3 CIDADES
Rogério Sarmento
Ciclovias sem segurança
Reprodução
Valorizando o nosso Norte
Vias para bicicletas são poucas e recebem baixo investimento na capital. Ciclistas se organizam para apontar problemas e soluções
Minas Gerais
13 CULTURA
A cultura do Norte de Minas tem um museu próprio, em Montes Claros. Local também receberá exposições de artistas regionais 02 a 08 de outubro de 2014 • edição 58 • brasildefato.com.br/mg • distribuição gratuita
6 MINAS
5 MINAS
Choque de dívidas Segundo doutor em economia, o Choque de Gestão do governo PSDB em Minas é uma estratégia de marketing. Quem assumir o governo em 2015 enfrentará um Estado quebrado e uma dívida de R$80 bilhões
3 CIDADES
Cemig adianta dinheiro para acionistas Reprodução
Sind-UTE/MG
Falta de estrutura prejudica estudantes Estabelecimento ao lado de posto de gasolina abriga escola de Uberaba. Faltam espaços adequados para biblioteca, cantina e recreio. Segundo diretor, nova escola deve ser inaugurada em setembro de 2015
11 BRASIL
Reprodução
Previsões para as eleições Dilma tem 40% das intenções de voto e agora Marina disputa uma vaga com Aécio Neves no segundo turno
Repasse de R$ 604 milhões acontece três meses adiantado, na última semana antes das eleições. Enquanto isso, falta investimento na qualidade do serviço e conta de luz aumenta em 2015
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OPINIÃO
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
editorial | Minas Gerais
de renda. Dilma e o PT sabem que o aprofundamento das mudanças de pende da alteração da correlação de forças para viabilizar reformas estru turais. Entretanto, a convergência de um cenário de aprofundamento da cri se econômica internacional com a expectativa expressada em junho de 2013 da necessidade de aprofunda mento das conquistas sociais invia biliza a aplicação de qualquer um destes compromissos programáticos sem o acirramento dos conflitos de classe. Ou seja, a retomada do clássico programa neoliberal frustraria a ex pectativa de aprofundamento das mudanças manifestadas em junho de 2013, lançando o país numa cri se política. Já o compromisso da pre sidenta Dilma de responder às mani festações aprofundando as mudan ças acirraria a cruzada conservado
Derrotar o neoliberalismo em Minas Ao longo das 58 edições do Brasil de Fato MG o posicionamento deste jornal sempre foi muito cla ro: o neoliberalismo não interessa ao povo mineiro e precisa ser der rotado como projeto político para o estado. Minas Gerais vive há pelo me nos 12 anos sob governos clara mente neoliberais, que nunca es tiveram orientados para atender aos interesses do povo. As gestões do PSDB no governo estadual sem pre visaram a atender aos interes ses de uma pequena parcela da po pulação, formada por empresários, banqueiros e latifundiários. Os ne oliberais governam para os ricos. O neoliberalismo entende que o papel do Estado é intervir o míni mo possível na vida da população, deixando a cargo do setor empre sarial a gestão dos setores estraté gicos da sociedade, como a econo mia, a educação, a saúde e o trans porte.
O projeto neoliberal pode ser derrotado nas urnas, simbolizando o fim de um ciclo que não deixará nada de positivo. Um passo importante para construção futura de um projeto popular para Minas Assim, é culpa do neoliberalis mo o fato de, em Minas, não se in vestir o mínimo constitucional em saúde e educação; e que esses ser viços públicos sejam de péssima qualidade, com trabalhadores que recebem baixos salários e com con dições de trabalho cada vez piores. O neoliberalismo é responsável pelo fato de que em Minas as prin cipais empresas públicas (como a Cemig e a Copasa) tenham sido gradativamente passadas para as mãos privadas, com prejuízos para seus trabalhadores e consumido res, que recebem serviços cada vez
mais caros e de pior qualidade. O neoliberalismo é responsável pelo fato de que a economia mi neira, após 12 anos, siga baseada em setores atrasados, exportadores de matérias-primas para o exterior, como o agronegócio e a mineração. Setores que destroem o meio am biente e trazem prejuízos para as comunidades locais em que se in serem. O neoliberalismo é responsável pelo fato de que em Minas se pa gue a conta de luz mais cara do pa ís. Os impostos estaduais aqui pe sam muito nos bolsos dos pobres, e são leves para os bolsos dos ricos. Também é marca do neolibera lismo o cenário de censura que se vive no estado. Para esconder tudo de ruim que o governo estadual fez, foi preciso controlar com mão de ferro a mídia mineira. Os jornais, as rádios e TVs daqui são, através das verbas publicitárias, controlados. No domingo, dia 5 de outubro, o projeto neoliberal pode ser derro tado nas urnas, simbolizando o fim de um ciclo que não deixará na da de positivo para Minas Gerais. É um passo importante que preci sa ser dado, no sentido de garan tir a construção futura de um pro jeto popular para Minas, em que a vida e o ser humano sejam a prioridade.
editorial | Brasil
Eleições e os cenários da luta pela Constituinte As eleições seguiram marcadas pe la ausência de debate sobre o proje to político que queremos para o Bra sil. Is to não significa que, no caso das eleições presidenciais, não tenha ocor rido debate programático sufi ciente para diferenciar as candidatu ras. Os interesses de classe das for ças neoliberais e imperialistas hege monizam o conteúdo programático das candidaturas Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB). Isto fica de monstrado nos compromissos que estas duas candidaturas assumiram com o capital financeiro e os grandes bancos privados. A maior parte das forças popula res, assim como parte considerá vel das forças sociais neodesenvolvi mentistas vinculadas ao capital pro dutivo, estão alinhadas com a ree leição da presidenta Dilma Rousse ff (PT) e cobram pela manutenção e aprofundamento das conquistas dos últimos 12 anos, através do cresci mento econômico e da distribuição
O jornal Brasil de Fato circula semanalmente em todo o país e agora também com edições regionais, em SP, no Rio e em MG. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país e no nosso estado.
O atrasado sistema político tende a se transformar na questão nacional na medida em que o imaginário po pular perceber que o atual sistema é um obstáculo para as mudanças
ra contra seu governo. Ao que tudo indica, uma derrota eleitoral das for ças neoliberais na disputa pelo go verno federal poderá ser compensa da pelo aumento do peso das forças conservadoras no Congresso Nacio nal. Ora, é justamente o atrasado sis tema político brasileiro, permeado pela influência do poder econômico, que pode permitir o encastelamen to das forças neoliberais no Congres so Nacional e sua aliança com a im prensa conservadora. A tendência é que a luta de classes se manifeste numa profunda crise política. A ba se dessa crise é o carcomido sistema político. A contradição do sistema políti co tende a se transformar na questão nacional. Isto ocorrerá na medida em que aumentar no imaginário popular a percepção de que a organização do atual sistema político é um obstáculo para aprofundar as mudanças.
