Israel de Oliveira
Música, cerveja e luta
Divulgação
Mais uma prisão injusta
Armazém do Campo se consagra como espaço cultural de BH. Samba, rodas de viola e saraus dividem espaço com produtos da agricultura
Detida sem provas, há um mês, Preta Ferreira, do movimento sem teto e apresentadora do Boletim Lula Livre, denuncia perseguição política
CULTURA 14
ENTREVISTA 11
MG Minas Gerais
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019 • edição 292 • brasildefato.com.br • distribuição gratuita
A REFORMA QUE O BRASIL PRECISA NÃO É A DA PREVIDÊNCIA Existem alternativas para enfrentar a crise econômica brasileira, afirmam especialistas e movimentos populares. Entenda os objetivos da proposta de Bolsonaro (PSL) e conheça caminhos que podem retomar o crescimento do país sem prejudicar trabalhadores I BRASIL 9 Divulgação IPT
Reprodução
MINAS
26 de julho Nesta data, no ano de 1953, a juventude cubana iniciava a luta armada contra a ditadura MUNDO
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Inédito no hemisfério Sul Lagoa Santa sediará 1° Laboratório Fábrica de Super Ímãs de Terras-Raras. Elementos são fundamentais para alta tecnologia, como produção de drones e computadores
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OPINIÃO
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
Editorial | Brasil
Injustiça com atingidos pelo crime da Vale Seis meses depois do crime da Vale em Brumadinho, no massacre que matou 272 pessoas e deixou, até o momento, 22 não encontradas, a impunidade e o descaso continuam sendo a marca da mineradora multinacional com as comunidades. Com a mesma atuação que tem há
ESPAÇO DOS LEITORES
“O melhor conselho que segui nessas férias foi o de fazer uma faxina nos meus armários e nos do meu filho. Reunimos uma dezena de sacolas com objetos que já não serviam mais e além da sensação de limpeza, pude presentear amigos com o que não usava mais”. Letícia Emanuelle escreve sobre o conselho da coluna Fique Bem da edição 289: “Aja como se fosse mudar de casa na semana que vem!” “Aí sim, guerreira. Força e foco!” Nalva Ferreira comenta o Fala Povo da edição especial sobre o Festivale, que perguntava: “Qual, a riqueza do Vale?” “Um belo tapa de luvas em Bolsonaro: enquanto ele despreza e ataca os governos dos estados do Nordeste, chamando-os de ‘Paraíbas’, a jovem paraibana, Elena Elida é eleita vice presidenta da UNE - União Nacional dos Estudantes”. Jair Gopefi fala sobre a entrevista da edição 291.
Escreva pra gente também: redacaomg@brasildefato.com.br ou em facebook.com/brasildefatomg
Organização da população atingida tem crescido a cada dia quase quatro anos na bacia do Rio Doce, a Vale continua tentando manipular a Justiça e os atingidos, fugindo da responsabilidade pelo crime. A marca da empresa tem sido a truculência com os atingidos, desrespeitando a luta dessas pessoas e agindo como se fosse dona de tudo. A empresa segue estratégias de individualização dos processos e tenta seduzir a população a assinar um termo de quitação, garantindo que os atingidos não possam mais reclamar seus danos à Justiça para além do valor recebido, e buscando baratear o quanto pode os custos de reparação. Como resposta ao descaso, a organização da população tem crescido a cada dia, com a criação e consolidação de Comissões e grupos de base em diversos bairros, comunidades e municípios. Junto com o Ministério Público, a Defensoria Pública e diversos órgãos e instituições, movimentos populares e os atingidos lutam por justiça para o crime.
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
A luta dos atingidos e atingidas já garantiu algumas importantes conquistas, como a assessoria técnica independente, o afastamento da Vale do cadastramento das famílias, o pagamento do auxílio emergencial e o reconhecimento de mais de 100 mil atingidos que moram nas proximidades do Rio Paraopeba. Impactos profundos O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão atingiu toda a Bacia do Paraopeba, trazendo consequências para dezenas de municípios, chegando até o São Francisco. A pesca, o lazer e a produção agrícola nas margens do rio foram interrompidos pela contaminação com o rejeito de minérios; o abastecimento de água está precário em diver-
Impactos são sociais, econômicos e na saúde das pessoas sas regiões. Os problemas de saúde se agravaram e a população reclama de vômitos, dores de barriga, feridas na pele e problemas psicológicos. As famílias enfrentam dívidas e problemas financeiros. O luto pela perda de parentes e amigos é parte do cotidiano e as comunidades sentem uma constante insegurança em suas vidas. Precisamos reforçar cada vez mais a importância de toda a sociedade se mobilizar para apoiar os atingidos e atingidas pelo crime da Vale no Rio Paraopeba e para exigir que esse crime não fique impune. O lucro não vale a vida!
PÁGINA: www.brasildefatomg.com.br CORREIO: redacaomg@brasildefato.com.br PARA ANUNCIAR: publicidademg@brasildefato.com.br TELEFONES: (31) 3309 3314 / (31) 3213 3983
conselho editorial minas gerais: Aruanã Leonne, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Ênio Bohnenberger, Frederico Santana Rick, Helberth Ávila de Souza, Jairo Nogueira Filho, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, Jô Moraes, José Guilherme Castro, José Luiz Quadros, Juarez Guimarães, Marcelo Almeida, Makota Celinha, Maria Júlia Gomes de Andrade, Milton Bicalho, Neila Batista, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Rogério Correia, Rosângela Gomes da Costa, Robson Sávio, Samuel da Silva, Talles Lopes, Titane, Valquíria Assis, Wagner Xavier. Editora: Joana Tavares (Mtb 10140/MG). Redação: Amélia Gomes, Larissa Costa, Rafaella Dotta, Raíssa Lopes e Wallace Oliveira. Colaboradores: Anna Carolina Azevedo, André Fidusi, Bráulio Siffert, Diego Silveira, Fabrício Farias, Izabela Xavier, João Paulo Cunha, Jonathan Hassen, Jordânia Souza, Pedro Rafael Vilela, Renan Santos, Rogério Hilário e Sofia Barbosa. Revisão: Luciana Gonçalves. Administração e distribuição: Paulo Antônio Romano de Mello e Vinícius Moreno Nolasco. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 40 mil exemplares. Razão social: Associação Henfil Educação e Comunicação
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Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
PERGUNTA DA SEMANA
Dia 25 de julho é dia de Tereza de Benguela, uma rainha negra que lutou contra a escravidão, e também data nacional em homenagem a todas as mulheres negras latino-americanas e caribenhas. Saímos às ruas e perguntamos:
O que significa ser mulher negra pra você?
Desde sempre ser mulher negra no Brasil é sinônimo de luta. É matar um leão por dia, mas por causa do processo que foi naturalizado pela sociedade, a gente acaba achando que isso é uma coisa normal... Nós também queremos mostrar que somos seres humanos, que lutamos também pela tranquilidade.
Iami Rani, fisioterapeuta
Eu amo ser negra! Eu acho que se eu tivesse nascido em outro corpo, com outra raça, eu não ia ser o que eu sou hoje. A gente pode ser tudo, ter vários estilos... Pode ser loira, ruiva, qualquer coisa. Tenho muito orgulho de ser negra.
