Edição 152 do Brasil de Fato MG by Brasil de Fato MG

ESPORTE

Paralimpíada começou quente O saltador Ricardo Costa, do Brasil, abriu os jogos com chave de ouro, chegando ao topo do pódio no atletismo. O corredor Odair dos Santos ficou com a prata. O nadador Daniel Dias faturou o 11º ouro da carreira Marcelo Regua / MPIX CPB

Minas Gerais

9 a 15 de setembro de 2016 • edição 152 • brasildefato.com.br • facebook.com/brasildefatomg • distribuição gratuita

“Fora, Temer” por todo lado

Lidyane Ponciano / CUT MINAS

Pós Golpe As ruas de todo o Brasil se posicionam contra o presidente não eleito Michel Temer. Na última semana, atos contra a retirada de direitos e em defesa da democracia reuniram milhares de pessoas, levando 230 mil manifestantes ao Grito dos Excluídos, na quarta (7). Em BH, mais de sete mil jovens do Levante Popular da Juventude montaram acampamento nacional de 5 a 9 de setembro e prometem resistência contra o golpe. Larissa Costa / Brasil de Fato MG

Arquivo Pessoal

CIDADES

Em época de eleição, reaparecem as promessas de ampliação do metrô, mas depois o assunto sai da pauta. Em BH, o que tem já está em situação precária, por falta de repasses do governo federal

cultura Grupo de mulheres que se consolidou na cultura Hip Hop se uniu para mostrar que a arte do grafite não tem gênero. Com desenhos famosos nos muros da capital, elas também organizam oficinas e palestras

OPINIÃO

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

Editorial | Brasil

Os “sem votos” e a reação popular

ESPAÇO dos Leitores

stá claro que não teve crime de responsabilidade cometido por Dilma. Em um momento de sinceridade extrema, o senador Acir Gurgacz (PDT/RO), que votou a favor do golpe, afirmou, logo após a sessão para a TV Senado: “Temos convicção de que não há crime de responsabilidade neste processo. Mas falta governabilidade”. Portanto, a nossa Constituição federal foi rasgada pelo nosso parlamento, que é mais sujo que pau de galinheiro. Neste 31 de agosto, diferentemente do dia 17 de abril, quando houve a votação do impeachment na Câmara dos Deputados, a cobertura midiática foi infinitamente tímida. Durante o pronunciamento de Dilma,

“Não!!! #VoltaQuim” Maria Júlia Zanon comentando a despedida do colunista Joaquim Vela

“Ocupar, ocupar, ocupar!” Rui Fernando Neto comentando a matéria “Candidatos à prefeitura de BH explicam suas propostas para habitação”

“Aqui o Neymar diz que teremos de engoli-lo, e o cenário político em chamas” Luiz Antonio Souza Junior comentando a “Declaração da Semana”, do jogador Colin Kaepernick

“É isso mesmo que temos que fazer!” Cássio Lacerda comentando o artigo “Desobedecer e resistir”, de João Paulo Cunha

Escreva para nós: redacaomg@brasildefato.com.br

Programa do golpe perdeu as eleições em 2002, 2006, 2010 e 2014 a Rede Globo ensinava seus telespectadores a fazer ovo cozido. Já no dia da votação, passava na Sessão da Tarde o filme “Flash Dance”. Foi preciso a mídia internacional denunciar o atentado à democracia, pois a grande mídia nacional é parte fundamental de todo o processo. Por trás da consumação do golpe, em síntese, há um programa entreguista que pretende dar de mãos beijadas nossas riquezas, como o petróleo, retirar recursos da saúde e educação, aprovar legislação que retira direitos dos trabalhadores através da terceirização e da possibilidade de que o negociado entre patrão e empregados seja feito para menos do que garante a lei, deixando os

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente com edições regionais, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, no Paraná e em Pernambuco. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.

trabalhadores sem proteção. Este este programa entreguista foi derrotado nas urnas em 2002, 2006, 2010 e 2014. Assim sendo, para os “Sem Votos” só restava o golpe para implementar o seu programa derrotado. 2018 estava longe e provavelmente perderiam novamente. Por isso, aproveitaram o momento de aprofundamento da crise e a força da mídia golpista e ousaram jogar na lata de lixo 54 milhões de votos. Assim, escancararam a crise do sistema político, pois agora vale inclusive desrespeitar as regras do jogo.

Está escancarada a crise do sistema político Luta social A sociedade brasileira está em convulsão. Novos atores entrarão em campo e muitas águas irão rolar. No domingo (4), mais de 100 mil pessoas foram às ruas de São Paulo pelo Fora Temer. Na quarta (7), o Grito dos Excluídos(as) aconteceu em todas as capitais e em centenas de cidades, reunindo milhares de pessoas também pelo Fora Temer. Entre os dias 5 e 9 de setembro, o encontro nacional do Levante Popular da Juventude reuniu cerca de 7 mil jovens, que, entre outras reivindicações, pedem o Fora Temer. Os golpistas não terão vida fácil. O povo brasileiro, se não reagir às medidas do governo que cortam direitos, também não terá. Não haverá espaço para ficar em cima do muro. Cada um e cada uma terão que se posicionar na luta social.

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conselho editorial minas gerais: Adília Sozzi, Adriano Pereira Santos, Adriano Ventura, Beatriz Cerqueira, Bernadete Esperança, Bruno Abreu Gomes, Cida Falabella, Durval Ângelo Andrade, Ênio Bohnenberger, Frederico Santana Rick, Frei Gilvander, Gilson Reis, Gustavo Bones, Jairo Nogueira Filho, Joana Tavares, João Paulo Cunha, Joceli Andrioli, José Guilherme Castro, Juarez Guimarães, Laísa Silva, Luís Carlos da Silva, Marcelo Oliveira Almeida, Milton Bicalho, Nilmário Miranda, Padre Henrique Moura, Padre João, Pereira da Viola, Renan Santos, Rogério Correia, Samuel da Silva, Temístocles Marcelos, Wagner Xavier. Editora: Joana Tavares (Mtb 10140/MG). Redação: Larissa Costa, Pedro Rafael Vilela, Rafaella Dotta, Raíssa Lopes e Wallace Oliveira. Colaboradores: Alan Tygel, Anna Carolina Azevedo, André Fidusi, Bráulio Siffert, Diego Silveira, João Paulo Cunha, Léo Calixto, Marcos Assis, Rogério Hilário, Sofia Barbosa, Coletivo Henfil. Revisão: Luciana Santos Gonçalves. Administração: Vinicius Nolasco. Distribuição: Amélia Gomes. Diagramação: Tiago de Macedo Rodrigues. Tiragem: 40 mil exemplares.

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

PERGUNTA DA SEMANA

Entre os dias 7 e 18 de setembro, o Brasil é sede da 16ª edição dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O evento será transmitido pela TV Brasil. O Brasil de Fato MG foi às ruas perguntar:

Você vai acompanhar os Jogos Paralímpicos?

