Taca passas em tudo
Dormir com celular faz mal?
Há quem ame e há quem odeie. Quem é você no mundo das passas?
Radiação do aparelho pode provocar diversos males
CULTURA 14
VARIEDADES 12
MG Minas Gerais
Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019 • edição 310 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita
ZEMA UM ANO DE RETROCESSOS Ações em educação e saúde: redução de vagas e precarização dos serviços
Privatização de empresas públicas não resolve problema fiscal e prejudicará atendimento à população
Cultura e comunicação foram setores que sofreram nas mãos de Zema
BolsoZema Governo de Zema se parece mais com o de Bolsonaro do que com “novo”
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OPINIÃO
Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019
Opinião
Zema é o genérico de Bolsonaro João Paulo
ESPAÇO DOS LEITORES
“Sabe aqueles dados que ninguém pode divulgar? Poizé!” Mary Oak comenta a matéria “Contaminação na Bacia do Rio Doce é “perigo urgente para saúde pública”, diz estudo”, publicada no site do Brasil de Fato “Gente? Para a Elite só existe a elite, o resto é número... Brasil? A Elite só vem ao Brasil por dinheiro. Brasil não é país. O povo é apenas mão de obra, isso quando é funcionário...” Artur Rômulo Batista Henrique escreve sobre o artigo de João Paulo Cunha “Para a elite, nem toda pessoa é gente”
“A situação nos hospitais não é boa, há muito tempo, para os pobres...” M. Lúcia Lemos opina sobre a matéria “ Inspeção revela que pelo menos mil brasileiros moram em hospitais psiquiátricos”
Os nazistas não podem e não irão entregar nossas riquezas Reginaldo Conceição Anastacio comenta o especial “A riqueza do Brasil não se entrega”, encartado na edição 309
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O governo de Romeu Zema (Novo-MG) completa um ano com um misto de mentiras no varejo e retrocessos no atacado. No capítulo das mentiras, o governador comandou pessoalmente o descumprimento de várias promessas populistas de campanha. Não ia usar aviões do Estado, ia transformar o Palácio das Mangabeiras em museu da mordomia, não lançaria mão de jetons para complementar salários de secretários. Fez tudo isso e não queimou a cara, usando sempre argumentos falaciosos e comparações infantis, como é de seu feitio, para justificar seu estelionato eleitoral. No que diz respeito aos retrocessos, extinguiu vagas de tempo integral nas escolas estaduais, anunciou um projeto de privatização de empresas públicas estratégicas e transformou o governo numa caderneta de mercadinho, com obsessão pelo
Governador partilha inspiração autoritária do governo federal corte de gastos e ausência de proposição de políticas públicas capazes de gerar desenvolvimento. Alguém sabe, por exemplo, o que Zema apresenta para áreas como saúde, habitação, cultura e segurança? Um feijão-com-arroz sem feijão e sem arroz. No campo político, enfraqueceu a democracia com esvaziamento de conselhos e relação inepta com o Legislativo. Usa o pagamento do salário
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
do funcionalismo como instrumento de chantagem para seus projetos na Assembleia. Parece ter um orgulho sádico em rebaixar o estado junto à federação. Uma estratégia entreguista, imediatista e sem grandeza. Para completar, sua aliança tácita
Mentiras no varejo e retrocessos no atacado com Bolsonaro (que foi explícita e orgulhosa durante a campanha) deixa entrever que sua administração não se reduz a um projeto econômico liberalizante, ao gosto do mercado. O governador partilha da inspiração autoritária e antidemocrática do governo federal. Zema não é uma versão mais amena do presidente, mas um genérico assumido: tem a mesma formulação, mas menor preço no mercado político. O governador já relativizou o golpe de 1964, destacando “pontos positivos” da ditadura militar. Criticou a Constituição por consagrar direitos em excesso. Frente a crimes ambientais hediondos, preferiu se concentrar na retomada da atividade econômica das empresas em vez de investir numa política eficiente de fiscalização, punição exemplar e recuperação dos danos. Os mineiros têm mais três anos de Zema pela frente. É tempo a ser ocupado com a resistência e oposição consequente. Período que deve ser dedicado à construção de uma alternativa popular, socialista e democrática para o estado e para o país.
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GERAL
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Número da Semana Nossos direitos COMO POSSO MUDAR MEU NOME? A Lei de Registros Públicos, no artigo 56, permite que o interessado, após ter alcançado os 18 anos e até que complete 19, possa requerer em cartório a mudança/ correção do nome, sem a necessidade de uma ação judicial. Tal alteração não pode prejudicar sobrenomes familiares. Depois dos 19 anos, se a pessoa quiser fazer alteração em seu nome, será necessária uma ação judicial, e, para fazer o pedido, deve haver justificativa. Os motivos podem ser situações como
a exposição ao ridículo, apelidos públicos notórios (forma como a pessoa é reconhecida no meio social) ou vítimas/ testemunhas de crimes em contexto de proteção especial. É necessário levar provas das situações. As pessoas trans, de acordo com o Provimento 73/2018 do Conselho Nacional de Justiça, conseguem fazer a alteração do nome e gênero diretamente no cartório de registros de nascimento, dispensada a ação judicial.
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Foi o número de pessoas mortas pela polícia por dia no Brasil, em 2018. O dado é do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Sementinha que dá sabor e combate a gastrite
Reprodução
Jonathan Hassen é advogado popular
O cardamomo, sementinha adocicada da família do gengibre, tem diversos benefícios para a saúde. É bom para cuidar da gastrite, do mau hálito, de dor no estômago, de azia
e gases abdominais. Além disso, tem poder calmante no trato intestinal. Essa especiaria pode ser usada no café, no chá, no bolo, na salada e no tempero para marinar a carne. Alex Mertz / Divulgação
Declaração da Semana “Eu cresci em um mundo onde mulheres que se parecem comigo, com a minha pele e o meu cabelo, nunca foram consideradas bonitas. Já chegou a hora de paramos com isso”
Zozibini Tunzi, modelo sul-africana eleita a Miss Universo 2019.
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ESPECIAL
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Com Paraopeba morto, há risco de racionamento de água em BH Larissa Costa
Impacto na qualidade e quantidade da água
A
pesar das chuvas que andam caindo nas últimas semanas, a situação do abastecimento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) segue crítica e ainda há risco de racionamento para 2020. O abastecimento da RMBH é um sistema integrado que depende cerca de 70% do Rio das Velhas e 30% da bacia do Rio Paraopeba. A Companhia de Saneamento de Minas Gerais afirma que o monitoramento dos reservatórios é realizado constantemente e as atualizações são publicadas diariamente na página da empresa na internet.
