BdF PE - Edição 47

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CULTURA | 13

HENFIL:

Henfil

Pernambuco

ENTREVISTA | 11

o cartunista que fez do humor uma arma para defender a população oprimida.

Recife, Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

SUZINEIDE RODRIGUES

Presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco falou sobre a insegurança dos trabalhadores e usuários e das tentativas de privatização dos Bancos Públicos ano 2

e diç ão 47

distribuição gratuita

Vinícius Sobreira

Frente Brasil Popular realiza Caravana em Defesa de Lula

Ricardo Stukert

OPINIÃO | 05

Editorial

Em 2018, teceremos novas manhãs

BRASIL | 06 POVOS INDÍGENAS

Ano eleitoral traz mais desafios para luta indígena junto ao Congresso

ESPORTES | 15

NORDESTÃO

Quem joga a Copa do Nordeste em 2018? O Náutico ainda disputa a vaga


2 | OPINIÃO

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Brasil de Fato PE

EDITORIAL

Em 2018, teceremos nossos amanhãs

FBP. As perspectivas das lutas populares para 2018 ressaltam a força do povo brasileiro m galo sozinho “U não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. (...) para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos”. Em nosso tempo, está coberto de sentido o que nos deixou escrito o pernambucano João Cabral de Melo

demais organizações populares o desafio de seguir nas lutas unitárias para derrotar o golpe, suas reformas, e restabelecer a democracia. É verdade que no último ano vivenciamos uma correlação de forças desfavorável. O avanço da burguesia conservadora e de seu projeto antipopular e neoli-

É verdade que no último ano vivenciamos uma correlação de forças desfavorável Neto em seu poema. Neste novo de 2018, as disputas políticas que se avizinham polarizarão ainda mais a sociedade brasileira com importantes embates que exigirão dos trabalhadores e trabalhadoras junto aos movimentos sociais, partidos políticos de esquerda e

beral, marcado por diversos retrocessos no que se refere aos direitos do povo brasileiro como a reforma trabalhista e os cortes nas políticas públicas de educação e saúde, nos levaram a atrasos sociais sem precedentes. Mas, apesar da força dos golpistas, a classe traba-

lhadora também deu grandes demonstrações da sua força. As populações negra, indígena, LGBT, mulheres e jovens, também foram tecendo nas ruas uma nova manhã. Já nesse mês de janeiro, as lutas em defesa da democracia e da participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018 serão realizadas em todas as capitais do país. As possíveis consequências do julgamento de Lula (tais como a sua prisão e inelegibilidade), que será realizado no próximo dia 24, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (RS), expressam claramente a continuidade do golpe que não tem titubeado em fraudar as instituições democráticas. Também bate na porta das lutas do povo o combate à “Reforma” da Previdência. Está marcada para o dia 19 de fevereiro a primeira

Expediente Brasil de Fato PE O jornal Brasil de Fato circula em todo o país, com edições regionais em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Pernambuco. O Brasil de Fato PE circula quinzenalmente às sextas feiras. Queremos contribuir no debate de ideias e na análise dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais.

REDE SOCIAL: facebook.com/brasildefatopernambuco Correio: brasildefatopernambuco@brasildefato.com.br

Edição: Monyse Ravenna (DRT/CE 1032) | Redação: Catarina de Angola, Daniel Lamir, Elen Carvalho e Vinícius Sobreira Colaboração: André Barreto, Daniel Lamir, Filipe Spencer, Francisco Marcelo, Halina Cavalcanti, Stella Nascimento, Roberto Efrem Filho, Alan Tygel Revisão: Mariana Reis|Distribuição e Administração:Iyalê Tahyrine|Diagramação: Diva Braga Conselho editorial: Alexandre Henrique Bezerra Pires, Ana Gusmão, André Barreto, Aristóteles Cardona Jr., Bruna Leite, Bruno Ribeiro, Camila Castro, Carlos Veras, Catarina de Angola, Doriel Saturnino de Barros, Eduardo Mara, Elisa Maria Lucena, Geraldo Soares, Glaucus José Bastos Lima, Henrique Gomes, Itamar Lages, Jaime Amorim, José Fernando de Melo, Laila Costa, Lívia Milena, Luiz Antonio da Silva Filho,Luiz Antonio Lourenzon, Marcela Vieira Freire, Marcelo Barros, Marcos Aurélio Monteiro, Margareth Albuquerque, Maria das Graças de Oliveira, Marluce Melo, Moisés Borges, Patrícia Horta Alves, Paulette Cavalcante, Paulo de Souza Bezerra, Paulo Mansan, Pedro Rafael Lapa, Roberto Efrem Filho, Rosa Sampaio, Sérgio Goiana, Suzineide Rodrigues, Valmir Assis| Tiragem: 40 mil Exemplares

sessão na Câmara dos Deputados que votará a Proposta de Emenda Constitu-

ano, o primeiro Congresso do Povo Brasileiro que contará com a presença de

Também bate na porta das lutas do povo o combate à Reforma da Previdência cional 287 (PEC – 287). Enquanto isso, o governo ilegítimo de Michel Temer segue na barganha de gabinete em gabinete de deputados para garantir os votos de aprovação do seu projeto, que retira direitos dos trabalhadores e trabalhadoras beneficiários do sistema. Com a certeza que não haverá transformações estruturais no país que melhorem as condições de vida do povo sem uma profunda participação organizada das classes populares, será realizado, ainda este

mais de 100 mil pessoas, construindo com as suas próprias mãos um projeto que busque o desenvolvimento do Brasil, a valorização do trabalho, a soberania nacional, a reversão dos retrocessos nas políticas de combate ao racismo e ao machismo, entre outras pautas. Em 2018, “os fios de sol de seus gritos de galo” como na preciosa poesia de Cabral, tecerão “(a manhã) que plana livre de armação” e, pelas vozes do povo esta nova manhã será cantada/ anunciada.


Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Brasil de Fato PE

mandou

Frase da Semana É como se fosse um juiz que fosse apitar o jogo e já entrasse com a camisa de um dos times Alexandre Padilha, presidente do Partido dos Trabalhadores sobre o julgamento de Lula

Divulgação

GERAL l 3

BEM

Divulgação

Cartilha expõe crimes da Lava Jato

Frente Brasil de Juristas pela DeA mocracia lançou, nesta semana, a cartilha “Os Crimes da Lava Jato”,

uma ferramenta construída com o objetivo de apresentar para a população as ilegalidades cometidas pelos agentes públicos no funcionamento da operação Lava Jato. A cartilha traz também uma análise dos impactos econômicos da A cartilha traz uma análise dos impactos econômicos da Lava Jato e começará a ser distribuída em todo país a partir de janeiro.

O que você faz para organizar suas finanças pessoais?

mandou

MAL

Eu não faço nada. Por isso talvez tenho tantas dívidas.

Wilcker Morais

Marcelo Coutinho, sindicalista

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Silvio Santos a favor das Reformas a última segunda, Michel Temer N usou as redes sociais para noticiar um almoço de negócios a convi-

te do dono do SBT, Silvio Santos. A legenda da foto diz que “o esforço pela reforma da previdência começa a dar resultado”. O presidente também disse que ficou “entusiasmado com o interesse do apresentador no tema e acertamos que vamos debater o assunto em programas do SBT”.


