Justin Tallis /AFP
Mundo inicia vacinação… … Brasil nem plano nacional de vacinação tem. BRASIL 2, 4 E 6
MG Minas Gerais
4 a 10 de dezembro • edição 332 • brasildefatomg.com.br • distribuição gratuita
Acordo sem os atingidos ZEM
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Nívea Magno /Mídia Ninja
. Atingidos e assessorias técnicas de toda a Bacia do Paraopeba se unem por participação . Ministérios Público Estadual e Federal querem participação dos atingidos em audiência dia 9 . Leia trechos de manifesto dos atingidos e assessorias que será entregue ao TJMG
Conta de luz salta para bandeira mais cara
Venezuela vai às urnas no próximo domingo
Celular causa câncer?
BRASIL 11
MUNDO 11
VARIEDADES 12
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OPINIÃO
Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
OPINIÃO
Sanitaristas brasileiros, uni-vos João Paulo Cunha O que parecia ser a maior crise sanitária dos últimos 100 anos pode ficar ainda pior. Os primeiros movimentos do governo Bolsonaro no planejamento da vacinação mostra que todo o acervo de estupidez, ignorância e negacionismo está sendo convocado. Comandado por um mau militar (criticado por colegas de farda que se envergonham de sua submissão), secundado por outros maus militares no segundo e terceiros escalões, o Mi-
ESPAÇO DOS LEITORES
“É vergonhoso ver o descaso total das autoridades nos casos da Vale” Eliza Costa comenta a reportagem “O legado de tragédia e medo da Vale em Minas Gerais”. -“Vitória para os mineiros” Nayran Alves Pôrto sobre matéria “Esquerda e centro-esquerda elegem 12 prefeitos no 2º turno; veja lista de cidades”. -“Muito desrespeito com as comunidades que vivem em suas terras há anos. A Vale se apropriando de tudo” Márcia Figueiredo comenta a matéria “Mais uma comunidade em Barão de Cocais é desalojada e denuncia estratégia da Vale”.
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Em relação à covid-19, governo federal errou em tudo o que era possível nistério da Saúde tem deixado claro que não tem capacidade de coordenar o complexo processo de imunização contra a covid-19. Morreram dezenas de milhares de brasileiros até agora por desídia e incompetência, somados a um desprezo pelas vidas em favor de projetos pessoais do presidente. Não tínhamos vacina e descartamos todas as ações responsáveis de proteção social, por palavras, gestos e protocolos. Agora, quando o mundo começa a anunciar o uso dos imunizantes, devemos ter outros milhares de mortes evitáveis, pelo mesmo comportamento irresponsável e equívocos que se anunciam no trato com as vacinas. No primeiro caso, pode-se falar em genocídio por passividade e inconsequência. A partir de agora, há dolo para o crime que se anuncia. Enquanto países como Inglaterra e Rússia
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
anunciam o início da vacinação para este mês, o governo brasileiro bate cabeça e chega a falar em março do ano que vem. São três meses, com médias de mortes que podem de novo chegar à casa das mil por dia. Uma conta macabra. Em relação ao novo coronavírus, o governo federal errou em tudo o que era possível. No discurso anticiência; na escolha das pessoas erradas para chefiar o Ministério da Saúde. Na falsa contraposição entre economia e saúde pública; na criação de protocolos com medicamentos inadequados, de vermífugos a remédios que agravam a condição dos pacientes. Errou na falta de coordenação racional do combate à pandemia com linha de comando claro e descentralização; na escassez de insumos nos primeiros meses; na ausência de testes em todos os momentos. Na catimba da agência reguladora em relação às vacinas em teste oriundas de países não alinhados; na promoção ativa de aglomerações; no mau exemplo de
Mundo usando vacinas. E Brasil seguirá com milhares de mortes evitáveis dirigentes, a começar pelo presidente. Não precisamos de um novo ministro, mas de um novo centro de decisão, racional, democrático e comprometido com a vida. Seja um comitê, um grupo de assessoramento, um colegiado com poder de decisão e deliberação. É, literalmente, um caso de vida ou morte. Sanitaristas, uni-vos.
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Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020 Divulgação
Declaração da Semana Quem deve receber a vacina primeiro? Quem cuida. Quanto mais vulnerável uma mulher, mais cuidadora ela é. A vacinação deve começar pelas mulheres pobres, negras, com filhos. Trabalhadoras da economia do cuidado na casa e na rua. É só inverter a pirâmide do privilégio do país”
GERAL
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Número da Semana
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das pessoas que vivem com HIV no Brasil já sofreram discriminação de acordo com levantamento realizado pela ONG Gestos – Soropositividade, Comunicação e Gênero. Dia 1º de dezembro é lembrado como Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Novos prazos para renovação da CNH
Reprodução /GovES
Debora Diniz, pesquisadora, pelo Twitter.
O Conselho Nacional de Trânsito derrubou a suspensão dos prazos de renovação da CNH e de envio de multas, que tinha sido adotada em março devido à pandemia. Desde terça (1), os prazos seguem um novo cronograma. Aquelas pessoas que tiveram a CNH vencida neste ano devem regularizar a situação a partir do dia 1º de janeiro de 2021, de acordo com o mês em que a carteira perdeu a validade. Já o envio das Notificações de Autuações, registradas entre 26 de fevereiro e 30 de novembro de 2020, deve ser realizado até em dez meses após o registro da infração. Fique atento!
300 anos de Minas Gerais Arquivo / Sérgio Mourão
Minas Gerais completou 300 anos de autonomia política e administrativa no dia 2 de dezembro. A data é importante para lembrar que o estado, assim como todo o país, é marcado pela colonização e pela resistência de povos indígenas e de negros e negras que foram escravizados nessas terras. Como parte das celebrações, o Cine Humberto Mauro exibe a partir de sexta (4) a mostra virtual Cinema e Patrimônio Histórico em Minas Gerais. São 34 produções, entre curtas e longas, que vão ficar disponíveis até dia 20 de dezembro. Acesse cinehumbertomauromais.com.