Bacia atingida Desde o rompimento da barragem no Córrego do Feijão, de responsabilidade da Vale, o Paraopeba foi destruído e com ele, uma estação de captação de água da Copasa, construída a partir de 2015 para resolver a crise hídrica já existente naquela época. Em termo de compromisso assinado em julho deste ano pelo Ministério Público de Minas Gerais, Estado de Minas Gerais, Copasa, Vale e a empresa de auditoria Aecom, a mineradora assumiu custear medidas a serem implementadas para reestabelecer a captação de água do Rio Paraopeba e evitar o racionamento de água. As obras para a nova captação, 2,3 km acima do local contaminado pela lama, começaram atrasadas, foram suspensas por determinação judicial e, segundo a Copasa, foram retomadas no último dia 22. O prazo para conclusão da
obra é setembro do ano que vem. Para Luiz Paulo Siqueira, integrante do Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM), essa medida não resolverá o problema do abastecimento da região a longo prazo. Ele explica que ao longo do Rio das Velhas, como em Itabirito e Ouro Preto, existem cerca de 16 barragens de rejeito que não possuem estabilidade garantida e correm o risco de romper. Seis delas, algumas com nível máximo de alerta, são de propriedade da Vale. “Mesmo com esse diagnóstico, nem a Vale nem a Copasa, nem qualquer outro órgão do Estado tem realizado medidas preventivas caso as barragens venham a romper, para evitar que esses rejeitos cheguem ao Rio das Velhas. Seria um colapso”, denuncia. Na bacia do
Paraopeba, além da barragem de mais alto risco Casa de Pedra, localizada dentro da cidade de Congonhas, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) possui outras duas barragens. Em municípios rio acima, outras mineradoras, como a Gerdau e a Ferro+, também possuem barragens de rejeito.
Em setembro, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) publicou outorga que autoriza a Copasa a captar 5 mil litros por segundo de água no Rio Paraopeba na nova captação. No entanto, o parecer técnico emitido pelo órgão afirma que não existe disponibilidade hídrica. O engenheiro Mauro da Costa Val, mestre em saneamento e águas naturais, opina que essa outorga não deveria ter sido concedida à Copasa. “O que vai acontecer é que vai aumentar a concentração de contaminantes rio abaixo. Tem uma massa depositada que, sempre que chove, é como se tivesse ocorrido um novo rompimento”, explica. A Copasa, em nota, afirma que “desconhece qualquer relatório do Igam com afirmação de que não há água disponível no Rio Paraopeba para a nova captação”.
Alternativas Para Mauro, outro modelo de captação deveria ser pensado, por exemplo, a construção de vários poços distribuídos ao longo da bacia para não sobrecarregar nenhum aquífero. “Elas escolhem a estrutura mais barata. Mas, com isso, transferem os impactos negativos para o povo, o rio e a biodiversidade”, critica. Para evitar de vez uma crise hídrica e resolver o problema, Luiz Paulo, do MAM, ressalta que é necessário urgentemente demarcar a Serra do Curral, a Serra da Moeda e a Serra do Gandarela como territórios livres de mineração. “Essa região é rica em minério de ferro. No subsolo, o ferro cumpre um papel fundamental de reservatório de água, aponta. A longo prazo, também é necessário “produzir água”. A solução mais inteligente, segundo Mauro, seria revegetar com plantas nativas as nascentes degradadas e implantar pequenas barragens para aumentar a infiltração. ANÚNCIO
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ESPECIAL
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Mote da campanha de Zema, situação financeira de Minas não está sendo resolvida AVALIAÇÃO Segundo economistas, renúncias tributárias geram perda de receitas sem retornos para a população Gil Leonardi / Imprensa MG
Wallace Oliveira
M
ote central da campanha de Romeu Zema (Novo) ao governo de Minas em 2018, o equilíbrio financeiro do estado não foi alcançado. Na época, o então candidato sustentava que os partidos responsáveis pelas gestões anteriores, PT e PSDB, não teriam condições de resolver o problema, por terem entregado o governo com as contas no vermelho. Eleito, Zema aprovou, em junho, uma Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2020 prevendo déficit de R$ 11,3 bilhões. “Ele fez promessas que não poderiam ser cumpridas e não apresentou nenhum plano de recuperação econômica. O único plano que ele tem agora é
aderir ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal. O estado não aderiu porque precisa passar pela Assembleia e referendo. E abriria mão da soberania financeira do estado. E, ao chegar ao fim do ano,
para pagar o 13º, ele faz a secutirização das receitas do nióbio”, critica a economista Eulália Alvarenga. A securitização das receitas do nióbio, à qual a economista se refere, é a autorização para que o governo
de Minas venda os créditos a que tem direito nas operações da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A autorização, prevista na Lei 23.477/2019, foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada nesta quarta-feira (11) por Romeu Zema. Já o Regime de Recuperação Fiscal (Lei Complementar 159/2017) prevê que os estados participantes terão sua dívida com a União suspensa por três anos, prorrogáveis por mais três. Depois, voltarão a pagar a dívida com encargos financeiros. Além disso, a adesão requer o cumprimento de mais de 20 exigências, entre as quais a privatização de estatais, corte de direitos trabalhistas e previdenciários do
funcionalismo e submissão da administração financeira a um conselho supervisor da União, custeado com recursos estaduais. O auditor fiscal Edvaldo Ferreira, diretor adjunto da Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (Affemg), acredita que aderir ao regime não resolve o problema do estado. “Ele autoriza novos empréstimos, sabe-se lá a que preço. Daí a um tempo, toda essa dívida que foi suspensa continua agregando juros e novos empréstimos que o Estado terá que pagar no futuro. E mais: esse regime impõe que sejam subtraídos diversos direitos do servidor público. Via de consequência, isso dificulta a prestação de serviços públicos de qualidade”, pondera.
Renúncias tributárias e Lei Kandir A economista Eulália Alvarenga alerta para a necessidade de se reverem renúncias fiscais que gerem perda de receita, sem contrapartida das empresas beneficiadas. “O governo pode até fazer uma renúncia fiscal, mas precisa definir que retorno a empresa vai dar para a população, um projeto, uma programação. Por exemplo, qual o valor renunciado? O benefício vai para a economia solidária? Para o desenvolvimento industrial? O dinheiro vai ficar no local?”, questiona. Um exemplo de setor que tem recebido benefícios são as locadoras de veículos. Desde 2003, automóveis adquiridos por locadoras têm alíquota reduzida
Bernardo Dias /CMBH
do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Segundo Eulália Alvarenga, o próprio governo não tem controle e informações detalhadas das receitas que foram perdidas com as renúncias tributárias. “Isso mostra que não há plane-
jamento nem transparência nesse tipo de renúncia. A sociedade é que paga por elas”, avalia. Lei Kandir Das perdas de receitas, as mais significativas dizem respeito à Lei Kandir (Lei complementar nº 87/1996), uma
norma federal que prejudicou, sobretudo, estados que dependem da exportação de produtos primários. Pela Lei Kandir, empresas que exportam bens primários e semielaborados, como mineradoras e agronegócio, não pagam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um dos tributos mais importantes para manutenção das contas estaduais. Con-
Adesão a regime irá prejudicar a prestação de serviços à população
tadas desde o início, as perdas acumuladas de Minas Gerais pela Lei Kandir ultrapassam os R$ 140 bilhões. “A isenção foi concedida na condição de ressarcir os estados pelas perdas. Desde então, a União não vem fazendo esse ressarcimento. Por outro lado, essa isenção interferiu na concorrência. Por exemplo, o segmento siderúrgico de ferro e aço em Minas Gerais praticamente acabou. Eles teriam que adquirir minério de ferro no mercado interno com tributação, enquanto esse mesmo minério é mandado sem tributação. Depois, importamos o aço de fora”, comenta Edvaldo Ferreira.