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Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
CIDADES
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Falta de ciclovias adequadas é obstáculo para uso da bicicleta em BH MOBILIZAÇÃO De acordo com professor, só a pressão pode gerar mudanças Wallace Oliveira Os ciclistas estão em to do lugar. A pesquisa ori gem e destino 2012 aponta que cerca de 26 mil deslo camentos diários são feitos com bicicleta na capital. Po rém, a falta de vias de des locamento seguro impede que a prática se torne uma opção de transporte a toda a população. Dados da BHTRANS in dicam que, nos últimos três anos, a Prefeitura de Belo Horizonte construiu 66,76 km de ciclovias, como par te do programa Pedala BH. Formulado a partir de 2005, o programa tem como meta chegar aos 380 km em 2020. No entanto, usuários recla mam que a malha cicloviá ria ainda anda muito longe de ser suficiente. Em 2008, o pesquisador Carlos Alexandre Silva co meçou a ir à faculdade pe
dalando. Para ele, faltam ci clovias nos principais corre dores da cidade, o que leva as bicicletas a dividirem es paço com automóveis. Além disso, ele aponta problemas de comunicação e desconti nuidade entre as rotas. “Elas ligam nada a lugar nenhum. Eu saio do bairro São João Batista para a UFMG. O tre cho que pego não tem ciclo via. Tenho que ir entre os carros na Antônio Carlos e usar rotas alternativas para não pegar a Pedro I”, exem plifica. Outro problema é a pre cariedade das instalações. Segundo Thaís, Junqueira, da Associação dos Ciclis tas Urbanos de BH, muitas ciclovias não contam com manutenção. Também há dificuldades com a invasão de automóveis. Em 2012, a Associação dos Ciclistas Urbanos de BH publicou um relatório sobre as ciclo
vias da cidade. Como prin cipais debilidades, o docu mento apontou a ausência de sinalizações adequadas, buracos, rachaduras e buei ros desprotegidos, blocos de concreto e outros obstá culos, falta de calçadas pa ra pedestres, levando-os a ocuparem as faixas dos ci clistas, além da invasão por automóveis. Carro na ciclovia Segundo o professor An dré Schetino, o exemplo mais característico é a ciclo via da rua Fernandes Touri nho, na Savassi: “É perigoso, porque o carro, para esta cionar, tem que passar pela ciclovia.” Para ele, o centro da questão é a lógica que or ganiza as relações no trânsi to. “Trata-se de uma educa ção para o trânsito pautada nos carros”. Ele acredita que a resposta do poder público a esses problemas tem sido
Escola funciona de forma improvisada em prédio comercial UBERABA Alunos precisam conviver com cheiro de gasolina e perigo de rodovia Há pelo menos três anos, cerca de 550 alunos dos en sinos fundamental e médio precisam passar por uma rodovia perigosa e convi ver com o cheiro forte de gasolina para poder estu dar. A escola estadual Fran cisco Cândido Xavier fun ciona de forma improvisa da em cima de um conjun to de lojas, como pet shops, lotéricas e conveniência. A poucos metros, fica um posto de gasolina que aten de tanto os carros como ca minhões que trafegam pela rodovia BR-262. “Imagina a meninada debruçada em cima da pi lastra.. Além disso, o mau cheiro da gasolina é muito grande. Os caminhões che gam pra por gasolina, tem gente que mexe com os alu nos e eles sofrem com isso,
os professores também re clamam”, relata a coordena dora do Sindicato dos Tra balhadores da Educação de Uberaba, Maria Helena Ga briel. Ela conta que, antes, as aulas de educação físi ca eram feitas no pátio do prédio, convivendo com os clientes dos estabelecimen tos. Agora, foi alugada uma quadra perto da escola. O recreio é feito em área de varanda do segundo andar. Falta ainda sala de professo res, cantina adequada e es paço para biblioteca. “Acredito que não tem risco. Só falta estrutura mesmo. Risco a gente tem em todo lugar, só de atra vessar a rua”, diz o diretor Sebastião de Mello. Ele ex plica que uma outra esco la para receber os alunos já
Reprodução
Sind-UTE/MG
550 alunos estudam na escola
está em construção, desde agosto. O prazo legal para a obra é 360 dias, ou seja, de ve ficar pronta em setembro de 2015. “É uma região da cidade que cresceu demais e não foi oferecida estrutura educacional para as crian ças que moram aqui”, pon tua Sebastião.
Programa Pedala BH tem como meta chegar aos 380 km de ciclovia em 2020
insuficiente. A saída estaria, então, na mobilização: “As mudanças têm acontecido pela pressão de grupos or ganizados”, declara. Seria o caso, por exemplo, do programa Pedala BH. Inicialmente, teve uma exe cução lenta e suscitou mui tas críticas por parte dos ci clistas. No final de 2012, foi criado um grupo de discus
são e trabalho, o GT Peda la BH, aberto à participação dos cidadãos. Isto teria pro porcionado uma melhoria do programa: “Com as reu niões e a consulta aos ciclis tas, o projeto tem andado um pouco mais. As ciclovias que aparecem agora já têm uma qualidade melhor, se guindo as normas”, conclui.
PERGUNTA DA SEMANA No dia 05 de outubro, brasileiros vão às urnas votar nos candidatos que escolheram como seu represen tante para o Parlamento e Executivo. Tenha sido difícil ou não, a escolha foi feita e, caso o candidato seja elei to, cabe agora ao cidadão acompanhar o seu trabalho e cobrar as promessas e lisura no governo. O Brasil de Fato MG pergunta:
Como você vai acompanhar os trabalhos de seu candidato durante o mandato, caso seja eleito?
É complicado acompanhar o que ele faz no cotidiano. Não temos tempo para correr atrás, ver o que está sendo feito, no que ele está investindo. Mas se eu tivesse oportunidade gostaria de acompanhar, pra ver se as propostas que ele fez estão sendo implantadas. Cássio Henrique Lamego, 35, estagiário
Vou acompanhar pela televisão, pelos jornais, pelo rádio. Já acompanhei outros candidatos e acho importante. Temos que ver o que eles estão fazendo por nós, que apostamos nosso voto neles. Kenya Mara da Costa, 32, cozinheira
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CIDADES
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
Charanga feminista contra o machismo REVOLTA Estudantes criticam músicas com apologia à violência contra a mulher Reprodução
Na última semana, componentes da bateria da Engenharia da UFMG cantaram músicas com te or machista em um bar na região sul de Belo Hori zonte. As letras continham frases que tratavam o es tupro e a violência con tra as mulheres como coi sas naturais. Por exemplo, umas das músicas possuía
Pimenta será processado por crime eleitoral ELEIÇÕES Funcionários do Estado e da Cemig receberam campanha através de e-mails do governo O Sindicato dos Eletrici tários (Sindieletro-MG) en trará com ação no Ministé rio Público Eleitoral contra a coligação de Pimenta da Vei ga (PSDB), por crime eleito ral. Trabalhadores do gover no estadual e da Cemig rece beram em seus e-mails ins titucionais dois textos, que os convocavam a votar e re alizar campanha para Pi menta. De acordo com o ar tigo 300 do Código Eleitoral, é proibido coagir funcioná rios públicos a votar ou não em determinado candidato ou partido. O primeiro e-mail foi en viado em 16 de setembro, chamando os servidores a participarem de uma reu nião de campanha de Pi menta da Veiga. “Como é de conhecimento de sua chefia imediata, aguarda mos sua presença”, dizia o Publicidade
um trecho que dizia “não é estupro, é sexo surpre sa”. Muitas estudantes se revoltaram e utilizaram as redes sociais para denun ciar o caso. A repercussão foi nacional. Como forma de protes to, a Charanga Feminista, como é denominada a ba teria da Faculdade de Fi losofia e Ciências Huma nas (FAFICH) da UFMG, compôs uma música e re
alizou um ensaio público no campus. Em ritmo de funk, as estudantes afir maram que “charanga não é isso / não dá pra acredi tar / isso é cultura do es tupro e contra isso eu vou lutar”. “Passamos o recado de que não cabe machis mo nas letras das charan gas e muito menos na uni versidade”, afirma Larissa Costa, estudante de jorna lismo. (Da redação)
Professores agredidos por apoiadores de deputado SUL DE MINAS Panfleto que divulga ações dos candidatos é motivo de reação violenta Dois professores foram agredidos no centro de Cam po Belo (Sul de Minas) em 28 de setembro. Vauvenargues Lopes e Marília Garcia entre gavam panfletos que mos tram os deputados que apro varam medidas de desvalo rização dos professores de escolas estaduais. Eles foram abordados por apoiadores e pelo deputado Duarte Be chir (PSD). “Ele disse que eu não tinha direito de me ma nifestar ali e começou a to mar nosso material de forma violenta” conta Vauvenar
gues. Além disso, apoiadores do candidato diziam: “vocês não vão sair vivos daqui”. Alguns dias antes, o tam bém professor Ezequiel Gê neses de Resende afirma que recebeu uma ligação de Car los Bechir, irmão de Duarte Bechir. Ezequiel relata que o objetivo da ligação de Car los era coibir a manifestação e que ele utilizou de pressão emocional. Ambos os casos foram registrados em bole tim de ocorrência na delega cia local. (Rafaella Dotta)
Candidato relata tortura da Polícia Civil e-mail. Uma semana depois, em 24 de setembro, foi a vez de 8 mil funcionários da Ce mig receberem a propagan da eleitoral. O texto era assi
nado por Pimenta da Veiga e defendia a atual administra ção da empresa, enquanto tecia críticas a Dilma Rous seff e ao PT. (Da redação)
César Vieira, candida to a deputado estadual pelo PROS, denuncia ter sofrido violência policial na madru gada do dia 26 de setembro, em Viçosa, na Zona da Mata César relata que voltava de uma viagem com mais du as pessoas quando foi abor dado por três carros da Polí cia Civil, não identificados. Eles foram acusados de fa zer parte de uma quadrilha que destruiria materiais de campanha. César nega qualquer en volvimento nesse tipo de
prática e diz que os três fo ram vítimas de tortura físi ca e psicológica por mais de cinco horas. “Nos rende ram com armas de grosso calibre, nos ameaçaram de morte e não nos deram di reito de defesa”, afirma. Para César, o caso é uma prova de perseguição políti ca, pois ele é o único candi dato da coligação de oposi ção na região. O caso foi de nunciado na Ouvidoria de Polícia, na Corregedoria e no Ministério Público. (Da redação)
MINAS
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
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Cemig repassa R$ 604 milhões a acionistas na véspera das eleições CONTRADITÓRIO Sindicato e movimento questionam aumento da conta de luz e falta de recurso para melhorias Reprodução
Thaíne Belissa tarifas mais caras do país. “A Cemig pediu à Ane Os acionistas da Com el quase 30% de reajuste panhia Energética de Mi da tarifa, então sua prio nas Gerais (Cemig) vão ridade é remeter lucro entrar no fim de semana aos acionistas. A popula das eleições com mais di ção precisa se dar conta nheiro no bolso. A garan de que, apesar de ser uma tia veio por meio do repas empresa do governo, a Ce se, um pouco mais adian mig não atende aos usuá tado este ano, da segunda rios como deveria”, afirma. parcela dos dividendos ex Também da coordena traordinários, no valor de R$604 milhões. Represen “Eles querem garantir tantes do Movimento dos Atingidos por Barragens a parte dos acionistas, (MAB) e do Sindicato dos principalmente Eletricitários de Minas Ge daquelas empresas rais (Sindieletro-MG) de nunciam a nova partilha que financiam de lucros, enquanto a po a campanha do pulação é obrigada a pa gar mais caro pela conta governo”, de luz. Para Gilberto Cervinski, ção nacional do MAB, Jo da coordenação nacional celi Andrioli questiona o do MAB, apesar de ser le período escolhido pela gal, o repasse dos dividen empresa para fazer o se dos nessas condições de gundo repasse dos divi lucro excessivo é questio dendos. De acordo com nável, principalmente pe ele, esse procedimento lo fato de a Cemig ser uma normalmente acontece no empresa pública e ter res fim do ano e, desta vez, foi ponsabilidade social com adiantado para 30 de se a população. Ele denuncia tembro, cinco dias antes que, se por um lado a com das eleições. “Eles que panhia reparte os ganhos rem garantir a parte dos com os acionistas, por ou acionistas, principalmen tro ela tenta explorar ao te daquelas empresas que máximo o bolso do consu financiam a campanha do midor, que paga uma das governo”, diz.
