BRASIL DOS Revista Brasil dos Jovens Nº 1 - Maio/2014
JOVENS
EDUCAÇÃO UM PAPO COM A PROFESSORA ANA ROSA VIDIGAL FIES, SISU E PROUNI CONHEÇA MAIS SOBRE OS PROGRAMAS DO GOVERNO CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS O DEPOIMENTO DE UMA ESTUDANTE QUE FAZ PARTE DO PROJETO.
ENEM
COMO A SIMPLES PROVA DE AVALIAÇÃO DE APRENDIZADO SE TORNOU A MAIOR PROVA DO PAÍS E A CHAVE PARA AS FACULDADES.
EDITOR
IAL
Aos leitores Por: Marcela Hilário
A
política pública para juventude, em específico, a educação, tem a função de resolver problemas de desigualdades sociais e conceder a mesma chance de um jovem de classe social média ao jovem de classe baixa. Com o diploma de graduação, a garantia de um bom emprego é maior, assim promove o equilíbrio social. Com esse intuito é que foi criado o Plano Nacional de Educação (PNE), em 2011 pelo Ministério da Educação. Esse projeto abrange 20 metas para melhorar a educação no Brasil. A décima terceira meta consiste justamente na inclusão dos jovens no ensino superior: “Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa liquida para 33% da população de 18 a 24 ano, assegurando a qualidade da oferta”. A maioria dos programas governamentais de inserção de jovens na faculdade é destinada a pessoas com menor poder aquisitivo e, sobretudo, boas pontuações nos exames. O jovem atual é o adulto de amanhã. A preocupação com o crescimento do País está diretamente ligada aos jovens. O que será do Brasil se não investir na educação de hoje para o rendimento futuro? Por isso esses programas educacionais priorizam jovens de baixa renda. Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
Sabemos que hoje existem vários programas para bolsas em universidades públicas, e convênios do governo com universidades privadas. Mas, ainda assim, o índice de jovens formados no ensino médio e que ainda não estão na faculdade é muito grande no Brasil. A Brasil dos Jovens trás nessa edição justamente todas as informações necessárias sobre alguns programas educacionais para não deixar nenhuma dúvida na hora de garantir uma vaga no ensino superior.
CHARGE
Foto: Internet/Reprodução
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OR T I E L O A A T R A C
Sobre a revista Por: Diego Rodrigues
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abemos que as Políticas Públicas são conjuntos de ações, metas e planos com a finalidade de alcançar a sociedade para resolver problemas de interesse público. Para esses planos serem concretizados e aprovados, é necessário um aval de pessoas ligadas ao governo (nacional, estadual e municipal). As políticas públicas podem encontradas na educação, no lazer, na saúde e até mesmo no trabalho. Se tratando de políticas públicas para jovens, vale dizer que hoje ela tem um papel importante na educação de nosso país. Atualmente, temos diversos planos do governo que beneficiam milhares de jovens. Se voltarmos no tempo, lembraremos que era impossível pagar uma faculdade ou um curso técnico exigido no mercado de trabalho, mas graças a programas como o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), ProUni (Programa
Universidade para Todos) e Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), hoje é possível. Através destes programas, o cidadão pode ter acesso a bolsas de estudos em faculdades obtendo uma boa nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), bolsas em cursos técnicos, ou até mesmo fazer um financiamento pagando, mensalmente, um valor simbólico, e após 18 meses da conclusão do curso, começar a pagar as parcelas financiadas. Nós, da Brasil dos Jovens apoiamos esses planos e acreditamos que podem ajudar no crescimento educacional e profissional do nosso país. E, claro, além de ajudar nossos jovens, os programas também têm beneficiado pessoas de idades avançadas que desistiram um dia dos estudos, mas voltaram animados com a condição que estes planos oferecem.
Revista Brasil dos Jovens - 1ª edição - Maio/2014 Equipe: Ana Amélia Andrade, Diego Rodrigues, Isabele Lima, Luana Arcuri, Marcela Hilário, Nathália Simões e Thalita Marinho
Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
Professora Orientadora: Tacyana Arce Projeto Gráfico: Vinícius Toscano Redes Sociais: facebook.com/revistabrasildosjovens Site: http://revistabrasildosjovens.wordpress.com/
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ÍNDICE
(Foto: G1/Reprodução)
Entrevista Uma conversa com a professora, Ana Rosa Vidigal...................................................... 05 Coluna Política no nosso dia a dia............................... 06 Coluna Enem e suas pérolas............................................. 07 Coluna Sobre dados e suas repercussões............... 12 Perfil Estudante chega atrasado e perde a prova do Enem. Esse é um dos vários que passam por esse drama.