Não, porque o horário em que eu trabalho não permite, mas também porque não tem a mesma repercussão das Olimpíadas. A primeira é um glamour, mas as Paralimpíadas, não sei por quê, nem divulgam.

GERAL

Declaração da Semana “Segura, golpista! Maior manifestação desde o início do processo de impeachment é contra Temer!” Disse o cantor Leoni, em alusão ao ato que reuniu milhares em São Paulo, no domingo (4) Reprodução

Paula Johas e Gsutavo Otero

Eu vou acompanhar. Acho que as Paralimpíadas vão ser melhores que as Olimpíadas, pois eles [os paratletas] se dedicam mais. E a superação deles é mais um motivo para a gente assistir aos jogos.

Ana Lúcia Maximiliano, secretária

Hélio Passos, pedreiro

Incentivando o ensino O TransVest, cursinho pré-vestibular para pessoas trans, está promovendo a “adoção de alunxs”. A ideia é mobilizar aqueles que podem ajudar financeiramente para que apadrinhem algum estudante já matriculado, arcando com os custos da passagem. As doações podem ser realizadas por um mês, contabilizando R$ 180, ou nos próximos três meses de aula. Será aceito também o valor de R$ 90, que corresponde à metade do custo com condução. A iniciativa não recebe apoio suficiente dos órgãos públicos. Para contribuir, entre em contato pelo e-mail transvest@outlook.com, ou pela página TransVest no Facebook.

#BOMBOU NA REDE

Reprodução

Leia no site Com início na segunda-feira (5), a Jornada de Lutas Unitárias teve como pauta principal a questão agrária e a reivindicação de assentamento de 120 mil famílias acampadas no país. Em protesto, manifestantes realizaram a ocupação do Ministério do Planeamento, fecharam rodovias e organizaram atos por todo o país. O Brasil de Fato produziu uma cobertura especial para o evento. Para conferir acesse: www.brasildefato.com.br.

Na última semana, Gregório Duvivier se tornou uma das personalidades mais comentadas na internet por conta de um artigo publicado por ele na Folha de S. Paulo, onde exerce a função de colunista. No texto “Dona Folha, tá difícil te entender”, o ator critica o jornal por um editorial que incita a violência contra os manifestantes que pedem pela defesa da democracia. Além disso, ele classifica o impeachment como golpe e acusa o veículo de se “alinhar com os mais fortes”.

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CIDADES

TRUCO ELEIÇÕES BH

Belo Horizonte, 11 a 17 de março de 2016 Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

Ampliação do metrô, prometida em 2012, ainda não tem previsão ELEIÇÕES CBTU diz enfrentar falta de verbas para custear operações Larissa Costa / Brasil de FAto MG

Vanessa Portugal e Maria da Consolação têm razão: elas podem participar do debate na TV “A Rede Bandeirantes informou que as únicas mulheres candidatas à Prefeitura de Belo Horizonte estarão fora do debate. […] O argumento é que a lei eleitoral não obriga a convidar os partidos que não possuem nove ou mais deputados na Câmara Federal para o debate. A lei não obriga, mas não proíbe. Trata-se de uma opção das emissoras.”, disse Vanessa Portugal, do PSTU. De fato, a candidata Vanessa Portugal, assim como Maria da Consolação, do PSOL, e Eros Biondini, do PROS, não foram convidados para o primeiro debate na TV Band Minas. Questionada pelo Truco Eleições 2016 – projeto de checagem da Agência Pública, a Band Minas disse que a emissora se preparou para receber oito candidatos. >> Estas checagens fazem parte do Truco Eleições 2016, projeto da Agência Pública, que checa as falas de todos os candidatos a prefeito em cinco cidades: Belém, Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. apublica.org/truco2016

Eleições no estado

Uberlândia Em Uberlândia, concorrerão ao cargo de prefeito Odelmo Leão (PP), Gilmar Machado (PT), Cida (PSOL), Alexandre Andrade (PSB) e Gilberto Cunha (PSTU). De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope, o favorito nessas eleições é Odelmo Leão, com 75% das intenções de voto.

Uberaba

Wallace Oliveira

metrô de Belo Horizonte completou 30 anos, mas acessá-lo ainda é um privilégio. A população da região metropolitana ultrapassa os 5 milhões, mas a única linha disponível, com 28 km, 19 estações e 35 trens, atende, em média, a 220 mil pessoas por dia. De acordo com o Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP), somente 27% dos belo-horizontinos gastam 15 minutos ou menos em caminhada até a estação mais próxima do metrô ou Move. À imensa maioria, resta pegar ônibus caro, demorado e desconfortável, por vezes enfrentando congestionamento. Em período eleitoral, as promessas voltam à cena. Em 2012, por exemplo, técnicos começaram a perfurar o solo entre as ruas Carijós e Espirito Santo, na Praça Sete. A operação foi divulgada pelos principais jornais da cidade como uma sondagem para se construir nova linha do metrô, ligando a Lagoinha à Savassi. Na época, adversários do então candidato à reeleição, Marcio La-

cerda (PSB), acusaram-no de encenar a obra para obter votos. Em 2013, a prefeitura enviou à Câmara um programa de metas e resultados, no qual previa a entrega de nova linha em 2017. No mesmo ano, a presidenta Dilma (PT) anunciou R$ 60 milhões em projetos do metrô. O gover-

Apenas 4,4% da população da RMBH usa o metrô por dia no de Minas, então comandado por Antonio Anastasia (PSDB), afirmou ter assinado um contrato com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 52,8 milhões, para a contratação de estudos sobre a viabilidade das obras. Em 2014, o Ministério das Cidades devolveu um projeto de ampliação do metrô apresentado pelo governo de Minas, acusando documentação incompleta. Atualmente, a construção das linhas Barreiro/Nova

Suíça e Savassi/Lagoinha não tem previsão para começar. “Até o final do ano passado, fizemos diversas audiências na Assembleia Legislativa, mas a verba prometida não veio. O problema é que, além da falta de vontade política, também existe a influência das empresas de ônibus, que não consideram lucrativo ampliar. Os políticos que dizem representar o Barreiro vinham sendo financiados por empresas do transporte rodoviário”, denuncia Reginaldo Silva, da Assembleia Popular do Barreiro. O que tem precisa melhorar A única linha que liga a região do Eldorado (Contagem) a Venda Nova (BH) enfrenta dificuldades para continuar funcionando. Além da falta de investimentos nos últimos anos, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) - empresa federal que gere o metrô - enfrenta problemas no custeio de suas operações na capital mineira, com redução de R$ 39 milhões nas verbas. Em julho, durante alguns dias, as viagens foram reduzidas em 20%.

Na cidade, estão se candidatando à prefeitura Gledston Moreli da Silva (PPL), Antônio dos Reis Gonçalves [Lerin] (PSB), Paulo Piau (PMDB), Públio Emílio (PV), Simea Aparecida (PSTU), Wagner do Nascimento (PTC) e Angela Mairink (PP). Segundo levantamento do Ibope, três candidatos aparecem empatados em primeiro lugar, considerando a margem de erro de quatro pontos percentuais. São eles Wagner, Piau - que é o atual prefeito - e Lerin, que possuem respectivamente 18%, 17% e 16% das intenções de voto.

