ESTADO DE MINAS ● T E R Ç A - F E I R A ,
1 3 D E M A R Ç O D E 2 0 1 2 ● E D I T O R A - A S S I S T E N T E : M a r l y a n a Ta v a r e s ● E - M A I L : t u r i s m o . e m @ u a i . c o m . b r ● T E L E F O N E : ( 3 1 ) 3 2 6 3 - 5 3 3 3
TUR ISMO
TEMPOS DE OUTRORA Amantes de carros, motos e bicicletas podem matar saudade em museus de Bichinho (MG) e Pirenópolis(GO) JOANA GONTIJO/PORTAL UAI/D.A PRESS
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C U RA Ç AO
BRENO FORTES/CB/D. A PRESS
Essência
caribenha KELLY ALMEIDA
Willemstad – Com altas temperaturas durante o ano inteiro, Curaçao – ilha caribenha localizada a 60 quilômetros da Venezuela – não é tão grande que precise ser desbravada por muitos dias nem tão pequena que não permita conhecer lugares apaixonantes. Nos 472 quilômetros quadrados de área, com cerca de 40 praias e baías, as cores vivas, a comida apimentada, os saborosos drinques e a diversidade cultural atraem turistas de todo o mundo, principalmente da Venezuela e da Holanda. Mas são os brasileiros que, na maioria das vezes, acabam se destacando e encantando os curaçolenhos com sua alegria ímpar e seu gosto pelas compras. Para este ano, a ilha caribenha já anunciou a meta de atrair 50% mais visi-
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tantes do maior país da América do Sul (em 2011, foram 9 mil). Quem pretende ir a Curaçao não precisa se preocupar com o idioma. Os nativos falam inglês, espanhol, holandês e papiamento (idioma local que mistura várias línguas). De alguma forma, a comunicação sempre acontece. Atualmente, Curaçao é mais conhecida como destino de casais em lua de mel. Mas o país também está preparado para receber famílias, viajantes de negócios e todos os tipos de turistas. Há cerca de 35 hotéis para atendê-los e ótimos passeios. Para quem gosta de diversão aquática, os mergulhos – feitos numa água com boa visibilidade e temperatura média de 26ºC – não podem ficar de fora do roteiro.
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TURISMO
VIAJE LEGAL
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DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA *Atendimento BH: (31) 3277-5369 Aeroporto de Confins: (31) 3689-2009 *Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP): www.anvisa.gov.br/viajante ■ ADUANA ● RECEITA FEDERAL
146 (receitafone) ou 08800 702-1111 (ouvidoria) www.receita.fazenda.gov.br ■ IMIGRAÇÃO, EMIGRAÇÃO E PASSAPORTES
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■ EMBARQUE E DESEMBARQUE
(11) 3214-4571 www.cubana.cu
● Delta Air Lines
0800 881 2121 www.delta.com
(61) 3398-3168 www.iberia.com.br ● Japan Airlines
(11) 3175-2270 www.jal.com.br ● KLM
0800-888-1888 www.klmbrasil.com.br ● Lab Airlines 0800-118-111 www.labairlines.com.br ● Lan Chile
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● Tancredo Neves/Confins (MG)
● Lufthansa
● Pampulha (MG)
(31) 3490-2000
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Ônibus executivo: saída da Av. Álvares Cabral, 387, Centro, e do Aeroporto de Confins (31) 3689-2415/(31) 3224-1002 www.conexaoaeroporto.com.br RODOVIÁRIA BH (31) 3271-3000 www.rodoviariabelohorizonte.
Aventura, sim acidente, não No dia 1º deste mês fomos surpreendidos com novo acidente fatal envolvendo a prática do turismo de aventura (montanhismo): o jovem Felipe Santos escorregou e caiu em uma fenda na região do vulcão Villarrica, localizado a 800 quilômetros ao sul de Santiago(Chile). Segundo informações da imprensa chilena e nacional, o brasileiro integrava uma excursão monitorada por uma empresa de turismo legalizada pelas autoridades chilenas. O guia local explicou que o acidente ocorreu porque um dos turistas tropeçou, caiu e arrastou os demais para uma fenda. Esclarece também que o brasileiro, quando escorregou, assustou-se e não fincou o piolet, o que o fez deslizar e cair na fenda. O lamentável incidente levou à morte dois turistas (brasileiro e mexicano), causou ferimentos graves em outro turista chileno e ferimentos leves em um suíço. A agência de turismo que fez o passeio informou seguir todas as normas de segurança e a polícia chilena abriu investigação para apurar se houve negligência dos guias ou descuido do brasileiro. O risco de acidente na prática do montanhismo, como em outras modalidades de esporte de aventura, é presumido, entretanto não exonera a responsabilidade da empresa contratante de conservar os equipamentos necessários à utilização, além da necessidade de capacitar, de forma adequada, seus guias/monitores. No presente caso, até o momento, a polícia chilena não concluiu o inquérito que verifica se o guia apresentou o treinamento adequado para os turistas em relação ao manuseio dos equipamentos, como se descolar na montanha vulcânica, ou se o acidente foi motivado apenas por um desequilíbrio de um dos componentes da excursão. Cuidados Os principais riscos da escalada são grandes quedas, torções, insolação, hipotermia, fortes mudanças climáticas e avalanches. Equipamentos inadequados e práticas de segurança ultrapassadas também podem causar acidentes. Entidades especializadas nessa prática esportiva ressaltam algumas dicas de segurança: quando a escalada for em vias com equipamentos de proteção fixa, avalie seu estado; mesmo quando em boas condições, as ancoragens de parada e boulders deverão receber proteção dupla; estabeleça um programa de emergência e resgate; procure sempre um bom curso, com instrutores credenciados; realize a atividade com um monitor ou instrutor local com notório conhecimento da região. Para maiores informações, acesse o site da Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo (www.femesp.org )
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Punta Cana é uma cidade litorânea, localizada no extremo leste da República Dominicana, no Caribe. Viajei para lá em janeiro deste ano e fiquei maravilhada com o conforto do resort, as praias maravilhosas e a simpatia do povo dominicano. A cidade oferece vários passeios deliciosos e inesquecíveis, como mergulho em alto-mar, diversão com golfinhos, foca e até tubarões, tudo feito com muita segurança. Recomendo a viagem a qualquer pessoa que queira realmente se divertir. ■ Carolina Carvalhais, de Belo Horizonte
EMBARQUE EUROPA
Trilhos e esporte Embarcar em um trem de luxo na Inglaterra e percorrer uma rota de famosas corridas de cavalo, carros antigos ou disputas de tênis pelo país tem cara de ser inesquecível. Dois trens da coleção OrientExpress trazem este ano um roteiro montado exclusivamente para quem quer curtir o balançar dos trilhos e apostar dinheiro na Chester Races, Cheltenham Races, Goodwood Revival e no Grand National. São oito roteiros com saídas até dezembro. Os preços variam a partir de 355 euros por pessoa. www.orient-express.com
ORIENT EXPRESS/DIVULGAÇÃO
VIAGENS NO MUNDO
2 trilhões
US$
É o valor total da contribuição do turismo para a economia mundial este ano, segundo o Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC). A Ásia registrará o maior crescimento, com 6,7%, graças às maiores rendas da população da China e da Índia.
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Punta Cana
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● MINISTÉRIO DA DEFESA www.defesa.gov.br
ARQUIVO PESSOAL
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■ SETOR AÉREO
0800-727-1234 www.infraeo.gov.br, clique em ouvidoria.