O auxílio nos estudos........................................... 14 Você sabia? Um pouco mais sobre os programas educacionais do governo........................................................ 15
Capa
Coluna Me formei, e agora?................................................ 18 Coluna O mundo não tem fronteiias............................. 20
Por dentro do Enem Quando começou o Enem? Quais foram as suas evoluções? Como a pequena prova de avaliação de aprendizado se tornou a maior prova do Brasil........................................................................................ 08
ENTREVISTA
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o u t o r a , professora nos cursos de Jornalismo e Pedagogia no Centro Universitário de Belo Horizonte, e pesquisadora da Universidade Aberta/ Mec, Ana Rosa Vidigal Dolabella fala, em entrevista para a Brasil dos Jovens, sobre os programas estudantis governamentais. O que você acha sobre os programas estudantis para inserção na faculdade? Tenho 25 anos de sala de aula, e já percebi uma trajetória de pelo menos duas gerações e eu venho acompanhado a entrada das pessoas na faculdade com esses incentivos das políticas governamentais. Além do próprio conhecimento é uma oportunidade da pessoa se desenvolver de uma maneira holística, de uma maneira integral. Não é só um conhecimento que ela adquire, é toda uma postura em relação ao conhecimento. É uma postura de objetividade, de relação a vida em comparada a outras circunstâncias em
Ana Rosa Vidigal “A questão não é perguntar qual grupo social é favorecido, tudo mundo ganha com a evolução de todo mundo.” que ela trabalhou o aprendizado e a auto formação. Um profissional que não se preocupa com a formação nas circunstâncias gerais da vida, não é uma pessoa inserida no mercado de trabalho, então a gente vê a ação entre o ambiente acadêmico, um ambiente profissional e o ambiente social. Isso reflete em cada um deles e todos saem ganhado
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necessariamente pelo conhecimento e pela formação do individuo. Como a gente acabou de dizer, não é só na formação acadêmica, é uma formação que reflete no profissional e reflete no social de forma que as pessoas lidem com as situações cotidianas até a questão principal que é da cidadania. Aas manifestações ques estão acontecendo, mais do que tudo é uma nova postura diante das coisas, e acredito que essa postura cidadã esteja diretamente ligada a capacidade das pessoas de ingressar em ambientes acadêmicos ambientes de formação
Ana Rosa, como quais as Qual a importância, professora, para o Brasil, do mudanças na educação desenvolvimento das que precisam ser feitas? classes sociais mais Eu acho que não faria baixas? uma mudança, mas talvez É importante para ressaltaria mais as parcerias qualquer país e para com o mercado de trabalho. qualquer grupo Parceria entre as empresas social. A questão e universidades, e que isso não é perguntar qual acontecesse de maneira grupo social é mais mais efetiva, porque eu favorecido. Todo vejo em determinados mundo ganha com países, que empresas universidaes estão a evolução de todo e mundo, e a evolução próximas e o Brasil não na minha forma de aprendeu a fazer isso, mas pensar, ela passa acredito que isso mude.
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COLUNA
Política no nosso dia a dia Por: Isabelle Lima Política, o que é isso? Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. Para que saber? Na política só tem ladrão! Odeio política! Política não faz parte do meu dia. Para que eu preciso saber o que é política? Qual importância da política? Esses são questionamentos e afirmações que ouço todos os dias! E aí? Você sabe a importância da política? Ou melhor, você sabe o que é política? Política é ciência do governo de um Estado ou Nação, que está ligada às “coisas públicas”, ou seja, está relacionada com o que diz respeito ao espaço público. A ciência política é a forma de atuação do governo em relação a determinados temas sociais e econômicos de interesse público: política social, política educacional, política de segurança, política salarial, política habitacional, política ambiental, política cultural, etc. Política vai além da existência de um presidente, governador, deputado, prefeito e vereador. O que isso quer dizer? Quer dizer que a política está na nossa rotina e podemos encontrá-la no trabalho, na reunião de condomínio, na relação entre pais e filhos e nas escolas. É verdade! A política é base da convivência de uma sociedade civilizada, pois é um conjunto de regras que mantem a organização da nossa vida, seja em qualquer âmbito. Imaginemos uma casa em que moram pai, mãe, filho, filha e empregada. O pai, por colocar dinheiro dentro da casa, é poder econômico. A mãe, que administra o lar, representa o governo. A empregada é classe trabalhadora. O filho, que é comando por todos, é o povo. A filha mais nova, o futuro do país. Dentro desta casa existe um conjunto de regras que a mãe, como governo, cria para o bom funcionamento do local, que conta com o apoio financeiro do poder econômico (pai) para financiar a mão de obra (empregada), manter o convívio civilizado entre o povo (filho), e um futuro adequado para o país (filha). Isso é um exemplo de política. Já parou pra pensar em alguns lugares que frequentamos? Existem regras e hierarquia. Pense na empresa que você trabalha. Existe um horário para chegada e saída. Algumas exigem uniformes e outras não. Em contrapartida, há um limite do que pode e não pode ser usado, como por exemplo, uma camisa de time de futebol. Esse conjunto de regras é denominado de política interna, em que cada lugar determina a sua. Na escola, o regimento é de que aluno sem uniforme não entra, celulares e aparelhos eletrônicos não fazem parte do material escolar, chegou atrasado só entra no segundo horário... Essas são regras que constituem algum tipo de política vivida por nós todos os dias.
