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EDIÇÃO 368 25 A 31 DE AGOSTO DE 2022

GERAL 7 “Corrupção acabou”: afirmação de Bolsonaro no Jornal Nacional é verdade ou mentira?

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Bolsonaro tentou se livrar da pecha de corrupto na sabatina na Rede Globo; relembre os principais casos

PAULO MOTORYN BRASÍLIA (DF)

“Não há corrupção no meu governo", disse o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, na bancada do Jornal Nacional, na noite da última segunda-feira (22), ao participar da sabatina

Reprodução-Twitter - @g1

Chefe do Executivo sentou na bancada do Jornal Nacional pela segunda vez com os postulantes à vaga no Palácio do Planalto.

Mergulhado em escândalos em diversas pastas de seu governo, o presidente tem lutado para se esquivar da pecha de "corrupto". A interferência em investigações contra sua família, o uso descabido do sigilo em informações públicas e o aparelhamento do Estado para satisfazer interesses de aliados apontam em outra direção.

Confira alguns dos escândalos de corrupção envolvendo o seu governo:

COVAXIN

» A suspeita de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin foi uma das principais linhas de investigação da CPI da Covid, realizada em 2021 no Senado. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). No ano passado, o MPF citou suspeita da ocorrência dos crimes de corrupção e superfaturamento na compra.

OBRAS DA SAÚDE NO RIO

» O Ministério da Saúde atuou para desembolsar, sem licitação, quase R$ 30 milhões em obras em prédios da pasta no Rio de Janeiro. Empenhados em ritmo de urgência, sob a justificativa da pandemia, os valores só não foram efetivamente gastos porque a Advocacia Geral da União (AGU) identificou indícios de irregularidades e cancelou os repasses.

MINISTRO MADEIREIRO

» Em maio do ano passado, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi alvo de uma operação da PF que investigava se funcionários do ministério e do Ibama favoreceram indevidamente empresas que atuam no contrabando de madeira. Na mesma operação, o então presidente do Ibama, Eduardo Bim, foi afastado do cargo pelas mesmas suspeitas.

ORÇAMENTO SECRETO

» O governo Bolsonaro criou um orçamento paralelo bilionário em emendas, no final de 2020, para conseguir apoio do “Centrão” no Congresso Nacional. Uma série de reportagens publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo revelou o escândalo a partir de centenas de ofícios enviados por deputados e senadores a ministérios do Executivo federal.

EMPREITEIRA FRAUDULENTA

» A empreiteira Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo Bolsonaro. A empresa venceu diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios, a Del Construtora.

A informação foi revelada pelo jornal Folha de S.Paulo na segunda-feira (11). A reportagem aponta que a construtora, com sede na cidade de Imperatriz, sul do Maranhão, explodiu em verbas na atual gestão e assinou contratos para asfaltamento mesmo longe de sua base.

ÔNIBUS ESCOLARES SUPERFATURADOS

» O Ministério da Educação teria superfaturado em mais de R$ 700 milhões a compra de ônibus escolares. A denúncia foi revelada em documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a reportagem, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu um processo de licitação para pagar R$ 480 mil por cada ônibus escolar destinado ao transporte de estudantes em áreas rurais. No entanto, Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apontaram que cada veículo deveria custar no máximo R$ 270 mil.

CORRUPÇÃO NO INCRA

» O advogado Marconi Gonçalves, que comandou a superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Maranhão entre novembro de 2021 e janeiro deste ano, contou em depoimento à Polícia Federal que recebeu um pedido de propina logo após tomar posse.

A proposta teria sido feita na porta da sede do órgão por um lobista. Em nota, o Incra diz que apura suspeitas de irregularidades na superintendência do órgão no Maranhão.

REDAÇÃO

RIO DE JANEIRO (RJ)

OInstituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, na Gamboa, na zona portuária do Rio, abriu suas portas na última sexta-feira (19) com uma programação cultural repleta de muita arte e homenagens ao povo afro-brasileiro e seus ancestrais.

Do lado de fora, na fachada da instituição, o artista visual Ozi, um dos pioneiros do graffiti no Brasil, assina o mural “Sankofa” criado com a técnica de estêncil, com dimensão de 15 m², em uma parceria inédita com a poeta Mel Duarte, que é retratada na obra como uma deusa africana-barroca, e aplicação de texto exclusivo da autora para esta pintura, cujo trecho inicial começa com a seguinte frase: “Em memória aos nossos antepassados, em respeito às suas infindas histórias".

Já na Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea,

Museu dos Pretos Novos, na Gamboa, inaugura exposição e novo mural na fachada

Visitações gratuitas acontecem às terças está em cartaz a exposição

Na Galeria Pretos Novos de Arte Contemporânea está em cartaz a exposição “Ourubu”

Divulgação “Ourubu”, do artista visual Mulambö, que apresenta uma paródia sobre o ciclo natural da vida até a morte, na qual o personagem central é um urubu dourado, representado em uma escultura que toma toda a área central da galeria.

Além do Museu Memorial e da Galeria de Arte Contemporânea, o IPN também conta com uma Biblioteca e ainda um auditório constantemente ocupado com a programação de oficinas ao longo de todo o ano.

Após quase dois anos de distanciamento social, o Museu se encontra funcionando normalmente. As visitações gratuitas acontecem às terças-feiras das 10h às 16h. As pagas são de quarta a sexta, das 10h às 16h, e aos sábados, das 10h às 13h, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$10 (meia entrada).

SOBRE O INSTITUTO

O sítio arqueológico Cemitério dos Pretos Novos (1769 – 1830) é uma das provas materiais mais contundentes e incontestáveis encontradas até hoje sobre a barbárie ocorrida no período mais intenso do tráfico de seres humanos. Foram depositados neste cemitério os restos mortais de dezenas de milhares de africanos brutalmente retirados de sua terra natal e trazidos à força para o trabalho escravo.

Monólogo no teatro da UFF passeia pela vida da escritora Cora Coralina

REDAÇÃO

RIO DE JANEIRO (RJ)

» Depois de bem-sucedidas temporadas virtual e presencial no Rio e em São Paulo, o monólogo “Cora do Rio Vermelho” chega ao Teatro da UFF, em Niterói, para apresentações de 26 a 28 de agosto. O espetáculo, que tem patrocínio do governo do estado através do Edital Retomada Cultural RJ2, foi tecido a partir do encontro de anotações e reflexões da atriz Raquel Penner com a obra de Cora Coralina.

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava. “Cora Coralina foi uma mulher múltipla e libertária. Removeu pedras e abriu caminhos para outras mulhe-

Divulgação

Monólogo reúne textos e poemas da escritora

res. Há 10 anos, tive meu primeiro encontro com ela, em uma exposição no CCBB-RJ. Fiquei encantada por aquela senhora do interior do Brasil que falava firme e cantado, fazia doces e escrevia poesia, celebrava a vida e a simplicidade. Quando a reencontrei, a partir de um livro do Drummond, percebi que tudo o que eu queria dizer no palco estava ali”, lembra Raquel.

SERVIÇO CORA DO RIO VERMELHO

Temporada: 26 a 28 de agosto Teatro da UFF: Rua Miguel de Frias, 9 - Icaraí - Niterói - RJ Telefone: (21) 2629-5576 Dias e horários: sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Apresentação de libras: 26 de agosto. Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada) e R$ 5 (APADA - Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos). Duração: 50 minutos Instagram: @coradoriovermelho

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