MANDE SUA FOTO E TESTEMUNHO DE VIAGEM PARA A SEÇÃO “CLIQUE DO LEITOR”, DO CADERNO TURISMO, PARA A AV. GETÚLIO VARGAS, 291, FUNCIONÁRIOS, BELO HORIZONTE-MG, CEP: 30.112.020 OU PELO E-MAIL: turismo.em@uai.com.br
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0800-707-3313 www.receita.fazenda.gov.br/adu www.aerolineas.com.ar ana/Viajantes/ViajanteChegBrasi lSaber.htm ● Aeroméxico (11) 3253-3888 ■JUIZADOS DA INFÂNCIA E www.aeromexico.com JUVENTUDE EM BELO HORIZONTE ● Air Canadá (11) 3254-6630 AEROPORTO DA PAMPULHA www.aircanada.com.br (31) 3273-3174
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EUA
Passaporte e visto
SECRETARIA DE TURISMO DA BAHIA/DIVULGAÇÃO
Vou a Orlando em janeiro de 2013 e meu passaporte vence quatro meses antes de minha viagem internacional. Já o meu visto americano continuará válido mesmo após a expiração do passaporte. Preciso renovar o passaporte? Luiz Kojima/BH
O governo americano estabelece que o turista deve portar passaporte atualizado, com validade mínima de seis meses. Já o visto de entrada nos EUA pode ser utilizado até a data de sua expiração. Lembre-se que você deverá solicitar a renovação do seu passaporte brasileiro, preenchendo os documentos disponibilizados no site da Polícia Federal (http://www.dpf.gov.br/).
CARRINHO
Cota de importação Tenho uma filha de oito meses e pretendo viajar para Orlando. Gostaria de saber se o carrinho de bebê está inserido na cota de importação. Joana Medeiros/Nova Lima
Prezada Joana, se o bebê for junto na viagem internacional, o carrinho não entra na cota de importação (U$ 500, via aérea, e U$ 300, via terrestre ou marítima). Já se o bebê não for, o carrinho entra na cota de importação.
● ARTESANATO BAIANO VOO
Atraso e dano moral Tive um atraso de voo de cinco horas e a empresa aérea forneceu, durante o período de espera, almoço. Mesmo após ter recebido essa assistência, posso solicitar reparação por danos morais? Afonso Dias/Barbacena
Afonso, o passageiro consegue obter reparação por danos morais motivado pelo atraso da empresa aérea somente ao propor ação judicial. Nesses casos, apesar de a empresa ter fornecido auxílio material (almoço), há decisões judiciais determinando a condenação por danos morais amparadas pela legislação consumerista (art. 6, VI do CDC), em virtude da fadiga e do estresse causado pelo longo período de espera.
O Recôncavo Baiano vai respirar artesanato na semana santa. A tradicional Feira de Caxixis, existente há três séculos, acontece de 5 a 8 de abril em Nazaré, a 216 quilômetros de Salvador. Serão 200 estandes reservados para expositores de objetos como miniaturas, moringas, potes, jarras, luminárias e bonecas, além de shows com É o Tchan, Parangolé, Adão Negro, Oswaldo Montenegro, entre outros nomes. O tema deste ano é “Com paz e amor, assim eu vou!”
● VALE VERDE Em março, todo sábado é dia de feijoada no Vale Verde Parque Ecológico. E o prato não vem sozinho: os clientes terão de brinde uma caipirinha feita com a cachaça branca da Vale Verde. Para aproveitar o descanso depois do almoço, o parque conta com diversas atrações focados no público infantil e adulto. A entrada custa R$ 18 para adultos. Crianças e idosos pagam meia. (31) 3079.9171 www.valeverde.com.br
● TRUTA DE SANTO ANTÔNIO DO PINHAL Vai até dia 8 de abril o 12º Festival da Truta, em Santo Antônio do Pinhal, a 180 quilômetros de São Paulo. Cada restaurante prepara um prato especial à base do peixe, em meio a grande diversidade de receitas possíveis, como truta ao vinho tinto e truta ao limão com ervas finas e limão. A cidade chega a receber cerca de 20 mil turistas durante o evento. www.santoantoniodopinhal. sp.gov.br
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TURISMO
❚ EM MINAS Mostra de turismo realizada na Serraria Souza Pinto reuniu quase 1,5 mil visitantes. Diversidade cultural e de atrações evidenciam momento atual da atividade no Brasil
Dia de feira
FOTOS: BETO MAGALHÃES/EM/D.A.PRESS
ALFREDO DURÃES
Dizem – principalmente na Bahia – que baiano não nasce, estreia. E há quem vá adiante e vire, vejam só, baiano profissional. Com tanta mística criada em torno da figura daqueles que nasceram no mesmo solo de Caymmi e Caetano é natural que a coisa se materialize. Que saia do imaginário e, de repente, apareça ali, na sua frente. E quem melhor para cumprir esse papel que a baiana? Aquela do vestidão rodado, da fitinha do Senhor do Bonfim, do tabuleiro, do acarajé. Vicência Santos de Souza é assim. Funcionária administrativa da Bahiatursa (órgão oficial de turismo da Bahia), ela não perde a oportunidade de, em feiras da área, virar a típica personagem. Sai a calça jeans e a malha e entram em cena o turbante, os muitos colares, pulseiras e o indefectível vestido. E lá vai ela pelo Brasil afora, mostrando, efetivamente, o que a baiana tem. Na quinta-feira à tarde, com o sol batendo na casa dos 34 graus, Vicência suava, enquanto amarrava as famosas fitinhas no pulso de pessoas, com direito a três pedidos. Para quem não sabe, ela confirma: as fitas têm o mesmo comprimento de um degrau da Igreja do Bonfim, aquela das escadarias que são lavadas na segunda quinta-feira depois do Dia de Reis, num ritual que liga as religiões católica e candomblé. Vicência trabalhava e suava no estande do estado da Bahia, na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte, durante a 7ª Minastur, feira de turismo que reúne expositores e agentes e não é aberta ao grande público. Segundo números da organização, a feira recebeu mais de 1,4 mil visitantes, contou com 133 estandes e 423 expositores de toda a cadeia produtiva do turismo nacional e internacional. A baiana no corredor era apenas mais um personagem desses tantos que o Brasil, de tantas terras e distâncias, tem. Estavam lá as meninas que divulgavam a festa
Grupo folclórico sergipano mostra dança da festa de São João
Bonecos da artista mineira Maria Lila Caçador, de São João Nepomuceno
Serviço A Minastur foi uma realização da Promove Eventos e contou com patrocínio da CVC, TAM, BH Convention & Visitors Bureau e secretarias de Turismo da Paraíba, Sergipe e São Luís do Maranhão, além do apoio da Girau Operadora. As próximas feiras da área em Belo Horizonte: 5º Salão do turismo Abav-MG 11/05 No Dayrell Hotel e Centro de Convenções (31) 3213-3433 www.abavmg.com.br
A baiana Vicência em ação: fitinhas do Senhor do Bonfim para dar sorte de São João de São Luís do Maranhão e um grupo folclórico de Sergipe, todos devidamente paramentados. Tinha cachaça (‘‘vai uma dosinha aí?’’, perguntavam), doces, fitas, balas, canetas, agendas e calendários. E um representante de Santa Catarina que cortava um salame gigantesco para servir sanduíche com pão francês, numa incrível mostra da diversidade que eventos assim exibem. Hotel de selva, resort, destinos históricos, de sol, praia e montanha. Teve de tudo. Só não tinha – numa falha imperdoável da organização – uma homenagem à Vicência, às meninas de São Luís, de Ser-
gipe, do Rio Grande (do Norte e do Sul), de todo o Brasil. Quinta-feira – quem não se lembra? –, foi 8 de março, Dia Internacional da Mulher. E tinha piada. Como aquela do português, contada no estande da TAP (a empresa aérea portuguesa), e também de baiano, falada no espaço da Bahiatursa, numa demonstração de que o humor não tem fronteiras. A baiana sorridente (não, não era a Vicência) explicava: “Dizem que a Bahia funciona em três velocidades. A saber: devagar, muito devagar e Dorival Caymmi”. É, em feira de turismo, além de não passar fome, a gente se diverte.