4 | Mundo GERAL

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Brasil de Fato PE

Estudo sobre sindicalismo e questão urbana

Troça Carnavalesca Sapo Barbudo

próximo sábado (13), foi definido pela Frente BraCurso Realidade Brasileira (CRB) da Região MetropoO sil Popular como Dia Nacional de Mobilização em Olitana do Grande Recife realiza entre os dias 12 a 17 defesa da democracia e de Lula ser candidato. Em Per- sua quarta etapa de formação com o tema Sindicalismo e

nambuco, vários municípios realizarão atividades e em Olinda a FBP vai lançar a Troça Carnavalesca Sapo Barbudo, a partir das 16h, na Praça do Carmo. O lançamento faz parte da programação da etapa metropolitana da Segunda Caravana Popular pela Democracia que acontece de 12 a 24 de janeiro no Recife e região metropolitana. Em dezembro último, a caravana percorreu o sertão do São Francisco em defesa das águas do Rio e contra a privatização da Chesf. A iniciativa objetiva convidar a população para a vigília que será realizada dia 23 e 24, em razão do julgamento de Lula.

Questão Urbana no Brasil. O espaço será facilitado por André Barreto, advogado trabalhista e colunista do Brasil de Fato Pernambuco. Os módulos do Curso seguem até o mês de abril e estão sendo realizados no Centro Acadêmico de Vitória (CAV-UFPE), em Vitória de Santo Antão. Além da turma região metropolitana mais três turmas acontecem pelo estado nas cidades de Caruau, Petrolina e Afogados da Ingazeira. O curso é comporto por, no mínimo seis módulos de estudo, entre eles: economia política, formação social brasileira, questão agrária, entre outras.

Direitos de Fato É possível um referendo revogatório sobre as medidas de Temer?

L

ANUNCIE AQUI

ula vem defendendo um referendo revogatório sobre as medidas aprovadas sob a liderança de Temer, como a reforma trabalhista e a emenda do teto dos gastos. Tecnicamente, o referendo revogatório é um instrumento não para revogar leis mas mandatos, sem previsão na legislação brasileira. Além disso, o referendo propriamente dito é um instrumento que deve ser aprovado no prazo máximo de 30 dias trinta dias a contar da promulgação da lei ou da medida administrativa consultada, como dispõe a Lei 9.709/98. Porém, é sim legalmente possível revogar as medidas de Temer. Uma das maneiras de fazê-lo é através de um plebiscito. O povo é convocado para manifestar se deseja ou não revogar tais medidas. Com a vitória do “sim”, a vontade popular vincula os parlamentares a aprovar norma que revogue as leis ou atos alvos da consulta. Em que pese a importância política da posição do Presidente, a Constituição autoriza apenas o Congresso Nacional a convocar um plebiscito, o que é feito mediante o voto de 1/3 dos parlamentares de qualquer das casas. Para além do quórum, é necessário força na casa legislativa para fazer o projeto efetivamente tramitar. Outro caminho é o envio por Lula de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ao Congresso Nacional propondo um plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte. *Herick Argôlo é defensor público em Sergipe e colunista da Expressão Sergipana

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Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Artigo A importância da memória de D. Helder para 2018 Aristóteles Cardona Júnior*

017 foi um ano de muitas difi2 culdades. Ano em que o golpe contra a democracia no Bra-

sil se consolidou e vários retrocessos foram promovidos. Fim dos direitos trabalhistas, aumento nos preços em vários itens do nosso dia-a-dia, como gás de cozinha, combustíveis e eletricidade. E, entre tantas outras, a aprovação da Emenda Constitucional que congela o orçamento público federal pelos próximos 20 anos. Um horror. Um prenúncio de piora gradual na saúde, educação e por aí vai. Em tempos assim, quando a elite parece não dar trégua e a classe trabalhadora parece não ter alternativas, sobra espaço muitas vezes para o pessimismo. Achar que tudo está perdido e que a derrota é inevitável. Nestes momentos, nos quais parecemos não ter saída, gosto de lembrar de Dom Hélder Câmara. Arcebispo de Olinda e Recife, foi um dos fundadores da CNBB e um dos grandes defensores dos Direitos Humanos na época da ditadura militar. Também conhecido como Mensageiro da Esperança por ser um bravo resistente, nas palavras e nos gestos. E eu gosto de lembrar de Dom Helder porque apesar de todas as derrotas, o ano de 2017 também foi marcado pela retomada de fortes lutas. Um exemplo importante foi a greve geral de 28 de abril. A maior dos últimos tempos, com mais de 30 milhões de pessoas que pararam em todo o país. E isso não é pouco. O fato é que o ano de 2018 está

em disputa. Estão em jogo dois projetos. De um lado, os que entregaram o governo ao Michel Temer e sua quadrilha e que querem acabar com o que resta dos direitos trabalhistas, sociais e privatizar tudo. Do outro, o lado da resistência, o lado de quem acredita no povo brasileiro e acredita, sim, que este país tem jeito. Quem sairá vitorioso? Ainda não sabemos. O que sei é que devemos ter lado. E é ao lado dos que acreditam no país e em nosso povo. O lado de quem enca-

Arcebispo de Olinda e Recife, foi um dos fundadores da CNBB ra o futuro com otimismo, porém sabendo que este resultado depende diretamente de nosso esforço, de nossa mobilização e de nossa luta. Certamente este seria o lado de Dom Helder Câmara e de sua luta em favor dos pobres. Para finalizar, gostaria de recomendar a leitura do artigo do atual arcebispo de Olinda e Recife, o Dom Fernando Saburido. Nele, faz dura crítica à hipocrisia do governo Temer e defende o legado de Dom Helder Câmara. Defensor da Justiça e Mensageiro da Esperança, como citei acima. E é em clima de esperança que devemos estar prontos para lutar em 2018. *Aristóteles Cardona Júnior é Médico de Família no Sertão pernambucano, professor da Univasf e militante da Frente Brasil Popular

de Pernambuco.

OPINIÃO I 5

Artigo 2018 de muitas lutas e vitórias ao povo brasileiro Jaime Amorim*

ano de 2017, foi um ano imO portante de resistência e de reposicionamento da classe tra-

balhadora, como classe, no direcionamento de combate ao projeto da classe dominante, alterando a correlação de força política, em relação ao que foi o ano de 2016. Neste período de golpes, contra o estado democrático de diretos, depuseram a presidenta democraticamente eleita, constituíram um governo golpista e de traidores para aplicar e concluir o receituário neoliberal, iniciado em 1994 pelo entreguista FHC, e interrompido parcialmente em 2003 com a eleição de Lula para presidente. Como tarefa do golpe, estão aplicando o receituário determinado pelo centro do capital sob a orientação do império norte americano. O Ano de 2017 foi um ano das muitas maldades contra o povo, João Pedro Stédile em mensagem de Natal divulgada na página do MST aponta os 10 piores acontecimentos de 2017. Mas também foi um ano de Vitorias importantes como: O povo da Venezuela derrotou a direita reacionária nas ruas; vitória da China tomando uma posição determinante na correlação de forças internacionais; papel do papa Francisco questionando as Maldades do Capital; a determinação da convocação da assembleia mundial dos Movimentos Sociais, convocada para Caracas. Para 2018 os desafios são muitos, mas podemos antecipar que vai ser um ano de muitas lutas.

