Arquitetura
Prisional Feminina
A influência do espaço no cotidiano prisional
Bruna Brazão
Proposta de uma Penitenciária Feminina em Ribeirão Preto - SP
Bruna Cristina Brazão
Ribeirão Preto – SP 2020
Agradecimento Primeiramente, agradeço a Deus, que me deu saúde e forças para superar todos os obstáculos ao longo da minha graduação, de me mostrar que sem esforço não há conquista. Aos meus pais, meu irmão e meu namorado por serem essenciais na minha vida, por terem participado da minha vida acadêmica no dia a dia, me incentivando e toda paciência nos momentos de minha fraqueza emocional ao longo do meu curso. A as minhas amigas da faculdade, Thais e Catarina, que tiveram comigo durante a graduação, pelas trocas de conhecimentos e pelo apoio até aqui. Também sou grata à Agente de segurança Penitenciária, Francielli Santos, por toda instrução de funcionamento de um sistema prisional e sua situação atual. Obrigado a todos os docentes por me transmitirem com muito carinho e dedicação um pouco de seu conhecimento e me mostrar o quanto nossa profissão é maravilhosa. Sou eternamente grata a todos que de um jeito ou de outro colaboraram até aqui comigo!
Figura 1- Olhar feminino Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
“(...) a pena reside apenas na privação de liberdade, e não na privação dos direitos humanos fundamentais. Como todas as pessoas, portanto, a população privada de liberdade tem o direito de acesso ao mais alto padrão de saúde possível”. UNAIDS.NY.2007
Figura 2 -Liberdade Fonte: Pixabay. Disponível em: https://www.pexels.com/ pt-br/foto/algemas-ceuliberdade-maos-247851/ Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
The Project proposes the creation of a female prison space, prioritizing mental health and re-education, following the law of criminal execution and its basic guidelines. The growth of the prison population and its lack of basic structure, has been a subject largely ignored by the population and authorities. Therefore, there will be a discussion about the Brazilian penal system with regard to the female universe, based on the analysis of prison data and current prisons. The purpose of this work is to develop a penitentiary that seeks in architecture ways of resocializing and humanizing women thereby analyzing the relationship between individuals and the space built with regard to penitentiary architecture, verifying how environmental influence interferes with the individual's behavior in the penal space.
Palavras-chave: Espaço penitenciário. Penitenciária Feminina. Mulheres no sistema prisional. Reeducação prisional.
Keywords: Prison space. Women's Penitentiary. Women in the prison system. Prison re-education.
Resumo / Abstract
O Projeto propõe a criação de um espaço penitenciário feminino, priorizando a saúde mental e a reeducação, seguindo a lei de execução penal e suas diretrizes básicas. O crescimento da população carcerária e sua falta de estrutura básica, tem sido um assunto bastante ignorado pela população e autoridades. Sendo assim, será feita uma discussão sobre o sistema penal brasileiro no que se refere ao universo feminino, a partir da análise dos dados carcerários e das prisões atuais. A proposta desse trabalho é desenvolver uma penitenciária que busque na arquitetura meios de ressocialização e humanização das mulheres por meio disso analisar a relação entre os indivíduos e o espaço construído no que se refere a arquitetura penitenciária, verificando como a influência ambiental interfere no comportamento do indivíduo no espaço penal.
Figura 3- Silhueta feminina Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................15 2.1. Evolução histórica do espaço penitenciário ........................... 17 2.2. A evolução do espaço penitenciário no Brasil ........................ 21 2.3. Breve histórico das prisões femininas .................................. 23 2.4. As tipologias arquitetônicas penitenciárias ............................25 2.4.1. Modelo de inspeção central ........................................ 26 2.4.2. Radial ou Filadélfico ....................................................28 2.4.3. Modelo poste telegráfico ou ‘’espinha de peixe’’ ............ 30 2.4.4. Modelo de pavilhões ou auburniano ............................... 31 2.5. O espaço e o indivíduo ..................................................... 32 2.6. Perfil da população prisional feminina no Brasil........................ 33 2.6.1.População prisional feminina........................................... 34 2.6.2.População prisional feminina no sistema estadual brasileiro... 35 2.6.3 Mães privadas de liberdade........................................... 36 2.6.4. Faixa Etária ............................................................... 37 2.6.5. Delitos cometidos ..................................................... 38 2.7. Penitenciária feminina de Ribeirão Preto .............................. 39 2.7.1. Entrevista com ex detenta ............................................... 41 3. LEITURAS PROJETUAIS ......................................................... 43 3.1. Holmsheidi Prison............................................................. 45 3.2. Female Prison.................................................................. 55 3.3. PriSchool........................................................................ 65 4. ÁREA DE INTERVENÇÃO..........................................................75 4.1. Localização da área de intervenção.......................................77 4.2. Hierarquia Viária e Transporte Público................................... 81 4.3. Uso do solo e Equipamentos Urbanos...................................82 5. ESTUDO PRELIMINAR............................................................. 83 5.1. Programa de Necessidades................................................ 85 5.2. Fluxograma...................................................................... 94 5.3. Conceito e Partido............................................................95 5.4. Plano de Massas.............................................................. 96 5.5. Volumetria ..................................................................... 97 5.6. Diretrizes Projetuais......................................................... 100 6. O PROJETO.......................................................................... 102 6.1. CONSIDERAÇÃO FINAL......................................................120 7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................121 8. APÊNDICE: DESENHOS TÉCNICOS............................................125
Sumário
1. INTRODUÇÃO ......................................................................9
8
1. Introdução
9
Figura 4- Natureza feminina Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
10
O crescimento carcerário tem tomado proporções cada vez maiores. As condições negativas ambientais colaboram para que haja violência, rebeliões e também tentativas de fuga, isso têm efeito direto no comportamento e na estruturação dos valores sociais e podem ser determinantes do sucesso ou não das atividades que ocorrem em seu interior. Também é capaz de gerar graves danos psíquicos, isto é, há a visível deturpação na ressocialização dos indivíduos, que retornam à sociedade com mais impulso ao cometimento de novas infrações, o que é negativo para ambos os lados. Foucalt, (1987), define que a questão da punição passou por um processo evolutivo/involutivo da tortura corporal para a tortura mental, espaço e pena inadequado à reinserção social (mas talvez adequada do ponto de vista da vingança social), colocando em questão as normas penais aos caos dos seus objetivos teóricos. O Brasil possui uma das mais avançadas leis penitenciárias da América Latina, Lei nº 7.210 a Lei de Execuções Penais, de 11 de julho de 1984, que assegura todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei, propondo, inclusive, aspectos recuperadores de tratamento aos condenados. Além disso, a Constituição Federal enumera os direitos e garantias fundamentais dos presos. Em complemento, a Resolução de 11 de Novembro de 1994, do Conselho Nacional de Política criminal e Penitenciária fixa mínimas de tratamento do preso no Brasil assegurando ao interno todos os direitos que a sentença não atingiu. (LIMA, 2005, p.12)
Podemos analisar conforme a imagem a baixo, segundo dados e imagem da INFOPEN (Departamento Penitenciário Nacional), período entre julho a dezembro de 2019. Em relação a presos (Homens e mulheres) em unidades prisionais no Brasil e em comparação ao estado de São Paulo. Figura 5imagem dados população carcerária no brasil, 2019. INFOPEN Acesso em 24/04/20. Modificado pela autora
11
Brasil
Estado de SP
Figura 6imagem dados população carcerária no estado de SP, 2019. Acesso em 24/04/20. Modificado pela autora
Os dados do Concelho Nacional de Justiça (CNJ), apontam para o aumento da população prisional brasileira que, de acordo com diagnóstico do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), cresce a um ritmo de 8,3% ao ano. Nessa marcha, o número de presos pode chegar a quase 1,5 milhão em 2025, o equivalente à população de cidades como Belém e Goiânia.
CHN EUA Figura 7Pódio Fonte: Google. Acesso em: 27/05/20. Modificado pela autora
BR
Atualmente, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China, conforme a imagem a cima.
A partir do levantamento do quadro existente, é necessário buscar possibilidades para trabalhar a problemática, que, neste caso, é a implementação de um presídio feminino na cidade de Ribeirão Preto, rompendo com o paradigma do isolamento destas tipologias arquitetônicas no cenário urbano.
12 12
A escolha do gênero feminino é a desigualdade que ainda existe no mundo carcerário. A falta de estrutura adequada para atender as peculiaridades femininas. Cada vez mais cresce a população carcerária e os sistemas prisionais atuais não comportam com essa demanda
O projeto tem como foco, projetar e conceituar um espaço prisional fazendo com que a punição ande junto com a saúde mental, e não ser punição x saúde mental como vimos atualmente. O projeto atenderá todas as peculiaridades femininas. Pela grande falta de estrutura para futuras mães, o projeto também vai ter estrutura maternal, para mães privadas de liberdade ter seu filho por perto até 2 anos de idade tendo apoio escolar, pois por meio à entrevistas realizadas, um dos motivos que mais afetam às mães nas prisões é a ausência de seus filhos que na grande maioria não tem com quem ficar em membro familiar, colaborando então com a saúde mental das detentas. Em relação ao método de trabalho, foram utilizados 2 livros relacionados a atual temática em relação a prisão e o recluso, PRISIONEIRAS, Dráuzio Varella e VIGIAR E PUNIR, Michel Foucault. Também foram estudados alguns artigos Científicos, Teses, Monografias e Dissertações utilizados em média de 4 trabalhos foram compilados a partir do Google, cuja pesquisa tinha referência as palavras chave: Arquitetura prisional; Arquitetura Penitenciária; Psicologia Ambiental. Foram pesquisados também as leis e Diretrizes Penais por meio a Resolução 09/2011 – Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal, do Concelho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen), e do INFOPEN (Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias), O INFOPEN é um sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro. A coleta de dados foram realizadas de acordo com o fichamento das informações, de modo a fixar somente as informações necessárias para o desenvolvimento do projeto. Foi essencial também uma entrevista com Agentes de segurança Penitenciária e ex-Detentas, para melhor entender o funcionamento penal e sua realidade escondida atrás das grades.
13
Figura 8- Seu prรณprio mundo Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
12 14
2. Fundamentação Teórica
15
Figura 9-População feminina Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
12 16
2.1 Evolução histórica do espaço penitenciário
XVI
Figura 10Grades Fonte: Isabella Mendes. Disponível em: https://www.pe xels.com/ptbr/foto/acoameaca-aramefarpadobarreira340585/ Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
De acordo com Cordeiro, (2005), antigamente, devido ao baixo desenvolvimento das cidades e o pequeno índice populacional, não se faziam necessárias as prisões. A medida em que cresce a vida coletiva, a prisão aparece localizada nos palácios dos reis, dependências dos templos, das muralhas, torres e fortalezas que cercavam as cidades, em fossas baixas e buracos e em gaiolas de madeira, onde os acusados eram amarrados. Porém, a privação da liberdade como pena, no Direito leigo iniciou-se na Holanda, a partir do século XVI, quando em 1595. A crise do sistema feudal e a migração da população dos campos para as cidades, as quais apresentavam cenário de pobreza e miséria na Europa, aumentou a criminalidade e forçou a construção de várias prisões, com o fim disciplinar e corretivo através do trabalho, especialmente pelos crimes cometidos contra o patrimônio que não se solucionariam com a pena de morte que, fatalmente, exterminaria milhares de delinquentes assolados pela fome. (GARBELINI, 2004) No final do século XVIII, o crime era considerado uma afronta ao poder do soberano e como tal demandava uma punição, aplicando-se os castigos em praça pública, como a função de deixar uma marca inapagável do castigo aplicado e testemunhado por todos. (CORDEIRO, 2005).
17
A amputação dos braços, a degola, a forca, o suplício na fogueira, queimaduras a ferro em brasa, a roda e a guilhotina eram as formas de punição que causavam dor extrema e que proporcionavam espetáculos à população. A escravização do sujeito também era uma das punições praticada no período medieval. (CARVALHO, 2002). Conhecido o risco social da vingança pública dos suplícios, e pela necessidade de maior controle social, ocorreu então uma inversão no sistema punitivo e o julgamento, que outrora era velado, passa a ser público enquanto que a aplicação da pena, antes em praça pública, torna-se oculta. Cordeiro, (2005). Nos séculos XVII e XVIII surgiu grande número de estabelecimentos de detenção, não obedecendo a nenhum princípio penitenciário, normas de higiene e de moral. (LIMA, 2005). Ainda segundo Cordeiro (2005), geralmente, essas prisões eram subterrâneas, insalubres, infectas e repelentes. Verdadeiras masmorras do desespero e da fome. Repletas de condenados, que, ali abandonados, criavam situações insuportáveis. As condições de insalubridade e falta de higiene faziam com que as febres infecciosas se propagassem no interior desses cárceres, dizimando os reclusos, transmitindo-se para fora, causando verdadeiros danos à população livre.
Com John Howard (1720-1790) registrou-se, na Inglaterra, um movimento revolucionário para humanizar o regime prisional da época, através do recolhimento celular, trabalho diário, reforma moral pela religião, condições de higiene e de alimentação. Seu esforço não foi inútil. Em 1775 e 1781, foram construídos dois estabelecimentos penitenciários, nos moldes por ele preconizados. Posteriormente, mais outro foi edificado também na Inglaterra. (LIMA, 2005) A primeira prisão destinada ao recolhimento de criminoso, a House of Correction, construída em Londres entre 1550 e 1552, foi de modo marcante no século XVIII. De acordo com Trindade, (1993), a mais antiga arquitetura carcerária foi o modelo Rasphuis de Amsterdã, destinados para homens, que se destinava em princípio a mendigos e jovens malfeitores a penas leves e longas com trabalho obrigatório, vigilância contínua, exortações e leituras espirituais. Surge então, no século XIX, Jeremias Bentham (1748-1832) e seu modelo arquitetônico panóptico (ótico=ver + pan=tudo), caracterizado pela forma radial, uma torre no centro e um só vigilante, o qual pelo efeito central da torre, percebia os movimentos dos condenados em suas celas. A primeira prisão panóptica foi construída em 1800, nos EUA. (TRINDADE, 1993).