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TURISMO KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
CURAÇAO
Passeio de barco a Klein Curaçao: passageiros observam sequência de mansões e natureza enquanto jantam, dançam ou relaxam
Casas de tons vibrantes, típicas do período da colonização holandesa, têm história peculiar. No mar, as várias gradações de azul pintam quadro natural
As cores KELLY ALMEIDA
Willemstad – Andar pelas ruas de Curaçao é encantar-se com o multicolorido estampado em todas as vielas. Tons vivos e chamativos também estão presentes na capital Willemstad. Cada casa, cada comércio e cada hotel têm sua cor. Hoje, paredes brancas não têm espaço no país. Mas essa característica nem sempre foi parte da cultura local. Historiadores contam que, há muitos anos, um governador de Curaçao pediu a todos os moradores para pintar suas casas com cores vibrantes, pois o branco, ao refletir o sol, provocava enxaquecas. A solução era pintar cada uma com uma cor diferente. “Depois que todos pintaram as paredes, acreditando que a falta de cor gerava enxaquecas, descobriram que o governante era também o dono da única loja de tintas do país”, explica a guia de turismo Solimare Urselita. Condenável ou não, a tática do político deu um charme a mais ao país. Patrimônio Cultural da Humanidade, Willesmstad parece uma versão tropical de Amsterdã virada para o mar. A bem preservada arquitetura dos séculos 17 e 18 é o maior atrativo da cidade, que circunda a Baía de Saint’Anna e é dividida por um canal urbanizado. De um lado, fica Punda (ponta, em papiamento) o centro comercial; na parte oposta, Otrobanda (outro lado), área de residências, hotéis e restaurantes. Os dois lados são separados pela Queen Emma, uma ponte móvel construída em 1888, que tem estrutura capaz de se abrir para passagem de barcos e navios, o que ocorre 40 vezes por dia. À beira do canal, moradores e turistas se reúnem em bares, restaurantes e cafés. Do lado de Punda, flanar pelo comércio é boa ideia, já que os preços podem ser até 30% mais baixos do que no Brasil. Perfumes, relógios e eletrônicos estão na lista dos produtos que valem a pena serem pesquisados. (Com redação do EM)
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
da dor de cabeça BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Caprichos oceânicos Uma pequena ilha dentro da ilha grande. É assim que os curaçolenhos definem a paradisíaca praia de Klein Curaçao. Só é possível chegar ao local navegando durante duas horas. Os passeios mais tradicionais são feitos em catamarãs, que oferecem café da manhã, almoço e bebidas, além de equipamentos para mergulhos rasos. Para quem gosta de aventura, durante a travessia, a dica é ficar na parte superior da embarcação e esperar por um banho com muita água do mar. Já os que pretendem chegar à ilha secos devem permanecer no catamarã. Klein Curaçao é desabitada e não tem nenhum tipo de comércio. A embarcação fica ancorada longe da costa e pequenas lanchas levam os turistas até a areia. O refúgio do sol quente é encontrado sob poucas cabanas feitas com palha. Apesar da falta de estrutura, o local encanta. Em uma caminhada de 20 minutos é possível conhecer toda a praia. Um farol abandonado e um navio naufragado revelam que, um dia, Klein Curaçao foi habitada. Atualmente, além dos turistas, só ani-
mais aquáticos frequentam a ilha. E, para aproveitar ainda mais a visita a Klein Curaçao, as empresas que fazem o passeio oferecem snorkel (tubo para respiração em mergulho raso). Com a água limpa e transparente, é possível nadar com várias espécies de peixes e tartarugas. A multiplicidade de cores – azuis, verdes, amarelos, alaranjados – dentro do mar fascina. Alguns são mais ousados e passam bem próximo aos mergulhadores. Mas a recomendação é não encostar nos animais. Curaçao tem 38 praias à espera dos turistas. Três das mais bacanas são Cas Abao, Porto Marie e Kenepa Grandi. Nas duas primeiras é cobrada taxa de entrada de US$ 3/pessoa. Kenepa Grandi, a mais extensa, tem entrada franca, ou seja, é frequentada por turistas e moradores. Porto Marie tem escola de mergulho própria. Sua exuberância atrai os amantes do esporte, que visitam a área formada por dois recifes paralelos conhecidos como Vale e uma variedade de espécies de corais e de peixes. Lá existe até um berçário de tubarões. (Com redação do EM)
Mergulho em Porto Marie: visibilidade chega a 30m de profundidade
TRANSPARÊNCIA REVELADORA Curaçao tem no total 70 pontos de mergulho, com snorkel ou garrafa. As poucas chuvas (somente entre novembro e janeiro) e falta de rios perenes que desemboquem no oceano tornam as águas límpidas, com temperatura entre 23 e 25 graus e visibilidade que pode chegar a 30m de profundidade. A topografia vulcânica da ilha e a profundidade variada do mar são responsáveis pelo degradê das cores do mar. Em terra, clima árido cria uma paisagem um pouco diferente da tropical. O ar seco inibe a formação de furacões.
Para seguir no balanço das ondas As águas de Curaçao ganharam uma novidade no fim do ano passado: o charmoso Mi Dushi Gran Salon Party Boat, que atende turistas e empresas e foi projetado para a realização de eventos em alto-mar. Os passeios têm duração de quatro horas e são feitos exclusivamente na Baía Espanhola, o bairro mais nobre do país, cercado de muito verde. Durante o tour, é possível ver mansões e hotéis luxuosos, além de fazer uma parada para mergulhar de snorkel e nadar com os animais marinhos. O Mi Dushi (“meu doce” ou “meu querido” em papiamento) foi todo construído em Curaçao e tem capacidade para 150 pessoas. Tem dois andares, uma pista de dança e dois bares. Os eventos realizados durante o dia podem ser complementados com mergulhos, passeios com jet ski e banana boat. “Temos diversas opções, sempre realizadas em ritmo de festa, com muita música”, explica a proprietária do barco, a mineira Lucília Ferreira, de 48 anos. Segundo ela, a ideia da festa no barco surgiu para aliar diversão com um belo visual e fazer com que os passageiros se sintam em uma discoteca, mesmo estando no meio do mar do Caribe. A construção começou em outubro de 2010. “Tudo foi feito em Curaçao. Houve vários testes até ele ficar pronto”, explica a mineira. Durante um ano, a embarcação foi aperfeiçoada. Com 15 metros de comprimento e 6m de altura, o Mi Dushi foi lançado ao mar para a primeira festa em 7 de outubro. Além de fazer os passeios, o barco foi adaptado para a realização de confraternizações, aniversários, casamentos e reuniões. O horário do evento fica a cargo dos passageiros. “Quem vai passear fica livre para escolher o tipo de passeio que mais lhe agrada”, explica a empresária Lucília Ferreira. Os turistas que planejam passar alguns dias no país caribenho podem fazer a reserva com antecedência. Os tours são realizados todos os dias da semana, a preços que variam de US$ 65 a US$ 100. (KA)
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Construída em 1888, ponte Queen Emma divide Punda de Otrobanda. Estrutura abre e fecha 40 vezes ao dia para passagem de embarcações
Existem duas coisas essenciais em uma viagem internacional. Seu documento. Sua carteira.