Cemig pediu quase 30% de reajuste da tarifa à Aneel
Ele também desta ca que, ao invés de entre gar quantias tão altas aos acionistas, a empresa de veria cumprir seu papel social com os atingidos pelas construções de hi drelétricas. Segundo ele, um estudo realizado em Minas Gerais comprovou que há um padrão de vio lação de direitos humanos na construção de hidrelé tricas. “Há vários lugares onde
a empresa deveria cons truir escolas para as co munidades atingidas, mas não inicia as obras. Além disso, as populações vi vem com problemas, co mo dificuldade de acesso à água e infertilidade das terras”, destaca. O coordenador geral do Sindieletro-MG, Jairo No gueira Filho, explica que esses R$ 604 milhões fa zem parte do montante de mais de R$ 3,3 bilhões que
está sendo repassado aos acionistas em 2014. Ele destaca que, nos últimos cinco anos, a empresa en tregou, em forma de di videndos, quase 100% do seu lucro. “O que nos dei xa espantados é que a Ce mig continua com a velha política de repasse de lu cro. Não fica nada para in vestir na melhoria de re de, nos trabalhadores e na discussão da redução tari fária”, reforça.
Copam aprova licença para mineração
PEC 69 não foi votada por falta de quórum
DIAMANTINA Maioria dos conselheiros ficou calada e deixou passar a licença para o projeto
Professores da Lei 100 continuam sem solução
Após 11 horas de reunião do Conselho Estadual de Po lítica Ambiental (Copam) em Diamantina (Alto Jequi tinhonha), a licença de ope ração para dar início ao pro jeto Minas-Rio, da britânica Anglo American, foi libera da. Apesar disso, várias con dicionantes que se arras tam desde a licença prévia não foram cumpridas, justi ficando os quatro votos con tra, entre eles o do Ministério
Público Estadual. Dos quase 20 conselhei ros, a maioria sequer se pro nunciou, já que, para votar em favor da liberação da li cença, não era necessária qualquer justificativa. Mas os conselheiros que votaram contra tiveram que justifi car a sua opção, e citaram a mortandade de animais pe la contaminação dos rios e o desabastecimento de água para as famílias atingidas.
O maior projeto de mine ração em instalação em Mi nas Gerais foi então aprova do por conselheiros que não falam, sob a supervisão do secretário de Meio de Am biente de Minas Gerais, Al ceu Torres, e da diretoria da Anglo American. Com uma licença ambiental para in glês ver, o silêncio autorizou a empresa a continuar a po luir. (Justiça Global)
Foi realizada na terça-fei ra (30) a primeira discussão em plenário sobre a Propos ta de Emenda à Constituição (PEC) 69/14, que dispõe so bre a efetivação de quase 100 mil professores admitidos sem concurso público pe la Lei Complementar 100, de 2007, considerada inconsti tucional pelo STF. Em sessão conturbada, a proposta não chegou a ser votada, por não comparecimento de grande parte da base do governo.
O deputado Rogério Cor reia (PT), que esteve na reu nião, afirmou que a PEC 69 foi formulada com caráter eleitoreiro, já que a nova lei não anularia o veto à anterior. Cerca de mil servidores da educação atingidos pela Lei 100 acompanharam a sessão e pressionaram pela aprova ção da nova medida. Pela fal ta de quórum, a votação não foi concluída e os servidores não concursados continuam em situação indefinida.
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MINAS
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
Choque de gestão: dívida de R$ 80 bilhões e Estado quebrado FINANÇAS Economista explica como governo maquiou os números para esconder falência Thaíne Belissa para mascarar números não favoráveis. Uma dívida de quase “Os governos começa R$ 80 bilhões e uma co ram a usá-la principal leção de déficits históri mente depois da Lei de cos. Quem mora em Minas Responsabilidade Fiscal Gerais e está acostuma para não sofrerem puni do a ler apenas boas no ções. Eles fazem isso es tícias sobre o governo es condendo gastos, jogan tadual nem pode imagi do despesas em outras ru nar que esses números ne bricas, lançando no orça gativos são de seu Estado. mento receitas não recor Mas uma análise detalha rentes, ou seja, que não da dos dados da Secretaria vão ocorrer todo ano”, diz. da Fazenda feita pelo dou Em Minas Gerais, ele afir tor em economia e profes O Estado nunca sor da Escola de Gover no da Assembleia Legis deixou de ser lativa de Minas Gerais Fa deficitário e o brício Augusto de Olivei ra aponta que, ao contrá Choque de Gestão rio do que dizem as propa foi muito mais uma gandas sobre o Choque de Gestão, Minas Gerais está peça de marketing do em maus lençóis em sua que uma estratégia situação financeira. O economista, que eficiente também foi professor da UFMG e da Fundação João ma que a prática acontece Pinheiro, estudou a dívida desde 2003, no início da mineira e escreveu diver gestão de Aécio Neves. De sos artigos sobre o assun acordo com o economista, to, além do livro “Dívida o governo adotou o con Pública do Estado de Mi ceito de resultado orça nas Gerais: A Renegocia mentário em suas contas, ção Necessária”. Para ele, o o que permitiu a maquia que acontece é um exem gem dos números. plo da prática da Conta “Na avaliação de finan bilidade Criativa, técnica ça pública esse conceito usada por empresas públi não tem significado e foi cas e privadas, desde 1970, usado só para vender boa
Em 2013, Minas Gerais teve déficits em todos os conceitos Orçamentário
{
Nominal
R$ 948 milhões
{
R$ 8,9 bilhões
Primário
{
R$ 86 milhões
A dívida consolidada líquida saltou de R$70,4 bilhões em 2012 para R$79,7 bilhões em 2013, um crescimento de 13%
imagem. A questão é que ele inclui na conta a con tratação de crédito, o que não é receita, mas um re curso para o pagamento de uma dívida. Além dis so, ele não inclui os ju ros e amortização da dí vida com a União”, expli ca. Segundo o professor, o conceito adequado pa ra a avaliação das contas no Estado é o de resultado nominal, que inclui os ju ros da dívida pública. Peça de marketing O economista afirma que, apesar de o gover no ter divulgado que esta va resolvendo o problema da dívida, a verdade é que o estado nunca deixou de ser deficitário e o Cho que de Gestão foi muito mais uma peça de marke ting do que uma estratégia eficiente. “Em Minas Ge rais todo mundo tem me do de falar, seja impren sa ou consultores. Pare ce que estamos no paraí so, mas isso é uma ilusão. O governo fala muito em saúde e em educação, mas sempre foi devedor dessas áreas”, frisa. Baseado em dados da Secretaria da Fazenda do Estado de Minas Gerais, o economista destaca que,
Reprodução
Para economista, governo usa “contabilidade criativa” para mascarar os números
no ano passado, o Esta do teve déficits em todos os conceitos: orçamentá rio, nominal e primário. Ele chama a atenção para o déficit primário, de R$86 milhões, que não aconte cia desde 1999. De acordo com o professor, esse nú mero é preocupante, pois significa que o governo não está sendo capaz nem de pagar seus gastos bási cos. “Além de não dispor de recursos para pagar um centavo dos encargos da
dívida, o governo ainda se vê obrigado a recorrer a novos empréstimos para honrar suas despesas pri márias”, afirma. Ele tam bém destaca o déficit no minal, de R$8,9 bilhões, que compromete 20% da receita líquida do Esta do. Diante desse desequi líbrio orçamentário, a dí vida consolidada líquida só aumenta, tendo salta do de R$70,4 bilhões em 2012 para R$79,7 bilhões no ano passado.