Juiz de Fora Concorrem às eleições de Juiz de Fora o atual prefeito Bruno Siqueira (PMDB), que tentará a reeleição, Lafayette (PSD), Maria Ângela (PSOL), Noraldino (PSC), Victoria Mello (PSTU), Wilson Resato (PSB) e Margarida Salomão (PT). A candidata petista ficou em segundo lugar na disputa de 2012 e tem hoje 22% das intenções de voto.

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

OPINIÃO

Opinião

O medo é problema deles O

medo é um sentimento fácil de manipular. Pelo medo, o fascismo se implantou na Europa na primeira metade do século passado. O medo de classe é transmitido por pessoas que aprendemos a desprezar e depois odiar. Tem componentes raciais, religiosos, econômicos e comportamentais. Ele estabelece um padrão de distinção de gente que se julga melhor que os outros. Tudo o que não confirma sua primazia entre os outros deve ser extirpado do universo. Inclusive as pessoas. O Brasil vive hoje momentos de violência e medo. Foi pelo medo que parte da classe média se aliou contra os governos populares. Não foi uma reação imediata, mas um processo construído com sagacidade. Em primeiro lugar, entrou em cena a vertente moralista, que fez de tudo para apontar os descaminhos da inclu-

são. Numa sociedade desigual e orgulhosa de sua desigualdade aproximar as pessoas é uma forma de ameaça. O segundo tempo foi dado pela ampliação, por ação destacada dos meios de comunicação, de uma sensação de perda de referências

O homem mais medroso do Brasil é o traidor Michel Temer morais, dada pela identificação entre inclusão social e crise econômica e política. Para isso valia tudo, de violência simbólica à explícita. Os movimentos populares foram criminalizados, as políticas sociais demonizadas. As pessoas passaram a se dirigir pelo medo. De uma hora para outra, estava valendo recuperar o antigo desprezo pelo outro em nome de um projeto de sociedade excludente, mas defensável

Lula Marques / AGPT

QUEM SEMEIA PREVENÇÃO COLHE SEGURANÇA.

do ponto de vista da moral de classe. Mas o temor que foi jogado contra a sociedade acabou por retornar, como um bumerangue, para quem se orgulhava de tê-lo inventado. De repente, o homem mais medroso do Brasil é o traidor Michel Temer. Tem a rapina de tramar o golpe, mas se esconde na posse em meio a protocolos; convoca os ministros a reagir, mas foge para a China para fazer um papel de coadjuvante que há muito não se via com líderes brasileiros; comparece a cerimônias como Olimpíadas e paradas militares, mas entra mudo e sai calado, escondido por carros fechados e silêncio. É um homem medroso. Em tudo esse comportamento covarde politicamente se contrapõe à disposição de Dilma Rousseff, que respondeu a seus adversários de frente, passou por maratonas de entrevistas, fez questão de depor em sua defesa, conclamou seus aliados a resistir. Mas o medo tem também seus perigos. Querem que as pessoas tenham medo e abandonem a luta. Mas o medo só medra entre os fracos. O povo não sairá das ruas.

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OPINIÃO

Acompanhando

BeloBelo Horizonte, 9 a 11 15 ade17setembro Horizonte, de marçode de2016 2016

Foto da semana

PARTICIPE Viu alguma coisa legal? Algum absurdo? Quer divulgar? Mande sua foto para redacaomg@brasildefato.com.br.

Na edição 30...

Maria Elisa Macedo

PBH descumpre lei da jornada dos assistentes sociais ...E agora Lacerda veta lei que melhoraria condições de trabalho para categoria O prefeito Marcio Lacerda vetou o Projeto de Lei 1944/2016, que previa 30 horas semanais sem redução salarial para assistentes sociais e psicólogos do Serviço Único de Assistência Social (SUAS). A legislação havia sido aprovada por unanimidade pelos vereadores. Os profissionais pedem a diminuição da jornada para que possam oferecer melhor atendimento à população e afirmam que as atuais condições do setor deixam os trabalhadores sujeitos a desgastes físicos e mentais. Na edição 143... Agroecologia X agronegócio ... E agora MST ocupa Incra e pede por reforma agrária O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou a sede mineira do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na tarde dessa quinta-feira (8). A mobilização faz parte da Jornada de Lutas Unitária e conta com cerca de 300 famílias, que denunciam o esvaziamento da discussão da reforma agrária diante do avanço do agronegócio. Além disso, pautas como a regularização da documentação de famílias e apoio para produção de água, energia e habitação serão discutidas. O movimento pede também pela saída do presidente não eleito Michel Temer.

Durante uma viagem a Cuba, a jornalista e fotógrafa Maria Elisa Macedo realizou esse clique em Havana Vieja, região antiga da capital. A foto fez parte da exposição Mira e retrata a arquitetura clássica do bairro. A charrete, veículo tradicional na cidade, é herança da cultura chinesa.

Eliana Brasil

Luis Carlos da Silva

Só a luta te garante

Atitudes para conjuntura de golpes

Mais uma vez, o descaso dos bancos em relação às reivindicações dos trabalhadores bancários, durante as negociações, levou a categoria a deflagrar greve, em todo o Brasil, por tempo indeterminado, a partir do dia 6 de setembro. A proposta apresentada pelos bancos aos trabalhadores no dia 29 de agosto, além de não garantir aumento real, com reajuste abaixo da inflação, não garante empregos, não avança na saúde, nem nas demandas de segurança e de igualdade de oportunidades. A proposta rebaixada é um desrespeito aos bancários, já que os bancos seguem obtendo lucros bilionários. Com a concretização do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, eleita com mais de 54 milhões de votos, o momento político que vivemos é grave. Com os nossos direitos duramente conquistados agora ameaçados, temos que nos organizar para a luta com muita união e determinação. Bancários sofrem Precisamos fortalecer ainda mais nossa atuação em descaso dos bancos defesa dos bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, que também estão sob ameaça do governo golpista de Michel Temer. Estes bancos são fundamentais para o desenvolvimento social do país. No que diz respeito às conquistas trabalhistas, Temer já anunciou ataque à carteira de trabalho e aos direitos dela decorrentes, como 13º, férias remuneradas, horas extras, descanso semanal e outros. O negociado sobre o legislado vai abandonar os trabalhadores à própria sorte, colocando-os para negociar direitos diretamente com os empresários. A mobilização é nosso principal instrumento para pressionar os bancos e o governo. Vamos à luta em defesa de nossos direitos. Contamos com o apoio de todas e todos. Só a luta te garante! Eliana Brasil é presidenta do Sindicato dos Bancários de BH e Região