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MINAS
Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
Empresa que quer minerar na serra do Rola Moça faz lobby na ALMG há mais de um ano Reprodução
Falta de água
Marcelo Gomes ficar. Um documento da empresa de 61 páginas, entreempresa Mineração Ge- gue a deputados e repassado ral do Brasil (MGB) ten- à reportagem, detalha breveta, desde o ano passado, em- mente a intenção da mineraplacar um projeto de lei na As- dora. sembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) a fim de ob- A proposta Pelo projeto, ela iria exter para si uma fração da Serra trair minério da Mina de Casa do Rola Moça, na Região MeGrande, localizada na sertropolitana de Belo Horizonte ra, durante seis anos. Ou(RMBH). Uma das grandes polêmi- tros dois seriam necessários cas é se isso potencializaria ou para o completo fechamennão o desabastecimento da to da mina. O chamado proRMBH, já que parte das nas- cesso de beneficiamento secentes dos rios abastecedores ria a seco. Em outras palavras, da região localizam-se na ser- não haveria barragens, o que representa menos riscos amra. O ponto onde a empre- bientais. Para que o projeto seja exesa pleiteia a extração mineral cutado, seria necessário, além já está degradado em razão da permissão das autoridade uma desastrosa experiêndes, o acesso a uma porção de cia de mineração. A MGB arterras do Rola Moça hoje pregumenta que ela iria recupeservado por decreto estadual, rar a área devastada minerano que exigiria uma lei para dido. Especialistas confirmam a viabilidade disso. Porém, minuir as áreas do parque questionam se a empresa de criado em 1994. “Minerar e recuperar a área fato cumprirá o prometido. é possível. Na verdade, a reDesde o primeiro semestre cuperação da área deveria ser de 2019, a MGB mantém relauma responsabilidade do goções com um conjunto de deverno, que [alega] não ter reputados, de acordo com uma cursos para fazer isso. Então, fonte que não pôde se identi-
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deixar a questão para a empresa é a melhor opção nesse caso. Mas o que me preocupa é se ela de fato vai cumprir com a recuperação”, opinou o Hernani Mota de Lima, professor de Engenharia de Minas na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Como explicou, não existe no Brasil uma lei específica que obrigue as mineradoras a pagarem por eventuais acidentes, bem como a se responsabilizarem pela área degradada pelas atividades. Outro ponto polêmico é o fato de que o escoamento da produção passaria pela serra, o que poderia degradar ainda mais a unidade de conservação. Em 2018, o Conselho Consultivo do Parque do Rola Moça aceitou uma proposta de escoamento do material. Conforme essa proposta, a área do Rola Moça a ser suprimida seria de 0,8 hectares, dos 4 mil hectares do parque. Segundo a empresa, ela devolveria outros 300 hectares como compensação. Porém, no documento, ela não aponta quais seriam essas áreas.
A maior de todas as polêmicas relacionadas ao projeto da mineradora diz respeito às consequências para as nascentes de água. A proteção das bacias dos cursos d’água Taboão, Rola-Moça, Barreirinho, Barreiro, Mutuca e Catarina, as quais ajudam a abastecer a capital e região, é o sentido de ser da unidade de conservação. A região do Barreiro, por exemplo, é toda abastecida pelas nascentes do Rola Moça.
Outo lobby: Herculano Mineração no Serro Em audiência pública na Assembleia Legislativa no dia 1 de dezembro, a prefeitura de Serro, na região Central, foi criticada por supostos favorecimentos à Herculano Mineração, empresa que tenta realizar atividades na cidade. Integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente (Codema) do município acusaram o Executivo local de impedir a participação popular nas reuniões do órgão destinadas a decidir sobre a solicitação da Herculano.
Minas tem alta de 27% no índice de contaminação por covid-19 Adão de Souza /PBH
Redação Metade do estado regride para fases mais restritivas do Minas Consciente após decisão do Comitê Extraordinário Covid-19 do governo estadual, na quarta (2/12). Das 14 macrorregiões de Saúde do estado, sete retornam para as ondas amarela ou vermelha e apenas três se mantêm na verde. A orientação é que a população só saia de casa se necessário, use máscara e álcool em gel. Com a alta de 27% no índice de contaminação da covid-19, as regiões Centro, Centro-Sul, Norte, Oeste, Sudeste, Sul e Vale do Aço estão na onda amarela, estágio no qual são permitidos serviços como academias, salões de beleza, clubes, além do consumo em bares e restaurantes. Apenas as macrorregiões Noroeste, Triângulo do Norte e Triângulo do Sul estão na onda verde. Na onda vermelha, com funcionamento apenas de farmácias, padarias e supermercados estão o Jequitinhonha, Leste do Sul, Nordeste e Leste.
ANÚNCIO
Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
MINAS
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Em audiência, governo não consegue explicar por que quer vender a Copasa SANEAMENTO Patrimônio da estatal cresceu 8,1% em um ano, alcançando R$ 7,14 bilhões Daniel Protzner
MINAS
300 anos. Sabendo quem a gente é, construindo quem a gente vai ser. Minas sempre foi assim: diversa, muitas. Mineiros na essência, surpreendentes nos atos, nas ideias, na força da superação diante do impensável. Frente a desafios como os que vivemos em 2020, Minas não se abate, enfrenta e se fortalece para o futuro. 300 anos que são só o princípio, comecinho de aventura. O primeiro passo de quem sabe muito bem quem é e não abre mão de construir quem será.
2 de dezembro. 300 anos de Minas Gerais.
Saiba mais:
almg.gov.br/minas300
Marcelo Gomes A privatização da Copasa foi tema de audiência pública na quarta-feira (2) na Assembleia de Minas. A discussão foi proposta pela deputada Beatriz Cerqueira (PT). O governo estadual foi representado por Thiago Toscano, presidente do Instituto Mineiro de Desenvolvimento Integrado, instância governamental responsável por atrair capital privado ao estado. Segundo Thiago, o preço da tarifa de água não deve aumentar com a privatização, já que quem define a tarifa é a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (Arsae). “Os dados mostram que nos locais de empresas de capital privado as tarifas são mais baixas”, argumentou. O Executivo não expôs um estudo mostrando essa informação e nem o porquê de a Copasa ser vendida. Pequenas cidades ameaçadas e aumento das tarifas “Quem mora na cidade pequena tem que ficar muito preocupado com a privatização. A empresa aten-
de hoje cidades que outras empresas privadas não querem atender”, opinou Eduardo de Oliveira, presidente do sindicato que representa os trabalhadores da Copasa (Sindagua). Ele explicou que atualmente a Copasa trabalha sob o subsídio cruzado. Nesse regime, a companhia pública distribui parte de seus lucros obtidos em cidades lucrativas aos municípios menores e mais pobres. “E com a privatização a tarifa aumenta sim. Olha o caso de Pará de Minas, onde a empresa é privada: lá a tarifa residencial, para cada 12 metros cúbicos consumidos, é de R$ 63. Na Copasa isso seria de R$ 52”, demonstrou Eduardo. Iniciativas para privatizar Ele ainda criticou o fato de a Copasa repassar, esse mês, R$ 800 milhões extras
Brasil é vice-líder em reestatização de água e saneamento no mundo
aos acionistas ao invés de realizar investimentos. Bem como o plano de demissão voluntária da empresa, e a parceria firmada em maio entre o governo estadual e o BNDES para estudar a privatização da Copasa. Beatriz Cerqueira leu informações da Associação Nacional Dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), onde consta que o Brasil é o vice-líder em reestatizar água. “O Brasil é vice-líder em reestatização de água e saneamento no mundo,
Com privatização, tarifa aumenta, demonstra situação de Pará de Minas com 78 casos confirmados, ante 106 na França. Entre os problemas que levaram à reestatização são apontados tarifas altas, falta de transparência, evasão de divisas, valores excessivos pagos aos executivos e aos acionistas”. “No Amapá, onde foi feito o processo de privatização da energia, vimos o apagão”, destacou Jairo Nogueira, presidente da CUT-MG. Impactos no investimento do Estado Conforme projeção para 2020, a Copasa é responsável por R$ 859,9 milhões em investimentos no estado. Seu patrimônio líquido é de R$ 7,14 bilhões, tendo valorizado 8,1% em um ano.