Ataque ao Funpemg O economista afirma que a situação financeira do Estado ficou tão crítica que ele acabou sem caixa e precisou lançar um pa cote de ajuste fiscal, em agosto de 2013. Mas, se gundo o professor, como as pequenas intervenções não resolveram o proble ma imediato do gover no, ele arriscou uma ma nobra maior, extinguindo o Fundo de Previdência do Estado de Minas Ge rais (Funpemg) e lançan do mão dos quase R$4 bi lhões arrecadados pelos servidores.
Aprovadas em tem po recorde e de manei ra eticamente condená vel, as Leis Complemen tares 128 e 131, de 2013, não só garantiram o fim do Funpemg, como a transfe rência de todo seu dinhei ro para o Fundo Financei ro da Previdência (Fun fip). Para o diretor jurídi co do Sindicato dos Servi dores da Justiça de 2ª Ins tância de Minas Gerais (Sinjus-MG), Wagner de Jesus Ferreira, a manobra foi uma atitude desespera da do governo para cobrir seu rombo financeiro.
“Diferente do Funpemg, no Fumpip não há repre sentantes dos trabalha dos e tudo fica no contro le do Estado. Na prática, o governo se apropriou dos recursos do fundo, levan do tudo para cobrir os dé ficits de seu caixa”, afirma. Ele explica que, justamen te por não ter controle, o Funpip foi alvo de des vios históricos, chegando a uma dívida de R$10 bi lhões. Agora, os servido res temem que o ataque à previdência prossiga, ameaçando suas aposen tadorias.
ELEIÇÕES
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
Empresas “ficha-suja”
Bombou na rede
SISTEMA POLITICO Das dez empresas que mais doaram dinheiro para campanhas, sete estão envolvidas em escândalos Rafaella Dotta Você já se perguntou so bre quem paga as campa nhas eleitorais? Em 2006, um estudo feito pelo nor te-americano David Sa muels, mostrou que as eleições brasileiras são as mais caras do mundo. Em 2010, segundo dados do Tribunal Superior Eleito ral (TSE), os gastos de pri meiro e segundo turno to talizaram R$ 3,23 bilhões, com doações vindas prin cipalmente de empresas. “Todas as previsões são que os gastos das campa nhas em 2014 serão bem maiores do que em 2010”, afirma Jose Antonio Moro ni, colegiado de gestão do Instituto de Estudos So cioeconômicos (INESC). Esse fato, na opinião do pesquisador, tem duas ex plicações: as campanhas vêm ficando mais caras e a fiscalização das contas tem se mostrado mais ri gorosa, fazendo aumentar o valor declarado oficial mente. Em um sistema que “se autoalimenta”, segun do Moroni, “o cidadão é um mero detalhe”. As em presas que mais contri buem com as campanhas são as que têm mais ne gócios com os governos e,
# JoaquimBarbosaSemÉtica e #SemOAB Reprodução
portanto, precisam eleger quem facilite os acordos. “Isso cria um círculo da noso para a democracia, para a gestão pública e o processo eleitoral”, afirma. Corruptoras Das dez empresas que mais doaram dinheiro pa ra campanhas, sete estão envolvidas em escânda los de corrupção. É o caso do Grupo Camargo Cor rêa, que teve seus dire tores presos sob a acusa ção de lavagem de dinhei ro e repasse de verba ilí cita a políticos, em 2011, em operação realizada pe la Polícia Federal. A acu sação foi, posteriormen te, extinta pelo Tribunal de Justiça, que alegou fal ta de provas. As outras seis empresas estão relaciona das a casos de mensalões, ao cartel do metrô de São Paulo, lavagem de dóla res e superfaturamento de obras em diversos estados do Brasil. Na tentativa de dimi nuir a corrupção empresa rial,foi aprovada em janei ro deste ano a Lei 12.846, que tem como objetivo punir empresas que reali zam fraudes ou corrupção de administradores públi cos. As multas vão de R$ 6 mil a R$ 6 milhões, in
Moroni: lei que pune empresas é um avanço
cluindo a possibilidade da reparação integral aos co fres públicos. Como parte da punição, a empresa te rá seu nome veiculado em meios de comunicação e será inscrita no Cadastro Nacional de Empresas Pu nidas (Cnep). De acordo com o cien tista político Jose Antonio Moroni, a Lei ainda é re
cente para mostrar resul tados concretos, mas re presenta uma medida ur gente e positiva. “No Bra sil não tinha uma lei pa ra punir a pessoa jurídica. No máximo chegava à pu nição de uma pessoa físi ca, e não do CNPJ. Por isso, nunca se conseguiu a pu nição dos chamados cor ruptores”, explica.
Campanhas para governo estadual Segundo dados da segun da prestação de contas do TSE, divulgada há um mês, as propagandas para gover nadores em Minas Gerais custarão R$ 19 milhões. Os candidatos com maior fi nanciamento, também os que possuem maiores in tenções de votos, são: Pi menta da Veiga (PSDB) com R$ 12 milhões, e Fernando
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Pimentel (PT) com R$ 5 mi lhões. Após o segundo turno es tá programada a terceira parcela de prestação de con tas ao TSE, válida para todos os cargos em eleição. A ex pectativa é que estes núme ros aumentem e, em alguns casos, chegam a triplicar.
GUIA DO ELEITOR CIDADÃO
Foram muitos os compartilhamentos da notícia de que o ex-pre sidente do Supremo Tribunal Federal, Joa quim Barbosa teve seu registro de advogado negado pela seccional da Ordem dos Advoga dos do Brasil, do Distri to Federal, que alegou que ele feriu a ética pro fissional quando exer ceu a magistratura. Bar bosa ofendeu advoga dos e retirou a força do STF usando seguranças da casa – fato inédito na história do Judiciário. Isso você não viu na “grande” mídia...
Mas graças a cen tenas de milhares de compartilhamentos e à cobertura de blogs e páginas progressistas, a notícia se espalhou. Mi lhares de pessoas en tregarão o resultado do Plebiscito ao Congres so, Presidência e Supre mo nos dias 14 e 15 de outubro. #MarinaSemHulk
Chegou o dia da eleição! Quando?
O que levar?
O primeiro turno das eleições será no dia 5 de outubro, das 8h às 17h. Caso ocorra, o segundo turno será no dia 26 de outubro, das 8h às 17h.
O título de eleitor e um documento de identificação com foto. Caso a pessoa não leve o título de eleitor, há a possibilidade de votar apenas com o documento de identificação. Na cabine de votação é proibido portar celular, máquina fotográfica, ou qualquer outro aparelho que possa comprometer o sigilo do voto.
Onde? O eleitor deve votar na zona e seção eleitoral em que está cadastrado. Caso tenha dúvida de seu local de votação, ligue para o disque-eleitor, no 148, ou acesse o site do TRE-MG, no endereço www.tre-mg.jus.br. Quem não estiver na cidade onde vota é só ir em qualquer local de votação para fazer a justificativa. Quem não se justificar no dia tem 60 dias para fazê-lo.
Ordem da votação São cinco votos na seguinte ordem: 1) deputado estadual, com cinco dígitos 2) deputado federal, com quatro dígitos,3) senador, com três dígitos,4) governador, com dois dígitos e 5) presidente, também com dois dígitos.
O ator norte-ameri cano Mark Ruffalo, fa moso pelo papel de Hulk na série de filmes Vingadores, retirou seu apoio à candidatura de Marina Silva após to mar “conhecimento” de que a ex-senadora é contra o casamento gay.
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OPINIÃO
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Foto da semana
PARTICIPE Viu alguma coisa legal? Algum absurdo? Quer divulgar? Mande sua foto para redacaomg@brasildefato.com.br.
