Su mรก rio
Folclore: quem é o Saci Pererê? ............................................. 1 A importancia da leitura na infância. ........................................3 O Nerd John Green.......................................................................5 Bela, recada e do lar: Minha mãe perguntou se podia usar short curto .............................................................................................7 Livros que deveria ler para o enem…........................................11 Vocês são vitimastes demais! …...................................................5 As várias facetas de Fernando Pessoa .......................................20 A noite dos três reis magos! …....................................................25 Por que todos deveriam escrever mais? ......................................33 Crônica sobre umbigos e portões. .............................................35 5 Gênios do gênero literário: Grafia Novel ..............................41 De predra bruta a diamante lapidado …...................................45 Como
transformar
seu
livro
em
um
negócio
lucrati-
vo?..............................................................................................49 Os Nós ….....................................................................................51 A droga dos sonhos! …..............................................................53 O esquecido ….............................................................................57 Fome ….......................................................................................59 Fantasiando você …...................................................................60 Incompartibilidades …...............................................................61 Carpe Diem - Saboreando o dia ............................................62
Mitologia
Folclore:
Quem é o
Saci-pererê? Quem nunca ouviu falar do levado Saci-pererê que apronta muitas traquinagens? Neste artigo conheça a origem do personagem rico de nosso folclore brasileiro
Provavelmente você já deve ter ouvido
falar do Saci-pererê, datado do fim do século XVIII, da época da escravidão, das amas-secas e dos caboclos-velhos, não é? Tais criaturas assustavam as crianças com os relatos de suas travessuras.
gião Sul do Brasil, o Saci era um menino indígena com pele morena e com um rabo.
Após o mito se espalhar para diversas partes do Brasil, ele passou a sofrer influencias Africanas e assim foi transformado no Saci que conhecemos hoje, negro e com uma perna só. De acordo com o mito, Saci é um dos personagens mais conhe- perdeu sua perna em uma luta de capoeira cidos do nosso folclore Brasileiro, mas o e passou a usar um gorro vermelho e um que você não sabia é que o Saci-pererê cachimbo presentes na cultura africana. como conhecemos hoje com pele escura, de apenas uma perna e cachimbo, nem Em algumas regiões, a principal caracsempre foi assim. Acreditasse que no seu terística do saci é a travessura. É muito surgimento nas tribos indígenas da Re- brincalhão, diverte-se com os animais 1
O primeiro retrato que temos de um Saci-pererê na literatura se deu a partir de Monteiro Lobato nas histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo, onde o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, foram transformadas em seriado transmitido no começo da década de 1950. O saci também aparece em vários momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza. Com o passar do tempo, as influencias de fora, principalmente vindas dos EUA, fizeram com que as lendas do Brasil fossem substituídas por vampiros, lobisomens e outros monstros. Como incentivo a valorização da cultura brasileira, em 2005, foi criado o dia nacional do Saci que é “Comemorado” dia 31 de Outubro, mesmo dia do Halloween. e com as pessoas. Por ser muito moleque ele acaba causando transtornos, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e ainda mais, em outras regiões ele é visto como um ser maligno. Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre eles. Os Sacis nascem em brotos de bambus, onde vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau. Em algumas versões da lenda, o Saci-pererê aparece com as mãos furadas e a noite todos os sacis do mundo se encontram para planejarem as travessuras que irão fazer.
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Embaixadores Brasiliterário
A IMPORTÂNCIA
Da leitura Na Infância A escritora Fernanda Zechinato é escritora, psicóloga e educadora. Neste artigo ela trata de um tema importantíssimo, o início do contato de crianças com a leitura. Caso queiram conhecer mais sobre seu trabalho, veja neste link sua coleção de livros infantis.
Os primeiros anos são crucias para o desenvolvimento humano. Habilidades que serão fundamentais para a sobrevivência são nutridas pelo afeto e presença daqueles que cuidam da criança. Muito já se estudou sobre o desenvolvimento infantil, os estímulos adequados, como ampliar o aspecto cognitivo e o impacto da educação nesse processo. Programas e projetos de incentivo à leitura se espalham, mas talvez não se tem a dimensão real da importância de ler. A primeira leitura que a criança faz é a das imagens, das cores, das expressões e gestos daqueles que contam as histórias. Esse é um exercício riquíssimo para o contato com o próprio self, para que a criança possa se perceber enquanto indivíduo e assim se posicionar no ambiente. É o primeiro passo para uma interação. Apoio e acompanho um projeto incrível, idealizado pela Canela Borges e que tem como premissa a leitura afetiva. O Contos de Garagem busca no encontro inter geracional, na contação de história, na relação afetiva com a leitura o caminho 3
e a ponte para emergir uma geração de pequenos leitores que leem por prazer, pela curiosidade e pelo afeto. A partir daí, o ser com visão crítica, autonomia e busca pela informação que escolhe aprender e crescer construindo relações cooperativas e de crescimento mútuo apresenta-se de forma natural. O principal legado que a leitura pode deixar vai além do conhecimento. Ler, aprender e apreender só ganham significado permanente se estiver vinculado ao afeto. A proposta do Contos de Garagem é fazer esse ca-
minho, já que é notório o entrave da literatura na escola como obrigação. Ler e escrever é um processo que promove uma viagem criativa à imaginação. É também um potencializador de histórias individuais que inspiram a transformação de outras vidas. É na infância que as marcas amorosas se fixam; é na infância que traumas se tornam importantes o suficiente para mudar vidas. A leitura é um catalizador, pois o livro abraça mesmo sem tocar, e pode tocar mesmo sem abraçar. Aquele que lê para uma criança entrega amor em forma de palavras, traz presença e significado. A criança que recebe essa riqueza, a entrega a cada dia histórias de transformação ao mundo. Há muitas teorias sobre a importância de ler para a criança, convido a esquecê-la por um tempo e vivenciar essa experiência de leitura afetiva, com calma, respeitando o tempo e espaço dos envolvidos. É preciso tempo, mas o que vai nascer desse encontro é duradouro.
Fernanda Zechinato é educadora, psicóloga, escritora e mãe. Luta pela leitura desde a infância, além de criar obras literárias para crianças iniciarem suas vidas como leitoras, ela também conta histórias para muitas outras. Seu livro infantil é maravilhoso, através deste link é possível saber mais sobre ele. A Brasiliterário demonstra aqui seu grande apreço a esta escritora brasileira de tão belo coração. 4
Biografia
O nerd John Green. Neste artigo conheça a história de vida desta grande escritor americano, que é John Green. Veja de sua Infância até ascensão como escritor a seguir.
Neste artigo da Revista Brasiliterário vamos falar um pouco do mundialmente conhecido escritor John Green. John Michael Green nasceu em Indianápolis, Indiana, EUA, no dia 24 de agosto de 1977, mas cresceu em Orlando, Flórida. Ele estudou na Lake Highland Preparatory School e na Indian Springs School, (local usado como cenário do livro “Quem é Você Alasca?”). Nos anos 2000, formou-se em língua inglesa e estudos religiosos, pela Kenyon College, em Ohio, e chegou 5
a considerar a possibilidade de ser ministro episcopal. John Green conseguiu seu primeiro emprego em um hospital infantil, aonde ficou por 5 meses. Tal experiência lhe inspirou a escrever mais tarde o livro “A Culpa é das Estrelas”. Morou em Chicago, onde foi assistente editorial do jornal Booklist. Em Nova York, foi crítico literário no The New York Times Book Review. John Green é uma estrela do segmento Infanto-juvenil, literatura para adoles-
centes e jovens. É autor dos livros “Quem é Você Alasca?”, “O Teorema Katherine”, “Deixe a Neve Cair”, “Cidades de Papel”, “Will e Will, Um Nome, Um Destino” e “A Culpa é das Estrelas”. Todos estes livros ganharam prêmios e ficaram em alta posição de venda, foram sucesso de vendas nos Estados Unidos e no Brasil. A literatura de John Green é realista e firmemente ancorada nos dias de hoje. John é um escritor que escreve livros falando de coisas bem óbvias, mas que nunca paramos para pensar. Ele tem uma escrita direta, cheia de realismo, mas ao mesmo tempo é bem surreal. Ele emociona as pessoas com uma frase simples e as fazem rir alto com piadinhas nerds. Ao lado do irmão Hank, que tem um selo de música e um site voltado para temas ambientalistas e tecnológicos, o escritor mantém um canal no YouTube, o VlogBrothers, com mais de 1,1 milhão de seguidores. Os vídeos se limitam a mostrar os dois irmãos, alternadamente, falando para a câmera sobre temas contemporâneos. Os seguidores do VlogBrothers se definem como “nerdfighters”, aqueles que celebram sua nerdices. Pela internet, os irmãos também levan-
tam dinheiro para causas de caridade. John mora em Indianápolis com sua mulher Sarah, curadora de arte contemporânea em um museu local. O casal tem dois filhos. Junto com o irmão, John se apresenta no palco, com show de variedades – piadas, sessões de perguntas e respostas com a plateia, canções sobre física e sobre Harry Potter. Convidados pela Google, John e seu irmão criaram vários curtas educativos Chamados “Crash Course”, com temas sobre História Natural, História Americana e Literatura, apresentados por John a parte de Química e Biologia, já a de Ecologia e Psicologia, por Hank.
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Convidados Brasiliterário
Bela recatada e do lar:
O DIA EM QUE
minha mãe perguntou
se podia usar um short curto.
Um dia minha mãe e eu decidimos ir ao supermercado. Ela foi até o quarto fazer aquele ritual de escolher uma roupa para vestir, mas breve, como sempre. Estava sentada na cozinha quando ela chegou vestida com um shortinho de malha que ia até mais ou menos metade da coxa. Então depois de olhar de cima, analisando como havia ficado, ela me perguntou: “Ester, será que eu posso ir com esse short ou será que “pega mal”?” Sim, mãe, você pode ir com esse short. Você pode, inclusive, combiná-lo com uma blusa de alcinha, uma camiseta até os joelhos ou amarrada com um nó na cintura. Você pode ir de saia curta ou até o tornozelo, usando uma rasteirinha, chinelos ou um salto agulha de 15 centímetros. E ai daquele cara na rua se te desrespeitar. Seu ca7
belo pode estar amarrado, em tranças, rabo de cavalo, solto, loiro, branco, verde, azul, roxo, rosa, cacheado, crespo, raspado, liso, cortado até o pescoço, na altura do bumbum ou até “joãozinho”, como antes, sem medo de dizerem que fica masculinizada demais ou parecendo lésbica. Quem tem a ver com nosso cabelo, nossa identidade e como isso nos faz sentir, independente de nossa sexualidade, não é? Por falar nisso, e se, depois de tanto tempo sem um companheiro, você quisesse ter um relacionamento aberto, com um homem, uma mulher ou ainda escolhesse ficar sozinha, como agora, pois você sabe que não precisa de uma companhia afetiva para encontrar felicidade nas pequenas coisas da vida? Você pode. E quem é a sociedade pra ditar de quem nosso
coração deve ou não gostar? Sim, mãe, você pode. E se quisesse ter mais um filho, independente de um casamento ou namoro? Sim, mãe, você pode. Há tantas alternativas médicas para se conseguir ou até mesmo pela adoção… Não ligue para a opinião da sociedade ou daquelas vizinhas que, quando por elas passa, todas se calam e fuxicam baixinho quando a senhora vai distante. Elas não a conhecem como a conhecemos, portanto, de nada sabem. Ter um filho não deve depender do pensamento e aprovação daqueles que não fazem parte da nossa vida. É algo pessoal e você pode escolher entre o não e o sim, ainda que te custe a beleza de um corpo (a mesma que sei não lhe importar se o assunto é gerar uma vida). Gordurinhas a mais ou a menos, quem dita como
deve ser o seu corpo, mãe, é você. Não ligue para essas propagandas de televisão, nas quais exibem mulheres com corpos esculturais, cabelos maleáveis e sorrisos de dentes tão brancos, que mais parecem ter sido lavados a água sanitária, querendo enfiar goela abaixo cremes de redução de medidas, maquiagens e perfumes para nos transformar em mulheres espetaculares mais aceitáveis socialmente. Eles só querem vender, independente de como a gente se sinta com nossas imagens, afinal, para eles, quanto mais buscamos a perfeição, melhor. Eles enriquecem, nós enlouquecemos (e gastamos), tal é a lei. Independente disso tudo, você pode escolher entre ficar gordinha ou emagrecer. Você pode escolher entre começar uma dieta na segunda-feira da próxima semana, ou da outra, amanhã ou hoje mesmo, assim como pode escolher ficar sentada no sofá, assistindo, descabelada, de pijama ou sutiã, agarrada com um pote de sorvete e biscoitos, embora saiba que não faria, pois prefere uma alimentação saudável, mas entre A ou B, saiba que você pode. Desde que, claro, quando na TV começar a passar aqueles comerciais ditadores da beleza, você mude de canal imediatamente. Sabe o que mais você pode? Sair, viajar, se divertir. Sei que não gosta muito dessas coisas, mas, se decidir fazer, só fique sabendo que você pode. Pode viajar sem culpa (embora eu imagine que para uma mãe é complicado, ainda mais quando se trata de você). Nós, seus filhos, já somos bem grandinhos pra nos cuidar enquanto você está fora, e também poderemos conhecer os mesmos lugares depois, então, se decidir fazer, mãe, você pode. Sozinha ou acompanhada. Você pode. Pode escolher sair à noite, prum barzi-
Ester Barroso, convidada Brasiliterário
Ester é uma grande escritora, poeta e, através deste espaço na Brasiliterário ela se expressou lindamente, mostrando assim seu grande dom de escrever. Nós da Brasiliterário nos sentimos honrados em tê-la escrevendo conosco. Através deste espaço a Brasiliterário demonstra seu grande apreço quanto ao magnifico trabalho desta mulher, tanto em sua página, “Moça, você é mais poesia que mulher”, quanto através da escrita!