GERAL
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Número da Semana 1,3 bilhões
É o número de pessoas “multidimensionalmente pobres” no mundo. O dado é de um relatório publicado neste mês pelo PNUD e Oxford Initiative, que afirma que metade dessa cifra – ou seja, 663 milhões de pessoas – são crianças e jovens abaixo de 18 anos.
# DJ de Araraquara
Depois da prisão de suspeitos de hackear celulares de autoridades , os internautas ironizaram a ação da Polícia Federal nas redes. Um dos detidos foi um DJ da cidade de Araraquara, no interior de São Paulo. “Hacker russo, transferência milionária de bitcoins, conchavos internacionais e estratégias políticas complexas. Roteiro de seriado. Daí me prendem um DJ de Araraquara”, diz um dos tuítes sobre o assunto.
Mais cultura em BH
Embratur
Thalia de Souza, cozinheira
As inscrições para a Zona Cultural Praça da Estação estão abertas até o dia 19 de agosto. Podem participar da seleção pessoas físicas das artes visuais, design, audiovisual, circo, dança, música, literatura e outras categorias. Será destinado um valor total de R$ 500 mil para o financiamento dos projetos. Mais informações em tinyurl.com/yxsbavbu.
Declaração da Semana
“Me chame de puta, mas não me chame de bolsominion, pelo amoooor de Deus!”
Divulgação Divulgação
Tuitou Raquel Pacheco, conhecida como Bruna Surfistinha. Ela rebate as declarações de Jair Bolsonaro, que disse não poder admitir “que com dinheiro público se façam filmes” como aquele inspirado em sua vida. O presidente tem atacado a Ancine e o cinema nacional.
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CIDADES
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Após seis meses do rompimento da barragem da Vale, atingidos cobram justiça MINERAÇÃO Cidade ainda vive o caos provocado pelo maior crime socioambiental do país Mídia NINJA
Larissa Costa
“
Para nós, é como se ainda estivéssemos no dia 25 de janeiro. Ainda não mudou nada, a não ser o fato das nossas vidas estarem mais vazias por causa dos nossos familiares que se foram”. É assim que a professora Juliana Fonseca, moradora de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, avalia os últimos seis meses de sua vida. O rompimento da barragem da Vale, em Córrego do Feijão, fez quase 300 vítimas fatais, inclusive pessoas muito próximas de Juliana: sua cunhada, a mãe das suas
enteadas e quatro primos do marido, além de quatro ex-alunos. Ainda há 22 corpos debaixo da lama. “A Vale cometeu o crime e continua dando todas as cartas. É ela que tem o direito de fazer os acordos, é ela que
diz quanto cada vida vale, é ela que está à frente das buscas”, diz Juliana, que faz parte da comissão de vítimas fatais, que organiza em todo dia 25 ações para lembrar do crime que chocou o mundo. Segundo balanço divulga-
do pela empresa, mais de 101 mil moradores recebem mensalmente auxílio emergencial e 276 famílias receberam doação de R$ 100 mil. A empresa afirma que R$ 2,3 bilhões já foram investidos em materiais de saúde, serviços ambientais, transporte e outros custos logísticos desde o rompimento. No entanto, segundo Luiz Paulo Siqueira, do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), a população continua desamparada. “Em geral, as famílias estão tendo problema de adoecimento mental, depressão e as tentativas de suicídio só têm aumentado. Além disso, houve um prejuízo econômi-
Sind-UTE/MG trabalhadores/as em educação, Superintendências Regionais de Ensino e Órgão Central para: CONVOCA
PARALISAÇÃO TOTAL DAS ATIVIDADES E
ASSEMBLEIA ESTADUAL
co que não vai ser superado, seja na agricultura familiar, com dezenas de famílias que perderam suas terras, seja na prática da pesca”, enumera. CPI A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Barragem da Assembleia Legislativa deve encerrar seus trabalhos em setembro. O relatório do senador Carlos Viana (PSD-MG) à CPI do Senado foi apresentado no início deste mês. O documento pede o indiciamento da Vale e da empresa alemã Tüv Süd – responsável pelo laudo de estabilidade da barragem – e 14 pessoas físicas. ANÚNCIO
13 (terça-feira)
14h
PÁTIO DA ALMG R. Rodrigues Caldas, 38 - BH
CONTRA A O REFORMA DA PREVIDÊNCIA E AL REGIME DE RECUPERAÇÃO FISC
Acesse: www.sindutemg.org.br
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
Lagoa Santa vai sediar primeiro LabFab de Ímãs de Terra-Rara do hemisfério sul Alexandre Carvalho
Amélia Gomes ocê já ouviu falar nas chamadas terras-raras? Você pode até achar que não conhece ou não sabe o que é isso, mas na verdade esses elementos estão por toda parte. Ao contrário do que o nome sugere, as terras-raras não são terras. Também não são raras por serem difíceis de achar, mas porque são difíceis de extrair. As terras-raras são um conjunto de 17 elementos químicos da tabela periódica com propriedades magnéticas fundamentais para a fabricação de equipamentos eletrônicos. Esses elementos são utilizados, por exemplo,
Elementos são essenciais para fazer produtos de tecnologia de ponta
Terra-rara é utilizado em drones, lasers, telas LCD, motores de veículos elétricos etc.
em drones, lasers, telas LCD, cabos de fibra ótica, motores de veículos elétricos, aparelhos de ressonância magnética e até mesmo no refino do petróleo para trans-
formação em gasolina e outros produtos. As terras-raras também são fundamentais para a indústria armamentista e para as telecomunicações. Resumindo, esses ele-
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China é a maior produtora de terra rara
TECNOLOGIA Junto com o Vietnã, Brasil possui a segunda maior reserva do elemento no mundo, mas ainda faz pouca transformação em produto
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MINAS
mentos são essenciais para as tecnologias de ponta. Com essa aplicação tão vasta, nos últimos anos a demanda por terras-raras tem aumentado exponencialmente em todo o mundo. Além disso, elas são componentes insubstituíveis. E são esses dois fatores que tornam esses elementos tão imprescindíveis para a atualidade e para o futuro.
A China detém não só a maior reserva de terras raras do mundo, 44 milhões de toneladas o que representa quase 40% da reserva mundial - como também é a maior exportadora do bem. O Brasil, empatado com o Vietnã, possui a segunda maior reserva de terras-raras no mundo. No entanto, a extração e transformação em produtos é insuficiente: cerca de mil toneladas por ano, o que corresponde a menos de 1% da demanda mundial. “Precisamos ter como meta não só a extração, mas principalmente a transformação desses insumos em produtos e tecnologias que enriqueçam o Brasil”, ressalta o professor Cláudio Sciliar.