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CIDADES
Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
Apenas 26 milhões fizeram teste para covid-19. Número cresce conforme renda e escolaridade
País ainda não tem plano final para campanha de vacinação Najara Araujo /Câmara dos Deputados
Denis Lovrovic/-AFP
Desemprego maior
Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual casa. Outros 80,7 milhões
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té outubro, 25,7 milhões de pessoas haviam feito teste para saber se haviam sido infectadas pelo coronavírus. O número corresponde a apenas 12,1% da população. Daquele total, 22,4%, ou 5,7 milhões, testaram positivo. Os dados são de edição específica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, a Pnad Covid, divulgada na terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, de um total de 211,5 milhões de habitantes, 9,7 milhões (4,6%) não fizeram nenhuma medida de restrição em outubro. Por sua vez, 93,8 milhões (44,3%) reduziram o contato, mas continuaram saindo de
(38,2%) ficaram em casa e só saíram por necessidade básica. Por fim, 26,3 milhões (12,4%) ficaram rigorosamente isolados. A região Norte teve o maior percentual de pessoas que não fizeram restrições (8,1%). Já o Nordeste registrou maior proporção daquelas rigorosamente isoladas (14,7%). Quanto maior a escolaridade, mais pessoas fizeram testes, foram 6,6% entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto a 25% no caso das que têm ensino superior completo ou pós-graduação. A testagem é mais frequente nas faixas de maior renda. No décimo mais elevado, 24,6%. No primeiro décimo, 6,1%.
O IBGE estimou em 13,8 milhões o total de desempregados em outubro, ante 13,5 milhões no mês anterior (aumento de 2,1%) e 10,1 milhões em maio (aumento de 35,9%). A taxa de desemprego subiu para 14,1%, com variações regionais: Nordeste (17,3%), Norte (15,1%), Sudeste (14,2%), Centro-Oeste (12,1%), e Sul (9,4%). Entre as mulheres, a taxa de desemprego foi bem maior: 17,1%, enquanto a dos homens foi de 11,7%. Também ficou acima entre pessoas de cor preta ou parda (16,2%) em relação aos brancos (11,5%). Havia 74,1 milhões de pessoas fora da força de trabalho (queda de 1,9% em relação a setembro). Segundo o IBGE, 34,1% gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, enquanto 19,9% não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade.
Redação
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, contradisse afirmações anteriores de integrantes do próprio Ministério da Saúde, que sinalizavam a chegada de 30 milhões de doses da vacina de Oxford ao Brasil, ainda em janeiro de 2021. Na quarta-feira (2), o ministro disse que serão 15 milhões de unidades no início do ano que vem. O Brasil ainda não tem um plano nacional de imunização finalizado. Na terça-feira (1), o Ministério afirmou que o planejamento só será finalizado após registro da vacina na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na quarta, a Anvisa divulgou que vai aceitar pedidos de uso emergencial, sem necessidade de “registro sanitário”. Apenas laboratórios com vacinas já em testes no Brasil poderão se beneficiar da flexibilização no controle. As empresas que tiverem os imunizantes aprova-
dos não poderão vender as substâncias no mercado privado. Toda a distribuição deve ocorrer pelo Sistema Único de Saúde. Um planejamento inicial determina que a imunização comece por profissionais da saúde, idosos e indígenas. Nessa primeira fase, estima-se que 13 milhões de brasileiros receberão as doses. Resto do mundo já se adianta
Na quarta-feira (2), o Reino Unido anunciou que vai começar a vacinar a população na semana que vem. O governo Russo também tem pretensões de iniciar o processo de vacinação na próxima semana. Há informações de que a China já aplica vacinas entre os profissionais da saúde, servidores públicos e trabalhadores de zonas de fronteira. Na Alemanha, a expectativa é de que 450 mil moradores de Berlim recebam a imunização ainda este mês. O governo estadunidense avalia que é possível iniciar a campanha no país antes do Natal.
ESPECIAL
MG DEZEMBRO 2020
Acordo sem os atingidos não vale ZEM
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. Atingidos e assessorias técnicas de toda a Bacia do Paraopeba se unem por participação… pág. 2 . Ministérios Público Estadual e Federal querem participação dos atingidos em audiência dia 9… pág. 3 . Leia trechos de manifesto dos atingidos e assessorias que será entregue ao TJMG… pág. 4
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ESPECIAL
Belo Horizonte, dezembro de 2020
Atingidos e assessorias cobram participação no acordo entre a Vale e o governo de Minas BARRAGEM DE CÓRREGO DO FEIJÃO Entidades de toda a bacia do Paraopeba reivindicam presença de pessoas atingidas na elaboração das propostas de reparação Mídia NINJA
Raíssa Lopes
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tingidos e atingidas de toda a bacia do Rio Paraopeba se unem para cobrar participação no procedimento de reparação pelo crime da mineradora Vale na cidade de Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, em janeiro de 2019. Os moradores e trabalhadores da bacia afirmam que o direito de tomarem decisões está sendo negado durante as negociações, entre empresa e o governo de Minas, para a formulação de acordo judicial que trata sobre ressarcimento dos prejuízos causados. “Nossos direitos estão sendo violados pela Vale. Agora, vem o governo querendo fazer acordo a portas fechadas. Isso é golpe, porque acordo que não tem participação dos atingidos não é válido. E o nosso futuro, dos nossos filhos, a nossa saúde, como que vai ser?”, desabafa a atingida Damiana Aparecida Lima . Exausta da batalha contínua por direitos, ela declara que a expectativa para o acordo “é muito pouca”, “mas a fé é muito grande”, e que os atingidos vão lutar até o fim para honrar a vida dos que se foram com a lama. “Eu tenho muita fé em Deus que o sangue derramado deles não foi em vão”, reforça.