Concluso o golpe no Congresso, é preciso definir claramente as atitudes de organizações e movimentos comprometidos com a resistência aos golpes que estão por vir. Primeira atitude: demonstrar às classes trabalhadoras que o que está por trás da deposição de Dilma, longe de ser uma preocupação com a corrupção ou com o inexistente crime de responsabilidade, era e é o plano para a retirada de direitos trabalhistas e sociais da maioria do povo. E isso deve ser feito no calor das lutas contra as ameaças de retiradas desses direitos. Sejam eles referentes à aposentadoria, ao décimo terceiro saHora de construir lário, às férias etc, ou conquistas como o Prouni, o Ciência alternativas Sem Fronteiras, Bolsa Família e afins. A defesa do SUS se destaca entre todos. É aí que a fome de lucro de empresários, inclusive do exterior, pode ser saciada. Segunda atitude: dialogar sobre a importância da democracia. Quem diria? Cabe a nós valorizar a democracia “deles”. Sim, porque os golpistas violaram sua própria Constituição e suas regras do jogo político. Assim, devemos dizer em alto e bom som: de nada adianta eleger governantes com esse mesmo sistema partidário e esse sistema eleitoral. Uma Constituinte convocada exclusivamente para esse fim é essencial. Para devolver ao povo a soberania para decidir como se eleger governantes e legisladores. E enterrar, de vez, o golpe. A terceira atitude: reorganizar as lideranças, correntes políticas, organizações e movimentos sociais, numa ampla frente de massas, com um programa avançado e que contenha também a manutenção de conquistas e avanços que agora estão sob ameaça. Luis Carlos da Silva é sociólogo e dirigente da Esquerda Popular Socialista (corrente interna do PT)

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

BRASIL

Acampamento de jovens reúne 7 mil e pede uma nova Constituinte DISPOSIÇÃO Levante Popular da Juventude lotou Mineirinho por cinco dias para debater questões políticas Gerardo Gamarra / Alba

Rafaella Dotta

s cores, a arte e as A ideias de 7 mil jovens estiveram presentes no 3º

Acampamento Nacional do Levante Popular da Juventude, em Belo Horizonte, realizado de 5 a 9 de setembro no Mineirinho. O acampamento foi marcado por debates políticos e inúmeras atividades culturais. Passaram por lá personalidades como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pantera negra Eddie Conway, e a atriz Letícia Sabatella. Também estiveram presentes muitas lideranças de movimentos populares e sindicais, jornalistas, apoiadores. O criador do Wikileaks, Julian Assange, participou

através de videoconfe- depois, são 7 mil. No primeiro acampamento, a rência. proporção era de 80% de Crescimento universitários para 20% O acampamento mos- de jovens de periferia. Hoje é de 52% de univertrou o crescimento e a di- sitários para 48% de joversificação do Levante. vens de periferia. E 58% Em 2011, quando aconte- dos jovens se declararam ceu o primeiro encontro LGBT em sua inscrição. nacional, compareceram “Desde o primeiro mil pessoas. Cinco anos acampamento, o mo-

vimento discute como ser cada vez mais parecido com a sociedade. E o Brasil é composto em sua maioria por jovens de periferia, por negros, jovens trabalhadoras e trabalhadores”, declara um dos coordenadores nacionais do Levante, Thiago Ferreira, do Pará.

Daqui pra frente Realizado em um momento complicado do país, o acampamento aproveita a potência de indignação dos jovens. O “Fora, Temer” foi o grito que mais se ouviu, mas parece não bastar. “Conseguimos tirar o Temer. E depois disso, o que vamos fazer?”, questiona Nataly Santiago, do Rio Grande do Norte, da coordenação nacional do movimento. Para responder à demanda, o Levante sai do encontro disposto a participar fortemente dos protestos pela retirada de Temer e, ao mesmo tempo, defender a realização de uma assembleia Constituinte para o Brasil.

Atingidos preparam marcha de um ano do rompimento da barragem MARIANA Encontro de atingidos elabora documento de exigências à Samarco, Vale e BHP Reprodução / MAB

Rafaella Dotta

ez meses se passaD ram e quase nada se fez aos atingidos pela

barragem de Fundão, em Mariana. A tragédia foi amplamente explorada pelos jornais naquele 5 de novembro, mas permanece sem reparação e os noticiários já quase não falam mais. Famílias de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Barra Longa e demais cidades de Minas Gerais e Es-

pírito Santo devem seguir reivindicando ressarcimentos. Essa é a conclusão de cerca de 500 pessoas, reunidas nos dias 3 e 4 de setembro no Encontro dos Atingidos da Bacia do Rio

Doce, que aconteceu em Paracatu de Baixo e Mariana. No primeiro dia, as discussões foram realizadas na antiga quadra de esportes de Paracatu, onde hoje o chão é de “lama batida” que não foi

retirada pela empresa Sa- des e pessoas prejudicamarco. das como atingidas. É preciso ressarcir Até hoje, as cidades ainO Movimento dos Atin- da possuem problemas gidos por Barragens graves como o desempre(MAB) apresenta um do- go de pescadores e agricumento dividido em dez cultores, a baixa renda temas a serem resolvidos paga pela Samarco como pela mineradora Samar- compensação, além de co e por suas proprietárias problemas psicológicos e Vale S.A. e BHP Billiton. emocionais. Entre os mais urgentes estão o início de um plano de Marcha recuperação ambiental, a Os movimentos estão construção de formas al- organizando uma camiternativas de captação de nhada de 550 km, em noágua e a o reconhecimen- vembro, quando a tragéto de todas as comunida- dia completa um ano.

BRASIL

Belo Horizonte, 19 a 25 de agosto de 2016

Medidas anunciadas são todas de perdas para os trabalhadores

Sessão pode cassar Cunha

PÓS GOLPE Flexibilização das leis trabalhistas, terceirização e corte em gastos sociais devem agravar a recessão econômica Beto Barata / PR

Da redação, com Rede Brasil Atual

ara superar a crise econômica, o governo Michel Temer tem defendido medidas de ajuste radical, como a PEC 241, que limita os gastos públicos por 20 anos, e a flexibilização das leis trabalhistas, com a ampliação da terceirização para todas as atividades, proposta já aprovada na Câmara e agora em análise no Senado. Especialistas contestam: “As medidas anunciadas são todas de perdas para os trabalhadores”, afirma Patrícia Palatieri, coordenadora de pesquisas do Dieese. Sobre a PEC 241, a economista afirma que a proposta coloca em xeque conquistas da Constituição Federal de 1988, que estabeleceu percentuais mínimos de investimento em Saúde – 13,2% para a União, 12% para governos estaduais e distrital e 15% para municípios – e

Educação – 18% para a União e 25% para estados e municípios. “A PEC 241 mexe com aquilo que foram conquistas da Constituição de 1988, que é vincular um percentual do PIB como gastos em educação e saúde. Ao limitar, você está mexendo nesse mecanismo e deixando mais dinheiro livre para o governo federal fazer aquilo que quiser”, analisa a coordenadora do Dieese. Sobre a proposta de ampliação da terceirização, Patrícia diz que sempre foi uti-

Governo quer “puxar mais dinheiro” dos mais pobres lizada para as empresas ganharem mais, ou então, deixarem de perder. “O nosso histórico de terceirização não é bom.” Para o professor de pósgraduação em economia na PUC-SP Ladislaw Dowbor, a saída da crise não está na

retirada de direitos dos trabalhadores, mas, sim, no fim do privilégio do setor financeiro, que se beneficia das altas taxas de juros. “O governo tem uma tática muito simples. ‘Não vamos mexer nos bancos, no rentismo, no lucro dos que aplicam em papéis e não produzem, e vamos puxar mais dinheiro do andar de baixo da economia’. Vão pegar a Previdência, vão pegar o salário mínimo, as políticas sociais, o que já é tradicional da direita, que é fazer o povo pagar”, afirma Dowbor.