Minas Gerais desponta na inovação Divulgação / IPT
O
primeiro Laboratório Fábrica de Ímãs de Terra Rara do hemisfério sul está previsto para ser inaugurado no primeiro semestre de 2020. O local vai sediar tanto pesquisas envolvendo os elementos neodímio e praseodímio, como também fabricar ímãs e ligas permanentes de terra-rara. Os ímas são utilizados, por exemplo, na fabricação de computadores e de motores elétricos, como para-brisas e vidros elétricos de automóveis. No total, estão sendo investidos R$120 milhões, recurso do Programa Inova Mineral. O LabFab terá
Imagem em microscópio obtida do neodímio que faz parte do grupo de terras raras
Laboratório terá capacidade anual de produção de 23 toneladas de ímas
a capacidade anual de produção de 23 toneladas de ímãs, atingindo a produção máxima em dez anos de 100 toneladas. O projeto é administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e conta com a parceria
da Universidade de Santa Catarina e da Universidade de São Paulo. Ricardo Wagner Righi de Toledo, Diretor de Fomento à Indústria de Alta Tecnologia da Codemge, explica que a produção de ímãs permanentes
vai transformar a tecnologia desenvolvida no país e no mundo. “É inovação de verdade. Estamos fazendo uma coisa muito rara mundo afora. Isso por si só tem impacto enorme na educação, na ciência, na geração de emprego, etc. E ainda atrai para a economia mineira uma série de demandas, pontua o diretor. A matéria-prima para a produção de ímãs de terra rara no LabFab virá de diversos fornecedores, nacionais e internacionais. Em Minas Gerais, esses elementos são extraídos principalmente nas cidades de Poços de Caldas e Araxá.
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CIDADES
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
Opinião
A democracia está envenenada
Atentados contra pessoas em situação de rua em Montes Claros mobilizam sociedade Felipe Soares Amaral de de acolhimento 24 ho-
João Paulo
nova classificação dos A venenos que são despejados em toneladas so-
bre os alimentos e os trabalhadores rurais é uma metáfora da destruição da democracia brasileira. Grave em si, a liberação do uso de produtos nocivos à saúde, amparados apenas em razões de mercado, simbolizam o escárnio em relação ao direito à vida. A liberdade está sendo envenenada no Brasil, em termos materiais e simbólicos. De acordo com a regra anunciada para as embalagens, os produtos serão discriminados por cores, que apontam seu risco de morte numa linha de tempo macabra. Há aqueles que matam de forma quase imediata e que são proibidos na maior parte do mundo civilizado. A faixa vermelha que vão ostentar pode ser compreendida, na vida social, na dose indigesta de autoritarismo e violência contra as instituições que estamos atravessando. Outros produtos corroem ao longo do tempo com sua carga tóxica, matando aos poucos ou preparando o organismo para o colapso inevitável. Na realidade política, são os
de faixa amarela, com sua concentração destrutiva de moralismo e preconceito. São brotos de neofascismo. Por fim, há os venenos que agem no longo prazo, que parecem seguir indicações técnicas, mas que na verdade minam por dentro a produção, desequilibrando a natureza e interferindo nas condições ideais de produção a longo
Bolsonaro mira com seu fuzil autoritário um a um os colegiados que desafiam seu propósito antidemocrático e entreguista prazo. Trazido para o campo da política, nesse grupo estão os ataques às formas de democracia direta, que vão sendo esvaziadas, reduzindo a participação popular e o controle social. A tentativa de extinguir os conselhos com presença da sociedade civil é a mais transparente ação dessa estratégia. Os mais recentes conflitos em relação à atuação de conselhos foram regis-
trados no ataque orquestrado ao Conselho Nacional do Meio Ambiente, o Conama; ao Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas, o Conad; e ao Conselho Superior de Cinema. Mas a situação não começou agora. Na solenidade que marcou os 100 dias de governo, o presidente decretou a extinção de todos os conselhos, fóruns, comissões e colegiados da administração pública federal, com uma única canetada de Bic. O número chegaria a 700 e a medida só não foi adiante por atropelar a regra de que um decreto não pode passar por cima da lei, como é o caso de muitos conselhos. Meses depois, Bolsonaro volta à carga, desta vez com o método de mirar com seu fuzil autoritário um a um os colegiados que desafiam seu propósito antidemocrático e entreguista. Na sua nova jornada antipopular, escolheu áreas que traduzem seus projetos mais destacados: desrespeitar o meio ambiente em favor do que de pior o mercado representa no setor, instituir a censura às artes e à inteligência, fazer prosperar práticas moralistas e autoritárias nas políticas sobre drogas. Um tripé formado por destruição, burrice e violência.
Nos últimos meses, dois atentados chocaram a população: um homem de 41 anos e outro de 44 anos sofreram tentativas de homicídio enquanto dormiam nas ruas, após terem tido fogo ateado em seus corpos. Os atentados mobilizaram a sociedade para o I Ato em Defesa da Vida das Pessoas em Situação de Rua, realizado no dia 13, no centro de Montes Claros. Entre as principais reivindicações estão a instalação de uma unida-
ras e um serviço público de pós alta hospitalar para as pessoas em situação de rua, já que as vítimas receberão alta e precisarão de um local com condições mínimas para manter os cuidados necessários no reestabelecimento da saúde. Com uma população de aproximadamente 405 mil habitantes, Montes Claros tem cerca de 500 pessoas em situação de rua, permanentes ou em trânsito, por estar localizada no segundo maior entroncamento rodoviário do Brasil.
Nossos direitos É FREELANCE OU RELAÇÃO DE EMPREGO? Na linguagem mais moderna, o nome é freelance. Na popular, são os bicos. Independente do nome, esse tipo de serviço sempre foi bastante comum. Porém, precisamos observar algumas características sobre o trabalho, pois há situações em que, na prática, há a configuração de relações empregatícias. Ainda que o combinado seja de freelance ou bico, se a relação possui algumas características, tais como a subordinação (relação de chefia), onerosidade (pa-
gamentos), pessoalidade, e não-eventualidade (há constância, e não incerteza), pode haver a configuração de relação empregatícia. Muitos estabelecimentos utilizam essa modalidade mais informal de contratação para não arcar com encargos como INSS e FGTS, que são importantes direitos do trabalhador. Como cada caso é um caso, é importante que a situação seja avaliada por um advogado para uma possível interposição de ação judicial.
