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Paraná
Estudantes vão do sonho ao pesadelo em intercâmbio internacional
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Gabriel Carriconde
Imagine a alegria de um estudante de escola pública por ter sido selecionado entre 100 nomes para um intercâmbio no Canadá, com tudo pago pela Secretaria de Educação do Paraná no programa Ganhando o Mundo. Só que do sonho diversos alunos do programa passaram por um verdadeiro pesadelo.
Alguns não conseguiram voltar para o Brasil, cerca de 17, que acabaram perdendo o voo de volta, e tiveram problemas até mesmo para receber a bolsa-auxílio pagas pela empresa contratada pela secretaria.
Para deputado o estadual Tadeu Veneri (PT), os adolescentes ficaram desassistidos, situação que a secretaria afirma não ter ocorrido. A reportagem do Brasil de Fato procurou ouvir os familiares, que evitaram falar publicamente por medo de criar dificuldades para o retorno dos estudantes. Veneri revela que os alunos foram orientados a não exporem a situação pois seriam “embaixadores brasileiros mirins”. “Os problemas já começaram na chegada ao Canadá, onde não havia moradia acertada para todo o grupo durante sua permanência. Agora, na volta, muitos ficaram sem passagem aérea e tiveram que dormir no aeroporto sem acompanhantes adultos”, relata Veneri. A secretaria de Educação afirma que os imprevistos seriam esperados e normais, e que de forma alguma os estudantes teriam sido desassistidos.
Veneri fez ao secretário de Educação, Renato Feder, pedido de informações em que questiona a situação do estudantes no intercâmbio. “No momento em que o estado foi informado que os alunos não puderam embarcar para o Brasil, houve o deslocamento de uma pessoa ao Canadá para resolver a situação?”. Ainda não houve resposta.
Geraldo Bubniak | AEN
O governador esteve pessoalmente no embarque dos alunos para o Canadá
Informe institucional
Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região: 90 anos atuando na defesa e ampliação de direitos dos trabalhadores das instituições financeiras
OSindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e região comemora neste 6 de julho seu aniversário de 90 anos de fundação, avançando em 2022 rumo ao seu centenário como entidade que defende os direitos dos trabalhadores, a democracia participativa, as liberdades individuais e coletivas e a justiça social, olhando para um mundo com maior pluralidade, menos desigualdades e sem preconceitos de raça, gênero e diversidade.
Somos uma entidade que tem atuação consolidada em diversas frentes: na mesa de negociação, na mobilização nos locais de trabalho ou nas ruas, no enfrentamento jurídico, a partir, sempre, das necessidades de sua base, as trabalhadoras e os trabalhadores do ramo financeiro.
O Brasil vive em 2022 os reflexos da miserabilidade de uma conjuntura hostil, não somente econômica, mas humanitária, política, territorial e ambiental, em que quase estamos num ponto de não haver mais como voltar de onde estamos chegando.
É a partir desse lugar que direcionamos nosso olhar e não nos furtamos de, além de lutar para garantir e manter condições dignas de trabalho, atuar para denunciar e exigir maior responsabilidade social e fomento à infraestrutura do país por parte das instituições financeiras. “O crescimento do lucro dos bancos, mesmo em conjuntura tão crítica, deve ser visto com preocupação por todos nós diante do aprofundamento das desigualdades sociais. Bancos são concessões públicas, por isso devem exercer o papel de desenvolvimento social. Os bancos públicos têm essa centralidade, mas devemos também exigir que os privados devolvam à população seu papel social”, avalia Antônio Luiz Fermino, presidente do Sindicato.
Nesse cenário estamos construindo a Campanha Nacional dos Bancários em 2022: num país em que ter um emprego formal é privilégio, que prestar atendimento bancário à população é ter escancaradas diante de si todas as dores acumuladas que um país destruído, em que sobreviver à uma pandemia que deixou mais de 670 mil famílias destroçadas pela impotência não basta para os que estão no poder.
Ainda ontem ocupamos as ruas de Curitiba com o lançamento de nossa campanha salarial, para compartilharmos com a população nossos enfrentamentos, cientes de que somos parâmetro para diversas outras negociações salariais no país.
Nossas demandas coletivas foram se modificando nesse período. Temos uma convenção com abrangência nacional há três décadas! Mas, infelizmente, é recorrente nos últimos anos, ao invés de avançarmos nas conquistas, nos desgastamos para lutar para que direitos não nos sejam retirados.
São esses motivos que nos conduzem para construir o futuro, não amanhã, mas agora, e em todos esses 90 anos de atuação em prol dos trabalhadores.