Como disse o monge beneditino Marcelo Barros, no ato em defesa do São Francisco em Petrolândia “Para 2018, não precisamos de muito, a não ser, nos preparar para muitas lutas”. Algumas batalhas e desafios já estão pré determinada como: Iniciar o ano defendendo Lula contra a determinação dos golpistas e seus aliados que querem condena-lo e impedir que ele possa disputar as eleições presiden-

O Ano de 2017 foi um ano das muitas maldades contra o povo ciais de 2018; transformar as eleições de 2018, como tática na luta de classe, com objetivo de derrotar o golpe e defender um programa de governo, que convoque um referendo popular para revogar todas as medidas adotadas pelo golpe; realização das caravanas em defesa da democracia e a construção do congresso do povo com congressos municipais, estaduais e concluir com um histórico congresso de todo o povo em uma grande convocação para lutar contra o golpe e construir o projeto popular para o Brasil. Que possamos entrar em 2018, afinados politicamente, unificado taticamente e com muita disposição pra resistir e lutar! Que venha 2018. Já estamos à postos! *Dirigente Nacional do MST


6 | BRASIL

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Brasil de Fato PE

Movimentos e entidades sindicais lançam campanha “cadê a prova?” em defesa de Lula

CASO TRÍPLEX. Campanha destaca inocência de ex-presidente e reforça defesa pelo direito à candidatura do petista em 2018 Antonio Cruz/Agência Brasil

Condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, Lula será julgado pela 8ª Turma do TRF-4 no próximo dia 24, em Porto Alegre

Cristiane Sampaio,

de Brasília

ovimentos sociais M e entidades sindicais lançaram, na segun-

da-feira (9), a campanha “Cadê a prova?”, numa tentativa de massificar o movimento em defesa da inocência do ex-presidente Lula. O petista será julgado no próximo dia 24,

Lula transcende a questão da pessoa Lula no Tribunal Regional Federal (TRF) 4, em Porto Alegre, por conta do processo conhecido como o “caso do tríplex”. De acordo com o vice-presidente nacional do PT, Alexandre Padilha, o nome escolhido para a campanha é uma provocação em referência à ausência de provas substanciais que justifiquem a

acusação contra o ex-presidente. “Fala-se muito de condenação, mas nenhum juiz nem a Rede Globo, ninguém mostrou qual é a prova. Queremos fazer um diálogo com cada cidadão brasileiro. Não só aqueles que defendem o presidente Lula, mas todo e qualquer cidadão [pra saber] se ele acha justo alguém ser condenado sem qualquer tipo de provas”, afirma Padilha. A campanha terá como estratégia a distribuição de banners e cartazes pelo país, além da divulgação de vídeos e outros materiais nas redes sociais. Entre os argumentos apresentados pelos organizadores, está o de que a Justiça estaria agindo politicamente no caso porque as cerca de 80 testemunhas que foram ouvidas inocentaram o ex-presidente. Além disso, em manifestações recentes, o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, elogiou publicamente, antes de ler o processo, a sentença de condenação de Lula dada pelo juiz Sérgio Moro. O petista será

julgado pela 8a Turma do Tribunal. “É como se fosse um juiz que fosse apitar o jogo e já entrasse com a camisa de um dos times”, critica Padilha. A dirigente nacional da CUT, Central Única dos Trabalhadores, Maria Faria Godoi considera que a conscientização da população sobre a inocência de Lula é algo que vai além da defesa do petista. “Lula transcende a questão da pessoa Lula e da questão de um ex-presidente. Ele significa pra nós toda uma conquista de um processo de democracia neste país, de inclusão social, de cidadania que vinha sendo construído”, argumenta.

Eleições 2018 ara os organizadores da campanha, as acuP sações contra Lula objetivam a exclusão dele das eleições presidenciais deste ano. O pe-

tista é constantemente apontado em pesquisas de opinião como o candidato de preferência da população. Para a Confederação de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), uma das articuladoras da campanha, a defesa do ex-presidente diz respeito a um processo de resistência democrática. “E não se trata simplesmente de defender o Lula presidente, porque nós vamos ter, provavelmente, outras candidaturas no campo progressista, mas defendemos o direito de ele ser candidato por uma questão de democracia. Essa é a principal trincheira da atividade de luta que nós vamos ter neste momento”, pontua o dirigente nacional da CTB Ronaldo Leite. Anúncio


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MUNDO l 7

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Ano eleitoral traz mais desafios para luta indígena junto ao Congresso

POLÍTICA. Segundo lideranças e entidades que acompanham o tema, disputa territorial segue em primeiro plano Mídia Ninja

Lideranças indígenas durante ocupação da Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), na Semana Nacional de Mobilização Indígena de 2013

vavelmente a bancada ruralista vai tentar de todas as maneiras votar matérias de Por ser um ano eleitoral, seu interesse”, opina.

Cristiane Sampaio, de Brasília

2018 deve trazer grandes desafios para os povos indígenas. Isso porque os direitos dessas populações podem ser ainda mais ameaçados por causa dos embates com grupos conservadores no Congresso Nacional. Essa é a avaliação de lideranças, militantes e entidades que acompanham o tema no Brasil.

O secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Cleber Buzatto, explica que o cenário fica mais espinhoso por conta dos parlamentares ligados ao agronegócio, que costumam intensificar as ações no Legislativo para ganhar mais apoio nos seus estados. “Precisamos ficar mais atentos porque muito pro-

O maior problema é a disputa territorial No Congresso Nacional, a lista de propostas que comprometem os direitos dos povos indígenas e podem ser aprovadas este ano é extensa. Um dos exemplos é o Projeto de Lei (PL) 3.729/2004, que flexibiliza o licenciamento ambiental

para as atividades agrícola e pecuária. Também está na mira das comunidades o PL 4059/2012, que libera sem restrições a venda de terras rurais brasileiras para estrangeiros. Os dois tramitam na Câmara Federal. Omilitante Paulino Montejo, da Associação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), afirma que a grande preocupação das comunidades é a perda dos seus territórios, caso essas medidas sejam aprovadas. “O maior problema é a disputa territorial. Há um pavor instalado. Os povos indígenas se sentem, mais uma vez, como moeda de troca para os interesses ruralistas e também para este governo”, diz Montejo sobre os ataques às comunidades. O jogo político em torno do direito à terra en-

volve também a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215, que transfere do Executivo para o Legislativo a responsabilidade sobre a demarcação de territórios indígenas.

Em dezembro, os integrantes da Frente Parlamentar Agropecuária, mais conhecida como “bancada ruralista”, anunciaram que a pauta terá prioridade nos próximos meses. A PEC está pronta para ser votada no plenário da Câmara. O presidente da Frente Parlamentar de Apoio aos Povos Indígenas, deputado Ságuas Moraes (PT - MT), considera que a proposta tem caráter inconstitucional. “O Legislativo não pode legislar sobre matérias que geram gastos ou que reduzem receitas da União. É inconstitucional também porque fere uma cláusula pétrea [da Constituição Federal], que é o direito originário dos povos indígenas à terra”, afirma. Por conta do avanço das pautas de caráter neoliberal que comprometem os direitos indígenas, a Apib informou que este ano deve buscar maior interlocução com organismos internacionais para pedir mais apoio à luta das comunidades.