Acompanhando Lidyane Ponciano
Na edição 30... Empreendimento co loca quilombo em risco em BH ...E agora
No último sábado (27), a Central Única de Trabalhadores (CUT/MG), sindicatos e movimentos sociais se reuniram em ato de solidariedade ao Sindicato Único dos Trabalhadores (Sind-UTE/MG), para protestar contra a tentativa de suspensão da campanha publicitária da entidade sobre a educação em Minas Gerais. Os manifestantes se concentraram na Praça da Liberdade e marcharam até a Praça Sete vestindo mordaças. Durante toda a atividade, também foram distribuídos panfletos com o documento “Quem fala a verdade não merece castigo”, assinado por mais de cem entidades.
Jovina Gomes Pereira
Iuri Moreira
Acordem
1° de outubro: dia internacional da pessoa idosa
Mais uma vez o povo vai às urnas. Acordem os que dormem, juntem-se àqueles que não se deixam levar por discursos eleitoreiros e mentirosos. Estamos lutan do por movimento de recuperação da nossa dignidade, e o nosso voto é uma poderosa arma. Como se não bas tasse o abuso que exercem da hipnose no povão, estes chegam ao extremo de usar o nome do maior e líder de justiça, mestre em sabedoria, justiça e amor, que foi Je sus, tentando ludibriar consciências. Que vergonha!!! O senhor Aécio Neves, candidato à Presidência, que fala que é o “bão”, com discurso que iria investir no ci dadão e não na máquina pública, passou a responsabi lidade do Estado para o setor privado, o qual só visa os lucros, deixando no abandono o cidadão. Deixando de investir a verba de 12% da receita, deixou-nos uma dívi da de R$ 4,3 bilhões com a saúde. Quanto à candidata Marina, do PSB, esta entrou de gaiata no navio e quer mudar a rota de um Brasil que vem dando certo. Lula pegou um Brasil naufragando e segurou o leme, conduzindo-o por águas onde agora o pobre, o negro, o discriminado, o nordestino que comiam cactos e raízes passaram a comer, a sonhar, a trabalhar, frequentar fa culdade e ter energia elétrica no seu barraco. Veio Dilma enfrentando os ataques e adversidades, conseguindo manter o barco, apesar de muitos contra tempos. Alegam agora que Dilma trouxe médicos de Cuba. Estes vieram para atender aos desventurados, a quem os médicos filhinhos de papai não querem enfrentar. A mim não importa que os médicos venham até de ou tro planeta. O que não pode mais é o povo pagar pelos que se formam, mas não cumprem o juramento médico. Acordem e pensem. Jovina Gomes Pereira é aposentada da Saúde do Es tado de Minas Gerais
Desde a aprovação do Estatuto do Idoso, 1° de outu bro é dedicado a comemorar o seu dia. Comemorar não seria a palavra certa. Após o Estatuto do Idoso, muita coisa começou a mudar, mas ainda não é o que espera mos para nossa sociedade, que esta envelhecendo ca da vez mais. A falta de políticas públicas para as pessoas idosas é uma realidade, mas o que ainda nos deixa cada vez mais perplexos é a falta de respeito e educação com essa po pulação. O preconceito ainda é muito grande, mesmo com todos direitos que conseguiram adquirir com mui ta luta e sacrifício, pois o idoso não é ouvido pela so ciedade. A partir do momento em que deixa de contri buir com uma sociedade capitalista que só visa o lucro, o idoso é descartado, deixado de lado. Neste dia, é importante refletir e lembrar daquelas pessoas que tanto contribuíram para a construção da nossa sociedade, e hoje são muitas vezes esquecidos dentro da própria casa, mesmo por familiares. O mesmo idoso que, em muitos casos, mantém com a pouca apo sentadoria toda a família. Para muitos não há o que co memorar, e sim fazermos uma reflexão: Por onde trilha o nosso envelhecimento? Somos uma sociedade preparada para envelhecer? Como lidar com esta situação que é uma realidade e vem crescendo a ca da dia? A expectativa de vida aumentou e muito, e com ela, a população idosa. Em Minas são aproximadamente 13% da população, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2025 o Brasil deve ter aproximadamen te 32 milhões de pessoas idosas. Precisamos nos anteci par, e com medidas preventivas e políticas voltadas para o envelhecimento, que é uma realidade em nosso país. Iuri Moreira é presidente do Conselho Municipal do Idoso de Belo Horizonte e da Pastoral da Pessoa Idosa.
As famílias do Qui lombo Mangabeiras, na região Norte da capital, receberão tratamento diferenciado e terão di reitos garantidos duran te processo de licencia mento ambiental para o projeto de urbaniza ção “Operação Urbana do Isidoro”. A assinatu ra de um Termo de Ajus tamento de Conduta en tre as partes interessa das e mediado pelo Mi nistério Público Federal oficializou o acordo, que prevê uma série de me didas compensatórias às famílias. Na edição 6... Greve dos bancários não tem previsão para acabar ...E agora Desde a tarde de ter ça-feira (30), bancários de todo o país iniciaram greve por tempo inde terminado. Em BH, eles realizaram protestos em frente aos bancos Bra desco e Caixa Econômi ca Federal nos primei ros dias. A categoria rei vindica reajuste salarial, melhorias das condi ções de trabalho e Par ticipação nos Lucros e Resultados (PLR). A pre sidente do Sindicato dos Bancários, Eliana Bra sil, denuncia que metas diárias e assédio moral têm adoecido trabalha dores.
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Mentor do estupro coletivo de Queimadas é condenado a 108 anos de prisão VIOLÊNCIA Cidade da Paraíba ficou chocada com o crime, que aconteceu em 2012 Reprodução
Após 19 horas de julga mento, Eduardo dos Santos Pereira, tido como o men tor do estupro coletivo em Queimadas (PB), que resul tou na morte de duas mu lheres, foi condenado a 106 anos de prisão. Santos Pereira foi con siderado culpado por dois homicídios, formação de quadrilha, cárcere privado, corrupção de menores, por te ilegal de arma e por cinco estupros. Soma-se a isso a pena de 1 ano e 10 meses de detenção pelo crime de le são corporal de um dos jo vens envolvidos no crime, o que aumenta sua pena para 108 anos. Relembre o caso
O fato aconteceu no dia 12 de fevereiro de 2012, quando as duas garotas e outras três foram convi dadas a participar da festa
de aniversário do irmão de Eduardo, Luciano dos San tos. No meio da festa, ho mens mascarados invadi ram e anunciaram o estu pro coletivo. Michele Do mingos foi assassinada a ti ros ao lado da igreja da ci dade. Isabela Monteiro foi encontrada morta em uma estrada vicinal. A polícia desconfiou, pois, logo depois que os ir mãos denunciaram o crime, estavam circulando pela ci dade normalmente. Eduar do Santos Pereira, aponta do como mentor, foi preso no velório de Isabela. De pois dele, a polícia prendeu todos os envolvidos: três adolescentes e sete adultos; entre eles, o aniversariante. O que mais chocou a cidade de Queimadas é que todos eram vizinhos, amigos e al guns deles parentes. Segun do a polícia, tudo foi pla nejado com pelo menos 15 dias de antecedência.
Levy Fidelix é processado por homofobia Três representações contra o candidato à Pre sidência da República, Le vy Fidelix (PRTB), foram protocoladas na terça-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Fidelix é acusado de homofobia du rante debate entre os pre sidenciáveis. Defensores dos direitos LGBT acusam o candidato de ter incita do o ódio contra homosse xuais ao explicar por que é contrário ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. A primeira represen tação foi ajuizada pela Co missão Nacional da Diver sidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A organização re quer que parte do tempo de propaganda eleitoral gratuita a que o candidato tem direito seja destinado para que entidades de de fesa da comunidade LGBT
se manifestem sobre as de clarações. A OAB também pede a cassação do regis tro de sua candidatura. Outra representação foi apresentada, em conjun to, pela também candidata à Presidência da Repúbli ca, Luciana Genro, e pelo deputado federal candida to a mais um mandato, Je an Wyllis, ambos do PSOL. A terceira foi ajuizada pelo PSTU. As representações serão julgadas pelo minis tro Herman Benjamim. No debate eleitoral entre os presidenciáveis apre sentado pela TV Record no último domingo (28), Le vy Fidelix disse que o cres cimento dos casamentos gays pode reduzir o tama nho da população brasilei ra e sugeriu que homosse xuais precisam de “ajuda psicológica”. (Da redação)
Os dez homens envolvidos no crime eram próximos das vítimas
Em greve desde a terça-fei ra (30), os bancários promo vem um ato na quinta-feira (2) contra a autonomia do Ban co Central, em frente à sede da instituição em Brasília (DF) e em várias capitais. “Essa inde pendência significa entregar a condução da política macro econômica do país ao merca do financeiro, roubando essa atribuição constitucional dos governos democraticamente eleitos pela população”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT,. A proposta de enfraqueci mento dos bancos públicos também preocupa o Comando Nacional dos Bancários. Eles lembram o papel de central importância que essas institui ções tiveram na crise de 2008 quando aumentaram a oferta de crédito de 36% para 51% en quanto as instituições privadas diminuíram o volume.