Antes de viajar, faça uma escala na Picchioni e peça o Visa TravelMoney – um cartão pré-pago internacional, aceito em milhares de estabelecimentos credenciados à rede Visa Plus e que possibilita saques na moeda local em caixas eletrônicos – ou converta seus reais na moeda que você precisar.
Diamond Mall | BH Shopping | Shopping 5ª Avenida Boulevard Shopping | Shopping Del Rey | Funcionários
Nova loja em São Paulo - Shopping Vila Olímpia Lojas abertas aos sábados. Consulte (31) 3517 0000
www.picchioni.com.br
Tradição & Excelência
Hospedagem peculiar Em Curaçao, não faltam opções para uma boa estada. Há aproximadamente 35 hotéis e resorts espalhados pela ilha, praticamente todos com cassino nas instalações (o do Renaissance é considerado um dos melhores). Os pontos de jogatina são abertos ao público e muito frequentados por turistas. Mas, para preservar a identidade dos apostadores, é proibido fotografar o interior das casas de jogos. As apostas podem ser feitas a partir de US$ 0,25. Os hotéis da ilha têm outro diferencial, mas esse – diferentemente dos cassinos – pode incomodar os visitantes brasileiros: praticamente nenhum dispõe de frigobar nos quartos. Para manter as bebidas refrigeradas, os hóspedes podem pegar gelo nas máquinas dispostas nas áreas comuns. Os hotéis tampouco oferecem internet gratuita. É preciso pagar pelo serviço. No mais, todos se esforçam para oferecer conforto e atividades divertidas aos hóspedes. Para quem busca elegância na hospedagem, Curaçao conta com hotéis como o Hilton, que tem filiais em mais de 80 países, e o Hyatt, que tem uma unidade em São Paulo. Outra opção apreciada por estrangeiros e pela população curaçolenha é o Breezes Resort, que dispõe do sistema all inclusive (com bebida, comida e atividades diversas incluídas no valor do pacote). O diferencial é que os frequentadores podem pagar pelo passaporte diário. No país caribenho – que comemorou o primeiro ano de independência em 10 de outubro de 2011 –, também há um hotel, o T Klooster, que chama a atenção por ter abrigado um mosteiro. Outro deles foi um bairro residencial e, hoje, os quartos estão dispostos no lugar onde eram as casas. A seguir, saiba mais sobre algumas opções de hospedagem na ilha. *A repórter viajou a convite da Oficina de Turismo de Curaçao, da agência de viagens Tropical Tours, do Hotel Hilton e do Breezes Resort Spa & Casino
KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
Golfinhos dão show de acrobacias no Sea Aquarium. Depois, visitantes podem mergulhar com os animais Minipraia na Piscadeira Bay: paraíso particular para hóspedes do Hotel Hilton
Aquário marinho
KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
A atração mais esperada do Sea Aquariu, criado há 27 anos, é o show dos golfinhos. Os mamíferos atraem a atenção de todos os visitantes por cerca de 15 minutos. A cada coreografia correta eles ganham comida dos treinadores. Depois da apresentação, os visitantes podem mergulhar com os animais. O aquário cuida também de leões-marinhos, arraias, flamingos, tubarões e outras espécies. Sob o olhar atento de Richard Kelly,
Hotel T Klooster foi estabelecido nas dependências de antigo mosteiro. É um dos mais baratos da ilha
de 43 anos, os turistas podem alimentar e acariciar os animais. O monitor trabalha no Sea Aquarium desde 1986. “Conheci minha esposa aqui durante uma visita. Minha felicidade está toda neste lugar”, comenta Richard. Em 2004, foi inaugurado no ambiente o Centro de Pesquisa e Terapia com golfinhos, direcionado ao tratamento de crianças com deficiências físicas. Muitas celebridades procuram ajuda no aquário, mas os nomes e as terapias feitas são mantidos em sigilo.
SUSTENTABILIDADE
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Serviço QUEM LEVA
Piscina do Hotel Hyatt: diversão com elegância
● Mermaid Boat Trips Organiza passeios para Klein Curaçao às quartas, às sextas e aos domingos. Preços sob consulta. Os pacotes dão direito a café da manhã, open bar de sucos e refrigerantes, churrasco, snorkel, cadeiras de praia e traslados. www.mermaidboattrips.com
A NOSSA VERSÃO DO HOTEL DE LUXO ● Mi Dushi Gran Salon Party Boat Organiza passeios turísticos pela Baía Espanhola e, ainda, festas de aniversário, casamento e eventos corporativos. Preços sob consulta www.facebook.com/pages/Mi-Dushi- Gran-Salon-PartyBoat/tropicaltours@curinfo.an
CENTRAL DE RESERVAS
2011
12 3894 3000 reservas@dpnybeach.com.br
Agora a partir de
10x
R$
90
3 dias, 2 noites da semana para 2 pessoas com café da manhã, Spa de Luxo com Jacuzzi e piscina aquecida e 1 jantar no premiado Tróia Restaurante.