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8 | PERNAMBUCO

Recife, 12 a 18 de janeiro de

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Museu do Sertão conta a história do povo sertanejo MEMÓRIA. Reaberto recentemente, o museu é uma opção gratuita de lazer e regate da história da região

Divulgação

Vanessa Gonzaga,

de Petrolina

ocalizado na cidaL de de Petrolina, o Museu do Sertão é um registro

histórico da vida do povo sertanejo. O único museu da cidade tem um acervo de cerca de 3.500 peças que contam a história do sertão e da cidade onde é sediado. Inaugurado em 1973 como uma das comemorações do cinqüentenário da Diocese de Petrolina, o museu recebe cerca de 200 visitantes por mês. A quantidade de visitas sobe após julho, devido as excursões escolares e turísticas próximas ao aniversário da cidade, comemorado em setembro. O Museu é uma das opções de visitação e lazer da cidade, especialmente no período de férias. Dividido em três salões, o museu traz uma linha do tempo da vida do povo sertanejo desde a sua chegada no Sertão do São Francisco até a história recente da cidade de Petrolina. “Há uma padronização na sequência de visitação, primeiro vem a fauna e flora, cultura, subsistência, depois vem o jardim ecológico e a visita finaliza com a Petrolina Antiga” explica Jailson Lopes, historiador e guia do Museu. O primeiro salão traz uma série de peças arqueológicas que mostram a fauna e flora da caatinga, fotografias, artefatos e notícias do cangaço e a casa do sertanejo, uma réplica em tamanho real das casas dos antigos moradores da região mobiliada com móveis e utensílios do início do século XX. Além disso, um acer-

vo das tribos Tuxá e Atikum relembra a resistência dos povos indígenas do São

rias atravessando o Rio São gumas personalidades imFrancisco, antes mesmo da portantes na história da ciconstrução da Ponte Presi- dade tem no salão um espaço para resgatee da sua memória, como João Ferreira Gomes, fundador d’O Pharol, primeiro jornal da cidade, o médico Dr. Giuseppe Muccini e o artista plástico Celestino Gomes, considerado o “Van Gogh do Sertão”. Uma dos expositores da galeria é dedicado a artesã Ana das Carrancas. Natural de Ouricuri, Ana veio a Petrolina em busca de água. Aqui se estabeleceu e com o barro do rio fez as primeidente Dutra, viajando rumo ras esculturas, que iam na a Salvador, então capital do contramão do padrão da país. época. Os olhos vazados de Além das fotografia, há suas carrancas eram uma uma série de móveis an- forma de homenagear seu tigos, como os primeiros marido, que era cego. Até aparelhos de rádio, maqui- hoje Ana é conhecida como nas de escrever e câmeras uma das principais referênfotográficas da cidade. Al- cias artísticas da região.

É muito importante preservar a história da região e acho que o museu serve pra isso Francisco. O segundo é um grande acervo de fotografias de Petrolina, a antiga “ Passagem de Joazeiro”, como ficou conhecida antes da sua emancipação. As fotografias retratam o tráfego de pessoas, animais e mercado-

Devido a grande relação da Igreja com a história do município, fundado por frades capuchinhos franceses, o Museu abriga um acervo da Diocese da Cidade, com peças usadas nas primeiras missas de inauguração da cidade, que data de 1929, construída com vitrais e mobiliada com móveis franceses e também antigas vestimentas de celebrações históricas, como a procissão de Nossa Senhora Rainha dos Anjos, padroeira da cidade. A última sala de visitação é uma linha do tempo política da cidade. Uma parede abriga o retrato de todos os prefeitos de Petrolina, parte da mobília antiga do gabinete da prefeitura também fica exposta, além de homenagens das famílias dos políticos. A sala é inspirada na estrutura do Palácio do Ca-


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Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

PERNAMBUCO ENTREVISTA ll 99

Divulgação

O único museu da cidade tem um acervo de cerca de 3.500 peças que contam a história do sertão e da cidade onde é sediado tete no Rio de Janeiro, onde cada sala conta a história dos presidentes da república que governaram ali. “Nasci e cresci em Petrolina e só há pouco tempo vim saber que o museu existia. É muito importante preservar a história da região e acho que o museu serve pra isso.” revela Regina Rocha, 32, que visitava o museu pela segunda vez com a família, vinda da cidade vizinha de Afrânio. Recentemente o Museu do Sertão teve problemas na sua estrutura física e ficou cerca de 2 anos parado. Uma reforma que durou 6 meses possibilitou a reabertura do museu em outubro de 2017, mas não se sabe até quando, já que parte da estru-

forro do prédio e fizemos uma pintura” afirma Jailson. Mesmo com os problemas, os visitantes reconhecem a importância do local para a preservação da memória da cidade. Cristiano Oliveira, 47, visitou o museu antes e após a reforma e reafirma sua importância “É único museu da cidade, mesmo com esses problemas é muito importante ter o registro da nossa história, para sabermos de onde viemos e como chegamos até aqui. Trouxe meus filhos para que eles vejam o conheçam a cidade onde a nossa família viveu e tenham orgulho de serem daqui”, afirma o marceneiro. O Museu do Sertão fica

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A Fundação de Petrolina

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historiador Jailson Lopes conta como Petrolina se estabeleceu como cidaO de. “Na época que Salvador era a capital do país tinha um fluxo muito grande de pessoas do interior do Piauí, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte que pre-

tura reformada está visivelmente danificada por causa das últimas chuvas. “O forro antigo não suportou o peso da água e veio abaix. Muitas peças foram danificadas e avariadas e não temos uma equipe de restauração das peças. Na reforma, trocamos todo o

na rua Esmelinda Brandão, no centro da cidade. Fica aberto 09:00h ás 17:00h e a entrada é gratuita.

cisavam passar por aqui para chegar até lá, já que esse era um dos trechos mais seguros para atravessar o Rio São Francisco, por causa da Ilha do Fogo. Naquele tempo, o rio subia e descia com o nível do mar, então a partir do fim da tarde era muito perigoso atravessar porque os barcos viravam, destruíam mercadorias e muita gente morria. Foi aí que se criou o hábito de colocar as carrancas nos barcos para afugentar os maus espíritos e fazer uma travessia segura. Mesmo assim, as pessoas que não conseguiam atravessar acabavam dormindo na beira do rio e essa região foi ficando conhecida como “Passagem de Joazeiro” já que Juazeiro existia há mais tempo e era a primeira cidade da Bahia que as pessoas dos outros estados passavam pra chegar na capital. Aí os coronéis viram que dava pra ir construindo uma melhor estrutura para pernoite e vieram se estabelecendo aqui. Com a vinda da Diocese e desses Coronéis a cidade cresceu muito com a pecuária e o agronegócio, mais rápido que a cidade vizinha, é daí que vem essa suposta rivalidade dos juazeirenses e petrolinenses.”


10 | CIDADES

Recife, 12 a 18 de janeiro de

Brasil de Fato PE

Frente Brasil Popular realiza Caravana em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato MOBILIZAÇÃO. Depois de percorrer o Sertão de Itaparica, Caravana chega a região metropolitana.