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nho, uma dança, enfim. Eu sei que não faria, eu sei. Mas se acontecer de querer, mãe, você pode. Pode tomar uma cerveja, mãe. Um vinho, um uísque, uma caipirinha, pode tomar cachaça, afinal, provar bebidas é errado? Pode pedir para ter seus momentos sozinha (sim, eu sei que não gosta e prefere estar conosco), mas se acontecer, mãe, você pode. Pode se namorar, pode se masturbar, o que é um tabu imenso, sobretudo para nós, mulheres, o que é inaceitável, pois em se tratando de homens, é tido como normal, então, porque para nós seria imoral? Pode se tocar, pode conhecer, mãe. Pode se arrumar, usar batom da cor que quiser, seja ele nude ou vermelho encarnado, assim como seu esmalte. Pode usar brincos de pérolas, pedrinhas ou de argolas, pode escolher entre se depilar ou não – e isso vai desde suas partes íntimas até as pernas, sobrancelhas e axilas – só depende do que gostar e de como se sente bem. Sabe o que mais pode? Pode ser uma executiva, uma engenheira, médica, costureira, uma pedreira, uma encanadora, uma cientista, uma escritora – com direito a usar seu próprio nome e não um pseudônimo masculino -, pode ser dona de empresas, gari, 9
vendedora de doces, doméstica, dona do seu lar ou pode ser essa porra toda, bater no peito e exclamar “I’m the Boss!”. Você pode. Bem, na verdade eu só disse que “é lógico que pode!”. Mas essas coisas todas me vieram à mente no instante em que a vi voltar ao quarto pra terminar de se arrumar e que baixei a cabeça sorrindo pela pergunta, como se pensasse “Ah… se ela soubesse tudo o que pode…”. Pela pressa eu não tive tempo de dizê-la tudo isso naquele instante, mas agora estou dizendo. Mãe, você é mulher e ser mulher não significa inferioridade ou imoralidade contida naquilo que se quer fazer por nos fazer feliz. O que sinto é viver em meio a um povo que não faz o que quer por medo de ofender ou de não agradar. Nossas atitudes em relação à nossa felicidade ainda ser pautada na aprovação de terceiros por medo de soarmos/parecermos imorais? Pasme!!! Escrevi isso pela senhora e por tantas outras mulheres que têm suas mentes manipuladas ou sendo prejudicadas por padrões, machismo e normas sociais sem sentido que as diz que se fizerem isso ou aquilo é imoral, é errado, “não é coisa de mulher que se preze”, montam uma imagem de “mulher pra casar” e outra de “puta”. Mãe, mu-
lheres: “PUTA” é o estado de espírito em que fica a vida, vendo “tanta babaquice, tanta caretice dessa eterna falta do que falar”, como diria Cazuza. Ou seria melhor dizer que é por tanta falação demasiada? Mãe, você pode ser a bela, recatada e do lar sendo tudo isso e muito mais. E sim, mãe, eu sei que não faria NEM METADE dessas coisas, pois não são muito a sua praia e também porque há coisas que não faria por não gostar, nem por fazer parte do seu “eu”. Mas… só queria dizer que, se algum dia lhe der na telha de jogar tudo pro alto e resolver fazer qualquer uma dessas coisas, nos perguntando ou não, mãe, simplesmente saiba que VOCÊ PODE!
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Educação
Estes livros fazem parte de uma coletânea de nove obras, da quais acreditamos que sejam importantes para seu ingresso em uma universidade.
Como sabemos a prova do Enem que,
acontece sempre em meados de novembro, é um vestibular nacional para uma série de universidades públicas. Com a nota do Enem o estudante pode se inscrever no Sistema de Seleção Unificada, (Sisu), sistema criado pelo governo para selecionar alunos para as instituições públicas de ensino superior. O candidato pode escolher dois cursos de graduação de diversas instituições brasileiras de todos os Estados brasileiros. O Enem não tem lista de livros obriga11
tórios, porem com o passar do tempo notamos que as perguntas de literatura da prova começaram a se especificarem cada vez mais. Antigamente, utilizando o texto da própria pergunta, era possível fazer uma interpretação de texto e responder a mesma, agora vemos que é necessário entender o contexto para respondê-las. Com o aumento da dificuldade e da necessidade dos alunos conhecerem certos livros brasileiros, nós da Brasiliterário resolvemos fazer uma lista de preparação para o Enem, afim de terem um melhor desempenho na prova.
Poesia Completa
Memórias Póstumas de Brás Cuba Memórias Póstumas de Brás Cubas Autoria: Machado de Assis Curiosidade: a obra é da fase mais madura do autor, esta é considerada precursora na transição do romantismo para o realismo. Data de publicação: 1881. Resumo: celebrando o nada que foi sua vida, Brás Cubas dedica sua obra ao verme que roeu suas frias carnes de cadáver. Por que ler?: narrada em primeira pessoa por um “defunto-autor”, a obra tem traços de humor misturados a filosofia, história, crítica social e rompe com a tradicional linearidade romântica.
Poesia completa Autoria: Carlos Drummond de Andrade Curiosidade: a obra conta com dois poemas inéditos. Os netos de Drummond afirmam que ele não queria a publicação. Data de publicação: 2002, (lançado após sua morte pela editora Nova Aguilar). Resumo: traz os poemas em ordem cronológica. Por que ler?: em questões ou em trechos que exigem interpretação, os versos estão entre os mais frequentes do Enem.
Agosto Agosto Autoria: Rubem Fonseca Curiosidade: misturando ficção e realidade, Rubem Fonseca se inspira em crimes verídicos para analisar conflitos políticos e sociais do Brasil na década de 50. Data de publicação: 1990. Resumo: relata os dias que antecederam o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954, combinando, na narrativa policial, a intriga política e o realismo social. Por que ler?: o livro tem como pano de fundo os fatos que culminaram no suicídio de Vargas, tema que pode aparecer na prova de Ciências Humanas. 12
Grande Sertão: Veredas
Estrela da Vida Inteira
Estrela da Vida Inteira Autoria: Manuel Bandeira Curiosidade: irregularidade métrica, folclore, cultura popular. Saudade, infância, solidão. Pasárgada. Todos os temas poéticos do multifacetado Manuel Bandeira aparecem nessa obra. Data de publicação: 1966. Resumo: reunindo um conjunto de livros, a obra foi publicada em 1966 para comemorar o aniversário de 80 anos do poeta. Por que ler?: traz elementos simbolistas e parnasianos, aliados ao modernismo de um dos fundadores do movimento no Brasil.
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A Hora da Estrela
A Hora da Estrela Autoria: Clarice Lispector Curiosidade: as reflexões e os sentimentos registrados pela escritora desde as primeiras linhas da obra constituem parte da narrativa, que acaba introduzindo aos poucos a protagonista. Data de publicação: 1977. Resumo: entre a realidade e o delírio, a obra conta a história de uma moça do interior que vai para a cidade grande em busca de seus sonhos — narrando o desamparo comum a tantas pessoas. Por que ler?: a história da nordestina Macabéa em sua vida cotidiana no Rio de Janeiro transcorre no período da ditadura militar e versa sobre temas como psicologia e migração.
Grande Sertão: Veredas Autoria: Guimarães Rosa Curiosidade: o experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase se unem na obra — livro fundamental para entender a escola literária. Data de publicação: 1956. Resumo: o único romance do escritor mineiro utiliza o idioma do próprio sertão para narrar as lembranças do jagunço Riobaldo e seu amor por Diadorim. Por que ler?: a linguagem peculiar e a originalidade do estilo fazem parte da obra, frequente entre as leituras obrigatórias de vestibulares.
Manifesto da Poesia Pau-brasil
Capitães da Areia Capitães da Areia Autoria: Jorge Amado Curiosidade: publicado pouco depois de começar o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública. Data de publicação: 1937. Resumo: a narrativa é sobre um grupo de jovens abandonados que aterrorizam Salvador — conhecido como Capitães da Areia — mostra a vida violenta e as aspirações das crianças marginalizadas. Por que ler?: a obra de Jorge Amado foi uma das primeiras a abordar a infância abandonada sob uma perspectiva social, e não somente policial.
Manifesto da Poesia Pau-brasil Autoria: Oswald de Andrade Curiosidade: a obra ícone do modernismo brasileiro foi publicada inicialmente nas páginas do jornal Correio da Manhã, em março de 1924, e logo recebeu atenção internacional. Data de publicação: 1924. Resumo: apresenta as noções estéticas que iriam nortear o trabalho poético de Oswald e de outros modernistas brasileiros. Por que ler?: Reivindica uma linguagem natural e sugere uma absorção crítica da modernidade europeia.
Os Sertões Autoria:
Euclides da Cunha Curiosidade: marcando o início do pré-modernismo na literatura brasileira, a obra evidencia o contraste cultural em dois “Brasis”: o do sertão e o do litoral. Data de publicação: 1902. Resumo: publicado cinco anos após a campanha de Canudos, descreve as batalhas entre os homens liderados por Antonio Conselheiro e o exército brasileiro. Por que ler?: questionamentos sobre problemas sociológicos, antropológicos, históricos, políticos: a narrativa agrega aspectos da nação em um estilo jornalístico-épico importante para compreender o país. 14
Talentos da Escrita
VOCÊS SÃO
Vitimistas DEMAIS!