12 18
O panóptico constitui um aparelho arquitetural, onde os detentos são vistos e vigiados, sem, no entanto, ver quem os vigia. O detento nunca deveria saber se estava sendo observado, mas deveria ter certeza de que sempre poderia sê-lo. (CORDEIRO, 2005).
Figura 11- Costurando o cérebro Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
o panóptico aparece como jaula cruel e sábia, vez que abandona os suplícios, os castigos pelo poder da observação, um puro sistema arquitetural e óptico e polivalente em suas aplicações: serve para emendar os prisioneiros, mas também para cuidar dos doentes, instruir s escolares, guardar os loucos, fiscalizar os operários, fazer trabalhar os mendigos e ociosos, seria um tipo de implantação de corpos no espaço. (FOUCAULT, 1981, p. 172)
Ainda segundo Foucault, (1981), A primeira prisão com esse aparelho arquitetônico foi construída no Estados Unidos, em 1800. Na mesma época, surgiram outros sistemas no mundo: o Filadélfia (1790, EUA), em 1821, surgiu o sistema de Auburn (New York, logo em seguida em 1846, registra-se o aparecimento do sistema Progressivo Inglês (Austrália) e assim sucessivamente outras começaram aparecer.
O panóptico é um zoológico real; o animal é substituído pelo homem (FOUCALT, 2009, P.193)
19
Figura 12- Rosto feminino Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/03/20. Modificado pela autora
12 20
2.2 A evolução do espaço penitenciário no Brasil
Segundo Cordeiro, (2005), a instalação da primeira prisão brasileira mencionada na Carta Régia de 1769 foi uma Casa de Correção no Rio de Janeiro, seguida de outra cadeia construída em São Paulo, entre 1784 e 1788, conhecida simplesmente como Cadeia e estava localizado no então Largo de São Gonçalo, hoje Praça João Mendes. (CORDEIRO apud FOUCAULT, 1979).
Figura 13- Presos penduram faixa demonstrando luto no Complexo Penitenciário do Carandiru, três dias após o massacre ocorrido no local, 05/10/1992. Disponível em: Acesso em: 02/03/2020. Modificado pela autora
Essas cadeias se apresentavam como grandes casarões, onde funcionava também a Câmara Municipal. Na parte inferior existiam as salas destinadas ao aprisionamento, para onde eram levados os indivíduos que cometiam infrações, inclusive escravos, para aguardar as penas de açoite, multa ou o degredo, uma vez que não existia ainda a pena de prisão. (CORDEIRO, 2005)
A partir do século XIX começaram a surgir as prisões, com celas individuais e oficinas de trabalho e uma arquitetura própria para a pena de prisão. Nessa evolução, começa-se a ver a construção de pavilhões isolados e com limite máximo de presos por unidade carcerária. Cordeiro, (2005) O código penal de 1890 estabeleceu novas modalidades de prisão, considerando que não haveria mais penas perpétuas e coletivas, limitando-se penas restritivas de liberdade individual, no máximo trinca anos, com prisão celular, reclusão, prisão com trabalho obrigatório e prisão disciplinar. (GABERLINI, 2004)
21
O Carandiru
Figura 14 – Vista aérea Complexo Carandiru/SP Fonte: Imigrante. Disponível em: https://imirante.com/brasil/noticias/2017/10/02/massacre-do-carandiru-completa-25-anos-sempunicao.shtml. Acesso em: 15/03/20. Modificado pela autora
Na virada do século XIX para o XX, São Paulo vivia um período de desenvolvimento econômico que beneficiava e estimulava o crescimento populacional, com isso também cresceu o número de criminalidade, e as prisões existentes já não eram mais suficientes nem adequadas para a crescente população carcerária. Adorno, (2007)
Foi então que, começou a construir em 1911 uma nova Penitenciária do estado, a casa de Detenção de São Paulo, popularmente conhecida como Carandiru por localizar-se no bairro homônimo, na zona norte de São Paulo. Sua construção durou 9 anos e foi inaugurada em 21 de Abril de 1920. Azevedo, (1977) Sua construção é do engenheiro-arquiteto Samuel das Neves, o Projeto do presídio foi inspirado no Centre Pénitentiare de Fresnes, na França, no modelo ‘’espinha de peixe’’, e foi elaborado pelo engenheiro-arquiteto Giordano Petry, mas no decorrer de sua execução, sofreu algumas adaptações, uma delas foi a construção dos dois pavilhões originais do presídio que ficou a cargo do Escritório Técnico Ramos de Azevedo. Azevedo, (1977) Segundo dados disponibilizados pelo website “Acessa São Paulo”, o presídio já chegou a abrigar mais de oito mil presos, sendo considerado à época o maior presídio da América Latina. Em 1992 houve um massacre, mais de 111 detentos foram mortos pela Polícia Militar de São Paulo durante uma rebelião sofrido também por consequências da superlotação, esse fato teve grande repercussão nacional e internacional. Foi desativado e parcialmente demolido em 2002, e no local foi construído o Parque da Juventude, um dos seus pavilhões foi reaproveitado para ser instalado no edifício a Escola Técnica Estadual do parque da Juventude (ETEC). Barcelos, (1992)
12 22
2.3 Breve histórico das prisões femininas
Antigamente a mulher se situava no segundo plano, ou seja, elas eram afastadas de postos de liderança, por consequência, não tiveram tantas oportunidades para cometer determinados delitos. (FREITAS, 2009) Então conforme as mulheres se enxergam de um modo subordinado aos homens e consequentemente conquistam posições em nossas sociedades, sua participação no mercado de trabalho e etc, a sua oportunidade para cometer certos delitos também se eleva. (FREITAS, 2009) Segundo Machado (2017) A primeira prisão feminina - The Spinhuis - surgiu na Holanda, em 1645, em Amsterdã, era uma casa de correção com produção têxtil, mas infelizmente esse conceito de ter atenção a mulher não foi concretizado, há relatos que homens também ocupavam as celas e por consequência disso haviam estupros e abusos por parte dos guardas também. foi no século XIX que se levantou o debate a respeito de estabelecimentos específicos para a detenção feminina, na Inglaterra.
23
O Brasil, inaugurou seu primeiro estabelecimento prisional feminino em 1937, foi o primeiro no país totalmente separado do presídio masculino, situado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul - Instituto Feminino de Readaptação Social. outras penitenciárias femininas foram sendo criadas por todo o Brasil, como em São Paulo, no ano de 1941, denominada de Presídio de Mulheres de São Paulo no bairro Carandiru, e em seguida no ano de 1942, foi inaugurada no Rio de Janeiro, mais uma penitenciária feminina. Os trabalhos dentro dos cárceres nessa época também se assemelhavam, os principais afazeres manuais, como a costura, bordado e o artesanato, mas eram vistos como trabalhos de lazer.
Figura 15- Borboleta Brasil Fonte: Google. Acesso em: 15/03/20. Modificado pela autora
Figura 16- Fachada penitenciária feminina Sant’ Anna - SP
Penitenciária Feminina da Capital - Carandiru
Parque da Juventude, ETEC – Antiga prisão Carandiru.
Fonte: Google maps, acesso em 07/04/20. Adaptado pela autora.
SP
Penitenciária Feminina de Sant’Anna
Segundo Lima e Silva, (2017), o maior presídio feminino do Brasil é a Penitenciária Feminina de Santana em São Paulo, no bairro Carandiru, que foi inaugurada em 2005. E com o decorrer dos anos, novas prisões destinadas exclusivamente às mulheres foram criadas por todo o Brasil.
Figura 17- mapa localização situada Fonte: Google maps, acesso em 07/04/20. Adaptado pela autora.
Segundos os dados do INFOPEN, entre julho a dezembro de 2019, existem um total de 268 unidades prisional feminina no Brasil, sendo a população carcerária de 36.929 reclusas. De acordo com Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), no estado de são Paulo, atualmente temos 22 unidades prisionais feminina, sendo 11 na categoria penitenciária, com 11.427 reclusas Infelizmente ainda existe uma grande carência de unidades para atender a demanda atual.
12 24
Figura 18- Cerca do edifício Fonte: Pinterest. Acesso em: 15/04/20. Modificado pela autora
2.4 As tipologias arquitetônicas penitenciárias
25
2.4.1 Modelo de inspeção central
Conforme citado anteriormente, esse modelo foi idealizado por Jeremias Betham 1880 nos EUA. É o modelo arquitetônico panóptico (ótico=ver + pan=tudo), caracterizado pela forma radial, uma torre no centro e um só vigilante, o qual pelo efeito central da torre, percebia os movimentos dos condenados em suas celas, sendo assim tendo o maior controle dos mesmos o tempo todo. (CORDEIRO, 2005)
As edificações eram no geral de seis pavimentos e a construção dava-se em forma periférica, formando um anel com uma torre de observação no centro.
Figura 19 – Sistema panóptico: detento reza em sua cela, diante da torre de vigilância central. Fonte: N. Harou-Romain. Projeto de penitenciária, 1840 V. p. 222. Modificado pela autora
12 26
O Panóptico
Figura 20 – Planta da estrutura do Panóptico idealizado Jeremias Bethan (desenho do arquiteto inglês Willey Reveley, 1791)
Todo o conjunto era cercado por pátios, as celas dividiam esse anel, cada cela possuía duas janelas, uma voltada para o interior e outra para o exterior, assim colaborando para a entrada de ventos e de iluminação. (FOUCAULT, 1981)
27
2.4.2 Radial ou Filadélfico
Figura 21– Planta da Penitenciária de Cherry Hill, Filadélfia. Fonte: Oliveira, 2010. Disponível em http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/05/artigo6-a-1.pdf. Acesso em 15/04/20
12 28
Cherry Hill
O Padrão radial surgiu em 1790, se iniciou um novo regime de prisão, o Sistema da Filadélfia (EUA), impondo o isolamento absoluto, sem trabalho nem visitas, estimulando somente a leitura da Bíblia. O Padrão condensou as ideias de Howard, e se caracterizou pelo emprego das celas interiores e o arranjo dos pavilhões em torno de um pátio central. Foram desenvolvidas outros projetos com diversas variedades do padrão: em ’Y’, ‘T’, em cruz, em abanico e em estrela. Dos padrões de inspeção central, o radial teve emprego mais intensivo, principalmente na América Latina e na Europa. (AGUIAR, 2015)
29
Figura 22 – Penitenciária estadual para o distrito leste da Pensilvânia. Também era conhecida como a Penitenciária Estadual de Cherry Hill, e foi uma das maiores e mais caras estruturas da época. Fonte: Oliveira, 2010. Disponível em http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/05/artigo-6-a-1.pdf. Acesso em 15/04/20
2.4.3 Modelo poste telegráfico ou ‘’espinha de peixe’’ Fresnes
O padrão paralelo foi idealizado na prisão de Fresnes, em Paris em 1898. Possuía um corredor central ao qual se conectavam os pavilhões de diversas funções dispostos em paralelo, delimitando nas extremidades, de um lado pela administração, do outro pela capela Figura 23- Presídio modelo poste telegráfico. Fonte: Oliveira, 2010. Disponível em http://www.ufjf.br/virtu/files/2010/05/artigo-6-a-1.pdf. Acesso em 15/04/20
Os pavilhões são organizados com diversos andares de celas externas ao longo do corredor central. O retangular, também chamado de “poste telegráfico” ou “espinha de peixe”, era o padrão das prisões brasileiras até meados da década de 60 e esse modelo foi adotado pelo presídio Carandiru. (AGUIAR, 2005)
12 30
2.4.4 Modelo de pavilhões ou auburniano Auburn
O modelo aubuniano surgiu em 1821, na cidade de Nova York, na prisão de Arbun. Permitia o trabalho e as refeições em comum, com proibição de visitas, lazer e seguiam um silêncio absoluto e constante, o silêncio era imposto à base do chicote. Esse sistema silencioso foi duramente criticado e considerado um tratamento desumano. (BRIEN,2017)
Figura 24– Vista aérea de 2003 da Penitenciária de Auburn. Fonte: John O'Brien. Disponível em: Syracuse.com . Acesso em: 15/04/20. Modificado pela autora
O padrão modular de forma retangular, foi descrito por blocos separados fisicamente entre si, nos quais são obrigadas as diferentes atividades da penitenciária, administração, serviços, etc.
31
2.5 O espaço e o indivíduo De acordo com Cordeiro,( 2005), a prisionalização é uma ação de grande impacto na vida e no comportamento do condenado e sua natureza e extensão jamais poderiam autorizar a tese enfadonha de que constitui uma etapa para a liberdade, assim como se fosse possível sustentar o paradoxo de preparar alguém para disputar uma prova de corrida, amarrando-o a uma cama. A psicologia ambiental estuda a pessoa em seu contexto, tendo como tema central as inter-relações entre a pessoa e o meio ambiente físico. As dimensões sociais e culturais estão sempre presentes na definição dos ambientes, mediando a percepção, a avaliação e as atitudes do indivíduo frente ao ambiente. (CORDEIRO 2005)
Figura 26 – prisão mental. Fonte: Pinterest. Acesso em: 15/04/20. Modificado pela autora.