Praia do Curral | Ilhabela-SP | Brasil | www.dpny.com.br | facebook/dpnybeach
E STA D O D E M I N A S
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T E R Ç A - F E I R A ,
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TURISMO KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
CURAÇAO
Passeio de barco a Klein Curaçao: passageiros observam sequência de mansões e natureza enquanto jantam, dançam ou relaxam
Casas de tons vibrantes, típicas do período da colonização holandesa, têm história peculiar. No mar, as várias gradações de azul pintam quadro natural
As cores KELLY ALMEIDA
Willemstad – Andar pelas ruas de Curaçao é encantar-se com o multicolorido estampado em todas as vielas. Tons vivos e chamativos também estão presentes na capital Willemstad. Cada casa, cada comércio e cada hotel têm sua cor. Hoje, paredes brancas não têm espaço no país. Mas essa característica nem sempre foi parte da cultura local. Historiadores contam que, há muitos anos, um governador de Curaçao pediu a todos os moradores para pintar suas casas com cores vibrantes, pois o branco, ao refletir o sol, provocava enxaquecas. A solução era pintar cada uma com uma cor diferente. “Depois que todos pintaram as paredes, acreditando que a falta de cor gerava enxaquecas, descobriram que o governante era também o dono da única loja de tintas do país”, explica a guia de turismo Solimare Urselita. Condenável ou não, a tática do político deu um charme a mais ao país. Patrimônio Cultural da Humanidade, Willesmstad parece uma versão tropical de Amsterdã virada para o mar. A bem preservada arquitetura dos séculos 17 e 18 é o maior atrativo da cidade, que circunda a Baía de Saint’Anna e é dividida por um canal urbanizado. De um lado, fica Punda (ponta, em papiamento) o centro comercial; na parte oposta, Otrobanda (outro lado), área de residências, hotéis e restaurantes. Os dois lados são separados pela Queen Emma, uma ponte móvel construída em 1888, que tem estrutura capaz de se abrir para passagem de barcos e navios, o que ocorre 40 vezes por dia. À beira do canal, moradores e turistas se reúnem em bares, restaurantes e cafés. Do lado de Punda, flanar pelo comércio é boa ideia, já que os preços podem ser até 30% mais baixos do que no Brasil. Perfumes, relógios e eletrônicos estão na lista dos produtos que valem a pena serem pesquisados. (Com redação do EM)
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
da dor de cabeça BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Caprichos oceânicos Uma pequena ilha dentro da ilha grande. É assim que os curaçolenhos definem a paradisíaca praia de Klein Curaçao. Só é possível chegar ao local navegando durante duas horas. Os passeios mais tradicionais são feitos em catamarãs, que oferecem café da manhã, almoço e bebidas, além de equipamentos para mergulhos rasos. Para quem gosta de aventura, durante a travessia, a dica é ficar na parte superior da embarcação e esperar por um banho com muita água do mar. Já os que pretendem chegar à ilha secos devem permanecer no catamarã. Klein Curaçao é desabitada e não tem nenhum tipo de comércio. A embarcação fica ancorada longe da costa e pequenas lanchas levam os turistas até a areia. O refúgio do sol quente é encontrado sob poucas cabanas feitas com palha. Apesar da falta de estrutura, o local encanta. Em uma caminhada de 20 minutos é possível conhecer toda a praia. Um farol abandonado e um navio naufragado revelam que, um dia, Klein Curaçao foi habitada. Atualmente, além dos turistas, só ani-
mais aquáticos frequentam a ilha. E, para aproveitar ainda mais a visita a Klein Curaçao, as empresas que fazem o passeio oferecem snorkel (tubo para respiração em mergulho raso). Com a água limpa e transparente, é possível nadar com várias espécies de peixes e tartarugas. A multiplicidade de cores – azuis, verdes, amarelos, alaranjados – dentro do mar fascina. Alguns são mais ousados e passam bem próximo aos mergulhadores. Mas a recomendação é não encostar nos animais. Curaçao tem 38 praias à espera dos turistas. Três das mais bacanas são Cas Abao, Porto Marie e Kenepa Grandi. Nas duas primeiras é cobrada taxa de entrada de US$ 3/pessoa. Kenepa Grandi, a mais extensa, tem entrada franca, ou seja, é frequentada por turistas e moradores. Porto Marie tem escola de mergulho própria. Sua exuberância atrai os amantes do esporte, que visitam a área formada por dois recifes paralelos conhecidos como Vale e uma variedade de espécies de corais e de peixes. Lá existe até um berçário de tubarões. (Com redação do EM)
Mergulho em Porto Marie: visibilidade chega a 30m de profundidade
TRANSPARÊNCIA REVELADORA Curaçao tem no total 70 pontos de mergulho, com snorkel ou garrafa. As poucas chuvas (somente entre novembro e janeiro) e falta de rios perenes que desemboquem no oceano tornam as águas límpidas, com temperatura entre 23 e 25 graus e visibilidade que pode chegar a 30m de profundidade. A topografia vulcânica da ilha e a profundidade variada do mar são responsáveis pelo degradê das cores do mar. Em terra, clima árido cria uma paisagem um pouco diferente da tropical. O ar seco inibe a formação de furacões.
Para seguir no balanço das ondas As águas de Curaçao ganharam uma novidade no fim do ano passado: o charmoso Mi Dushi Gran Salon Party Boat, que atende turistas e empresas e foi projetado para a realização de eventos em alto-mar. Os passeios têm duração de quatro horas e são feitos exclusivamente na Baía Espanhola, o bairro mais nobre do país, cercado de muito verde. Durante o tour, é possível ver mansões e hotéis luxuosos, além de fazer uma parada para mergulhar de snorkel e nadar com os animais marinhos. O Mi Dushi (“meu doce” ou “meu querido” em papiamento) foi todo construído em Curaçao e tem capacidade para 150 pessoas. Tem dois andares, uma pista de dança e dois bares. Os eventos realizados durante o dia podem ser complementados com mergulhos, passeios com jet ski e banana boat. “Temos diversas opções, sempre realizadas em ritmo de festa, com muita música”, explica a proprietária do barco, a mineira Lucília Ferreira, de 48 anos. Segundo ela, a ideia da festa no barco surgiu para aliar diversão com um belo visual e fazer com que os passageiros se sintam em uma discoteca, mesmo estando no meio do mar do Caribe. A construção começou em outubro de 2010. “Tudo foi feito em Curaçao. Houve vários testes até ele ficar pronto”, explica a mineira. Durante um ano, a embarcação foi aperfeiçoada. Com 15 metros de comprimento e 6m de altura, o Mi Dushi foi lançado ao mar para a primeira festa em 7 de outubro. Além de fazer os passeios, o barco foi adaptado para a realização de confraternizações, aniversários, casamentos e reuniões. O horário do evento fica a cargo dos passageiros. “Quem vai passear fica livre para escolher o tipo de passeio que mais lhe agrada”, explica a empresária Lucília Ferreira. Os turistas que planejam passar alguns dias no país caribenho podem fazer a reserva com antecedência. Os tours são realizados todos os dias da semana, a preços que variam de US$ 65 a US$ 100. (KA)
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Construída em 1888, ponte Queen Emma divide Punda de Otrobanda. Estrutura abre e fecha 40 vezes ao dia para passagem de embarcações
Existem duas coisas essenciais em uma viagem internacional. Seu documento. Sua carteira.
Antes de viajar, faça uma escala na Picchioni e peça o Visa TravelMoney – um cartão pré-pago internacional, aceito em milhares de estabelecimentos credenciados à rede Visa Plus e que possibilita saques na moeda local em caixas eletrônicos – ou converta seus reais na moeda que você precisar.
Diamond Mall | BH Shopping | Shopping 5ª Avenida Boulevard Shopping | Shopping Del Rey | Funcionários
Nova loja em São Paulo - Shopping Vila Olímpia Lojas abertas aos sábados. Consulte (31) 3517 0000
www.picchioni.com.br
Tradição & Excelência
Hospedagem peculiar Em Curaçao, não faltam opções para uma boa estada. Há aproximadamente 35 hotéis e resorts espalhados pela ilha, praticamente todos com cassino nas instalações (o do Renaissance é considerado um dos melhores). Os pontos de jogatina são abertos ao público e muito frequentados por turistas. Mas, para preservar a identidade dos apostadores, é proibido fotografar o interior das casas de jogos. As apostas podem ser feitas a partir de US$ 0,25. Os hotéis da ilha têm outro diferencial, mas esse – diferentemente dos cassinos – pode incomodar os visitantes brasileiros: praticamente nenhum dispõe de frigobar nos quartos. Para manter as bebidas refrigeradas, os hóspedes podem pegar gelo nas máquinas dispostas nas áreas comuns. Os hotéis tampouco oferecem internet gratuita. É preciso pagar pelo serviço. No mais, todos se esforçam para oferecer conforto e atividades divertidas aos hóspedes. Para quem busca elegância na hospedagem, Curaçao conta com hotéis como o Hilton, que tem filiais em mais de 80 países, e o Hyatt, que tem uma unidade em São Paulo. Outra opção apreciada por estrangeiros e pela população curaçolenha é o Breezes Resort, que dispõe do sistema all inclusive (com bebida, comida e atividades diversas incluídas no valor do pacote). O diferencial é que os frequentadores podem pagar pelo passaporte diário. No país caribenho – que comemorou o primeiro ano de independência em 10 de outubro de 2011 –, também há um hotel, o T Klooster, que chama a atenção por ter abrigado um mosteiro. Outro deles foi um bairro residencial e, hoje, os quartos estão dispostos no lugar onde eram as casas. A seguir, saiba mais sobre algumas opções de hospedagem na ilha. *A repórter viajou a convite da Oficina de Turismo de Curaçao, da agência de viagens Tropical Tours, do Hotel Hilton e do Breezes Resort Spa & Casino
KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
Golfinhos dão show de acrobacias no Sea Aquarium. Depois, visitantes podem mergulhar com os animais Minipraia na Piscadeira Bay: paraíso particular para hóspedes do Hotel Hilton
Aquário marinho
KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
A atração mais esperada do Sea Aquariu, criado há 27 anos, é o show dos golfinhos. Os mamíferos atraem a atenção de todos os visitantes por cerca de 15 minutos. A cada coreografia correta eles ganham comida dos treinadores. Depois da apresentação, os visitantes podem mergulhar com os animais. O aquário cuida também de leões-marinhos, arraias, flamingos, tubarões e outras espécies. Sob o olhar atento de Richard Kelly,
Hotel T Klooster foi estabelecido nas dependências de antigo mosteiro. É um dos mais baratos da ilha
de 43 anos, os turistas podem alimentar e acariciar os animais. O monitor trabalha no Sea Aquarium desde 1986. “Conheci minha esposa aqui durante uma visita. Minha felicidade está toda neste lugar”, comenta Richard. Em 2004, foi inaugurado no ambiente o Centro de Pesquisa e Terapia com golfinhos, direcionado ao tratamento de crianças com deficiências físicas. Muitas celebridades procuram ajuda no aquário, mas os nomes e as terapias feitas são mantidos em sigilo.