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COLUNA
ENEM e suas PÉROLAS
Por: Thalita Marinho
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Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica, buscando contribuir para a melhoria da qualidade desse nível de escolaridade. É considerando, por muitos, a fase mais importante da vida de um jovem que pensa experimentar o ensino superior. Mas parece que alguns estudantes não entendem tamanha importância deste processo. Todos os anos, após o temido período das provas do Enem, é comum encontrarmos por em redes sociais e imprensa, as famosas “gafes” cometidas por estudantes um tanto quanto engraçadinhos, digamos. É comum também, durante a preparação, nos dias que antecedem as provas, a circulação de especulações sobre o que ‘’cairá’’ ou não nas avaliações, ou seja, quais os temas serão abordados. A questão ambiental, por exemplo, são favas contadas. Poderá aparecer na prova através dos conteúdos de História, de Geografia, de Biologia, de Química, de Sociologia, de Filosofia e na própria redação. O que não pode é o candidato, nem por brincadeira, brindar os responsáveis pela correção com as pérolas como : “a floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu”; “tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta”; “animais ficam sem comida e sem dormida por causa das queimadas”; “a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor”; A situação tende a piorar: “os madereiros da Amazônia destroem a Mata Atlântica da região.” Precisamos comentar... Usar créu em uma redação do Enem é o fim da picada, não ? Desde quando o “destruimento salva a floresta”? Olha a vingança: “destruir os detruidores”. Pode? Faz-se necessário mais estudo, mais dedicação para se perceber a importância da questão ambiental. Vale lembrar que este é apenas um exemplo dos vários que estão espalhados por aí. Dá até para desconfiar de quem brinca em uma prova assim, - se é que podemos chamar de brincadeira-. Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
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POR DENTRO DO
ENEM
O QUE É O ENEM? QUAIS SÃO OS ÍNDICES DE INSCRITOS POR ANO? ACOMPANHE NESTA MATÉRIA TUDO SOBRE A MAIOR PROVA DO BRASIL.
POR: MARCELA HILÁRIO e NATHÁLIA SIMÕES
CAPA Enem: de avaliação de aprendizado a ingresso para a faculdade De modelo de avaliação de aprendizado dos alunos no Ensino Médio à Vestibular Unificado. Criado em 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o Enem tinha um formato modesto se comparado ao atual. Composto por 63 questões e uma redação, o Exame media o nível de aprendizado dos formandos do Ensino Médio para auxiliar o governo na criação de políticas de melhoria da educação no Brasil. A partir de 2009, o Enem começou a ser realizado em dois dias, com uma prova de 180 questões (90 por dia) mais uma redação, e representa a esperança de milhões de jovens brasileiros que tentam ingressar no Ensino Superior, seja através de uma vaga em universidades federais ou descontos na mensalidade das faculdades particulares, por meio do ProUni e Fies. Entre os que estarão fazendo a prova, nos dias oito e nove de novembro, está a estudante Ana Clara Santana, de 20 anos. Ana se formou em 2011, e desde então busca uma vaga de medicina em uma universidade pública. Atualmente, ela faz cursinho nos períodos da manhã e da tarde. É uma rotina pesada, que se estende nos finais de semana. “Todo o final de semana eu tenho um simulado para fazer, uma redação para entregar, não tenho muito descanso”, conta. Estudos divulgados nesta última terça feira (20), pelo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) publicou que chegaram mais de 5 milhões de pessoas inscritas no Enem 2014. Sendo a maioria, (2,6 milhões), mulheres. O índice de inscritos é 32% maior do que o ano de 2013. Estimativa é de mais de 8 milhões de inscritos, número superior aos inscritos no vestibular da China, que é de 7 milhões.
1ª EDIÇÃO DO ENEM EM 1998, CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE APENAS 115,6 mil ESTUDANTES.
EM 2004 FOI INSTITUIDO O PROGRAMA PROUNI. POR CAUSA DISSO 2,2 MILHÕES DE ESTUDANTES FIZERAM O ENEM EM 2005
EM 2009, O ENEM COMEÇA A SER UTILIZADO COMO FORMA DE SELEÇÃO UNIFICADA. DESDE ENTÃO OS NÚMEROS DE INSCRITOS CRESCEM GRADATIVAMENTE
CAPA
Ana Clara não está sozinha nessa, muitos estudantes começam a se preparar desde cedo para a prova, que costuma ser realizada no final do ano. Quem não tem condições de pagar um cursinho pré-Enem, pode também estudar “online”. Existem diversos sites e blogs que disponibilizam simulados e dicas para se fazer uma boa prova, mas o aluno tem que manter o foco e não se distrair em outros conteúdos disponíveis na “rede”. O Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e o Enem são indissociáveis quando se trata de uma vaga direta para universidades públicas. Entre as universidades que adotam o Exame Nacional do Ensino Médio como única forma de ingresso, estão a UFMG, UFBA e UFRJ. Outros disponibilizam apenas 50% das vagas, como é o caso da UFAM. O Enem vem se expandindo a cada ano e as Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
universidades vêm tendo confiança e aderindo o Exame em seu processo seletivo. No dia 16 de maio, a Universidade Federal de Goiás anunciou que irá aderir o Sisu integralmente em seu processo seletivo, a partir do primeiro semestre de 2015.