Há uma necessidade de analisar como o indivíduo se comporta perante ao ambiente convivido. O espaço é o primeiro conceito importante, interfere positivamente ou não o nosso comportamento. A relação entre o espaço e o indivíduo preso causa sensações de castigo e penitência até os dias de hoje, prejudicando o objetivo da pena de recuperar o indivíduo e incentivando o comportamento de revolta e violência característico na população carcerária observada. Portanto, é fundamental analisar o espaço arquitetônico e a relação com o homem que vai habitar. O Indivíduo vai aos poucos se ‘’moldando’’ sua identidade no espaço, na relação com os objetos que ele integra, e o mesmo projeta na estrutura do espaço a sua própria estrutura emocional. Figura 25– espaço de confinamento. Fonte: Jimmy Chan. Disponível em: https://www.pexels.com/pt-br/foto/abandonado-arquitetura-assustador-cadeia1309902/. Acesso em: 15/04/20
12 32
2.6 Perfil da população prisional feminina no Brasil
Figura 27 – Silhueta feminina. Fonte: Pinterest. Acesso em: 18/04/20. Modificado pela autora.
33
2.6.1 População prisional feminina De acordo com o relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade - junho de 2017, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro (INFOPEN). Em junho de 2017, o Brasil registrou 35,52 mulheres presas para cada 100 mil mulheres, com a taxa de ocupação de 118,4%. O estado de são Paulo ficou em 1º lugar em relação a taxa de ocupação no sistema prisional feminino de 102% e em segundo lugar vem Tocantins com 125% até o período analisado (junho/2017). Em relação aos estabelecimentos prisionais, 74,85% foram construídos para a detenção de presos do sexo masculino, seguido de 18,18% para o público misto e 6,97% exclusivamente para as mulheres.
Figura 28- quadro informativo população prisional feminina Fonte: Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias - Infopen, junho /2017; IBGE, 2017
O quadro acima traz dados gerais sobre a população prisional feminina brasileira, em junho de 2017 em 1.507 unidades prisionais cadastradas no INFOPEN. No período observado, há 37.828 mulheres privadas de liberdade no Brasil, sendo que 36.612 mulheres são mantidas em unidades administrados pelas Secretarias Estaduais. Há, ainda, mulheres que são custodiadas em carceragens de delegacias de polícia ou outros espaços de custódia administrados pelos Governos Estaduais, totalizando 1.216 mulheres custodiadas nesses espaços, de acordo com as informações obtidas do relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade - junho de 2017, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro (INFOPEN).
12 34
2.6.2 População prisional feminina no sistema estadual brasileiro
7,3
10,6
31,6
Figura 29- gráfico informativo da população prisional feminina por federação Gráfico autoral
São Paulo
Minas Gerais
Rio De Janeiro
Ainda segundo relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade - junho de 2017, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro (INFOPEN). O estado de São Paulo concentra 31,6% da população prisional feminina do país, com 12.183 mulheres privadas de liberdade, seguido por Minas Gerais com 10,6%, ou 3.365 mulheres e Rio de Janeiro com 7,3%, ou 2.168 mulheres, e depois vem outros estados com menor índice, o que permanece com menor índice de população prisional feminina de todos é o estado do Amapá, com 108 presas ou, 0,29% mulheres privadas de liberdade
35
2.6.3 Mães privadas de liberdade
Há uma precariedade em relação a existência de celas adequadas para gestantes, e estrutura para existência de berçário e creche. No Brasil, apenas cerca de 14,2% em numero de 54 das unidades prisionais que recebem mulheres, possuem um espaço reservado para gestantes e lactantes. No estado de São Paulo, somente 8 estabelecimentos penais que têm cela/dormitório adequado para gestantes, sendo apenas 176 a capacidade de bebês, ou seja 22 vagas em cada unidade prisional, o que não condiz com a quantidade de detentas e com isso não comporta o direito para todas. E em relação a estabelecimentos penais que têm creche apropriada para receber crianças até 2 anos de idade, no Brasil são total de 10 e São Paulo são 5 creches com 64 vagas, em média de 13 vagas por unidade no estado de São Paulo. Dados coletados por meio do relatório temático sobre mulheres privadas de liberdade - junho de 2017, Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e sistema de informações estatísticas do sistema penitenciário brasileiro (INFOPEN).
Figura 30 – Silhueta gestante. Fonte: Pinterest. Acesso em: 18/04/20. Modificado pela autora.
12 36
2.6.4 Faixa Etária
22,66
Figura 31- gráfico informativo da faixa etária da população prisional feminina Gráfico autoral
25,22
22,11
18 a 24 anos
25 a 29 anos
35 a 49 anos
Segundo dados pelo Departamento Penitenciário Nacional/Ministério da Justiça e pelo Infopen na data de Junho/2017, a maior parte é composta por jovens entre estes, 25,22% possuem entre 18 a 24 anos, seguido de 22,66% entre 35 a 49 anos e 22,11% entre 25 a 29 anos. Somados ao total de presas até 29 anos de idade totalizam 47,33% da população carcerária. No Estado de São Paulo o resultado também é parecido com índice alto pela faixa etária jovem.
37
2.6.5 Delitos cometidos
6,96 7,8
9,13
59,98
12,9
Figura 32- gráfico informativo dos delitos cometidos pela população prisional feminina Gráfico autoral
Tráfico de drogas
Roubo
Outras tipificações
Furto
Homicídio
Por meio dos dados do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN), Junho/2017. Os tipos penais mais frequentes entre as mulheres custodiadas no Brasil entre os anos 2005 a 2017, observa-se que o crime de tráfico de drogas é o principal responsável pela maior parte das prisões, perfazendo um total de 59,9% dos casos. Em seguida temos o crime de roubo, totalizando 12,90% das prisões efetuadas e furto, com 7,80% dos casos. Não é a somente a situação econômica que leva às mulheres entrarem nessa rede de tráfico, mas também por diversos fatores como relacionamentos afetivos. Em relação ao tempo total de pena determinado para a população prisional feminina condenada, 42,2% das mulheres presas cumprem pena entre 4 a 8 anos, seguido por 24,6% com penas entre 8 a 15 anos e 13,4% com cumprimento de penas entre 2 a 4 anos.
12 38
2.7 Penitenciária feminina de Ribeirão Preto A Penitenciária de Ribeirão Preto de regime fechado, localiza-se no bairro Parque Ribeirão Preto, na zona Sudoeste de Ribeirão Preto. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária ( SAP) foi Inaugurada em 24 de março de 2003. Figura 33- imagem fachada penitenciária feminina de RP Fonte: Revide,,2019. Disponível em: https://www.revide.com.br/noticia s/cidades/mulher-e-presa-aposcrise-de-ciume-em-ribeirao-preto/ Acesso em: 27/04/20
Figura 34Localização Ribeirão Preto Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora
39
N
N Figura 35- Localização da penitenciária Fonte: Google Earth. Adaptado pela autora
Ficha técnica Capacidade: 303 População: 55 Ala de Progressão Penitenciária (Regime semiaberto) Capacidade: 102 População: 37 Área construída: 2.487,07 m²
A coleta de dados internos da estrutura da penitenciária foi por meio de uma entrevista realizada com uma Agente de segurança Penitenciária que atualmente trabalha na unidade de Ribeirão Preto.
Atualmente a população carcerária desta unidade se encontra em menor quantidade, devido ao processo de reforma atualmente. São 25 celas, com 10 camas sendo 5 beliches de concreto por cela. A lavanderia é coletiva, o varal é improvisado com barbantes.1(um) vaso sanitário, pia e chuveiro água fria por cela. Não tem local ou ambiente para receber visitas, acontecem ao redor do presídio, só é proibido entrar nas celas. Não existe refeitório, fazem as refeições dentro da cela. Existe uma quadra como pátio central, mas não tem espaços de lazer.
12 40
2.7.1 Entrevista com ex-detenta
“Quando fui Presa eu tinha 18 Anos, foi por Tráfico de Droga, minha pena foi de 12 Anos. Passei pelas unidade de São Simão, Altinópolis, Araraquara, São Bernardes/Campinas. Tudo é ruim pouco espaço pra muitas detentas.”
Hobby: “Minha distração era fazer unha e ler.” Estrutura: “São beliches de concreto com 9 Lugares, e não há quantidade de detentas para cada quarto, está sempre super lotado (igual lata de sardinha)” Higiene: “Em relação a higiene a unidade dava dois rolos de papel higiênico, um pacotinho do péssimo absorvente, e um sabonete uma vez por mês isso. É o que eles davam. Não existe vaso sanitário nas unidades que já passei, eram um buraco no chão. Não existe lavanderias, nossa lavanderia era o banheiro da cela no chão. Para secar as roupas tínhamos que fazer um varal com barbante” Dia a dia: “Não existe cronograma, sai da cela quem quer e sem nada pra fazer, não tinha lazer“ Estudo/Trabalho: “Na cadeia de mulher muito difícil existir estudo e trabalho, muito menos lazer. Eu tinha visita raramente, era muito difícil.” O que mais afetava a saúde mental: “Falta da minha filha’’ ‘’O uniforme era camiseta branca com calça/bermuda amarela, as celas são todas iguais, só a cela do castigo que são duas cama mas era um horror.”
41
Figura 36 – mulher engaiolada Fonte: Pinterest. Acesso em: 18/04/20. Modificado pela autora.
12 42
3. Leituras Projetuais
43
Figura 37delicadeza feminina Fonte: Pinterest. Acesso em: 01/04/20. Modificado pela autora
12 44
3.1 Holmsheidi Prison
Figura 38 - Perspectiva externa diurna Fonte: ARKÍS Architects, 2013, não paginado. Disponível em: https://www10.aeccafe.com/blogs/arch-showcase/2013/03/17/holmsheidi-prison-in-reykjavik-iceland-by-arkisarchitects/ Acesso em: 20/04/2020
45
Sistema de sentença curta e prisão de mulheres.
Ficha técnica Arquitetos: Holmes Miller Localização: Reykjavik, Islândia Ano do Projeto: 2013 2015 Área total: 37.410 m2 Área útil: 3.595 m2 Status: Construído
A equipe de design se concentrou em criar um edifício de alta qualidade arquitetônica, para que a seleção geral de caráter, forma e material se encaixe na função. Além disso, enfatiza-se fortemente a criação de uma estrutura para a melhoria dos reclusos, condições boas e seguras para os reclusos e funcionários e baixos custos operacionais. (EUMIESAWARD)
12 46
Figura 39- Perspectiva externa pátio Fonte: ARKÍS Architects, não datado, não paginado. Disponível em: https://archinect.com/firms/project/4769/holmsheidiprison/150036627 Acesso em: 20/04/2020
Ideia ‘’Camaleão’’ a adaptação ao seu entorno.
47
Conceito
Figura 40- Mapa mundi Fonte: Profissão Mestre, 2019, não paginado. Disponível em: https://profissaomestre.com.br/mapamundi/ Acesso em 20/04/20. Modificado pela autora
Localiza-se na periferia da capital de Reykjavik, na Islândia. O edifício foi construído afastado da cidade. Há dezesseis quilômetros da cidade de Reykjavik
N
Figura 41- Localização Fonte: Google Earth, adaptado pela autora
Figura 42- Imagem aérea do presídio Fonte: IAV. Disponível em: https://www.iav.is/en/constructions/finishedprojects/public-buildings/prison-project-nearreykjavik/. Acesso em: 22/04/2020
12 48
No exterior, a localização do edifício e a paleta de materiais são ajustadas para combinar com os tons de terra da paisagem de Holmsheidi. A prisão é uma instalação contemporânea, foi projetada de acordo com o mais recentes padrões de construção. (EUMIESAWARD)
Figura 43- Imagem externa vigilância central Fonte: ARKÍS Architects, não datado, não paginado. Disponível em: https://archinect.com/firms/project/4769/holmsheidiprison/150036627 Acesso em: 20/04/2020
Tons
49
Figura 44- Imagem externa relação com o exterior Fonte: ARKÍS Architects, não datado, não paginado. Disponível em: https://archinect.com/firms/project/4769/holmsheidi-prison/150036627 Acesso em: 20/04/2020
Acesso visitante
Acesso de serviço
Limites da segurança máxima Campo de futebol Quadra poliesportiva Celas Vigilância central
N
Estacionamento Figura 45- setorização e estudo solar Fonte: ARKÍS Architects, 2013, não paginado. Disponível em: https://www10.aeccafe.com/blogs/archshowcase/2013/03/17/holmsheidi-prison-in-reykjavik-iceland-by-arkisarchitects/ Acesso em: 23/04/2020. Modificado pela autora.
O Edifício é composto por espaços de integração, quadras, pátios internos, setores administrativos e congêneres. É uma prisão de 56 celas individuais, com vista ampla para área externa que possuía áreas verdes, no caso na atual situação possui gramas e aparentemente não possui árvores. A trajetória do sol em equinócio de primavera na fachada sul do presídio, favorece a iluminação nas celas
Pátios internos Espaço de integração Garagem Circulação Horizontal Administrativo Área verde Incidência solar Norte e Sul
12 50
O formulário de construção é composto por três elementos principais. Primeiro, é o centro de guarda central, uma forma redonda que sobe do centro do edifício, canalizando a luz do dia para o edifício. Segundo, os pátios internos são elementos centrais de cada ala. Os pátios distribuem a luz do dia para as enfermarias, permitem recreação ao ar livre e, em alguns casos, os prisioneiros desfrutam de vistas para os pátios. (EUMIESAWARD)
Figura 47- Perspectiva da sala de vigilância em forma de cilindro Fonte: ARKÍS Architects, não datado, não paginado. Disponível em: https://archinect.com/firms/project/4769/holmsheidiprison/150036627 Acesso em: 23/04/2020
Figura 46- Perspectiva interna Fonte: ARKÍS Architects, não datado, não paginado. Disponível em: https://archinect.com/firms/project/4769/holmsheidiprison/150036627 Acesso em: 23/04/2020
51
Figura 49- dentro da cela Fonte: ARKÍS Architects, não datado, não paginado. Disponível em: https://archinect.com/firms/project/476 9/holmsheidi-prison/150036627 Acesso em: 23/04/2020
Figura 48- pátio interno/jardim Fonte: ARKÍS Architects, 2013, não paginado. Disponível em: https://www10.aeccafe.com/blogs/archshowcase/2013/03/17/holmsheidi-prison-in-reykjavik-iceland-by-arkis-architects/ Acesso em: 23/04/2020
O terceiro elemento são as extrusões recorrentes de celas de prisão. As extrusões servem a um propósito duplo. Proporcionar a cada prisioneiro uma visão e a luz do dia na cela, por um lado, e limitar as vistas, para que um prisioneiro não possa ver a janela de outra cela ou o pátio de exercícios de outra ala. (EUMIESAWARD)
12 52
As paletas de materiais são simples e claras, com ênfase na durabilidade e robustez. O concreto é o principal material de construção. O edifício é parcialmente revestido com aço de intemperismo. Além de um rigoroso processo de seleção de materiais, a construção e o local empregam soluções de drenagem sustentáveis para o manuseio de águas superficiais no local.