Nascido em Coromandel, Lindolfo Fernandes é Auditor Fiscal da Receita Estadual. Foi presidente do Sindifisco/MG por quatro mandatos e desmistificou o “Choque de Gestão” do governo estadual. Propostas:
COLIGAÇÃO MINAS PARA TODOS - PT, PROS, PMDB, PRB CNPJ CANDIDATO: 20.576.430.0001-63 VALOR: R$750,00 TIRAGEM: 200.000 UNIDADES
Revista Fórum
Bancários contra autonomia do Banco Central
Redução da tarifa de energia Justiça tributária Defesa de movimentos sociais e sindicais Aplicação do mínimo constitucional para saúde e educação
Fis calovo do p
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Eleições: o Brasil decide seu futuro DECISÃO Influenciada pelos recuos de Marina, rejeição ao PSDB e apreço pelos avanços sociais dos últimos anos, população vai às urnas Reprodução
Pedro Rafael Vilela De Brasília
Mais de 142 milhões de pessoas estão aptas a votar no domingo (5). Os 26 es tados e o Distrito Federal vão eleger deputados es taduais e federais, senado res e governadores. A cor rida eleitoral mais impor tante, claro, é a de presi dente da República. As úl timas pesquisas divulga das antes do primeiro tur no dão a dianteira para a candidata à reeleição Dil ma Rousseff (PT), com 40% das intenções de voto. Ma rina Silva (PSB), com 25%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%, aparecem na sequên cia. A possibilidade de vi tória de Dilma no primei ro turno nunca esteve tão próxima. Quando se ana lisam apenas os votos vá lidos (excluindo brancos e nulos), a petista apare ce com 45% dos votos. Para liquidar a fatura já no do mingo, ela teria que cres cer mais 5%, superando a soma dos votos de todos os seus adversários. Há ain da um percentual de qua se 10% que se declaram indecisos ou não respon deram às enquetes eleito rais, o que dá margem tan to para uma virada de Aé
cio contra Marina, quanto para confirmação de Dil ma no primeiro turno. Recuos de Marina
O cientista político e professor Valdir Pucci acredita que a queda acen tuada de Marina, de qua se dez pontos percentu ais nas pesquisas, se deve principalmente aos recuos e incertezas geradas pela própria candidata. “Exis te um sentimento de mu dança na sociedade que é real, e a Marina tentou ex pressar isso como nova po lítica. Mas, como não man teve firmeza em suas pro postas, parte do eleitora
do questionou o potencial e a qualidade de mudança oferecida por ela”, analisa. O principal recuo de Marina foi a mudança das políticas de inclusão da população LGBT em seu programa. Em menos de 24 horas, a candidata retirou proposta favorável ao ca samento igualitário entre pessoas do mesmo sexo. Marina também foi acu sada pelo PSDB de plagiar em seu programa de gover no trechos do Plano de Di reitos Humanos do gover no de Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2001). O desgaste, aliado à pouca estrutura de cam
panha nos estados, po de comprometer a chega da de Marina Silva ao se gundo turno. “Quem vai enfrentar a Dilma passou a ser uma incógnita”, co menta Valdir Pucci. Antes contrária a algumas alian ças de seu partido, como em São Paulo, Marina te ve de correr atrás. A cam panha mandou imprimir mais de 70 milhões de san tinhos com as fotos de Ma rina e Geraldo Alckmin (PSDB), para distribuir nos próximos dias. As regiões Sudeste e Sul foram os lo cais onde a candidata mais perdeu preferência do elei torado.
Avanços sociais e rejeição tucana
Dilma Rousseff, que che gou a vislumbrar uma gran de derrota eleitoral, surfa de volta na onda do favoritis mo. A aprovação de seu go verno chega perto dos 40%, melhor patamar desde o ano passado. Além disso, no enfrentamento eleitoral com seus concorrentes, Dil ma conseguiu demonstrar como as políticas sociais do seu governo e de Lula (20032010) conseguiram dimi nuir a miséria e melhorar as condições de vida da clas se trabalhadora. Os progra mas de Aécio Neves e Mari na Silva retomam o mode lo neoliberal na economia, com corte de gastos e arro cho salarial, fatos bastan te explorados pela campa nha petista e que ajudaram a desconstruir as candidatu ras adversárias. A campanha no primei ro turno também confirmou uma tendência que deve se aprofundar nos próximos anos: a rejeição da gran de maioria da população ao PSDB. Se for confirmada a passagem de Marina ao se gundo turno no lugar de Aé cio, o partido tenderá a ser uma força apenas regional, com prestígio em dois ou três estados, encerrando um ciclo na história política bra sileira das últimas décadas.
Aborto ilegal mata 200 mil mulheres por ano Reprodução
Organizações que lutam pelos direitos das mulhe res pedem legalização do aborto para evitar a mor te de 200 mil mulheres no Brasil todos os anos. Ato em Brasília, nesta quin ta-feira (2), quer mostrar que nos países desenvolvi dos que adotaram essa po lítica reduziram drastica mente o número de abor tos. Segundo o Ministé rio da Saúde Pública uru guaio, nenhuma mulher morreu por passar por um aborto desde a legalização da prática, em 2012. “Além disso, precisa
do para uma mulher con seguir cirurgia de laquea dura ou a implantação de um DIU (Dispositivo Intra -Uterino), como forma de evitar gravidez indesejada.
Não é uma questão de ser contra ou a favor do abor to, porque ninguém é a fa vor do aborto em si. É uma questão de encarar uma realidade de saúde públi
FAZ DE CONTAX mos de políticas públicas de educação familiar. No Brasil, é muito complica
ESTAMOS EM
ca, de forma responsável e sem fundamentalismos re ligiosos”, afirma Fernanda Saboia, assessora do Cen tro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea).
GREVE
SERVIÇOS QUE PODEM SER PARALISADOS: BRADESCO, CIELO, NET, OI, GLOBO, VIVO, SANTANDER
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CULTURA
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AGENDA DO FIM DE SEMANA
Segunda a quinta-feira
UBERLÂNDIA
BELO HORIZONTE
Cineclube Cultura exibe os filmes grandes clássicos do cinema alemão, francês, irlandês, entre outros. Sábado (4) e domingo (5), às 20h, na Sala Roberto Rezende – Oficina Cultural, Pça. Clarimundo Carneiro, 204, Bairro Fundinho.
Evento BH Instrumental reúne os músicos da banda Festa Brasileira, projeto mais recente do saxofonista e flautista Mauro Senise. Sábado (4), às 19h30, na Praça Floriano Peixoto, Santa Efigênia.
BELO HORIZONTE Apresentação do movimento Black Soul. Sábado (4), das 14h às 20h, na Rua Santa Catarina esquina com Av. Amazonas, Santo Agostinho.
CNPJ Candidato: 20.576.288/0001-54 - CNPJ Jornal: 05.522.565/0001-52 - Valor: R$2.000,00 - Tiragem: 1
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BELO HORIZONTE
MONTES CLAROS
Exposição “Abstratas Reflexões” exibe fotografias da artista Cecília Alvarenga, que registra informações e acontecimentos do cotidiano. De 8 de outubro a 1º de novembro. Segunda a sexta-feira, de 9h às 18h e sábado, de 9h às 12h, na Maison Escola e Galeria de Arte, Rua Antônio Aleixo, 235, Lourdes.
Adelmo faz a diferença!
Tradicional Festa de Nossa Senhora Aparecida apresenta shows e barraquinhas para os visitantes da cidade. De 3 a 12 de outubro, na Comunidade Nossa Senhora Aparecida, Renascença.
UBERLÂNDIA
Saúde Pública de qualidade
Educação: cidadania e desenvolvimento A g r i c u l t u r a Fa m i l i a r e A g r o e c o l o g i a
Pa r t i c i p a ç ã o p o p u l a r e a p o i o aos movimentos sociais Pa r c e i r o d o s m u n i c í p i o s Ética e transparência COLIGAÇÃO MINAS PRA VOCÊ - PT
1º Pião de Arte – Mostra de Teatro e Dança para Crianças e Jovens é uma iniciativa cultural independente de grupos artísticos locais, ligados ao teatro e à dança. A atividade propõe a difusão e circulação do trabalho dos grupos, voltado ao público infantojuvenil. Até 4 de outubro. Para conferir a programação completa acesse www.paginacultural.com.br. BELO HORIZONTE
/deputadoadelmo
1350
www.adelmo1350.com.br
@deputadoadelmo
Show da cantora Zélia Duncan, pelo projeto “Mesa Brasil Musical”. Terça (7), às 21h, no Sesc Palladium, Avenida Augusto de Lima, 420. Um ingresso equivale a 1 kg de alimento não perecível.