Estudante ajoelha em frente Universidade pré prova do Enem. (Foto: G1/Reprodução)
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ESPECIAL No Enem de 2013, Ana Clara conseguiu uma boa nota, mas não foi suficiente para o curso de medicina. Tentou, então, para enfermagem. “Eu não alcancei a nota para o curso que eu queria, mas eu pude jogar minha nota numa federal, para um curso que tem uma nota excelente no MEC e eu passei. Infelizmente, não era o curso que eu queria, então eu não fiz minha matrícula, mas acho que o Enem dá essa oportunidade de você tirar uma nota e poder escolher qualquer curso, em qualquer faculdade, desde que você se empenhe e faça a prova concentrada”, diz. Após o anúncio do Ministério da Educação de que o Exame seria totalmente remodelado, o Enem caiu na boca do povo e tomou um novo peso na vida dos estudantes. A partir de 2009, o Enem rendeu várias polêmicas. Já no primeiro ano, um grupo conseguiu furtar um caderno de provas da gráfica responsável pelo material, e tentou vendê-lo a alguns veículos de comunicação. Após muita polêmica, o MEC resolveu adiar a data das provas, acarretando a desistência de diversas universidades a utilizarem a nota para seu processo seletivo. Em 2013, um estudante recebeu 560 pontos na redação após ter escrito a receita de um macarrão instantâneo.
Estudante com necessidades especiais, chega atrasado e fica olhando para as grades do local da prova. (Foto: G1/Reprodução)
Casos assim fazem com que alguns alunos fiquem desconfiados do sistema de correção das provas. Uma pesquisa realizada em 2013 pelo painel CONECTAí, apontou que 23% dos estudantes desconfiam deste sistema, enquanto 20% não confiam nem desconfiam e 58% dizem confiar nas correções. “Confiar 100% eu não confio. Principalmente na questão das redações. Eu acredito que o profissional que as corrige não é valorizado, ganha muito pouco em cima de cada redação e acaba não levando a sério esse trabalho”, conta Ana Clara. Desde sua primeira edição em 1998, o Enem vem aprimorando o sistema e deixou de ser uma avaliação, apenas. Uma novidade é que travestis e transexuais podem utilizar agora o nome social. Grávidas tem atendimento especial, assim como pessoas com deficiência áudio-visual, e,também, alunos com mais de 18 anos podem obter o certificado do ensino médio com a nota o Enem. As inscrições para o Enem 2014, vão até dia 23/05, e a taxa é de R$35,00, e poderá ser insetos aquelesque comprovarem renda menor que R$ 1.086,00.
Estudantes esperam para entrar no local da prova do Enem. A cada ano o número de estudantes cresce absurdamente. (Foto: G1/Reprodução)
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Mais informações http://inep.gov.br.
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COLUNA
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obre dados e suas epercuss천es Por: Luana Arcuri
COLUNA
A repercussão das matérias deste estilo é sempre grande, o alarde maior ainda. Mas será que a realidade consegue ser retratada nestas pesquisas? Será que é a partir de comparações que vamos construir um ensino de qualidade? Não são somente notícias ruins que os brasileiros recebem quando se trata da educação do país, existem também dados positivos. “Minas tem o melhor ensino básico do Brasil” é um exemplo relevante. Nos resta saber como esses dados são recolhidos, quais escolas entram nas avaliações, pois a controvérsia é grande, e as dúvidas dos jovens e estudantes maiores ainda. No caso da avaliação internacional, o Brasil ficou situado abaixo de países como Estados Unidos, China, Canadá, Coréia do Sul e diversos países do continente Europeu, perdendo posições apenas para Malásia, Emirados Árabes, Montenegro, Uruguai, Bulgária e Colômbia. A quem então devemos nos comparar? O “problema educação” é visto de maneira desmembrada no nosso país, sendo dividido em regiões, estados, localidades e, principalmente, em ensino público ou particular. A solução para esta problemática, que há muito tempo é debatida e discutida em colóquios, congressos e plenários, é analisar a educação no Brasil como um problema do país. Não é avaliando qual ensino é de qualidade e qual não é, que nós vamos avançar e melhorar o que é necessário. É preciso olhar para o método de ensino de uma maneira geral, e a partir disso, analisar os resultados. Alguns métodos pedagógicos vêm do Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
século passado ou do século anterior a ele, será que é desta maneira que vamos chamar a atenção dos jovens da contemporaneidade? Ou será que criando um método pedagógico novo, mais interativo e dinâmico, vamos atrair a atenção dos estudantes e, com isso, divulgar somente dados ao nosso favor? Charge mostra o descaso com o ensino público. (Foto: Reprodução/Internet)
A educação no Brasil é baseada em rankings de pesquisa. Recentemente, o novo dado assustador vem da avaliação internacional Pisa, que compara os ensinos em diferentes países do mundo. Neste ranking o Brasil ficou em 38º, sendo que o número de países que foram avaliados é de 44 nações.