Jonathan Hassen é advogado popular
OPINIÃO
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019 Edsom Leite / Minfra
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Padre João
Mais 51 agrotóxicos são liberados
Que sistema de governo temos no Brasil? Fazendo um apanhado na literatura da Ciência Política comprova-se que não existe sistema de governo puro, pois os formatos variam ao redor do mundo. Mas o momento atual do Brasil confunde qualquer analista político. Ao mesmo tempo temos: 1. Parlamentarismo: o poder legislativo (parlamento) proporciona a sustentação política para o poder execu- Realidade atual tivo. O (des)governo atual iniciou com Paulo Guedes fa- mescla zendo o papel de primeiro-ministro. Como ele se moselementos dos trou um péssimo articulador, coube a Rodrigo Maia asquatro regimes sumir esta função. 2. Monarquia: o monarca, imperador ou rei, governa um país como chefe de Estado. A transmissão de poder ocorre de forma hereditária. No Brasil, o presidente (o rei) distribui cargos para amigos da família, os filhos participam das agendas mundo afora, influenciam nas decisões importantes, promovem ataques nas redes sociais e até demitem ministros. 3. Ditadura: o poder político é controlado por militares, os direitos civis são suprimidos e opositores perseguidos. Hoje, dezenas de militares ocupam cargos estratégicos, há tentativas de mudanças em diversas áreas da educação, de alteração ou supressão de fatos históricos, endurecimento na repressão de manifestações populares e aumento da tensão nas relações do governo com a imprensa. 4. Presidencialismo: o presidente é o chefe geral do Estado e do governo, é responsável pela escolha dos ministros. Atualmente, o juiz responsável pela prisão do principal adversário do atual presidente nas últimas eleições ganhou como recompensa o cargo de ministro da Justiça, com promessa de receber como bonificação o cargo de ministro do STF. Rafael Aquino é cientista político, gestor cultural e morador de Contagem
*Padre João é deputado federal pelo PT e coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional
ACOMPANHANDO
Rafael Aquino
Como se já não bastasse todo o perigo, o governo Bolsonaro agora libera uma substância perigosa, feita à base de sulfoxaflor, um pesticida cujo uso está relacionado à morte de enxames inteiros de abelhas em todos os lugares do mundo em que foi lançado. Ao todo, já são 262 novos agrotóxicos liberados em pouco mais de 200 dias. Contando com a herança maldita do governo Temer, são 290 novos venenos liberados. Recentemente, realizamos audiência pública em Minas Gerais e em Brasília para discutir a presença desses venenos na água potável consumida pela população e os resultados são desesperadores. O resultado das análises revela que um coquetel com 27 agrotóxicos foi achado na água de 1 em cada 4 municípios. Em 1.300 cidades do país existe a presença desses cerca de 27 tipos diferentes de venenos na água. Só em Minas Gerais, em cerca de 50 cidades já foram registrados estes casos e Venenos em dezenas de outras foram adoecem identificadas amostragens em consumidores e menor variedade. É inadmisagricultores sível o que está sendo feito contra a nossa gente. Como coordenador da Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional no Congresso Nacional, lembro que o Brasil já ocupa a primeira posição mundial no uso e consumo de agrotóxicos, o que é ainda mais agravado com estas liberações feitas de modo desacerbado. É mais veneno liberado do que nos últimos oito anos. Os males desses venenos já são refletidos na saúde da população, com o aumento de uma grande diversidade de doenças crônicas, como depressão, doenças cardíacas, doenças renais e mesmo o câncer, acometendo tanto os consumidores, quanto os agricultores, que são os primeiros contaminados.
Na edição 199... Plantando há 20 anos, famílias podem ser expulsas de terreno E agora... Romeu Zema revoga o decreto de desapropriação da antiga usina Ariadnópolis O governador de Minas Gerais revogou, na sexta (19), o decreto que destinava as terras da usina às 450 famílias do MST. O documento, elaborado em 2015, atestava a área como de interesse social para fins de reforma agrária. As famílias vivem no local há mais de 20 anos, onde produzem toneladas de alimentos, inclusive o café Guaií, de forma orgânica e agroecológica. A usina falida deve cerca de R$ 300 milhões em direitos trabalhistas.
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BRASIL
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
PF prende hackers, mídia confunde opinião pública e PT denuncia armação VAZA JATO Operação Spoofing e Sergio Moro tentam expor a fonte do The Intercept que denuncia parcialidade da Lava Jato Lula Marques
Da redação*
Q
uatro pessoas foram presas pela Polícia Federal (PF), na terça (23), suspeitas de invadirem telefones de Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol. A PF afirma que o grupo de hackers clonou o número de Moro, instalou o aplicativo Telegram e buscou cópias das mensagens trocadas com os procuradores da Lava Jato. Essa narrativa contraria a própria defesa do ministro, que afirmou que a invasão ao seu celular teria sido financiada por uma organização milionária, pois o es-
quema era muito sofisticado. No entanto, os jornais O Globo e Folha ouviram da PF que o “grau de capacidade técnica dos hackers não
era alto”, tanto é que foram facilmente rastreados. Além disso, Moro afirmou que excluiu o Telegram e perdeu o histórico de mensagens em 2017.
Segundo as informações da Rede Brasil Atual, as matérias do The Intercept não parecem fruto de hacker, mas de alguém que participou dos chats e teve como recuperar as mensagens, ou algo muito próximo disso. Walter Delgatti Neto, suposto hacker, disse em depoimento que as mensagens foram encaminhadas ao jornalista Glenn Greenwald de forma anônima, voluntária e sem receber dinheiro por isso. Glenn, pelo Twitter, escreveu que não faz comentários sobre suas fontes. Armação
O advogado do DJ Gustavo Henrique Elias Santos, outro preso, disse que Walter tinha a intenção de vender as mensagens hackeadas ao PT. Em nota publicada no dia 24, o PT afirma que o inquérito da PF tem o objetivo de produzir mais uma armação contra o partido. A nota cita o episódio que aconteceu nas vésperas da eleição de 1989, quando a polícia vestiu camisetas do PT nos sequestradores do empresário Abílio Diniz antes de apresentá-los à imprensa. *(Com RBA) ANÚNCIO
Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
A reforma que o Brasil precisa não é na Previdência PELA ESQUERDA Movimentos populares e especialistas propõem alternativas para a crise Divulgação / Levante
Pedro Rafael Vilela, de Brasília
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reforma da Previdência vai aprofundar a crise econômica e social do país e não vai resolver o problema das contas públicas do governo. Essa é a avaliação de movimentos populares e especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato. Eles propõem uma série de medidas alternativas para enfrentar a crise econômica brasileira. O envelhecimento da população é um fato, mas as novas regras para concessão de aposentadoria e pensões, aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados, tende a sugar recursos da economia real, empobre-
cendo ainda mais a população. “Quando o ministro [Paulo] Guedes fala que vai economizar R$ 1 trilhão [com a reforma], ele vai tirar esse dinheiro das mãos das pessoas. A maior parte desse trilhão é para o regime geral [da Previdência, o INSS], em que a maioria das pessoas ganha até dois salários mínimos. Essas pessoas não são especuladoras. Quem ganha até dois salários mínimos nem consegue fazer poupança, gasta tudo para sobreviver. São pessoas que vão à feira, vão à farmácia, contratam uma faxineira. Esse dinheiro gira na economia”, aponta a auditora fiscal aposentada Maria Lucia Fattorelli, coordenadora
da Auditoria Cidadã da Dívida, entidade que atua no debate sobre pagamento de juros da dívida pública e gerenciamento de recursos públicos pelo Estado. Segundo a economista Olívia Carolino, integrante do Projeto Brasil Popular, que reúne movimentos populares, acadêmicos e organizações da sociedade civil na construção de alternativas para o país, o debate em torno da reforma da Previdência não deveria se reduzir a uma questão de redução de gastos públicos, mas do futuro do país. “Hoje, 82% das pessoas com mais de 60 anos são beneficiados pela Previdência, elas contam com alguma dignidade. Temos que pensar sobre que país queremos no futuro, se a gente quer, daqui a alguns anos, ver os idosos do nosso país numa situação de pauperização”, afirma.