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ESPECIAL
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“Venda de estatais é o maior equívoco de Zema”, diz deputado PRIVATIZAÇÃO Estratégia do governador não resolve o problema fiscal de Minas e pode piorar qualidade dos serviços, alerta líder da oposição Heldner Costa
Recordar é viver Algumas frases para testar o conhecimento – e as intenções - do governador
Zema conhece o Estado? "Eu gostaria que o Daniel me explicasse o que é a Funed. Ou você sabe? Essa foi a resposta dada pelo governador - quando ainda era candidato ao Executivo - ao ser questionado por um telespectador sobre planos para a Fundação Ezequiel Dias (Funed). A declaração foi durante uma entrevista à TV Globo em 9 de outubro de 2018.
O que ele pensa sobre o crime em Brumadinho? "Parece que desta vez eles (Vale) reconheceram o erro apesar do incidente”
Larissa Costa O governo de Minas publicou, no final de novembro, o Decreto n°47.766, que institui a Política Estadual de Desestatização (PED). O documento oficializa a estratégia de Romeu Zema de entregar empresas públicas para a iniciativa privada, como a Copasa, Cemig, Gasmig e Codemig. Segundo o deputado estadual André Quintão (PT), líder do bloco Democracia e Luta, a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que envolve a venda das estatais, como caminho único para resolver a questão financeira do estado é o maior equívoco de Zema. “Nossa prioridade no ano que vem vai ser estabelecer uma estratégia com movimentos sociais de resistência e convencimento da sociedade de que a privatização fere o interesse público. Ela pode acarretar em precariedade na prestação de serviços essenciais, como água, esgoto e energia, principalmente paras as regiões mais pobres. E vamos travar na Assembleia um processo que,
do ponto de vista legislativo, esses projetos não tenham êxito”, afirma. Codemig Em outubro, Zema apresentou à Assembleia Legislativa o projeto de lei 1203/2019, que autoriza a desestatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig). A empresa é dona da maior jazida de nióbio do mundo, localizada em Araxá, no Alto Paranaíba. Atualmente, o Estado recebe 25% sobre o valor do que é extraído na mina. Por esse motivo, especialistas avaliam que, ao invés de resolver o problema financeiro do Estado, a venda da Codemig pode causar um rombo ainda maior aos cofres públicos. Copasa, Cemig, Gasmig Com dificuldades de negociação com a Assembleia Legislativa, Romeu Zema declarou, em entrevista, que a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Companhia Energética de Minas Gerais (Ce-
mig) e Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) ficará para o segundo semestre de 2020 ou para 2021. O projeto de lei 1202/2019, que autoriza a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal do governo federal, tem como condições a venda das empresas estatais. Esse PL está aguardando parecer da Comissão de Constituição e Justiça. No entanto, para privatizar ou vender ações de empresas públicas de energia e saneamento, o governo terá que apresentar um projeto de lei específica à Assembleia e, caso ele seja aprovado por no mínimo 3/5 dos deputados estaduais, deverá ser submetido a referendo popular, que dirá se a lei entrará ou não em vigor. Essa norma está prevista na Constituição do Estado de Minas Gerais, especificamente no artigo 14, parágrafos 15, 16 e 17, que teve seu texto alterado por uma emenda aprovada em 2001. Até o momento, nenhum projeto nesse sentido foi apresentado pelo Executivo.
Incidente. Foi assim que Romeu Zema classificou o crime que vitimou 272 pessoas. A afirmação dada pelo governador cerca de 20 dias após o rompimento da barragem da Vale. A fala foi noticiada em 12 de fevereiro pelo jornal Estado de Minas. Com menos de 15 dias de gestão, Zema se reuniu com o presidente da Samarco para negociar a volta da mineradora, uma das responsáveis pelo crime socioambiental de 2015. Atualmente a Samarco está em operações em Mariana.
Como ele vê os direitos dos servidores? "Daqui pra frente, alguns direitos do funcionalismo serão extintos. (...)Ter estabilidade para motorista, faxineiro, não acho que faz sentido”." Declarou o governador em 21 de outubro, ao jornal O Globo. Na mesma entrevista, ele ainda afirmou o fim da progressão salarial para os servidores e também uma reforma da Previdência para a categoria.
E o que ele acha dos direitos do povo? "A Constituição tornou o Brasil um país um tanto quanto ingovernável. Brasil é 'uma democracia que assegura excesso de direitos e pouquíssimos deveres', com 'Estado paizão'. " Afirmou quando questionado pela repórter Fernanda Canofre sobre como ele se identificava politicamente. A entrevista foi concedida à Folha de S. Paulo em 11 de novembro deste ano.
Zema sabe fazer conta? "A Cemig foi drenada nos últimos anos e, mesmo que nós voltemos a reinvestir, o resultado dela é insuficiente." Declarou em uma entrevista ao Estadão em 28 de agosto de 2019. Ao contrário do que afirma o governador, o lucro líquido da empresa, referente ao ano de 2018, foi de R$ 1,7 bilhão, 70% superior ao registrado no ano anterior. O dado foi divulgado pela própria Cemig em abril deste ano.