Sobre o Ranking Pisa O Programme for International Student Assessment (Pisa) - Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - é uma iniciativa internacional de avaliação comparada, aplicada a estudantes na faixa dos 15 anos. O objetivo do Pisa é produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes, de modo a subsidiar políticas de melhoria do ensino básico. As avaliações do Pisa acontecem a cada três anos e abrangem três áreas do conhecimento – Leitura, Matemática e Ciências – havendo, a cada edição do programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas. Em 2000, o foco foi em Leitura; em 2003, Matemática; e em 2006, Ciências. O Pisa 2009 iniciou um novo ciclo do programa, com o foco novamente recaindo sobre o domínio de Leitura; em 2012, é novamente Matemática; e em 2015, Ciências. *Fonte: INEP 13
PERFIL
O auxílio nos estudos Por: Marcela Hilário Quem quer, acorda cedo, dorme tarde, faz o dia ter 32 horas. Não há limites. Mesmo com a casa em silêncio, escura e apenas a luz da tela do notebook acesa, ainda se mantém acordada até de madrugada e consegue estudar sem perder o interesse. Jade Almeida Viana, de 19 anos, estudante de Design de Moda, se diz muito atenta aos recursos que o governo disponibiliza para inserir jovens das classes baixas nas faculdades. A primeira tentativa, assim que saiu do ensino médio, foi participar do programa Educa Mais Brasil. Mas o curso que tinha vagas não era do seu interesse. Mas Jade, mesmo com 50% de desconto na faculdade de Jornalismo, optou por outro curso; Relações Internacionais, o qual conseguiu 100% de desconto
no FIES (Fundo de Financiamento Estudantil), que possibilita ao estudante um financiamento da
faculdade, podendo ser paga até depois que formar. Ainda assim, mudou o curso para Design de Moda, formará
na metade deste ano com apenas 20 anos. Apesar de não querer seguir carreira, Jade está satisfeita por conseguir se graduar, e ainda diz que se não fosse pelo FIES, jamais conseguiria ter um curso superior no currículo. Educa Mais Brasil
Jade Viana tem 19 anos e cursa Design de Moda no Centro Universitário de Belo Horizonte. “Estou feliz por me formar. Se não fosse o FIES eu jamais conseguiria ter um curso superior no currículo”, completa a estudante.
Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
Para quem não sabe, o programa do governo Educa Mais Brasil, funciona da seguinte maneira: no site você preenche três vagas em faculdades diversas para ganhar 50% de bolsa. Normalmente, não há nenhuma tarifa ou taxa de matrícula, e qualquer pessoa que não esteja matriculada em alguma faculdade, por pelo menos seis meses, pode participar. É válido também para pós-graduação e ensino médio e fundamental. 14
VOCÊ SABIA?
Você conhece o ProUni? Não conseguiu uma vaga em uma Universidade pública? Está pensando em como fazer para pagar as altas mensalidades de uma faculdade particular? Então é hora de você conhecer melhor o ProUni, Programa Universidade Para Todos, um programa do Ministério da Educação (MEC) que distribui bolsas parciais ou integrais para estudantes de todo o Brasil. O foco do ProUni, segundo o governo, é a inclusão de qualidade, é transformar jovens estudantes em universitários e futuros profissionais diplomados. Como funciona O candidato interessado em se inscrever no ProUni deve atender obrigatoriamente alguns pré-requisitos: • Ter feito o último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - por exemplo, se você for concorrer a uma bolsa para o ano de 2014, deve ter participado do Enem em 2013; • Ter conseguido uma pontuação mínima estabelecida pelo MEC (450 pontos na média das cinco Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
provas do Enem 2012, sem obter zero na prova de redação).
Neste caso, a renda familiar por pessoa não é considerada.
Bolsa integral: ter renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio (R$ 1.086).
Uma comissão do Ministério da Educação avalia as inscrições e determina quem tem direito às bolsas. É importante ressaltar que boas notas no Enem são fundamentais para a classificação no ProUni, e, conseqüentemente, na hora de distribuir as bolsas (quem fica melhor classificado terá prioridade na hora de escolher o curso e a faculdade onde quer estudar).
Bolsa parcial: ter renda familiar, por pessoa, de até três salários mínimos (R$ 2.172). O estudante também deve se encaixar em uma das condições abaixo: • Ter cursado o ensino médio completo em escola pública; • Ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa integral da instituição; • Ter cursado todo o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral da respectiva instituição; • Ser pessoa com deficiência; • Ser professor da rede pública de ensino básico, em efetivo exercício do magistério, integrando o quadro permanente da instituição e concorrendo a vagas em cursos de licenciatura, normal superior ou pedagogia.
Inscrições Na hora de fazer a inscrição no ProUni, o candidato escolhe 2 opções de curso, em faculdades diferentes ou não, e poderá escolher uma delas dependendo de sua classificação no ProUni. No site do programa você pode obter mais informações como quando acontecem as inscrições e quando saem os resultados, e também a lista com o nome das faculdades que participam do ProUni. *Informações retiradas do site: http:// vestibular.brasilescola.com/prouni
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VOCÊ SABIA?
Pronatec: Capacitação para colher frutos Por: Diego Rodrigues são oferecidos cursos gratuitos em escolas públicas estaduais e municipais, nas unidades do SENAI e SENAC e instituições privadas do ensino superior”. Existem cursos técnicos para estudantes do ensino médio e para que aqueles que já o concluíram.