Vinícius Sobeira

Da Redação

Frente Brasil PoA pular Pernambuco (FBP-PE) inicia os prepara-

tivos em defesa da democracia e do direito do ex-presidente Lula ser candidato. As atividades fazem parte da etapa metropolitana da segunda Caravana Popular em Defesa da Democracia. Em dezembro último, a caravana percorreu o sertão do São Francisco em defesa das águas do Rio e contra a privatização da Chesf. Agora em Janeiro, reunidas na segunda-feira (08), as diversas entidades que compõem a frente organizaram uma série de atividades, entre ato político-cultural, adesivaço, caravana nos bairros, vigília, café da manhã, lançamento de comitê, orga- Entre os dias 12/01 a 24/01, entra em atividade a Brigada da Frente Brasil Popular PE nos bairros e no centro da cidade nização de troça carnavalesca e a distribuição de Entre os dias 12/01 a material explicando as ir- gem e adesivaço em váregularidades do proces- rios pontos do estado. No 24/01, entra em atividade so pelo qual Lula será jul- dia, será a vez do lança- a Brigada da Frente Brasil Popular PE nos bairros gado no dia 24, em Curitie no centro da cidade. A Lançamento da Troça Carnavalesca ba, no TRF-4. iniciativa objetiva convi- Sapo Barbudo (Dia nacional de mobilização). Na última quinta-feira dar a população para a vi(11) foi lançado o Comitê gília que será realizada dia Data: Sábado, 13/01 Metropolitano em Defesa 23 e 24, em razão do jul- Horário: 16h. da Democracia e de Lula, gamento de Lula. Local: Praça do Carmo. Olinda. às 18h, no Sindicato dos A vigília: Eleição sem Trabalhadores em Educação em Pernambuco (SinLula é Golpe inicia na ter- Brigada da Frente Brasil Popular PE nos bairtepe). Na ocasião, tamça, 23/01, a partir das 16h, ros e no centro da cidade. bém foi realizada mais na Praça Tiradentes, no Data: 12/01 a 24/01 uma plenária da FBP-PE. bairro do Recife, quan- Horário: dia todo. O lançamento do comitê do será realizado ato po- Local: Centro do Recife e Região Metropolitana contará com Centrais Sinlítico-cultural com artistas dicais e Movimentos Popernambucanos. Vigília: Eleição sem Lula é Golpe e ato políticopulares, além de partidos No dia seguinte, 24/01, -cultural. políticos que combatem na Praça Tiradentes, ocor- Data: Terça-feira, 23/01. o golpe, defendem o rere o café da manhã ‘Os Horário: 16h. torno à democracia, à inoinocentes com Lula’, quan- Local: Praça Tiradentes. Bairro do Recife. cência e o direito de Lula mento da Troça Carnava- do todos poderão acomser candidato. lesca Sapo Barbudo, na panhar as notícias sobre Café-da-manhã ‘Os inocentes com Lula’. No sábado, 13/01, dia Praça do Carmo, em Olin- o Julgamento de Lula, em Data: 24/01. nacional de mobilização, da. A saída da troça está Curitiba, na parte da ma- Horário: 8h estão previstas panfleta- programada para 16h. nhã. Local: Praça Tiradentes. Bairro do Recife.

Serviço

No sábado, 13/01, dia nacional de mobilização, estão previstas panfletagem e adesivaço


Brasil de Fato PE

ENTREVISTAl l 11 11 ENTREVISTA

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

“Atualmente no Brasil, há uma cumplicidade entre os banqueiros e o governo” GOLPE. Usando o argumento da violência se acelera o processo de sucateamento e tentativa de privatização dos Bancos Públicos. cms-image

cos. Os delegados sindicais aprovaram a continuidade dessa campanha.

Monyse Ravena

uzineide Rodrigues é S presidenta do Sindicato dos Bancários de Per-

4. Olhando para conjuntura política brasileira, quais os principais desafios que você apontaria para esse ano?

nambuco e nesta entrevista ao Brasil de Fato Pernambuco conversou sobre a dos trabalhadores e usuários de bancos em Pernambuco e das tentativas de privatização que os Bancos Públicos vem sofrendo no Brasil, após o golpe sofrido pela ex-presidenta Dilma Roussef (PT). 1. Alguns dias atrás o Sindicato dos Bancários de Pernambuco divulgou uma nota sobre o aumento da violência bancária em Pernambuco. Você poderia comentar isso por favor. Suzineide: O ano de 2017 teve um total de 183

O primeiro desafio é mobilizar o povo ocorrências no estado todo, em sua maioria explosões e no interior. Houve um avanço da violência no interior do estado e nós avaliamos que isso resulta da falta de policiamento. Esse ano de 2018 foram contabilizadas oito

ocorrências nos primeiros nove dias do ano. Em 2017 no mês de janeiro foram 17 ocorrências, uma ocorrência a cada dois dias, esse ano já percebemos que esse índice será maior. Já tivemos “saidinha” bancárias e explosões, inclusive com feridos. Por isso nós fizemos uma nota denunciando o pouco caso do Governo do Estado com a Segurança Pública. Denunciamos o Governo do Estado, mas também cobramos dos bancos, porque há uma cumplicidade entre os banqueiros e o governo, um fica responsabilizando o outro e quem fica penalizado é a sociedade. Nós estamos conseguindo muito apoio da sociedade nessa denúncia. 2. Na sua avaliação, essa situação de insegurança ela se acentua com a tentativa de privatização que o governo federal vem anunciando?

Suzineide: O primeiro desafio é mobilizar o povo. É dizer “acorda meu povo” ou escolhemos um bom representante ou vamos virar escravos. Continuar lutando contra a reforma da previdência, que foi uma pauta que o povo entendeu muito bem. A segunda coisa é Suzineide: Se acentua sucateamento e de des- que os movimentos soe um dos argumentos que os bancos tem usado, sobretudo o Banco do Brasil, para não abrir agências no interior é a situação de violência. Ao invés de resolver com segurança pública, o governo tem fechado as unidades. Com esse governo golpista a um processo de esvaziamento e privatização das empresas públicas. Hoje todos os bancos públicos tem feito Planos de De- prezo pela coisa pública. ciais tem que estar muimissão Voluntária (PDV), Temos lutado muito nessa to fortes e muito unidos incentivando aposenta- campanha em defesa dos e sabendo que temos que doria e fazendo reestru- bancos públicos ter propostas concretas. turações perversas. FizeNós sabemos que a eleimos uma grande luta para 3. Como a Cam- ção por si só não faz transque a Caixa Econômica panha em defesa dos formação, mas ajuda muiFederal não fosse vendi- Bancos Públicos vai to. No governo Lula vida. Nós tivemos uma vi- continuar em 2018? mos como conseguimos tória porque o capital da ter crescimento econômiCaixa não foi aberto. EnSuzineide: Nós já fize- co e agora a elite brasileitretanto, a Caixa é o único mos vários processos: já ra diz “eu não quero pobre Banco cem por cento pú- fizemos atividades para comendo, não quero eles blico também está fazen- conversar com os bancá- estudando”. Precisamos do um processo de rees- rios e agora estamos fa- pensar e escolher muito truturação. O modelo de zendo atividades de diálo- bem nossos candidatos. A gestão que os Bancos Pú- go com a sociedade. Para sociedade tem que estar blicos estão adotando é a sociedade entender o muito consciente que não um modelo privatista, de papel dos Bancos Públi- pode vender o voto.