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ESPECIAL
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BolsoZema: será que o governador não está muito parecido com o presidente? POLÍTICA Comparações mostram que governos estadual e federal estão seguindo receitas bem parecidas Rafaella Dotta Para avaliar um governo, é preciso olhar onde está colocando dinheiro. Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema foi eleito para ser o “novo”, porém, se aproxima cada vez mais de Jair Bolsonaro e da “velha” política, conforme avaliam especialistas e suas atitudes. O presidente do Partido Novo, João Amoêdo, afirma que Bolsonaro está com os dias contados, mas o próprio Zema diz que se aproxima do bolsonarismo justamente na economia. Duas regras: privatizações e PPPs Segundo o doutor em ciências políticas e professor da PUC Minas Malco Camargos, existem duas bases que orientam o governo de Romeu Zema e de Bolsonaro: as privatizações e o investimento em parcerias público privadas (PPPs). Isso significa que o governo vai cuidar cada vez menos de serviços públicos como saúde, educação e previdência, entregando esses setores a empresas. Na área das privatizações de Zema e Bolsonaro: a defesa das reformas que diminuem direitos dos cidadãos, como a da Previdência. Em 29 de novembro, em visita de Jair Bolsonaro a Minas Gerais, Romeu Zema fez questão de declarar: “Vamos manter o diálogo e lutar para
conseguir as reformas de que tanto precisamos para retomar o nosso crescimento”. Mas por que eles querem vender tudo? O professor Malco explica que os dois políticos tentam construir um Estado mais eficiente, baseado no neoliberalismo, em que tudo é controlado por empresas. “Eles dizem que esse é um modelo de transição e que o resultado virá no futuro, com um governo mais eficiente. Mas o que o cidadão brasileiro e mineiro viveu este ano é o de precarização de serviços públicos e não de melhora”, conclui Malco. Menos educação A deputada federal Margarida Salomão (PT) alerta para a aproximação de Zema e Bolsonaro no ataque à educação. Romeu Zema limitou recursos para a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), para a Universidade Estadual de Minas Gerais (Uemg), em setembro fez uma reorganização de turmas em 200 escolas que na verdade diminuiu turmas e realiza a rematrícula nas escolas estaduais, que pode resultar em menos alunos inscritos. As atitudes de Zema lembram o que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, fez com os institutos federais. Em abril, o ministro de Bolsonaro anunciou que 30% da verba dos insti-
Governador escorrega quando fala de democracia tutos seria retida pelo governo federal. Depois de protestos nas ruas, o governo “devolveu” o R$ 1,5 bilhão para a educação. Para Margarida Salomão, o governo Zema encerra o ano como uma “enorme decepção”. “Ficou claro que a experiência de um empresário não é coisa que possa ser aproveitada diretamente. A falta de traquejo político do governador levou a uma espécie de paralisia na gestão”, analisa. Mais polícia Se o governo não vai dar mais educação, nem saúde, nem aposentadoria, nem vai gerenciar a energia, a água e o petróleo... o que ele vai fazer? De acordo com José Luiz Quadros, constitucionalista e professor de direito da
UFMG, lá atrás, no século 18, os estados neoliberais foram pensados para garantir a proteção da propriedade privada e a soberania do país. Isso quer dizer que, para proteger os bens das pessoas, o governo investe em polícia e para proteger as fronteiras, investe nas forças armadas. “Os liberais não entendem que educação, moradia, saúde são direitos das pessoas. Eles pensam assim: a pessoa trabalha e paga sua educação. Se não tiver dinheiro, é porque é um incompetente”, afirma José Luiz Quadros. O professor ainda questiona: “Quem a polícia protege? O homem branco que tem grandes propriedades. É muito marcante: nos bairros pobres, a polícia põe medo, nos bairros ricos, ela significa segurança”.
O governador Romeu Zema não se afirma como um radical de direita, mas algumas de suas declarações contrariam a própria democracia. “Se de 1964 a 1985 tivemos aqui um regime que alguns chamam de militar, de ditadura, não vem ao caso, eu diria que de 1988, quando a Constituição foi promulgada, até 2018 tivemos algo que chamo de democracia irresponsável”. Para Zema, o maior período em que no Brasil existiram eleições, e que foi governado por direita, esquerda e centro, foi uma “democracia irresponsável”.
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ESPECIAL
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Como estão a saúde e a educação em Minas? BALANÇO O Brasil de Fato pediu a opinião de especialistas no assunto
EDUCAÇÃO
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SAÚDE
“Não foram investidos os 12%”
Ederson Alves, vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES/MG)
E quais 2020?
as
perspectivas
para
“Modelo proposto para Fhemig deu errado no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro” “O governo Zema propõe, para resolver os problemas da Fhemig, a privatização dos hospitais por meio das Organizações Sociais (OSs). São essas mesmas organizações que estão causando a crise de gestão de saúde no Rio de Janeiro, com trabalhadores com salários atrasados, equipes e centros de saúde fechando. Esse modelo, em Porto Alegre gerou a demissão de 40% dos trabalhadores da saúde, levando desassistência para a população” Bruno Pedralva, médico da família e diretor do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Belo Horizonte (Sindibel)
Freepick
“Este ano foi muito difícil para o controle social, principalmente na área da saúde. O governo não aplicou o mínimo constitucional conforme determina a lei, que diz que é preciso investir 12% das receitas correntes do Estado na saúde. Nos preocupa também porque ainda permanece a dívida dos estados com o município, não foram repassados os recursos para investimentos na área da saúde. Não voltaram com as obras dos hospitais regionais”
“Deixaram de ser investidos R$ 2,6 bilhões na área em 2019” “O governo Zema descumpriu a Constituição Federal no que diz respeito ao investimento dos 25% da receita corrente líquida em educação. Neste ano, até o presente momento, o governo já deixou de investir por volta de R$ 2,6 bilhões em educação. Descumpre também a Constituição do Estado. Através de emenda constitucional de 2018, está garantido o pagamento do piso salarial profissional nacional com repercussão nas oito carreiras da educação e com reconhecimento da jornada aqui de Minas Gerais”
Deu errado “A fusão de turmas em agosto trouxe muitos transtornos para as escolas estaduais. Houve várias manifestações de alunos, de comunidades, que o governo desconhece, não leva em consideração. A comunidade sequer é consultada nessa política gerencial da Secretaria de Educação. Outro exemplo é o plano de atendimento para 2020, que trouxe a negativa de matrículas na entrada, no ensino fundamental. Em Ribeirão das Neves, foram 1500 matrículas negadas. E a prefeitura já se manifestou que não tem condições de absorver. Outra novidade é a matrícula pela internet para aqueles que ingressarão na
“Vamos entrar o ano com desemprego e alunos excluídos da escola”
rede estadual. 37% da população de Minas é excluída da internet e o governo Zema quer implantar a matrícula online! É mais um processo de exclusão”
E quais as perspectivas para 2020? “As perspectivas para 2020 são as piores possíveis. Vamos entrar o ano com desemprego estrutural da categoria – porque até hoje as regras para o número de turmas, o número de aulas, o número de profissionais, ainda não foram divulgados – além da negativa da matricula. Mas a população só vai descobrir isso em fevereiro, porque a matrícula on line se estende até janeiro. As pessoas só vão descobrir que não vai ter vaga quando for a hora de os filhos irem para a escola” Denise Romano, coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG)
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ESPECIAL
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Cultura e comunicação foram alguns dos setores que mais sofreram nas mãos de Zema RETROSPECTIVA 2019 foi de grandes ataques às áreas e mineiros responderam com mobilização popular Reprodução
avaliações adequadas e critérios. As alterações devem ser realizadas com respeito e responsabilidade. As contas não se equilibram de uma hora para outra, sem cautela. Depois, os prejuízos são culturais, são sobre a fomentação de patrimônios irreparáveis”, declarou, na época, a jornalista e funcionária da Rede Minas Brenda Marques, também diretora do Sindicato dos Jornalistas.