Quando Guedes fala que vai economizar R$ 1 trilhão com a reforma, ele vai tirar esse dinheiro das mãos das pessoas, especialmente de quem ganha até dois salários”, diz auditora
BRASIL
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Retomar o investimento é preciso Os movimentos populares têm pautado ao menos quatro ações alternativas para lidar com a crise econômica do país. A primeira delas é a retomada de investimentos públicos, de forma a fazer com que a economia volte a crescer, já que isso favorece as contas públicas de um modo geral, inclusive da Previdência. Outra medida é a reversão das isenções fiscais concedidas às empre-
Acabar com isenções fiscais e rever pagamento dos juros são outras medidas importantes
sas de diversos setores desde 2011. Outra questão urgente a ser enfrentada é o combate à sonegação fiscal na Previdência, que causa uma perda de receitas na ordem de mais de R$ 500 bilhões. Já o pagamento de juros e amortizações da dívida pública brasileira consomem mais de 40% de todos os impostos arrecadados, quase o dobro dos gastos com a Previdência. É mais de R$ 1 trilhão por ano. Maria Lucia Fattorelli aponta ainda a necessidade de se debater o fim da isenção de imposto de renda na distribuição de lucros e dividendos e a necessidade de taxação de grandes fortunas. “Por ano, seriam quase R$ 40 bilhões de arrecadação com uma medida e R$ 85 bilhões com a outra”, projeta.
Reforma vai atender o capital privado Olívia explica que a reforma da Previdência se insere em um contexto de medidas tomadas nos últimos anos que reforçam uma contraofensiva internacional do capitalismo, que está em crise profunda desde 2008. O objetivo é que os países realizem reformas que retiram direitos como forma de permitir que o capi-
tal privado possa retomar um processo de acumulação. “A ofensiva neoliberal é global. Essa reforma é uma captura de recursos do Estado”, afirma. A auditora fiscal Maria Lucia Fattorelli complementa que a política monetária do Banco Central é um dos grandes vilões do Brasil porque tira recursos da economia para a especulação financeira.
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Belo Horizonte, 26 de julho a 1 de agosto de 2019
26 de julho: uma data para começar a revolução
CUBA Em 1953, jovens atacam o Quartel de Moncada e dão início à luta armada contra a tirania do ditador Fulgêncio Batista Rádio Rebelde
Da redação
H
á 66 anos, no dia 26 de julho de 1953, 131 jovens organizaram um assalto ao Quartel de Moncada, em Santiago de Cuba. Liderados por Fidel Castro, Abel Santamaria e Raúl Castro, tinham o objetivo de desencadear uma luta armada contra a ditadura de Fulgêncio Batista. Apesar de a revolução triunfar em primeiro de janeiro de 1959, seis anos depois, a iniciativa heroica dos jovens cubanos no Quartel naquele momento resultou em uma derrota militar. Seis revolucionários morreram no momento da ação e outros 55 foram feitos prisioneiros ou capturados em seguida. Eles foram torturados e assassinados, entre eles, Abel Santamaria, de 25 anos. Fidel e Raúl foram presos e condenados, assim como outros rebeldes, a pesadas penas de prisão. “No mundo atual, nenhum problema social se resolve por geração espontânea”, afirma Fidel em sua autodefesa, no histórico discurso que virou livro chamado “A história me absolverá”. A simpatia popular cresce em torno dos jovens patriotas e, em 1955, os presos políticos são anistiados e exilam-se no México, onde formam o Movimento 26 de Julho.
Há 236 anos nascia Simón Bolívar, o libertador da América
Ditadura de Fulgêncio Fulgêncio Batista foi presidente de Cuba de 1940 a 1944, e depois foi viver nos Estados Unidos. Ele voltou à ilha para concorrer à presidência em 1952, mas foi derrotado. Após as eleições, liderou um golpe militar para tomar o poder. O assalto ao Quartel de Moncada foi o início de um processo revolucionário que derrubou seu governo autoritário, tirano e submisso aos Estados Unidos. Legado da Revolução A Revolução Cubana, comandada por guerrilheiros, camponeses, operários e estudantes, influenciou movi-
mentos políticos por liberdade na América Latina, como no Brasil, a Guerrilha do Araguaia, e teve influência decisiva na luta armada em países como a África do Sul, na Guerra do Congo, em Angola e Vietnã. Che Guevara, logo após a tomada do poder, escreve em seu livro “A Guerra de Guerrilhas” que Cuba liquidou os latifúndios, limitou o lucro das empresas estrangeiras. “Cuba lançou uma política nova na América”, destaca o comandante. Essa opção que a pequena ilha tomou, por um modelo social e político mais igualitário, despertou a ira dos Estados Unidos.
Saúde e educação para todos, solidariedade internacional: Cuba resiste Após 60 anos da Revolução, Cuba é reconhecida no mundo todo pela qualidade de sua educação e saúde. O país possui altos investimentos em medicina, formando e enviando médicos para o mundo inteiro em ações solidárias. No Brasil, inclusive, médicos cubanos contribuíram com o Programa Mais Médicos que, até o fim do ano passado, atenderam à população de locais onde antes nunca havia chegado nenhum médico.
SAIBA MAIS Há uma série de reportagens no site do Brasil de Fato sobre a história da ilha. Algumas opções: tinyurl.com/ y342xkbh e o especial “Vai pra Cuba”: www.brasildefato.com.br/especiais/especial-vai-pra-cuba/
Em 24 de julho de 1783, nascia, em Caracas, atual capital da Venezuela, Simón Bolívar, o mais importante líder dos movimentos de independência da América do Sul. Apesar de ter vindo da elite criolla (como eram conhecidos os descendentes de espanhóis nascidos na América), Bolívar foi um defensor do fim da escravidão. Em 1807, Bolívar organizou um exército e iniciou sua luta contra a Espanha, financiada, em parte, pela fortuna de sua família. Daí em diante, passou a travar as guerras de independência, libertando enormes faixas de território e estabelecendo, em 1819, a Grã-Colômbia - que correspondia aos atuais territórios de Colômbia, Panamá, Venezuela e parte do Equador. O líder também libertou Peru e Bolívia. A história da Grã-Colômbia remonta a um antigo sonho de Bolívar, que era o de unificar as colônias da América espanhola. Embora tenha ganhado inúmeras guerras, o líder morreu em 17 de dezembro de 1830, aos 47 anos, após uma longa batalha contra a tuberculose.
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ENTREVISTA 15 11
Preta Ferreira denuncia prisão política: “Estou presa porque briguei por direitos” INJUSTIÇA Presa há 30 dias sem ter cometido crime, ativista relata intimidações, agradece apoio e diz que sairá mais forte Reprodução
um delegado e um carcereiro. “O delegado disse que era de direita e que o ano que vem ia se candidatar e quem era do PT tinha que se foder.”