Uso de cores claras
Figura 50 -perspectiva externa Fonte: ARKÍS Architects, 2013, não paginado. Disponível em: https://www10.aeccafe.com/blogs/archshowcase/2013/03/17/holmsheidi-prison-inreykjavik-iceland-by-arkis-architects/ Acesso em: 23/04/2020. Modificado pela autora
Materialidade
53
Camas madeiradas embutidas na parede
Figura 51 - perspectiva cela Fonte: ARKÍS Architects, 2013, não paginado. Disponível em: https://www10.aeccafe.com/blogs/archshowcase/2013/03/17/holmsheidi-prison-in-reykjavik-iceland-byarkis-architects/ Acesso em: 23/04/2020. Modificado pela autora
A razão por fazer a leitura deste projeto é a ideia do mesmo que propõe a forma e os materiais se encaixar bem no local e em seu ambiente natural exterior combinando com os tons de terra da paisagem. Além disso, também o design focado na criação de um ambiente que conceda aos prisioneiros a possibilidade de melhoria, através dos espaços internos com a janela com ampla visibilidade para o exterior de cada cela, fazendo assim o recluso observar o horizonte e ter a perspectiva de querer sair de onde está. A preocupação com a boa iluminação também é um dos pontos mais relevantes que encontrei com os pátios internos e espaços de integração, a estação de guarda principal localizada no centro, que reduz as rotas de comunicação e aumenta a supervisão de um modo que os reclusos não se sintam o tempo todo observados diretamente, isso é um fator que colabora com a saúde mental do mesmo.
Figura 52 - Imagem aérea do presídio Fonte: IAV. Disponível em: https://www.iav.is/en/constructions/fini shed-projects/public-buildings/prisonproject-near-reykjavik/. Acesso em: 22/04/2020
Análise
12 54
3.2 Female Prison
Figura 53 - Perspectiva interna Fonte: Inhabitat Staff, 2012. DisponĂvel em: https://inhabitat.com/new-post-submission-255/. Acesso em 24/04/2020
55
Ficha técnica Autor: OOIIO Architecthure (Espanha) Localização: Reykjavik, Islândia. Data: Proposta de cunho público, realizada em 2012. Área construída: 9.000 m² Status: Não construído
A OOIIO Architecture, desenvolveu uma proposta para uma prisão feminina na Islândia. Para projetar este projeto, decidiram começar a perguntar às pessoas que vivem e trabalham em prisões reais. Esse foi o primeiro passo no processo de design. determinaram que a pior coisa de morar em um estabelecimento correcional é o sentimento de que você realmente está em um. O design resultante não se parece com uma penitenciária típica, sua estrutura circular e aberta favorecendo a iluminação natural e com muita vegetação. (INHABITAT, 2012)
12 56
Figura 54 - Semelhança de uma engrenagem de relógio Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/idea/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
Asemelha-se com engrenagens de um grande relógio, um prédio como um conjunto de engrenagens, onde todas as peças deviam estar no lugar certo para torná-lo eficiente e funcional.
57
Conceito
Figura 57- A forma em relação a paisagem Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/i dea/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora. Figura 55 -Encaixes da forma Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/idea/3561 33/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
A planta circular e a quadra interna totalmente envidraçada oferecem aos guardas uma visão 360 em todos os níveis. Essa 'malha de olhar' coincide com a 'abertura da mente' em toda a prisão. O prédio deve receber 3 tipos diferentes de habitantes: prisioneiros , trabalhadores penitenciários e visitantes ocasionais. Cada um desses usuários possui circulações e áreas de construção muito específicas onde eles podem ou não usar.
Figura 56 -Encaixes da forma em planta Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/i dea/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
12 58
Circulações
Legenda Detentas Funcionários
59
Figura 58 -Circulações Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/idea/356133/. Acesso em: 27/04/20.
Figura 59 -Telhado verde Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/ide a/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
A idéia é cobrir o prédio com uma espessa camada de turfa, que é muito comum neste país, e nisso deixam a grama crescer sobre ela, e depois de algumas semanas eles geram um isolamento frio ecológico perfeito que funciona muito bem para o clima difícil da Islândia. Obter gaiolas de metal que seriam cheias de turfa, para serem mantidas em todas as fachadas da prisão, flores e gramas aos cuidados das prisioneiras, e as mesas acompanhar a evolução das plantas, tornando a vida na prisão menos monótona e mais humano.
12 60
Área permeável
Figura 60 -Áreas verdes Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/i dea/356133/. Acesso em: 27/04/20.
Área verde
Alguns telhados verdes e com inclinação favorecendo a entrada de luz, pela estratégia de iluminação zenital da fachada norte, conforme mostra a imagem abaixo.
Figura 61 Elevação fachadas verdes Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer. com/idea/35613 3/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora
Figura 62 - Corte detalhe telhado verde Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.co m/idea/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora
Gaiolas de metal preenchidas de turfa, para ser mantido um jardim vertical em todas as fachadas da prisão.
61
19
A incidência solar é favorecida na fachada sul e consequentemente nas regiões administrativas do presídio, portanto, a fachada que recebe menos sol é destinadas as presidiárias. Para corrigir essa possível ausência de iluminação, foram previstas aberturas no topo das celas, aumentando a incidência solar e a salubridade no ambiente. O processo de construção será um sistema de painéis de concreto préfabricado que permitirá construir tudo em pouco tempo, com baixas emissões de carbono e baixo custo, que seria projetado para gerar o mais alto nível de luz natural no interior (importante para um país como Islândia, com poucas horas de sol ao longo do ano)
Figura 63 -esquema das aberturas Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/idea/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
Materialidade
Figura 64 -esquema da estrutura Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/idea/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
12 62
Incidência solar nas fachadas Norte e Sul
Figura 65 - Planta baixa Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/ide a/356133/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
N
São 8 Pavilhões circulares. É um prédio com um programa complexo e rico, é como uma pequena vila, com hospital, escolas, igreja, teatro etc. que deve funcionar com precisão e, ao mesmo tempo.
63
Figura 66 -perspectiva externa Fonte: Architizer, Pinterest, não datado, não paginado. Disponível em: https://architizer.com/idea/35613 3/. Acesso em: 27/04/20. Modificado pela autora.
Esse é o único modelo exclusivamente feminino dentre os estudos de caso. O que me chamou a atenção é suas curvas suaves e a preocupação com a iluminação natural por meio das aberturas zenitais e favorecendo também a ventilação. Outro ponto que me chamou atenção foi em relação as presidiárias ter contato com a vegetação, plantar mudas, cuidar das flores, algo que faz a reclusa debitar amor e esperança naquilo.
Análise
12 64
3.3 PriSchool
Figura 67 -Perspectiva externa Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-School-Hybrid. Acesso em 13/04/20.
65
Ficha técnica Arquitetos: Glen J. Santayana Localização: Brooklyn, NY Ano do Projeto: 2013 Informações Complementares: O Projeto é uma tese de conclusão de curso de Design, em Harvard.
Segundo Glen J. Santayana, 2018 ‘’Os presos ganharão novas habilidades práticas e capacidades intelectuais que facilitarão sua transição de volta à sociedade. Além disso, o estímulo mental e cognitivo permitirá que ex-prisioneiros adquiram um senso de confiança e dignidade que pode ter sido suprimido durante o encarceramento.’’
O modelo proposto por Glen Santayana em Harvard, trás a composição híbrida entre prisão e escola, essa composição entre prisão e escola, une atividades e desconstrói as antigas concepções de seu partido.
12 66
Figura 68 -Mapa mundi Fonte: Profissão Mestre, 2019, não paginado. Disponível em: https://profissaomestre.com.br/mapa-mundi/ Acesso em 20/04/20. Modificado pela autora
Localizaão proposto Brooklyn, NY, EUA.
em
O Projeto foge de um tal padrão da arquitetura que tem sido reproduzida desde os primórdios, pois o projeto parece convidar a população à participação nas atividades, criando diversas possibilidades devido à intensa permeabilidade, visual e física, que propõe. Sua edificação se destaca em relação ao gabarito do seu entorno, por suas curvas suaves. O edifício é composto por térreo mais 6 pavimentos.
Brooklyn
67
Figura 69 -Mapa cidade de Nova York. Fonte: Netclipart, não paginado. Disponível em https://www.netclipart.com/isee/bRxhbo_m eet-in-nyc-new-york-city-map-outline/ Acesso em 20/04/20. Modificado pela autora
Figura 70 - Maquete física dos volumes Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-School-Hybrid. Acesso 13/04/20. Modificado pela autora
em: em
Figura 71 - volume inicial Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-School-Hybrid. Acesso em 13/04/20. Modificado pela autora
Relação de separação de uma esfera, mas ao mesmo tempo causa uma sensação de abraço pelas peças que se encaixam, causando a impressão que existe conexão mesmo estando distantes um do outro
Conceito
12 68
São divididos em quatro edifícios, sendo um do lado do outro com diferentes atividades propostas, do lado Oeste para o leste, o primeiro edifício é uma escola de criminologia, no segundo edifício é a prisão em si, e no outro edifício é o bloco de ‘’pré-retorno ao universo da liberdade social’’ e o ultimo edifício lado leste é um centro comunitário. A sua volumetria distorcida e a posição de cada uma, cria momentos de privacidade, ao mesmo tempo em que se expõe ao entorno, mas as formas causa a sensação de entrelaçar, ou seja de conexão. Figura 72 -Esquema do programa Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool -A-Prison-School-Hybrid. Acesso em 13/04/20. Modificado pela autora
Escola de criminologia Prisão Pré retorno a liberdade Centro comunitário Escadas e elevadores
69
Figura 73 - Circulação Vertical Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-SchoolHybrid. Acesso em 13/04/20. Modificado pela autora
Escola de criminologia
Prisão Pré retorno a liberdade Centro comunitário Quadra esportiva Área verde Passarela Circulação vertical Acesso principal Acesso secundário Acesso interno N Figura 74- Implantação Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-PrisonSchool-Hybrid. Acesso em 13/04/20. Modificado pela autora
O paisagismo presente, reforça a ideia de envolvimento entre as esferas urbana e penal. A ideia de não possuir muros colabora no sentido de não-exclusão, sendo assim, a população pode participar ativamente na ressocialização desses internos, ao invés de criar barreiras ou muros físicos, causando a sensação de viver em ‘’gaiola’’
Acesso passarela
Implantação intimamente ligada a versatilidade de acesso, consequentemente pelas formas de seus volumes, há um grande numero de acessos, pois a região é de alto fluxo de veículos. Há uma integração entre áreas verdes, edificadas e esportivas, por remeter à ideia de quadra aberta
12 70
Figura 75 -esquema de segurança visual Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-SchoolHybrid. Acesso em 13/04/20. Modificado pela autora
Circulação Horizontal
71
O volume foi pensado também para facilitar a vigilância visual. Devido ao movimento, amplia-se o campo de visão, evitando pontos cegos
Figura 76 - movimento da estrutura em relação a visibilidade Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-PrisonSchool-Hybrid. Acesso em 13/04/20. Modificado pela autora
Colaboração do movimento para ampliar o campo de visão A forma do volume do projeto, não possui ritmo, ou sequer foi pensado de modo engessado. O modelo foge das tipologias arquitetônicas de equipamentos prisionais considerados ‘’padrão’’ conforme vimos alguns exemplos anteriores.
12 72
Figura 77 -Perspectiva pátio Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-School-Hybrid. Acesso em 13/04/20.
Materialidade
73
O projeto do edifício expõe como cada estrutura está ligada ao próximo. Pontes levam os prisioneiros e estudantes a cada componente de sua jornada. As estruturas têm uma finalidade e representam cada passagem para a educação e reabilitação
Tons
Figura 78 - Perspectiva externa Fonte: Glen J. Santayana, 2013, não paginado. Disponível em: http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-School-Hybrid. Acesso em 13/04/20.
O que chamou a minha atenção é o fato da proposta do projeto a ser implantado em uma região consolidada, em contato com a população, inserido dentro do perímetro urbano, ao contrário dos modelos que são propostos distantes da cidade e consequentemente da população. O que chamou atenção desse projeto é que ele foge totalmente do modelo arquitetônico considerado ‘’tradicional’’ E pelo método de reabilitação adotado, da progressão que o recluso tem visivelmente em relação a cada volume separado no qual o mesmo passa por etapas do processo.