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História e cultura do Norte de Minas tem seu próprio museu MEMÓRIA Casarão do século XIX vai abrigar exposição permanente e outras atrações
Desde a última terçafeira (30), Minas Gerais conta com um espaço de dicado à história e cultu ra do Norte, o Museu Re gional do Norte de Minas. O local funcionará na rua Coronel Celestino n° 75, no Casarão da antiga Fafil, no centro de Montes Cla ros. A exposição permanen te tem a proposta de apre sentar o Norte de Minas a partir de quatro eixos: os aspectos naturais, a ocu pação do território, a evo lução urbana e o eixo “Sa beres, Fazeres e Celebra ções: expressões de um povo”, que apresenta o pa
trimônio imaterial da re gião, como as festas e fo
lias. O Casarão da Fafil, em
PIMENTEL É O PREFERIDO EM TODAS AS REGIÕES.
FERNANDO PIMENTEL
27%
PIMENTA DA VEIGA
Votos válidos da pesquisa Vox Populi encomendada pelo PT, realizada entre 27 e 29 de setembro com 2400 entrevistados. A margem de erro: 2%. Nível de confiança: 95%. Registro no TRE: 00163/2014.
Coligação Minas pra Você: PT, PMDB, PCdoB, PROS, PRB / CNPJ Campanha: 20.609.045/0001-75 / valor: R$ R$ 30.950,25
As pesquisas confirmam o que todos em Minas Gerais já sabem:
62%
estilo colonial datado de 1889, foi reformado em 2009 e recebeu outros ajustes ao longo dos anos. O acervo do museu está instalado no primeiro pi so, e o andar superior deve receber artistas regionais e nacionais em exposições temporárias, selecionadas por meio de editais. O museu é de responsa bilidade da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), e viabiliza do pela Lei 8.313/91 (Lei Rouanet), que possibilitou a parceria financeira com o Grupo Rima. O local irá funcionar de terça a sextafeira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h. A entrada é gratuita.
Inscrições para oficinas do FETO até dia 6
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#ficaadica Biblioteca oferece vasto acervo para deficientes visuais em BH Leco de Souza
Reprodução
Maíra Gomes
CULTURA
O prazo para se inscre ver nas oficinas do Festival Estudantil de Teatro (FE TO), que acontece em Be lo Horizonte entre os dias 16 e 24 de outubro, termi na no próximo dia 6. Se rão sete atividades volta das a um público diver so - crianças, adolescen tes, professores, atores, es tudantes de teatro, músi cos e dançarinos. Para os pequenos de 9 a 12 anos, uma alternativa é a oficina “Sabe, também crio histó rias. Posso contar para vo cê?”, que instiga à prática da sensibilização por meio de jogos teatrais, narração de histórias e momentos de reflexão. Todas as oficinas têm início no dia 13 de outu bro. As atividades são gra tuitas ou ofertadas a pre ços populares, e serão re alizadas na Funarte MG e no Espaço Aberto Pierrot Lunar. Vagas limitadas. Acesse o site www.fe tobh.art.br/2014 para ins crições e mais informa ções.
A Biblioteca Pública Es tadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, oferece um amplo serviço para de ficientes visuais, concen trados no Setor de Braile. São quase 3 mil livros em braile, que se somam ao acervo de 1200 áudio-li vros e dezenas de filmes com áudio-descrição. O local ainda disponi biliza o serviço de agen ciamento de “ledores” vo luntários, para que os de ficientes visuais tenham acesso aos materiais que ainda não estão em modo adaptado. A biblioteca faz o trabalho de “casar” as fi chas de voluntários com os pedidos dos usuários, sugerindo contato entre ambos, que marcam en contros e grupos de estu do no local. Funcionários da biblio teca explicam que a maior demanda é por estudan tes de cursinhos pré-ves tibulares e pré-concursos, além de universitários. Os voluntários podem ainda se disponibilizar para au xiliar os deficientes com o uso do computador, se ja para pesquisa, digitação ou outros serviços. Para agendar horário com um ledor, participar de um dos grupos de estu do ou ter acesso ao acer vo do setor, basta compa recer pessoalmente à bi blioteca e fazer uma car teirinha. Documentos ne cessários: RG, CPF e com provante de residência. Taxa única de R$ 3. Inte ressados em se voluntariar podem entrar em contato com a Biblioteca pelo tele fone (31) 3269.1166.
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Vida e obra: presidentes são tema de minisséries na TV
No próximo domingo, mais de 142 milhões brasileiros vão comparecer as seções eleitorais para exercer um de nossos deveres mais importantes como cidadãos: o voto. Vamos escolher nossos representantes estaduais e federais para os próximos quatro anos. Uma
responsabilidade e tanto! Alguns de nossos presidentes tiveram suas vidas retratadas pela teledramaturgia. Na minissérie “Agosto” (1993), foram exibidos a vida política e o suicídio trágico de Getúlio Vargas.
Novela
Getúlio é um presidente imortalizado. Ficou quase 20 anos no poder (de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954). De 1937 a 1945, ele instaurou o Estado Novo, um governo ditatorial em que perseguiu quem era contrário às suas ideias, sobretudo os comunistas. Ao mesmo tempo, Getúlio instituiu a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), importante instrumento de amparo aos direitos do trabalhador. Também investiu em infraestrutura, criando hidrelétricas, mineradoras e siderúrgicas hoje já privatizadas. Após ser destituído do poder em 1945 por um golpe de Estado, o presidente foi eleito democraticamente em 1950. Neste mandato, criou a Petrobras. Pressionado pela imprensa e pelos militares, Vargas se sui-
Amiga da Saúde
cidou em agosto de 1954 com um tiro no peito no Palácio do Catete (RJ). Na sua carta testamento escreveu: “Deixo a vida para entrar para a história”. A vida de Juscelino Kubitscheck foi contada na minissérie “JK”, exibida em 2006. Sua infância na cidade de Diamantina (MG), sua juventude como estudante de medicina, sua vida pública como prefeito de Belo Horizonte, governador de Minas e presidente da república e o acidente de carro que o matou em 1976 fazem parte do roteiro da trama. Juscelino foi presidente entre 1956 a 1961 e ficou famoso pela proposição do Plano de Metas, que pregava a ideia de “50 anos em 5”. O foco do Plano eram as obras de infraestrutura e incentivo à industrialização. Grandes monta-
doras automobilísticas se instalaram no Brasil nesse período. Mas sua grande obra foi a construção da capital do país: Brasília, inspirada no projeto arquitetônico da Pampulha, uma das mais importantes obras que fez como prefeito de BH. No domingo, quando estiver fazendo sua escolha, além de considerar as propostas e ideias de cada candidato, pense bem qual deles seria digno de virar tema de minissérie, daquelas de dar orgulho da história! Vote consciente e até semana que vem! Um abraço, Joaquim Vela
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Amiga da Saúde, sou professora e tenho sofrido porque falo muito. Minha garganta chega a doer. O que devo fazer? Maria da Penha, 35 anos. Cara Maria, você e todos os profissionais que utilizam a voz para trabalhar devem ter alguns cuidados especiais para manter a saúde vocal. É importante fazer um aquecimento da voz antes de iniciar falas muito prolongadas, tomar água com frequência para manter as cordas vocais bem hidratadas e comer maçã, que tem ação adstringente e ajuda na limpeza das cordas. O mel é um ótimo alia-
do, pois ajuda a proteger das infecções. Evite cigarro, leite e seus derivados, café e chocolate, pois eles contribuem com o aparecimento de muco na garganta, além do pigarro. Mudanças bruscas de temperatura também podem fazer mal. Faça exames periódicos, pois com o tempo podem aparecer calos nas cordas vocais, que precisam ser tratados.
COLIGAÇÃO MINAS PARA TODOS (PT, Pros, PMDB e PRB) / CNPJ: 20.576.597/0001-24
Deputado Estadual
PT
ROGERIO CORREIA SEMPRE NA LUTA! EDUCAÇÃO SERVIÇOS PÚBLICOS
Tenho uma filha adolescente que é diabética. Já é uma luta pra ela seguir as orientações médicas e agora ela cismou que vai colocar um piercing. Será possível?