Sem conseguir ser localizado, o presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi notificado na quinta-feira (8) sobre a votação do processo de cassação de seu mandato, por meio do Diário Oficial da União. A Secretaria-Geral da Casa informou que fez três tentativas anteriores. A notificação é um passo burocrático exigido para que ocorra a sessão que pode definir o destino do peemedebista. Cunha responde, desde outubro do ano passado, a processo por quebra de decoro parlamentar por ter mentido sobre a titularidade de contas no exterior. Depois da tramitação por quase oito meses, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, em junho, a cassação do mandato do peemedebista por 11 votos a 9.

Temer quer corte de 30% em área social e mais verba para militares e agronegócio PÓS GOLPE Proposta do não eleito para o Congresso prevê redução para os 11 principais programas sociais Reprodução

Breno Costa, The Intercept Brasil

governo de Michel Temer enviou no dia 31 de agosto para o Congresso Nacional a proposta da equipe econômica para a distribuição do dinheiro federal para o ano de 2017 – o chamado Orçamento da União. A análise da lista de pro-

gramas de governo, em comparação à proposta apresentada no ano passado para o ano de 2016 pela ex-presidenta Dilma, desmonta a tese defendida publicamente pelos peemedebistas e pelos apoiadores do impeachment de Dilma de que o novo governo não iria deixar o lado social em segundo plano. Sinais nesse sentido já tinham sido dados, com ex-

tinção de pastas da área. Mas o que se vê na análise do Orçamento vai além. Temer acaba de propor ao Congresso a redução média de 30% nos valores para os 11 principais programas da área social do governo, já considerando a inflação do período (variação do IGP-M dos últimos 12 meses). São R$ 29,2 bilhões a menos para esse conjunto de pro-

gramas (depois de aplicada a taxa de inflação no período). Trata-se de uma queda real de 14%. No entanto, as despesas previstas pelo governo para este ano são da ordem de R$ 3,4 trilhões – cerca de R$ 158 bilhões a mais (crescimento de 4,8%) do que o previsto por Dilma um ano atrás. Leia íntegra em www.brasildefato.com.br

BRASIL

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

Grito dos Excluídos também pede “Fora, Temer” MOBILIZAÇÃO Dezenas de cidades realizaram protestos no dia da Independência, reunindo 230 mil pessoas em todo o Brasil Maxwell Vilella

Rafaella Dotta

s ruas estavam diferentes hoje”, notou o professor Saulo Nogueira na tarde ensolarada de quarta (7) em Belo Horizonte. Ele não se referia ao desfile militar típico da celebração do Dia da Independência, mas à quantidade de pessoas que se somaram ao protesto do Grito dos Excluídos. Em sua 22ª edição, o ato organizado por movimentos e pastorais sociais somou à sua pauta a palavra de ordem “Fora, Temer”. Segundos os organizadores, aconteceram atos em 26 estados e no Distrito Federal, com a participação de cerca de 230 mil pessoas. Na capital mineira, o ato começou cedo e entrou tarde adentro. Cerca de 30 mil pessoas se somaram ao protes-

Ato em BH começou na Praça Raul Soares e seguiu até a Praça da Estação

to, entre jovens, trabalhadores de áreas diversas, idosos, crianças, profissionais liberais e religiosos. “Essa quantidade de pessoas diferentes não se via em outros protestos”, percebeu Saulo. Outra participante, Ana Carolina Vimeiro, também professora, acredita que uma das motivações para a expressiva participação é a ameaça de cortes de direi-

Fora, Temer”, “Diretas Já” e “Nenhum direito a menos” são palavras de ordem do momento

tos, especialmente na área da educação. “Mesmo assim, precisamos chegar a mais pessoas. Há muita gente que está descontente com o governo Temer, mas ainda não está se manifestando”, pontua. Saídas políticas Por todo o país, a cobrança por eleições diretas ganha as ruas. A pauta se fortaleceu

depois da aprovação definitiva do impeachment de Dilma Rousseff. O advogado e integrante da direção nacional da Consulta Popular Ricardo Gebrim explica que o objetivo é forçar a renúncia de Michel Temer ainda em 2016, para que o povo possa escolher diretamente que presidente quer. Além do “Fora, Temer”, “Diretas Já” e “Nenhum direito a menos”, o advogado defende que as organizações políticas precisam se articular para pressionar pela realização de uma assembleia Constituinte, para fazer a mudança do sistema político. Gebrim defende que as eleições como se organizam hoje não garantem a representação da vontade popular e que é necessário mudar esse modelo. “Quem não arrisca não tem a possibilidade de ganhar”, defende.

Ataques policiais marcam protestos pelo país REPRESSÃO POLÍTICA Atos de cinco capitais foram tratados com violência desproporcional em uma semana Mídia NINJA

esde a votação final do impeachment de Dilma Rousseff, em 31 de agosto, o aumento das manifestações foi paralelo ao aumento da violência policial. Protestos de pelo menos cinco capitais enfrentaram forte repressão, com uso de balas de borracha, cassetetes e bombas de gás lacrimogêneo. No dia da votação no Senado, os manifestantes de São Paulo e Porto Alegre foram agredidos quando iam para casa. Na capital paulista, estações de metrô foram inundadas com bom-

Reunião do G20 omite nome e cargo de Temer

bas. Uma estudante perdeu a visão de um olho, atingida por estilhaço. Nos dias seguintes, a repressão aconteceu em Fortaleza, Vitória e Belém. E novamente nas capitais de São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em SP, 26 jovens foram presos antes da manifestação do dia 4. A Polícia Militar de São Paulo informou, em seu Twitter, que a prisão foi feita pela desconfiança de que os jovens poderiam praticar ação criminosa no protesto. Os 18

adultos e 6 menores de idade foram inocentados pelo juiz Rodrigo Tellini de Arrigue Camargo, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que esclareceu à PM que pessoas não podem ser presas antes de cometerem crime.

O presidente não eleito Michel Temer foi o único líder que não teve o nome citado na lista de presença do encontro do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo todos os anos. A lista apenas mencionou a presença de “líder brasileiro”.