A mulher se faz de vítima toda hora. Ninguém merece! Só porque as estatísticas mostram que uma mulher é estuprada a cada três horas no Brasil, elas ficam com essa palhaçada de feminismo. Tudo agora é machismo. O cara não pode nem roçar o pinto no ônibus que elas já fazem escândalo, já saem pegando o celular pra fazer vídeo e escracho público. Parem com esse vitimismo, vocês têm o mesmo direito de passar a xereca em alguém. O negro, então, nem se fala. É muito coisa de vítima fazer cara de coitado quando um branco atravessa a rua, ao vê-lo na mesma calçada. Isso é apenas medo. Ou precaução. Eu hein. Tudo agora é racismo? O branco está 15
errado porque atravessou a rua, porque apertou a mochila contra o peito com mais força? E daí que ele não atravessou a rua quando veio outro branco? É instinto. Parem de “mimimi”, afinal tem esponjas no BBB pra todas as etnias. Até pra Rainha Elizabeth, aquela vovó fofa que assa biscoitos e mora num castelo. Não faz diferença se ela colonizou a África do Sul e ordenou a morte, a prisão e a clausura de um monte de preto, isso é história. É muito vitimismo. Não vejo uma matéria sequer no Fantástico sobre um branco que deu a volta por cima na vida. Sobre um branco filho de pedreiro que entrou pra Direito. É sempre preto, preto, preto. Um em cada vinte mil pretos
dão a volta por cima, isso já é por si só a prova de que oportunidade existe. É só não se fazer de vítima quando o irmão morrer baleado, confundido com um b a n d i d o . Porém o que mais me irrita é o gay. Enfiaram a porrada nele numa pracinha porque ele estava se agarrando com outro cara. Quando os defensores da nossa moral chegaram, eles estavam apenas conversando, de mãos dadas, mas mereciam apanhar, imagina uma criança vendo aquela cena. Aí depois vão pras redes sociais. Porque o homofóbico ri da minha maquiagem. Porque o homofóbico acha que “viado” é xingamento. Porque homossexualismo (sufixo de doença mes-
mo) é falta de umas boas palmadas na hora certa, quando o menino cisma em brincar de Barbie. Homossexualismo é errado, perante nosso senhor Jesus. Tudo agora é homofobia. Agora até lei pra defender bicha, tem. Aliás, essa lei serve só pra bicha homem ou lésbica também é homossexual? É que às vezes é legal assistir a um pornôzinho l é s b i c o . Inclusive, numa dessas festas alternas, ficamos olhando pra um casal de meninas se pegando. Que coisa mais linda. Uma delas era negra. Negra até bonita. Um amigo meu chegou e perguntou se podia brincar também. Que mulher não gosta de pinto, não é mesmo? Aí elas começaram a falar um monte de cagada. Pronto. Juntou feminismo com racismo e homofobia. Que escândalo. Filhas da puta, dá vontade de mostrar que não é bem assim. Cadê a surra de pica corretiva? Parem de se fazer de vítimas. Simples: não andem de modo suspeito. Não usem roupas inadequadas. Não se comportem mal. Não saiam de casa. Não se movam. Não respirem. Melhor, morram. Sejam vítimas de verdade. Encerrando a ironia: não é o mundo que está ficando chato e cheio de “mimimi”; são as minorias que estão cansadas de servir de capacho, que começaram a gritar mais alto e com mais frequência. Você acha chato porque tudo isso sempre foi machismo, racismo e homofobia e nunca ninguém falou nada, nunca ninguém chegou e te disse que isso é errado e ofensivo, e o desgraçado corajoso que se arriscava a falar era preso, surrado e queimado v i v o . Imagina você ser estuprado. Imagina se afastarem de você por causa da
Gabriel Carvalho ganhador da categoria:
Crônicas
Um assunto polêmico para um homem inteligente não será tratado com indiferença. Este texto retrata a sagassidade de Gabriel quanto a falar de uma assunto bastante delicado de forma imergir seu leitor no texto, fazendo-o, até mesmo no início, odiá-lo, pois tudo é dito com tanta veracidade que poucos duvidam. Temos um grande orgulho deste grande autor estar sendo exposto na Brasiliterário, e através deste espaço nós prestamos nossa grande satisfação em tê-lo em nossa revista!
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sua cor. Imagina você apanhar na rua porque perceberam sua carinha de h e t e r o . Aí você chega à sua casa, todo machucado, e um monte de gente te aponta o dedo e diz que a culpa é sua. Quando isso acontecer, finalmente compreenderá que o papel de vítima nesse teatrinho da vida está com o roteiro todo rasurado por pessoas que passaram os últimos duzentos anos fazendo pouco caso da luta de outras tantas pessoas que querem apenas respeito e uma sociedade mais justa. A mulher quer andar com a roupa que ela quiser e recusar o carinha que ela não quer pegar, sem medo de apanhar. O negro quer andar sem medo de
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ser abordado, e, mesmo que abordado, ainda seja respeitado. O homossexual quer beijar na boca e transar, e tem tanto tesão quanto você. Por fim, dedico essas palavras ao feminismo que é falta de pau. Ao racismo que é falta de correr atrás. À homossexualidade que é falta de boa educação na infância. Pra mim isso é, resumidamente, dedicadoWà péssima análise histórica que é falta de boas leituras. Me doeu escrever esse texto. Me deu agonia. Juro, eu tô tremendo. Porque fui lembrando, um a um, dos comentários das pessoas que dizem que quem sofre se faz de vítima.
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Biografia
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AS VARIAS
FACETAS DE FERNANDO
PESSOA. Conheça já as várias partes deste grande autor que foi Fernando Pessoa.
Você conhece Fernando Pessoa? Através deste artigo da Revista Brasiliterário venha adentrar na história de vida deste grande poeta do século XIX e XX. Tal texto foi dividido em três partes. A primeira trata da infância do autor, a segunda de sua adolescência e a terceira de sua vida adulta e acessão como escritor.
Sua Infância: Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu exatamente às 15h e 30 em Lisboa, capital de Portugal, no dia 13 de junho de 1888. Aos cinco anos, um acontecimento muda sua vida, seu pai falece aos 43 anos devido à tuberculose. Um ano após o ocorrido, seu irmão João, de apenas 1 anos, também faleceu. Antes da morte de seu pai, Fernando, de uma pequena família aristocrata, morava em uma bela casa com sua mãe Ma20
local mais modesto, este foi no terceiro andar, 104, da Rua de São Marçal. Neste período que surge o primeiro heterônimo de Fernando, Chevalier de Pas. Com apenas 6 anos de idade, Fernando compõe um poema para sua mãe chamado “À Minha Querida Mamã”, onde escreve sobre todo seu amor por ela. Desde a infância Fernando demonstraQuando o irmão de Fernando morreu, va grande facilidade para a literatura. um ano após da morte de seu pai, sua mãe é obrigada a vender parte da mo- Em 1895, com apenas 7 anos, sua mãe cabília de sua antiga casa para alugar um sa-se novamente, desta vez por procuração. O casamento foi na igreja de São Mamede, em Lisboa, com o comandante João Miguel Rosa, que era cônsul (Funcionário do estado) de Portugal na África do Sul. ria Magdalena, seu pai Joaquim Seabra, sua avó Dionísia, que tinha problemas mentais, e duas criadas de nome Joana e Emília. Seu pai era funcionário público do Ministério da Justiça e crítico musical do Diário de Notícia, e isso dava à família estabilidade financeira, mas com o trágico ocorrido, tudo mudou.
Pelo trabalho do padastro ser em solo africano, Fernando viaja com sua mãe e tio avô, Manuel Gualdino para a África do Sul e lá recebe educação inglesa, desde cedo demonstra a seus professores uma grande ap21
tidão literária e interesse na língua inglesa. Alan Poe, entre outros, que vieram a influenciar seus trabalhos posteriormente. No período de seu ensino fundamental fez a primeira comunhão, como era co- Fernando quando volta a Durban, na mum a todos que viviam na África do Sul África do Sul, tenta entrar em algumas da época, devido ao catolicismo existente na colonização europeia. E em dois anos de ensino, o garoto concluiu quatro anos letivos, demonstrando assim sua grande capacidade em aprender. Com dez anos ingressa no Liceu de Durban, colégio da cidade onde morava. Permaneceu três anos e lá cria seu pseudônimo Alexander Search e passa a mandar cartas a si mesmo. Fernando no Liceu foi um dos primeiros da classe na época. Pelo fato do ensino desta escola ser em inglês, seu contato com a língua inglesa foi enorme desde o início de sua vida educacional, por isso passa com louvor no primeiro exame Cape School High Examination e escreve seus primeiro poemas em inglês.
universidades, inclusive na Universidade do Cabo da Boa Esperança, sem êxito, mas na parte de ensaio em inglês foi o melhor contra 899, o que o fez ganhar o “Prémio Rainha Vitória”.
Em 1901, aos 11 anos, viaja com a família para Portugal, e passa a visitar a família de sua mãe e fica na casa dos Pedrouços e depois na Av. D. Carlos I, 109. Na capital portuguesa nasce o quarto filho de sua mãe com o padastro, João. Durante sua viagem, Um ano após a primeira tentativa de vai a Tavira, visitar os parentes de seu pai ir a universidade, ingressa novamente e lá escreve o poema “Quando Ela Passa”. na Durban High School, onde frequenta como se fosse seu primeiro ano universitário. Durante o período, lê clássiAdolescência cos latinos e ingleses para aprofundar Tendo de dividir a atenção de sua mãe com seus conhecimentos literários. Nesta os filhos do segundo casamento, Fernando mesma época que escreve alguns pose isola e passa a ter muitos momentos de emas em prosas com os heterônimos reflexão. Devido a educação inglesa, o jo- Charles Robert Anon e H. M. F. Lecher.. vem passa a ler grandes nomes da literatura como Shakespeare, Lord Byron, Edgar Fernando encerra seus estudos na Áfri22
ca do Sul com a possibilidade de estar bem qualificado para estudar em uma universidade. E assim consegue ser e parte para a capital portuguesa sozinho para viver, em 1905, aos 17 anos, com sua avó.
Vida adulta como escritor Fernando passa a viver com sua avó Dionísia e duas tias na Rua Bela Vista, n 17. Em 1906 ingressa no Curso Superior de Letras, que hoje é a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mas acaba abandonando sem nem completar o primeiro ano. Após sair da universidade, Fernando conhece dois grandes nomes da literatura portuguesa e, com isso, passa a se interessar pelos sermoções do Padre António Vieira e pelas obras de Cessário Verde. Após a morte de sua avó, Fernando recebe uma pequena herança, mas a acaba perdendo-a. Aluga seu primeiro quarto no Largo do Carmo, n 19 e lá vive como correspondente estrangeiro para conseguir se sustentar. E nesta modalidade de trabalho fica durante toda a vida. Fernando passa a interagir 23
com nomes da literatura local e a expor seus trabalhos como escritor em muitas revistas literárias, dentre estas, está a Revista Águia, onde fez seu primeiro trabalho como ensaísta e crítico literário. Em 1915 participa da Revista Literária Orpheus, e através dela lança o movimento modernista em Portugal, que gerou bastante controvérsia e escândalos na época. Em
tal revista publicou apenas dois textos, sob seu heterônimo Álvaro de Campos e seu nome Fernando Pessoa. A revista só teve duas edições, já na segunda quem era seu diretor era o próprio Fernando Pessoa, o que lhe dá grande notoriedade artística na época. Fernando Pessoa hoje é lembrado como um dos grandes nomes da literatura portuguesa e sempre demonstrou grande aptidão para escrever e criar poesias. A Brasiliterário, através deste artigo intitulado, “As várias facetas Fernando Pessoa” presta sua singela homenagem ao grande escritor importantíssimo para a cultura brasileira.