Nós sabemos que a eleição por si só não faz transformação


CULTURA | 12

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Lutadora do Povo

FOTOLEGENDA

Foto: PH Reinaux "Roda mundo, roda-gigante Rodamoinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração" de recomeço e renovação. Que o ciclo que inicia em 2018 seja de força para romper Étempo os obstáculos e as velhas amarras e disposição de construir um novo tempo.

AGENDA CULTURAL Música Vem Xambar No Teatro Mamulengo

Carnaval Prévia do Bloco do Nada

Música Sarau das Artes no Janeiro de Grandes Espetáculos

ais uma vez o Grupo exatamente um mês M Bongar realiza a abertum janeiro, a Torre MaA da terça feira de carnara do Carnaval do Teatro MaE lakoff sedia mais um Saval, no sábado (13), O Bloco munlengo, na Praça do Arrau das Artes. É o sexto ano do Nada realiza sua prévia. senal da Marinha, no Recife Antigo, no próximo domingo (14). Além do próprio grupo, também de apresentam o Coco Miudinho de Xambá e o Boi Quebra Coco. Além das apresentações, a Feira Quilombar estará vendendo roupas e acessórios. O evento começa ás 16h e a entrada é gratuita.

A partir das 14, se apresentarão o Maracatu Cabra Alada, Catarina dee Jah, Banda Os Caetanos e outras atrações. No local também haverá a venda de camisas do bloco. O evento inicia as 16h na Budega do Eduardo, na Rua Marechal Deodoro, 252, Recife.

Brasil de Fato PE

consecutivo do evento e essa edição acontece nos dias 13 e 27 de janeiro. O sarau do dia 27 acontecerá no Centro Cultural dos Correios. Já no dia 13, a partir das 18h, acontecerão Apresentações de Teatro, Dança, Música, Cultura Popular, Poesia e mais com entrada gratuita.

Soledad Barret Viedma oledad Barret Viedma nasceu em S Laureles, no Paraguai, em seis de janeiro de 1945. Por ter uma família que estava ligada á militância política, foi exilada ainda adolescente na Argentina e Uruguai. Aos 17 anos, foi sequestrada por um grupo de neonazistas que exigiram que ela dissesse “viva Hitler”. Diante da negativa, marcaram suas coxas com a suástica nazista. Também viveu em Cuba e ao vir morar no Brasil, decicidiu morar em Olinda. Era da Vanguarda Popular Revolucionária, uma das diversas organizações que lutou contra a ditadura militar. Era poetisa e organizava o trabalho político com a cultura na cidade.Grávida, foi pega numa armadilha feita pelo então companheiro Daniel, que na verdade era o Cabo Anselmo, infiltrado entre os militantes, que se relacionava com Soledade e era o pai de filho que carregava. Na cidade de Paulista, o massacre ficou conhecido como o Massacre da Chácara São Bento. Após a tortura, o corpo de Soledad foi encontrado dentro de um barril, com o filho de 4 meses que esperava de Anselmo. Sua morte, no dia sete de janeiro de 1973 teve repercussão internacional e contribuiu para denunciar e desmarcar a tirania da Ditadura Militar no Brasil


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Variedades CULTURA l| 13 13

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

Henfil: o cartunista que fez do humor uma arma para defender a população oprimida

DITADURA MILITAR. No último 4 de janeiro completam-se 30 anos da morte do cartunista que dedicou sua obra à liberdade e combate à ditadura Henfil

julia Dolce, de São Paulo

verdadeiro humor “O dá um soco no fígado de quem oprime”. Essa é uma das mais conhecidas citações do cartunista, jornalista e escritor mineiro Henrique de Souza Filho, o Henfil. A frase resume com precisão o trabalho do cartunista, cuja morte, por complicações da AIDS, contraída após uma transfusão de sangue, completa 30 anos neste 4 de janeiro. O cartunista, assim como seu irmão, o sociólogo Herbert José de Souza, o Be-

Graúna, um dos personagens mais conhecidos e críticos criados por Henfil

lores críticos. Ela sido resgataO artista teve toda tem da pela esquerda sua produção feita brasileira e readaptada para dedurante o regime nunciar o golpe que tirou do pomilitar der a ex-presitinho, foi um importante denta Dilma Rousseff. militante contra a ditadu- Para Ivan Cosenza, filho ra militar no Brasil. O exílio de Henfil, o resgate exde Betinho no Chile seria põe a atualidade do traimortalizado pela canção balho de seu pai. “O bêbado e a Equilibrista”, “Antes, quando apana voz de Elis Regina. reciam as notícias do O artista teve toda sua pro- que estava acontecendução feita durante o re- do, eu republicava algugime militar e, por isso, a mas charges antigas dele maior parte de suas obras que tinham tudo a ver, alreflete a luta pela democra- gumas pareciam que titização do país, pela anistia nham sido feitas para aos presos políticos e pelas aquele acontecimento, e eleições Diretas Já. não 40 anos antes”, afirEle foi responsável pela re- mou. novação das ilustrações Cosenza é presidente do humorísticas brasileiras, Instituto Henfil e inaugucriando personagens típi- rou, em novembro, um cos que se consagraram projeto chamado “Carcom os anos, como a Graú- ta do Pai”, uma releitura na, os Fradinhos e o Capi- das consagradas crônicas tão Zeferino. “Cartas da Mãe” produziA Graúna era um simpáti- das por Henfil. Nos texco passarinho que trazia, tos, o filho explica a conem seus balões de fala, va- juntura política para o fa-

lecido pai: “essa crônica acabou sendo um jeito de situar o trabalho dele com o que está acontecendo, mostrando um pouco da atualidade da visão que ele tinha, que era impressionante”. Henfil cresceu na periferia de Belo Horizonte, onde trabalhou como embalador de queijos e jornalista, até especializar-se em quadrinhos na década de 1960. Como ilustrador, chegou a trabalhar

nas revistas Realidade, Visão, Placar, O Cruzeiro, e O Pasquim. Na década de 1970 criou a revista humorística Fradim. Na época, mudou-se para São Paulo em um apartamento que ficou conhecido como “bunker”, por abrigar outros cartunistas como Angeli, Glauco, Nilson e Laerte Coutinho. De acordo com Laerte, que relembrou seus momentos com o falecido cartunista,

trabalhar com Henfil era, ao mesmo tempo, “muito legal e exasperante”. “A gente sentava para produzir coletivamente, mas o Henfil tinha uma velocidade e uma profusão na criação que a gente não chegava aos pés. A gente ficava pensando ideias, e ele já tinha desenhado uma dúzia de cartuns. Ele era assim, a cabeça dele era uma usina muito ativa”, contou. A cartunista conta ainda que Henfil estava decepcionado e pessimista com a política brasileira no final de sua vida, mas opina que ele certamente continuaria militando pela democracia e denunciando o golpe de 2016. Ela ressalta que o maior legado de Henfil é a defesa dos direitos do povo por meio do humor. “Ele tem uma conexão com a linguagem do humor e do humor vinculada à defesa da população brasileira mais oprimida, que é importantíssimo a gente manter a vista. Esse legado é o principal dele, nunca deixar de lado os que sofrem, que são a maioria mesmo”, disse. Anúncio


14 | VARIEDADES

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Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

www.coquetel.com.br

© Revistas COQUETEL

"Ambiente" retratado pelos sites Catedral e revistas da (?): Concurso de celebri- Enraipostal vecida; em que dades paulistano furiosa Marta Rocha foi a primeira eleita oficialmente

Território palestino ocupado por Israel Bê-á-(?): (2014) o abecedário

Salvador Que Allende, acontece presidente por acaso chileno

A Capital da Salsa, na Colômbia Machuca Fruta que padarias substituem por chuchu

Anistia Internacional (sigla)

Período marcado pelo domínio da razão e da técnica (Hist.)