MUNDO

Belo Horizonte, 19 a 25 de agosto de 2016

Reações internacionais ao afastamento de Dilma Rousseff CRÍTICAS Governos de vários países da América Latina rechaçam manobra política do Congresso brasileiro Da redação, com Opera Mundi

ários países se manifestaram sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Veja algumas reações: Bolívia O presidente da Bolívia, Evo Morales, condenou o impeachment e convocou o embaixador no Brasil. “Condenamos o golpe parlamentar contra a democracia brasileira. Acompanhamos Dilma, Lula e seu povo nesta hora difícil”, afirmou o mandatário boliviano.

Cuba O governo de Cuba rechaçou “energicamente o golpe de Estado” cometido no Brasil. “O governo revolucionário da República de Cuba rechaça energicamente o golpe de Estado parlamentário-judicial que foi consumado contra a presidente Dilma Rousseff”, diz a mensagem. Equador Minutos após a aprovação do impeachment de Dilma Rousseff, o presidente do Equador, Rafael Correa, escreveu: “Destituíram Dilma. Uma apologia ao abu-

so e à traição. Retiraremos nosso encarregado da embaixada”. Venezuela O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, retirou seu embaixador de forma definitiva do Brasil e congelou as relações políticas e diplomáticas com o governo de Michel Temer. “Toda a solidariedade a Dilma e ao povo do Brasil, condenamos o golpe oligárquico da direita. Quem luta vence!”, escreveu. O Itamaraty também retirou seu representante de Caracas.

O governo de Tabaré Vasquez afirmou que considera o impeachment uma injustiça. “Para além da legalidade invocada, uma profunda injustiça a destituição”, afirma o texto.

Rússia Moscou afirmou que impeachment é assunto interno do Brasil. “É importante saber que todos os processos foram conduzidos estritamente dentro do quadro constitucional”, afirma a chancelaria russa.

Estados Unidos O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, declarou que os Estados Unidos mantêm a “confiança no Brasil” e afirma ver legalidade no processo.

El Salvador O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, classificou como “golpe” o impeachment. “Não vamos permitir que na América Latina se imponha uma modalidade de golpes suaves “, afirmou o chefe de Estado.

Uruguai

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790 BILHÕES DE REAIS SONEGADOS. Todo ano, o país perde essa montanha de dinheiro. Em Minas Gerais, quem combate esse crime, que desvia dez vezes mais dinheiro que a corrupção, são os auditores fiscais da Receita Estadual. Saiba mais: sindifiscomg.org.br # euquerojustiçatributária

12 12 VARIEDADES

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

A mídia como ela é N

esta semana, não vamos falar de novela, mas da mídia de forma ge-

ral. Você já deve ter reparado que tem crescido um clima de descontentamento com a forma como os grandes meios de comunicação narram os acontecimentos cotidianos no Brasil. E é importante a gente refletir sobre isso, porque a mídia ocupa um lugar muito importante na sociedade, e não é de hoje. Mesmo assim, ela se organiza como um poder diferente dos outros, porque não é eleito (não que o voto esteja valendo muita coisa, né?), não é fiscalizado, não é aberto à participação das pessoas. Esses grandes meios atuam como empresas, e são elas que definem sobre o que querem falar, sobre o que não querem falar e como querem mostrar determinados fatos. Apesar de existirem regras e preceitos para a profissão, eles

não são seguidos à risca. Assim, um suposto interesse público acaba confundido com o interesse do patrão, com o interesse dos donos desses veículos. Vamos falar mais sobre isso ao longo das próximas edições, mas, hoje, queria trazer alguns exemplos recentes para reflexão: - Há 22 anos, no dia 7 de setembro, o feriado que lembra a independência do Brasil, igrejas progressistas constroem uma manifestação chamada “Grito dos Excluídos”, para denunciar as opressões e desigualdades. Neste ano, dezenas de cidades do Brasil foram palco para manifestações massivas, que reuniram milhares de pessoas para protestar contra as injustiças e também contra o afastamento da presidenta eleita. Mas essas mobilizações gigantescas não foram manchete de nenhum grande jornal. Será que não é de interesse público conhecer a história dessa manifestação e saber as motivações das

pessoas que foram às ruas? - O presidente golpista Michel Temer foi vaiado na abertura da Paralimpíada, no Rio de Janeiro, poucos dias depois de assumir a presidência de forma ilegítima. Essa também não foi a manchete dos jornais. - Aliás, a Folha de S. Paulo, o jornal de maior tiragem do país, fez uma análise da roupa da primeira-dama, Marcela Temer. “A roupa de Marcela, mesmo que custe quase um salário mínimo, parece saído do armário de uma brasileira média”. Nem precisa comentar, né? Preferiram falar da roupa da Marcela Temer que de milhares de pessoas na rua em todo Brasil. O espaço já acabou, mas há tantos outros exemplos! Você se lembra de algum? Manda pra gente! Um abraço e até a próxima, Joana Tavares

Nossos Direitos

Amiga da Saúde Comer ovo todos os dias faz mal à saúde? Dizem que aumenta o colesterol, é verdade?

Helena Maria, 40 anos, diarista. Querida Helena, não faz mal comer ovo todo dia. Antigamente via-se o ovo como um vilão por conter colesterol, porém hoje sabemos que o ovo é um alimento bastante nutritivo. A gema contém colina, cálcio, ferro, fósforo, zinco, tiamina, vitamina B6, ácido fólico, ácido pantotênico, vitamina B12, vitaminas A, D e E e ácidos graxos e ômega-3. A clara é fonte de albumina. Em relação ao colesterol, o ovo também não pode ser condenado, pois o colesterol que ingerimos tem pouco impacto sobre os níveis sanguíneos. Isso ocorre porque nosso corpo regula a produção diária de colesterol de acordo com a quantidade in-

gerida, dessa forma, quando ingerimos mais, ele produz menos. Se comermos pouco colesterol, o corpo irá produzir mais para compensar. Os fatores que mais interferem para desregular esse equilíbrio natural e aumentar os níveis de colesterol incluem a predisposição genética, sedentarismo e estresse. Depois do leite materno, o ovo é o alimento natural mais rico em nutrientes e seu consumo diário traz inúmeros benefícios à saúde, como a redução da ansiedade, aumento da força muscular, melhora da memória, dentre muitos outros.

Aqui você pode perguntar o que quiser para a nossa Amiga da Saúde Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br Sofia Barbosa I Coren MG 159621-Enf.

Pode acumular o benefício da pensão por morte? A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data do óbito. O artigo 124 inc. VI, da Lei 8.213/91 veda o recebimento acumulado de pensões por morte deixadas por cônjuge ou companheiro(a). O(A) beneficiário(a) que recebe a pensão por morte do cônjuge ou companheiro(a) em valor que não seja suficiente para o seu sustento, e que comprovadamente tenha dependência econômica do filho(a), no caso do falecimento deste, tem o direito a receber cumulativamente a pensão por morte na condição de dependente do segurado.