Da Rede Brasil Atual
J
anice Ferreira da Silva, a Preta Ferreira, está presa há 30 dias mesmo sem ter cometido crime nenhum. Ela foi detida junto de seu irmão, Sidney Ferreira. Eles são filhos da líder do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC) e da Frente de Luta por Moradia (FLM), Carmen Silva. A acusação é de extorsão, por cobrança de uma taxa de moradores em condomínios ocupados do centro de São Paulo – num processo que desconsidera que essas contribuições são decididas em assembleias de moradores, registradas em cartório e comprovadas por recibos. Para Preta, a verdade é outra. “Não sou bandida, sempre trabalhei. Estou presa porque nasci mulher, preta e pobre em um país onde quem manda são homens machistas e racistas”, diz. Preta está na Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte da capital paulista. A ativista da luta por moradia critica a decisão, justifica a cobrança da tal taxa e, emocionada, classifica sua prisão como política. “Estou presa porque briguei por direitos constitucionais. Quem deveria estar preso é quem não cumpriu
Ninguém ocupa porque quer. Ocupamos por necessidade, para não morrer de frio
Apoio Desde as prisões, artistas se mobilizaram contra o arbítrio. Nomes como Ana Cañas, Chico César e Maria Gadú estiveram, inclusive, durante todo o dia da prisão, no DEIC. “É gratificante o apoio. Isso faz com que eu tenha mais força de vontade. Quando eu sair, vou sair mais forte. Não podem me manter aqui para
com seus deveres constitucionais. Moradia é um direito constitucional”, disse. A ativista está em cela especial, já que tem formação superior em Publicidade. Ela argumenta que o movimento social passa por um processo de criminalização no país e que, idealmente, sequer gostaria de travar sua luta cotidiana. “Ninguém ocupa porque quer. Ocupamos por necessidade, para não morrer de frio. Não somos vândalos. Ocupamos porque precisamos. Acha que eu não queria ter minha casa? Queria, mas como vou comprar? Trabalho para comer ou para pagar moradia. Onde em São Paulo alguém vive com um salário mínimo?”, questionou. Intimidação política Preta era a apresentadora, antes de seu cárcere, do Boletim Lula Livre. Ela chegou a receber uma carta do ex-presidente, que está preso em Curitiba. A ascensão
da extrema-direita no cenário político tem relação com sua prisão e a de Lula, afirma. “Lula deu oportunidade, ouviu movimentos sociais e os mais pobres. Eu sei o que ele está passando e ele sabe o que estou passando. Sabemos por que estamos presos. Essa é a ditadura de 2019.” A ativista ainda denuncia que foi intimidada por
Estou presa porque nasci mulher, preta e pobre em um país onde quem manda são homens machistas e racistas
Lula deu oportunidade, ouviu movimentos sociais e os mais pobres sempre. Vou cobrar tudo e todos. Vou lutar duas vezes mais do que já lutava. Depois dessa prisão acho que sou muito importante”, disse Preta.
ENTREVISTA COMPLETA
Preta foi entrevistada no dia 23 pela repórter Nahama Nunes, da Rádio Brasil Atual. A entrevista foi gravada e transmitida na edição do Seu Jornal, da TVT. ASSISTA NA ÍNTEGRA EM
tinyurl.com/y3cpbk5d
ANÚNCIO
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VARIEDADES
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FIQUE
DE OLHO NA MÍDIA
BEM Divulgação
COLETOR MENSTRUAL É SEGURO E EFICAZ Vito Giannotti foi lutador incansável da comunicação popular
QUATRO ANOS SEM VITO
Em 2015, o comunicador, escritor, operário e lutador ferrenho pelo socialismo Vito Giannotti morreu no Rio de Janeiro. Vito acreditava que o diálogo com os trabalhadores deveria ser a parte central na esquerda. E, entendendo que a comunicação popular era fundamental para isso, repetia que é necessário fugir do politiquês acadêmico em que a esquerda cai quando tenta “falar bonito”. Era entusiasta da imprensa operária e sindical, onde atuou grande parte da vida. Posteriormente ampliou seus ideais com a fundação do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). Foi apoiador do Brasil de Fato desde o início e autor de livros fundamentais, como “História das Lutas dos Trabalhadores no Brasil” e “Muralhas da Linguagem”. Confira matéria sobre ele no link tinyurl.com/y65ov6po e conheça o site em sua homenagem, com várias entrevistas e artigos: https:// vitogiannotti.wordpress.com.
PROGRAMA SOBRE AMÉRICA LATINA
Na quinta (25), a Telesur começou um novo telejornal, com um giro de notícias da América latina, em português. O canal, existe há 14 anos com o objetivo de “conectar os povos do sul global”. Segundo a presidenta da TV, Patricia Villegas, “a voz do trabalhador é tão valiosa como a voz do empresário. O que acontece é que grande parte dos meios do comunicação privilegia a voz do poder político e econômico”. A rede já produzia conteúdo em espanhol e inglês. Para acessar o jornal e conhecer mais o trabalho da Telesur, acesse: https://www.telesurtv.net/ ou pela página do Brasil de Fato no Facebook.
3% PARA A INCONFIDÊNCIA
Os deputados estaduais derrubaram o veto do governador à emenda da reforma administrativa que destina 3% da verba de publicidade do governo para a Rádio Inconfidência e Rede Minas. Com isso, há expectativa de manter a frequência AM e reequilibrar as contas. O movimento Fica Inconfidência foi fundamental para isso.
IDEIAS PARA ENFRENTAR A CRISE
No dia 10 de agosto, os temas do curso do Sindicato dos Jornalistas são “Cobertura Econômica”, pela manhã, e “Jornalismo Popular”, à tarde. Mais informações na página Jornalistas de Minas, no Facebook. Joana Tavares – Escreva suas sugestões e impressões para: joana@brasildefato.com.br
Renan Santos é professor de biologia da rede estadual de Minas Gerais
O coletor menstrual é uma espécie de “copinho” feito de látex ou silicone cirúrgico que, ao invés de absorver, coleta o sangue da sua menstruação. Ao contrário dos absorventes que precisam ser substituídos e descartados, o coletor só precisa ser higienizado - a cada 4 ou 12 horas, depende do fluxo de cada mulher. Antes e ao final de cada ciclo, o objeto deve ser fervido para uma higienização mais completa. Apesar de ser um pequeno investimento - cerca de R$ 50 a 90 dependendo da marca e modelo - se comparado com o preço dos absorventes, a longo prazo o coletor é a opção mais econômica, já que pode durar até dez anos. Recentemente, um estudo divulgado pela revista científica The Lancet Public Health comprovou que o coletor menstrual é extremamente seguro para a saúde das mulheres.
XAROPE CASEIRO PARA ENFRENTAR O FRIO Em um pote, coloque cebola em rodelas e intercale as camadas polvilhando açúcar. Tampe o recipiente e deixe agir por um tempo. Tome 1 ou 2 colherinhas por dia. Você pode fazer isso com beterraba no lugar da cebola também. Mas não se esqueça, nada substitui uma avaliação médica. Procure um profissional se os sintomas de tosse ou coriza não passarem.