AGRICULTURA FAMILIAR
Juanilza Flores, 49 anos, empregada doméstica Querida Juanilza, é sabido que as pessoas com diabetes têm mais dificuldade de cicatrização de feridas e correm maior risco de infecção. Por isso, seria bom evitar o piercing. Entretanto, caso esse seja um desejo forte da sua filha, é preciso tomar alguns cuidados. Primeiro, só fazer o procedimento se a glicose estiver bem controlada, pois isso diminui os riscos. Depois, deve-se ter excesso de
MOVIMENTOS SOCIAIS
cuidado com a limpeza antes e depois do procedimento. Será muito importante escolher um local com profissionais sérios, que utilizem material esterilizado. Por fim, o piercing também precisa ser de bom material, como aço cirúrgico, que tem menos chance de provocar alergias. Peça para ela conversar sobre isso com o médico que a acompanha para que não corra riscos.
Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br Aqui você pode perguntar o que quiser para a nossa Amiga da Saúde
Sofia Barbosa | Coren MG 159621-Enf. Vice: Michel Temer
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
na geral
Na última semana, a As sociação Nacional dos Ár bitros de Futebol anunciou a possibilidade de paralisa ção do Campeonato Brasi leiro, em protesto contra o desrespeito aos árbitros. Para a entidade, as cons tantes críticas de jogado res, técnicos e dirigentes são uma tentativa de trans ferir à arbitragem a respon sabilidade pelo mau fute bol apresentado na com petição.
É grande o número de bombas que estouram no futebol brasileiro nos últi mos anos. As promíscuas relações entre a CBF, os car tolas de clubes e o Supremo Tribunal de Justiça Despor tiva (STJD) estão vindo à to na a cada dia. A bomba da vez é a indústria que se for mou com a venda de de núncias de jogadores irre gulares por empresários e advogados que, ao estuda rem regulamentos e súmu las de jogos, vendem estas informações aos clubes in teressados por valores que chegam a R$ 120 mil. A prá tica mostra como é podre a estrutura do futebol brasi leiro e também como é ne cessária a força popular pa ra a reestruturação deste es porte que tanto nos dá ale grias.
O Brasil é hexa!
A juventude e o esporte
A seleção feminina de futebol conquistou, no último domingo (28), no Equador, o título da Copa América. A equipe apro veitou a vantagem do em pate, ficou no 0 a 0 com a Colômbia e faturou o tro féu pela sexta vez em se te edições realizadas. Os próximos desafios das me ninas do Brasil são os Jo gos Pan-Americanos e o Mundial de Futebol, que acontecerão em 2015, no Canadá.
A Unicef realizou estu do avaliando as condições de crianças e adolescen tes no esporte. A pesquisa concluiu que parte signi ficativa da juventude bra sileira que pratica ativida des esportivas está expos ta a situações de vulnera bilidade social e violação de direitos, como a vio lência física e psicológica, a ausência escolar e a pri vação do contato familiar. O estudo também apon ta que família, agentes e olheiros ignoram o mar co legal de proteção dos direitos de jovens atletas, muitas vezes visto “como obstáculo a uma carrei ra vitoriosa”. Entre as solu ções propostas, estão a di vulgação dos direitos des ses atletas e a fiscalização dos abusos contra jovens esportistas.
???
Você Sabia
Menos de 1% dos jovens aspirantes a jogadores de futebol são admitidos nas peneiras dos principais clubes profissionais, segundo estimativa citada em relatório da Unicef, de abril de 2014. Este dado desmente a crença, muito difundida no Brasil, de que o futebol profissional é uma via de ascensão social fácil para os jovens brasileiros.
Pratique esportes
Ginástica
Onde: Betim, Belo Hori zonte e Contagem Informações:sadacruzeiro. com.br Contato: Betim – (31) 3592-1181; BH – (31) 3291-2647; Contagem– (31) 3362-6184.
Quando: sábados, das 9 às 10h, e quartas-feiras, das 8 às 9h. Onde: Parque Américo Renné Giannetti. Afon so Pena, 1377, Centro. Belo Horizonte. Informações:portalpbh. pbh.gov.br Contato: (31)3277-5225.
As escolinhas de vôlei do Sada Cruzeiro oferecem aulas gratuitas a centenas de crianças e jovens da re gião metropolitana, em parcerias com o Sesi Betim e a Prefeitura de Contagem.
Lian Gong é uma prática corporal criada pelo orto pedista Zhuang Yuan Ming, voltada para trabalhadores incorporados à indústria chinesa nos anos 70, visan do a prevenir e tratar dores no corpo.
Ciclismo
Quando: domingo (5), às 9h. Onde: ciclovia da Avenida dos Andradas, próximo ao Boulevard Shopping. Belo Horizonte. Local:Praça da Estação. Be lo Horizonte Informações:bikeanjobh. wordpress.com/pedal-dos -roia/ Contato:bikeanjobh@ gmail.com “Rôia” é o apelido carinho so de quem está aprenden do a pedalar. O Pedal dos Rôia junta o pessoal do Bike Anjo e os ciclistas iniciantes para dar um rolé pela cida de. É necessário levar bici cleta.
O jornal Brasil de Fato não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação. Recomendamos aos interessados que entrem em contato com os organizadores das atividades para confirmar data, horário e local.
PRESIDENTA
VICE MICHEL TEMER
CONTRATANTE: 20.576.840/0001-04 PADRE JOAO VALOR: R$ 900,00
Voleibol
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COLIGAÇÃO MINAS PRA VOCÊ PT, PCdoB, PMDB, PRB e Pros
Greve de árbitros
A podridão do futebol brasileiro
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ESPORTE
Sempre na luta dos servidores públicos, em especial dos servidores da educação, do TJMG e dos movimentos sociais.
16 ESPORTES OPINIÃO Atlético
Tropeirão voador Bruno Cantini
Belo Horizonte, 02 a 08 de outubro de 2014
OPINIÃO Cruzeiro
Adeus, Jadir! Marcelo Oliveira
Rogério Hilário Quatro vitórias, muitos gols e emoção. Quem pode resistir? Ainda mais com o resgate de Tardelli e a recu peração de Guilherme. Fal ta apenas a ressurreição dos atacantes. O Galo tem como desafios a Copa do Brasil e manter o desempenho no Brasileiro. Os confrontos com o Corin thians, pelas quartas-de-fi nal, me parecem mais preo cupantes. É preciso cautela, pois o regulamento é traiço eiro com o peso do gol sofri do em casa. No Brasileiro, alcançar o quarto lugar foi uma faça nha e tanto. Porém, é neces sário manter bons desem penhos fora do Independên cia. Ainda mais se for conso lidada a ameaça de perda de mandos de campo, por cau sa da estupidez de alguns tor cedores e das falhas na segu rança. Onde já se viu foguetes e sinalizadores entrarem no estádio? Já estão atirando até sanduíche no gramado. Da qui a pouco, um gaiato vai jo gar marmitex com tropeirão.
Wallace Oliveira A China Azul se despe de de um ilustre cruzeiren se. Na terça-feira (30), faleceu o músico Jadir Ambrósio, aos 91 anos. Ele é lembrado pe la autoria do hino oficial do Cruzeiro, composto em 1965, ano de inauguração do Mi neirão e formação da mais importante equipe da histó ria do clube. O legado de Jadir Ambró sio vai além do hino do Cru zeiro. De sua pena saíram outras belas composições, como o xote “Buraco de tatu”, gravado por Luiz Gonzaga, e o bolero “Quero voltar”, can tado por Lapa e Lapinha. Com seu modo simples de se expressar, Jadir declarou, certa vez, que não se achava digno de escrever o hino do Cruzeiro, tamanha a impor tância da tarefa. Acabou por criar um dos cânticos mais autênticos dos estádios do futebol brasileiro, prevendo a trajetória do Cruzeiro a par tir de então: “na realidade, é um grande campeão”.
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OPINIÃO América
Mestre Giva Bráulio Siffert De volta ao América pela quarta vez, o técnico Giva nildo Oliveira, 66 anos, pa rece em poucos dias ter re tomado a confiança do ti me, que voltou a ganhar e jogar com vontade. Qual quer situação será desa fiante para o “Mestre Gi va”: se o time recuperar os pontos injustamente reti rados, lutará para subir pa ra a Série A; se não recupe
rá-los, terá uma dificílima luta contra o rebaixamento. O “Rei do Acesso” já su biu de divisão seis vezes, duas delas com o Améri ca: para a Série A em 1997 e para a Série B em 2009. Po rém, em mais de 30 anos como treinador, Givanildo nunca ficou mais de dois anos seguidos em um mes mo clube. Só nos últimos dez anos, passou por 21 ti mes, quase todos das divi sões inferiores. Tomara que no América ele demonstre que ainda é capaz de reco locar um time na elite do futebol brasileiro.
15 de outubro ,