SUSTENTABILIDADE
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Serviço QUEM LEVA
Piscina do Hotel Hyatt: diversão com elegância
● Mermaid Boat Trips Organiza passeios para Klein Curaçao às quartas, às sextas e aos domingos. Preços sob consulta. Os pacotes dão direito a café da manhã, open bar de sucos e refrigerantes, churrasco, snorkel, cadeiras de praia e traslados. www.mermaidboattrips.com
A NOSSA VERSÃO DO HOTEL DE LUXO ● Mi Dushi Gran Salon Party Boat Organiza passeios turísticos pela Baía Espanhola e, ainda, festas de aniversário, casamento e eventos corporativos. Preços sob consulta www.facebook.com/pages/Mi-Dushi- Gran-Salon-PartyBoat/tropicaltours@curinfo.an
CENTRAL DE RESERVAS
2011
12 3894 3000 reservas@dpnybeach.com.br
Agora a partir de
10x
R$
90
3 dias, 2 noites da semana para 2 pessoas com café da manhã, Spa de Luxo com Jacuzzi e piscina aquecida e 1 jantar no premiado Tróia Restaurante.
Praia do Curral | Ilhabela-SP | Brasil | www.dpny.com.br | facebook/dpnybeach
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TURISMO
CURAÇAO
Trazido pelos espanhóis, cultivo da laranja no país resultou em produto diferente do esperado: uma bebida alcoólica aromática, que serve ao preparo de coquetéis
RECEITAS ARDENTES Preparados para receber turistas do
O saboroso licor
mundo todo, os restaurantes de Curaçao apresentam grande variedade de cardápios. Frutos do mar, frango, carnes e massas, entre outros pratos muito bem preparados, são fáceis de encontrar. Mas é preciso estar preparado para receitas picantes. É comum, no café da manhã, observar as pessoas tomando até iogurte com pimenta moída. Os pratos típicos da região são as sopas de caduches (cactos), de iguanas e de giambo (quiabo). Mas as iguarias não são preparadas em todos os restaurantes. É mais comum encontrá-las nas feiras. Além dos drinques variados, preparados principalmente com licores, há destaque para as cervejas Amstel e a Polar, que é regional. (KA)
do Caribe
BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
CÁLICE AROMÁTICO
200 anos
É a idade da destilaria Senior & Co, que produz licores artesanais em Curaçao
Serviço O QUE VER Senior & CoLandhuis Chobolobo, Willemstad, Saliña. A destilaria funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. A entrada é gratuita e os visitantes podem comprar o Licor Curaçao por valor abaixo do comercializado no país. Um trio composto por três minigarrafas – com sabores de rum com passas, café e chocolate – é vendido por US$ 10. O kit com cinco miniaturas do licor tradicional no sabor de laranja custa US$ 16. 599-9-461-3526 www.curacaoliqueur.com
Praça de alimentação Plasa Bleu, no centro de Willemstadt: pratos típicos, como sopas de caduches (cactos) e de giambo (quiabo)
❚ SABORES EM CAMADAS Saiba como preparar alguns dos coquetéis mais populares da ilha. A dica é colocar os ingredientes na ordem da receita. Um truque para manter a coloração é acrescentar os líquidos pela lateral da taça
FOTOS: KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
Willemstad – No Bairro Saliña, na casa da fazenda Chobolobo Landhuis, está localizada a destilaria Senior & Co, um dos pontos turísticos que despertam grande interesse dos turistas, principalmente daqueles que apreciam um bom cálice de licor. Logo na entrada, a fábrica artesanal do famoso LicorCuraçaoexpõeumcartazexplicando que a descoberta da bebida se deu por conta do solo pouco fértil do país, impróprio para o plantio de laranja (base do produto). Da fruta só se aproveita a casca. E é exatamente dela que, desde o século 19, o fabricante extrai um líquido aromático essencial para a produção da bebida, vendida em várias cores e sabores. A mais famosa tem a coloração azul. Mesmo sem maquinário de ponta nem numerosa equipe de produção, a fábrica produz bebida suficiente para exportação e consumo interno. A história do licor que carrega o nome do país começou logo na descoberta de Curaçao, em 1499. Os ibéricos tentaram sucesso na plantação de laranja no país, mas o solo árido fez com que as frutas doces e importadas de Valência, na Espanha, tornassem o alimento ácido e impróprio para consumo. Para evitar o prejuízo, eles fizeram testes e mais testes até descobrir a fórmula do destilado. Pouco se sabe sobre a identidade de quem descobriu que a casca da laranja azeda, quando seca sob o sol, produz óleo aromático bem aproveitado para a produção do licor. No século 19, a destilaria de Curaçao começou a produzir o licor. Nas primeiras fabricações, a bebida era transparente. Com o passar do tempo, o líquido começou a ser tingido com corantes. Os sabores tradicionais têm essência de laranja, mas também são preparados licores de chocolate, de café e de rum com passas. A receita do Licor Curaçao é guardada a sete chaves, mas os funcionários da destilaria contam que o procedimento começa com a secagem das cascas de laranja. Depois, elas são destiladas em barris e misturadas a essências, corantes e outros ingredientes não revelados.
