheiros, os livros. ao lado dela, o carregador do meu amado gato invocado, Ziggy.
por fim, a embalagem dos inúteis, que não seguirá na mudança, que será dada a alguém, para reaproveitamento, venda ou sei lá o quê. nesta, trambolhos domésticos, brindes corporativos e presentes cujo valor afetivo tornou-se inversamente proporcional ao tamanho da decepção provocada por quem nos deu os mesmos. saldo físico de minha próxima mudança: uma mala grande, uma mochila, duas caixas e o carregador do gato. saldo existencial: quanto menor o volume de coisas, maior a prova do aprendizado prático de que precisamos de muito pouco para sobreviver, deixando para a mente e o coração o transporte do muito já vivido, com espaço para o muito que há para se viver. na próxima, quem sabe, evoluirei para apenas uma mochila e o gato. Z Carota
Roteiro
CORTEJO PELO PARQUE
ARTE CONTRA A BARBÁRIE
BLOCO PISA LIGEIRO
O bloco Parque JA e “O grande bloco do encontro” se encontram no domingo (9) para um cortejo em defesa da única área verde do Bairro Jardim América. Além do batuque, haverá trocas de afeto, boas energias e sons de violeiros, cantadores e sertanejos. A atividade é gratuita e está agendada para 9h. O endereço é Praça Apa, na Rua Lindolfo de Azevedo, s/n, no bairro Jardim América em BH.
Entre os dias 11 e 18 de fevereiro, um movimento artístico e cultural acontece em BH contra o fascismo, o desmonte da cultura e em defesa da educação e da liberdade de expressão. Inspirado na Semana de Arte Moderna de 1922, diversos artistas vão ocupar a cidade em um grande manifesto. A abertura acontece no dia 11, terça-feira, na Praça Sete, às 17h. Mais informações em @ artecontrabarbariebh
A bateria camponesa do carnaval de BH, fruto da escola de artes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), tem cortejo marcado para domingo (16). Com parceria com os blocos Tambolelê e Du seu pai e filhas de Gaby, o evento conta com a presença de Titane, Sérgio Pererê, Pereira da Viola, Paulo Santos e Luci Lobato. A concentração começa às 12h no Armazém do Campo, na avenida Augusto de Lima, 2136, no Barro Preto.
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Personagem da semana
PAPO ESPORTIVO
ESPORTE
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Formar para o Brasil ou exportar pé na geral de obra?
Carlos Gregório Jr. / Vasco
Twitter Oficial /São Paulo
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ineira de Lagoa da Prata, região Centro-Oeste de Minas, a triplista Núbia Soares venceu a competição de salto triplo feminino da Copa Iberdola, disputada em Valência (Espanha),
na geral
no dia 1º. Defendendo o Barcelona, Núbia saltou 13,54m. A brasileira passou o segundo semestre de 2019 fora da competição, enquanto tratava uma lesão no tendão de Aquiles. A atleta, de 23 anos,
iniciou sua carreira em 2013 e, desde então, tem acumulado importantes marcas no atletismo, como o título do Campeonato Sul-Americano, em 2017, no Paraguai, entre outros.
Halterofilismo: Brasil disputa Copa do Mundo na Nigéria
Ivo Felipe /CPB
Termina nesta sexta-feira (7) a etapa da Copa do Mundo de Halterofilismo de Abu (Nigéria). O Brasil começou bem a competição, subindo ao pódio três vezes. A mineira Lara Aparecida garantiu a prata na
categoria até 41 kg, erguendo 76 kg; o paulista Bruno Carra também foi vice-campeão, só que na categoria até 54 kg, erguendo 165 kg na barra. O potiguar João Maria Júnior subiu ao topo do pódio, garantindo o
ouro até 49 kg, levantando 145 kg. As próximas etapas da Copa do Mundo acontecem em Manchester (Inglaterra), de 20 a 23 de fevereiro, e Bogotá (Colômbia), de 19 a 22 de março. ANÚNCIO
Leonardus Saraiva
Léo Calixto O Brasil é país de destaque na formação de novos atletas dentro do cenário futebolístico mundial. Sempre formamos muito em qualidade e quantidade, devido a nossas características históricas, territoriais, sociais e políticas. Durante anos, essa verdade foi guia para as entidades responsáveis em gerir o futebol masculino brasileiro, para que não investissem na criação de um plano de desenvolvimento do esporte bretão. A Copa São Paulo de Futebol Junior, por exemplo, abre o calendário esportivo do futebol masculino brasileiro há 51 anos. Desde então, a Copinha tem papel fundamental no processo de captação de novos atletas, principalmente para os grandes clubes brasileiros. São olheiros, analistas, empresários de jogadores, donos de empresas que acompanham a competição todos os anos, afim de realizarem investimentos para futuramente obte-
rem um lucro maior. A Copinha de 2020 acabou com o Internacional de Porto Alegre como campeão. A equipe gaúcha conquistou seu quinto título da competição e se igualou ao Fluminense como a segunda equipe que mais venceu. Por outro lado, está em sétimo lugar no ranking dos clubes que mais ofereceram oportunidades aos atletas da base no profissional entre 2015 e 2019, segundo pesquisa realizada pela Pluri Consultoria sobre as categorias de base no Brasil. Há alguns anos, observamos o aumento da movimentação que clubes estrangeiros - com ajuda de empresários dos jogadores brasileiros – fazem para levar nossos atletas cada vez mais novos ao continente europeu e, assim, controlar seu processo de formação desde cedo. A falta de um plano de desenvolvimento esportivo de base no Brasil deixou-nos à mercê de organizações preocupadas apenas em controlar o nosso futebol para que ele seja acessado por poucos e continue dando lucro para poucos.