Análise
12 74
4. Área de Intervenção
75
19
Figura 79 - o pรกssaro interior Fonte: Pinterest. Acesso em: 15/04/20. Modificado pela autora
12 76
4.1 Localização da área de intervenção
Estado de São Paulo
Ribeirão Preto
Lote
O lote escolhido para a implantação da penitenciária encontra-se no estado de São Paulo, no município de Ribeirão Preto, na zona leste. De acordo com a Resolução 09/2011 – Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal, do Concelho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), que determina que, para a localização de conjuntos ou estabelecimentos penais, os parâmetros a serem considerados são os seguintes: a facilidade de acesso, a presteza das comunicações e a conveniência socioeconômica, ou seja, o aproveitamento dos serviços básicos e de comunicação existentes (meios de transportes, rede de distribuição de água, de energia e serviço de esgoto etc.) e das reservas disponíveis (hídricas, vegetais, minerais etc.), bem como as peculiaridades do entorno. Os complexos ou estabelecimentos penais não devem, de modo geral, serem situados em zona central da cidade ou em bairro eminentemente residencial. Os estabelecimentos penais deverão estar localizados de modo a facilitar o acesso e a apresentação dos apenados e processados em juízo. A origem das pessoas presas é um dos indicadores básicos de localização, de modo a não impedir ou dificultar sua visitação e a preservar seus vínculos para a futura reintegração harmônica à vida em sociedade.
77
Figura 80 -Mapa Brasil – SP - RP Fonte: Google. Acesso em 01/06/20. Modificado pela autora
Centro da cidade
Área de intervenção Penitenciária Unidade Parque Ribeirão Preto
A escolha da área justifica-se pelo privilégio que o mesmo tem pelas condicionantes naturais e climáticas a favor do mesmo, considerando que a cidade de Ribeirão Preto é predominantemente quente o ano todo, e o lote localiza-se na direção dos ventos predominantes em duas das suas fachadas, e também conta com maior aproveito do sol nascente. A topografia também teve forte influência na escolha do lote, já que há apenas um metro de desnível no terreno, contribuindo para a economia do edifício evitando movimentações de terra, levando em consideração o cuidado com o meio ambiente. A inserção do projeto, foi pensado na zona Leste, na marginal da via Anhanguera, vizinho com a Cervejaria Toca do Urso e do Atacadão, no outro extremo da outra unidade prisional feminina da cidade, que hoje é localizada na zona Sudoeste. O projeto na zona Leste vai atender demandas da cidade metropolitana e suas cidades vizinhas e o mesmo terá fácil acesso para visitantes e para transferências de detentas para outras unidades, por ter um fácil acesso direto a Rodovia Anhanguera. Figura 81 – vista aérea unidade Parque Ribeirão Figura 84 – vista aérea do terreno do projeto -
Figura 82 – vista aérea cidade de Ribeirão Preto Figura 83 – Foto frontal do terreno do projeto Fonte: Google Earth, modificado pela autora
12 78
Fisicamente, o terreno escolhido possui uma área de 7.445,20m² e características topográficas praticamente planas, já que segundo o mapa com as curvas de nível da cidade de Ribeirão Preto, há apenas 1 curva que passa no início da calçada da área demarcada para o projeto. O lote situa-se numa zona classificada como ZUR (Zona de Urbanização Restrita) formadas por áreas frágeis e vulneráveis à ocupação intensa e também é situado como ZUE (Zona de Uso Especial) Na Carta Ambiental. Gabarito: até 21 metros Taxa de Ocupação: 80% para uso não residencial Coeficiente de aproveitamento: Máx. de 3 Taxa de permeabilidade: mínimo de 15% da área total do lote Recuo Lateral: 2,00m Recuo Frontal: 5,00m
Área de Intervenção Área = 7.445,20m²
Figura 85 Características da Área de Intervenção. Fonte: Elaborado pela autora.
79
Atacadão
Diretriz viária
ÁREA DE INTERVENÇÃO
Figura 86 -Localização da Área de Intervenção. Fonte: Google Earth, Modificado pela autora.
A proposta é aproveitar ao máximo o sol nascente a Leste e o vento predominante do Sudeste, favorecendo assim a salubridade do edifício.
12 80
4.2 Hierarquia Viária e Transporte Público Figura 87 -Fonte: Google Earth, modificado pela autora
Via Arterial Via Coletora Via Local Diretriz Área do projeto Raio de análise: 1.000m
N
Ponto de ônibus
O lote se localiza na Via Marginal da Rodovia Anhanguera classificada como via expressa de 1º categoria por se tratar uma marginal, e o mesmo é composto de via de mão dupla de baixo fluxo, esta via da acesso ao perímetro urbano na qual faz ligação com a avenida Henry Nestlé para ter acesso aos bairros. Existem três vias previstas no plano de diretriz viária, sendo duas coletoras a ser implantadas, uma delas ao lado do lote, no qual vai ser responsável pelo fácil acesso aos bairros vizinhos e dar ligação a terceira diretriz via arterial prevista para fazer conexão da rodovia Anhanguera até a av. Henry Nestlé que é via de mão dupla. Em relação ao transporte público a área que compreende o lote, é servida de 19 linhas de ônibus, sendo que todas elas fazem ligação com o terminal urbano central do município. Atualmente somente a linha Y 33 – Portal dos pinheiros, que passa pela rua do lote, esta linha atende somente pessoas da região do bairro, o mesmo não faz ligação com o terminal urbano do centro da cidade. Com as diretrizes previstas, haverá novas linhas circulando ao entorno do terreno, facilitando então a locomoção de visitantes até a penitenciária.
81
4.3 Uso do solo e Equipamentos Urbanos Figura 88 -Fonte: Google Earth, modificado pela autora
1
13 1214
16
2
7
11 10 8 6
15
3
9
5
4
Raio de análise: 1.000m 1. EMEI Albert Einsten 2. Posto de combustível Interlagos 3. Atacadão 4. Assaí Atacadista 5. Posto de combustível Shell 6. Banco do Brasil 7. Loja de autopeças – Menil 8. Hotel Oásis Plaza 9. Correios 10. Corpo de Bombeiros 11. Policia Militar SP 12. Paróquia Cristo Ressucitado 13. Colégio Ressurreição 14. Colégio Queiroz Brunelli 15. Hotel Vancouver 16. Supermercado Maximus
N
Comércio Residencial Prestação de serv. Institucional Área verde Vazios Área do projeto
O uso do solo é predominantemente ocupado por edificações destinadas à prestação de serviços, com variações de grandes vazios e áreas residenciais, e alguns comércios voltados a alimentação. Em relação aos equipamentos urbanos em seu entorno imediato, notase que existem uma grande variedade de equipamentos. Vale ressaltar que existem duas unidades de posto de saúde comunitário, próximos ao entorno do projeto para atender caso necessário com emergência as Detentas, o UBS São José fica há 7 minutos (5,8Km) de distância e a UBDS unidade Castelo Branco que fica há 6 minutos (5,4Km) de distância
12 82
5. Estudo Preliminar
83
Figura 89 – Reconstruindo suas asas. Fonte: Pinterest, Acesso em: 16/06/20 modificado pela autora
12 84
5.1 Programa de necessidades A definição do programa de necessidade busca atrelar a divisão espacial à programática por temas e habilidades, foi pensado de acordo com a Resolução 09/2011 – Diretrizes Básicas para Arquitetura Penal, do Concelho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), que determina o programa mínimo e as áreas em estabelecimentos penais, bem como recomendações gerais de capacidade, acessos e circulações, com o entendimento de que uma prisão tem três tipos de usuários, detentos, agentes penitenciários e visitantes, e cada tipo possui uma circulação especifica e espaços onde podem ou não adentrar. Definidos em três setores:
Setores
Externo Toda área que não tenha acesso direto a parte interna do presídio, ou seja, a equipe da guarda externa, recepção e portaria.
85
Intermediário Áreas destinadas a visitantes, serviços sociais e jurídicos.
Interno Fluxo restrito, onde o uso é exclusivamente de pessoas presas e de funcionários
SETOR EXTERNO: a)
Guarda Externa: É o módulo restritamente da guarda externa, monitorando de forma aérea ou não toda segurança externamente ao redor do estabelecimento. b) Recepção e Revista de Visitantes: Entrada principal do estabelecimento, este módulo faz o controle de saída de pessoas, veículos, pertences e materiais. SETOR EXTENO MOBILIÁRIO
USUÁRIOS
QTD
ÁREA ÚTIL (M²)
Guarita sala comando da guarda
Mesas e cadeiras com computadores
Funcionários
4
94,00
Guarita com sanitário
Mesas e cadeiras com computadores
Funcionários
1
14,00
Armários Bacias sanitárias e lavatórios Microondas, mesa, cadeiras, freezer Cama e armário Cama e armário
Funcionários Funcionários Funcionários Funcionários Funcionários
4 4 4 1 1
11,80 9,36 13,40 11,51 11,51
Guarda corpo
Funcionários
4
231,86
Público
Subtotal: 1
Público Público
2 1
397,44 22,80 18,77 4,00 12,45
Público
3
35,31
Subtotal:
93,33
GUARDA EXTERNA
SETOR
AMBIENTE
Sala de armas Banheiro Guardas Copa Dorm. da guarda masc. Dorm. da guarda femin.
RECEPÇÃO
Passarela de vigia Recepção Sala de pertences (Detentas) Sanitário visita Sala de pertences (visitantes) Portaria
Mesas, cadeiras,computadores Armários, Raio X e scaner corporal Bacias sanitárias e lavatórios Armários, Raio X e scaner corporal Portão entrada e saida e carros e pedestre
12 86
SETOR INTERMEDIÁRIO: a) b) c) d)
Módulo ADM e Agentes: Destinado a todo convívio dos funcionários. Módulo Saúde: Todo apoio para as detentas serem atendidas a pronto socorro. Módulo tratamento penal: Destinado a área jurídica e tributária. Módulo visitantes: Área de convívio entre detentas e visitantes, contendo suítes para visita intima.
87
Continuação setor intermediário Maca, mesa,cadeira, Bacia sanitária e lavatório
Detentas
1
12,34
Estoque
Armário
Funcionários
1
12,96
Dispensação de medicam. e estoque
Armário
Funcionários
1
9,55
Cela enfermaria
Cadeira, mesa, maca
Detentas
2
24,80
Consultório odontológico
Cadeira, mesa, maca
Detentas
1
7,75
Sala de procedimentos
Cadeira, mesa, maca
Funcionários
1
6,20
Sala de coleta de material p/ labor.
Cadeiras e mesas
Funcionários
1
4,96
Cela de espera
Cadeiras e mesas
Detentas
1
6,20
Consultório médico
maca, mesa,cadeira,lavatório
Detentas
1
9,30
Sala de Enfermagem e curativos
maca, mesa,cadeira,lavatório
Detentas
1
9,30
Sanitário equipe saúde
Bacias sanitárias e lavatórios
Funcionários
2
4,00
Armário
Funcionários
1
5,30
Sanitário pacientes
Bacias sanitárias e lavatórios
Detentas
1
2,27
Sanitário PNE pacientes
Bacias sanitárias e lavatórios
Detentas
1
5,48
SAÚDE
Sala atendimento G.O + WC
Central de material esterilizado
MÓDULO TRATAMENTO PENAL
Subtotal: Sala atendimento Serviço Social
Mesa e cadeira
Detentas
1
9,86
Sala atendimento Psicólogo
Mesa e cadeira
Detentas
1
10,67
Sala de atendimento jurídico
Mesa e cadeira
Visitantes/Deten ta
2
28,20
Sala Defensoria pública
Mesa e cadeira
Visitantes/Deten ta
1
12,55
Sala atendimento individual
Mesa e cadeira
Visitantes/Deten ta
1
8,90
Sala atendimento familiar
Mesa e cadeira
Visitantes/Deten ta
1
11,22
cadeiras
Detentas
1
15,16
Cadeiras e mesas
Visitantes/Deten ta
1
13,14
Sala terapia em grupo Sala de interrogatório/audiência
Subtotal:
MÓDULO VISITANTES
120,41
109,70
Suítes Visita intíma + WC
Cama, bacia saniária, lavatório
Visitantes/Deten ta
2
22,00
Sanitário visitantes
Bacias sanitárias e lavatórios
Visitantes/Deten ta
1
18,81
Armários e tanques
Visitantes/Deten ta
1
55,00
Espaço lazer visitantes
Subtotal:
95,81
12 88
SETOR INTERNO: a) Módulo Alimentação: Destina-se a área de cozinha e refeitório. b) Módulo de Ensino: Espaço destinado às atividades de ensino fundamental ou nível médio, e oficina artesanal para favorecer as presas no desenvolvimento de competências para o convívio social e também para o trabalho remunerado. c) Módulo de Carceragem: Celas comuns com duas cama em cada, contando com equipamento sanitário de apoio em cada cela. As celas PNE conta com o apoio de instalações sanitárias e espaço adequado para convívio de duas pessoas. Celas para gestante conta com duas camas, chuveiro e instalação sanitária. O módulo terá todo apoio de segurança com sala dos agentes para vigia carcerário. d) Seguro pessoal: Ala onde todas possuem risco de ameaças e morte. e) Módulo de Berçário e Creche: Este módulo destina-se a atender as mulheres presas e seus respectivos filhos e filhas comtemplando as necessidades específicas do público nesta condição. A estrutura para crianças até dois anos comtempla espaços de berçário e espaços que possibilitem a educação infantil. f) Módulo de Lazer: Este módulo destina-se a atividades de lazer, será composto de mesa de jogos, palco para palestras, apresentações e teatros. Salão de beleza, horta para as detentas cuidarem, espaço de vôlei de areia e toda área de convívio que elas posam circular e contemplar e não se sentirem tão limitadas ao lazer.