BLUE MONKEY
DARK SKY
BACHATO WAVE
BLUE LAGOON
Uma dose de rum de coco Duas doses de suco de laranja ● Uma dose de suco de abacaxi ● Curaçao Blue para preencher o copo
Uma dose de rum negro Meia dose de rum de coco ● Uma dose de suco de abacaxi ● Curaçao Blue para preencher o copo
Uma dose de vodka Uma dose de suco de abacaxi ● Uma dose de groselha ● Curaçao Blue para preencher o copo
Uma dose de refrigerante de limão ● Uma dose de gim ● Meia dose de suco de limão ● Curaçao Blue para preencher o copo
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TURISMO
CURAÇAO
Acervo cuidadosamente montado faz do Museu Kura Hulanda testemunho da presença africana no país. Programa cultural para uma tarde depois da praia
Da dor ao orgulho KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
Serviço Aéreo
COMO IR
A partir de R$ 1.314 pela American Airlines 0300-789-7778 www.aa.com.br
A partir de R$ 1.769,20 pela Gol 0300-115-2121 ou 0800-704-0465 www.voegol.com.br
Arte náutica no Museu Kura Hulanda: opção para descansar do roteiro básico areia-balada-hotel e ainda encher a bagagem de conhecimento KELLY ALMEIDA/CB/D.A PRESS
Seis noites a partir de US$ 1.779 por pessoa, em apartamento duplo com café da manhã. PACOTES Inclui traslados e aéreo saindo de São Paulo. Validade de embarque até 12 de abril. Pela Maktour. (31) 3262-1001 www.maktour.com.br ●
● Sete noites a partir de US$ 1.428 por pessoa, em apartamento duplo com café da manhã. Inclui traslado aeroporto/hotel/aeroporto. Com aéreo. Válido para embaques em 10 de abril. Pela CVC. (31) 3280-6990 www.cvc.com.br
Sete noites a partir de US$ 1.368 em apartamento duplo com café da manhã. Com aéreo saindo de Confins. Pela ALM. (31) 3412-7744 www.al1mtour.com.br ●
Quadro estampa imagem dos africanos e suas atividades diárias
Willesmtad – Embora nada tenha a ver com as belezas naturais e as ruas movimentadas de Curaçao, uma atividade deve ser considerada essencial para quem visita o país. No centro da cidade, em uma construção sem muitos luxos, mas encantadora, está o Museu Kura Hulanda. Esse é um lugar indicado para o crescimento cultural, onde é possível voltar no tempo e conhecer – mesmo que por meio de documentos, de esculturas e de objetos de castigo –, a história da escravidão no país e as situações a que os imigrantes africanos eram submetidos. O museu foi construído pelo dentista e empreendedor holandês Jacob Gelt Dekker, nascido em 1948 e ainda vivo. No espaço, há muitos séculos, existia um posto de descarga de escravos. Hoje, apenas lembranças e histórias reveladoras do holocausto negro. O passeio começa em uma sala com pouca iluminação. Quadros e cartazes estampados com imagens dos africanos e seus descendentes dão início à visita. Sob o olhar atento e marcante da guia Yflen Florentina-Euphrosina, o público – composto em sua maioria por turistas – assiste maravilhado a uma lição de patriotismo e sensibilidade. Na apresentação, ela explica como se dava (nos séculos 16, 17 e 18) a exploração dos negros no país, descoberto um ano antes do Brasil. Em 1863, o governo da Holanda pagou pela liberdade dos escravos. Mas o que representava uma esperança de liberdade não passou de enganação. Para construir suas casas, os trabalhadores ganharam terras do Estado. No entanto, como forma de pagamento, eles precisariam trabalhar de graça nas refinarias. O regime de escravidão, então, durou mais longos 15 anos. Seguida pelos visitantes, Yflen continua o trajeto pelo museu. No cômodo seguinte, ela se coloca ao lado de uma jaula de ferro em formato de cadeira. O compartimento tem proporções que não ultrapassam 1,50m de altura e 50cm de comprimento. No objeto, os escravos eram mantidos trancados sob o sol. Conforme a temperatura subia, os castigados eram queimados nas barras de metal. Duas salas à frente, os turistas descem por
uma escada inclinada e se apertam na exposição localizada no subsolo de um dos cômodos do museu. O lugar escuro e abafado é uma adaptação em madeira de um navio negreiro, onde os escravos eram transportados. Correntes, algemas e muito calor preenchem o espaço com a sensação de angústia. De olhos atentos, os visitantes entendem como era feito o transporte dos trabalhadores. Mulheres grávidas tinham a preferência dos senhores escravistas, pois valiam por dois. As crianças, que ocupavam pouco espaço, também agradavam.
OSSADA A reação dos visitantes do Kura Hulanda é a mesma: cochichos de reprovação com a crueldade sofrida pelos negros. Percorridas as sete salas, a apresentação acaba em um espaço mais iluminado e amplo, com imagens de personalidades negras dos dias de hoje, como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. A visita acaba, mas só no interior do museu. Do lado de fora, os turistas podem observar os resquícios de um ex-escravo. Isso porque existe uma ossada exposta no pátio do museu, que os historiadores garantem ser de um cativo. Ao se despedir, Yflen agradece a visita e comenta que, como curaçolenha e negra, é uma honra passar ao mundo um pouco da história de luta dos escravos. O orgulho de mostrar as origens africanas é quase unanimidade entre a população de Curaçao. Para os cidadãos, falar sobre escravidão é lembrar de Tula. Inteligente, com boa leitura e boa escrita, ele organizou uma revolução entre os escravos, com início em 16 de agosto de 1795. O grupo libertou companheiros da prisão e de várias fazendas. Entre outras propostas, Tula defendia a liberdade de os escravos comprarem bens de outros vendedores, que não fossem os próprios patrões. Os ideais do escravo intelectual, no entanto, causaram-lhe a morte em outubro de 1795. Desde então, os locais comemoram o dia de Tula a cada 16 de agosto. Um ato para lembrar e homenagear todos os que sofreram no regime de escravidão. (KA) BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Barcos comandados por venezuelanos vão se revezando a cada dois meses no país
O QUE VER Mercado Flutuante Cais de Sha Capriles, em Willemstad. Aberto todos os dias. De segunda a sábado, das 6h às 18h; aos domingos, das 6h às 12h. Museu Kura Hulanda Aberto diariamente, das 10h às 17h Ingresso: US$ 9 (adultos), US$ 6 (crianças até 12 anos) e US$ 7 (estudantes). Klipstraat 9, Willemstad; (+5999) 434-7765 www.kurahulanda.com/museum
Mercado que flutua BRENO FORTES/CB/D.A PRESS
Colorido das frutas e legumes tornam barracas atrativas
Com solo infértil, Curaçao não se destaca no plantio de alimentos, mas, ainda assim, tem um local de venda de frutas, verduras e peixes que merece ser visitado: o colorido Mercado Flutuante. Instalado em Punda, o comércio é o principal ponto de comercialização desses alimentos – importados da Venezuela – e responsável por abastecer todo o país. Ali também são expostos produtos artesanais e de cores vibrantes, em barcos ancorados no cais de Sha Capriles, em Willemstad (capital do país). A história do Mercado Flutuante teve início em 1960, quando um venezuelano fazia uma travessia de barco pelo local e o transporte quebrou. Com o barco carregado de frutas e verduras e sem conseguir voltar à Venezuela para consertar a embarcação, o homem parou em Punda (um dos bairros do centro histórico de Willemstad) para tentar vender os perecíveis. Em pouco tempo, não restava um só alimento. Hoje, o mercado é composto por venezuelanos que conseguem visto do governo de Curaçao para permanecer por dois meses
no país. Quando esse período termina, os comerciantes regressam com os barcos ao país de origem. Depois de um mês afastados do Mercado Flutuante, eles são aceitos novamente por mais 60 dias. Por meio de revezamento, novos comerciantes surgem, os antigos se firmam e, o mais importante: não falta comida no país. Alguns venezuelanos passam os dois meses afastados das famílias, dormindo nos barcos e tentando agradar aos compradores com os produtos. Outros carregam a família para dar uma força nas vendas. Como os alimentos são perecíveis, os comerciantes não levam a quantidade de mercadoria suficiente para o período de estada. Quando o estoque está para acabar, barcos maiores chegam para abastecer as pequenas embarcações. O mercado não atrai pela qualidade dos alimentos ou pelos preços baixos, mas sim pelo visual multicor. Por cima, as lonas que cobrem os barcos chamam a atenção. Por baixo, as tonalidades dos alimentos amontoados nas barracas improvisadas encantam. (KA)
❚ DICIONÁRIO DE SOBREVIVÊNCIA O idioma de origem crioula com base espanhola é falado por cerca de 90% da população. Aprenda algumas expressões para não fazer feio quando for lá Papiamento
Português
Bón dia
Bom-dia
Bón tardi
Boa-tarde
Bón nochi
Boa-noite
Danki
Muito obrigado
Dushi
Querido/a
Bón biní
Bem-vindo
Kon ta bai?