O pai ou mãe que já são pensionistas do INSS, e dependentes do segurado, devem requerer no caso do falecimento deste a pensão por morte junto ao INSS, no prazo de 30 dias do óbito. No caso do indeferimento do pedido da pensão por morte pelo INSS, sob o argumento de impossibilidade de cumular os benefícios ou de que não está comprovada a dependência econômica, o pai ou mãe desse segurado deve procurar o judiciário. A Justiça tem entendido que uma vez comprovada a dependência econômica, o pensionista do INSS terá direito a cumular outro benefício de pensão por morte.

Carlos Duarte é advogado trabalhista e previdenciário e diretor do Sindicato dos Advogados de São Paulo.

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

13 VARIEDADES 13 por Alan Tygel

Dicas Mastigadas Caponata de berinjela

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4 berinjelas grandes 2 cebolas grandes 4 pimentões coloridos 12 dentes de alho 100g de uva passa 50g de castanha do Pará (picadas) 250ml de azeite de oliva 100ml de shoyu 100g de alcaparra 3 pitadas de sal

Instruções Lave as berinjelas, descasque, corte em palitos de 3cm, deixe de molho em água com vinagre por 20 min e depois escorra. Corte o alho, a cebola e o pimentão em fatias finas no formato de meia lua e junte à berinjela. Acrescente os demais ingredientes. Misture tudo e leve ao forno coberto com papel alumínio por 40 min, na temperatura de 180 graus. Mexa a caponata e deixe mais 15min no forno sem o papel alumínio. Experimente, acerte o sal e guarde na geladeira colocando mais azeite para cobrir. Higienização dos Alimentos in Natura Antes de consumir frutas, legumes e verduras, recomenda-se lavá-los em água corrente e deixar de molho em uma solução de hipoclorito de sódio. O método é útil para eliminar microorganismos, mas não serve para remover agrotóxicos. Nesse caso, o melhor é procurar produtos locais, orgânicos ou agroecológicos.

Participe enviando sugestões para receita@brasildefato.com.br.

CULTURA

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

Mulheres conquistam mundo do grafite RUA Formado por quatro pintoras, grupo Minas de Minas é referência de arte e resistência no Brasil Arquivo Pessoal

Raíssa Lopes não tem gênero. O “Aarte que existe é técnica, ca-

pacidade e vontade”, declara Carolina Jaued, a Krol, do grupo belo-horizontino de grafiteiras Minas de Minas. Criado para ser um espaço de fomento da Cultura Hip Hop para mulheres, o coletivo existe desde 2012 e conta com mais três integrantes: Viber, Musa e Nica. Artistas acreditam que o baixo número de mulheres no grafiti tem a ver com o medo

É de Minas o único grupo de grafiteiras do Brasil”

Até então, elas formam a única crew - termo que pode definir amizade, camaradagem e família na linguagem das ruas - do sexo feminino em exercício no Brasil. Entre

Trinta anos de experiência do pensamento

outras atividades, as artistas organizam oficinas, debates sobre ocupação dos lugares públicos, representatividade, participam de eventos e deixam os muros das cida-

des brasileiras mais bonitos. Cada uma tem um estilo diferente. Krol utiliza traços largos e bastante cor. Viber é adepta dos personagens e tem o traço mais delicado, voltado para o realismo. Já Nica e Musa trabalham com letras. Apesar de se comunicarem de maneiras distintas, elas nunca trabalham - nem andam! - só. São parceiras de vida e todo o processo profissional é criado para que os desenhos se complementem. Krol acredita que o baixo número de mulheres no grafite tem a ver com o receio de ficarem sozinhas na rua e também do preconceito que ronda a atividade. “Muitos homens, quando avistam um grupo só de meninas,

Dança de salão no Viaduto

Reprodução Reprodução

Completando 30 anos, o Ciclo de Conferências Mutações lança a edição “Mutações - Entre Dois Mundos”, que realizará 13 conferências em Belo Horizonte até o dia 5 de outubro. Aqui, os eventos serão realizados de segunda a quartafeira, a partir das 19h, sempre no Auditório do BDMG Cultural. Com inscrições que vão de R$ 60 a R$ 20, o ciclo contará com participações de nomes como Francis Wolff, Maria Rita Kehl e José Miguel Wisnik. Para mais informações, acesse: www.mutacoes.com.br.

Na sexta (9), a partir das 23h, o Viaduto Santa Tereza se transformará no Viaduto da Dança. O nome foi criado pela escola mineira Danillo Primola, que desenvolveu o projeto com o objetivo de fazer as pessoas se sentirem mais à vontade para aprender ritmos novos. Serão ensinados, de forma gratuita, passos de dança de salão para quem desejar participar. Quando as aulas acabarem, não é preciso nem sair do lugar. Será hora de apresentação do tradicional Samba da Meia Noite, grupo que promove noites regadas a poesia e cantigas baianas em Belo Horizonte.

começam a fazer cantadas, caçoar. Já ouvi coisas como “você, mulher, aí pintando? Vai lavar vasilha!”, relata. Pela intolerância, elas também já tiveram seus sprays roubados. Quanto a isso, Krol conta que o Minas de Minas está ajudando as artistas de rua a se sentirem mais à vontade e encorajadas para mostrarem seu talento. “Tem garota que começou a grafitar por nossa causa”, alegra-se. A crew não possui nenhum tipo de patrocínio e produz de forma independente, com o dinheiro das suas demais ocupações. Com o esforço, já se consolidou pelo país, tornandose referência e sendo convidada especial de diversos eventos do setor.

Clássicos africanos no cinema

Reprodução

Até o dia 22 de setembro, o Cine Humberto Mauro exibe a mostra “Clássicos Africanos”, que conta com filmes de 16 diretores renomados do cinema da África. Serão 23 obras, entre ficção e documentários, que mostram um novo olhar sob o continente, muito estereotipado pelos longas comerciais. A realidade das produções mostra a cultura africana após o início do processo de descolonização, efetivado a partir da década de 50. A entrada é franca, com retirada de ingressos meia hora antes de cada sessão. Para visualizar a programação, acesse: www.fcs.mg.gov.br.

ESPORTES

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

Paratletismo brasileiro abre na geral competições com ouro e prata

Brasil começou o primeiro dia das Paralimpíadas com ouro. No salto em distância masculino T11 (deficiência visual total), o paratleta Ricardo Costa subiu ao ponto mais alto do pódio. Ele superou o recordista mundial Lex Gillette (EUA) no último salto, atingindo a marca de 6m52 (a melhor de sua carreira), contra os 6m44 do estadunidense. Outro que brilhou no Estádio Olímpico foi Odair Santos, na corrida dos 5000m T11. Ele garantiu a prata com um tempo de 15min17s55, superado apenas pelo queniano Samwel Mushai, com 15min16s11.

