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Brazuca News San Diego
NEGÓCIOS EFEITO COVID-19 Criatividade para manter seu business ESPORTE JADEL GREGÓRIO Recordista Brasileiro e Sul-Americano do Salto Triplo
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IMIGRAÇÃO O que está acontecendo com a imigração nos EUA?
MENSAGEM Ensino sobre os dois alicerces
ENTREVISTA
eja por curto, médio ou longo s prazo, todos aqui nos Estados Unidos precisam de um carro para Por Carol Nery| Jornalista estudar, trabalhar ou simplesmente como meio de transporte para sua locomoção e da família.
Idealizada pelo brasileiro Fernando
Barbosa, há 21 anos, com a abertura da primeira loja em Los Angeles e depois em
San Francisco, a revendedora de automóveis Pit Stop Motors tornou-se uma referência para os brasileiros que 08 BRAZUCA NEWS - Setembro 2020 que fixam residência nos Estados Unidos. Em duas décadas, foram comercializados cerca de 10 mil automóveis. Hoje, tem uma média de 70 a 80 carros vendidos ao mês, mas o volume já chegou a 120. Em 2019, o empresário Gabriel Ferrão entrou para a sociedade, com objetivo de tocar uma nova unidade, instalada em San Diego. Localizada na Midway Dr, a multimarcas comercializa seminovos, com destaque para Toyota, Ford e Honda, e é licenciada para venda de carros zero quilômetro. A loja foi inaugurada há um ano e meio e já é um nome consolidado no mercado de automóveis na região. Não à toa, no mesmo ano da abertura a unidade recebeu o prêmio Elite Dealer, oferecido por dois importantes bancos de financiamento de veículos, como a melhor revendedora de carros do Sul da California, em uma disputa com diversas lojas do segmento. Com um sistema totalmente personalizado de atendimento voltado especialmente ao público que chega do Brasil, a multimarcas garante facilidades dificilmente encontradas em outros empreendimentos do ramo. Em uma estrutura física que comporta 40 carros, a loja de San Diego conta com mecânica própria, conveniada de pneus, com seis companhias de seguros, além de agilizar placas e registro. “Fechado o negócio, o cliente não precisa se preocupar com mais nada, apenas em dirigir e aproveitar”, afirma Ferrão. Conheça mais sobre a Pit Stop Motors no bate-papo da Brazuca News com o sócio-proprietário Gabriel Ferrão. Brazuca News – Como é o atendimento
personalizado da Pit Stop Motors?
Gabriel Ferrão – Focamos exatamente no que o cliente precisa: se quer um carro econômico para trabalhar, seja delivery, aplicativo, nanny, motorista de aplicativo ou tem uma empresa. Cada um que entra na loja traz um perfil diferente e nosso time é muito focado em comprar o problema ou necessidade do cliente. Fazemos um estudo minucioso, para encontrar a melhor opção. Nos concentramos também no pós
atendimento. Antes do fechamento de fronteiras, pegávamos o cliente que chegava do Brasil já no aeroporto, direto para a loja e, no mesmo dia, ele saía com o carro. Cliente que já está na cidade, buscamos não importa onde esteja. Se for muito longe, mandamos Uber ou, se mais longe ainda, avião. Tem cliente de Las Vegas que compra conosco. Ajudamos na contratação do seguro e até mesmo em caso de um sinistro. Já não tem mais nada a ver com a loja, mas auxiliamos a abrir o processo, por exemplo, caso a pessoa ainda não domine o inglês. BN – Fale um pouco sobre as
facilidades que este público encontra na revendedora e que faz a diferença na experiência de compra em relação aos concorrentes.