89
SETOR INTERNO
O O AL
MÓDULO CARCERAGEM
MÓDULO DE ENSINO
MÓDULO ALIMENTAÇÃO
SETOR
AMBIENTE Refeitório Despensa e refrigeradores Cozinha Lavanderia + Espaço varal Biblioteca Sala de aula Sanitários presas Banheiro Sala professores Sala informática Sala de aula (Oficina) Sala apoio pedagógico
MOBILIÁRIO
USUÁRIOS
Mesas e cadeiras Detentas Armários, refrigeradores Func./detentas fogão, bancada, armarios, freezer Func./detentas Lava e seca, tanques, armários Detentas Estantes, mesas e cadeiras Mesa e cadeira Bacias sanitárias e lavatórios Bacias sanitárias e lavatórios Mesa e cadeira Mesa , cadeira e computadores Mesas e cadeiras Mesa e cadeira
Detentas Detentas Detentas Func. Detenta Funcionário Func./detentas Detentas Detentas Funcionário Funcionário Funcionário Detentas Detentas Detentas Detentas
Cela gestantes
Mesas, cadeiras, painel, computadores Mesa , cadeira e computadores bacia sanitária, lavatório Camas e instalação sanitária Camas e instalação sanitária bacia sanitária, lavatório e chuveiros Chuveiros Camas, mesa, cadeira e instalação sanitária Camas, instalação sanitária, chuveiro
Cela Individual Sala de enfermagem Sala das guardas
Camas, mesa, cadeira, chuveiro e inst. Detentas Maca, mesa, cadeira, armário Func./detentas Mesa , cadeira e computadores Funcionário
Sala de controle (Agentes p.) Sala diretor de disciplina Sanitário Agentes Celas coletivas comum com WC Cela Coletiva PNE com WC Sanitários e vestiário externo Banho Cela individual (RDC)
QTD
ÁREA ÚTIL (M²)
1 1 1 1 Subtotal: 1 2 3 2 1 1 2 1 Subtotal: 2 1 1 24 4 1 2
155,20 21,00 50,18 43,00 272,38 28,00 120,00 9,00 7,00 9,00 9,00 40,85 12,15 235,00 50,98 8,70 13,72 362,88 71,60 16,73 38,60
Detentas
2
24,82
Detentas
2 49,45 Subtotal: 637,48 4 26,80 12 90 1 6,90 2 9,60
MÓDULO BERÇARIO E CRECHE
MÓDULO SEGURO PESSOAL
Continuação setor interno Cela Individual Sala de enfermagem Sala das guardas Copa Banheiro Sala de controle (Agentes p.) Copa Berçário Banho de sol mãe e Bebê Dormitório Mãe e Bebê Lactário Depósito material de Limp Despensa Área descoberta crianças(banho de sol) Lavanderia Rouparia Sala de aula(crianças) Refeitório infantil + recreação Cozinha creche Banho Banheiro PNE funcionários Sanitário infantil Dormitórios infantis Dormitório cuidadora +WC
balcão, microondas, armário, freezer Func./detentas Bancos Detentas camas e berços Detentas Poltronas para amamentação Detentas Armários Funcionário Armários Detentas
4 1 2 1 2 1 Subtotal: 1 1 3 1 1 1
Criança
tanques, lava e seca, armários Armários, suportes, cestos mesa e cadeiras mesa e cadeiras Bancada, geladeira, microondas, pia Chuveiros Bacia sanitária, pia Bacia sanitária, pia Camas, mesa e cadeira Camas e armários
Funcionário Funcionário Criança Criança Criança Criança Funcionário Criança Criança Funcionário
gramas e bancos
Detentas
1
429,87
Palco
Público
1
133,26
Jogos
Mesa de pebolim, mesa de jogos
Detentas
1
72,00
Horta
Plantação
Detentas
1
193,90
Rede de vôlei
Detentas
1
83,52
Equipamentos de exercicio
Detentas
1
200,00
Lavatórios, cadeiras, mesas, camarim
Detentas
1
44,30
Espaço palestras e apresentações
Vôlei de areia Academia ao ar livre Salão de beleza
1
26,80 6,90 9,60 2,90 3,00 6,00 55,20 10,17 120,77 46,26 15,45 6,40 4,25
Playground
Pátio ar livre MÓDULO LAZER
Camas, mesa, cadeira, chuveiro e inst. Detentas Maca, mesa, cadeira, armário Func./detentas Mesa , cadeira e computadores Funcionário balcão, microondas, armário, freezer Funcionário bacia sanitária e lavatório Funcionário Mesa , cadeira, painel ecomputadores Funcionário
1 1 1 1 1 1 1 5 2 1 Subtotal:
106,36 5,56 8,10 36,85 49,83 20,98 8,25 2,30 9,00 32,22 11,84 494,59
Subtotal: 1156,85
Total Geral 3841,06
91
Total geral: 3841,06 De setores e complementares
Figura 90 – Delicadeza mulher. Fonte: Pinterest, Acesso em: 16/06/20 modificado pela autora
12 92
A elaboração do organograma é com base no programa de necessidades, por meio disso foi feito a organização dos principais setores com conexões e fluxos estipuladas com base na necessidade de ligação entre elas. Os setores foram divididos pelas atividades semelhantes, e com isso, foi possível observar de forma clara qual seria a organização espacial mais adequada para o projeto proposto.
Vivência Crianças
Educação
Carceragem Alimentação
Saúde Seguro Pessoal
Integração com visitantes Recepção triagem detentas
Recepção visitantes
Mãe e bebê / integração
Lazer
Jurídico
Funcionários
Recepção principal
93
Representação gráfica do organograma do edifício. Elaborado pela autora.
Circulação Privada Circulação Semi-pública
5.2 Fluxograma
Representação gráfica do fluxograma do edifício. Fonte: Elaborado pela autora.
Sala informática
Creche e berçário
Oficina
Biblioteca
Sala de aula
Horta
Circulação Pública
Lazer crianças
Cozinha e refeitório creche
Celas
Dorm. Gestantes
Depósito Lavanderia
Cozinha Despensa Enfermaria
Dentista
Médico
Lazer Detentas
Terapia e psicologia
Refeitório Pátio interno Lazer com visitantes Parlatório Recepção visitantes
Visita intima
Jurídico Controle
Recepção Triagem detentas
ADM Recepção principal
Sala Funcioná rios
Revista Volumes
Portaria
12 94
5.3 Conceito e Partido
Libélula As Libélulas simbolizam a transformação, iluminação, mudan ças, e capacidade de adaptação. No Japão a libélula é associada à felicidade, coragem e prosperidade. Na América, o inseto significa a renovação nos períodos de dificuldade.
Para a concepção do partido, foi adotada a forma da libélula de forma “desconstruída” para que o edifício remeta ao conceito adotado. Também levou-se em consideração as condicionantes naturais climáticas do terreno como partido.
Marginal Anhanguera
95
Figura 91 – Libélula. Fonte: Pinterest, Acesso em: 16/06/20 modificado pela autora
Figura 92 – Volume do edifício vista aérea. Elaborado pela autora.
5.4 Plano de Massas Para compreender melhor como se localizaria o programa no terreno e a disposição dos setores criados, foi realizado um esquema de estudo de massas preliminar para poder analisar como cada ambiente ficaria inserido.
1º Ideia de estudo Crianças e Bebês Ensino Alimentação
Saúde e Serviços
Vivência Detentas
Pátio interno
Diretoria Visitantes
Salas funcionários
Recepção triagem detentas
Secretaria e ADM
Recepção geral
Figura 93– Plano de massas Elaborado pela autora.
12 96
5.4 Plano de Massas
Última ideia de estudo
Ensino O Objetivo é ter um eixo central, sendo a parte principal da libélula que são as detentas, e seus setores complementares desconstruídas ao seu redor que são essenciais para o alimento do eixo
Pátio interno Alimentação Saúde e Serviços
Visitantes
97
Carceragem
Crianças e Bebês
Lazer
Recepção triagem ADM
Figura 94 – Plano de massas atual Elaborado pela autora.
5.5 Volumetria Diretriz viária
Figura 95 Croqui da volumetri a do edifício. Fonte: Elaborad o pela autora.
Figura 96Croqui da volumetr ia do edifício. Fonte: Elaborad o pela autora.
Croqui Inicial
Esta tipologia do volume do edifício remete ao formato radial / Filadélfico, no qual já mencionei nos estudos anteriores. Este formato tem o maior aproveitamento das entradas de ventos e sol. Tem seu eixo central e seus setores distribuídos ao seu redor de forma desconstruída.
Figura 97 – Penitenciária Cherry Hill - radial Fonte: Oliveira, 2010. Disponível em http://www.ufjf.br/virtu/file s/2010/05/artigo-6-a1.pdf. Acesso em 15/04/20
98
5.6 Diretrizes Projetuais
Maternidade
Natureza
Sustentabilidade
Sensaçþes
99
• Maternidade: Planejamento de áreas em que as detentas possam exercer a maternidade e cuidar dos filhos até 2 anos de idade alojados dentro da penitenciária, porém em bloco distinto totalmente fora da ala de prisão. • Natureza: Permitir e promover contato ao máximo com a natureza, hortas e plantas serem aos cuidados das próprias detentas para as mesmas acompanhar a evolução do plantio e enxergar um lado mais sensível e humano para vida e contribuindo para a saúde mental. • Sustentabilidade: Contribuir com as condicionantes naturais do terreno em relação a topografia e condicionantes climáticas, favorecendo os ventos predominantes e o privilégio do sol nascente, contribuindo com a salubridade e com tudo favorecendo ao meio ambiente, evitando gastos desnecessários, pois terá também meios de captação de energia solar e água pluvial. • Sensações: Existem efeitos dos ambientes que reagem no cérebro humano tanto positivo, quanto negativo, e para converter isso positivamente, é necessário um estudo de neuroarquitetura que torna o espaço/ambiente ‘’medicinal’’ na melhoria do convívio humano psicologicamente falando através das cores e elementos no qual o ambiente compõe.
100
6. O Projeto
101
Penitenciária Feminina Ribeirão Preto
Figura 98 – Fachada principal da Penitenciária Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
102
O Projeto conta com dois pavimentos, no térreo é toda área de lazer e serviços. O pavimento superior é a ala da carceragem. O intuito foi inserir este tipo de equipamento prisional seguindo as orientações da Diretriz penal, de ter um equilíbrio, não sendo próximo a loteamentos residenciais, mas também não tão distante da cidade como todo, no modo geral garantindo a segurança e a facilidade de locomoção de transferência das detentas, de se deslocar para unidade emergencial de saúde e quanto para a facilidade de acesso para visitantes.
103
Figura 99 – Implantação Elaborado pela autora.
Fachada principal
Figura 100 – Fachada principal Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
A entrada ao estabelecimento, é pela Marginal anhanguera, sendo uma via tranquila de mão dupla. Nesta rua há espaços suficiente para estacionar veículos, porém a fachada conta com apoio de estacionamento para maior comodidade de funcionários e visitantes. A fachada também conta com a árvore Ipê rosa, arborizando e trazendo cor para quebrar o paradigma de uma fachada engessada, como vimos atualmente neste tipo de equipamento prisional. A portaria conta com acesso de pedestre no portão branco e acesso somente de viaturas policiais nos portões cinza.
104
Planta baixa térreo - acessos e setores
12
8
16
5
1
10
4 3 2
19
11 6
9
7
9 10 13 14
15
17
Funcionários
Figura 101 – Planta baixa setores e acessos Elaborado pela autora.
Acessos 105
18
Detentas Visitantes Circulação vertical
20
No geral, os funcionários tem acesso a todos os setores. As detentas tem acesso somente com funcionário nas área de recreação infantil, pois nessa área vai ter contato com seus filhos em um certo período do dia, com restrição de acesso aos alojamentos infantis. Também terá acompanhamento de funcionários nos setores jurídico, cozinha, ala de visita e setor de saúde, deixando somente acesso livre nas áreas que contempla o lazer.
Setores
12-
Portaria – Onde visitantes e funcionários entram sem veículo. Somente viatura da policia entra para fazer transferência das detentas e locomoção das crianças para ir a unidade de saúde. Recepção – Onde visitantes e funcionários são recepcionados. Revista Visitantes – Guarda volume e revista dos visitantes com raio X e scaner corporal.
3detentas – Onde é entrada e 4- Recepção saída das detentas, contendo guarda volume e revista raio X e scaner corporal.
5-
Seguro pessoal – Onde toda detenta tem o direito de proteção, aquelas que estão em risco morte e ameaças.
visitantes – Onde visitantes e 6- Lazer detentas tem seu lazer. 7- ADM (Funcionários)– Ala de funcionários e Horta – Cozinha e plantação de 8- Cozinha legumes e verduras aos cuidados das detentas.
9- Jurídico – Parlatório e jurídico.
10- Saúde – Salas de apoio equipe de saúde 11- Pátio central – Ao ar livre para contemplação – Onde todas se unem para 12- Refeitório refeição – Espaço para lavar e secar 13- Lavanderia roupas ao ar livre – Vôlei de areia e 14- Lazer academia. de beleza – Onde uma fornece o 15- Salão serviço para a outra. Apoio pedagógico e salas de 16- Ensino– oficina para trabalho manual 17- Mae e Bebê– Apoio maternidade. 18- Ensino – Salas de aula Jogos – Jogos de mesa e espaço de 19- apresentações. – Vivência das crianças até 2 20- Crianças anos de idade. 106
Pátio central
Figura 102 –Pátio central, visão inicial. Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
Pátio ao ar livre para tomarem seus banhos de sol, contemplar, observar o céu e tudo ao seu redor.
107
Figura 103 –Pátio central Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Lazer
Figura 104 –Academia. Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
Espaço academia ao ar livre e vôlei de areia para as mesmas tem um momento de lazer.
Mesa de jogos
108 Figura 105 –Jogos Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Figura 106 –horta Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Horta
Horta aos cuidados das detentas, para plantação de verduras, legumes e flores.