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Belo Horizonte, 7 a 13 de fevereiro de 2020
Brasil perde para Porto Rico e se complica no Pré-Olímpico
ESPORTES
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DECLARAÇÃO DA SEMANA Divulgação Fiba
TRD-RJ
A Seleção Brasileira feminina de basquete estreou no Pré-Olímpico de Bourges, na França, nesta quinta (6). O torneio vale três vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que vão acontecer no
meio do ano. O Brasil enfrentou Porto Rico e empatou no tempo normal por 83 a 83. Na prorrogação, placar final de 91 a 89 para as porto-riquenhas. Para seguir viva no torneino, a Seleção precisa
vencer a França e a Austrália, 5ª e 2ª seleções do ranking da Fiba, e ainda torcer contra Porto Rico. O próximo desafio das brasileiras é a anfitriã França, no sábado (8), às 16h30, horário de Brasília.
Gol de placa
“O Flamengo arcou com as despesas de traslado e estadia apenas no momento do fato ocorrido, apoio psicológico só nesses dias. Afora isso, não há nada, apenas uma frieza por parte do clube com as famílias. Passaram dia das mães, dos pais, fim de ano e nenhum apoio foi dado” Arley Campos, advogado da família do goleiro Christian Esmério, morto no incêndio do CT Ninho do Urubu, e do sobrevivente Jean Salles, que salvou outros três jovens, em entrevista ao jornalista Mauro Cézar Pereira.
O jogo Coquimbo Unido x Audax Italiano, pelo campeonato chileno, foi interrompido aos 17 minutos. Torcedores entraram em campo em protesto contra o governo e a federação local. Nas faixas, lia-se “Ruas com sangue, campos sem futebol”, em referência à repressão policial contra os manifestantes.
Gol contra No fim de semana passado, árbitros advertiram, verbalmente ou com cartão amarelo, os atacantes Neymar, Tcharlles, da Inter de Limeira, e Endrick, do sub-14 do Palmeiras, por aplicarem lambretas. A justificativa? Desrespeito ao adversário.
Teste para a série B Bráulio Siffert O América evoluiu bastante desde o primeiro jogo na temporada e teve facilidade para vencer o Tupynambás e o Uberlândia, criando muitas oportunidades de gol e sendo pouco ameaçado. Contra o Santos do Amapá, pela Copa do Brasil, o time não Decacampeão foi efetivo para matar o jogo e acabou tomando um certo sufoco no final da partida, mas o importante é que garantiu a vaga na segunda fase e uma premiação de R$ 950 mil. O clássico contra o Cruzeiro no domingo (9), no Mineirão, será o primeiro grande teste da temporada. Esse teste poderá demonstrar se o elenco tem, de fato, possibilidade de enfrentar em pé de igualdade todos os times da Série B ou se precisa de mais testes e até mais contratações.
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Exclusão e antítese
Onde estava a oposição?
Rogério Hilário
Fabrício Farias
Na mídia, valoriza-se a redução de salários de jogadores, como se fosse deles a culpa e a medida acabasse com a mediocridade que reina no futebol brasileiro. Mas não se fala do desperdício de tempo que representa um camÉ Galo doido! peonato regional. E o torcedor, mesmo, é desrespeitado. Paga caro por jogos desinteressantes. Tudo bem que os estaduais pelo menos servem de vitrines para clubes sem expressão e seus jogadores. No entanto, veja o Atlético. Dois empates seguidos, atribuídos a escalações de ex-juniores e reservas, por causa da estreia na Sul-Americana, consolo da temporada passada. Se a escolha foi acertada, veremos mais à frente. Uma coisa é certa: elenco e comando não inspiram confiança.
Salve, nação! Após auditoria nas contas do cabuloso, tivemos nossa dívida aumentada em 170%. A última gestão realmente deixou o clube em frangalhos. Que Itair Machado e sua trupe poderiam fazer mal ao clube todos sabiam. a ser Negra estranho como toLaChega Bestia do o grupo político que rompeu com Wagner Pires de Sá não tenha feito nada enquanto as falcatruas aconteciam. O certo é que o Cruzeiro tem que se tornar mais transparente e democrático. Não dá para exigir apoio da torcida sem que os verdadeiros donos do clube estejam a par da situação. Domingo (9), jogamos o primeiro clássico do ano. Nossa jovem equipe tem uma boa oportunidade para seguir nesse inicio de temporada vitorioso. Saudações celestes!
31 98468-4731
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