Unidade de atingidos e de assessorias técnicas Para estruturar o processo de reparação, a calha do Paraopeba foi dividida em cinco regiões, que são assistidas por Assessorias Técnicas Independentes (ATIs) diferentes. As regiões um (Brumadinho) e dois (Betim, Mário Campos, Juatuba, São Joaquim de Bicas e Igarapé) ficam a cargo da Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas). Na região três (Esmeraldas, Florestal, Pará de Minas, Fortuna de Minas, São José
Nossas reivindicações não estão sendo ouvidas pela Vale
A não informação sobre termos de um possível acordo impede uma participação efetiva da Varginha, Pequi, Maravilhas, Papagaios, Caetanópolis e Paraopeba), o órgão que atua é o Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab). Já as regiões quatro (Pompéu e Curvelo) e cinco (São Gonçalo do Abaeté, Felixlândia, Morada Nova de Minas, Biquinhas, Paineiras, Martinho Campos, Abaeté e Três Marias) são atendidas pelo Instituto Guaicuy. As três assessorias estão trabalhando em conjunto para que os direitos das comuni-
dades sejam preservados. De acordo com Flávio Bastos, coordenador no Nacab, a mobilização das cinco regiões é fundamental neste momento. “Temos buscado, junto às comissões e com a colaboração do MAB [Movimento dos Atingidos por Barragens], realizar um intenso cronograma de mobilizações, estudos e debates coletivos, envolvendo todas as comunidades. Um bom exemplo foi na audiência judicial [17 de novembro]. A pressão feita pelos atingidos em ato na porta do Tribunal de Justiça foi decisiva para que o acordo não fosse fechado naquela data”, relata. Flávio conta sobre outra ação coletiva que pode trazer novos impactos positivos. “Foram formados grupos de trabalho com pessoas atingidas das cinco regiões e assessores técnicos das três ATIs. A partir deles, criamos um manifesto com as posições das comunidades”. [Leia na página 3]. Participação informada Luiz Otávio Ribas, da coordenação da Aedas, afirma que a elaboração da reparação sem a presença das pessoas atingidas fere, inclusive, os tratados internacionais de direitos humanos. E que “o gover-
no de Minas precisa respeitar as leis”, ou seja, garantir a plena ciência das cláusulas e consequências do acordo por reparação. “A não informação sobre termos de um possível acordo impede uma participação efetiva, violando esse direito humano. Esse princípio já foi reconhecido dentro das ações coletivas movidas contra a Vale nesse processo de reparação”, reforça.
Reivindicações dos atingidos “Eles querem antes de mais nada a recuperação do rio, sua fonte de sustento. Querem receber o passivo do emergencial e querem a ampliação para aqueles que não receberam e que tiveram seu meio de vida afetados; querem que priorizem as questões locais; que os valores desse acordo sejam mantidos como nos pedidos realizados pelas instituições da Justiça”, diz a coordenadora do Instituto Guaicuy, Carla Wstane, sobre o que exigem os pescadores, ribeirinhos, comerciantes, sitiantes, moradores e outros grupos que viviam de alguma forma do rio Paraopeba.
O acordo definido pelo Ministério Público e Defensoria Pública proposto à Vale foi de R$ 54,6 bilhões. Desse valor, R$ 26,6 bilhões é o montante calculado pela Fundação João Pinheiro para inde-
EXPEDIENTE AEDAS - Coordenação Estadual - Cauê Melo, Heiza Maria Dias, Jéssica
nização ao governo de Minas para cobrir danos econômi-
O Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em sete estados.
Barbosa e Luis Shikasho. Comunicação: Carmen Kemoly, Fabiana Benedi-
Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista
to, Joana Tavares, Lucas Jerônimo, Marcos Barbosa, Rurian Valentino, Val-
cos; já as instituições de Jus-
da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado. Este es-
mir Macedo, Vivian Virissimo. Este material foi elaborado com contribui-
tiça, calcularam em R$ 28 bi-
pecial é uma parceria do Brasil de Fato MG com a Associação Estadual de Defe-
ções dos integrantes da equipe técnica multidisciplinar nas Regiões 01 e 02
lhões a reparação aos atingi-
sa Ambiental e Social (AEDAS). www.brasildefatomg.com.br / 31 9 8468-4731
de atuação da Aedas. CNPJ 03.597.850/0001-07 / www.aedasmg.org/pa-
dos, por danos morais e so-
raopeba / (31) 9 9840 1487
ciais coletivos.
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MP federal e estadual defendem participação dos atingidos e acesso à informação REPARAÇÃO Audiência, dia 9, pode definir rumos do acordo entre Vale e governo estadual sem as comunidades Robert Leal / TJMG
Reprodução / MAB
Wallace Oliveira
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stá sendo travada no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) uma negociação entre a Vale S.A., o governo de Minas Gerais e as instituições de Justiça que pode definir o destino da população da Bacia do Rio Paraopeba, atingida pelo rompimento da barragem da mineradora em Brumadinho, em janeiro do ano passado. Segundo especialistas do direito, a forma como esse processo ocorre está em desacordo com a própria lei brasileira.
rante que todos os atos da administração pública sejam divulgados, com base no princípio da publicida-
Constituição Federal garante que “todos os julgamentos do Poder Judiciário serão públicos”
de. Em outro trecho (inciso 9 do artigo 93), está escrito que “todos os julgamentos do Poder Judiciário serão públicos” e a presença das partes ou de seus advogados só pode ser limitada Vice-presidente quando “a preservação do direito à intimidade do indo TJMG impôs cláusula de con- teressado no sigilo não prejudique o interesse público fidencialidade à informação”. Além disso, a Na Constituição Fede- legislação internacional soral, o artigo 37, caput, ga- bre direitos humanos e re-
paração de desastres garantem a centralidade das pessoas atingidas e seu direito de participarem em todas as etapas do processo. Porém, não é o que tem acontecido na negociação da qual participa a Vale. Por determinação do próprio Tribunal de Justiça de Minas Gerais, os atingidos e suas assessorias técnicas não podem acessar e debater amplamente as propostas e documentos de negociação do acordo, tampouco foram autorizados a ter acesso às audiências de discussão, apresentar suas opiniões e decidir sobre os termos do acordo. As autoridades que presidem a Defensoria Pública de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais e o Ministério Público Federal - instituições que cumprem papéis de representação dos atingidos - têm acesso aos deba-
tes, mas também não podem divulgar os documentos, por força de uma cláusula de confidencialidade, estabelecida pelo vice-presidente do TJMG, desembargador Newton Teixeira Carvalho. Isso tem suscitado críticas dos ministérios públicos, para os quais está sendo desrespeitado o direito que as vítimas têm de serem ouvidas, participarem das decisões como protagonistas e estarem cientes de todas as informações importantes. Internamente, fala-se que a negociação não é transparente e que a empresa responsável pelo crime é que está conduzindo o processo. Além da suspensão da
Destinação das verbas O acordo define projetos, obras e programas, sem a publicidade adequada dessas medidas ou consultas e debates prévios com as comunidades. Para as instituições de Justiça, essa falta de transparência e participação pode comprometer a reparação, destinando grandes recursos a medidas desconhecidas e desvinculadas das necessidades reais das pessoas. Aponta-se que a Vale, nesse sentido, estaria mais interessada na divulgação dos valores gastos na mídia do que no atendimento real às pessoas atingidas.
Aplicação em obras da Grande BH
Procuradores querem suspensão da confidencialidade e presença dos atingidos em audiência de conciliação dia 9 de dezembro confidencialidade, procuradores também querem que a próxima audiência de conciliação, marcada para o dia 09 de dezembro, conte com a presença dos atingidos e das assessorias técnicas. Eles cobram do Judiciário que a reunião também sirva para estabelecer um cronograma detalhado das medidas de reparação às comunidades.