“Afinal, se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo!” 24
Talentos da Escrita
A NOIT
dos três
MAGO
Moisés Neto, ganhador da categoria:
Contos
Moisés Neto é um grande escritor de nossa atualidade, está ao lado da Brasiliterário há um tempo, nos alegrandeo a cada dia com suas convicções fortes de que devemos correr atrás daquilo que sonhamos. Nosso grande sonho é fazer este grande escritor tornar-se reconhecido. Através deste link você pode acessar a página do Facebook e lá conhecer seu grande trabalho. A Brasiliterário deixa aqui sua homenagem para este novo talento da literatura nacional
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Ambos bêbados quando os encontrei na Rua do Rio e lá estávamos nós: Guilherme, o Guina; João Pedro, o JP; e eu, o Moisa. Aceitei o convite feito horas antes, pois não se recusa uma convocação dos Reis Magos. Eles vinham de São Gonçalo, um tipo de “pesquisa de campo” no Outback. Ouvimos algo a respeito de certa garçonete de lá e os rapazes foram averiguar se era apenas boato. Infelizmente, meus druguinhos não tiveram sucesso: a tal menina não tinha dado as caras por lá... Enquanto os rapazes enchiam a cara pra afogar suas mágoas com a famosa garçonete, eu estava em Inhaúma, conversando com meus pais e esperando o Zorra Total – eles riem; eu bebo. Foi quando Guina e JP me ligaram e disseram que me buscariam. Nem sequer questionei, apenas tomei um banho e me vesti com preguiça e calculei o tempo pra que eu não esperasse demais, afinal prefiro chegar atrasado a mofar perto de gente idiota – e quase todo o mundo já era idiota em 2011. Depois que os encontrei no Manolo, bebi depressa para alcançá-los. Era a primeira vez em tempos que conseguíamos nos reunir. Trabalhá-
TE
s reis
OS!
vamos na mesma empresa de merda e, além de horários ridículos de expediente, compartilhávamos o apreço pelas moças e o amor pela boemia; uma saudade inexplicável de um tempo que não vivenciamos. Éramos soltos em um mundo preso; seres pensantes em um ambiente inerte. Enquanto números que representavam quantos chopes havíamos tomado eram riscados, música boa tocava ao fundo. Após falarmos mal de uma coordenadora colombiana que não conseguia pronunciar meu nome direito e só me chamava de “Mocés” e de um supervisor paulista que mudara muito desde que foi promovido, resolvi perguntar com quem Guina discutia ao telefone no banheiro dias antes. - Rapaz, foi com uma menina que conheci há algumas semanas em Icaraí. As
coisas estavam indo rápido demais e ela passou a me cobrar atenção e ligar toda hora. Ela parecia tão legal... - Então foi por isso o “acho que você está confundindo as coisas” – deduziu JP, imitando perfeitamente a voz de nosso amigo. Rimos alto - era muito bom estar com aqueles caras de novo. Em nossas vidas reais, éramos muito mais do que os nossos crachás informavam: Guina era um sanfoneiro dos bons, tocava em um grupo de Niterói; João Pedro, o único casado entre nós, professor de biologia, filósofo de puteiros e amante da vida – o Calígula de Santa Teresa; e eu, um mero estudante de literatura, projeto de escritor e psicólogo de putas. Não conhecíamos Helena, a esposa de JP, e pouco ouvíamos falar dela, mas era incrível como ele parecia levar uma vida de solteiro a qualquer hora do dia. Não julgávamos, não havia espaço pra essas babaquices entre nós. Ele agora nos contava uma história sobre como recentemente, ao voltar do trabalho, fora abordado por uma caridosa alma, ofertando companhia e prazer em uma solitária noite de janeiro.
Johnny Boy, nosso intrépido aventureiro, com sua já conhecida educação, jamais faria a desfeita de recusar tal convite e correr o risco de magoar aquela donzela carioca, 1,57m, aparentemente uns 52 kg e 32 anos, sardenta e carinhosa: - Disse que estava com alguns poucos reais na carteira, mas ela se mostrou muito compreensiva e me levou até uma sobreloja – disse ele. Uma luz fraca e aquele já costumeiro cheiro de sexo entranhado nas paredes. Ela tirou a minha calça e começou a chupar, mas não era muito boa naquilo ou simples-
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Quer conhecer mais do trabalho de nosso ganhador do gênero contos? Acesse já este link! mente estava cansada. Quando julgou que era o momento correto, me empurrou naquele lençol carregado de histórias e esperma não lavado e cavalgou com gosto. Não que eu me importasse, mas tive que comentar: “Meu bem, não sei se você notou, mas estamos sem nenhum tipo de proteção...” Me ignorou solenemente e prosseguiu. Tentei segurar, mas a loucura dela não ajudou e gozei. Quando levantou, já esperei pelo papel higiênico e, percebendo a demora da mesma, entendi que deveria me limpar com aquele lençol sujo mesmo. Nem deu tempo... A doida voltou, fumando haxixe e sentando de novo no meu pau ainda mole. Rebolou como se eu estivesse metendo e perguntou 27
se eu queria um pouco de haxixe também. Respondi que sim, pois só se vive uma vez. Fumamos, não trepamos de novo e ela me expulsou quando meu pau ficou duro. Acho que estou apaixonado. - Estamos todos – eu disse. Rimos novamente, Guina principalmente. Meses antes, nós dois tivemos finais bem distintos em uma mesma noite de aventura no Olimpo: enquanto eu terminei com a cabeça rachada na casa de meu amigo Azeredo, em Brás de Pina, e um noivado desfeito, Guina acordou em um motel no Irajá, sem fazer ideia de como voltar pra casa. Naquela noite, ele distribuiu chocolates às meninas e tivera um inesperado sucesso. Uma alma livre, e genial. Porém não tinha
histórias muito boas com as princesas do asfalto e estava curioso sobre uma da qual ouvira falar. “Shirley Adriana”, concluí. Shirley, ou Adriana, uma morena que conheci na Black & White, notou minha amargura em uma quinta-feira chuvosa e, ao me ver partir, perguntou a um amigo, Edson, se ele podia me dar seu número de telefone. No dia seguinte, lá estava eu. R$110 e uma hora e meia depois, estávamos conectados. Um rosto lindo, cabelo um pouco abaixo dos ombros, seios naturais e firmes que cabiam na boca, uma bunda arrebitada e que pernas... Tinha uma boceta consideravelmente apertada pra uma puta e chupava consideravelmente bem – não comprometia. Foi muito gentil en-
quanto me lavava, antes e depois. Seus defeitos, afinal ninguém é perfeito, eram sua voz estridente e seus pés, mas somos de uma geração na qual os pés femininos em geral são feios – ao menos eram pequenos. Tinha 24 anos e era apenas meses mais nova que eu. Fazia Comunicação Social na Estácio e morava na Tijuca. Meu pau naquela boneca era minha vingança contra os tijucanos. - Mas e aí? – Guina queria saber mais. Você realmente está com ela? - Ficamos juntos por um tempo. Já viemos de mãos dadas aqui mesmo no Manolo. Ela é uma menina sensacional, mas não me deixava pagar mais nada depois de um tempo e achei aquilo errado. - Você tá me dizendo que uma putinha da Black & White te bancava? - Ela fazia programa na Zona Sul também. R$450 a hora. Somos todos prostitutos, Guina. JP assentiu, mas franziu a testa e perguntou: - Porra, mas e o cuzinho, comeu? - Claro! Boceta hoje em dia é algo quase supérfluo. Mais risadas enquanto confessávamos já ter levado flores e poemas a profissionais que nos cativaram. Guina questionou: - Então vocês comem
muita puta de graça? - O apreço não tem preço, caro Guina – respondeu JP. Depois de pensarmos bastante sobre qual o próximo passo, decidimos pela Lapa. Pedimos a saideira e não sabíamos a que brindar até que JP disse: À NOITE DOS TRÊS REIS MAGOS! Aplausos e risos enquanto pagávamos a conta. Na saída do shopping, JP acertou um soco em Guina, bem na altura do estômago. Enquanto ele recuperava o fôlego e eu ria, JP gritava: - CLUBE DA LUTA!!!
Nem vi quando Guina me levantou e girou no ar. Soquei suas costas e caímos os dois. Guina deu uma rasteira em JP e ficamos os três rindo enquanto as pessoas olhavam assustadas e os seguranças nos expulsavam do lugar. Na antiga Automóvel Clube deserta, três bêbados acreditaram estar sendo seguidos por outros três sujeitos. Guina se preocupou: - Acho que seremos assaltados – ele disse. - Não mesmo. Três contra três, porra! – JP já fizera os cálculos. - Estamos bêbados, JP – lembrei. Mas espera... Eu vira uma barra de ferro na calçada e lá íamos nós dois correndo na direção dos ‘assaltantes’; Guina ficando pra trás. Jogávamos
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a barra um pro outro e jurávamos morte aos bandidos naquela já madrugada. Os rapazes fugiram e Guina se mostrou aliviado: - Graças a Deus. Vocês estavam falando em matar... Nunca pensei muito sobre o que faríamos realmente se alcançássemos aqueles caras. JP provavelmente s i m . Pouco falamos e muito dormimos na van no caminho pra Lapa. Mas, quando chegamos, não sei se por medo de nós, falta de chocolate ou cansaço, Guina cismou de ir embora. Entramos em cada birosca aberta que encontrávamos pela frente, mas a história era sempre a mesma: ele precisava partir, então decidiu que tinha nos arrumar duas bocetas de qualquer jeito. Não importa se a dona fosse velha ou nova, gorda ou magra; era um homem em dívida com seus companheiros e não descansaria enquanto não a quitasse, mas não estávamos cobrando nada. Tentei argumentar, mas não havia jeito: - Moisa, eu vou arrumar duas criaturas pra vocês e meter o pé. Quando entramos em um bar pra beber mais um pouco, ouvir uma música e jogar algumas partidas de 29
sinuca, vimos aquelas duas doidas discutindo e pagando a conta. Boa noite, meninas. – começou Guina. - Dá licença! – respondeu com seu sotaque nordestino a que parecia mais velha e antipática. - Mas pra que a pressa? – ele insistia. - É que moramos longe, somos de Nova Iguaçu – explicou a outra, uma gordinha simpática. Guina, o analfabeto geográfico mais carismático que já existiu, nos viu assentir com as cabeças o quão longe era Nova Iguaçu. - Mais um motivo – ele era bom – pra não saírem agora nesse breu e esperarem amanhecer. - Não. Dá licença? – pediu a antipática. - Façamos o seguinte – era JP entrando na brincadeira -: jogaremos uma partida e, caso ganhemos, vocês esperam conosco até ama-
nhecer. Caso contrário, estão liberadas pra esquecer nossas caras pra sempre. A loira antipática, que lembrava a Joelma, e a gordinha simpática, semelhante a qualquer gordinha simpática, se olharam e pareceram mais convencidas pelo cabeludo professor de biologia do q u e pelo sanfoneiro gordinho metido a forte e galã. Pedim o s as cervejas e fomos pra uma mesa no fundo do salão. Pus Pink Floyd pra tocar na jukebox e saí pra dar uma mijada. O banheiro fedia, mas a vida também não chei-