GF – Uma delas é o parcelamento da entrada. Se o banco pede US$ 2 mil de entrada e o cliente tem apenas US$ 500, permitimos que ele saia com o carro e já comece a trabalhar e ganhar dinheiro. Fazemos um contrato à parte, para que ele possa pagar essa diferença para a loja. Por termos fôlego financeiro, conseguimos ser o banco do cliente que acabou de chegar por três meses, até que tenha sua própria conta. Isso porque, para poder financiar com o banco diretamente, é preciso ter um comprovante de endereço e os três últimos extratos de banco do país. É possível, ainda, financiar apenas com apresentação do passaporte. É muito difícil encontrar quem financie um veículo sem Social Security Number e credit score. BN – Nestes tempos de pandemia,
como foi recebida a notícia da necessidade de lockdown?
GF – Nos assustamos, porque grande parte das nossas vendas é para quem chega do Brasil e perdemos muitos clientes que tiveram que remarcar passagens, sem previsão de embarque. Tínhamos um giro de 40 a 50% de brasileiros que acabavam de chegar aos EUA. Ficamos um mês com a loja fechada, mantendo relacionamento virtualmente, buscando negociar online. Mas estavam todos receosos, sem saber ao certo o que viria pela frente. Passado o primeiro mês, conseguimos o direito de
reabrir por sermos um business considerado essencial, com todos os cuidados sanitários exigidos.
BN – Com o fechamento das
fronteiras, qual foi o plano B para evitar uma queda brusca de faturamento?
GF – A crise nos trouxe um novo nicho de clientes, que nos possibilitou cobrir as vendas e manter nossa meta de crescimento para 2020, estimada em 30%. A pandemia fez fortalecer o serviço de delivery, com isso ganhamos um grande público de drivers, a maioria – 85% – de aplicativos de entrega.
Pudemos nos reinventar e reverter a situação. Estes drivers conseguem fazer uma média de US$ 300 ao dia e essa renda ajudou a abrir o mercado. Também implementamos novas facilidades para aquisição, como entrada zero, primeira parcela após 45 dias e período maior de parcelamento.
BN – Este tem sido o maior desafio da
Pit Stop Motors nestas duas décadas?
E quais as expectativas em relação ao mercado daqui para frente?
GF – Tivemos momentos mais delicados antes, como em 2001, na época do atentado de 11 de setembro, e quando
estourou a bolha imobiliária nos EUA, em 2008. Enfrentamos agora um novo desafio, porém em proporção menor, porque conseguimos nos adaptar rapidamente. Com o impedimento da entrada dos brasileiros, tivemos que inovar e abrir mais para a comunidade local. Hoje vendemos não somente para brasileiros, mas colombianos, mexicanos, venezuelanos e turcos. A expectativa é boa para quando reabrirem as fronteiras. Mas, independente disso, a sólida estrutura criada pela Pit Stop Motors nestes 21 anos nos permite manter o negócio inabalado, mesmo diante da crise. BN – Quais são os planos e novidades
da Pit Stop Motors para 2020 e 2021?
GF – Fixamos bem nosso nome em San Diego e acabamos de renovar o contrato do espaço físico pelos próximos cinco anos, com objetivo de crescer. Em Los Angeles, abrimos uma megastore, ampliando o espaço da loja anterior, passando de 50 para 150 carros. Apesar de enfrentarmos uma crise global, sentimos que seria uma ótima oportunidade. A localização é melhor e temos uma área ampla, que nos permite planejar eventos, como a promoção de feirões com oportunidades especiais. Também avaliamos inaugurar uma unidade em um novo estado, que concentra um grande público de brasileiros.
BN – O que representa para a Pit Stop Motors ter o título de melhor revendedora de carros do Sul da California?
GF – Ter o trabalho reconhecido aumenta nossa credibilidade. O prêmio Elite Dealer é oferecido anualmente pelos bancos de financiamento Westlake e Lobel. Eles levam em conta o desempenho da revendedora durante o ano, ao avaliar quesitos como baixa taxa de retorno, quitação em dia e veracidade de informações. Ganhamos a vantagem de redução em 30% do nosso desconto, com isso o cliente também ganha, porque conseguimos repassá-lo no preço de venda. Siga a PitStop no Instagram: @pitstopmotorssd