O pedido de reparação acordada, feito conjuntamente pelo governo de Minas e instituições de Justiça, sem os atingidos, está apreciado em R$ 54,6 bilhões. O governo afirma que “os recursos serão destinados a contas específicas para aplicação em projetos que priorizam a região diretamente atingida” e acrescenta que a contraproposta apresentada pela Vale é insatisfatória. A imprensa comercial tem divulgado que o governo pretende reverter parte do recurso para obras de infraestrutura na Região Metropolitana de BH. Os procuradores entendem que o Estado de Minas Gerais não tem autonomia para definir o destino dos recursos.
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ESPECIAL
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Conheça trechos do manifesto em elaboração pelos atingidos e entidades que será protocolado no Tribunal de Justiça Redação As Comissões de Atingidos da Bacia do Paraopeba elaboram, desde o dia 24 de novembro, um manifesto dos atingidos sobre o acordo em curso entre a Vale e o governo estadual. O ma-
nifesto é realizado pelas pessoas atingidas de toda a bacia, equipes das assessorias técnicas Aedas, Nacab e Guaicuy e pelos integrantes da Coordenação Metodológica e Finalística da PUC Minas que participam de cinco grupos de trabalhos temáticos.
Publicamos abaixo parte do manifesto que será submetido à apreciação dos atingidos em reunião das Comissões de Atingidos e Atingidas da Bacia do Paraopeba, no sábado (5). Segundo os responsáveis pela redação, “a decisão por divulgar o manifes-
to ainda inconcluso visa dar maior transparência e publicidade ao trabalho acumulado, bem como permitir acesso à informação, contribuir para o diálogo e a democratização das decisões, limitadas pelo contexto da pandemia”, afirmam em nota.
Uma vez aprovado o manifesto será divulgado amplamente, encaminhado às partes do processo negocial, e protocolado no processo judicial do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Confira os principais trechos:
Manifesto pela participação das pessoas atingidas na discussão do acordo judicial entre Vale, Estado de MG e instituições de Justiça Nós, pessoas da Bacia do Paraopeba atingidas pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, após reunião em quatro plenárias de porta-vozes de todas as comissões reconhecidas pelas comunidades e pelas Instituições de Justiça, das cinco regiões atingidas, sobre a proposta de acordo que o Estado, Instituições de Justiça - IJs (Ministério Público Federal, Estadual e Defensoria Pública) e Vale S.A pretendem celebrar, vêm a público manifestar a sua atual discordância da aprovação de um acordo discutido e elaborado sem a devida participação informada - conforme conceituado no processo judicial - das pessoas e comunidades atingidas, pelos motivos que seguem abaixo. Não há oposição à possibilidade de um acordo no processo, desde que justo, transparente, participativo, condizente com o interesse público e os direitos da população atingida. PARTICIPAÇÃO COMO PRIMEIRA CONDIÇÃO. O acordo deve ser elaborado por meio de um amplo e transparente processo de participa-
ção dos atingidos de toda a calha do Paraopeba, inclusive aqueles ainda não reconhecidos pela Vale e os povos tradicionais e demais comunidades, nos termos da Convenção OIT 169; TRANSPARÊNCIA COMO PRESSUPOSTO. As propostas e documentos apresentados devem ser disponibilizados aos atingidos, com a revogação de sua confidencialidade e acesso irrestrito à informação; VALORES: NADA MENOS QUE O NECESSÁRIO E JUSTO. O teto do valor do acordo deve ser suficiente para que a reparação seja integral e justa e deve abarcar danos de valor ainda incalculáveis, danos em progressão e novos danos. Com base no lucro anual (2019) da Vale S.A foi solicitado R$ 26 bilhões para danos sofridos pelo Estado de MG e outros R$ 28 bilhões para danos morais coletivos. O acordo poderia chegar a valores superiores apenas com a atualização do cálculo baseado no lucro da Vale S.A. no último trimestre; O RECURSO É NOSSO. O acordo deve garantir uma distribuição proporcional e justa de valores para diferentes danos e
vítimas. Os projetos socioeconômicos para reparação de danos morais coletivos sofridos pela população devem receber, ao menos, metade do valor total do acordo. Metade dos valores geridos pelo Estado de Minas Gerais deve ser investido nas regiões atingidas;
sim como na definição de critérios ou execução de medidas reparatórias. Deve ser descartado o atual papel da empresa na definição de critérios para a reparação socioambiental, que deverá ser realizado pela legislação ambiental (SISEMA) e Ministério Público;
DIREITO À PARTICIPAÇÃO INFORMADA. O acordo deve garantir a atuação das assessorias técnicas em todas as fases da reparação, com recursos suficientes, não limitados previamente e distintos dos indenizatórios;
FISCALIZAÇÃO E PUNIÇÃO Apesar de suas propagandas enganosas, a Vale S.A está constantemente descumprindo os acordos já firmados, sem qualquer punição, conforme denúncias das IJs e Comissões. Devem ser garantidas formas de fiscalização e severas multas aos descumprimentos da Vale;
PARTICIPAÇÃO: NADA MENOS QUE A PARIDADE. Levantamento de dados, elaboração, planejamento, gestão, fiscalização e decisão da reparação acordada devem ser feitas a partir de estruturas com a presença dos atingidos, em igual participação e poder de decisão das instituições de Estado; GOVERNANÇA: FORA VALE!!! O papel da Vale na reparação deve estar restrito apenas ao pagamento das medidas. Deve ser vetada sua participação nas estruturas de gestão e implementação do acordo, as-
REPARAÇÃO INTEGRAL! Devem ser excluídas do acordo a reparação dos danos individuais e danos individuais homogêneos. É preciso garantir o processo de identificação completa dos danos e decisão participativa sobre a reparação; EMERGENCIAL: RESOLVER O PASSIVO E AVANÇAR NA REPARAÇÃO. Deve haver imediata resolução das questões emergenciais acumuladas (passivos) da população atingida, como renda, atendimen-
to de saúde, distribuição de água às pessoas e animais, ração, e silagem, conforme critérios em construção pelos atingidos e ATIs, com aplicação de multa pelos descumprimentos da Vale S.A; ATÉ A INDENIZAÇÃO, RENDA NA MÃO! Deverá ser implementada política de reparação econômica coletiva, nos moldes do Programa de Direito de Renda, cujos critérios deverão ser detalhados, pelos atingidos e ATIs, no mesmo prazo concedido aos demais anexos do acordo, período em que o atual auxílio provisório deverá ser mantido. CRONOGRAMA DE PARTICIPAÇÃO: um cronograma mínimo de discussão e participação informada deve ocorrer, pelo menos, até o dia 25/01/21, com a construção de uma posição consolidada das pessoas atingidas sobre suas propostas e termos. Confira a versão final do manifesto na página das Assessorias Técnicas Aedas, Guaicuy e Nacab.