rava a rosas, portanto ao menos o mundo era coerente. Quando saí, vi JP ‘ensinando’ a loirinha irritante a jogar – o que era engraçado, levando em conta que as duas já estavam lá antes de nós - e os dois já pareciam entrosados. Ao me ver, Guina m e cham o u p r a perto dele e da gordinha com a qual simp a tizei de cara: - Moises, Graziela. Grazi, Moisa. Que menina encantadora, meu amigo escritor. Renderá belos poemas. - Belas páginas, né? Rimos, mas ela pareceu
não entender. Péssimo sinal... Guina disse que ia ao banheiro, mas não o vimos mais naquela noite. Só soube que não morrera pois nos reencontramos na segunda. Por ora, deixara seus amigos com a fofíssima Grazi e sua amiga Carla. Elas vieram de uma boate no Centro, do aniversário de um conhecido. Pelo que parece, Grazi viu seu ex com a nova namorada e surtara. Houve uma discussão e a tal Carla distribuiu tapas e socos até serem expulsas da boate – ela não me parecia mais tão antipática agora. Jogamos, ganhamos e pegamos as indefesas criaturas de Nova Iguaçu. Nenhuma dificuldade, em nenhum dos casos. JP e Carla foram pra rua e não sei quanto tempo demoraram, pois minha gordinha e
eu fomos pro banheiro. “Casal interessante”, pensei. Ela, uma gordinha bonita; eu, um magricela corcunda e narigudo. Nada deu certo no banheiro. Ela chorou, pensando no ex, na vida, no Iraque. Eu bufei, meu pau quase duro e totalmente revoltado comigo por colocá-lo naquela situação constrangedora. - Olha, Grazi. É melhor voltarmos. O que acha? Ela concordou e eu agradeci aos céus pelos Arcos e bondes. Mas, infelizmente, ela começou a me socar com sua vida, contando o quão difícil era o momento pelo qual passava. Pedi mais cerveja e deixei que o álcool lutasse dentro do meu corpo com as bobagens que ela enfiava em meus ouvidos de forma tão injusta e vil. Parece que ela chegou a morar com um francês que a deixou pra trás quando partiu pois, segundo o próprio, ela não era “digna de Paris” – ele também não, pelo visto. Além do mais, ela levara bomba pelo terceiro ano seguido no vestibular e voltara pra casa do pai, pois estava desempregada. Pra piorar, sua madrasta a detestava e sua mãe morrera de câncer anos atrás. - Poxa. A sua vida me fez perceber como a minha é boa. 30
Ela riu e eu fiquei aliviado. Não mais do que quando JP e Carla voltaram, ambos com sorriso amarelo – o mundo também fora seu banheiro naquela noite. O dono do bar disse que precisava fechar pois já eram sete da manhã e o bar abria novamente ao meio-dia. Ofendidos, mas resignados, pagamos a conta, ainda surpresos por como o tempo passara depressa. Paramos em uma lanchonete pra comer uns sanduiches e beber uns sucos e tudo aconteceu em uma sequência que até hoje me parece surreal: meu telefone tocou e era minha mãe reclamando – eu dissera que voltava logo quando saí na noite anterior. Respondi que já estava voltando e, ao me despedir, meu e r r o : Até, Paraíba. Carla ficou curiosa: - Sua mãe é paraibana? - Não – respondi - , ela é pernambucana, mas a chamamos assim em casa. - Mas você sabe que isso é errado, né? – seu sotaque estava mais forte. - O preconceito está em quem o vê, meu 31
amor – interviu, JP. - Vai à merda, JP! Como achei que ela estava passando do ponto, me irritei: - Passou de Cascadura, todos são paraíbas pra mim – provoquei. - Vai tomar no cu, seu macaco! – Carla berrou. - Quem falava de preconceito mesmo? Além do mais, falando em cu, eu aturei sua amiga chata e
depressiva a noite inteira pra que meu amigo comesse o seu cu... Pobre Grazi... Era a Besta Fera alcoolizada que falava por mim. Elas foram embora e JP ria enquanto todos na lanchonete nos olhavam. - É, meu druguinho – disse JP -, nem eu, nem tu. Nenhum de nós, Paulo Stein... Salve Camila! Salve! Nos despedimos e cada um seguiu seu caminho: ele, Santa Teresa; eu, a Cen-
tral. Em frente ao Souza Aguiar, alguém puxa meu braço e já viro desconfiado: era Carla, a para...ibana antipática; estava sozinha. - Cadê a Grazi? – perguntei. - Discutiu comigo e foi embora – respondeu. - É, não somos fáceis. Rimos sinceramente. Ela disse que não sabia voltar pra casa e esperei com ela o primeiro ônibus pra Nova Iguaçu. Antes de entrar, ela beijou minha boca e me deu um abraço apertado. Que figura... Pensei em mandar uma mensagem ao JP sobre o que aconteceu, mas deixei pra lá. Atravessei a Presidente Vargas e vi um pivete roubando o celular de uma senhora. “Que idiota”, pensei. Parei em frente a uma banca de jornal pra dar uma lida nas manchetes e vi a prateleira de livros. Em meio a tantos, um em particular me chamou a atenção: Charles Bukowski Ao Sul de Lugar Nenhum (histórias da vida subterrânea) Era um pocket, com um velho com cara de mendigo numa capa amarelada... Sei que todos dizem que “não se deve julgar um livro pela capa” mas, como “toda
unanimidade é burra”, o julguei justamente por isso e senti que seria uma boa leitura. R$20 viraram R$15 após pechinchar um pouco com o jornaleiro. Peguei o metrô, fiz a baldeação no Estácio e parti em direção à Inhaúma. A porra do livro me distraiu e desci na Pavuna. Pensei que o Velho Safado com cara de mendigo podia bem ser um Rei Mago, mas acho mesmo é que ele enfiaria a porrada em nós três...
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Escola Brasiliterário
POR QUE TODOS
deveriam ESCREVER MAIS? Veja razões, através deste artigo, para escrever ainda mais!
Já se perguntou alguma vez por que escrevemos? Há quem diga que escrever só serve para passarmos informação. Este é sim um benefício da escrita, mas claro que não é o único. Escrever liberta nossos pensamentos e permite que eles fluam em uma folha branca, de maneira a atingirmos o autoconhecimento. Escrever é instigante, pois nos faz entender o que se passa em nossas vidas, em nossas mentes, de forma que encontremos soluções para problemas que nem imaginávamos ter soluções.
mos. Quando escrevemos, além de nos dar ouvido, também nos avaliamos, de forma que nos permitimos atingir uma maior compreensão de quem somos, trazendo assim, resultados nunca antes vistos para nossa vida. Escrever é reconfortante, pois quando o fazemos estamos exercendo o papel de quem opina e não de quem se mantem recluso e submisso.
Se escrever é um exercício de aprendizado pessoal, então por que nem todas as pessoas escrevem? Porque nem todas Escrever é um exercício de autoaprendi- as pessoas entendem que escrever é nos zado, quando escrevemos nos conhece- dar um momento de réplica e um debate, mos, nos ouvimos, criticamos a nós mes- por exemplo. Há pessoas que acreditam 33
que escrever é ficar apenas enchendo o papel de palavras, da primeiro até a última no alfabeto sem, necessariamente, falar algo produtivo. Vivemos em um país onde escrever, para algumas pessoas, é para quem não tem nada para fazer, e aí descobrimos um grande erro de nossa sociedade. Escrever, para a maioria, é um luxo daqueles que já tem vida ganha e não precisam de
arregaçar as mangas. Mesmo que ainda haja pessoas que não entendam por que devemos escrever, irei abrir uma discussão através deste texto, de forma que no final dele, tenha pelo menos adicionado a mente do leitor, um pouco de vontade de se expressar em palavras, através da escrita. Deveríamos escrever mais, pois escrever é se expressar, escrever é imaginar e escrever é se libertar. Como dizia Anne Frank, o papel
é melhor que as pessoas, pois eles não têm preconceitos, por tanto se expressar no papel é garantir que não sejamos ridicularizados, ou mesmo machucados pela opinião alheia. Escrever é imaginar novos mundos, novas situações, saídas. Se há um problema, podemos adicioná-lo em uma história, texto, dissertação, redação, onde for, para desta forma encontrarmos uma solução.
Escrever é permitir que encarnamos personagens, de forma que consigamos nos colocar no lugar deles. Da imaginação de um escritor, pode existir personagens fortes que acabarão fazendo-o tornar-se menos preconceituoso. Escrever é libertar-se de toda a leitura feita, de todo pensamento adquirido e toda provação existente em nossos ombros. Informações estão em toda parte, portanto nos libertar de algumas destas que nos fazem viajar ou que nos aflige, é um exercício saudável para nós, humanos comunicadores que somos. Por tanto escrever é ousarmos falar sobre assuntos que nem todas as outras pessoas teriam coragem de falar, é interagir com o mundo calado, mas mesmo assim falando muito daquilo que é necessário para melhorarmos nossas vidas. Escrever é um ato libertador que só aqueles que não o fizeram, pois não conhecem a maravilha que é, criticam. Escrever é se atrever a discordar ou a concordar, mesmo que não fale para ninguém, apenas consigo mesmo.
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Talentos da Escrita
CRÔNICA S
Umbi
E PORT
Maíra Gregorio, ganhadora da categoria:
Crônicas
Maíra Gregorio é criadora do blog mahmelie.com, e lá elabora textos “Good Vibes”, como ela mesmo diz. Nesta crônica, embarque em sua vida familiar e descubra o que há de comum entre umbigos e portões. Temos uma grande honra em tê-la como uma de nossas ganhadores de nosso concurso! Entre já no site dela, Macromelia e conheça mais de seu trabalho. Através deste espaço a Brasiliterário demonstra seu grande apreço a esta grande escritora brasileira!
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Eu conheço muitos colecionadores. Acredito que vocês leitores também conheçam ou sejam colecionadores das mais diversas categorias. Moedas, cédulas antigas, bolinhas de gude, figurinhas, pratinhos, colherinhas, mini coisas e uma infinidade de opções de colecionáveis. Mas existe uma coleção que sempre me chamou muita atenção, uma coleção de... umbigos. Umbigo, bigobigo, bigo, imbigo, sim... uma coleção invejável de umbigos. Pesquisei no santo google e nada. Não encontrei uma palavra que defina o coletivo de umbigo, muito menos de uma coleção de umbigos. Apenas encontrei notícias sobre um colecionador de resíduos de umbigo, nada que me chocasse muito, até porque um dos meus melhores amigos também é um colecionador desse curioso item, o qual chama carinhosamente de “flunfas”. Mas voltando ao umbigo em si, a colecionadora voraz é a minha avó. Lembro de quando eu era pequena e ia visitá-la e adorava ver todos aqueles vidrinhos hermeticamente tampados, enfileirados, organizados, etiquetados e catalogados
SOBRE
igos
TÕES.