Raíssa Lopes
O
ano de 2019 não foi fácil para a comunicação pública em Minas Gerais. Logo após a posse do governador Romeu Zema, do Partido Novo, incertezas começaram a rondar o setor, já que ainda em campanha o então candidato vinha se posicionando contra as instituições geridas pelo Estado. Os trabalhadores da Rede Minas e da Rádio Inconfidência entraram em 2019 vivendo um dos maiores cenários de precariedade de ambas as empresas e, por decisão de Zema, enfrentaram a
35% dos servidores da TV Minas foram exonerados
continuidade dos parcelamentos de salários e do 13º. O quase fim Zema mostrou a que veio nos primeiros meses: exonerou 35% dos servidores da TV Minas e anunciou o fechamento da frequência AM da Inconfidência. A televisão quase não funcionava mais, conteúdos estavam sendo reprisados em grande quantidade e os funcionários tra-
balhavam como voluntários para que ela não ficasse fora do ar. Como a maioria dos trabalhadores demitidos eram das áreas de produção e técnica, quem ficou, além de sobrecarregado, não tinha o conhecimento específico para executar as tarefas operacionais. “Não somos contra cortes. Mas a resposta não é simplesmente que o Estado precisa economizar, exonerando sem
Morte ao AM O anúncio do fim do AM da Inconfidência ignorou os mais de 80 anos de história da rádio, sendo realizado pelo governo estadual sem consulta prévia e diálogo com os trabalhadores e com a sociedade. Inúmeros servidores ameaçados e demitidos nos dois veículos de imprensa eram concursados. Foi apenas depois de muita pressão popular, entre manifestações de rua, carta aberta de ouvin-
tes e telespectadores e a criação de um movimento massivo denominado “Fica Inconfidência” que o governador decidiu voltar atrás nas decisões, como lembra a diretora do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais, Alessandra Mello. “Esse movimento da população, dos servidores, dos comunicadores e jornalistas conseguiu a aprovação de uma lei na Assembleia Legislativa [ALMG] que garante que no mínimo 3% da verba publicitária do governo seja destinada à comunicação pública, ou seja, tanto rádio quanto TV”, diz. Ela classifica o ano que se passou como ‘muito difícil’ e afirma que não é hora de relaxar. “Houve um recuo [de Zema], mas todo mundo está muito atento sempre, porque não se sabe quais são os passos seguintes. Não sabemos o que vem pela frente”, ressalta.
Cultura fora dos planos Divulgação
Na segunda semana de janeiro, os mineiros se desesperavam com a exoneração de 6 mil servidores públicos das mais diversas áreas (saúde, educação, meio ambiente, etc.) e o caos no atendimento ao cidadão. Alguns setores funcionavam com somente 20% do pessoal. A cultura foi um dos mais lesados. Dos 400 profissionais que trabalhavam no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, ficaram apenas 32. O Instituto do Patrimônio Cultural e Artístico (Iepha) teve mais de 50% da equipe cortada, as-
em Minas Gerais foi escrita pelo Fórum Permanente de Cultura. “A fusão entre as secretarias resultou num desmonte de metade da estrutura administrativa de antes. A cultura passou a ser gerida por uma subsecretaria que foi afetada pela inconstân-
sim como a seção que cuidava da Lei de Incentivo. A Biblioteca Estadual Luiz de Bessa chegou a parar de emprestar livros. Foi nesse período, ainda, que Zema anunciou a fusão
das secretarias de Cultura e Turismo, ação concretizada pelo governo mesmo com protestos do povo, dos deputados, vereadores e artistas. Uma carta de repúdio ao desmonte da cultura
De 400 profissionais, ficaram 32 no Palácio das Artes, após exonerações
cia nas nomeações, o que causou uma impressão de descaso e de priorização do setor do turismo”, analisa Bernardo Mata Machado, Diretor de Cultura, Turismo e Economia Criativa da Fundação João Pinheiro. Ele destaca também que a atuação da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa foi “decisiva” para fiscalizar e cobrar do governo o cumprimento da legislação e a importância da criação do Sistema Estadual de Cultura e da aprovação do Plano Estadual de Cultura, que renovou o marco regulatório do setor.
BRASIL
Belo Horizonte, 29 de novembro a 5 de dezembro de 2019
Natal sem carne: alta nos preços atinge população mais pobre no mês das festas “Eu comprava o quilo da alcatra a R$ 17, mas agora ela subiu para R$ 35”, conta o churrasqueiro Juninho Grill, que ouve reclamações diárias da clientela pelo valor cobrado pelos espetinhos. A inflação de novembro foi a pior a atingir a população em quatro anos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O economista e professor da UFRJ, João Sicsú afirma que dificilmente o governo federal fará uma intervenção no preço da carne. Ele explica que a falta de controle do presidente Jair Bolsonaro em relação à desvalorização do real, diante do valor do dólar, é um dos principais fatores para a perda do poder de
Com o programa assembleia FisCaliza, os deputados acompanham a atuação do Governo, cobram providências Casa Rosada
sobre os hospitais regionais, as esColas em tempo integral, as delegaCias de proteção à mulher e outros temas importantes para a população.
compromisso
compra da população brasileira. “Os frigoríficos estão exportando e recebendo mais por isso em função da alta do dólar. Agora, vendem aqui dentro praticando o mesmo
preço para o exterior. O dólar não pode ter toda essa volatilidade, de R$ 2,20 para R$ 4,20. E o governo não tem nenhuma política para controlar o preço da moeda estadunidense”, avalia Sicsú.
Privatização do saneamento é aprovada na Câmara e avança no Congresso
(estado de minas – 25/5)
resposta
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (11), uma proposta que abre caminho para a privatização das companhias públicas de saneamento pelo país. Por 276 votos a 124, o projeto de lei (PL) 4162/19, de autoria da gestão Bolsonaro segue para avaliação do Senado. A medida acaba com os chamados “contratos de programa”, que são firmados entre municípios e companhias estaduais de saneamento para o fornecimento de serviços sem necessidade de licitação. O PL 4162 prevê ain-
(o tempo on line – 10/7)
da apoio financeiro e técnico da União para os municípios, desde que privatizem estatais locais, no caso daqueles que tenham empresa pública atuando no ramo.
O PL também acaba com a exigência aplicada a empresas de saneamento para que façam a despoluição de rios resultante do lançamento de esgoto sem tratamento.
Saiba mais almg.gov.br/respostas
ANÚNCIO
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Belo Horizonte, 29 de novembro a 5 de dezembro de 2019
Fernández é empossado presidente da Argentina: “Temos que superar os muros da fome” Frente Todos
Redação Opera Mundi
O
novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, tomou posse na terça (10) e afirmou, em seu primeiro discurso, que a prioridade de seu governo será o combate à pobreza. “Precisamos de um novo contrato social, fraterno e solidário, porque chegou a hora de abraçar o diferente”, disse.
Em cerimônia realizada no Congresso Nacional, em Buenos Aires, o peronista recebeu a faixa do agora ex-presidente Mauricio Macri. A vice-presidente Cristina Kirchner assumiu o cargo na mesma cerimônia. Fernández ainda prometeu que a primeira reunião que realizará como presidente argentino com seus ministros será para tratar do “plano argentino contra a fome”.