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Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
Direita tradicional avança, esquerda ensaia unidade: o saldo das eleições 2020 Redação
A
s eleições municipais 2020 foram atravessadas pela pandemia de covid-19, que impactou o processo desde o período pré-campanha. O pleito será lembrado pelo fracasso dos candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por um ensaio de unidade da esquerda em várias capitais no 2º turno e pela eleição massiva de candidatos da direita tradicional nas principais cidades do país. No último domingo (29),
foram disputadas eleições para prefeitura em 2º turno em 57 cidades. Dez disputas foram vencidas pelo MDB, oito pelo PSDB e sete pelo Podemos. Quanto às capitais, sete tiveram a eleição decidida em 1º turno com vitórias da direita e da centro-direita: Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Natal (RN), Palmas (TO), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Campo Grande (MS). Campo progressista No 2º turno, o campo progressista só venceu em Be-
lém (PA), com Edmilson Rodrigues (PSOL), em Aracaju (SE), com Edvaldo Nogueira (PDT); no Recife (PE), com João Campos (PSB); e em Maceió (AL), com João Henrique Caldas (PSB). Pela primeira vez, o PT não elegeu nenhum prefeito nas capitais. Por outro lado, o partido saltará de zero para quatro prefeituras entre as 100 maiores cidades do país. No último domingo (29), foram eleitos José de Filippi Jr., em Diadema (SP); Marília Campos, em Contagem (MG); Margarida Salomão, em Juiz de Fora (MG); e Marcelo Oliveira, em Mauá (SP).
Conta de luz fica mais cara neste mês de dezembro. Saiba como economizar Decisão contradiz definição de maio de que a bandeira verde (mais barata) ficaria até o final de 2020 devido à pandemia Marcos Santos /USP - Imagens
Redação A conta de luz de dezembro terá bandeira vermelha 2, isso significa que a conta ficará mais cara neste mês, segundo a Agência Nacional de Energia Elétri-
ca (Aneel). Assim, a partir da terça-feira (1º), cada 100 quilowatts-hora passa a custar R$ 6,243, a tarifa mais alta prevista entre as bandeiras. A decisão da Aneel contradiz a definição de maio deste ano, quando a agência co-
municou que as contas ficariam com a bandeira verde (mais barata) até o final de 2020, devido à pandemia de covid-19. Para economizar na fatura do mês de dezembro, algumas dicas são tomar banhos curtos, de até cinco minutos; utilizar a opção morna do chuveiro; não colocar alimentos quentes dentro da geladeira; regular a temperatura interna da geladeira; deixar um espaço para ventilação atrás da geladeira; utilizar lâmpadas econômicas; utilizar o ferro de passar roupa com menos frequência, assim como a máquina de lavar roupa; retirar os aparelhos da tomada quando possível.
BRASIL
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Eleições legislativas na Venezuela têm 14 mil candidatos No próximo domingo (6), cerca de 20,7 milhões de venezuelanos estão convocados a eleger 277 deputados que irão compor a nova Assembleia Nacional. Aproximadamente 14 mil candidatos estão inscritos, sendo que 52% serão escolhidos por um esquema de listas enviadas pelos partidos e 48% por voto nominal. Ao todo, 107 organizações políticas estão habilitadas a participar das eleições. As duas maiores chapas são o Grande Polo Patriótico (GPP), dirigido pelo governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), e a Aliança Venezuela Unida, pelo lado opositor. Pela primeira vez em 21 anos, o chavismo sairá dividido. Além do GPP, também está inscrita a Aliança Popular Revolucionária (APR), promovida pelo Partido Comunista da Venezuela e outras organizações de esquerda. Juan Guaidó, um dos líderes da oposição, declarou que não irá participar do processo e convocou uma consulta nacional para o dia 12 de dezembro, a fim de questionar se os ve-
nezuelanos querem uma mudança de governo. Apesar de a figura jurídica do referendo revogatório estar prevista na Constituição venezuelana, a oposição guaidosista se apoia num mecanismo sem qualquer previsão legal. No entanto, o seu partido, Voluntad Popular, se dividiu, e parte dos membros concorrerão às eleições legislativas junto ao partido Primero Venezuela, na Aliança Venezuela Unida. Esse processo passou por uma série de negociações em mesas de diálogo entre governo e oposição e marca um ponto de inflexão na conjuntura política do país. Na última legislatura (2015-2020), a oposição de direita unificada na Mesa de Unidade Democrática (MUD) ganhou a ampla maioria do Legislativo. Superação da crise econômica, melhoria nos salários, garantia de serviços públicos e suspensão do bloqueio econômico que atinge o país são os temas centrais do debate eleitoral. Conheça abaixo as propostas das chapas que disputam o pleito.
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VARIEDADES
Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
CIÊNCIA, COISA BOA! CELULAR CAUSA CÂNCER?
FIQUE
BEM Olá pessoal! Seguem as dicas desta semana.
CORAGEM PARA CORTAR O PRÓPRIO CABELO Antes de cortar as próprias madeixas, é importante você identificar as texturas dos seus fios: perceba se ele encolhe, se ele tem aberturas de cachos diferentes (isso é muito comum!), se é mais liso ou mais cacheado em determinado lugar. Cortes não precisam ser exatamente retos, iguais e medidos à régua. Mas, para isso, você precisa conhecer seu cabelo para prever o que pode acontecer. E lembre-se, em caso de dúvida, cortar menos é a melhor a opção.
VAMOS LÁ
No último texto escrevi sobre as gerações das redes de telefonia móvel. A leitora Silvana Alves, muito gentil, nos sugeriu uma continuidade para o tema! Quis saber quais os riscos da internet 5G (e dos celulares e antenas de modo geral) para a saúde humana no que diz respeito à radiação emitida. Ela pode causar câncer? Essa é uma questão bastante controversa. Como a popularização dos celulares é algo recente, as pesquisas ainda são inconclusivas, o que contribui para a polêmica em torno do tema. Há estudos que demonstram certa relação, apesar de baixa, entre o aparecimento de tumores e a radiação emitida pelos celulares. Em um experimento divulgado em 2018 pelo DepartaA rede mento de Saúde dos EUA, observou-se a ocor5G possui rência de câncer em ratos expostos a essa radiaondas longas ção. Contudo, as principais agências científicas que revisam estudos em torno do tema até o momento concluem que os aparelhos e antenas são seguros. Vamos pensar no que é o câncer e o que é a radiação para entender melhor a questão? Os celulares emitem radiação na forma de ondas eletromagnéticas. Como mostra a figura acima, elas são classificadas de acordo com sua frequência. As de alta frequência, como o raio-x, ao se propagarem, “passam” várias vezes num mesmo espaço pequeno. Já as de baixa frequência, como as do celular, passam poucas vezes. Para se ter uma ideia, a distância entre dois picos de uma onda de rádio é de vários metros, enquanto a de um raio gama é menor do que um átomo. O câncer é resultado da proliferação desordenada de células causada pela mutação em seu DNA. Sabe-se, desde o século passado, que ondas de alta frequência são capazes de causar essas mutações. Isso ocorre pois, ao atravessarem o corpo, elas passam muitas vezes pelo DNA, o que pode acabar por alterar sua estrutura. Já ondas de baixa frequência possuem uma capacidade mutagênica bem menor, pois a chance de elas tocarem a estrutura do DNA ao passarem pelo corpo é quase nula. A rede 5G, apesar de usar uma frequência maior do que as anteriores, ainda assim se enquadra no intervalo das ondas longas. Pela figura, é possível perceber que até mesmo a luz visível emitida por uma lâmpada possui, em teoria, maior capacidade mutagênica do que as emitidas pelo celular. Um abraço (em especial para a Silvana desta vez) e até a próxima! Renan Santos é professor de biologia da rede estadual de Minas Gerais
Tenha uma tesoura apropriada e afiada. Não use tesoura de papel ou de cozinha, porque pode estragar o seu cabelo, causando pontas duplas ou esgarçando o fio. Para cabelos compridos, lisos ou ondulados, uma dica é fazer um rabo de cavalo bem apertado, medir a quantidade, por exemplo três dedos, e cortar as pontas em linha reta. Quanto mais alto o rabo de cavalo, mais repicado ficará. Para cabelos cacheados e crespos, o segredo é cortar seco, de preferência finalizado. Para ir ajeitando o volume, vá puxando as mechas e cortando. Se for muito cabelo, divida em partes. E para repicar, vá cortando de cima para baixo.