dentro de uma caixa de sapatos, que continham aquele curioso elemento preto, enrugadinho, retorcidinho e um pouco nojentinho. Mas como haviam sido conservados no éter, estavam ali... mumificados para a posteridade. Eram diversos os umbigos, principalmente dos netos e sobrinhos e ela sabia exatamente qual era de quem. Tanto que mandei pra ela enrolado num guardanapo, o umbiguinho do Martin, que para mim não fazia diferença nenhuma guardá-lo ou não, por isso o enviei como presente para essa grande colecionadora e ainda garanti alguns sorrisos da matriarca. Mas o mais curioso que eu descobri depois de tantos anos observando essa coleção da minha avó, foi que os umbi-
gos dos filhos não estavam catalogados em vidrinhos hermeticamente fechados naquela caixinha de “mumbigos”(múmias de umbigos). E existia uma razão lógica para isso. Um belo dia em uma roda barulhenta de conversa dos tios e primos ouvi o meu tio dizer: “- A mãe não se conforma até hoje de não ter enterrado o umbigo do Paulo no portão, por isso que ele foi embora para longe!” E todos gargalharam muito, falaram dos mumbigos e passaram para a próxima história. E eu fiquei com isso na cabeça, pois sou mãe de dois e também sou filha. A verdade é que o meu pai nem foi morar tão longe, mas quando vejo a minha avó contar as suas história de mocinha e falar que iam do Boqueirão em Passo Fundo-RS até lá no Pulador e de como era longe, eu entendo. Pois antigamente (não tão antigamente assim) o mundo era grande demais e as distâncias enormes, o transporte e as estradas não existiam, viajar era difícil, a comunicação era praticamente inexistente, então qualquer longinho... era do outro lado do mundo. Numa rápida consulta ao nosso oráculo favorito, verifiquei
que essa viagem dura aproximadamente 40 minutos de carro e a pé 4 horas e 34 minutos. Para as circunstâncias.... era longe mesmo. Imagina para a minha avó, matriarca da gema, ver o meu pai se mudar para o outro lado do Rio Uruguai e se instalar em terras no oeste selvagem catarinense, era realmente uma lonjura gigantesca e irremediável. Havia, uma fronteira e até um rio que separavam (e partiam) um coração de mãe. Tudo isso por culpa de um umbigo que não foi enterrado no portão, que vacilo! Mas sejamos francos, a má-
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Quer conhecer ainda mais o trabalho da Maíra, clique neste link e confira já! :)
xima de que criamos os filhos para o mundo é a mais pura verdade. Não tem jeito, talvez, apenas a mandinga do umbigo no portão, mas o corte do cordão umbilical, ali no nascimento, em meio a tanta emoção e amor é o primeiro anúncio, principalmente para as mães, de que os filhos não são parte dos nossos corpos. Os processos do engatinhar, do andar, do desmame até o primeiro dia da escola, são doses homeopáticas para que a gente entenda aos poucos, que eles cada dia mais se tornam ind e p e n d e n t e s . Não é à toa que vibramos a cada descober37
ta, a cada evolução e amadurecimento dos nossos pequenos. É impressionante como essa questão do cordão umbilical f u n c i o n a . Na primeira infância dos filhos queremos que eles cresçam logo, caminhem, comam sozinhos, aprendam a usar o troninho. Nós os incentivamos, torcemos e ficamos cheias de orgulho com cada vitória. Depois passamos aos ensinamentos de que é preciso fazer a lição de casa, guardar os brinquedos, tomar banho, esfregar atrás das orelhas e lavar o pinto! São vários os processos e indícios de que passo a passo, dia após dia os filhos
vão...voar. Não adianta chorar, fazer confusão ou chantagem emocional, faz parte do processo. Eu sou mãe de dois meninos e tenho a total certeza e claridade em minha mente e coração de que eles não vão viver eternamente co-
migo e eu nem quero!!! Tanto que desde já incentivamos o nosso mais velho a ser independente, falar outras línguas e almejar passos mais largos e profundos. Não quero de forma alguma filhos acorrentados a mim, não por eles, mas principalmente por mim, no caso aqui de casa, por nós ambos os pais. Um dia li um texto que falava sobre a mãe que cuidava mais do marido do que dos filhos. Não entendam de maneira seca, única e estreita tal sentença, mas o texto fazia todo o sentido, não se tratava de uma mãe descuidada ou relapsa com os filhos, muito pelo contrário, mas ela trazia à tona essa questão do binômio casamento X filhos. O casamento, melhor ainda, a relação marido e mulher precisa estar sempre muito mais fortificada do que qualquer outra coisa da casa, é a prioridade m á x i m a . Quando dissemos o SIM, eu aceito, aceitamos muito mais do que uma aliança no dedo ou um sobrenome, aceitamos um companheiro para a vida, pelo menos foi esse o motivo do nosso sim, uma vida conjunta, compartilhada e com amor. Eu e o Jorge temos muito claro nas nossas cabeças que um casal equilibrado mantém a casa em ordem e consequentemente filhos
felizes, seguros, amados e principalmente independentes. Hoje levamos os nossos filhos para todos os lugares junto conosco, desfrutamos desde de deliciosas viagens em família à jantares de macarrão e salsicha extremamente divertidos e confortantes. Amamos estar com os meninos e mesmo com a diferença de 10 anos entre eles, ambos ainda precisam da nossa guarda e proteção, inclusive na tomada da maioria das decisões, porque somos nós os adultos. Mas muito em breve o mais
velho também será adulto e ai ele deverá fazer as suas próprias escolhas. Pode ser que ele queira morar na esquina da nossa casa, mas também pode ser que ele faça como um amigo querido que foi se aventurar em terras geladas. Segundo a Wikipédia, Svalbard...situado a 560 km a nor-nordeste da costa norueguesa, o território mais próximo é o arquipélago russo da Terra de Francisco José, a leste, seguido da Gronelândia, a oeste. É o ponto da Terra permanentemente habitado mais próximo do Polo Norte. E como se não bastasse, o irmão, mora na terra do Canguru. Como faz essa mãe? Muito facebook, fotos, skype e todos as milhões de maneiras possíveis de comunicação
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que tornaram o mundo hoje tão pequeno. E os abraços e os cheirinhos? Esses são eventuais, mas são muito gostosos e proveitosos. O principal... dão muito apoio e tem orgulho desses filhos e eu dos meus amigos, é c l a r o . Inclusive recomendo muito que acompanhem essa jornada gelada nesse link: ShutterBird Production Mas voltando aos laços maternos e paternos. Mãe e pais queridos, aproveitem para literalmente afofar as suas crias agora enquanto ainda não são adultos. Cheirem, beijem, aproveitem sem nenhuma moderação, mas o façam AGORA. Não enterrem umbigos e se já o fizeram..desenterrem imediatamente e deixem os seus filhos voarem. Não temam pelos raros encontros que já fazem você sofrer antecipadamente ou pelas malditas noras que os roubam de casa, todas nós também fomos roubadas pelos nossos amores, tudo isso faz parte. Fortaleça o seu casamento, ou se não houver um companheiro, se fortaleça como indivíduo, tenha as suas próprias prioridades e aproveite a adultice dos filhos para viver os seus sonhos, talvez guardados em gavetas emperradas. Eu e o Jorge sabemos que os meninos tem grandes 39
chances de voarem longe e não poupamos apoio, condições e incentivos para que eles o façam. E o que a gente mais espera é que eles possam ir sem olhar para trás, sem culpas ou amarras, que eles vivam a suas próprias vidas para que a gente também possa viver o resto da nossa. É preciso ter muito claro nas mentes dos pais que os nossos filhos não são a gente, assim como também, não somos os nossos pais. Cada umbigo tem a sua própria jornada e nenhum é o centro do mundo. Então meus queridos, Cortem os cordões e aumentem os sorrisos e como eu sempre digo, estreitem os laços! Todo o resto.. faz parte.
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Graphic Novels
Veja, neste artigo, cinco grandes gêneros da literatura em quadrinhos, chamada Graphic Novel Neste artigo da Revista Brasiliterário falaremos de grande figuras importantíssimas no mundo das Graphic Novels, ou romances gráficos, do inglês. Este estilo literário surgiu na década de 60 e, erroneamente, há quem acredite que Will Eisner foi o seu criador. Na verdade, Eisner o popularizou quando lançou sua aclamada obra “Um Contrato Com Deus”, que tinha em sua 41
capa o selo Graphic Novel, daí em diante, com as vendas explodindo e a fama de Eisner aumentando, a notoriedade deste estilo também cresceu. Vale lembra que em 1960, Richard Kille usou o nome Graphic Novel em alguns textos de sua autoria, portanto ele seria o criador desta modalidade literária. Hoje, neste artigo, apresentaremos cinco figuras
importantíssimas para o mundo literário em quadrinhos. Lembre-se, estas pessoas foram escolhidas por nossa equipe, isso não significa que seriam os mesmos que selecionaria para uma lista pessoal. Se não concordar e se estiver em nosso site, abaixo da sessão da revista há uma área de comentários, assim pode nos dizer quem gostaria que estivesse em nossa lista.
3 - Frank Miller
5 - Art Spiegelman Em quinto lugar, Art Spiegelman, o criador da série “Maus”, que conta a história de seus pais, sobreviventes do Holocausto. É também ilustrador e foi, durante anos, criador de charges para a grande revista nova-iorquina, The New Yorker. Em 1992, Spiegelman ganhou o Pulitzer, prêmio mais importante para jornalistas, escritores e músicos do mundo. Na década de 60 e 70, foi uma das figuras de destaque no movimento underground dos quadrinhos que contribuiu para a publicação de “Real Pulp”, “Young Lust” e “Bizerre Sex”. As primeiras páginas de “Maus”foram publicadas em 1980, porém só em 1986 que Spiegelman pôde lançar o volume um. Em sua obra retratava vários grupos étnicos, sua relação complicada com o pai e quanto este homem e sua mãe lutaram para fugir do Holocausto na Polônia.
4 - Alan Moore
O quarto lugar é dos casos, que para alguns, deveria ser o primeiro. Alan Moore, o criador de Graphic Novels como “A Piada Mortal”, da série de quadrinhos do Batman lançada em 1998, “V de Vingança”, lançada em 2005 e “Watchmen” de 1986. Alan Moore tem uma das veias artísticas mais impressionantes no mundo literário já vista. Com suas obras ele consegue impactar milhares, até milhões de pessoas de uma maneira espetacular, através de suas expressões de erotismo, destruição da ordem e declínio do poder.
Frank miller, que para alguns deveria também estar em primeiro lugar, criador de “Sin City (Cidade do Pecado)” uma das Graphic Novels mais aclamadas que este mundo já viu, e esta também recebeu adaptações para o cinema. Sin City, conhecida por seus policiais covardes, preguiçosos e corruptos é uma cidade fictícia localizada em um zona desértica no Noroeste dos Estados Unidos. A cidade também é retratadas como sendo bem velha, com seus cortiços, a fazenda dos Roak, a Kadie’s Club Pecos e a Mansão Roak. Seu primeiro volume foi publicado em 1991 na Dark Horse Presents. Frank Miller também lançou a famosa obra “300 de Esparta” que mais tarde também teve adaptações para o cinema.
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1 - Will Eisner 2 - Neil Gaiman Neil Gaiman, criador de histórias como “Coraline”, “Deuses Americanos” e da grande obra “Sandmand”, que conta a história de Morpheus, um dos perpétuos, que não são Deuses e sim series primordiais como o Destino, a Morte, a Destruição, o Desejo, o Desespero e o Delírio. Em inglês, todos estes perpétuos começam com a letra “D”. “Sandman” comanda o sonhar, reino dos sonhos. Gaiman tem algo que poucos têm, a habilidade de criar personagens tão carismáticos a ponto de nos colocarmos nos lugar até mesmo de seres perpétuos, como “Sandman”. 43
O primeiro é Will Eisner, não o criador e sim o popularizador do estilo Graphic Novel. Criou seu primeiro romance gráfico na década de 70 e chama-se “Um Contrato Com Deus. Eisner também criou “The Spirit” em 1940, que conta a história de um homem que foi dado como morto, mas que anonimamente é um lutador contra o crime. Spirit para alguns entra no gênero Graphic Novel, porém, não o colocaremos aqui como a principal obra literária deste estilo de Will Esiner, pois há controvérsias.
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Talentos da Escrita
DE PEDRA BRUTA
a diamante
LAPIDADO.