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MUNDO
Bolívia, um mês após o golpe: 33 mortes e ainda sem data para eleições Divulgação /Presidência Da Bolívia
“Uma em cada duas crianças são pobres em nosso país. As economias dos lares estão asfixiadas pelo endividamento, pedindo crédito para comprar remédios e comida”, afirmou. ‘Agenda ambiciosa’ com o Brasil
“Com a República Federativa do Brasil, particularmente, teremos que construir uma agenda ambiciosa, criativa […], que é respaldada pela irmandade histórica entre os dois países, e que vai além de qualquer diferença regional de quem governe na conjuntura”, disse. Bolsonaro não foi à posse, quebrando uma tradição de quase três décadas.
O golpe civil-militar na Bolívia, que culminou com a renúncia do presidente Evo Morales e do vice Álvaro Garcia Linera, do Movimento ao Socialismo (MAS), no dia 10 de novembro, completou um mês na terça (10). De lá para cá, 33 bolivianos foram assassinados – a maioria, apoiadores de Morales, reprimidos por grupos de extrema direita, pela polícia ou
pelo Exército. A presidenta autoproclamada Jeanine Añez, que sequer foi candidata, não convocou eleições até o momento e pode permanecer no cargo até 6 de agosto de 2020. Reeleito em outubro para o quarto mandato presidencial, Morales está exilado na Argentina. As próximas eleições podem ocorrer em março ou agosto de 2020. ANÚNCIO
Posse política da Direção da CUT/MG, mandato 2019/2023, acontece na nova sede da Central em Belo Horizonte A Diretoria Executiva e a Direção Estatual eleitas para o mandato 2019/2023, participam da posse política na noite do dia 13 de dezembro de 2019, tendo como presidente da Central Jairo Nogueira Filho, eletricitário, diretor do Sindieletro-MG e secretário-geral em dois mandatos. Os novos dirigentes da CUT/MG foram empossados na nova sede da Central, uma casa cuja aquisição foi uma das últimas ações administrativas da gestão que se despediu no 13º Congresso Estadual da CUT/MG, realizado entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro, no Sesc Ouro Preto. A nova sede está localizada na Rua Pedro de Carvalho Mendes, 70 – Bairro Colégio Batista, Belo Horizonte/MG. DIRETORIA EXECUTIVA Presidência: Jairo Nogueira Filho (Sindieletro-MG) • Vice-presidência: Francisco Pereira dos Santos (Sindicato dos Metalúrgicos de Pouso Alegre) • Secretaria-geral: Lourdes Aparecida de Jesus (Sind-UTE/MG) • Secretaria de Administração de Finanças: Sebastião da Silva Maria (Sindicato dos Bancários de BH e Região) • Secretaria de Comunicação: Felipe Pinheiro Martins de Paiva (Sindipetro-MG) • Secretaria de Formação Sindical: Jefferson Leandro T. da Silva (Sindieletro-MG) • Secretaria de Organização e Política Social: Andrea Hermógenes Martins (Sindibel) • Secretaria da Mulher Trabalhadora: Lucimar de Lourdes G. Martins (Sintraf Simonésia) • Secretaria de Relações de Trabalho: Carlos Alberto da Silva (Sindicato dos Servidores Municipais João Monlevade) • Secretaria de Políticas Sociais e Direitos Humanos: Yara Cristina de Fátima Diniz (Sind-Saúde Betim) • Secretaria da Juventude: Lourdes de Fátima Pires (Sinttel-MG) • Secretaria de Combate ao Racismo: Elaine de Fátima Ribeiro (Sind-UTE/MG) • Secretaria de Saúde do Trabalhador: Tatiane Aparecida Fonseca (Sindicato dos Metalúrgicos de Extrema) • Secretaria do Meio Ambiente: Eduardo Pereira de Oliveira (Sindágua-MG) • Secretaria de Assuntos Jurídicos: Watoira Antônio de Oliveira (Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora) • Secretaria de Cultura: Aparecida de Oliveira Pinto (Sinpro-JF) • Secretaria de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais: Irani Fernandes Leandro (Sintect-MG) • Secretaria Executiva: Abdon Geraldo Guimarães (Sind-UTE/MG) DIREÇÃO ESTADUAL Denise de Paula Romano (Sind-UTE/MG) • Paulo Henrique Santos Fonseca (Sind-UTE/MG) • Bianca da Silva (Secua) • Benedita Donizete Soares (Sindicavespar) • Vilma Moreira dos Santos (Sindsep) • Valdinei Pereira de Jesus (Sindsep) • Valquíria Aparecida de Jesus (Sindicato dos Economistas - Sindecon) • Carlos Augusto Vasconcelos (Sindicato dos Bancários de BH e Região) • Jucélia Oliveira Pereira Santana (Sindicato dos Bancários de BH e Região) • Magna dos Reis Ferreira Vinhal (Sindicato dos Bancários de Patos de Minas e Região) • Eder de Oliveira Fernandes (Sintraf Simonésia) • Márcio Dúlio de Oliveira ( Sinttrub Uberlândia) • Bruno Abreu Gomes (Sindibel) • Jorge Ferreira Filho (Sindicato dos Assalariados Rurais de Varginha) • Rosângela Gomes Soares da Costas (Sindifes) • Robson Gomes Silva ( Sintect-MG) • Cristina Del Papa (Sindifes) • José Maria dos Santos (Sindágua-MG)
NOVA SEDE: Rua Pedro de Carvalho Mendes, 70 Bairro Colégio Batista • Belo Horizonte/MG
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VARIEDADES
Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019
www.malvados.com.br
FIQUE
BEM ESCOLHA PRESENTES FORA DAS LOJAS PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
Corrupção; depravação Ânsia de vômito
Letra do alfabeto grego Tornar esticado Exaltado ao extremo
Oceano, em inglês "Nariz", em "rinite"
NINGUÉM LÊ SEUS PENSAMENTOS
Tecido fino de algodão
Veste usada por maestros
Immanuel (?), filósofo alemão
Metáfora Riquezas da imagi- minerais nação da África (pl.) do Sul
Pronome O espírito que Déjà-(?): demonsrepetição trativo renasceu feminino (Espirit.)
(?) Ford Coppola, cineasta de "O Poderoso Chefão" Incentivo; estímulo
Às vezes a gente bem que gostaria que os outros adivinhassem nossas dores, vontades e necessidades e fizessem exatamente aquilo que nos acalmaria a alma. Tendemos a esperar isso, principalmente das pessoas mais próximas, e muitas vezes somos injustos, bravos ou frios sem deixar claro o motivo. E a outra pessoa vai continuar sem entender, se a gente não se dispusser a falar, expressar o que queremos, o que incomoda. A dica vale para o outro também. Se você notou algo estranho em alguém do seu convívio, não fantasie minhocas: pergunte. Procure fazer esses dois movimentos – falar e perguntar – de maneira clara e o mais carinhosa que você conseguir.
(?) da manhã: desjejum André Derain, pintor Ditongo de "caule"
Dona Ivone (?), sambista carioca
Pintar o (?): deitar e rolar (fam.)