Criado em 2011, o Pronatec (Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego) veio com o intuito de oferecer cursos técnicos para jovens e adultos para uma maior capacitação profissional e, assim, melhorar a renda e qualidade de vida. No dia sete de abril, a Presidente Dilma Rousseff veio a Belo Horizonte para participar de uma cerimônia de formatura de 1.500 alunos do programa. Em seu discurso, a presidente disse que “o Brasil tem que valorizar as pessoas que fizeram capacitação profissional, e a educação profissional é fundamental para o destino do nosso país”.
O Pronatec oferece cursos de Informática, Técnico em Segurança do Trabalho, Geologia, Design, Orientação Comunitária, Massoterapia, Eletroeletrônica, Edificações, Enfermagem, Mecânica e diversos cursos de acordo com número de vagas e disponibilidade e horários. Ainda de acordo com a Presidente Dilma Rousseff , o objetivo do Pronatec é abrir 8 milhões de vagas nos próximos anos em instituições federais, municipais e estaduais. Para mais informações acesse o site www.pronatec.mec.gov.br.
Para ingressar no Pronatec, não é necessário passar por um processo seletivo. As vagas são oferecidas pelas instituições conveniadas ao programa, que têm o seu próprio critério de seleção. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), cerca de 4 mil municípios espalhados pelo país participam do programa. Ainda de acordo com o MEC, “no Pronatec Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
Jovem durante aula de eletroeletrônica, um dos cursos do Pronatec. (Foto: Reprodução/Internet)
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VOCÊ SABIA?
Saiba mais sobre o SISU O Sistema de Seleção Unificada (SiSU) é o sistema informatizado gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC) no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O SiSU foi implementado em 2010 e neste ano ofereceu mais de 129 mil vagas no ensino superior. Quando acontece O processo seletivo do Sisu é realizado duas vezes ao ano, sempre no início do semestre letivo. A inscrição é gratuita, em uma única etapa e é feita pela internet. Como funciona A cada edição, as instituições públicas de ensino superior que optam por participar do SiSU ofertam vagas em seus cursos. Ao final do período de inscrições, são selecionados os candidatos mais bem classificados dentro do número de vagas ofertadas. As vagas são disputadas de acordo com as notas do Enem. Quando o candidato insere no site o número de inscrição do Enem e a senha, o SiSU recupera, automaticamente as suas notas obtidas no exame. Ao se inscrever no SiSU, o participante pode escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência. É possível mudar estas opções durante todo o período de inscrição. O candidato também precisa definir se deseja concorrer às Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
vagas de ampla concorrência, às vagas reservadas à lei federal de cotas ou às vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições. Pela lei federal de cotas, as instituições devem reservar pelo menos 25% das vagas do Sisu para alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas. Algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação. Uma vez por dia, o Sisu calcula a nota de corte para cada curso com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso por modalidade de concorrência. Durante o período de inscrição o candidato pode consultar sua classificação parcial na opção de curso escolhido em seu boletim na página do Sisu. Essa classificação é apenas uma referência e pode ser vista pelo estudante durante o período em que o sistema estiver aberto para as inscrições. Ao final do período de inscrição, é divulgada a lista de selecionados e o boletim de acompanhamento irá trazer a classificação e resultado final. O candidato que não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso nas chamadas regulares e aquele selecionado na segunda opção poderá aderir posteriormente à lista de espera. *Informações retiradas do site: http://sisu.vestibulandonaweb. com.br/vagas-sisu-2014
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COLUNA
Me formei, e agora?
Por: Nathália Simões
COLUNA “Caramba, já estou terminando o ensino médio!”... Esta é uma época em que surge, na cabeça dos estudantes, um turbilhão de perguntas e indagações sobre o futuro: o que vou fazer da minha vida? Qual profissão seguir? Minha família não tem condições de pagar uma faculdade particular, será que um dia conseguirei fazer um curso superior? É hora de dar o primeiro passo!
país. Em 2014, foram abertas 171.400 vagas, em 4.723 cursos de graduação. Imagine você, que sempre sonhou em cursar medicina, mora em Minas Gerais, e consegue uma vaga para estudar em uma Universidade de Pernambuco? Para realizar seu sonho, aceita o desafio de se mudar para tão longe. Despede-se da família, sabe que passará por dificuldades e vai chorar de saudade, mas, por outro lado, conhecerá pessoas novas e enfrentará situações que o ajudarão a criar maturidade, adquirir experiências e responsabilidades, além de conhecer o mundo com um olhar diferente daquele que está debaixo das “asas” dos pais. Sendo assim, o acesso ao ensino superior não só ajuda a obter sucesso profissional, interferindo diretamente na construção do cidadão. O importante é dar o primeiro passo!