109
Figura 107 –horta visão aérea Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Espaço apresentações Figura 108 –Espaço apresentações Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Espaço para apresentações e palestras
110 Figura 109 –Palco
Módulo de ensino
Figura 110 –área de ensino Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Módulo de acesso as salas de aulas e oficinas
111
Figura 111 –Passagem módulo ensino Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Módulo das crianças
Figura 112 –Espaço recreação om a mãe Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Módulo das crianças conta com um espaço ao ar livre para as mães visitarem todos os dias e ter seu momento de lazer com seu filho
112 Figura 113 –Espaço recreação om a mãe Maquete eletrônica elaborado pela autora. 2020.
Planta baixa ala carceragem pav. superior - acessos e setores Figura 114 – Planta baixa carceragem Elaborado pela autora.
26
26
22
25 21
22
25
26
24
23 21
24 23
26 Funcionários
Detentas Circulação vertical
113
de gestante–2 celas, 2 detentas Sala de controle 24- Celas 21- Agentes– em cada, total de 4detenta. Celas comuns– 24 celas, 2 Celas PDC (Solitária)– 2 celas, 1 em cada, total de 48 22- camas 25 detenta em cada, total de 2 detenta. detentas. PNE– 2 celas, 2 detenta 23- Celas em cada, total de 4 detenta. 26- Guarita– Guardas de vigia externa aérea.
Ala da carceragem Figura 115 – Ala carceragem Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
Figura 116 – Corredor carceragem Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
A ala da carceragem é composto por um mezanino com grades altas servindo como guarda corpo e mostrando o exterior, favorecendo com a ventilação e iluminação natural.
114
Cobertura Figura 117 – Volumetria esquemática da cobertura. Maquete eletrônica 2020.
115
Para remeter ao conceito adotado, foi inserido harmonicamente algumas coberturas de policabornato compacto para obter este resultado de transparência, igual as asas de uma libélula, com apoio da cobertura central e de outras. Figura 118 – Volumetria da cobertura. Maquete eletrônica 2020.
Os tipos de cobertura
Laje impermeabilizada - necessitam de pouca manutenção, traz conforto térmico e isolamento acústico.
Telha sanduiche (termoacústica) com o isolante térmico poliuretano – Colaborando com o conforto térmico e acústico dos ambientes.
Cobertura Transparente com policabornato compacto (libélula) – Pelo fato da transparência, colabora na iluminação natural.
Pergolados de madeira com cobertura de policabornato compacto
Figura 119 – Telha sanduiche. Fonte: Mercado livre , Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
Figura 120 – Telha sanduiche. Fonte: Mercado livre , Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
Figura 121– Telha sanduiche. Fonte: Mercado livre , Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
116
Estrutura
Figura 122– Estrutura metálica. Fonte: pinterest, Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
Figura 123– Treliça metálica. Fonte: pinterest, Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
Foi adotado a estrutura metálica para conseguir alcançar grandes vãos e assim ter layouts mais flexíveis, e também prezando pela sustentabilidade, pois podem ser desmontado e remontado e ser 100% reciclado. • •
Pilar W150 (15x15cm) Viga W500 (15x50cm)
Treliça metálica nas coberturas Figura 124– Bloco cerâmico.Fo nte: pinterest, Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
Fechamento das paredes em bloco cerâmico, pois é termicamente mais fresco. Figura 125– Laje de concreto.Fo nte: pinterest, Acesso em: 16/11/20 modificado pela autora.
117
Laje de concreto
Segurança
Os guardas tem toda visão aérea externa e interna, garantindo a segurança do presídio. São quatro guaritas, sendo uma em cada lado, com passarelas em todo perímetro para dar acesso em todas as guaritas, mas para chegar até lá, basta subir pela escada marinheiro, que se localiza no corredor de linha de tiro.
Figura 126 –Passarela de vigia dos guardas Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
Figura 127 –Linha de tiro Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
Figura 128 –passarela vigia Maquete eletrônica elaborado pela autora.2020.
118
6.1. Consideração final
Este projeto me trouxe outras perspectivas, em relação ao desafio de manter uma pessoa presa tendo a disciplina para não voltar a cometer novos crimes a fora. Uma visão no qual eu quero passar aos meus leitores, que para punir não basta apenas sacrificá-los, mas sim pensar em outras estratégias para desfazer o lado ‘’sombrio’’ da detenta. Tive um grande aprendizado com toda a pesquisa e concluo que vale a pena esse tipo de tema ser discutido pela sociedade e pelas autoridades, para entender que além da prisão física, existe também a prisão mental.
Figura 129–Arquivo pessoal, 2019
119
7. ReferĂŞncias BibliogrĂĄficas Figura 129- silhueta face feminina Fonte: Pinterest. Acesso em: 15/04/20. Modificado pela autora
120
AZEVEDO, José Eduardo Azevedo. A Penitenciária do Estado: a preservação da ordem pública paulista in Revista do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária; Vol. 1, nº 9; Brasília: jan/jun.1997, p. 91-102. Memória Globo. Massacre no Carandiru. Disponível em: <https://memoriaglobo.globo.com/jornalismo/coberturas/massacre-no-carandiru/> Acesso em: Mar, 2020. RIUFAL – Repositório Institucional da UFal. A função Social do Espaço Penitenciário. Dissertação Suzann Flávia Cordeiro de Lima. Disponível em: <http://www.repositorio.ufal.br/bitstream/riufal/685/1/SuzannFlaviaCordeiroLima_CapaateCap4.pdf > Acesso em: Mar, 2020. ACADEMIA. Arquitetura Penitenciária: Projeto de Modelo Penitenciário voltado a Ressocialização de Mulheres. Disponível em: <https://www.academia.edu/20105903/ARQUITETURA_PENITENCI%C3%81RIA_PROJETO_DE_M ODELO_PENITENCI%C3%81RIO_VOLTADO_A_RESSOCIALIZA%C3%87%C3%83O_DE_MULHER ES> Acesso em: Mar, 2020. Issuu. A Humanização da Arquitetura Prisional em Prol da Reabilitação Social. Disponível em: <https://issuu.com/isabellasouza6/docs/monografia_final_r05> Acesso em: Mar, 2020. Jusbrasil. A arquitetura prisional brasileira e a eficácia na ressocialização do indivíduo. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/53602/a-arquitetura-prisional-brasileira-e-a-eficacia-naressocializacao-do-individuo> Acesso em: Mar, 2020. Jusbrasil – Wagner Francesco. Arquitetura carcerária, tratamento penal e a desumanização do detento. Disponível em: <https://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/136110824/arquitetura-carcerariatratamento-penal-e-a-desumanizacao-do-detento> Acesso em: Mar, 2020. Issuu. Uma aproximação necessária: Arquitetura penitenciária e a questão de gênero. Disponível em: <https://issuu.com/heloisadesantis/docs/heloisadesantis_31326897> Acesso em: Mar, 2020. Issuu. A Arquitetura Penal Feminina no Brasil - Proposta de um modelo socialmente inclusivo. Disponível em: <https://issuu.com/adamorafael/docs/finalissima> Acesso em: Mar, 2020.
121
12
MAGNABOSCO, Danielle. Sistema penitenciário brasileiro: aspectos sociológicos. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 3, n. 27, 23 dez. 1998. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/1010. Acesso em: 26 mar. 2020.> USP. Universidade de São Paulo e-Disciplinas. Arquitetura Prisional. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/370131/mod_resource/content/1/Semin%C3%A1rio% 202%20-%20Arquitetura%20Prisional.pdf> Acesso em: Mar, 2020. Issuu. Arquitetura Prisional: Penitenciária de Segurança Mínima. <https://issuu.com/ausenac/docs/tcc_-_final> Acesso em: Mar, 2020.
Disponível
em:
SILVA, Marcos Vinícios Moura. Relatório Temático sobre Mulheres Privadas de Liberdade. Junho, 2017. Disponível em: <http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopenmulheres/copy_of_Infopenmulheresjunho2017.pdf>. Acesso em: Abri. 2020. INFOPEN. Sobre o Levantamento Nacional. Disponível <http://depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen/infopen>. Acesso em: Abri. 2020.
em:
Departamento Penitenciário Nacional. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. Dezembro, 2019. Disponível em: <https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZTlkZGJjODQtNmJlMi00OTJhLWFlMDktNzRlNmFkNTM0 MWI3IiwidCI6ImViMDkwNDIwLTQ0NGMtNDNmNy05MWYyLTRiOGRhNmJmZThlMSJ9>. Acesso em: Abri. 2020. ACESSA SP – Parque da Juventude. História Penitenciária Carandirú. Disponível em: <https://acessajuventude.webnode.com.br/historia-do-carandiru/>. Acesso em: Abri. 2020. CORDEIRO, Suzann. Arquitetura penitenciária: a evolução do espaço inimigo. Disponível em: <https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/480>. Acesso em: Abri. 2020. SANTAYANA, Glen J. PriSchool: A Prison + School Hybrid. Disponível <http://glensantayana.com/PriSchool-A-Prison-School-Hybrid>. Acesso em: Abri. 2020.
em:
ARCHITIZER. Holmsheidi Prison. Disponível em: <https://architizer.com/projects/holmsheidiprison/>. Acesso em: Abri. 2020.
122
EUMiesAward. Holmsheidi Prison. Disponível em: Acesso em: Abri. 2020.
<https://miesarch.com/work/3427>.
INHABITAT. OOIIO Architecture’s Women’s Prison in Iceland Is Filled with Light and Greenery. Disponível em: <https://inhabitat.com/new-post-submission-255/>. Acesso em: Abri. 2020. ARCHITIZER. Idea 356134: Female Prison in Iceland by OOIIOO in Iceland. Disponível em: <https://architizer.com/idea/356134/>. Acesso em: Abri. 2020. ISSUU. A Arquitetura Penal Feminina no Brasil - Proposta de um modelo socialmente inclusivo. Disponível em: <https://issuu.com/adamorafael/docs/finalissima>. Acesso em: Abri. 2020. MACHADO, Janaise Renate. O “SER MULHER” NO SISTEMA PRISIONAL. Florianópolis, 2017. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/182163/TCC%20%20Janaise%20Renate%20Machado.pdf?sequence=1>. Acesso em: Abri. 2020. Ministério da Justiça. Diretrizes Básicas para arquitetura penal. Brasília - DF, 2011. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/dl/resolucao-cnpcp-construcao-prisoes.pdf>. Acesso em: Abri. 2020.
Imagens. Disponível em: <https://www.pexels.com/pt-br/procurar/prison/>. Acesso em: Abri. 2020.
123
12
8. ApĂŞndice: Desenhos tĂŠcnicos Figura 130- silhueta face feminina Fonte: Pinterest. Acesso em: 15/04/20. Modificado pela autora
124
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Atacadão
N
Diretriz Viária A
B
Escada marinheiro
Proj. Guarita de vigia Proj. Guarita de vigia
Copa
Cela indiv.
E
WC
WC PNE
Biblioteca sala das guardas
Sala apoio pedagógico
refeitório
Horta Cozinha
sala de aula
sala de controle agentes (painel)
Seguro pessoal
Cela indiv.
Sala dos professores
Despensa + Refrigeradores
E
sala de aula (oficina) sala inf
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
sala das guardas
Cela indiv.
Pergolado
Cela indiv. -0.10
Cela de espera Coleta material Central de labor.
0,00
Recepção Detentas
+0,15
mat. esteri lizado
Sala de pertences (Detentas)
Sala Sala de de consultório procedi odontológico Enfermagem e curativos mentos
Cela enfermaria 4 leito
Sala Ginecologista
Cela enfermaria 4 leito
Cela de espera Consultório médico
WC
Dispensação de medicam. e estoque
WC WC PNE Estoque Jogos
Jogos
+0.15
Palco +0,15 Entrada
+0,90
Sala de pertences (visitantes)
-0.10
Espaço palestras e apresentações Caixa d´água tipo taça
Entrada e saída pedestre Balcão h= 1,20m
Lazer com os visitantes
Recepção Guarita
D
70,00
+0,25
D
Pátio ar livre
+0,15 Saída +0,25
Entrada funcionários/ Sala de pertences
Divisória de vidro h=2.80
Estacionamento
Proj. passarela de vigia
visita intima
Cadastro movimentação carcerária
CIMIC Judiciário
WC visitantes
DTE - Diretor DRS - Diretoria trabalho e reintegração e Sala ADM educação saúde equipe técnica
Sala de atendimento Individual
Sala de interrogatório /audiência
Sala de atendimento jurídico
Sala de atendimento jurídico
Sala Defensoria pública
Sala atendimento Serviço Social
sala terapia
sala de aula crianças
Sala atendimento Psicólogo
Refeitório infantil Área recreativa coberta
Copa/ cozinha
Sala prontuário/ arquivo
lavanderia
Espaço Varal WC + fraldário Entrada e saída
+0,15
C
Despensa sala de descanso
DML-DeP. de mat. de limp.
DA- Diretoria Administrativa
WC Masc.
refeitório funcionarios copa
+0,15
acesso guarita
Dorm guarda (fem)
Dorm. Guarda (Masc)
Sala de reuniões vestiário (Masc)
Área descoberta c/ espaço recreação inf.
C
deposito de material de limpeza Academia ao ar livre
DG- Sala Diretor geral
WC Fem.
cozinha creche
Proj. passarela de vigia
Sala de atendimento familiar
Vôlei de areia
área descoberta banho de sol bebê
dorm. mae e bebê
dorm. cuidadora
dorm. infantil
Rouparia
Área descoberta c/ espaço recreação inf.
Lavanderia
salão de beleza dorm. infantil
vestiário (Fem)
Lactário
Sanit. infantil e adulto
Proj. Guarita de vigia Proj. Guarita de vigia
Escada marinheiro Escada marinheiro
106,36
1
IMPLANTAÇÃO
A
B
Esc. 1:200 PENITENCIÁRIA FEMININA EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Bruna Cristina Brazão ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
MARGINAL ANHANGUERA
RODOVIA ANHANGUERA
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
WC
Divisória de vidro h=2.80
Sala de Enferm.