Como vai?
Kon bo yama?
Como você se chama?
Kon ta bo nomber? Qual é seu nome? Di nada
De nada
E STA D O D E M I N A S
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T E R Ç A - F E I R A ,
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TURISMO
❚ SAUDOSAS ENGRENAGENS Museu em Pirenópolis (GO) reúne 221 anos de história do transporte sobre duas rodas. Perto de Bichinho, distrito de Prados (MG), visite rara coleção de veículos desde a década de 20
Estradas do tempo MUSEU RODAS DO TEMPO/DIVULGAÇÃO
MARIANNA RIOS
Especial para o Estado de Minas
Celerífero de 1791: réplica do protótipo da primeira bicicleta feito no mundo é uma das curiosidades do Rodas do Tempo
Percorrer os caminhos da evolução das bicicletas e das motos só pode ser coisa de apaixonado pelo assunto. Foi o que fez o fluminense e colecionador de veículos de duas rodas Augusto César Pires. A procura intensa por modelos antigos em oficinas de todo o Brasil começou há exatos 38 anos, quando ainda era universitário. Há pouco mais de um ano, ele ocupa o lugar de fundador do Museu Rodas do Tempo, em Pirenópolis. A simpatia de Pires por antiguidades começou na infância, quando ia passar as férias na fazenda da família. Lá, tinha contato com carros e motos 30 anos atrasados em relação aos modelos da época. “Era uma mudança radical e aquilo sempre me chamou a atenção. Isso desenvolveu, em mim, a curiosidade em resgatar veículos antigos e recuperá-los”, explica. O local exibe cerca de 130 peças, entre bicicletas, motos, lambretas e similares. Pires se orgulha de ter transformado o acervo pessoal em algo público. “Alguns itens do museu são quase únicos, como as três motocicletas da marca Indian e um modelo de 1925 da HarleyDavidson. Esses veículos não têm preço”, estima. Além deles, duas réplicas chamam atenção. Uma é a bicicleta mais antiga do museu, de 1893. A outra, um celerífero de 1791, consiste no primeiro protótipo de bicicleta criado no mundo. A restauração das relíquias é um capítulo à parte da história do museu. “Comprei peças no mundo inteiro para restaurar os veículos. Há coisas que vieram do Uruguai, dos Estados Unidos, da Inglaterra”, enumera Pires. O fundador chegou a abrigar toda a coleção num galpão em Brasília, onde mora, mas foi na tranquilidade de Pirenópolis que ele achou um cantinho para exibi-la. “Virou mais uma atração turística da cidade e gerou emprego.” Além disso, o museu serve de referência para restauradores de veículos antigos. “Temos um processo de interação e troca de informação”, afirma Pires. O local também está de portas abertas para doações.
JOANA GONTIJO/PORTAL UAI/D.A PRESS
EU FUI MARCELLO GONÇALVES,
40 ANOS, FARMACÊUTICO
“Andei de moto há muito tempo, mas ainda tenho admiração por essas máquinas. Achei o museu fantástico no aspecto do atendimento, das instalações, da disposição do guia e, principalmente, do estado de conservação das peças. A iniciativa é louvável e se transformou em um atrativo para a cidade.” ARQUIVO PESSOAL
DKW Vemag e DKW Belcar: carros com motor de três cilindros marcaram época
Joias de colecionador A um quilômetro da entrada de Bichinho, distrito de Prados, município localizado a 186 quilômetros de Belo Horizonte e vizinho à histórica Tiradentes, 40 anos de história envolvendo motores e velocidade aguardam o visitante. O Museu do Automóvel, fundado em março de 2006 por Rodrigo Cerqueira Moura, de 62 anos, é um prato cheio para se conhecer um pouco mais da evolução dos automóveis desde a década de 20, passando pelos “banheirões” dos anos 50 até os DKW nacionais da década de 60. Logo na entrada, a jardineira Chevrolet 1935 usada em city tours por Tiradentes nas sextas, sábados e domingos à noite, dá as boas-vindas aos apaixonados por carros antigos. A coleção de Rodrigo existe desde 1976 e a iniciativa de abrir o museu veio depois de uma viagem à França. Ao todo, são 36 museus de automóveis espalhados pelo país e grande parte deles fica na beira de pequenas estradas, em ambientes bucólicos e isolados. “Minha coleção ficava em um galpão e, recorrentemente, algum viajante parava na minha porta e me pedia para ver os carros e as motos. Como eu protegia cada peça com lonas, dava um trabalho danado para mos-
trar todas as peças”, conta Rodrigo. E, à semelhança dos museus franceses, agora quem passa tranquilo por aquela estrada pode se deparar com uma placa em madeira: Museu do Automóvel da Estrada Real. Na coleção estão preciosidades como um Alfa Romeo usado em corridas de rua da década de 60. O veículo, fabricado em Xerém, não tem número de chassi. Seu melhor desempenho foi nas mil milhas de Interlagos em 1961, com o piloto Chico Landi. O DKW Vemag e o DKW Belcar também chamam a atenção. Segundo Rodrigo, há vários clubesbrasileirosexclusivosdessescarros com motor de três cilindros em São Paulo e no Rio Grande do Sul. O criador do museu revela que apesar da localização, a visitação é significativa – cerca de 10 mil pessoas passam pelos corredores do museu, construído no próprio galpão, a cada ano. As atrações sobre rodas também aparecem na televisão. Os carros do museu já serviram para montar o cenário de filmes como Chico Xavier e A Professora Maluquinha e das minisséries JK e Hilda Furacão. Além dos mais de 50 carros no museu, há outros 20 esperando para ser restaurados e adicionados à exposição. Porém, o trabalho de restauração é árduo e demorado. (Raphael Pires)
JOANA GONTIJO/PORTAL UAI/D.A PRESS
Serviço Museu Rodas do Tempo Abre na quarta-feira (das 14h às 18h) e de quinta-feira a AONDE IR domingo (das 10h às 18h). Agendamento de grupos escolares às quartasfeiras, das 9h às 12h. Ingressos: R$ 16 (adultos) e R$ 8 (idosos, menores de 12 anos, estudantes, motociclistas e ciclistas). Crianças menores de 5 anos não pagam. Avenida Prefeito Luiz Gonzaga Jayme, 172, Alto do Bonfim (61) 3331-2487 contato@rodasdotempo.com.br Museu do Automóvel da Estrada Real Funciona de quarta a domingo, das 9h às 18h. Fica na estrada para Prados, entrada um quilômetro antes de chegar a Bichinho, distrito de Prados. Entrada: R$ 10. Estudantes e maiores de 60 anos têm 50% de desconto. Faz preços promocionais para grupos de estudantes. www.museudoautomoveler.com.br
Alfa Romeo usado em corridas de rua foi pilotado por Chico Landi nas mil milhas de Interlagos, em 1961