Nós, jovens, somos movidos por nossos sonhos e ideais. Partes destes sonhos estão relacionados ao futuro profissional. Já que, nos tempos de hoje, é imprescindível que se tenha um curso superior para obter sucesso. Felizmente, o governo brasileiro vem criando programas que facilitam o acesso do jovem a este tipo de ensino, como o Sisu, Enem e ProUni. Está certo que alguns destes programas ainda sofrem com falhas, como é o caso do Enem, que passou por uma grande modificação em 2009, tornando-se uma espécie de vestibular unificado, sofrendo com o vazamento de informações, erros de impressão e etc. Mesmo assim, esta iniciativa não deve ser desvalorizada. O acesso ao ensino superior não só ajuda a trilhar um belo caminho na vida profissional, como pode significar, também, o amadurecimento do jovem. É um dos fios condutores que levam da vida sem maiores responsabilidades àquela que nos causa certo “medo”. Enfim é chegada a hora de crescer! O Sisu oferece vagas em universidades de todo o Revista Brasil dos Jovens - Maio/2014
Charge bastante crítica que mostra a indecisão e a necessidade de trabalhar. (Foto: Reprodução/Internet)
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COLUNA
O mundo não tem fronteiras Por: Ana Amélia Andrade
COLUNA
Muitos jovens sonham em ter a oportunidade de poder estudar e aprimorar seus conhecimentos fora do país. Contudo, a grande maioria deles não tem condições para tal. É com o intuito de promover a internacionalização da ciência, tecnologia, inovação e competitividade brasileira que o programa “Ciência Sem Fronteiras” existe. A iniciativa conta com a participação dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério da Educação, e também com as secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. Além de distribuir bolsas para alunos brasileiros realizarem estágios no exterior, o programa recebe estrangeiros que busquem realizar parcerias de pesquisas com instituições nacionais. São mais de 29 países parceiros. Entre eles estão EUA, Alemanha, Holanda e Espanha. Com áreas prioritárias definidas, o programa “Ciência sem Fronteiras” tem como objetivo formar profissionais mais qualificados, com conhecimentos inovadores nas indústrias tecnológicas e habilidades necessárias para o avanço da sociedade. Para quem busca aliar experiência profissional e de vida, com pouco custo, o “Ciência sem Fronteiras” é o caminho ideal.
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DEPOIMENTOS
ENTRE “ENEM’S” E CURSINHOS Eu sempre gostei de biologia e química, no colégio eram as matérias que eu tinha um desempenho melhor. Quando minha irmã começou a fazer enfermagem e minha prima medicina, eu comecei a me interessar pela área da saúde. No 3° ano decidi que iria fazer um curso na área da saúde. Fiz o meu primeiro ENEM em 2010 no 3° ano, mas não tive bons resultados, então decidi fazer cursinho pré-vestibular no ano seguinte e decidir qual curso iria fazer. O tempo passou e a angústia e a ansiedade foram aumentando nas vésperas do ENEM. O cansaço e a ansiedade para entrar logo em uma faculdade e dar seguimento a minha vida foram maiores que a minha vontade de fazer o que realmente queria. No ultimo dia de fazer a inscrição pro ENEM decidi fazer farmácia, pois gostava de biologia e química, e por isso achava que me daria bem nesse curso. Fiz o ENEM 2011 passei na primeira etapa e comecei a fazer cursinho pra segunda etapa. Em janeiro de 2012 fiz a prova da segunda etapa e no final de janeiro saiu o resultado que eu tinha passado na UFMG no segundo semestre. Quando eu recebi essa noticia fiquei muito feliz e realizada. Mas refleti bastante sobre o meu futuro e a ideia de fazer medicina voltou, porem não falei nada com os meus pais e decidi começar a fazer farmácia.Quando eu entrei no curso de farmácia as primeiras semanas eu adorei. No entanto comecei a reparar que o curso era mais químico e exato do que biológico e da área da saúde. A única matéria que eu fiquei fascinada foi anatomia, quando eu comecei a ter aulas percebi claramente que eu queria isso para a minha vida, estudar o corpo humano. Decidi parar com o curso de farmácia logo no primeiro período e voltar para
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o cursinho pré-vestibular e tentar medicina. A princípio minha família não aprovou a ideia, mas com o tempo eles perceberam que essa decisão seria melhor pra mim. Em 2013 voltei para o cursinho. Esse tempo ajudou muito, pois a percepção do que realmente era importante e que eu mais queria, era acima de tudo ajudar os outros e principalmente ajudar os que estão com a saúde fragilizada. Então decidi fazer enfermagem, fiz o ENEM 2013 fui razoavelmente bem nas provas e muito bem na redação. Em 2014 abriu as inscrições pro SISU coloquei enfermagem como 1° opção na UFMG, no final de janeiro saiu o resultado que eu tinha passado. Fiquei muito feliz e tranquila porque sabia que eu tinha feito a melhor escolha. Comecei o curso em fevereiro desse ano e estou adorando.
Thais (foto acima), tem 21 anos e cursa Enfermagem na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ela destaca a importância dos cursinhos preparatórios para a escolha do futuro.