Seleção do futebol de 7 bate britânicos

Cleber Mendes / MPIX CPB

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Curto e Grosso

O cara da seleção Lucas Figueiredo / CBF

Washington Alves/ MPIX CPB

Nesta quinta-feira (8), a seleção brasileira masculina de futebol de 7 (para atletas com paralisia cerebral) estreou na Paralimpíada vencendo a seleção da Grã-Bretanha por 2 a 1, com gols de Leandrinho e Maycon para o Brasil e Porcher para os britânicos. A equipe brasileira está no grupo A. No sábado (10), enfrenta a Irlanda, às 19h. Na segunda (12), pega a Ucrânia. A expectativa de ouro é grande. Uma das favoritas ao título, a seleção da Rússia, não está disputando o torneio, pois sua delegação foi banida dos Jogos Rio 2016.

Você tem críticas, sugestões ou perguntas a fazer?

15 15

Fernanda Costa

Duas vitórias no goalball

A seleção feminina de goalball estreou vencendo os Estados Unidos com facilidade, por 7 a 3. Destaque para Victoria Amorim, artilheira com seis gols. Como esse esporte é praticado por pessoas com deficiência visual, depende-se bastante da audição. Em diversos momentos na partida, os árbitros tiveram que pedir silêncio ao público, que fazia barulho. No masculino, o Brasil venceu a Suécia por 9 a 6, com destaque para o artilheiro Leomon Moreno, que marcou cinco gols. “A equipe da Suécia é muito qualificada e nunca tínhamos ganhado deles em campeonatos oficiais. Por isso tudo, estrear com vitória foi importante e traz mais confiança ainda”, disse o jogador, logo após o triunfo. (Com informações do CPB)

Jogos Minas Gerais em Lavras

Cezar Loureiro / MPIXCPB

cidade de Lavras, Sul de Minas, recebe a fase decisiva dos Jogos de Minas Gerais, que começaram na quarta-feira (7) e vão até domingo (11). Participam 1350 atletas de modalidades coletivas - de basquete, futsal, handebol e voleibol, feminino e masculino – bem como 300 atletas nas modalidades individuais – judô, ciclismo speed e ciclismo mountain bike. Os jogos são disputados entre equipes e atletas filiados às federações esportivas mineiras e têm como objetivo desenvolver a prática do esporte de alto rendimento no estado.

Renata Silva / SEESP

Tite é citado por muitos como o treinador brasileiro mais completo e qualificado. Sua trajetória na seleção masculina de futebol terá expectativa muito alta. De todos os nomes que compõem o elenco, ele é o protagonista e, por isso, tem grandes desafios pela frente. No curto prazo, a disputa por uma vaga na Copa do Mundo; no longo prazo, reestabelecer a relação de amor entre a seleção e a torcida. E isso será conquistado, caso o treinador consiga introduzir um padrão de jogo moderno e dinâmico no time. Para conquistar uma vaga direta, é preciso que a seleção permaneça entre os quatro primeiros colocados nas Eliminatórias Sul-Americanas. Qualquer posição fora do G4 leva à repescagem. O calendário Fifa é cruel com as seleções, pois permite pouco tempo de treinamento e concentração. Obter resultados positivos jogando bonito e se firmar como treinador até a Copa de 2018 tornarão o currículo do treinador inquestionável.

ESPORTES

Belo Horizonte, 9 a 15 de setembro de 2016

Daniel Dias ganha ouro fácil

ão tem pra ninguém. O brasileiro Daniel Dias reina absoluto nas Paralimpíadas, com 11 ouros, 4 pratas e 1 bronze. Veio na noite da quinta (8) o mais recente pódio do recordista mundial, marcando o tricampeonato nos 200 me-

tros livre S5 (para atletas com limitações físico-motoras). Ele não bateu seu próprio recorde, mas ganhou a prova com folga, com tempo de 2’27’’88. É o segundo ouro do Brasil nos Jogos do Rio, o primeiro da natação brasileira.

DECLARAÇÃO DA SEMANA CBF

Alaor Filho / MPIX CPB

Até o fechamento desta edição, ainda não havia terminado o jogo entre América e Cruzeiro, pelo Campeonato Brasileiro.

A Copa do Brasil Feminina não será transmitida em função da falta de repasses do governo federal, que retém R$ 800 milhões da Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública, prevista na lei de criação da empresa, para fazer superávit primário. Comunicado da TV Brasil, emissora pública que possui os direitos de transmissão do torneio de futebol feminino, cuja segunda fase começou na quarta (7).

Gol de placa Na abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016, a torcida deu show outra vez! O eterno vice-presidente decorativo Michel Temer não foi nem anunciado publicamente e a plateia, antes do início da cerimônia, deu um sonoro “Fora Temer” para o golpista. E, quando ele falou, tomou vaia!

Gol contra R$ 154 milhões. Esse é o preço mínimo do leilão do estádio Canindé, da Portuguesa-SP. Afundado em dívidas, o clube utilizará o dinheiro da venda para quitá-las. Na série C do Brasileirão, a Lusa é a penúltima do seu grupo e está praticamente rebaixada para a série D em 2017.

Decacampeão Bráulio Siffert Em tempos obscuros na política, também paira desconfiança e suspeitas sobre a presidência do América. O orçamento de 2016, de cerca de 50 milhões de reais, é o maior da história do clube e, embora seja menor do que o da maioria dos times da Série A, é semelhante ao de outros que estão bem à frente na tabela. O que foi feito com esse dinhei-

É Galo doido! Rogério Hilário

ro é uma incógnita escamoteada pelas declarações ridículas do presidente e deputado Alencar, mas reforçada pelo pífio elenco montado e pela campanha catastrófica. Se o América fosse uma instituição pública, a quantidade e amplitude de motivos para destituição dos nove presidentes seria de fazer inveja a parlamentares golpistas.

O feriado da Independência e o histórico 22° Grito dos Excluídos, com mais de 30 mil pessoas gritando “Fora Temer”, quase me fizeram esquecer a coluna. Mas bastou ver mais uma vitória do Atlético para retomar o prumo. Apesar dos gols perdidos, valeu, principalmente pelo oportunismo de Fred. Sigo evitando o pretexto comum: os desfalques. Afi-

La Bestia Negra Léo Calixto

nal, quem entra precisa dar conta do recado. O único senão têm sido as hesitações do técnico Marcelo Oliveira. Taticamente, a equipe apresenta falhas e apagões. Rafael Carioca que o diga. Mas o Galo segue próximo do líder Palmeiras e isso é o que interessa. É preciso ter cuidado com o Flamengo, que vem comendo pelas beiradas.

Chegou a hora de a Raposa beber água! Começaram as fases de oitavas de final da Copa do Brasil. Ao melhor estilo mineiro, comendo pelas beiradas, o Cruzeiro aposta suas fichas no certame, sua única esperança de título no ano. O estilo da competição é outro, pois são apenas dois jogos para se decidir a classificação ou eliminação. Assim, é necessá-

rio mais concentração, consistência e consciência tática. Outro fator importantíssimo nessa fase da competição é o já conhecido apoio incondicional da China Azul nos jogos em casa. O crescimento tático e técnico celeste nesse momento da temporada deixam torcedores e torcedoras com esperança de dias melhores ainda em 2016.