Guilherme seguiu cedo para a casa da amiga. Vestia preto dos pés à cabeça, como pedia um funeral. No caminho, lamentava-se de não ter ido ao velório da querida tia Estela, tão cara aos dois futuros juristas. Por um momento estranhou o fato de Greta tê-lo convidado para ir à cerimônia fúnebre do tio e não ter feito este convite para o da tia. Por fim chegou à conclusão de que ela talvez precisasse dele ao seu lado neste sinistro evento para que sua presença lhe desse coragem de permanecer aparentemente triste até o final do enterro. Não podia estar mais enganado. Ao tocar a campainha e Greta ir prontamente atendê-la, Guilher45
me teve a mais fantástica visão de sua vida. A amada vestia uma calça branca justa, uma camisa igualmente branca, assim como os calçados, que se assemelhavam a tênis, mas mais delicados. Tinha uma blusa cor de pêssego enrolada no pescoço, com as mangas se encontrando em um nó sobre seu decote. Só isso já era de se espantar nela. Mas havia mais: seus cabelos normalmente desgrenhados e caindo sobre seu rosto estavam muito bem atados em um coque elegante, com alguns fios da franja caindo sobre sua testa. Os olhos da garota brilhavam de maneira descomunal e sua boca ostentava um belo sorriso
emoldurado pelo rosa claro do batom. Ele ficou longos segundos parado, extasiado, surpreendido pela joia que aparecera à sua frente. Nunca Greta estivera tão linda. Ambos sabiam disso. Ela permaneceu sorridente todo o tempo que Guilherme levou para recobrar sua ação. Ação única que foi, na verdade, ficar boquiaberto. Ela riu com vontade. Só então ele reagiu: - Greta... Mas que roupa é essa? Você não acha meio inadequada? Não que você não esteja bem... Você está maravilhosa... Mas para um velório? – Guilherme falava pausadamente, ainda desconcertado. - Que velório, o quê, Guilherme! – ela divertia-se com a falta de jeito do amigo.
– Meu tio já está enterrado há muito tempo! – virou-se, pegando algo que já estava estrategicamente colocado atrás da porta. - Nós vamos fazer um piquenique esta manhã! – E, medindo o amigo de cima a baixo, completou ironicamente – Espero que você não sinta calor com essa roupa de luto desnecessário. Ainda desconcertado, meio sem saber o que fazer ou o que falar, ele seguiu a lânguida moça, tendo às vezes de apressar o passo para alcançá-la em seu andar rápido. Ela estava estranhamente feliz. Estranhamente, sim, pois não era de seu feitio usar aquelas roupas, a maquiagem, e andar pelas ruas de São Paulo quase saltitante com uma cesta de piquenique na mão. Mas aquilo deixava Guilherme feliz, pois sabia que a amiga estava contente. Contente como nunca esteve. - Ibirapuera: do tupi, “árvore podre”. – Greta dizia, marcando as sílabas da palavra indígena e terminando sua explicação com um sorriso maroto ao voltar-se para o amigo. – De podre o parque não tem nada. Que lugar agradável! Depois de um longo passeio em que a moça tagarelou sem parar, eles sentaramse para comer. Continuaram conversando e rindo. Quem os visse jamais imaginaria o drama pelo qual Greta tinha passado até a manhã anterior e a maneira como tinha dado fim a seu sofrimento naquela tarde. De longe, pareciam um casal feliz e despreocupado, celebrando alguma data especial, o que de fato o era para a jovem. Passaram o dia todo no parque. O
Letícia Magalhães, ganhadora da categoria:
Livros
Letícia Magalhães sabe trabalhar seu público. Sabe mantê-lo vidrado em um livro, a ponto dele ler até o fim para entender toda a obra. Isto é maravilhoso, é de escritoras como ela que nosso país deve se orgulhar, pessoas que sabem prender a atenção de uma plateia. A Brasiliterário, através deste espaço deixa sua pequena homenagem a esta grande escritora nacional! Esperamos que tudo em sua vida ocorra bem.
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tempo voou e, quando perceberam, já estava escurecendo. Por um momento ela se lembrou daquele dia depois do toque de recolher e do soldado Mauro, mas logo o pensamento desapareceu. Voltaram satisfeitos, Guilherme fazendo questão de acompanhá-la à casa em que ficaria sozinha e em paz. Ou quase isso. Quando chegaram perto da casa, puderam ouvir um choro estridente e insistente. Greta logo pôs uma expressão de decepção no rosto e coçou a cabeça como quem acaba de perceber que cometeu um grave erro. - Eu nem estava lembrando que ela existia. - Sua priminha não chorou desde ontem à tarde? - Eu não estou captando mais choros agora. Entraram na casa após percorrerem aquele último trecho com maior velocidade. Ela seguiu para a cozinha. Ele ficou esperando-a na sala. Depois de alguns minutos ela voltava segurando uma mamadeira longe de seu corpo, como se tivesse nojo. Guilherme presumiu que a amada simplesmente segurava o objeto com cuidado porque estava muito quente. Subiram o lance de escadas e logo esta47
vam cara a cara com o bebê cumprido com prazer e faminto. Com uma ex- dedicação por Guilherme. pressão de dúvida e medo, ela suplicou: - Eu não sei pegar, segurar... – novamente a cara de nojo – a criança. Você pode fazer isso por mim, por favor? Antes mesmo de obter resposta, entregou a mamadeira ao amigo. Também sem muito jeito, mas com carinho, ele pegou a menina e, instintivamente, acolheu-a em seus braços, colocando-a para sugar com força o leite. Ao lado dos dois, Greta olhava com desconfiança e parecia não saber o que fazer. Hesitou por alguns minutos e depois saiu do quarto sem dizer uma palavra. Com o fim do banquete lácteo, Guilherme depositou o bebê no berço com cuidado e desceu ao encontro de Greta. Ela estava lendo calmamente no sofá da sala. Ao vê-lo, levantou-se aliviada, como se um fardo fosse tirado de seus ombros, e não pôde deixar de dizer: - Muito obrigada. – terminou com uma piscada – Já que você leva mais jeito que eu, você não quer passar aqui sempre antes da aula para... você sabe? Apesar da frieza da pergunta, ele aceitou. Qualquer pedido de Greta era
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Escola Brasiliterário
COMO TRANSFORMAR
Seu livro em um NEGÓCIO LUCRATIVO?
Através deste artigo aprenda como transformar seu livro em um negócio lucrativo de maneira autopublicada e independente. elaborar ações e táticas financeiras para investir de maneira sábia em seu negócio e claro a como criar uma política de aliança com parceiros e afiliados para desta forma crescer ainda mais as vendas de seu livro e, claro, forjar alianças. E assim concretizar seu maior sonho de ser um escritor de sucesso que todos conheçam sua obra.
Saber gerir um negócio é o conhecimento básico para qualquer escritor autopublicado de primeira viagem. Ele precisa saber controlar a qualidade de seus livros, a relacionar-se com um público de forma atraente, a divulgar sua obra e distribuí-la nos melhores pontos de vendas, a 49
Vamos do princípio. Por que controle de qualidade? Pense que como autopublicado não terá alguém para gerir a qualidade de seu livro, apenas você poderá dizer se o que está fazendo está correto ou não. Por isso, lembre-se, em hipótese alguma deve entregar um trabalho “meia-boca” para seus leitores. Eles merecem seu empenho, então nada de se esforçar pouco. Se não souber criar o de-
sign da capa de seu livro, vá logo ler alguns livros e aprenda a como fazer tal trabalho ou para pelo menos saber o bastante para contratar alguém e não ser enganado. Nunca esqueça, seu objetivo é fazer amigos e forjar alicerces de confianças, por tanto, seu público lhe recompensará pelo empenho! Mas, mesmo com o melhor produto do mundo, não ter uma plateia cativada e um público correto é perda de tempo. Por tanto, uma base de fãs repleta de pessoas que amem seu trabalho é o início de um bom futuro nas vendas. Pessoas querem acompanhar e descobrir novos talentos, com isso precisa fazê-los sentirem-se seus principais amigos e exclusivos em sua vida, o que de fato são, pois sem eles não terá leitores. Saiba cativá-los, pergunte-os o que gostam e o que acham de sua obra. Sua humildade com seu público mostra que eles podem confiar em você. Com a lealdade formada, divulgar na internet, por exemplo, é a melhor forma de comunicar-se com todos aqueles que agora acompanham de bom grado seu trabalho. Pense que manter um público unido no Facebook, por exem-
da mais pessoas conhecê-lo, não deixe de fazer uma política, onde anotará em uma lista, todos os parceiros que pode atingir e inclusive o que pode dar a eles em troca da parceria. Desta forma poderá divulgar ainda mais seu projeto e vendê-lo ainda mais, sem quase custo algum inicial, dependendo da parceria, e ainda assim conseguir atingir grandes resultados.
plo, onde sempre traga algo novo a eles é a melhor forma de mantê-los atentos sobre sua imagem.
nais ou livrarias, mas esta é uma maneira muito custosa e requer uma grande logística também, por isso os livros digitais vieram para salvar e financiar qualquer trabalho. Já pensou em seu e-book financiando o livro físico? Com as vendas de seu livro digital conseguir pagar as impressões de seu livro físico? É uma ótima forma de atingir vendas, mas sem gastar com isso.
Com tantas pessoas ao seu lado, saiba que os melhores locais de venda deve usar para que elas concretizem de fato a compra de sua obra. Pois não é em seus canais para distribuir conteúdo que venderá algo, precisa dirigir seu público de um conteúdo para um site de compra de Para fomentar ainda mais forma que eles associem o seu trabalho, e fazer ainconteúdo de alta qualidade anterior com a qualidade de algo comercial seu existente na página de compra.
Ainda há muito o que aprende sobre a autopublicação e como montar um negócio para seu livro. Mas não esqueça de acompanhar a Escola Brasiliterário no portal Brasiliterário clicando aqui, pois manteremos este assunto a tona e traremos ainda mais resoluções para problemas de escritores iniciantes na autopublicação. Não deixe de curtir nossa página no Facebook para mais artigos técnicos sobre autopublicação e escrita independente como este. Sem mais delongas, obrigado por ter lido até aqui e tenha uma ótima escrita!
Muitos escritores iniciantes no mundo digital, por exemplo, gostam de imprimir seus livros para aí tentar vendê-los em bie50
Talentos da Escrita
Os nós
Juliana Anjo, ganhadora da categoria:
Poemas
Juliana é um caso raro. É uma enorme escritora, mesmo ainda sendo jovem. É de grande talento! Consegue passar seus sentimentos lindamente em forma de palavras, e só temos a agradecer por a termos aqui,e esperamos que ela venha alegrar e marcar os corações de muitos leitores que queiram conhecer seu magnífico trabalho. A Brasiliterário deixa aqui sua homenagem a esta grande escritora brasileira que é Juliana Anjo.
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Talentos da Escrita
A DROGA
dos
SONHOS! Rob acorda com o sol batendo em seu rosto. Estava de mau humor, resultado de uma noite mal dormida. Era um sábado bonito, o céu estava azul e o sol irradiava através da janela. Olhou a hora e viu que eram 10:10 ainda. O dia seria longo e tedioso se não dormisse no míni53
mo mais umas 4 horas... zerado, não queria pensar em nada ou falar com Ele tentou tirar um cochi- alguém pelo resto do dia. lo mas sem sucesso. Virava-se de um lado para Já eram 11:00. Rob foi em o outro na tentativa de direção ao aparelho de encontrar uma posição som, precisava ouvir algo, confortável, mas não con- pegou o primeiro CD na seguiu. Levantou-se e fe- prateleira e colocou em chou a cortina. Seu humor um volume razoável. Deijá estava completamente tou-se na cama enquanto
a música tocava com acordes suaves de violão. Porém ele ainda se sentia vazio e desmotivado. Ele encarava o teto, respirando fundo e soltando o ar lentamente. Sua cabeça estava bagunçada. Tentou colocar em ordem os acontecimentos da noite anterior... Uma festa. Sim, a festa na casa do James, o guitarrista de sua banda. James era como um irmão para Rob, os dois sempre se deram muito bem desde pequenos. Na adolescência resolveram montar uma banda de Rock Alternativo com alguns colegas de classe. No início foi mais como uma brincadeira, mas depois perceberam que todos ali tinham potencial para levar o projeto adiante e logo começaram a tocar em pequenos eventos e bares da região. Rob estava vivendo um momento bom de sua vida, bom em partes, vamos dizer assim. A banda estava indo bem, estavam crescendo como músicos e como pessoas. Só que James começou a ficar meio estranho com o pessoal da banda. Era como se todos sentissem uma atmosfera estranha em volta dele, principalmente quando tocava. James fazia movimentos estranhos e bizarros quando estava no palco. Logo seus colegas perceberam que havia algo de errado com Ja-
Tom Niemand, ganhador da categoria:
Contos
Como não ficar vidrado com os textos deste grande escritor é Tom Niemand? O Surealismo presente em suas obras, ao lado de ideias inovadoras o fazem ser uma grande pedida para aqueles que querem ler algo com um final marcante. Através deste espaço, deixamos nosso apreço por este escritor de enorme talento e acreditamos que logo todos o verão fazendo o maior sucesso, pois este merece!