(?) King, empresário do boxe

Título do dirigente de Abu Dhabi Carro luxuoso que leva a noiva à igreja

Ratazana, em inglês Tema de brindes entre amigos

Moradia de socialites Amalucado

Sufixo de "barbado" Secreção da infecção

Vermelho, Amarelo e (?): rios chineses

"(?) Vice", filme com Colin Farrell (?) Patinhas, milionário das HQs

erta vez o professor Rubem Alves disse que a ciência é “coisa C boa”, no que estou plenamente de acordo. Mas, adiciono que, muitas vezes, ela também pode ser “coisa boba”. Já me explico! Mas,

Moeda do Japão

Tecla de computadores

TV italiana Michel (?), cantor sertanejo

Ceder para instituição de caridade Figura da letra "Q", Calendário no baralho (?): previu o fim de um ciclo em 2012

Ciência, coisa bo(b)a!

Quarta letra do alfabeto grego

Usado (abrev.)

Desigualdade; diferença

Fora de moda (ing.) Opaco; embaçado Acontecimentos incontestáveis

3/non — out — rat — sam. 4/emir. 11/modernidade.

28

Solução R A B I S C A D M A

M C E I M O A R T M I S T D I C D O

I R A D A

S S B R E J A O OD E R N I D ON S A L A N S I M I M A Z U O U S P A R I I E N R T E A M A I A F

D E L T A A C I D E N T A L

S I A L U A D M I R O N S A P U A D E O U R T O

S SC R A VO

S E O DO

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Ç AT

L I B E R

IC

BANCO

Ciência, Coisa Boa!

O tempo passado Usain Bolt, atleta

Vilão do filme "Superman II"

(?) Neill, ator irlandês Rasurada

Problema que atrasa o trabalhador nas metrópoles

Principal avanço social do governo de Abraham Lincoln, assassinado Enganar em 1865

VISITE NOSSA PÁGINA facebook.com/brasildefatopernambuco

antes, vamos falar um pouquinho sobre o que é essa tal de ciência. A ciência é um jeito de se construir o conhecimento. É uma forma de se olhar para o mundo e descobrir a verdade por detrás das coisas. Teve início lá no século XVI, quando a humanidade começou a perceber que a dúvida, a razão e a curiosidade eram motores importantes para a sociedade. Quase cinco séculos depois, o pensamento científico tornou-se sinônimo de verdade. Já percebeu que, no jornal, quando querem falar que algo é verdadeiro, chamam um cientista para dar entrevista? Certa vez li que a gente já nasce meio cientista. Quando criança, somos danados pra sair perguntando o porquê de tudo. Com o passar do tempo, alguma coisa acontece que deixamos nosso lado cientista de lado. Um dos objetivos desta coluna é reacender em você, leitor, um pouquinho do seu lado cientista. E todo cientista que se preze deve ter curiosidade. Deve também ser observador, olhar para algum fato, algum fenômeno e saber fazer uma boa pergunta. Em seguida, é preciso uma dose de criatividade. Bolar uma explicação que responda à pergunta que foi feita. Daí, o próximo passo é testar a hipótese, por meio de um experimento. Só então, a partir dos resultados da pesquisa, é possível dizer se a hipótese estava certa. Basicamente, isso é o que chamamos de método científico. Essa postura curiosa de tentar entender o mundo a partir de um método sistemático trouxe grandes avanços para a humanidade. A partir da chamada revolução científica, diversas conquistas importantes surgiram. Por exemplo: há hoje uma relação direta entre o desenvolvimento econômico e o número de cientistas de um país; assim como é direta a relação entre o desenvolvimento científico e o aumento da expectativa de vida. Acontece que a ciência, como tudo na vida, não é neutra. É feita por seres humanos, que estão inseridos em uma sociedade. A sociedade atual é marcada por uma enorme desigualdade, em que poucos têm muito e muitos não têm nada. E o conhecimento científico acaba por virar uma arma poderosa nas mãos desses poucos que dominam. Por isso que disse no início do texto que a ciência pode, às vezes, ser uma coisa bastante boba. Renan Santos, professor de biologia da rede estadual de MG


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Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

VARIEDADES 15 l 15

Receita

Cartola com banana - nanica reprodução

Ingredientes

Amiga da Saúde, bom dia. Meu marido tem muito desejo sexual e eu não tenho vontade de transar todos os dias, às vezes só quero descansar. Tem algum remédio que eu possa usar pra aumentar meu desejo?

5 Bananas-nanica 3 colheres de sopa de açúcar 1 colher de café Canela 2 fatias grossas de queijo coalho

Anônima

Preparo 1. Descascar a banana, cortar em

fatias no sentido do comprimento e reservar; 2. Misturar o açúcar e a canela e passar as bananas nesta mistura; 3. Colocar as bananas em camadas em um refratário; 4. Levar ao forno preaquecido (200 °C) por 10 minutos; 5. Ralar o queijo coalho no ralador grosso e polvilhar sobre as bananas; 6. Levar ao forno, novamente, até o queijo derreter. Esta receita foi retirada do livro Alimentos Regionais Brasileiros, do Ministério da Saúde, disponível para download em http://e.eita.org. br/alimentosregionais.

C

ara leitora, é normal algumas pessoas terem mais desejo que outras. Não existe uma regra pra isso. O mais importante é você transar somente quando tiver vontade, e que o ato sexual seja prazeroso para você e para seu parceiro. Alguns fatores podem reduzir o desejo sexual, como stress, cansaço, uso de alguns anticoncepcionais ou medicamentos que tratam de distúrbios psiquiátricos, problemas relacionais entre os parceiros, etc. Em se tratando de sexo, mais importante que quantidade é a qualidade. Converse com seu marido sobre isso.

Mande sua dúvida: amigadasaude@brasildefato.com.br Sofia Barboa | Aqui você podeperguntar o que quiser para nossa Amiga da Saúde Coren MG 159621-ENF

ESPORTES | 15

Quem joga a Copa do Nordeste em 2018? NORDESTÃO. A vaga está sendo disputada entre Náutico e Itabaiana Léo Lemos/@nauticope

Rani de Mendonça

estam apenas duas R vagas em aberto na Copa do Nordeste,

mais conhecida como Nordestão. É para garantir uma delas que o Náutico e o Itabaiana, de Sergipe, se enfrentam neste domingo (13), às 16h, na Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Este será o segundo jogo da decisão para ver quem ocupa a vaga do grupo C do campeonato, onde já estão classificados o Bahia, o Botafogo (PB) e o Altos (PI). A outra está sendo disputada entre Treze e Cordino, que empataram em 0x0 no jogo de ida, em Imperatriz, no Maranhão. Em um jogo de poucas emoções, na segunda-feira

dois times representantes de cada estado da região. Só Bahia e Pernambuco que eram três vagas para cada.