CORTE DE FRANJA Foi-se o tempo em que cabelo cacheado não combinava com franja! Qualquer cabelo fica com muito estilo, basta ter coragem. O segredo é não cortar muito da primeira vez, vá aos poucos. Separe uma pequena mecha do cabelo da frente, puxe no sentido do nariz e corte. Se o cabelo for liso ou ondulado, é só torcer bastante a mecha da frente (que vai virar a franja) de modo que os fios fiquem torcidos até o couro cabeludo. Assim, o corte sai desfiadinho. Não tenha medo! Deu errado? Calma, o cabelo vai crescer novamente! Um beijo da Jana! Janaína Cristina escreve sobre dicas de bem-estar e autocuidado
AMIGA DA SAÚDE Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Unico de Saúde I Coren MG 159621
O que corta o efeito da pílula do dia seguinte? Jussara Monteiro, 29 anos, motorista de aplicativo. A principal coisa que pode cortar o efeito da pílula é o vômito até duas horas após ter ingerido o medicamento. Nesse caso, deve-se tomar novamente. Se houver vômito de novo, deve-se inserir a pílula via vaginal, pois a mucosa da vagina poderá absorvê-la também de forma eficaz. Alguns medicamentos podem também reduzir o efeito da pílula. É o caso do fenobarbital e fenitoína, entre outros usados para tratar convulsões. Um antifúngico chamado griseofulvina, o antiviral ritonavir, e os antibióticos rifampicina e rifabutina (geralmente usados em tratamentos de tuberculose e HIV) também podem interferir na ação da pílula, assim como outros medicamentos. Vale lembrar que esses são os nomes dos princípios ativos. Os nomes comerciais podem ser diferentes. Fiquem atentas e verifiquem sempre a bula!
Mande sua dúvida para amigadasaude@brasildefato.com.br
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www.malvados.com.br
BOLO DE RAPADURA
Reprodução
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br Antiga moradia com fosso e torres
Recipiente para envelhecimento de vinhos Afetuoso; carinhoso
Aprecia; respeita Aquele que prepara o chimarrão
"(?)-culpa": confissão
É desejada aos noivos Amor (?): o único que quebra feitiços, em contos de fadas
Ponto de (?), local de destaque do mercado Saliência que permite a leitura em braille
Faixa de rádio com alto alcance
"The (?) Pretender", hit do Queen
Ingredientes • • • • • • •
"(?) Negro", suspense psicológico (Cin.) Artigo da coleção do filatelista
102, em algarismos romanos
Tempero básico da cozinha Deus máximo do panteão nórdico
1 xícara (de chá) de rapadura picada ou raspada 1 xícara (de chá) de água 2 xícaras (de chá) de farinha de trigo 1 colher (de chá) de canela 1 xícara (de chá) de manteiga 4 ovos 1 colher (de sopa) de fermento em pó
Modo de preparo
Letra do símbolo da vitória
3/bad — mea. 4/bino. 5/great — venda. 6/salomé — togado. 7/cevador.
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Solução C C A S T R E L O M F E D I V E V A A L
C T E G O R I A L O M E S L P B C R E A T I O A T O N M E I G O E A B A L I C I D A S E L O G V I C R D A D E I E N D A S A O D I N T O R E L E
B C A H N A D V O E L I A M D E M V I I R O A L Ã V O
BANCO
Mau, em inglês Trajado com beca
Divisões da malha ferroviária
Peça de Oscar Wilde
Prólogo elogioso (Teatro)
É necessá- Dois instrumentos ria para a musicais de corda transfusão (?) de fenda, item da de sangue caixa de ferramentas
Stênio Garcia, em "Carga Pesada"
A decisão que não deixa margem a dúvidas
Uso (?): critério polêmico para legalização da maconha
© Revistas COQUETEL
Porção da comida Porção de alheia que o "olho- bebida grande" (?) Greco, ingerida por vez deseja pintor
• Misture a rapadura com a água e leve ao fogo, mexendo de vez em quando, até a rapadura dissolver completamente. Reserve; • Em uma tigela, coloque a farinha de trigo e a canela. Junte a manteiga e misture; • Acrescente os ovos na tigela, um a um, mexendo sempre; • Junte a rapadura dissolvida aos poucos, misture bem; • Coloque o fermento por último e misture; • Coloque a massa (que fica um pouco líquida mesmo) em uma forma untada e enfarinhada e asse no forno médio, por mais ou menos 40 minutos.
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Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020 Nonato Fotografia/Studio Beco
Pablo Nantu / Sharamentsa
DIA DO SAMBA
VAI COMEÇAR O FIF
O Dia Nacional do Samba é celebrado no dia 2 de dezembro. Até o domingo (6), a programação do Circuito Municipal de Cultura de Belo Horizonte reverencia esse gênero musical, que é um dos mais representativos do país. Entre os nomes de destaque, Adriana Araújo, que faz um show com banda, na sexta (4), na laje de casa, na Pedreira Prado Lopes. No domingo, a programação conta com uma roda de samba no Mercado da Lagoinha. Os eventos não terão público, mas serão transmitidos ao vivo no canal da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte no YouTube.
Com o tema “Imagens Resolutivas”, a 4ª edição do Festival Internacional de Fotografia (FIF) de Belo Horizonte acontece entre os dias 7 e 17 de dezembro. A exposição conta com 43 artistas selecionados, entre fotógrafos, artistas visuais e videomakers. São nomes de 19 países, tais como Uruguai, África do Sul, Japão, Grécia, Kuwait, e outros. A programação também abrange oficinas e palestras, além da Maratona Fotográfica, que é um processo resultará em séries fotográficas inéditas e originais que serão exibidas no site do festival. Mais informações estão disponíveis no site www.fif.art.br.