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mes. Eles foram falar com ele após um show em um evento grande da cidade e então souberam o porquê do comportamento estranho que James havia adotado. James havia passado por uma bateria de exames após se sentir mal um dia, logo ele descobriu que estava com câncer, um câncer no cérebro. Isso desde então o fez perder a cabeça e viver a vida de qualquer jeito. Ele começou a usar drogas pesadas, comprimidos e tudo que via pela frente. James estava na fossa com uma doença que o mataria em breve. Logo sua vida não faria mais sentido e sua morte não faria diferença seja de onde ela viesse. Todos da banda sentiram muito, o clima esfriou e a alegria que sentiam tocando nos palcos se tornou uma angústia sem fim. Eram todos grandes amigos. Todos estavam sofrendo com James. Ninguém podia ajudar. Ninguém podia curar sua doença e nem a dor que sentia. Logo a banda fazia shows por fazer, não desrespeitando os fãs, eles amavam todos, mas estavam ali somente por tocar. A sensação tão boa que sentiam 55
outrora havia se apagado. Essa festa que James fez na noite passada poderia ser a última de sua vida. O último dia que veria todos aqueles que amavam e estavam com ele juntos. Rob sentia muito, talvez mais que os outros caras. Naquela madrugada ele negou a carona que seus amigos o oferecera. Sua namorada entendia sua situação e o deixou caminhar sozinho. Ele voltou para casa a pé naquela noite. Scarlet era compreensiva e talvez a garota mais calma do mundo, para ela não havia momentos ruins, somente a vida em toda a sua plenitude. Rob a amava muito, logo menos se casariam pois ele sabia que jamais encontraria alguém melhor que Scarlet. Rob caminhou naquela noite, sem rumo, olhando para baixo, seus pensamentos estavam distantes. Chegou em casa e caiu na cama. Na luz do luar que descia sobre a janela algumas lágrimas brilhavam.
Gostaria de conhecer mais do trabalho de Tom, clique nestes link e veja mais! :)
Rob acorda com o sol batendo em seu rosto. Estava de mau humor, resultado de uma noite mal dormida. Era um sábado bonito, o céu estava azul e o sol irradiava através da j a n e l a . Olhou a hora e viu que eram 10:10 ainda. O dia seria longo e tedioso se não dormisse no mínimo mais umas 4 h o r a s . . . Ele tentou tirar um cochilo mas sem sucesso. Virava-se de um lado para o outro na tentativa de encontrar uma posição confortável, mas não conseguiu. Levantou-se e fechou a cortina. Seu humor já estava completamente zerado, não queria pensar em nada ou falar com alguém pelo resto do d i a .
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Talentos da Escrita
O ESQUEC
Bruno Cruz, ganhador na categoria:
Contos
Bruno tem uma grande qualidade textual, consegue prender a atenção das pessoas, além disso também consegue dar uma nova roupagem a assuntos de forma, a nem o leitor reconhecer suas referências. Sua escrita é impecável, e acreditamos que seja uma grande promessa da literatura nacional. Através deste espaço a Brasiliterário deixa seu apreço quanto ao grande trabalho deste escritor de enorme talento que é, Bruno Cruz.
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Pietro olhou em volta. Certificando-se de que não havia ninguém olhando, subiu o muro e ajudou Lucas a fazer o mesmo. — Ai! Só se esqueceu de ajudá-lo a descer do outro lado. — Shhh... – fez Pietro, levando o dedo à boca. – Não faça barulho! — Foi mal – sussurrou Lucas, levantando-se. Os dois amigos olharam para a casa. Normalmente, a velha mansão em ruínas era assustadora. À noite, ela dava um novo significado à palavra. Nos tempos antigos, tinha sido a residência de um rico e poderoso fazendeiro, cujas terras foram loteadas após sua morte, dando origem ao que hoje era o bairro do Bambuzal. Da antiga fazenda, tudo o que restara fora o casarão vazio. Ou não tão vazio, segundo alguns vizinhos. De acordo com eles, às vezes era possível ouvir – principalmente à noite – ruídos de objetos se movendo, vozes e risadas vindas da casa. Os barulhos aconteciam com mais frequência nas noites de lua cheia, e ninguém jamais descobrira sua origem. Era exatamente isso que Pietro e seu primo Lucas pretendiam fazer. Os dois garotos, de 14 e 13 anos, respectivamente, tinham passado a vida inteira ouvindo dos mais velhos histórias sobre as assombrações que habitavam o velho casarão, e agora tinham decidido confirmar sua veracidade. Pietro ligou a lanterna e começaram a andar pelo jardim, em direção à porta da frente. Lucas quase respirou aliviado quando a descobriram trancada. — Vamos dar a volta. Quase. Deram a volta no casarão. No fundo, um enorme bambuzal – único outro sobrevivente dos tempos da fazenda, e que inspi-
CIDO rara o nome do bairro – se erguia acima de todas as casas vizinhas. Ali, a porta já havia muito tempo não existia. Os dois garotos, lanternas em mãos, entraram na cozinha. O lugar onde uma vez tinham sido preparados grandes banquetes se encontrava agora numa situação que deixaria qualquer cozinheiro ou fiscal da Vigilância Sanitária em estado de choque – não tanto por causa da sujeira, das baratas e dos ratos que infestavam o lugar, mas principalmente porque, tendo sido construída no final do século XIX, não contava com todos os aparelhos e acessórios tão indispensáveis nas cozinhas modernas, tais como geladeira, freezer e micro-ondas. Um barulho veio do andar superior. Pietro e Lucas se entreolharam a fim de se certificarem que ambos tinham ouvido. Infelizmente, tinham. — Você vai na frente – falou Lucas. — Por que eu? — Porque eu falei primeiro. Era um argumento irrefutável. Com cautela, tentando não demonstrar medo – e falhando misera-
velmente – Pietro começou a subir as escadas, seguido de perto pelo primo. O barulho foi ficando mais alto na medida em que se aproximavam, como barulhos costumam fazer. Agora podia-se distinguir claramente que era uma voz humana, e o mais impressionante era que ela parecia cantar. Uma canção triste, como a de um pássaro engaiolado. Guiados pela audição, os garotos entraram no quarto ao fim do corredor. A canção parou. Intrigados, começaram a procurar. Não havia muita coisa ali: apenas uma velha poltrona rasgada, um tapete com mais buracos do que um campo de golfe e uma prateleira com algumas garrafas vazias. Pietro começou a examiná-las. Uma delas lhe chamou a atenção. Era uma garrafa de vidro, transparente e sem rótulo. Ao contrário de todas as outras, esta estava tampada com uma rolha. Pietro destampou-a. Ao fazer isso, foi como se o clima resolvesse dar uma lição a todos os meteorologistas que previram uma noite limpa: uma ventania que parecia vir de toda parte começou a soprar, e um forte cheiro de enxofre invadiu o quarto e as narinas dos dois garotos. Suas lanternas se apagaram, fa-
zendo-os gritarem. Uma luz avermelhada surgiu no canto mais escuro do cômodo, como uma brasa, fazendo-os gritarem e se abraçarem. Sem esperar para ver mais, os não tão bravos aventureiros aventuraram-se para fora do casarão. Se tivessem ficado mais um pouco, teriam visto o pequeno garoto, de pele negra e cachimbo na boca, pulando numa perna só, se espreguiçar e olhar ao redor, como se procurasse alguma coisa. Teriam testemunhado quando ele, parecendo se lembrar de algo, verificou atrás da porta e encontrou o que procurava. E também teriam observado, com um misto de fascínio e incredulidade, enquanto o saci vestia novamente sua carapuça e, depois de décadas, soltava seu terrível assobio noite adentro. Naquele dia, Sônia acordou de bom humor, como sempre acontecia em seus dias de folga.
Gostaria de ler na integra este conto de Bruno? Então acesse já nosso portal brasiliterario.wixsite.com/home que lá esterá todo o trabalho deste grande autor brasileiro. 58
Embaixadores Brasiliterário
Fome Quero um prato de esperança temperado de ternura servido com igualdade Um abraço de carinho um fio de felicidade Que o presente não se ausente Que o futuro não se apague nas lágrimas do passado Que a morte eu afugente e volte a ser criança Quero apenas ser gente ser humano não alguém pela metade
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Fantasiando você
mil imagens em pensamento vejo o teu rosto no firmamento transbordo em sentimentos junto de ti por um momento meu coração em fragmentos quer os teus lábios como alimento fazer do teu corpo o meu sustento da tua mente ser detento e não ficar apenas a jogar minhas palavras ao vento
Gaston Leonardo, embaixador concursos Brasiliterário Sem o Gaston, não conseguiríamos manter nosso trabalho, quando precisamos, ele acredito em nós. E isso desde o início foi recíproco, com isso, aqui deixamos este espaço destinado a este grande escritor da literatura nacional que cria verdadeira obras de arte. Seu livro, “Rascunhando Sobre A Vida”, pode ser encontrado através deste link. Com certeza não irá se arrepender de ir mais a fundo no trabalho deste grande autor que é Gaston Leonardo.
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Incompatibilidades Ele grita, ela reclama. Ele se irrita; ela faz drama. Ele se cala, ela o chama. Ele, de cueca; ela, de pijama. E, quando ele vai pro trabalho, ela goza na cama.
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Carpe diem Saboreando o dia Viva a vida neste instante, pois o tempo se avapora. O ontem ficou pra trás se acabou, foi embora. O amanhã ainda não veio. Goze intensamente esta hora. Tudo o que importa é só o hoje. Este momento, este agora. Todo o resto não tem pressa. É excesso, jogue fora. 62
A Revista Brasiliterário foi criada para incentivar a leitura e a escrita no Brasil. Seus três principais ideais são: falar de literatura de maneira simples, a fim de desmistificá-la para aquele público que acredita que ela seja massante ou irritante. Empoderar, através de nossos concursos, novos escritores brasileiros, a fim de mais pessoas conhecerem o trabalho magnífico que estes talentos fazem. Passar dicas, tutoriais e ensinamentos para todos aqueles que queiram escrever, a fim de despertarmos a chama da escrita nos corações de todos, de maneira a ninguém mais achá-la difícil de ser feita. A Revista Brasiliterário faz parte da Brasiliterário, portal literária focado em incentivar a leitura e a escrita no Brasil, que cria projetos como este da revista, além de também buscar sempre ensinar novas técnicas para autores, gerar mais oportunidades a eles, levar notícias e curiosidades a cerca do mercado editorial nacional e dos novos autores que nele residem. Agradecemos a todos que leram até aqui, sem vocês, leitores, não conseguiríamos sonhar e fazer tal revista. Acessem nosso portal para mais: brasiliterario.wixsite.com/home