A Copa do Nordeste só teve 14 edições oficiais entre 1994 e 2017 (08), Náutico e Itabaiana acirraram ainda mais a decisão para o segundo jogo, com o empate de 0x0 no estádio Etelvino Mendonça, em Sergipe. O que deixa um cenário vantajoso para o Tremendão, que confirma a vaga com qualquer empate com gols na casa do adversário. Se o placar do primeiro jogo se repetir, a decisão vai para os

pênaltis. Além de ser um campeonato importante para os times nordestinos, desde a preliminar cada clube recebe R$ 250 mil. Quem ficar com a vaga na fase de grupos recebe mais R$ 500 mil, além de mais três jogos como mandante e mais chance de fazer caixa. Até o ano passado, o campeonato era composto por

Em 2018, as regras mudam e só garantem participação direta na fase de grupo apenas os campeões estaduais Bahia, Pernambuco e Ceará, federações melhores ranqueadas, emplacam também os seus vices. Quem não tem vaga automática pela classificação, disputa o pré-Nordestão, formado pelos vice-campeões de

seis estados e os terceiros colocados do Campeonato Pernambucano e Baiano. A Copa do Nordeste só teve 14 edições oficiais entre 1994 e 2017. O alvirrubro da capital pernambucana está prestes a ir para a sua décima participação – porque herdou a vaga, após a desistência do Sport - mas até agora não tem nenhum título. Já o Itabaiana está na disputa por ter sido vice-campeão sergipano em 2017. Outros dois clubes conterrâneos do Náutico e do Itabaiana já estão classificados para o grupo A.São eles Santa Cruz (PE) e Confiança (SE), que jogam contra o CRB (AL) e o Treze (PB) ou o Cordino (MA) - que também disputam vaga no Nordestão.


16 | ESPORTES

Brasil de Fato PE

Recife, 12 a 18 de janeiro de 2018

NA GERAL Divulgação

Mauro Rodrigues

Fed.Pernambucana de Basketball

GOL

DE PLACA

Trabalho de base

C Edital de incentivo Basketball ao Esporte

até o dia 19 de Janei- A É ro as inscrições para o edital da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. A seleção é aberta para projetos esportivos e paradesportivos na área educacional, de base, de rendimento e de lazer. Para se inscrever, basta levar na Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer a documentação solicitada no edital (www.setur.pe.gov. br) e apresentar um ofício, além do arquivo do projeto em mídia. O valor de cada projeto não pode ultrapassar o limite máximo de quinhentos mil reais. Dúvidas: 3182.7917.

Federação Pernambucana de Basketball lança seu próprio plano de sócio para o ano de 2018. O motivo é o déficit nas finanças, o que impossibilita a organização de novas atividades esportivas, como campeonatos estaduais. Serão quatro categoria de sócios, que variam a mensalidade e os descontos em redes credenciadas à Federação, como restaurantes, fisioterapeutas e Universidades. Quem quiser virar sócio pode ligar para a FPB, nos telefones 31250999/99998.4818 e 994995253 ou mandar email (presidentefpbpe@ gmail.com).

JÁ É DECISÃO Filipe Spenser

filipespenser@gmail.com

ano começou valendo muito: R$ O 500.00,00 - o correspondente a duas folhas salariais atuais. O resultado de 0x0

contra o Itabaiana, por si só, não pode ser encarado de forma negativa, em especial pelo fato de que tudo acabará por ser resolvido no sábado à tarde, na Arena Pernambuco. É uma oportunidade única para que a torcida comece 2018 demostrando compreensão e solidariedade e, assim, comparecendo em peso ao estádio, principalmente em razão do baixo nível técnico apresentado na última partida. Infelizmente, nesses primeiros jogos, parece que o Náutico terá que contar muito mais com a raça, a disposição e a transposição do que a criatividade e a técnica. Nesse contexto, o apoio da torcida é fundamental. Esta é a realidade da série C e, de certa forma, é bom já irmos nos acostumando.

Copa Caruaru de Tênis de Mesa neste domingo (14) a É 10ª Copa Caruaru de Tênis de Mesa, no Ginásio Municipal de Caruaru. A competição é estadual e os mesatenistas vão competir em 13 categorias, das 7h às 20h. Entre as cidades participantes estão São Bento do Una, Sanharó, Camocim de São Félix, Recife, Vitória de Santo Antão e Cabo de Santo Agostinho. O evento é o primeiro do ano no calendário da Federação Pernambucana de Tênis de Mesa. Mais detalhes, no site www.fpetm.com.br. A entrada é gratuita.

onseguir fazer um trabalho de base que dê bons frutos é um grande desafio para os clubes de futebol no Brasil. O Belo Jardim há quatro anos tem mudado esse cenário. Com a ajuda da Lei de Incentivo ao Esporte, o calango tem um projeto social com meninos a partir de 13 anos, moradores da cidade ou de municípios vizinhos aprendam a jogar futebol. E os resultados já começam a aparecer: cinco jovens do Projeto Belo Jardim Campeão vão jogar o Campeonato Pernambucano, no time profissional.

GOL

contra

Racismo não Divulgação

O

jogador da Juventus, o angolano Blaise Matuidi, foi vítima de racismo no último jogo contra o Cagliari, pelo Campeonato Italiano. Os dois times disputam a séria A e o Juventus saiu ganhando, no placar de 1x0. Nas redes sociais, Blaise divulgou “fui vítima de racismo durante o jogo. As pessoas fracas tentam intimidar, recorrendo ao ódio. Não sou como essas pessoas e só posso sentir pena daqueles que dão maus exemplos. O futebol é uma forma de expressar igualdade, paixão e inspiração”, afirmou.

ADEUS ANO VELHO... NEM TANTO Stella Nascimento ssnascimento_24@hotmail.com

Novos ares Daniel Lamir daniel.lamir@brasildefato.com.br

018 chegou para todos. As novidades não “embaixador” foi embora. Pretende se2 podiam ser poucas, já que tudo tinha que O guir em direção à Rússia, com escala em ser novo no nosso Santinha. Um orçamento de São Paulo. Rithely comprou passagens para R$200 mil para o elenco profissional e peças que não temos tanto conhecimento no meio do futebol. Temos de goleiro fora de forma, a jogador que acha que parece com João Paulo esteticamente, e que acha que tem o estilo de jogo do ex-camisa 10 Coral. Brincadeiras à parte, o técnico Júnior Rocha vem montando uma equipe enxuta, mas que vem se encaixando com as peças remanescentes. Ao exemplo de Vitor, João Ananias e Agusto (o atacante). A prova de fogo para o começo desse time acontece na próxima terça-feira, na estréia da Copa do Nordeste, contra o Confiança. A corrida agora é contra o tempo, para a regularização dos atletas. A saudade é grande e a curiosidade também!

Porto Alegre, mas talvez fique na metade do caminho. Ou seja, BH. Salvador também está na lista de emigrações. O caso de Diego Souza talvez tenha uma justificativa mais nítida. Mas outros casos podem expor alguma rusga com mal-estar na Praça da Bandeira. Não tenho condições nem materialidade para apontar vilão ou vilões na história. Mas tenho plenas condições de temer que a inhaca de 2017 continue em 2018. É preciso virar a página e partir para ares de bem-estar, mesmo com nomes “menos pesados” no elenco. Antes um time mais modesto, mas que jogue com bom humor a um de fases irregulares, lampejando dois ou três jogos à Real Madrid e o restante como “derbi do Íbis”.


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