Ponto vital do boi, no abate Abreviatura de "et cetera"
(?) de Queirós, escritor realista
Parte da flor formada de pétalas
Estado da Zona Franca (sigla) Senhora Compôs "Realce" (MPB)
O móvel vendido em antiquários
501, em algarismos romanos
AMIGA DA SAÚDE
Ernesto Nazaré, compositor
Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Unico de Saúde I Coren MG 159621
Amiga, é verdade que não faz bem dormir com o celular ligado perto da gente? Quais os riscos?
Ato, em inglês
Milena Domingos, 17 anos, estudante
Vogais de "mole" 2/vu. 3/act. 4/kant. 5/ocean — tesar.
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Solução P E N C O R C A J K A M E A N T C O
F R V A U N C E I N S A L N T E T C T I D R O
A E R S Ã S E A T E S A A N L C A F C A A A R A N U C Ç A A D O N G O E I A C L A O
O U R O E D I A M A N T E
BANCO
Sabe aquela colega de serviço que vende colares que ela mesma faz? Ou a feira do seu bairro, que tem sempre uma banca ou outra para produtores locais? Aproveite essa época de fim de ano – natal e amigos secretos da firma – para escolher presentes fora das grandes lojas e shoppings. Se você gosta de livros, procure saber se o autor vende a própria obra. Procure ler as coisas daquele seu amigo que escreve. Ouça os artistas que você conhece pessoalmente e que já gravaram suas músicas. Se gostar, cogite passar pra frente. É possível achar tudo fora dos centros comerciais. Além de comprar algo mais original e diferente, você pode dar uma força para o trabalho de alguém e quem sabe até incentivar seu potencial artístico.
Cara Milena, ainda não conhecemos todos os riscos relacionados ao uso excessivo dos celulares e aparelhos eletrônicos. Considerando o poder das grandes corporações sobre as pesquisas científicas, é provável que nunca tenhamos provas de riscos à saúde, pois isso poderia comprometer as vendas. O que se sabe é que os celulares emitem ondas eletromagnéticas que seriam potencialmente cancerígenas, principalmente quando estão com wi-fi ligado e em contato com a pele. Sabe-se também que essa radiação pode provocar insônia, além de gerar estresse e ansiedade relacionados aos avisos sonoros de novas mensagens e emails. Portanto, deve-se evitar dormir com o celular próximo ao corpo. O recomendado é que ele esteja a pelo menos um metro de distância, de preferência desligado.
Mande sua dúvida para amigadasaude@brasildefato.com.br
Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019
13 VARIEDADES 15
CIÊNCIA, COISA BOA! POR QUE A VACINA BCG DEIXA UMA CICATRIZ NO BRAÇO? Marcelo Camargo /Agência Brasil
Dicas Mastigadas SORVETE DE MANGA E COCO Sandra Guimarães
O tema de hoje foi sugerido pelo João, amigo e leitor do Brasil de Fato. Valeu, João! Já reparou que das várias vacinas que toHá um mito mamos uma deixa uma marquinha no local de aplicação? É a Bacillus Calmette-Guépopular que rin (ou BCG), usada para prevenir tipos sevediz que se a cicatriz não se ros de tuberculose. Essa doença infecciosa é causada por uma bactéria, geralmente da esformar quer pécie Mycobacterium tuberculosis. Em sua dizer que a forma mais comum, afeta os pulmões, o que vacina não fez causa sintomas como dores, tosse, febre e efeito, mas isso perda de peso. Quando não tratada, apresennão é verdade ta alta taxa de mortalidade. É atualmente a doença infecciosa que mais mata no mundo. A tuberculose é tratada com antibióticos e a principal forma de prevenção é a vacinação. A BCG é produzida a partir das bactérias vivas atenuadas, ou seja, incapazes de causar a doença. Quando o nosso sistema imunológico entra em contato com essas bactérias presentes na vacina, ele produz anticorpos que evitam novas infecções. A BCG é uma das primeiras vacinas administradas no recém-nascido. É administrada via injeção intradérmica, ou seja, na camada interna da pele, a derme. Por padrão, sempre no braço direito. No Brasil, é oferecida gratuitamente a toda a população graças ao SUS. O ferimento e a posterior cicatriz formada no local de aplicação é uma reação normal do sistema imunológico à presença da bactéria. Há até um mito popular que diz que se a cicatriz não se formar quer dizer que a vacina não fez efeito. Isso não é verdade. Mesmo nos raros casos em que não ocorre a feridinha, o efeito é garantido. No Brasil, até 2005 era indicado que a partir dos 10 anos fosse dada uma segunda dose. Como os testes mostraram que o reforço não era necessário, tal indicação foi abandonada. Por isso, é provável que, caso você tenha mais de 25 anos, tenha duas marquinhas em seu braço, e os mais novos tenham só uma. Caso a vacina seja administrada com uma micro agulha, apelidada de carimbo, não deixa a famosa cicatriz. No Brasil, apenas cerca de 3% das pessoas são vacinadas com a micro agulha. Em outros países, esse número pode ser bem maior. Isso explica o fato de quase todos os brasileiros terem a marquinha da BCG e nenhum japonês a ter! E você, gosta da sua marquinha? Um abraço e até a próxima! Renan Santos é professor de biologia da rede estadual de Minas Gerais
Ingredientes • 2 xícaras de manga congelada, em cubinhos. A manga deve estar madura, mas firme, de preferência uma variedade sem fiapos • 1/2 xícara de leite de coco • 1 colher de chá de suco de limão
Modo de Preparo Bata todos os ingredientes no liquidificador até ficar homogêneo e com a consistência de sorvete. Você vai precisar ser paciente e parar o motor algumas vezes para mexer a mistura com uma colher. Sirva imediatamente ou, se preferir um sorvete mais firme, deixe meia hora no congelador antes de servir. Rende quatro porções pequenas. Participe enviando sugestões para redacaomg@brasildefato.com.br.
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14 CULTURA 14
Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019
Literar
Roteiro
inclassificável
O samba é uma mulher negra
Tamiris Correa
Carimbó com jeitinho mineiro Paula Molina e Henrique Sander Fernandes
termino de bater a boia no restaurante pertinho de casa, atravesso a rua no exato sentido da vendinha do bairro, na qual avisto vistosas, escarlates e suculentas melancias fatiadas em grandes triângulos que, qual o das Bermudas, convidam à perdição, e eu, também conhecido por alguns e outras como Pirata, me lanço ao doce Mar Vermelho. na fila, separando os cobres para pagar, ouço o rapaz à mi-
nha frente, a quem Diego, o caixa, chama “grande Ivoney”, que também pegara o seu triângulo de melancia, assuntar: - Diegão, tem passas? - tem - responde, alcançando um pacotinho das ditas na prateleira atrás de si e entregando-o ao cliente. - maravilha! e sabe aquelas pinça de mulher? - sim.
- tem? - tem. é pra mulher, mas pra você, né? – provoca Diego, folgazão. - eeh... nada disso, véi. é que eu tiro os caroço da melancia e ponho passa no lugar, com uma pinça vai ser mais fácil. no quesito “taca passas em tudo!”, temos um novo recorde. ou, sei lá, uma nova tara.