Divulgação
MOSTRA AUDIOVISUAL A 13ª edição da MOSCA – Mostra Audiovisual de Cambuquira, acontece neste ano em formato virtual até o dia 12 de dezembro. Serão exibidos 119 filmes nacionais e internacionais, divididos em seis recortes temáticos. Entre eles, a Mostra Mineira, que conta com cinco produções de Belo Horizonte. Além disso, a programação conta com conversa com os diretores, oficinas, exposições e atividades paralelas. Para ter acesso às informações e programação, os interessados podem seguir as redes sociais da MOSCA no @mostramosca e acessar o site www.mostramosca.com.br.
ANÚNCIO
Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
Seleção feminina dos EUA conquista melhores condições de trabalho Allan Patrick
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ESPORTE
Ale Cabral / CPB
Lucas Figueiredo / CBF
CPB realiza ato pelo dia das Pessoas com Deficiência Em celebração ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, na quinta-feira (3), o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou o “Manifesto Paralímpico”. A iniciativa busca provocar a reflexão sobre os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência no dia a dia. O lema do manifesto é “Nossa deficiência não nos define”. Além de um texto oficial, o CPB lançou um ensaio fotográfico com paratletas e um vídeo nas redes, que está disponível na página: tinyurl.com/y4z5vxl9.
ANÚNCIO
VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO. O SINDIBEL É A SUA FERRMANETA DE LUTA E NEGOCIAÇÃO PARA DEFENDER OS SEUS DIREITOS.
FORTALEÇA O SEU SINDICATO!
Nos unimos à luta das trabalhadoras e trabalhadores de Belo Horizonte para defender os nossos direitos!
A seleção feminina de futebol dos Estados Unidos conquistou uma importante vitória nesta semana. Na terça (1), elas fecharam um acordo com a federação que rege o esporte no país, prevendo melhores condições de trabalho, acomodações em hotéis, e viagens. Desde março de 2019, as jogadoras processam a federação, e outras pautas, como melhores salários, sem discriminação de gênero, ainda estão sendo discutidas na Justiça.
Este é o papel do Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (SINDIBEL), uma importante ferramenta de luta e negociação da classe trabalhadora. Se sindicalizando, você ganha acesso gratuito a serviços jurídicos e uma série de benefícios, descontos e condições especiais em diversos estabelecimentos e produtos de sua cidade! Mas além disso, o seu Sindicato fica mais forte e combativo para continuar defendendo os seus direitos. E disso, nós entendemos. São mais de 30 anos de luta em defesa dos servidores e servidoras de BH, onde colecionamentos vitórias e conquistas históricas por direitos, melhores condições de trabalho e um serviço público de qualidade. AMPLIE A SUA VOZ!
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Belo Horizonte, 4 a 10 de dezembro de 2020
AMÉRICA VISITA CSA, CRUZEIRO RECEBE BRASIL DE PELOTAS
ESPORTES
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DECLARAÇÃO DA SEMANA
Galo volta a campo
Alexandre Vidal / Flamengo
Bruno Haddad / Cruzeiro
Após o clássico que terminou em vitória do Cruzeiro por 2 a 1 sobre o América, na quarta (2), os dois times agora voltam a campo neste sábado (5). Às 16h, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL), o América visita o
CSA. O Coelho é vice-líder do campeonato, com 44 pontos, e o time alagoano ocupa a 6ª colocação, com 38. Às 21h, o Cruzeiro recebe o Brasil de Pelotas no Mineirão. A Raposa soma 31 pontos, dois atrás do time gaúcho.
Domingo (6), o Galo, líder da série A, retorna aos gramados após mais de uma semana sem jogar. O jogo contra o Internacional, às 18h15, no Mineirão, também marca a volta de 12 atletas que estavam afastados, sendo nove por terem testado positivo para Covid-19.
A gente tinha um grande objetivo que era jogar novamente o Mundial” Diego Alves, goleiro do Flamengo, logo após a eliminação na Libertadores pelo Racing.
Gol contra O Flamengo obteve sucesso no recurso que fez à Justiça e, agora, não terá mais que pagar R$ 10 mil mensais às famílias dos dez adolescentes mortos no incêndio no Ninho do Urubu, em fevereiro de 2019. A pensão foi reduzida a R$ 5225 e ainda cabe acordo. As famílias que já fizeram acordo prévio com o clube não recebem a pensão.
Gol de placa O Pouso Alegre é campeão do Módulo II do Campeonato Mineiro e jogará na elite do futebol do estado em 2021. Após o primeiro lugar geral na fase de classificação, o Dragão do sul de Minas empatou com o Nacional de Muriaé por 1 a 1 em casa e ergueu a taça.
Volúpia, coorte e virtudes alhures
Arbitragem
Fora é melhor
Bráulio Siffert
Rogério Hilário
Fabrício Farias
Os erros da arbitragem foram determinantes para a derrota do América no clássico contra o Cruzeiro. Logo no início do jogo, o juiz Dewson Fernando deixou de marcar um pênalti para o Coelho e, depoios, marcou um pênalti absurdo a favor dos estrelaDecacampeão dos. Isso desestabiliza o emocional e o esquema tático de qualquer time. E, de fato, o América não conseguiu transformar sua melhor organização em gols. E o pior é que não foi o único jogo em que o time foi prejudicado pelo apito. Gols legítimos foram anulados contra Ponte Preta, Cuiabá, Juventude e Oeste. Lisca já esbravejou várias vezes contra a arbitragem, pedindo providências da diretoria e da CBF, mas, pelo visto, de nada adiantou.
Ficar tanto tempo sem entrar em campo leva a especulações, cogita certezas, dúvidas, erros e acertos, torna-se uma obsessão. É o Galo neste hiato isolamento, pois os adversários diretos estão envolvidos em outras competições. Vêm irresponsabilidades do treinador exemplar e É Galo de alguns jogadores, dodoido! elenco alinhado com a proposta do comandante inovador. E de revelações de momento capazes de superar desde as intempéries da pandemia, quanto às deficiências do elenco. E vamos ao que interessa: torcer contra o São Paulo e ganhar do Internacional. Voltam titulares vítimas da própria volúpia, quando todos desta coorte: futebol não é ciência exata e, muito menos, dependente de virtudes.
Salve, nação celeste! No pior ano de nossa história, cada ponto e cada vitória valem bastante. Uma semana com denúncias de contrabando de material esportivo na Toca mostra como a situação é mais grave do que nossa vã consciência supõe. Ainda assim, La Bestia Negra vencemos o América fora de casa. Diante do péssimo retrospecto no Mineirão, a torcida fica mais esperançosa quando jogamos fora de nossos domínios. Sábado (5), teremos a oportunidade de romper essa sina. Diante do Brasil de Pelotas teremos a chance de ganhar algumas posições, se fizermos nossa parte e a rodada nos favorecer. Mas, para isso, o Mineirão precisa mais do que nunca reviver seus dias de Toca 3. Pra cima deles! Saudações celestes!
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