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DEPOIMENTOS
CONHECIMENTO SEM FRONTEIRAS Meu nome e Luciana Teles, 23 anos e aluna do 5ºperíodo do Curso Superior em Tecnologia de Radiologia da UFMG. Meu primeiro período foi meio atribulado por trabalhar 8 horas por dia em uma contabilidade e ser caloura em um curso noturno. A partir do 2º período preferi sair do meu emprego e comecei a procurar uma oportunidade dentro da UFMG. No primeiro semestre de 2012 comecei a trabalhar como bolsista no GIZ UFMG e no semestre seguinte consegui a oportunidade como bolsista no CDTN. Em janeiro de 2013 fiz minha inscrição no edital 127/Portugal do Ciência sem Fronteiras. Enviei meu Histórico Escolar de Graduação para participar do processo de seleção e meu comprovante de bolsista de Iniciação Científica. Em fevereiro/2013 recebi o e-mail de aceite, mas somente em abril entraram mais detalhadamente em contato comigo. A princípio eu escolhi ir para Portugal por não ter domínio de um segundo idioma, porém como houve uma grande demanda para Portugal eles ofereceram a oportunidadede estudo em outros países. Eu optei por estudar nos EUA, pois para países de língua inglesa ofereceram um curso online. Então após realizar o TOELF/ITP, me disseram que com minha nota eu faria um curso de ate 6 meses de imersão na língua inglesa e 12 meses de graduação e estágio com viagem a partir de agosto/2013. Nesse meio tempo eu comecei a namorar. Ele me deu apoio nessa nova jornada. No dia da despedida tive um almoço com meus familiares e muito choro no aeroporto. Somente no saguão de entrada percebi que estava partindo para uma aventura sozinha. Quando me acalmei e me situei, percebi pessoas do meu lado na mesma situação de intercambistas,
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e também encontrei com uma colega que estava vindo para a mesma universidade que eu. Tínhamos conversado em grupo do Facebook, mas como não tinha certeza do número do voo dela acabamos nos encontrando por acaso e vindo juntas. Chegando aqui, 2 meses demoraram a passar e pareceram 2 anos. Devido a tanta novidade. Aqui você aprende a cuidar dos afazeres de casa, a cozinhar, e principalmente, aprende a gerenciar a saudade. A questão burocrática e um fator que faz muita gente desistir, pois nos solicitam diferentes documentos e muitas vezes ficamos sem saber o que é necessário ou não ter em mãos, mas apesar de todas as atribulações por que passamos o aprendizado faz valer a pena, pois além de aprender a língua inglesa e a cultura Norte Americana temos contato com o mundo, não apenas brasileiros, são muitos outros que fazem intercâmbio, o que nos faz abrir os olhos e mente para a imensidão do planeta e até do Brasil, pois pode se literalmente conhecer pessoas do Oiapoque ao Chuí.
Luciana, 23 (foto acima) junto com seus companheiros no programa Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos.
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ÁREA DO LEITOR
VOCÊ PERGUNTA, A BRASIL DOS JOVENS RESPONDE! Luiza Teles, 17 anos. Estudante. Por que os colégios fizeram adaptações tanto no calendário escolar quanto na quantidade de matéria para estudantes do Ensino Médio? É somente por causa da prova do Enem? Resposta: Os colégios procuraram adaptar os estudos dos alunos e o calendário escolar para beneficiar os alunos durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), já que agora ele é o principal meio de entrada nas universidades e faculdades do país. Este ano em especial o calendário mudou devido a Copa do Mundo que terá sede no Brasil. Mas quanto ao Enem, pensando que a prova costuma ser nos meses de outubro ou novembro, os colégios de Ensino Médio passaram a mudar o modo de dar o conteúdo e a focar mais nas questões do Enem. Lorena Costa, 18 anos. Estudante. Tenho vários cursos que tenho interesse em fazer, mas não consigo escolher um para prestar vestibular. O que faço? Resposta: Lorena, não precisa se
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preocupar. A responsabilidade de escolher um curso logo após sair do Ensino Médio é grande, e muitos alunos não tem a mínima ideia do que escolher. Opção é o que não falta, e este é um dos fatores que mais contribui para confundir a cabeça dos jovens. Uma opção é a orientação vocacional, os psicólogos são treinados especialmente para aconselhar e ajudar os estudantes.
Faculdade você dever fazer o vestibular ou tiver feito Enem. Sim, no Enem você escolhe o curso e substitui o vestibular tradicional. No caso do Sisu, as inscrição deverão ser realizada, necessariamente, com o número de inscrição e a senha no Enem feito no mesmo ano(exemplo: para fazer Sisu de 2015 necessariamente você terá que ter feito o Enem de 2014 ).
Yuri Rodrigues, 19 anos. Estudante. Se eu tiver a bolsa do Prouni para um curso e quiser mudar de curso, eu posso continuar com a bolsa?
Karine Santos, 24. Auxiliar Administrativo Quem pode se inscrever no Sisu 1º/2014?
Resposta: Vai depender de vários critério que o Prouni estabeleceu, aqui nesse site http://www.infoenem.com.br/ sobre-a-transferencia-de-bolsasdo-prouni/, tem tudo que você precisa. Lana Souza, 16 anos. Estudante. Ao fazer o Enem, teremos também que nos matricular na universidade que desejamos? E sobre o Sisu, como faremos para nos matricular? Resposta: Para se matricular na
Podem se inscrever no Sisu os candidatos que fizeram o Enem 2013 e que tenham obtido nota acima de zero na redação. É importante ressaltar que algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Nesse caso, no momento da inscrição, se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação. *Deixe suas dúvidas na página da Brasil dos Jovens: facebook.com/ revistabrasildosjovens
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