A 8ª edição do Samba das Pretas, que acontece no sábado (21), vai fechar o ano em grande estilo, com a presença de DJ Camis, Adriana Araújo e Simplicidade Samba. O evento começa às 18h e o local é o Deu Brasa Espetaria, na Rua Santa Apolônia 435, no bairro Fernão Dias, próximo ao Minas Shopping.
A banda Tutu com Tacacá é um convite à vivência da cultura do norte do Brasil. O repertório é recheado de músicas do Pará, de Minas Gerais, além de produções autorais. A apresentação é gratuita, no domingo (15), a partir das 19h, no Teatro Raul Belém Machado, na Rua Leonil Prata, s/n, no bairro Alípio de Melo, em BH. ANÚNCIO
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Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019
PAPO ESPORTIVO
ESPORTE
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Gestão profissional ou amadora? Empresarial ou associativa? Eis as questões!
Muito se tem discutido sobre os modelos de gestão dos clubes de futebol no Brasil. O debate, que é antigo, volta à tona neste momento com novos elementos, que evidenciam a forma arcaica com que nossos clubes são geridos. Após várias tentativas por parte dos atores pre-
sentes no esporte e no Estado brasileiro de criar regras para transformar essas estruturas, o modelo de gestão vigente ainda é o associativo. Nele, além do presidente, vice e demais secretários, existem os conselhos deliberativos, formados por pessoas amadoras (sem formação profissional no fute-
bol), que muitas vezes estão dentro dos clubes desde sua criação. Assim, as decisões técnicas tomadas por profissionais sobre que caminhos seguir na gestão do futebol, na busca por novas receitas, na política financeira e na interação clube/torcida ficam sempre à mercê do jogo político entre
conselheiros. Toda esta estrutura viciada fez o debate sobre os clubes-empresa voltar com muita força. São vários os exemplos no mundo de modelos de gestão empresarial em clubes de futebol. Alguns deram certo e outros deram errado. Atualmente, está sendo formatado no Congresso Nacional um projeto de lei que visa à transformação dos clubes em empresas.
Projeto de lei quer transformar clubes em empresas
Essa ideia é apoiada principalmente por quem entende que a privatização é a salvação para todos os problemas da sociedade. O fato é que, independente do modelo, não há garantias de que a gestão será feita de maneira profissional. Na sociedade individualizada em que vivemos – na qual as práticas empresariais também são pautadas por decisões políticas que beneficiam grupos específicos – a necessidade é de construir processos coletivos para planejar estrategicamente os passos que o futebol precisa dar para que todos os setores sejam desenvolvidos com equidade.
AO INVÉS DE DIFAMAR OS SERVIDORES, NÃO SERIA MELHOR INVESTIR EM EMPREGOS E SERVIÇOS DE QUALIDADE NA CEMIG, ZEMA?
POÇO DE INCOMPETÊNCIA
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Belo Horizonte, 13 a 19 de dezembro de 2019
ESPORTES
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CBF
DECLARAÇÃO DA SEMANA Reprodução / Instagram
Conheça os times que os clubes mineiros vão enfrentar na Copa do Brasil 2020 O sorteio que definiu os confrontos da primeira fase da Copa do Brasil 2020 foi realizado nesta quinta-feira (12). O América enfrentará o Santos, do Amapá; o
Atlético pega o Campinense, da Paraíba; e o Cruzeiro o São Raimundo, de Roraima. Essa fase contará com 80 clubes, que foram distribuídos em dez chaves com
oito. Até a terceira etapa, só é possível enfrentar um time do mesmo grupo. A primeira fase vai do dia 5 de fevereiro até 12. O torneio será encerrado no dia 16 de setembro.
Gol de placa
“Se o Cruzeiro cair, meu coração não aguenta. Eu morro” Dona Salomé, torcedora-símbolo do Cruzeiro e trabalhadora do clube. Ela faleceu na terça-feira (10) dsta semana, aos 86 anos, após ter passado mal no Mineirão, domingo (1º), após a derrota para o Palmeiras.
O Corinthians convidou a família do jovem Dennys Santos, de 16 anos, para ver o jogo contra o Fluminense, no domingo (1º). O jovem foi morto pela Polícia Militar no massacre de Paraisópolis. O ato serviu como homenagem às vítimas e denúncia contra a PM de João Dória (PSDB).
Gol contra Já no Rio de Janeiro, a PM do governador Wilson Witzel tomou de uma torcedora uma faixa com os dizeres “Botafogo Antifascista”, no estádio Nilton Santos. A ação da PM indica que já vivemos sob um regime fascista no Brasil.
Largando na frente
Reformulação já!
Saudades, dona Salomé
Bráulio Siffert
Rogério Hilário
Fabrício Farias
Por um golzinho contra o rebaixado São Bento, o América perdeu a chance de estar em uma divisão superior à do Cruzeiro. Mas tudo bem, a disputa com os dois na Série B também será inédita e interessante. Há boas chances de o América, acostumaDecacampeão do com a segundona e com a base do time já formada, conseguir ficar à frente do Cruzeiro, que ninguém sabe como estará. Em 2017, quando o Inter disputou o campeonato, o América ficou em primeiro lugar. Os jogos, as viagens, os adversários, a arbitragem, os recursos, a torcida e até os dias e horários de jogos: tudo é bem diferente da primeira divisão, de forma que times que disputam pela primeira vez podem ter dificuldades.
O Atlético fecha o ano com apenas uma satisfação: o, prazer de ver o fracasso do arquirrival. Mas não podemos esquecer: o time alvinegro fracassou em quatro competições e patinou na quinta, escapando do risco de rebaixamento nas últimas rodadas e, no final das contas, É Galo doido! se contentando com uma vaga na Copa Sul-Americana. E, agora, entramos na fase de especulações, negociações, transferências e da prometida renovação do elenco. Luan já estaria de saída. Marquinhos e Cleiton seriam cobiçados por outros clubes. Elias não será aproveitado. Busca-se treinador. Sempre lembraremos: sem reformulação total do grupo, a diretoria estará enxugando gelo. E, ademais, sem indicações e aprovação do técnico, o resultado pode ser mais desastroso que o deste ano.
Salve, salve Nação Celeste! Esta coluna será uma singela homenagem à nossa torcedora símbolo: Dona Salomé. Presença garantida em qualquer partida do Cruzeiro, Salomé nos deixou na última semana, aumentando ainda mais nosso sentimento LaoBestia Negra de frustração e perda. Neste momento em que vemos nosso clube ser saqueado e desrespeitado por uma corja das mais ordinárias, Salomé representava o sentimento cruzeirense em sua essência. Ela não merecia ver o clube rebaixado, as coisas não precisavam ser dessa maneira. Que Salomé seja eternizada como o símbolo de um clube mais democrático, vitorioso e de todos os cruzeirenses. Saudações celestes!
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