AMIGA DA SAÚDE Sofia Barbosa é enfermeira do Sistema Unico de Saúde I Coren MG 159621
Meu marido quer ter relação, mas eu estou grávida de 5 meses. Apesar de ter vontade de transar, tenho medo de machucar meu bebê. Isso pode acontecer? Jaqueline, 31 anos, metalúrgica. O sexo não machuca o bebê, Jaqueline. A princípio, a relação sexual está liberada durante toda a gestação e, se for prazerosa, traz benefícios para o casal e para o bebê. Existem algumas situações especiais em que pode ser necessário restringir o sexo. Os sangramentos vaginais e ameaças de parto prematuro são exemplos dessas situações. Converse sobre isso com o profissional que te acompanha no pré-natal. Vale ressaltar que o sexo oral, as carícias e a intimidade podem ser mantidas e ajudam muito na manutenção do vínculo e do afeto entre o casal.
Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br
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Dicas Mastigadas MASSA FAZ TUDO DA WANDA
(Pode ser usada para pizza, esfirra e pãezinhos) PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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© Revistas COQUETEL
É comum Trâmite do casal no chão que deseja perfilhar de escri- uma criança órfã tórios Exibiu com afetação
Próton Aluno que (símbolo) recebe subvenção Secreção biliar
Modalidade de luta coreografada criada por Mestre Bimba Apreender oficialmente um bem Quinta letra do alfabeto grego
Ninfa amada por Zeus (Mit.)
Caule das algas Arco, em inglês Exame aplicado pelo MEC
Gramínea parasita de trigais
Na (?): no que tange aos fatos
Os ambientes procurados pelo turista em terras distantes Gasto pelo uso (?) Hamburger, cineasta
O pai do pai Magnetismo pessoal
Cabeça de gado Estrela
Hiato de "duo" Nosso, em inglês
(?) Calvino, escritor italiano
Natural do país do Chifre da África Utilize Frente do navio Deimos e Fobos, para o planeta Marte
Tecido fino usado em curativos Valor central da Filosofia niilista
A musa do pintor Dalí Operação bancária Estado natal do capixaba (sigla)
Ingredientes • • • • • •
Ação dificultada pela hipermetropia Símbolo de campanhas antiaids
Ingredientes de doces natalinos O termo acrescido ao substantivo (Gram.)
Modo de Preparo
3/arc — our — use. 6/somali. 11/piso elevado. 14/capoeira baiana.
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Solução N C P E J
C A P O E I R A B A I A N A
B P O N F I L E S S I L O I O E S P L T O R E A A V I T A A T I DO O C G A L D A U O Z E A C E S S
P S C A R T AL O N R C N A D E R E S S C O S O U O L O D U S E P R O A A M D L A ÇO V E L Ã O R I O
BANCO
1kg de farinha de trigo 1 xícara de chá de leite morno 1 lata de leite condensado ½ xícara de chá de óleo 1 tablete de fermento biológico (15g) 4 ovos
1. Misture todos os ingredientes e amasse bem; 2. Deixe descansar até a massa dobrar de tamanho; 3. Coloque a massa no sol e cubra com pano de prato úmido; 4. Depois que ela crescer, amasse mais um pouquinho.
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As mulheres no rap oficina feminina de rap / divulgação
No sábado (27), o Centro Cultural Venda Nova recebe um evento que foca no universo das mulheres da cultura hip-hop. Vai ter aulão de danças urbanas, exposições, apresentações de diversas MCs e muito mais. É tudo gratuito e a partir das 14h. O endereço é rua José Ferreira dos Santos, 184 – Jardim dos Comerciários.
Armazém do Campo é referência da Cinema de graça em cultura de resistência Vespasiano PROGRAMAÇÃO Todo mês são realizados mais de dez eventos gratuitos, com artistas de diversos estilos Geanini Hackbardt Desde a inauguração, em novembro de 2016, a loja do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) da capital mineira trabalha o alimento e a arte como expressões da cultura dos trabalhadores brasileiros. O local, na esquina da avenida Augusto de Lima com Contorno, reúne a venda de alimentos saudáveis às noites culturais e à política. Todo mês acontecem mais de dez eventos gratuitos para o público, com a presença de artistas populares dos mais diversos estilos. Para Guê Oliveira, do setor de cultura do MST, o Armazém tornou-se um espaço de referência para a diversidade de Belo Horizonte, em especial, para grupos afetados pelo discurso de ódio do atual governo. “O Armazém do Campo é a embaixada cultural do MST dentro da grande cidade. Aqui é possível discutir política e ser mulher, negro, LGBT sem se sentir ameaçada. Buscamos criar um ambiente para de-
bate, feito para ser ocupado por quem ainda acredita na transformação dessa sociedade”, convida. Durante as atividades, entre uma música ou uma poesia, é possível conhecer os frutos da luta pela terra. Alimentos produzidos a partir da agroecologia. Arroz, feijão, café, molho de tomate, conservas, geleias, cachaças, verduras, entre outros, abastecem a loja semanalmente. “Nossa produção se baseia em relações livre de opressões. A agroecologia busca produzir um alimento livre de agrotóxicos, mas livre também da exploração que degrada a natureza e livre da exploração que degrada a vida humana”, explica Paulo Duarte, atual gerente. Ele conta que é um desafio manter o local abastecido. “Para a produção sair de uma das nossas áreas e chegar aqui são centenas de quilômetros. Tudo começa na ocupação da terra, são áreas de conflito. Por isso é uma logística complicada para manter o preço baixo e uma grande variedade, principalmente porque não há mais
Divulgação
política nenhuma que incentive a reforma agrária. Mas o nosso alimento também tem o sabor da luta”, diz. A loja funciona durante a semana no horário comercial e até mais tarde nos eventos. O endereço é avenida Augusto de Lima, 2136.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO Projeto Cultura na Sexta artistas variados da cultura mineira toda sexta-feira, a partir das 19h Sarau Preto Toda terceira sexta do mês
No dia 2 de agosto, acontece uma sessão do projeto Cine Sem Churumelas no bairro Morro Alto, em Vespasiano. Serão exibidos filmes amadores e independentes da cidade e região metropolitana, em um evento gratuito e aberto à comunidade. Vai ser no trailer Divino Sabores, na av. Coletora Dois, 273 – Conj. Morro Alto, a partir das 19h30.
Sarau da resistência Reprodução
Quarta Inviolada Pereira da Viola e convidados contam as histórias da viola, toda última quarta do mês Samba da Nossa Terra grandes bambas mineiros tocam a roda com feijoada, todo sábado às 13h13 Mais detalhes em: https:// www.facebook.com/amazemdocampobh/
A próxima edição do sarau acontece na terça (30) e conta com a presença do Coletivo Empreteceu, formado por jovens poetas negros. Será às 19h, na varanda do casarão do Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado. Rua Ministro Hermenegildo de Barros, 904 – Itapoã. Entrada gratuita.