Escada marinheiro
entrada de serviço
DATA:
01
ESCALA:
12/2020
1:1200
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A
B
N
5,80
Escada marinheiro
1,94
3
1,73
5,09 10,34
4 sala de aula (oficina)
6,9
sala inf
2
0,96
WC Cela enfermaria 4 leito
Cela enfermaria 4 leito
4
4
Cela de espera
2,15
Dispensação de Consultório medicam. e estoque3,08 médico 3
2
4
27,23
3,1
3,1
Sala Ginecologista
3,1
3,1
3,1
3,1
3,1
3,1
3,1
3
Sala Sala de de consultório mat. Enfermagem odontológico procedi esteri e curativos 1,71 mentos2 2,5 lizado
1,6
Sala de pertences (Detentas)
3,1
Coleta material Central de labor.
1,34 4,82
3,1
3,1
3,1
1,98
8,29
3,19
-0.10
WC
1,54 WC PNE Estoque
4,18
1,77 Jogos
Jogos
+0.15
2,82
70
14,45
66,01
Lazer com os visitantes
Recepção +0,15
D
Pátio ar livre
3,3 2,62
Saída
3,6 10,23
2,06
5,15
Despensa
refeitório funcionarios
3
DA- Diretoria Administrativa
WC Masc.
5,15 Academia ao ar livre
3
6,15
DML-DeP. de mat. de limp.
3
1,85
3
DG- Sala Diretor geral
WC Fem.
3
7,1
12
copa
área descoberta banho de sol bebê
dorm. mae e bebê
5,15
Dorm. Guarda (Masc)
vestiário (Masc)
11,2
5,15
5,15
3,13
5,02
3
dorm. infantil
Área descoberta c/ espaço recreação inf.
Rouparia
Lavanderia
3,72
5,15 dorm. infantil
vestiário (Fem)
Lactário
17,19
3
3
3
3
6,96
8,83
7,15
3
Dorm guarda (fem)
salão de beleza
4
C
dorm. cuidadora
5,15
Sanit. infantil e adulto
3,13
acesso guarita
4
3,86
Vôlei de areia
4,95
3,86
Sala de reuniões
Área descoberta c/ espaço recreação inf.
5,9
3 3
+0,15
Entrada e saída
deposito de material de 3,72limpeza
3 2,3
3
sala de descanso
Proj. passarela de vigia
7,89
WC + fraldário
5,15
2,18
3
Copa/ cozinha
1,49
Espaço Varal
1,72 1,15
21,34 lavanderia
4 15,07
4,73
6,54
cozinha creche
Refeitório infantil Área recreativa coberta
2,21
Sala atendimento Psicólogo
5,25
5,25
sala de aula crianças
+0,15
C
9,49
1,5
3,75
sala terapia
2,85
3,75
Sala atendimento Serviço Social
3,75
3,51
Sala prontuário/ arquivo
3
3
3
3
DTE - Diretor DRS - Diretoria trabalho e reintegração e Sala ADM educação saúde equipe técnica
2,38 3
4,05
1,98
3
Sala Defensoria pública
Sala de atendimento jurídico
3,75
3
3
Sala de atendimento jurídico
2,63
3,35
2,18
CIMIC Judiciário
3
3,78
3,75
5 3
Sala de atendimento Individual
3,78
2,02
3,75
3,75
1,36
3
Proj. passarela de vigia
Cadastro -3 movimentação carcerária
WC visitantes
Sala de interrogatório /audiência
3,75
visita intima
Sala de atendimento familiar
3,75
4
2
3,75
2,94
3,75
2,94
1,93
Divisória de vidro h=2.80
1,46
1,9
Entrada funcionários/ Sala de pertences
3,75
2,85
1,53
5
Estacionamento
Caixa d´água tipo taça
1,75 Balcão h= 1,20m
Guarita
+0,25
1,2
4,82
5
D
Espaço palestras e apresentações
10,53
1,2
Entrada e saída pedestre
+0,90 -0.10
5,72
Entrada
Sala de pertences (visitantes)
2
+0,15
Palco
5,58 9,04
+0,25
4,82 2,58
2,82
4,95
9,77 Proj. Guarita de vigia
Escada marinheiro
5,8
Proj. Guarita de vigia
Escada marinheiro
94,37
PENITENCIÁRIA FEMININA EM RIBEIRÃO PRETO - SP
106,36 DISCENTE:
Bruna Cristina Brazão
A
Esc. 1:150
B
ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
2
PLANTA BAIXA TÉRREO
DATA:
02
ESCALA:
12/2020
1:150
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
3,89
E
Pergolado
Cela de espera
4
4 sala de aula
7
6,38
2,15
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Sala apoio pedagógico
5,09
3,15 3,15 Cela indiv.
5,8
Biblioteca
1,94
1,16
2,15
+0,15
6,9
7
3
3
sala das guardas
Cela indiv.
Recepção Detentas
Cozinha
2,49
2,15
1,2
refeitório
10,5
Horta
sala de controle agentes (painel)
Seguro pessoal
Cela indiv.
7,2
sala das guardas
1,54
4 2,76
7
3
3,15
E
1,94
1,5
Sala dos professores
2,42
WC PNE
8,29
2,15
Despensa + Refrigeradores
WC
2
Cela indiv.
WC
3
15
2
3,08
3,15
2,15
18,46
2,49
Divisória de vidro h=2.80
Sala de Enferm.
2,1
3,25
Escada marinheiro
entrada de serviço
4,04
Copa
10,5
3,11
3
Proj. Guarita de vigia
3,25
Proj. Guarita de vigia
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A
B
0,83
1,48 Copa WC
WC
4,95
+6.95
Armas
Hall
Armas
1,3
Copa
2,77
Guarita Sala do comando 33.67m²
1,48
5,81
5,81
1,3
+6.95
Passarela de vigia
4,98
Guarita Sala do comando 33.67m²
Hall
4,96
4,32
0,83
N
4,96
E
E
Mezanino
Cela
4,65
4,65
Cela
Cela PNE
5,24
Cela PNE
7,25
Cela
4,65
3,25
4,65
3,25
4,65
Cela
3,25
+3.65
Cela
3,25
Corredor celas
4,65
Banho
3,25
4,65
Cela
3,25
5,24 Dorm. Gestante
Grade de ferro h=2,80m
5,29
4,65
Cela
3,25
Cela
3,25
4,65
3,25
4,65
Cela
1,97
4,65
Cela
3,25
Cela
3,25
3,25
Banho
2,91
4,65
4,65
4,65
4,65
4,65
4,65
5,93
4,65
4,65
4,65
4,65
Cela PNE
5,24
4,65
Cela PNE
D
Dorm. Gestante
7,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Banho
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
Cela
3,25
3,25
Cela
Corredor celas
+3.65
3,25
Mezanino
1,97
4,65
3,25
3,25
3,25
3,84
Cela
3,41
2,91 Grade de ferro h=2,80m
Cela indv. (RDC)
1,79 5,29
Sala das guardas
Sala das guardas
20
WC
8,75
8,75
5,27
sala de controle agentes (painel)
sala de controle agentes (painel) Pátio ar livre
2,61
3,41
Sala das guardas
Passarela de vigia
D
sala Diretor de disciplina
Sala das guardas
4,9
4,65
3,25
3,25
3,25
Cela
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Cela indv. (RDC)
5,93
-0.10
Passarela de vigia
5,24
82,45
C
C
0,83
0,83 4,95
4,95 Copa
WC
WC
1,3 Armas
+6.95
4,32
Hall
0,83
1,48 0,83
5,81
4,95
1,48
Armas
Guarita Sala do comando 33.67m²
4,95
+6.95
2,77 Copa Guarita Sala do 1,3 comando 33.67m²
Passarela de vigia
Hall
4,32
5,81
2,77
PENITENCIÁRIA FEMININA EM RIBEIRÃO PRETO - SP
3
PLANTA BAIXA 1º PAV. CARCERAGEM Esc. 1:150
DISCENTE:
A
B
Bruna Cristina Brazão ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
3,84
DATA:
03
ESCALA:
12/2020
1:150
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
A
B
N
Laje Impermeablizada i=2%
Telha sanduiche com Poliuretano i=5%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
al
ha
E Telha sanduiche com Poliuretano i=5%
C
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
E
Laje Impermeablizada i=2%
Cobertura transparente de policabornato compacto
Calha metálica galvanizada #26
Pergolado em madeira com cobertura de policabornato
Telha sanduiche com Poliuretano i=7%
Telha sanduiche com Poliuretano i=7%
Cobertura de policabornato compacto i=5%
Cobertura de Policabornato compacto
Laje impermeabilizada i=2%
Cobertura marquise de Polcabornato compacto
D
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Cobertura de policabornato compacto i=5%
D
Calha
Telha sanduiche com poliuretano i=7%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Telha sanduiche com poliuretano i=2%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
C
Pergolado em madeira com cobertura de policabornato
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Laje Impermeablizada i=2%
Laje Impermeablizada i=2%
Calha metálica galvanizada #26
Telha sanduiche com Poliuretano i=5%
Laje Impermeablizada i=2%
Calha metálica galvanizada #26
C
Calha metálica galvanizada #26
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Telha sanduiche com poliuretano i=2%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Telha sanduiche com poliuretano i=5%
Cobertura transparente de policabornato compacto
Laje Impermeablizada i=2%
4
Laje Impermeablizada i=2%
PLANTA DE COBERTURA Esc. 1:150
A
B
PENITENCIÁRIA FEMININA EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Bruna Cristina Brazão ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Telha sanduiche com Poliuretano i=7%
DATA:
04
ESCALA:
12/2020
1:150
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Guarda corpo h=1,20m Passarela de vigia
Guarda corpo h=1,20m Passarela de vigia +6.95
Calçada
0.00
4
Linha de tiro
Sala Ginecologista
+.15
Corredor
Cela
6,6
Corredor
+3.15
2,1
Rua
+3.15
2,8
2,1
2,61
Cela
2,8
6,6
2,8
+6.95
Viga metálica W500
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Pátio ar livre
Defensoria pública
-.10
Lavanderia
Academia ao ar livre
+.15
Linha de tiro
+.15
Calçada
0.00
Esc. 1:150
Guarda corpo h=1,20m
Guarda corpo h=1,20m Passarela de vigia
Passarela de vigia
Viga metálica W500
+6.95
Rua
0.00
4
Calçada
Linha de tiro
+.15
Corredor
Cela PNE
Biblioteca
-.10
-.10
Jogos
+.15
Espaço palestras e apresentações Elevador Escada
Área recreativa infantil
Recreação infantil
Dep. dorm. Desp material ensa de limp. cuidadora dorm. infantil
2,8
+3.15
6
+3.15
2,8
Cela PNE Corredor
6,6
2,8
+6.95
2,8
Viga metálica W500
Rua
CORTE AA
dorm. infantil
Linha de tiro
+.15
Rua
0.00
CORTE BB Esc. 1:150
PENITENCIÁRIA FEMININA EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Bruna Cristina Brazão ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Viga metálica W500
Cobertura transparente de policabornato compacto
Pergolado em madeira com cobertura transparante de Policabornato compacto
DATA:
05
ESCALA:
12/2020
1:150
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Guarda corpo h=1,20m
Guarda corpo h=1,20m
Passarela de vigia
Viga metálica W500
Passarela de vigia +6.95
Rua
+.15
0.00
Linha de tiro
Ala de funcionários
+.15
Espaço Varal
lavanderia
dorm. mae e bebê
banho de sol bebê
Entrada e saída -Ala infantil
+.15
Recreação infantil
+.15
Linha de tiro
Rua
Calçada
0.00
CORTE CC
4
Esc. 1:150
Cobertura telha PU i= 7% Guarda corpo h=1,20m Viga metálica W500
Caixa d´água tipo taça
Grades de ferro ao redor do mezanino h=2,80m
Cobertura transparente policabornato compacto
Guarda corpo h=1,20m
treliça metálica
Passarela de vigia
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Passarela de vigia
+6.95
+6.95
Hall Carceragem
Corredor celas
+3.15
Rua
+.15
0.00
Guarita
Calçada
4
Hall Carceragem
Sala de controle
Linha de tiro
Recepção
Lazer com visitantes
Elevador
Escada
Pátio ar livre
WC Detentas
+3.15
Espaço palestras e apresentações +1.05 Palco
2,8
Sala de controle
2,8
+3.15
8
WC funcionário
+3,15
6,6
Cobertura transparente de policabornato compacto
2,8
Laje impermeablizada 20cm
2,1
Marquise - cobertura transparente de policabornato compacto
1,2 1,2
+6,45
-.10
Escada
+.15
Elevador
Linha de tiro
Calçada
+.15
Rua
0.00
CORTE DD Esc. 1:150
Asa - cobertura transparente policabornato compacto
Guarda corpo h=1,20m
Guarda corpo h=1,20m
Passarela de vigia
Passarela de vigia +6.95
+6.95
Viga metálica W500
+.15
0.00
4
Calçada
Estacionamento
Linha de tiro
+.15
Cela indiv.
sala das guardas
-.10
+.15
Horta
Cozinha
refeitório
2,8
3
Sala apoio pedagógico
2,8
2,8
Seguro pessoal
2,1
Rua
3
2,8
6,6
Viga metálica W500
sala de aula (oficina)
sala de aula
Linha de tiro
+.15
Calçada
Rua
0.00
CORTE EE Esc. 1:150
PENITENCIÁRIA FEMININA EM RIBEIRÃO PRETO - SP DISCENTE:
Bruna Cristina Brazão ASSUNTO:
Trabalho Final de Graduação - Arquitetura e Urbanismo FOLHA:
ORIENTADOR:
Catherine D'andrea INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
Universidade Estácio de Ribeirão Preto - SP
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Estacionamento
Calçada
2,8
3
2,8
5,75
6,6
8
+6.95
Viga metálica W500
DATA:
06
ESCALA:
12/2020
1:150