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ESPORTE
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CURTO E GROSSO
Dívidas em jogo: qual a saída para o cruzeiro? Vinnicius Silva / Cruzeiro
Jordânia Souza
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oltamos à nossa rotina futebolística. Para o Cruzeiro, a pausa foi um alívio em meio ao turbilhão que o clube vem enfrentando. Apesar dos resultados positivos nos últimos jogos, o clima não anda nada bem nos bastidores celestes. Os problemas formam um combo perfeito para a crise: dívidas milionárias, salários atrasados, má gestão, denúncias por irregularidades fiscais e lavagem de dinheiro, envolvendo a diretoria. Quem acompanha futebol sabe que os clubes brasileiros não são exemplos de boa saúde financeira. Pa-
rece piada, mas um dos esportes que mais arrecadam no Brasil também é um dos que mais devem. Entre atalhos, “jeitinhos” e muita história mal contada, os times
iniciam e encerram temporadas com endividamentos astronômicos. Para se ter ideia, somente em 2018, a soma da dívida dos clubes da Série A ultrapassou a
marca dos R$ 7 bilhões. E o Cruzeiro não foge à regra. Mas desta vez o problema parece ser maior. A dívida cruzeirense acumulada é de mais de meio bilhão de reais. Mesmo com a venda de atletas e com os títulos conquistados nas duas últimas edições da Copa do Brasil e suas fartas premiações, a conta está longe de fechar. Com a segunda maior folha salarial do país, gastos administrativos elevados e salários acima do mercado para os executivos do clube, o time celeste cavou uma crise sem precedentes. É aí que mora o perigo. Títulos, apesar de milionários, são receitas instáveis. Nada
garante que o Cruzeiro vencerá os campeonatos que vem disputando. O rendimento em campo não anda lá essas coisas, que o diga o Campeonato Brasileiro, onde o time vem namorando a zona de rebaixamento desde o início. Não dá pra confiar em incertezas e as dívidas são bem reais. Como resolver? Sinceramente, não sei apontar saídas. Depende do resultado em campo e da resolução dos imbróglios internos. Como cruzeirense, efetivamente, só resta torcer e apoiar. Aliás, apoiar o time, não as práticas de sua diretoria. ANÚNCIO
A reforma da Previdência significa O FIM da Previdência Pública no Brasil Nosso sistema de seguridade social está construído sobre três pilares: Saúde, Previdência Social e benefício de prestação continuado (LOAS) Um modelo solidário, entre gerações, adotado em mais de 140 países do mundo. Todos contribuem: empregados, empresas e a sociedade. Juntos formamos um fundo único que sempre foi suficiente para garantir aposentadorias, pensões e benefícios.
Mas o governo quer mudar isso! Hoje, nossa Constituição garante que nenhum brasileiro receba menos que um salário mínimo, com a reforma o valor de aposentadorias e pensões poderá ser BEM MENOR.
NÃO É REFORMA. É A DESTRUIÇÃO DA PREVIDÊNCIA! Em Julho, 379 deputados federais votaram a favor da PEC 6/2019 que vai obrigar trabalhadores a contribuírem por muito mais tempo (40 anos), se aposentarem mais tarde (65 anos homens e 62 mulheres) e ganhar muito menos. Em agosto, a proposta deve ser votada em 2º turno na Câmara dos Deputados e, depois, segue para o Senado. Fique atento e não aceite o retrocesso! A Seguridade Social é um direito seu e um dever do Estado. Diga não a essa reforma da Previdência! Saiba mais em www.affemg.com.br
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ESPORTES
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Assessoria / CBF
DECLARAÇÃO DA SEMANA Andre Ringuette / Getty Images/ North America Afp
CBF contrata bicampeã olímpica para dirigir seleção A CBF confirmou a contratação da sueca Pia Sundhage para treinar a seleção brasileira feminina de futebol. A treinadora, que assume após demissão de Vadão, é bicampeã olímpica com os Estados Unidos,
em 2008 e 2012, e foi medalha de prata à frente da Suécia, em 2016. A treinadora é uma das referências do futebol feminino e, segundo o blog da repórter Gabriela Moreira, será responsável pela seleção desde
as categorias de base. A contratação pode ser interpretada como sinal de interesse no desenvolvimento da modalidade, ainda mais depois do sucesso comercial e de audiência da Copa do Mundo deste ano.
“Estou muito empolgada em treinar o país do futebol!” Disse Pia Sundhage, treinadora sueca bicampeã olímpica, anunciada como nova comandante da seleção feminina de futebol.
Gol de placa A nadadora Etiene Medeiros ficou com a medalha de prata na prova dos 50 metros costas do Mundial de Natação, disputado na Coreia do Sul. Nos dois mundiais anteriores, a brasileira também ganhou medalhas nessa prova: em 2015, a prata, e em 2017, o ouro.
Gol contra O Palmeiras demitiu a técnica Ana Lúcia Gonçalves e a supervisora de futebol Renata Pelegatti, do time feminino. Por que demitir profissionais que levaram o clube às semifinais da série A2 do Paulista, bem como à Série A do Brasileirão feminino, de maneira invicta?
Diretoria amadora, técnico medroso
O afã e o calvário
A mística celeste
Bráulio Siffert
Rogério Hilário
Fabrício Farias
Após continuar a jogar mal com o novo técnico, o time do América expressa em campo os resultados de uma diretoria que está errando feio no planejamento da temporada e uma comissão técnica que não esboça nenhuma audácia para buscar as vitóDecacampeão rias. Por parte da direção, os erros vão desde a montagem do elenco e o (não) aproveitamento da base até as decisões de manutenções ou demissões de técnicos e diretores. Já o técnico Felipe Conceição parece estar satisfeito com a “segurança defensiva” do time, sem mostrar qualquer ímpeto em dar alternativas para que o ataque consiga criar e finalizar com eficiência. Se não começar a vencer imediatamente, a ameaça de rebaixamento para a Série C infelizmente será real.
O Atlético se apega, dentro de seu afã tradicional, à Copa Sul-Americana como a perspectiva de título em 2019 e de um reforço financeiro. Seria um avanço com relação ao ano passado, quando apenas sobrou a vaga na Libertadores. Enquanto lamenta-se o jejum dos cenÉ se Galo doido! troavantes, não valoriza a boa fase de meio-campistas recém-contratados. Pouco se esperava de Vinícius, mas ele já fez dois gols. Ele, além disso, demonstra ser uma opção para a ausência de Luan, um incensado coringa há mais de seis anos. Portanto, as chances no primo pobre continental são grandes na próxima quarta-feira. E, se passar, o adversário, equatoriano, tem um nome que nos inspira: La Equidad. Antes, tem o Goiás, fora, domingo, pelo Brasileiro. O calvário de Rodrigo Santana parece não ter fim. E ele não se importa com isso.
A nossa veia copeira mais uma vez deu as caras nos gramados sul-americanos. Em uma partida em que qualquer equipe poderia sair com a vitória, conseguimos sair com um empate, mesmo com um gol anulado e umaLa penalidade marcada contra. Bestia Negra O empate em zero a zero talvez seja um melhor resultado que uma vitória por placar mínimo. Essa vitória poderia fazer com que o time se preocupasse mais em defender um resultado do que realmente em buscar e construir sua classificação. A única certeza que temos é que, se a equipe ainda tem boas condições para conquistar títulos, essa condição deve se manter por meio do respeito à tradição do nosso manto. Saudações celestes!
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